“A Indústria 4.0 tem de provar que vale o investimento”
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Há muito que a base tecnológica para a Indústria 4.0 está disponível. Mas o que tem feito falta é a coragem para a sua concretização. As promessas relativas ao aumento da eficiência, mesmo em quantidades pequenas até lotes unitários, estão associadas a custos e riscos de segurança. Mas a maioria das empresas não tem alternativa.
“Uma empresa que não adota a Indústria 4.0 no seu processo de desenvolvimento será, em breve, como um kit mãos-livres num automóvel sem ligação telefónica: está lá, mas está desligado da corrente e, assim, é inútil”, explica Andreas Mangler, Diretor do Departamento de Comunicação e Marketing estratégico na RUTRONIK, em jeito de previsão do futuro. “A história já provou várias vezes que os dinossauros não sobrevivem.” A necessidade de aumentar a eficiência está constantemente presente. Atualmente, a novidade é a tendência para a individualização: quer se trate de computadores industriais, automóveis ou cereais, os clientes querem que os produtos sejam exatamente como precisam ou imaginam. Fornecedores como a cadeia de drogarias dm mostram como se faz: por meio de uma App ou software, os clientes criam um álbum de fotografias individual, um póster, uma fotografia em tela, uma capa para telemóvel ou um
gel de duche com as suas próprias fotografias. Em colaboração com a Deutsche Post, com a dm até pode ter um selo com a sua cara. Os dados são carregados por Internet e, uns dias mais tarde, o cliente recebe em casa o produto terminado. “É exatamente isto que trata a Indústria 4.0”, diz Mangler. Muitas outras empresas também se adaptaram perfeitamente à individualização, não obstante, a escalabilidade dos seus processos foi comprometida. A Indústria 4.0 promete solucionar este dilema através do desenvolvimento de soluções específicas dos clientes sob as premissas da produção de massas. Apesar disto, muitas empresas ainda hesitam em implementar a Smart Factory como um elemento-chave da Indústria 4.0. Isto deve-se principalmente a duas razões: primeiro, os custos e, segundo, o medo da abertura e da consequente vulnerabilidade e perda de Propriedade Inteletual (PI).
A INDÚSTRIA 4.0 PRECISA DE UMA OUTRA PERSPETIVA DOS CUSTOS Não há dúvida de que a implementação da Indústria 4.0 requer investimentos. Em contrapartida, permite economias a longo prazo através de uma eficiência acrescida. Todavia, estas economias têm lugar a outros níveis, o que faz com que sejam muitas vezes ignoradas. A gestão empresarial atual baseada no centro de lucros considera exclusivamente os custos concretos ao nível de pessoal e unidades em blocos trimestrais. Isto significa que os custos totais, nos quais estão incluídos também os processos, não são calculados. Por vezes, isto pode levar a situações grotescas. Um exemplo: um técnico de desenvolvimento concebe uma tecnologia avançada e orientada para o futuro, que não é aprovada pelo Departamento de Compras devido aos elevados custos unitários. No entanto, os componentes mais económicos são, muitas vezes, tratados, registados e deslocados manualmente ao longo do percurso que vai desde a entrada de mercadoria até à produção. Os custos inerentes aos processos consomem rapidamente as economias anteriormente geradas ou excedem-nas inclusivamente mas isto passa despercebido ao Departamento de Compras. Assim, os dispendiosos processos manuais continuam a ser implementados, pois à primeira vista causam custos mais reduzidos do que a automatização do processo. “Desta forma, não conseguimos nem economizar custos nem alcançar inovações”, resume Mangler. Por outro lado, partindo de uma perspetiva do custo total de propriedade, os custos totais reais incorrem ao longo de toda a cadeia de processos, desde a fase de desenvolvimento até às compras e à logística. Desta forma, cada empresa pode avaliar por si mesma se, e em que áreas, e em que medida, a implementação da Indústria 4.0 é viável. “Nem todas as empresas se tornarão numa autêntica Smart Factory. O importante é, por um lado, encontrar o equilíbrio certo entre a tecnologia e o respetivo investimento e,