Estamos diante da maior tragédia-crime ambiental da história do paıś e do maior
evento de contaminação das águas do rio Doce, o que, certamente nos convida a pensar
o tamanho do problema. Mas, de outra forma, nos convida a pensar também que esta
tragédia não foi a primeira e não será a última, enquanto estivermos neste caminho
desenfreado de exploração da natureza e dos povos. Mais do que tudo, este crime
ambiental expos e atualizou, de várias maneiras uma história de longa duração onde
situa a mineração (assim como outros megaprojetos capitalistas) como elemento
central de produção de conflitos, violências, racismos e degradação ecológica em escalas cada vez mais amplas.
É neste contexto que surge a Caravana Territorial da Bacia do Rio Doce.