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Educação Médica...13 Mito vs Verdade

“Estás a amamentar? Olha que ouvi dizer que…”

Inês Serafim, 4º ano

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Quando nasce uma criança, um vínculo afetivo é já sentido, por norma, entre a mãe e o seu rebento, que foi carregado por 9 meses. Porém, esta relação pode fortalecer ainda mais aquando do ato da amamentação. Para além de ser a fonte primordial e essencial da alimentação do bebé nos primeiros tempos de vida, o leite materno consegue ser uma das pontes para a bolha de amor e carinho que é a relação entre mãe e filho. Por outro lado, se no passado já se ouviam algumas coisas sobre este tema, quase como dizeres que se passavam de boca em boca, atualmente a informação partilhada na internet e nas redes sociais desta vida é tanta que pode trazer alguma insegurança e confusão às futuras/ atuais mamãs… Apresentam-se, agora, algumas das expressões que se vão ouvindo por aí.

A crença do leite fraco já vem de algum tempo, quando este era já comparado ao leite de vaca, com um aspeto mais denso. O leite materno pode ter uma consistência mais líquida, porém permanece como a fonte de nutrientes mais indicada para o bebé. O motivo por de trás do choro da criança poderá relacionar-se com a refeição não estar a ser suficiente ou a pega da mama não estar a ser feita da maneira mais eficiente, discussões que se devem ter com o médico e os enfermeiros que estejam a acompanhar o pós-parto.

A imagem com que a mãe se vê será sempre fator de preocupação, o que é normal. Porém, a causa para o “descair” das mamas deve-se ao aumento de tamanho que acontece durante a gravidez e posterior diminuição, o que, aliado a fatores genéticos, leva a uma perda da tensão do ligamento suspensor da mama, contribuindo para o seu decaimento. Tal pode acentuar-se mais quanto o aumento do número de gravidezes, porém o ato de amamentar não o vai potenciar.

Nas horas a seguir ao parto, a mãe pode, de facto, sentir algumas dores, uma vez que a hormona libertada aquando do ato da sucção do bebé na hora de amamentar, a ocitocina, pode levar a contrações uterinas. No entanto, deve ser algo de curta duração e tido em conta durante a presença no hospital. Depois disso e em caso de persistência, as dores não são normais e a mãe deve procurar ajuda.

Embora dependa da abordagem feita na colocação do implante, ter implante mamário não é condição suficiente para não pensar em amamentar.

É importante ter noção de que nem todas as mães vão conseguir produzir enormes quantidades de leite, algumas nem o conseguirão. Todavia, tal discurso leva a que a mãe sinta que não é suficiente e gera um sentimento de culpa. Numa era em que o feminismo cada vez mais se faz sentir, é importante acabar com este tipo de discurso, visto que inferiorizar uma mãe por algo que é fisiológico só leva ao fracasso da tarefa.

Sim, se a alimentação não for hipercalórica e for equilibrada, amamentar pode ajudar a perder peso, para além de haver vários estudos que indicam que mulheres que amamentam podem ter uma redução de risco neste tipo de tumor, embora o risco nunca seja nulo. Assim sendo, amamentar deve ser uma escolha da mãe, orientada pelos profissionais de saúde e sempre tendo em vista o bem e a saúde do filho e da própria.

“O leite é fracO, pOr issO ele chOra tantO” – MITO

“as mamas caem cOm a amamentaçãO” – MITO “Quem tem implantes mamáriOs nãO deve amamentar” – MITO,

“sentir dOres durante a amamentaçãO é nOrmal” – MITO, porém…

porém…

“mãe nãO é mãe se nãO amamenta O filhO” – MITO

“amamentar ajuda a perder O pesO da gravidez e reduz O riscO de cancrO na mama” – FACTO

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