133
dossier sobre luminotecnia e light design
o light design e o seu papel na arquitetura
Renato Branco
(QJ | (OHWURWFQLFR ̰ 6LVWHPDV (OWULFRV GH (QHUJLD )XQGDGRU H $GPLQLVWUDGRU GD 6RIW /LJKW ̰ ,OXPLQDмR 6 $ UHQDWR EUDQFR#VRIWOLJKW SW
A PROFISSĂƒO Na iluminação todos temos vivido tempos certamente revolucionĂĄrios hĂĄ, pelo menos, uma dĂŠcada, e que tomaram absolutamente FRQWD GH WRGR R PXQGR Hoje nĂŁo nos atrevemos sequer em nĂŁo promover, projetar ou pensar em soluçþes de LOXPLQDмR TXH QÂĽR VHMDP GH WHFQRORJLD /(' Atrevo-me atĂŠ a dizer que jĂĄ nĂŁo hĂĄ ninguĂŠm que nĂŁo tenha ouvido falar desta WHFQRORJLD Com a tecnologia LED a entrar numa fase de maior democratização, os atores sociais WÂŹP PDLRU IDFLOLGDGH HP HQFRQWUDU DV PDtĂŠrias-primas necessĂĄrias Ă construção de soluçþes e de produtos de grande qualidade, HͤFLÂŹQFLD H GXUDELOLGDGH D XP SUHŠR TXH IDFLOLWD D GHFLVÂĽR VREUH D VXD XWLOL]DмR Estas premissas conduzem-nos a temas que, jĂĄ nĂŁo sendo novos, voltam a estar na ordem do dia no desenho de luz, como o Human Centric Light - HCL (Luz Centrada no Homem), o controlo e regulação de fluxo em IXQмR GD XWLOL]DмR HVSHF¯ͤFD GR ORFDO HP causa, bem como das condiçþes de penetraмR GH OX] QDWXUDO QRV HVSDŠRV Antes de prosseguir com a minha perspetiva sobre estes temas, gostaria de abordar de uma forma mais generalista o estado do light design ou desenho de luz, como gosto GH OKH FKDPDU QR PHUFDGR QDFLRQDO www.oelectricista.pt o electricista 68
Portugal tem um pequeno punhado de pessoas que podem dizer que vivem do deVHQKR GH OX] 2 PHUFDGR QDFLRQDO HP PHX HQWHQGHU SUDWLFDPHQWH Q¼R WHP SURͤVVLRQDLV D YLYHU H[FOXVLYDPHQWH GR SURMHWR GH OX] Ao contrårio dos mercados anglo-saxónicos, onde a participação de especialistas na årea tem sido muito crescente e valori]DGD HP 3RUWXJDO D SUHYDOQFLD H PHVPR D H[LVWQFLD GHVWH WLSR GH SURͤVVLRQDLV D valorizar os diferentes projetos de arquitetura continuam ainda a ser manifestamente LQVXͤFLHQWHV Por cå ainda que surja e apareça um ou outro gabinete que tente atuar livremente no GHVHQKR GH OX] H[LVWH XP JUDQGH GHVDͤR HP HQFRQWUDU SURͤVVLRQDLV WRWDOPHQWH GHGLFDGRV DR GHVHQKR GH OX] 5HFRQKHŠR REYLDPHQWH D GLͤFXOGDGH GH preservar de forma independente e crescer num mercado onde a cultura de iluminação ainda estå a dar os primeiros passos (pois HVW£ DLQGD QXPD IDVH GH DGROHVFQFLD H onde as empresas fabricantes e representanWHV V¼R DV TXH SULPRUGLDOPHQWH LQWHUYP QRV SULQFLSDLV SURMHWRV ( SRU HVWD YLD QHFHVVLWDP de ter nos seus quadros, pessoas capazes de acompanhar e desenvolver, atravÊs da venda consultiva, soluçþes junto dos arquitetos, eleWURWFQLFRV H GDV QHFHVVLGDGHV HVSHF¯ͤFDV GH FDGD SURMHWR
Pessoalmente, penso que Ê mais fåcil DRV SURͤVVLRQDLV SURVSHUDU QR GHVHQKR GH luz se desenvolverem a sua atividade juntamente com a venda das soluçþes que foram SURSRVWDV H SUHYLVWDV GR TXH VH DͤUPDUHP no mercado com um projeto totalmente independente das marcas que distribuem ou representem (o que tambÊm não Ê fåcil ser WRWDOPHQWH LQGHSHQGHQWH 6¼R DLQGD PXLWR poucos os casos de projetos onde os honoråULRV HVSHF¯ͤFRV SDUD R SURMHWR GH OX] H[LVWHP e, desta forma, hå a necessidade de recorrer a quem represente marcas ou fabrique produWRV SDUD HQFRQWUDU XPD VROXмR GH OX] Talvez porque o mercado de projeto de luz ainda não esteja completamente maduro, SHQVR TXH Q¼R VH YDORUL]D VXͤFLHQWHPHQWH R SURͤVVLRQDO GH LOXPLQDмR TXDQGR HVWH VHguramente ao realizar um trabalho complementar sobre a visão do arquiteto, poderå, FRP WRGD D FHUWH]D HOHYDU D YLYQFLD H R UHOHYR GR SURMHWR D XP RXWUR Q¯YHO Todos entendemos que muitas vezes esse trabalho acaba por recair no próprio arquiteto ou atÊ mesmo no eletrotÊcnico, pois simplesmente não existe verba para poder ter XPD HTXLSD GH GHVHQKR GH OX] QR SURMHWR Historicamente sempre foi o eletrotÊcnico que tinha a responsabilidade de realizar os cålculos luminotÊcnicos e propor uma distribuição das fontes de luz ou tratar de calcular a que lhe era proposta em projeto pela DUTXLWHWXUD Hoje, felizmente, começamos a enFRQWUDU SURͤVVLRQDLV FRP GLIHUHQWHV backgrounds D GHVHQYROYHUHP WUDEDOKR QD £UHD (QFRQWUDPRV WDPEP SURͤVVLRQDLV QD £UHD vindos da arquitetura, do design e da årea do espetåculo, trazendo novas abordagens, o que pessoalmente acredito que só acrescenWD YDORU No caso dos eletrotÊcnicos Ê necessårio que se desconstruam e que se reconstruam novamente, percebendo o que Ê que o projeto necessita, o que o arquiteto verdadeiramente pretende e como o conseguir, por muito que as recomendaçþes nos indiquem TXDLV RV SDU¤PHWURV (VWHV QHP VHPSUH V¼R fåceis de conseguir, atendendo paralelamente aos requisitos da arquitetura e requisitos QRUPDWLYRV Quando crescentemente temos que meOKRUDU D HͤFLQFLD GRV HGLI¯FLRV D WDUHID GH