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dossier sobre gestĂŁo tĂŠcnica de edifĂcios
manutenção preditiva para a exploração de edifĂcios: a melhor estratĂŠgia
Fernando Ferreira
EcoBuildings Marketing Manager Schneider Electric Portugal
Os custos de manutenção de edifĂcios sĂŁo responsĂĄveis, em muitos casos, praticamente pela mesma percentagem de custos que o consumo de energia. No entanto, tambĂŠm em muitos dos casos, este investimento em manutenção ĂŠ ineficiente uma vez que ĂŠ alocado a abordagens de manutenção reativa. AlĂŠm de serem essenciais para garantir o conforto e segurança dos ocupantes e produtividade do edifĂcio, os sistemas de controlo de edifĂcios, quando proativos e preditivos, podem facilmente ajudar a reduzir os custos de manutenção e de consumo de energia em 20%.
Os gestores de edifĂcios devem questionar-se sobre: onde e porque estĂĄ a ser gasto dinheiro; e, como pode ser reduzido o valor gasto enquanto se mantĂŠm ou, atĂŠ, se melhora o desempenho do edifĂcio. dependem de programas de manutenção reativa para cuidarem dos
esperar atĂŠ quebrarâ€?, aguardando atĂŠ que o equipamento bloqueie ou falhe totalmente para que seja iniciada uma ação corretiva. Na verdade, fazer referĂŞncia Ă manutenção reativa como manutençãoâ€? jĂĄ ĂŠ, por si sĂł, um equĂvoco – trata-se somente de uma reparação cujos custos sĂŁo tendencialmente elevados. Esta ĂŠ a abordagem mais tradicional quando se trata de manutenção, porque ĂŠ a mais natural – temos tendĂŞncia para consertar as coisas quando estas deixam de funcionar, porque assim foi feito durante muitos anos. AlĂŠm disso, este tipo de manutenção transmite a ilusĂŁo de custar menos a curto prazo por se traduzir num custo de reparação imprevisĂvel. !" #
$ ĂŠ novo, sendo que, Ă partida, nĂŁo apresenta problemas, todavia, as www.oelectricista.pt o electricista 54
poupanças sĂŁo uma ilusĂŁo. Os custos de reparação tendem a ser elevados, nomeadamente aquando hĂĄ falhas inesperadas do equipamento, que conduzem igualmente ao aumento do custo de trabalho porque o equipamento tem de ser reparado imediatamente. Tal resulta numa % $ !" # # % produtividade do negĂłcio, gerando prejuĂzos. Por sua vez, aproximadamente um terço dos operadores de edifĂ % !" # !" % $ # !&
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( independentemente de serem aparentemente necessĂĄrias ou nĂŁo. Este mĂŠtodo produz melhores resultados, porĂŠm, ainda nĂŁo os ideais. A manutenção de prevenção refere-se Ă manutenção regular, segundo um programa predeterminado que se baseia nas caraterĂsticas do equipamento e recursos fornecidos pelo fabricante do mesmo. Esta apresenta vantagens ao contribuir para o bom desempenho e contĂnua produtividade do equipamento. Sequentemente, apresenta menos custos a longo prazo, uma vez que hĂĄ menos situaçþes inesperadas e de reparação de emergĂŞncia, bem como perĂodos de inatividade por reparação. Implementando este tipo de manutenção ĂŠ possĂvel economizar )* )+
# % zação – todos os equipamentos são tratados com a mesma prioridade, " / %
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!" de acordo com as potenciais consequĂŞncias da falha de um determinado equipamento. E este ĂŠ um fator importante e fundamental a ter em conta pois a quebra de alguns equipamentos pode apresentar efeitos mĂnimos no edifĂcio, enquanto a falha de outros pode ter um impacto preponderante, pelo que nĂŁo devem ser encarados todos de igual modo.
' sa por implementar planos de serviços que recorrem a manutenção proativa e preditiva, baseada na condição real do equipamento em vez de numa programação predeterminada. Com esta abordagem, o equipamento ĂŠ mantido com um desempenho contĂnuo de alto nĂvel, em vez de esperar por algo que falhe. Ă€ semelhança da manutenção de prevenção, a manutenção preditiva baseia-se no princĂpio de que uma abordagem proativa ĂŠ melhor