Revista UNISAL

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branças maravilhosas do tempo da faculdade. Primeiramente dos professores e dos colegas, com os quais estabeleci grandes laços de amizade, companheirismo e de comprometimento com a construção de um saber sério e de qualidade. RU: Algo foi marcante naqueles anos? P. Alexandre: Muitas coisas marcaram minha vida no tempo da faculdade, mas uma delas que guardo e que ainda é luz para minha vida até hoje foi a experiência de participar de um grupo de estudos. Eu e um colega e amigo da comunidade salesiana fizemos uma proposta para o coordenador do curso na época, P. Ronaldo, que gostaríamos de criar um grupo de estudos e se a Faculdade de Teologia nos apoiava. Padre Ronaldo não só apoiou como deu todos os recursos necessários para a criação e o funcionamento do grupo. Instituído o grupo, vários alunos ingressaram e um professor doutor foi indicado para orientar. Por mais de três anos realizamos estudos e pesquisas nesse grupo, que se chamava GESME (Grupo de Estudos em Mística e Espiritualidade).

RU: Como é o trabalho que você realiza hoje? P. Alexandre: Hoje eu trabalho na Pastoral da Saúde em duas funções, primeira como coordenador das atividades do ICAPS - Instituto Camiliano de Pastoral da Saúde e Bioética, pelo meio dele trabalho na formação de agentes de pastoral da saúde, pesquisas e publicações sobre pastoral da saúde e bioética, e sou o editor do Boletim São Camilo Pastoral da Saúde com ampla difusão pelo Brasil; a segunda é a capelania no Hospital das Clínicas. No Centro Universitário São Camilo, sou professor de Bioética no curso de filosofia e de antropologia na pós-graduação em Bioética e Pastoral da Saúde. RU: Como você chegou a essas funções? Conte um pouco sobre sua trajetória. P. Alexandre: Minha trajetória é simples, nada de extraordinário. Um belo dia da minha pacata vida, decidi entrar no seminário dos Camilianos porque queria ser padre. Depois de um acompanhamento, fui aceito e entrei em 1999. De lá para cá dediquei minha vida aos estudos e ao trabalho pastoral no serviço aos enfermos, que é o carisma

foto: Arquivo Pessoal

RU: Como foi a escolha da profissão para você? No seu caso, seria a descoberta da vocação, não é? P. Alexandre: Sem dúvida, no meu caso, foi a descoberta da vocação, que aconteceu ainda quando eu era muito jovem, pois comecei meus

estudos no seminário dos camilianos com 16 anos. Mas na faculdade de teologia descobri uma “vocação dentro da vocação”, digamos assim, que foi o amor pela pesquisa teológica e pelo ensino.

P. Alexandre trabalha na formação de agentes da Pastoral da Saúde, entre outras atividades

dos Camilianos. Estudei faculdade de filosofia, técnico de enfermagem, teologia, especialização em Bioética e Pastoral da Saúde e mestrado em Ciências da Religião. Em dezembro de 2009, concluí os estudos de teologia e fui ordenado padre no ano seguinte. Depois de padre fui nomeado Diretor do ICAPS e capelão do Hospital das Clínicas. RU: Você fez outros cursos depois da faculdade? Quais? P. Alexandre: Paralelamente à faculdade de Teologia eu fiz uma especialização em Bioética, porque já tinha a graduação em filosofia. Depois fiz mestrado em Ciências da Religião, que conclui agora no mês de junho. RU: Quais os maiores desafios que encontrou após o curso e depois de ser ordenado? P. Alexandre: O maior desafio que encontrei foi conseguir conciliar o trabalho pastoral e as responsabilidades como diretor do ICAPS com a minha vida de estudos e pesquisas. Quando estava na faculdade, tinha mais tempo para estudar, agora tenho que administrar estudos e trabalho, porque não podemos parar de estudar nunca, e o ambiente pelo qual transito, que é o mundo da saúde, é muito exigente, necessita de atualização constante. RU: Quais as lições que você vivenciou até agora e que considera as mais valiosas? P. Alexandre: É amar o que faz e fazer com simplicidade, competência e buscando sempre se atualizar. Na minha vida, descobri que nunca podemos desistir do que acreditamos e amamos, mesmo que pareça impossível realizar. A espiritualidade é o suporte, pois, nos momentos que penso em desistir, vem a experiência do amor de Deus que me acolhe e fortalece com sua ternura e vigor, motivando-me a continuar nessa missão. RU: Você se sente realizado em sua escolha? P. Alexandre: Sinto-me um homem realizado pela minha escolha e satisfeito por ter estudado no UNISAL, pois recebi todas as bases para ser o que sou hoje no que diz respeito à formação teológica. revista unisal

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