Edifícios inteligentes e eficiência energética

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dossier sobre gestĂŁo tĂŠcnica de edifĂ­cios

edifícios inteligentes e eficiência energÊtica Jorge Rodrigues de Almeida, CEO almeida@rda.pt RdA – Climate Solutions

O consumo de energia nos edifĂ­cios ĂŠ condicionado por mĂşltiplos fatores tĂŁo dĂ­spares como as condiçþes climĂĄticas locais, as caraterĂ­sticas construtivas, os equipamentos instalados, os perfis de utilização ou a (ausĂŞncia de) manutenção. A combinação destas variĂĄveis associada ao elevado custo da energia traduz-se em elevados custos mensais que urge reduzir. Neste ponto todos os estudos sĂŁo coerentes, o caminho para esta redução dos custos passa pela implementação e controlo de medidas de eficiĂŞncia energĂŠtica passivas e ativas associadas Ă dotação de “inteligĂŞnciaâ€? ao edifĂ­cio. A matriz energĂŠtica nacional ĂŠ reveladora, edifĂ­cios. Este consumo associado ao elevado custo da energia (o relatĂłrio Household Energy Price Index for Europe, disponĂ­vel em www.energypriceindex.com aponta constantemente Portugal como um dos paĂ­ses europeus com preços de energia mais elevados) impĂľem a necessidade de redução dos consumos como desĂ­gnio de sustentabilidade das organizaçþes e famĂ­lias. Este facto ĂŠ ainda mais relevante se considerarmos que mais estĂŁo construĂ­dos, muitos deles erigidos nas ! " # $ % energĂŠtica nĂŁo se aplicava Ă construção. & ' * + # / ĂŞncia energĂŠtica em primeiro lugarâ€? na sua polĂ­tica de energia, tem ao longo dos Ăşlti 0 $ aos estados-membros consubstanciados, + + # 1 2 3 6 36'* va ao desempenho energĂŠtico dos edifĂ­cios 7*891: 1 2 3 6 !6*' 2 ; $ % < * 1 2 transpostas para a legislação nacional resul 2 = > $ 0 www.oelectricista.pt o electricista 54

EnergĂŠtica dos EdifĂ­cios e nas imposiçþes do 1 ?B <C D"?&6 3 F # entre outros, tĂŞm como objetivo a redução dos consumos energĂŠticos atravĂŠs da imposição de auditorias energĂŠticas ou o cumpri $ % + de construçþes ou reabilitação de edifĂ­cios. * $ % celente oportunidade para a efetiva redução $ < * poupança poderĂĄ advir de sistemas passivos como isolamentos, envidraçados com corte tĂŠrmico ou sombreamentos ou de sistemas ativos (leia-se equipamentos) com elevada $ % < * # G + # $ se nĂŁo dotarmos o edifĂ­cio de sistemas capazes de acompanhar as variĂĄveis que o afetam e reagir, isto ĂŠ, de inteligĂŞncia. A domĂłtica ou os sistemas de gestĂŁo tĂŠcnica quando devidamente dimensionados e operacionalizados podem potenciar as poupanças e acima de tudo permitem controlar o desempenho das medidas ao longo do tempo intervindo de forma prĂł-ativa atravĂŠs da interação de equipamentos, sistemas tecnolĂłgicos e consumos de energia muitas vezes suportados por algoritmos adaptativos baseados em informação local cruzada com anĂĄlises de data mining. Os exemplos de sucesso destes sistemas sĂŁo inĂşmeros. Casos como a Nest, o Hue ou 0 /o electricistaâ€? demonstram a apetĂŞncia e potencial destes + /inteligĂŞnciaâ€? mas ainda existem algumas barreiras que importa quebrar. Programas como o POSEUR – Programa J+ = F *$ %

no Uso de Recursos, o FEE – Fundo de *$ % * ? Instrumentos Financeiros para a Reabilitação M 2 0 ' F 7QTMM' : + *$ % * 7QT* : sim um papel de destaque, por um lado na disponibilização de capital, tĂŁo importante para quebrar a barreira do custo inicial, mas + + /disciplinaçãoV $ % subindo a fasquia das exigĂŞncia tĂŠcnicas e promovendo tecnologias state of the art. É importante que a utilização destes programas seja realizada segundo critĂŠrios de racionalidade que valorizem as melhores prĂĄticas garantindo uma otimização dos investimentos. Saliente-se que muitos dos fundos referidos anteriormente revestem a natureza de subvençþes reembolsĂĄveis ou obrigam Ă entrega de uma percentagem das poupanças lĂ­quidas, o que impĂľe um dimensionamento e + W 2 $ $ % < * 2 $ 2% promotores, engenheiros e fornecedores de soluçþes tecnolĂłgicas a aplicação das melhores prĂĄticas e standards, no desenvolvimento dos seus projetos, por forma a reduzir as inconsistĂŞncias e garantir o retorno do investimento. Neste contexto destaca-se o (ICP) Europe que + F + $ % gĂŠtica, para o desenvolvimento e avaliação de projetos de reabilitação energĂŠtica de edifĂ­cios, garantindo a utilização das melhores prĂĄticas e standards ao nĂ­vel europeu. A conjugação das melhores prĂĄticas, promovidas pelo ICP, com a utilização de sistemas de gestĂŁo tĂŠcnica nas suas mĂşltiplas verten + + 2 2 $ 0 e aumento da consistĂŞncia das poupanças previstas. A dotação de inteligĂŞncia nos edifĂ­cios atravĂŠs das gestĂľes tĂŠcnicas e domĂłtica estĂĄ a trilhar um caminho para o aumento da $ % $ W $ < X Y + exemplos de sucesso como demonstrados nesta revista que permitem promover e po $ % # melhorando a forma como os habitamos, reduzindo os custos de exploração e gerando oportunidades de investimento.


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