“...o contributo de cada um será uma mais-valia importante para o desenvolvimento do nosso setor”

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entrevista

“...o contributo de cada um será uma mais-valia importante para o desenvolvimento do nosso setor”

por André Manuel Mendes

João Rodrigues, Diretor-Geral da Schneider Electric Portugal, abraçou recentemente o desafio de liderar a Divisão de Material Elétrico da AGEFE – Associação Empresarial dos Sectores Eléctrico, Electrodoméstico, Fotográfico e Electrónico. Bacharel em Energia e Sistema de Potência e licenciado em Automação e Electrónica Industrial pelo ISEL, João Rodrigues realizou posteriormente 2 Pós-Graduações, uma em Gestão e Mercados Internacionais e mais recentemente o Programa Avançado de Gestão para Executivos, na Universidade Católica Portuguesa. Tem como lema de vida “Nunca parar de aprender”, pelo que anualmente dedica uma quantidade significativa de horas à aprendizagem contínua, tendo já realizado acções de formação interna em Toronto, Barcelona, Paris, Grenoble, Singapura, entre outros. Em entrevista à revista “o electricista”, o novo Presidente da Divisão de Material Elétrico da AGEFE contou como encara este novo desafio, falou sobre o trabalho desenvolvido pela associação nas suas áreas de atuação, e perspetivou o futuro o os objetivos da AGEFE enquanto associação promotora de um mercado elétrico estável e onde paute a lealdade. revista “o electricista” (oe): Liderar a Divisão de Material Elétrico da AGEFE é um desafio motivador? João Rodrigues (JR): A AGEFE é uma associação que se propõe ser uma referência em todos os setores que representa. Deste modo pretendemos, antes de mais, acompanhar a evolução permanente dos mercados, assegurando a sã concorrência e os interesses legítimos comuns às empresas dos setores que representamos. O compromisso que assumimos, as atividades que realizamos e o rigor que esta experiência requer são, naturalmente, um desafio www.oelectricista.pt o electricista 64

que me estimula a avaliar todas as questões com uma perspectiva 360º, tendo sempre em consideração o impacto das decisões nos vários setores industriais do material elétrico. Além disso, ter a perceção de como o impacto individual em cada setor pode influenciar o ecossistema como um todo, é outra reflexão necessária com que nos deparamos todos os dias oe: Como carateriza o mercado portu­ guês de material elétrico relativamente aos importadores e fabricantes? JR: O mercado português de material eléctrico é um mercado maduro, com uma oferta extremamente diversificada, que integra tanto vários fabricantes nacionais de relevo nas diferentes áreas de negócio, como todas as principais marcas de produtos e equipamento que estão presentes em qualquer mercado a nível europeu ou mesmo mundial. É um mercado fortemente concorrencial que se adaptou à séria contração da procura interna do passado recente acelerando a realização de negócios noutros mercados, nomeadamente nos PALOP, e que, no último ano ou ano e meio tem registado uma evolução bastante positiva, impulsionado pelas atuais dinâmicas da economia portuguesa e

mundial, que estão a conduzir ao crescimento da procura em diversas áreas. Assumimos que é um mercado com um enorme potencial e ao qual não é alheia a transformação digital que vivemos, que lança retos e proporciona oportunidades. Os próximos anos serão decisivos para o setor. oe: Que atividades e projetos foram de­ senvolvidos em 2017 no âmbito da Divi­ são de Material Elétrico da AGEFE? JR: A atividade da Divisão de Material Elétrico da AGEFE é muito intensa e inclui o trabalho de vários órgãos, grupos e comissões que espelham a riqueza e diversidade das dinâmicas do setor. Em termos estruturais, a AGEFE promove estudos, estatísticas e indicadores que são cada vez mais importantes para todas as empresas do setor, sejam fabricantes e importadores ou grossistas distribuidores. Por ser a iniciativa mais recente, saliento a implementação dos indicadores mensais de vendas das Secções de Fabricantes e Importadores, por um lado, e de Grossistas Distribuidores, por outro, cujos resultados são divulgados às empresas participantes de ambas as secções – o que é manifestamente enriquecedor e um claro exemplo do potencial da AGEFE.


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