“parque de robots instalados superior a 1000 unidades”
por Helena Paulino
rr: Quais os setores que mais procuram os robots industriais? SC: Em geral, os setores que continuam a consumir a maioria dos robots continuam a ser os fornecedores de primeira linha de peças para os fabricantes de automóveis chamados de “Tier 1”, apesar destas diferenças estarem a ficar cada vez mais esbatidas. Temos um exemplo no setor do papel que instalou 32 robots numa fábrica, um investimento que há uns anos apenas se via nos chamados “Tier1”.
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entrevista
rr: Poderíamos saber com que empresas trabalham? SC: A KUKA, além de ter uma excelente rede de parceiros oficiais integradores com experiência nos mais diversos setores, também tem excelentes relações com muitos integradores de robots que trabalham com muita qualidade em Portugal. Um modelo de negócio muito transparente também tem sido um dos motivos para o nosso sucesso no mercado nacional.
A KUKA Industrial Robots é uma empresa de referência no fabrico de robots industriais e sistemas de automação, tendo nascido em Augsburgo na Alemanha em 1898, pelas mãos de Johann Joseph Keller e Jakob Knappich. Durante todos estes anos foram uma marca reconhecida no mercado pelas suas ideias inovadoras, tendose destacado na indústria de tecnologia dos robots e sistemas de engenharia. A revista “robótica” esteve à conversa com Sérgio Chora, Country Manager em Portugal da KUKA que nos revelou os planos para o futuro da marca em território nacional.
revista “robótica” (rr): Quando chegou a KUKA ao mercado português? Sérgio Chora (SC): A KUKA instalou-se em Portugal em 1996, sobretudo devido à AutoEuropa (VW-FORD) ter arrancado a produção dos seus carros, utilizando 100% de robots KUKA. rr: Quantos robots vendeu a KUKA em Portugal desde então? SC: Depois da KUKA se estabelecer em Portugal, continuou durante vários anos a dedicar-se quase em exclusivo à AutoEuropa, e apenas em meados da década de 2000 começou a trabalhar o restante mercado nacional. Desde então temos tido um crescimento sustentado na indústria em geral, e atualmente já contamos com um parque de robots instalados superior a 1000 unidades.
rr: Em Portugal existem potencial para continuar a expandir o negócio em que setores? SC: Segundo os últimos dados da IFR (International Federation of Robotics), em 2016 Portugal tinha uma densidade de 58 robots para cada 10 000 trabalhadores, tendo a media na Europa a 99 e a média mundial está em 74 (www.ifr.org). Por estes dados, conseguimos ver que para os próximos anos Portugal tem muito potencial de crescimento, não só pela tendência global de crescimento, mas também Portugal tem de recuperar de atraso no investimento neste tipo de tecnologias. A Indústria 4.0 já não é o futuro, mas o presente e a indústria portuguesa pode contar com a contribuição da KUKA para uma indústria adaptada às necessidades atuais.