SP INFORMAÇÃO JUNHO 2011

v. 9, n° 2, ano 2011 | Abril- Maio- Junho

Rememorando 2009-2011

"Agradecemos o voto de confiança dos colegas eleitores e desejamos que a nova diretoria encontre, como nós, muitas alegrias..."

Iara L. Camaratta Anton Presidente 2009-2011

Informativo da Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul | 1

Editorial

É

poca de término, de finalização, de colocarmos um ponto em uma etapa que se encerra. Sabemos que todos os projetos seguem uma trajetória que se desenvolve no tempo. No início, tudo é muito envolvente, há desejo de criar novos projetos, de por as idéias em ordem, traçar roteiros, compartilhar pensamentos, realizar as mudanças projetadas.

Decorrido o prazo previsto, chega então a hora de fazemos o balanço das ações executadas. Ao longo de dois anos, trabalhamos em prol da Sociedade. Entre os feitos realizados, investimos na comunicação com nossos pares, atualizamos o leiaute deste informativo, qualificamos e diversificamos os textos nele publicados. Foi um trabalho em parceria entre colegas com os quais contamos ao longo desses anos, sempre com o apoio incansável da Diretoria, que apostou e apoiou as idéias da Comissão Editorial. Graças a isso, conseguimos envolver diferentes setores da Sociedade e compartilhamos artigos e temas atuais, relacionados à nossa profissão e a áreas afins.

Hoje, observando a trajetória desenvolvida, percebemos que foi um processo e tanto. O trabalho foi árduo, mas solidário, motivo pelo qual não podemos deixar de agradecer a colaboração dos colegas, entre os quais destacamos Leonardo Della Pasqua e Mônica Echeverria de Oliveira, pessoas muito importantes desde a primeira hora. As mudanças imprimidas foram fortalecidas pela aprovação dos sócios que, em eventos da SPRGS, passaram a comentar e sugerir assuntos e melhorias do Boletim.

Nosso objetivo, desde o início, foi disseminar a ideia de que o SP Informação tem a finalidade de compartilhar a reflexão

crítica, o debate e a produção de conhecimento que se realiza na área da Psicologia e da cultura em geral. Por isso a pretensão de fortalecê-lo como veículo que difunde nossa atuação como profissionais, divulgando também os eventos e as ações dos diferentes Núcleos de atividade, com especial atenção para os estudantes e os recém-formados. Pensamos sempre em colaborar para aproximar os sócios da Sociedade, contamos com a participação e opinião de cada um para continuamente melhorar nosso trabalho.

Por fim, é preciso dizer de nossa satisfação por poder protagonizar a mudança e acompanhar a evolução e a boa receptividade do SP Informação. Estamos satisfeitas por perceber o entusiasmo com que os sócios têm acolhido cada exemplar do Boletim e também ao verificar que a interlocução que ele propõe tem se concretizado em comentários, sugestões e elogios.

Ficamos orgulhosas por termos participado dessa etapa da história da sociedade e queremos agradecer vivamente à atual Diretoria, Gestão 2009-2011, que sempre nos apoiou e confiou na editoração do SP Informação. Foi uma honra colaborar para a ampliação da visibilidade da SPRGS dentro e fora da instituição, levando seu nome a circular em diversos espaços.

Fica o nosso grande abraço, nosso obrigado pela confiança e os votos de que, mais uma vez, tenham uma boa leitura!

Com carinho, Gabriela Filipouski Luciana M. de Azevedo Comissão Editorial

Novos Sócios Adriana Campão Almeida Berenice da Rosa Spader Cristina Sonaglio Maioli Cleide Maria Silva Cristina Neves Hugo

Cristina Lessa Horta Daniele Silva da Silva Gabriel Torres Leszczinski Ivani Teresinha B. Valentini Júlia Corrêa Pinto

Lisiane Nunes Dutra Lisane Luz Pacheco Liliane Das Virgens Ribeiro Monique Lauermann Taminari Marisol Helena P. Griebezer

Pricilla Braga Sally Karina Brodski Solange da Silva Dias Tania Rudinicki

Diretora Administrativa: Lisandre Dreyer da Silva Matte

Diretora do Exercício Profissional: Patrícia Viviani da Silva

Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul Rua Felipe Néri, 414/2ºandar Porto Alegre/RS CEP 90440-150 Fone/Fax: (51) 3331-8586 E-mail: secretaria@sprgs.org.br Site: www.sprgs.org.br Tiragem: 1000 exemplares Gráfica Calábria - 3245-7222 Projeto Gráfico: Grau Soluções Gráficas www.grausolucoes.com.br

Expediente

Diretora Científica: Inúbia do Prado Duarte Diretora Financeira: Laura Suzana Sacchet Jaskulski DIRETORIA

Diretora Sócio-Cultural: Luciana Menezes de Azevedo

Presidente: Iara de Lourdes Camaratta Anton

Diretora do Interior: Vanéli Karine Closs Ribas

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Diretor Suplente 1: Leonardo Della Pasqua Diretora Suplente 2: Rosa Beatriz Santoro Squeff SP Informação Comissão Editorial: Luciana Menezes de Azevedo Gabriela Ribeiro Filipouski Revisão: Diana Marchi

Os artigos e opiniões são de inteira responsabilidade dos autores.

Palavra da Presidente

E

stamos em vésperas do encerramento da gestão 2011, período no qual nos dedicamos intensamente à Sociedade de Psicologia, instituição que, há 52 anos, nos abriga, congrega e representa. Seguramente, gostaríamos de ter realizado mais, embora reconhecendo que fizemos belos investimentos e deixamos marcas para o futuro.

Enquanto Presidente, declaro admiração e reconhecimento em relação a esta equipe de trabalho, que tanto se esmerou ao longo destes dois anos, zelando pela conservação do que estava bem e empenhando-se por introduzir mudanças possíveis. Dentre as novidades, destacam-se a reconstrução do site, a inauguração da newsletter, a reconfiguração do SP e de toda a comunicação visual. Esta nova visibilidade dada a uma instituição tradicional como a nossa deixa-a muito mais próxima dos associados, das demais instituições e colegas de profissão, e do público em geral. Parabéns, neste campo, aos diretores Luciana Azevedo e Leonardo Della Pasqua e aos colaboradores Gabriela Filipouski, Alexandre Schossler e Mônica Echeverria de Oliveira.

Isso tudo se refletiu na divulgação de eventos, na organização da secretaria e do setor financeiro, tão zelosamente cuidados por Lisandre Matte e Laura Jaskulski. Inúbia Duarte, acompanhada pelas comissões científicas e organizadoras, criou o I Fórum da Sexualidade Humana e deu forma à Jornada Bianual, que versou sobre “O Ato como Linguagem”. Estudantes e

recém-formados, aos cuidados de Patrícia Viviani da Silva e Leonardo Della Pasqua, ganharam novos espaços e desafios, incluindo o novíssimo Prêmio Recém-Formados. Rosa Squeff, por sua vez, entrou na ativa, assumindo o Núcleo do Interior, enquanto Luciana Lara e equipe dedicaram-se intensamente à organização da interessante Revista 2010.

A participação dos sócios nos Comitês de Estudos, nos Núcleos do Interior e nas diversas atividades da SPRGS tem sido muito estimulante e agrega valores, sob todos os aspectos.

Agradecemos o voto de confiança dos colegas eleitores e desejamos que a nova diretoria encontre, como nós, muitas alegrias, dedicando-se com amor a causas que, em última análise, contribuem para nosso contínuo aprimoramento, enquanto profissionais e seres humanos.

Cordialmente, Iara L. Camaratta Anton.

Notícias

CNE estuda validade dos cursos de especialização

N

o inicio do corrente ano, a partir da resolução nº 4 de 16 de fevereiro de 2011, os processos de credenciamento dos cursos de especialização presenciais e a distância oferecidos por instituições não educacionais foram suspensos através de uma Resolução do Conselho Nacional de Educação, publicada no Diário Oficial da União.

As 120 instituições que oferecem cursos já aprovados no MEC tiveram prazo de validade da certificação prorro-

gado para 31 de julho. A resolução também permite que as entidades credenciadas concluam a formação dos alunos ingressantes até 31 de julho do corrente ano.

O CNE estuda uma nova regulamentação para credenciar as instituições que não sustentam o título de entidade de ensino. Apenas as instituições de ensino superior estão autorizadas a oferecer cursos de pós-graduação latu sensu e devem seguir os critérios anteriormente determinados pelo Ministério da Educação.

Em entrevista para o Jornal Estado de Minas, o presidente da Câmara de Ensino Superior do CNE, Paulo Speller, afirma que a decisão faz parte de uma antiga discussão que visa qualificar estes cursos. Segundo ele, houve uma supervalo-

rização econômica destes cursos e muitas entidades buscam o credenciamento apenas para se inserirem num mercado em expansão, quando as regras deveriam ser ditadas pela qualidade dos cursos. O presidente ainda informa que o CNE estuda novos procedimentos a serem adotados para a concessão destes credenciamentos.

Para maiores informações, confira a publicação do Ministério da Educação no Diário Oficial da União, na página 21 do dia 17 de fevereiro de 2011, acessível no site http://portal.in.gov.br/.

Gabriela R. Filipouski Luciana M. de Azevedo

Informativo da Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul | 3

Interiorizando

Atividades dos núcleos do interior

F

azer parte de uma Sociedade que tem mais de 50 anos é realmente um privilégio. Durante esse tempo, muitos trabalhos significativos ocorreram, como jornadas, fóruns, colóquios, debates, palestras e cursos. Diversas pessoas também marcaram a trajetória da Sociedade, contribuindo com suas vivências e conhecimentos, deixando marcas que fizeram a diferença para muitos associados.

Por sorte, algumas convivem até hoje ativamente, incentivando jovens sócios a se engajarem com empenho na busca de ideais para os psicólogos, mas também abertos a trocas com outros profissionais, num saudável exercício de interação com outras ciências.

Ser sócio da Sociedade de Psicologia é um direito de todo o psicólogo, que pode se beneficiar com a possibilidade de congregar com colegas, transmitir saberes, trocar experiências com outras áreas e continuar o processo pessoal de aprendizagem, que nunca termina.

Como diretora dos Núcleos do Interior da Sociedade de Psicologia, no período de 2010/2011, convivi com colegas que estão promovendo o desenvolvimento da psicologia como ciência e profissão em várias cidades do Estado, oferecendo às suas comunidades momentos de reflexão e informações relevantes, além de oportunizarem interação em prol de

crescimento mútuo.

Entre elas, cabe salientar as atividades que vêm sendo promovidas na cidade de São Leopoldo, realizadas e coordenadas pela colega Maria Aparecida Silveira, que, em parceria com diferentes órgãos municipais, tem organizado debates sobre “Políticas Públicas na área de Saúde Mental”, com o objetivo de atingir uma parcela ampla da população necessitada e, ao mesmo tempo, divulgar o trabalho do psicólogo.

Em Caxias do Sul, pela dinâmica atuação da psicóloga Cátia Dall’Agno, vêm sendo revitalizados os Comitês de Psicologia Hospitalar e Psicologia Infantil, que promovem estudos sobre Antonino Ferro e discussões a respeito da técnica de Psicoterapia Infantil, com promissoras parcerias junto a outros profissionais.

Na cidade de Santa Cruz do Sul, estamos empenhados em reabrir o Núcleo que outrora foi muito produtivo, através da dedicação da colega Patrícia Knak, que já organizou um diálogo entre psicólogos e psiquiatras sobre o tema: “Indicações e Contra-indicações de medicamentos para crianças e adolescentes.”

Nas cidades de Taquara e São Leopoldo, a Sociedade de Psicologia se faz presente com representação junto aos Conselhos Municipais de Saúde. Em Taquara, a colega Ângela Moura Cunha assumiu

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recentemente, com o compromisso de pensar, fiscalizar e opinar sobre aspectos sociais, éticos e políticos relacionados à psicologia e à comunidade. Em São Leopoldo, no Museu do TREM, coordenado por Rosana Steffen e comentado por Magda Mello, no dia 24 de março, ocorreu um caloroso debate intitulado “Notas sobre a Transferência”. Estiveram presentes vários estudantes e profissionais de psicologia que debateram a respeito do tema, considerado um fenômeno que ocorre num espaço inédito e simbólico, onde se desmitificam fantasias e criam-se saídas sublimatórias, resultantes de transformações pulsionais.

No encerramento desse mandato, quero registrar minha satisfação por ter participado, juntamente com a diretoria, do esforço para manter o dinamismo da representação científica, social e cultural da Sociedade, congregando psicólogos articulados com a comunidade em geral.

Também é hora de agradecer a todos os colegas que colaboraram e prestigiaram os Núcleos do Interior. Por fim, enfaticamente, conclamo profissionais de outros municípios que constituam novos Núcleos, de modo a dar continuidade à valorização da presença ativa da psicologia pelo interior do Rio Grande do Sul. Rosa Squeff

Espaço Científico

A Psicologia ainda tem espaço para o Grupo?

O

estudo dos grupos não é novidade para os psicólogos. Existem diversas referências e autores importantes que embasam a nossa atuação, é um conceito que já pode ser considerado clássico. O interesse da Psicologia por grupos coincide com a sua própria profissionalização. A expansão da atuação da Psicologia no século passado criou oportunidades e a necessidade de operadores conceituais para novas demandas e campos de práticas. O grupo surgiu como um desses operadores, muito útil para os profissionais que buscavam espaço em empresas, escolas, instituições e outros campos. Mesmo na atuação clínica, o grupo obteve grande destaque com diversas abordagens psicoterápicas que o utilizavam como instrumental.

Apesar disso, e considerando a importância histórica do conceito e sua disseminação através de diversas práticas dos psicólogos, percebemos um crescente desinteresse pelo estudo do tema.

Cursos de pós-graduação, instituições de formação e mesmo grupos de estudo ou supervisão parecem não ter mais o grupo como foco. O estudo dos grupos vem se reduzindo a pequenos nichos na Psicologia, com poucas instituições e pesquisadores debruçados sobre o tema. É uma situação contraditória; mesmo sendo o grupo uma ferramenta muito usada pelos profissionais, a produção de conhecimento está se tornando escassa. Será que não há mais nada de novo a ser pensado sobre o conceito de grupo? O que já foi produzido é suficiente?

Ao olhamos para outras áreas, percebemos que diversas especialidades mantêm o grupo como foco de atenção e criam mais espaço para a sua utilização.

Pesquisadores e profissionais da Administração, Educação, Medicina, Tecnologia, Esporte, entre muitos outros, buscam o grupo como ferramenta para a compreensão do seu objeto de estudo. Por

que, então, a Psicologia parece deixar o conceito de grupo de lado?

Um pouco de história pode nos ajudar a buscar uma resposta. Na primeira metade do Séc. XX, com a crescente profissionalização das chamadas ciências humanas, o campo do conhecimento foi dividido entre Psicologia e Sociologia através de um tácito e torto “Tratado de Tordesilhas”: a Psicologia se ocuparia

Ao olhamos para outras áreas, percebemos que diversas especialidades mantêm o grupo como foco de atenção e criam mais espaço para a sua utilização.

Pesquisadores e profissionais da Administração, Educação, Medicina, Tecnologia, Esporte, buscam o grupo como ferramenta para a compreensão do seu objeto de estudo. do indivíduo e a Sociologia da sociedade.

O grupo ficou na fronteira; ora interesse dos psicólogos, ora dos sociólogos, sendo, então, utilizado como um intermediário entre indivíduo e sociedade. Essa inserção fronteiriça do conceito de grupo na Psicologia pode, por vezes, causar um estranhamento e evocar tentativas de subordinar o seu entendimento ao indivíduo. Isto é: há uma tendência, na Psicologia, de compreender os grupos a partir do indivíduo. Será a Psicologia uma ciên-

cia do indivíduo?

A subjetividade contemporânea, contudo, é complexa e talvez precise recorrer a outros conceitos além do indivíduo.

Durante bastante tempo, e para diversas linhas teóricas da Psicologia, havia uma correspondência exata entre indivíduo e sujeito. A única forma de expressão de subjetividade seria o indivíduo. Quando a Psicologia passa a se ocupar do conceito de grupo, coloca-o, inicialmente, no mesmo modo-indivíduo. O grupo seria mais uma totalidade, outro objeto que opera em uma lógica individualizante, gerando então a ideia de grupo como intermediário.

O grupo se potencializa, porém, quando o entendemos a partir da ideia de processo. O grupo, compreendido enquanto processo, pode ser um instrumento de reflexão e intervenção que permite a emergência de outros sujeitos, outros discursos. É um dispositivo que permite compreender o sujeito para além do indivíduo; possibilitando ver como a subjetividade é constituída a partir de uma lógica não-totalizante e múltipla. Nesse sentido, pode se constituir como uma ferramenta fundamental para pensar o presente, tão marcado por incertezas, fugacidades, micro e macro-revoluções.

Assim, é com certa surpresa que constatamos o aparente desinteresse dos psicólogos pelo grupo. Se pensarmos a Psicologia como ciência dedicada ao sujeito – não necessariamente sinônimo de indivíduo – é de se supor como sua responsabilidade problematizar as suas práticas e produções. O conceito de grupo, enquanto campo de prática e produção de subjetividade, pode se constituir como um analisador para a própria Psicologia; para compreender se trabalhamos com subjetividade ou individualidade.

Alexandre Baldasso Schossler Coordenador do comitê de Psicologia dos Grupos, Organizações e Instituições da SPRGS.

Informativo da Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul | 5

Espaço Científico

O estabelecimento de rotinas psicológicas no esporte

N

o início de abril, Márcia Pilla do Valle e Fernanda Faggiani, integrantes do Comitê de Psicologia do Esporte, apresentaram, no X Congreso Sudamericano de Psicología del Deporte em Buenos Aires, a comunicação denominada A importância do estabelecimento de rotinas psicológicas em modalidades individuais, que obteve boa receptividade entre os participantes por se referir a uma intervenção muito eficaz junto aos atletas.

Na prática do psicólogo esportivo, especialmente nas modalidades individuais voltadas para a competição, percebe-se que o estabelecimento de rotinas psicológicas pode ser uma ferramenta bastante importante e útil. A rotina psicológica é aqui entendida como uma combinação de diferentes técnicas fisiológicas e psicológicas, com o objetivo de estabilizar

o comportamento emocional de atletas durante a competição e ajudá-lo a dirigir sua atenção aos estímulos relevantes da tarefa a ser realizada.

Pesquisas têm comprovado que o estabelecimento de rotinas ajuda atletas a manterem a atenção em pensamentos relevantes à tarefa, evitando a manifestação de pensamentos irrelevantes. As rotinas focalizam a atenção e podem ser extremamente úteis na preparação mental para uma boa performance.

Durante sua comunicação, as autoras preocuparam-se em estabelecer a diferença entre as rotinas pré e pós competição e pré- performance, e proporcionaram uma visão prática do treinamento de tais ferramentas. Para tanto, utilizaram vídeos ilustrativos dos treinamentos das rotinas.

A rotina pré-competição inclui uma série de procedimentos que vão colocando o atleta em estado emocional ideal para iniciar a competição. Estas ações abrangem o cuidado com a alimentação, o descanso, a preparação de materiais e também rotinas de aquecimento físico e mental. Embora muitas pareçam meras superstições dos atletas, revelamse fundamentais para conduzi-los rumo ao estado emocional ideal para competir. As rotinas pré-competitivas facilitam a concentração dos atletas, mesmo em dias que não estão se sentindo tão bem fisicamente.

A rotina pré-performance (RPP) consiste em uma seqüência de comportamentos motores, emocionais e cognitivos que são realizados imediatamente antes da execução da tarefa. Costumam ser utilizadas em esportes em que os atletas competem em um ambiente relativamente estável e previsível, com tempo adequado para preparar para a performance , como, por exemplo, antes do lance livre no basquete, antes do saque no tênis ou da tacada no golfe.

A rotina pós-competição inclui a ava-

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liação do evento, observa pontos positivos e negativos e visa a realizar o levantamento de aspectos a serem corrigidos para as próximas atuações.

O ponto de maior destaque apresentado pelas autoras situou-se na consideração da importância do contexto esportivo e da natureza da tarefa solicitada, assim como, no nível de habilidade do atleta e suas preferências individuais durante o desenvolvimento de uma rotina eficiente. Entre as rotinas pré-performance, as estratégias mais utilizadas para desenvolvê-las são: foco, regulação da intensidade, relaxamento, visualização, estabelecimento de metas e diálogo interior.

Face ao relatado, as participantes do X Congresso recomendam que psicólogos do esporte procurem os melhores componentes para as rotinas preparatórias dos atletas, com relevância para as que mais se adaptam às suas competências de aprendizagem e níveis de habilidade, respeitando ainda as estratégias já utilizadas por ele. Isto requer entendimento tanto das características individuais de cada atleta quanto dos procedimentos da modalidade esportiva que ele executa, de modo a compor uma rotina eficiente.

Na prática do psicólogo esportivo, o estabelecimento de rotinas é uma intervenção bastante comum que se mostra muito eficaz para os atletas por manterem a concentração mental, a estabilidade e controle emocional durante a competição, especialmente em situações de pressão psicológica.

Esta e outras questões relacionadas à psicologia e ao esporte são objeto de reflexão e estudo no comitê de Psicologia do Esporte, que funciona nas quartas-feiras, das 10:00h às 11:30h, na sede da Sociedade.

Comitê de Psicologia do Esporte

Núcleos

NESP - Núcleo de Estudantes Com imenso prazer me apresento como a mais nova estudante integrante do NESP! Frequento o 7ª semestre da Faculdade de Psicologia da PUCRS e, com grande satisfação, começo a participar deste núcleo que traz tantas oportunidades para os estudantes ingressarem no meio profissional e buscarem construir com autonomia o “ser psicólogo”, ainda durante a sua formação.

O ano começa cheio de atividades organizadas pelo NESP: os encontros Psicologia em Construção, produzidos especial-

mente para os estudantes que desejam conhecer melhor a grande diversidade que existe no campo de atuação da psicologia, abordarão as diversas áreas, como o Conversando sobre Terapias Cognitivo-Comportamentais, com o convidado Leandro Feix, Professor e Mestre em Psicologia Clínica com ênfase em Psicoterapia Cognitivo-comportamental. O evento abre espaço para discutir esta abordagem e oportuniza esclarecer dúvidas. Outros temas fundamentais estão incluídos no planejamento das primeiras realizações do NESP nesse

ano, como Mercado de trabalho e suas diferentes perspectivas, Ética e marketing e Configurações familiares. Em todas elas, a participação dos estudantes é muito importante, pois temos a oportunidade de colaborar e sugerir desde o planejamento do evento, culminando com a possibilidade de dialogar com profissionais de nossa área de atuação sobre aspectos que dizem respeito ao nosso futuro profissional.

Júlia Correa Pinto

NIC - Núcleo de Intercâmbio com a Comunidade O NIC continua se fazendo presente nos projetos que visam a atender as demandas da comunidade, especialmente nos seus três focos de atenção: a Creche, o SASE e o grupo Arco-Íris.

O Grupo Arco Íris na busca de desenvolvimento dos potenciais artísticos, intelectuais e afetivos de suas integrantes. vem realizando encontros com a artista plástica Nilza Dezordi, que propõe exercícios de desenho livre, com fins de aplicação nos trabalhos em patchwork.

No SASE, continuamos atuando junto

à coordenação e educadoras e estamos em fase de planejamento de novas atividades.

Quanto ao trabalho na Creche, a apresentação de um estudo de caso, pela colega Norma Beck, em recente evento do Comitê de Psicologia e Educação da SPRGS, oportunizou apresentar os efeitos da “observação pensante” (termo empregado por Victor Guerra) e mostrou que, mais do que prevenir dificuldades, esta ação promove a própria subjetivação da criança.

Uma ação voluntária que tem contribuído para nossa ação e para a qualidade da infân-

cia dessas crianças é a doação de brinquedos e material escolar, por iniciativa e generosidade de associados. Face aos efeitos positivos que isso traz às crianças e à qualidade da atenção que recebem, oferecemo-nos como encaminhadoras de outras doações que porventura os associados queiram fazer.

Com expectativas de novas realizações em 2011, o NIC permanece aberto para receber novos integrantes.

Heloisa Furtado Coordenadora do NIC

NRF - Núcleo de Recém-Formados Após a conclusão do curso de Psicologia, em 2010, encontrei-me em turbulentos pensamentos, pois dar conta da carreira profissional engloba pensar na independência financeira e nas múltiplas escolhas das diferentes áreas que a profissão nos proporciona.

Decidi pesquisar lugares de formação em psicoterapia e percebi a quantidade de instituições que há em Porto Alegre. A questão que se impôs, então, foi a necessidade de definir-me por uma delas. Desde o início dessa trajetória, sabia que queria um lugar com renomados professores, que en-

sinassem a técnica e a teoria, com pacientes que oportunizassem a prática, em uma instituição acolhedora, com a qual pudesse me identificar, mas ainda assim é difícil escolher.

Em busca de um norte, para dar início à minha formação continuada, a qual fundamentará minha trajetória profissional, procurei a Sociedade de Psicologia. O acolhimento das pessoas que dela fazem parte, as peculiaridades de cada comitê e o profissionalismo de seus integrantes me surpreenderam positivamente. O convívio que venho usufruindo ao integrar-me aos gru-

pos temáticos, me fortalece para exercer a nova profissão e percebo que estou disposta a me dedicar ao investimento necessário, sem temer as escolhas.

Reconheço que estou apenas entrando em contato com um mundo que me fascina e me envolve. Nesse processo, da formação, existe um caminho intenso e longo a ser percorrido, mas fico tranquila em saber que tenho colegas de profissão que me acompanharão nesse espaço estimulante e orientador.

Lunara Pilleco

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Interdisciplinar

Ballet Vera Bublitz

A

Escola de Ballet Vera Bublitz tem 45 anos e trabalha na formação técnica e artística dos alunos, baseada no método de Agrippina Vaganova, escola russa, adaptado por Carlla Bublitz para crianças brasileiras. Nosso objetivo é contribuir para a formação de hábitos disciplinares, fortalecer as potencialidades individuais, o equilíbrio emocional, a saúde física e ampliar o contato com a linguagem da dança,destacando seu valor cultural e artístico.

De alguns anos para cá, recebemos, de forma crescente, alunos de tenra idade. Este fato gerou a necessidade de desenvolver um projeto pedagógico que pudesse contemplar as necessidades desse público, oferecendo-lhe oportunidades de enriquecer sua experiência de vida e, simultaneamente, respeitando as condições físicas e emocionais peculiares a estes. Foi então criada uma metodologia própria, apoiada em estudos e pesquisas que, entre outras áreas do saber, nos levaram a aprofundar conhecimentos de psicologia.

Relativamente à adaptação de peças que pudessem ser encenadas pelas crianças, A psicanálise dos contos de fadas, de Bruno Bettelheim e Fadas no Divã, de Diana e Mario Corso, subsidiaram a construção de roteiros.

Bettlheim, no texto acima referido, declara que “hoje, como no passado, a

tarefa mais importante e também mais difícil na criação de uma criança é ajudá-la a encontrar significado na vida.”

Em vista disso, esta obra nos auxiliou a pensar no que uma criança sonha em viver em sua aula de ballet, e a propor alternativas que favoreçam modos de compreendê-la, mantê-la interessada, criar vínculo. O autor alerta para as necessidades mais profundas do ser humano, seus conflitos e angústias, e afirma que, através dos contos de fadas, da fantasia, a criança descobre caminhos e soluções que a tornarão mais equilibrada, tranqüila para fazer escolhas com autonomia, feliz. Diana e Mário Corso comprovam esta teoria, enfatizando a capacidade de sobrevivência dos contos de fadas.

A experiência docente, por sua vez, tem mostrado que, quanto mais a criança é estimulada a falar e a movimentar-se, maior será seu desenvolvimento cérebral e sua motricidade fina. Dançar, ouvir histórias, interpretá-las, cantar, correr, pular, enfim, todos os componentes que constituem uma elaborada aula de ballet, enriquecem o aprendizado, fortalecem as estruturas de formação e transformam-se em ferramenta para a socialização, uma vez que este é realizado em grupo.

A construção dessa metodologia para crianças pequenas, denominada BRINCART – “Educando com Arte”, requereu

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oito anos de dedicação. Escutar as crianças, incentivar sua curiosidade, encantálas, auxiliá-las na superação de dificuldades, são atitudes fundamentais para o sucesso desta ação. Assim, os contos de fadas e as histórias infantis serviram como fio condutor para desenvolver uma aula que respeite o aluno em sua etapa de crescimento. Passo a passo, vamos descobrindo palavras chaves e situações específicas que, em sala de aula, atraem a atenção e estimulam a confiança e a aceitação do aluno.

Já que, nas palavras de Diana e Mário Corso, “contar histórias não é apenas um jeito de dar prazer às crianças: é um modo de ampará-las em suas angústias, ajudálas a nomear o que não podia ser dito, ampliar o espaço da fantasia e do pensamento.” Nestes últimos anos, criamos contos, histórias, musicais com personagens oníricas que se materializaram. Por exemplo, o Sr. Ratão, Bolota e Serafina, são três ratos gigantes, protagonistas de peças que já foram exibidas em palcos da capital, tornando-se muito populares e queridos da criançada. O Planeta Azul; O Planeta dos Sonhos e O Casamento do Sr. Ratão são esquetes que apresentam essas personagens e, para 2011, planejamos a estréia de A volta ao mundo de Bolota e amigas.

A criação dos ratos e suas histórias, aproveitadas e utilizadas no trabalho pedagógico aplicado em sala de aula, facilitam o aprender. Na proposta de 2011, Bolota fará uma volta ao mundo. Músicas e danças típicas contribuirão para o conhecimento de características dos povos visitados, os elementos cênicos também servirão de informação e poderão conduzir a novas descobertas.

Desse modo, através da dança, procuramos cumprir nossa missão, favorecer a interação social das crianças, valorizar a dança entre as diferentes manifestações culturais e corresponder à confiança em nós depositada pelos pais dos alunos.

Vera Bublitz

Opinião

Corpos que vibram: uma intervenção sobre Clínica Ampliada

E

screver sobre o esquete teatral Corpos que Vibram é mexer com as emoções: as minhas e as de quem assistiu ao espetáculo. A orientadora da intervenção é Débora de Moraes Coelho, psicóloga, professora da UNIVATES, mãe do Vittorio e minha querida esposa. Às vésperas da formatura, quando eu participava do NESP – Núcleo de Estudantes da Sociedade de Psicologia, tive a oportunidade de coordenar a organização da I Jornada Estadual de Estudantes de Psicologia: os caminhos da formação, realizada na PUCRS em junho de 2000. Neste evento, e na sede da Sociedade de Psicologia alguns meses depois, um grupo de teatro formado por estudantes de Psicologia da UNISINOS apresentou O julgamento da Psicologia. Débora era uma das artistas do esquete, cuja intenção era provocar desassossego, inquietação.

Onze anos mais tarde, a experiência é parcialmente repetida, desta vez em Lajeado, na UNIVATES, em uma disciplina sobre os processos de subjetivação e clínica contemporânea. Os alunos, artistas e futuros psicólogos, são Adriana Rossetto Dallanora, Afonso Wenneker Roveda, Carine Aparecida Bernhard, Cláudia Zagonel Bender, Cristina Pretto e Graziela Schena. Eles dão vida a Corpos que Vibram, um esquete que recorre aos sentidos para provocar sensações. O terapeuta é investido por uma quantidade imensa de material: seu rosto muda, sen-

do corporalmente afetado pelas dimensões subjetivas.

A idéia de fundo é a Clínica Ampliada.

Conforme as palavras dos próprios membros do grupo: “A apresentação busca estimular os cinco sentidos, colocando os sujeitos presentes na posição de ‘terceiro’, de um inconsciente e consciente que se agitam e se misturam, sozinho, em grupo, provocaremos aos participantes pensar no valor de uma experimentação do próprio inconsciente enquanto estudantes e das multiplicidades que ele pode trazer para a clínica (ampliada), dando boas vindas ao inesperado, àquilo que é sempre possível dentro do campo.”

A Genealogia da moral, de Nietzsche, fundamenta teoricamente a intervenção.

Vídeos, sons, cheiros, circulam pelo ar, realizando uma ótima representação artística de alguns aspectos da clínica, seja ela tradicional ou ampliada. Corpos que vibram serve para sentirmos e refletirmos sobre o que nos acontece subjetivamente no encontro com o outro.

Na Jornada de 2011 da SPRGS: O Ato como Linguagem, o esquete será reapresentado no dia 27 de maio de 2011, às 13h30min, no auditório da SOGIPA, trazendo algumas novidades seguidas por um debate com o público presente.

A analogia entre a arte e a clínica transforma a percepção do nosso trabalho, nos possibilita enxergar além dos olhos, escutar além dos ouvidos, desenvolvendo algo que está além da lógica e da razão, se vale da intuição, fundamental para uma compreensão clínica séria e eficaz. O que seria da clínica sem a metáfora?

O inconsciente não é fácil de ser compreendido. Arte e clínica transformam-se constantemente, quem sabe até mutuamente. Com Corpos que vibram, os acadêmicos de Psicologia da UNIVATES e a sua orientadora nos dizem que fazer clínica é uma arte, onde quer que ela seja realizada. Uma arte que requer técnica, ética e bastante flexibilidade.

Leonardo Della Pasqua

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Cultura

Ainda sobre bicicletas A Criança Nova que habita onde vivo Dá-me uma mão a mim E a outra a tudo que existe E assim vamos os três pelo caminho que houver, Saltando e cantando e rindo E gozando o nosso segredo comum Que é o de saber por toda a parte Que não há mistério no mundo E que tudo vale à pena.

Não quero mais pensar em bicicletas que voam, quero é poder ver o tempo passar mais devagar, quero sentir (e fabricar), a brisa do verão e perceber o friozinho do outono. Mas... ainda é impossível não pensar no hediondo. Já não andava mais de bicicleta. Fiquei com von-

tade, primeiro por indignação, depois por prazer. Quem não se lembra de sua primeira bicicleta? De sua cor, seu brilho, das aventuras e passeios vividos com ela na companhia de bons amigos, que muitas vezes já perdemos o contato.

Quem não se lembra das brincadeiras de rua (de corda, de esconde-esconde, de amarelinha), em um outro tempo, mais seguro, mais envolvente e mais acolhedor?

Faço aqui um convite para andarmos mais de bicicleta, mas num sentido trans-

mutado; para levarmos uma vida que possa se deixar passar mais devagar, com mais carinho e calor humano.

E o trecho do poema acima? Ele é de Alberto Caeiro/Fernando Pessoa, em O Guardador de Rebanhos VIII. Ele esta grafado ao lado do rio Tejo, em Lisboa, em letras garrafais, ao longo da ciclovia, de onde se pode apreciá-lo vagarosamente por centenas de metros. Para mim isso é cultura.

ao seu pensamento. Ninguém discordava dele e, em nome da Psicanálise, combatiam qualquer idéia que sugerisse algo diverso do que O pai tivesse afirmado alguma vez.

A documentação criteriosa permite acompanhar esse momento histórico através de atas das reuniões, comunicações científicas, resumos das discussões, propostas e correspondências pessoais.

Somos levados aos primórdios das descobertas feitas por Melanie, ao convívio com seus fiéis companheiros (Heimann, Isaacs, Riviere, Rickman e Winnicott) e seus opositores mais acirrados (Anna Freud, Melitta e seu analista, Glover).

As Controvérsias revelam o quanto os kleinianos tiveram de argumentar para provar que era psicanálise o que desenvolviam. É comovente a transcrição fiel de reuniões realizadas na cidade bombardeada, onde o principal objetivo era apre-

sentar de modo convincente conceitos como os de phantasia, posição depressiva, regressão, pulsão de morte, objetos internos na dinâmica da vida mental.

Mas a disputa pelo poder excedia o campo da teoria e da técnica. Estavam em jogo transformações estatutárias necessárias para uma reorganização administrativa mais democrática da Sociedade e seu Instituto.

As quase mil páginas mostram a instituição, o caráter dos envolvidos, as forças grupais, a preocupação com a difusão e a transmissão da Psicanálise. Sua leitura é recomendada a todos estudiosos da mente humana, administradores, docentes e alunos das instituições psi, simpatizantes ou não da teoria kleiniana.

Diego Villas-Bôas

Leitura

As Controvérsias Freud-Klein 1941-45 KING, Pearl & STEINER, Riccardo (Orgs.).

As Controvérsias Freud-Klein 1941-45. Rio de Janeiro: Imago, 1998. Coord. ed. bras.: Elias Mallet da Rocha Barros.

A leitura dessa obra leva-nos à intimidade da Sociedade Britânica de Psicanálise no cenário dramático da Segunda Guerra Mundial. Reuniam-se analistas oriundos de Viena, freudianos e ingleses, subdivididos em dois grupos, os kleinianos e outros que, mais tarde, ficariam conhecidos como grupo do meio. Todos defendiam a teoria criada por Freud, morto recentemente. Citações de diferentes momentos de sua obra eram usadas como argumento, tanto para acusar desvios como para provar fidelidade

10 | SP Informação

Inúbia Prado Duarte