renováveis na lusofonia
que caminhos para as renováveis? A EDF EN Portugal, associada da ALER, constrói e explora centrais de energia eólica em Portugal. Está sediada em Portugal e opera como subsidiária da EDF Energies Nouvelles, S.A.
Tel.: +351 211 379 288 geral@aler-renovaveis.org www.aler-renovaveis.org
Dada a vasta experiência no mercado das energias renováveis, a EDF EN consegue analisar os novos desafios tecnológicos e financeiros com que se depara o setor da produção de eletricidade de origem renovável em Portugal nos próximos anos, entre os quais a necessidade de investimento na substituição gradual dos equipamentos de produção, nomeadamente dos aerogeradores dos parques eólicos cujo tempo de vida útil ronda os 20 anos, processo este usualmente designado na terminologia anglo-saxónica por repowering (repotênciamento). No gráfico seguinte apresenta-se a evolução da capacidade instalada de parques eólicos em Portugal desde 2000 até 2016. Por outro lado, simula-se como evoluiria essa capacidade instalada num cenário de não substituição dos equipamentos no final da sua vida útil esperada (20 anos).
desnecessárias e que dê aos detentores dos ativos um grau de flexibilidade de decisão, em termos de opções técnicas e de distribuição espacial das novas soluções de repotenciamento, que permita o desenvolvimento das melhores soluções económicas, sem esquecer o contributo para a redução do preço de eletricidade no consumidor. O aumento de potência de algumas centrais eólicas existentes, aquando do repotenciamento, deve ser tido em consideração como uma opção estratégica do Plano Nacional de Energia e Clima para 2030 para atingir os compromissos que advirão do Clean Energy Package para 2030. Em muitos locais será possível otimizar os layouts das centrais, possibilitando um maior aproveitamento do recurso eólico e diminuindo, assim, a necessidade de desenvolver centrais noutros locais com menor recurso ou com um maior impacto ambiental e em custos de desenvolvimento da rede elétrica. Os anos em que se instalou uma maior potência eólica (~55%) em Portugal foram 2005 a 2009 (ver gráfico abaixo):
Em 2028 a frota eólica atualmente em operação atingirá uma idade média de 20 anos (ver gráfico).
Assim, este cenário meramente hipotético, mas ao mesmo tempo possível, teria como consequência uma redução muito significativa, a partir de meados da próxima década, do peso da eletricidade renovável na produção de eletricidade em Portugal e do seu contributo na descarbonização da sua economia. Neste contexto é crucial a existência de um quadro regulatório estável durante os próximos anos para que se continue a investir em Portugal neste setor, mantendo-se a capacidade instalada de produção de eletricidade de origem renovável durante as próximas décadas. A justeza e a adequação da política energética para o repotenciamento de centrais eólicas serão fundamentais para contribuir que Portugal continue a ser um exemplo de uma gestão bem-sucedida da transição energética para a descarbonização do setor elétrico. Para tal é necessária uma regulamentação bem definida que remova barreiras administrativas 8
Benefícios socioeconómicos do repowering I. Melhor aproveitamento do recurso eólico dos parques existentes; II. Aumento do fator de uso das infraestruturas elétricas existentes; III. Dinamização do emprego e de toda a cadeia de fornecimentos; IV. Incorporação de inovações tecnológicas que melhoram o comportamento dos parques face aos requisitos de Códigos de Rede cada vez mais exigentes; V. Imagem de modernidade tecnológica e redução do número de máquinas (aerogeradores) instaladas; VI. Com o repowering é evitado o descomissionamento das infraestruturas e equipamentos instalados, sendo unicamente substituídos os aerogeradores por um número muito inferior, podendo-se atingir na maioria das situações uma redução de 50%, com máquinas tecnologicamente mais evoluídas e de melhor rendimento. António Lima Teixeira CEO EDF EN Portugal lima.teixeira@edf-re.pt