Hidrogénio, vetor energético

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hidrogénio, vetor energético

Teresa Ponce de Leão e Carmen Rangel 02)+ ¯ 0EFSVEXzVMS 2EGMSREP HI )RIVKME I +ISPSKME

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VIRSZjZIMW ¯ GSQ EW ZERXEKIRW HI HMZIVWM½ GEpnS HI JSRXIW e contribuindo para a sustentabilidade, abrindo a perspetiva real de uma mudança de paradigma no fornecimento de calor e potência para os setores de transportes, residencial e industrial. Na Europa e no Mundo a evolução da tecnologia do hidrogénio tem sido crescente, existindo uma indústria internacional ligada a este setor cujo crescimento se tem acentuado nos últimos anos em países de elevada componente tecnológica e industrial como a Alemanha, que se destaca dentro da UE, ou de países do resto do mundo, como os Estados Unidos da América e o Japão [1-4]. O Roteiro Tecnológico do Hidrogénio e Células de Combustível da Agência Internacional de Energia faz uma análise muito completa do estado da arte das diferentes tecnologias, respetivas medidas e objetivos a atingir nas próximas décadas [1]. Em relação ao armazenamento em larga escala numa cadeia de produção de energia do tipo “power to power”, “power to gas” e “power to fuel”, considera-se que a tecnologia está em fase de demonstração. Nestas cadeias HI GSRZIVWnS E I½ GMsRGME KPSFEP ZEVME IRXVI I QEW com margem prevista de progressão. No setor da cogeração com células de combustível para o ambiente construído considera-se que a tecnologia está em fase de introdução no mercado, tendo as experiências mais relevantes sido aplicadas até agora no Japão e Estados Unidos.

Uma mudança de paradigma desse tipo requer uma ERjPMWI HIZMHEQIRXI UYERXM½ GEHE HSW TVMRGMTEMW MQTEGXSW técnicos, sociais e económicos. É necessário medir esses impactos de forma rigorosa, credível e realista. Em Portugal existem circunstâncias favoráveis para a introdução da tecnologia do hidrogénio: a relevância do setor de componentes para a indústria automóvel, o contínuo desenvolvimento de parques eólicos fotovoltaicos e que permitirão a longo prazo uma redução no preço do hidrogénio “limpo” produzido através de eletrólise e seu armazenamento. Por conseguinte, q RIGIWWjVMS YQ GSQ TVSQMWWS EXIQTEHS TEVE MRXIKVEV E XIGRSPSKME HS LMHVS KqRMS RIWXIW WIXSVIW HIWHI EW JEWIW MRMGMEMW GSRLIGIV TEVE decidir, e assim permitir ao país uma TSWMpnS TVMZMPIKMEHE RS QIVGEHS IRIVKqXMGS KPSFEP HS JYXYVS


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