AT U A L I D A D E S
Ano 01 – Nº 03 – 24 de Março de 2017
CEDAN...
E N T R E V I S TA
JULIA NEZU – PRESIDENTE DA USE
A sua revista eletrônica
A R T I G O
D A
V E Z
SUICÍDIO NA VISÃO ESPÍRITA
AT U A L I D A D E S A sua revista eletrônica
Periódico mensal
MARÇO.2017
Ano I – Nº 03
FICHA TÉCNICA Edição: Ronaldo Querino Revisão: Equipe Atualidades COLABORADORES: Bianca Costa Daniela Figueiredo Elizabeth Rodrigues Ines Maria Jeziorny Lenira Costa Suryan Flohr
REFLEXÕES Como é fácil ser feliz! Ninguém nasceu para ser sozinho Não perca tempo, ele é precioso
CASAS PARTICIPANTES: C.E. “Dr. Ailton Nogueira” C.E. Seara do Mestre C.C. Antonia de Oliveira C.E. “Irmãos da Nova era” INFORMAÇÕES E CONTATO R. Barbosa Vilas Boas, 10 Jardim das flores 5514-2754 atendimento@casadrailton.com.br www.casadrailton.com.br
“Não exija do outro qualidades que ainda não possui.”
Qual tal dizer a quem você ama que verdadeiramente a ama, Em qualquer situação e em qualquer momento. Viver é tocar AMOR Valorize as pessoas que estão seu lado Sorria mais, sorrir é um santo remédio Abrace mais, abraçar é trocar energia Pense antes de agir, o impulso gera arrependimentos Pense antes de falar, se não tem nada de bom para dizer é melhor calar E palavras ditas não voltam a traz Escutar é auxiliar e respeitar Não espere o PERDÃO para perdoar Seja tolerante, assim encontrará a paz interior Gentileza é uma ação que contagia Não espere para reconhecer alegria que há em você Não esqueças não somos perfeitos, mas podemos buscar a melhora interior Deixe seus dias mais leves.... Acredite....ser feliz é facilitar a vida E a felicidade começa dentro de você...
Chico Xavier
Suryan Flohr
NESTA EDIÇÃO Espiritirinhas
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Suicídio na visão espírita
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Cedan... entrevista – Julia Nezu
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C. E. “Irmãos da Nova Era”
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Arte espírita
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Pensando a vida
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Atendimento fraterno
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Beneméritos
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PA L A V R A S E M G O TA S . . . Como felizmente não tenho o dom de ler pensamentos, não me preocupo
em ter amigos, me preocupo em ser amigo... Dessa forma consigo abraçar a quem me detesta e ajudar quem não faria o mesmo por mim. DESCONHECIDO
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Suicídio na visão espírita Elizabeth Rodrigues
Se o homem não tem o direito de tirar a vida do próximo, e sim o dever de amá-lo “como a si mesmo”, muito menos tem o de eliminar a própria vida”. Emmanuel – Francisco Candido Xavier. O homem vive em busca da felicidade, sem entendê-la ou reconhecê-la, por isto ela está sempre distante. Não se da o direito de ficar triste, de ter problemas, de refletir e de se conectar com Deus. Tem pressa em resolver, como se a solução já estivesse pronta em algum lugar. Por vezes acredita que o suicídio é a solução e foge por esta via. Na ilusão de acabar com os problemas, comete o equívoco de procurar o remédio onde ele não está. Trocar a roupa não muda o caráter, nem as dores e dificuldades, por que estas são de resolução íntima. O espiritismo esclarece 1 que quem comete o suicídio passa por grande decepção no mundo espiritual, pois a vida continua e tudo, com exceção do corpo físico, continua tão vivo quanto antes. Postergar a realização dos deveres e provas pelas quais deveria passar torna as adversidades maiores daquelas que se imaginava não suportar. Suicídio não é somente o ato de quem tira a própria vida de forma abrupta, ele pode ser indireto se houver descuido ou irresponsabilidade com a vida através de atitudes que desgastam e agridem o corpo físico, abreviando a encarnação. Exagero alimentar, bebidas alcoólicas, fumo, drogas, excessos de toda a ordem. Determinados comportamentos também lesam o corpo físico e espiritual como a ira, maus tratos físicos e psíquicos ao seu semelhante, ócio e o sedentarismo. Em O Livro dos Espíritos, pergunta 943, Allan Kardec relata que “o desgosto pela vida é efeito da ociosidade, da falta de fé e geralmente da saciedade”. Ao perceber que alguém apresenta ideias suicidas, o encaminhamento para tratamento médico, psicológico e espiritual se faz necessário e urgente. Quando algum ente querido resolve interromper o curso da vida na Terra, os que ficam passam por um misto de culpa, dor e revolta, “por que não percebi, por que não me falou, por que não pensou em mim, no meu
sofrimento”. Quem partiu interrompendo de forma brusca a própria vida não estava à procura da morte, desejava sim, embora de forma equivocada, que morresse a sua dor. A oração e as vibrações amorosas são os melhroes recursos, pois geram ondas mentais, que se propagam no espaço em direção ao alvo para o qual é endereçada proporcionando alívio e conforto espiritual. Continua...
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Quantas dores poderiam ter sido amenizadas através da prece sincera. O espírita tem vários motivos para se contrapor à ideia de suicídio: a certeza de uma vida futura; sabe que este ato não o leva para o “céu” ou para perto dos afetos que já partiram, sendo sim um obstáculo; a morte do corpo não o liberta, o que liberta é a consciência do dever cumprido. No capítulo V - de O Evangelho Segundo o Espiritismo, diz que “a calma e a resignação, hauridas na maneira de encarar a vida terrestre, e na fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra o suicídio”. O homem que trabalha seriamente pela sua melhora está livre das misérias materiais e morais; terá calma, porque as vicissitudes não o afetarão senão de leve; terá saúde, porque não esgotará o corpo com excessos; será rico, porque o é quem se satisfaz com o necessário; terá paz na alma, porque não terá necessidades impossíveis; não será atormentado pela sede de honras e do supérfluo, pela febre da ambição, da inveja e do ciúme. Portanto, terá recursos para reconhecer e agradecer a dadivosa oportunidade da reencarnação.
Fonte: FRANCO, Divaldo Pereira. Após a tempestade. Joana de Ângelis. KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. KARDEC, Allan. O céu e o inferno. 1 KARDEC, Allan. O livros dos espíritos.
XAVIER, Chico. Estante da Vida. Irmão X
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C E D A N . . . E N T R E V I S TA L E N I RA C O S TA Julia Nezu Oliveira, Presidente da USE, com trabalhos voluntários realizados na FEB, Diretoria da FEESP, formada em direito pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco – USP, filha de imigrantes japoneses, que chegaram ao Brasil no início do século passado, radicando-se na região Oeste do Estado de São Paulo (Tupã)... residente em São Paulo, SP; nos conta um pouco sobre a atuação da USE e de sua relevância para as Casas espíritas. ATUALIDADES - O que é a USE? JULIA NEZU: É a União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, fundada no dia 5 de junho de 1947, no 1º Congresso Espírita Estadual. Nessa época, quatro instituições espíritas se destacavam na Capital: Sinagoga Espírita Nova Jerusalém, União Federativa Espírita Paulista, Federação Espírita do Estado de São Paulo e Liga Espírita do Estado de São Paulo. Essas quatro instituições lançaram o manifesto “PROCLAMAÇÃO AOS ESPÍRITAS”, conclamando à união. Num exemplo de renúncia, essas quatro entidades patrocinadoras, com o apoio de associações do interior, trabalharam pela criação de um único órgão de unificação oficial e permanente, surgindo a União Social Espírita, que, depois, passou a se denominar União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo. A USE é a federativa coordenadora e representativa do movimento espírita paulista no Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, desde a instalação do CFN, em 1 de janeiro de 1950. O Conselho Federativo Nacional (CFN) congrega as federativas dos 27 estados brasileiros, incluindo a USE. Duas vezes ao ano os representantes das federativas se encontram, no primeiro semestre o encontro é regional (a Comissão Regional Sul é composta pelos Estados do RJ, SP, PR, SC, RS e MS). No mês de novembro os dirigentes das 27 federativas estaduais se reúnem no CFN na sede da FEB, em Brasília-DF.
ATUALIDADES - Como a USE Funciona? JULIA NEZU : A USE não é um Centro Espírita, mas a soma dos centros espíritas do estado de São Paulo que lhe são associados. As instituições espíritas que formam a sua Assembleia Geral é que deliberam e direcionam as ações do movimento espírita paulista. Para melhor atender às instituições espíritas que a compõem a USE atua no Estado por meio de seus órgãos locais designados de Distritais na Capital do Estado, municipais e intermunicipais que tem as suas comissões executivas e seus conselhos deliberativos constituídos pelos representantes das instituições espíritas referidas. O Estado, pela sua extensão, população espírita e existência de 645 municípios, além dos seus 110 órgãos locais (distritais, municipais e intermunicipais) conta com os órgãos regionais que abarcam 24 macrorregiões do Estado. Os representantes das instituições espíritas se elegem para membros das comissões executivas dos órgãos locais, regionais e compõem o Conselho Deliberativo Estadual e o Conselho de Administração. Os membros da Diretoria Executiva da USE são eleitos entre os membros do Conselho Deliberativo Estadual que necessariamente representam as suas instituições espíritas. Portanto, a USE é gerida conforme vontade das instituições espíritas que a compõem.
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C E D A N . . . E N T R E V I S TA L E N I RA C O S TA ATUALIDADES - O que é o congresso Estadual de Espiritismo, quando ocorre e como participar? JULIA NEZU : A cada três anos a USE vem realizando o seu Congresso Espírita Estadual e este ano de 2017, de 23 a 25 de junho, na 17ª edição, comemorará os 70 anos de sua fundação, no centro de convenções do Hotel Tauá, no município de Atibaia, localizado a cerca de 70 km da Capital do Estado. O tema central “Prossigo para o alvo – passado, presente e futuro em nossas mãos”, contará com a conferência de abertura do tribuno e médium Divaldo Pereira Franco. Também, nesse congresso será comemorado os 160 anos do lançamento de O Livro dos Espíritos que deu início a uma Nova Era para a Humanidade, com Haroldo Dutra Dias.
Realizaremos em atividades simultâneas oficinas com temas de interesse dos centros espíritas e rodas de conversa com temas que necessitam serem debatidos e refletidos pelos dirigentes e trabalhadores espíritas. Entre as oficinas teremos a de Sustentabilidade do Centro Espírita, com os facilitadores Paulo Roberto Francisco, Pedro Nakano e Geraldo Ribeiro da Silva. Para mais informações sobre o local do congresso, temas e formas de inscrição entrar no site: www.usesp.org.br
ATUALIDADES – O que hoje uma Casa Espírita pode ter como ajuda da USE? JULIA NEZU : A USE para melhor atender as necessidades das casas espíritas atua por meio de reuniões periódicas, cursos, encontros, oficinas, orientações gerais sobre as atividades da Casa Espírita, orientação jurídica, contábil, campanhas permanentes e sazonais, através de seus departamentos, de órgãos locais e regionais. A USE possui a sua área de Estudos que congrega os departamentos do ESDE Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, Mediunidade – estudo e prática e Estudo avançado da Doutrina Espírita – EADE, que são programas de estudos da Federação Espírita Brasileira, elaborados com a participação dos membros do CFN da FEB e já testados em todo o Brasil, com sucesso. A USE não impõe nenhum programa de curso aos centros espíritas que tem a liberdade de escolher o que a sua diretoria eleger entre tantos que existem no movimento espírita. Também, não interfere na administração das casas espíritas. Pág. 07
C E D A N . . . E N T R E V I S TA L E N I RA C O S TA Tão somente orienta e dá o apoio que a casa espírita desejar. Quando há um desvio doutrinário a USE promove cursos, seminários, encontros, fórum de debates, rodas de conversas, para discutir a questão e naturalmente a maioria conhecedora da Doutrina Espírita acabará, fraternalmente, influenciando aquele centro espírita com desvio doutrinário, para que venha a corrigi-lo. Se uma casa espírita solicitar orientação, esta sempre será dada à luz da Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec.
Curso de Gestão de Centro Espírita realizado em 2015 na USE - Sorocaba.
Miriam Dusi, Diretora do Depto. da Infancia e Juventude da FEB realizando um curso para Evangelizadores, na sede da USE, em São Paulo, em março de 2016.
Curso de Gestão de Centro Espírita realizado em 2015 na USE - Sorocaba.
Paulo Roberto Francisco, facilitador do Curso de Gestão de Centro Espírita, em 2016, na sede da USE em São Paulo. Paulo está reorganizando a USE Distrital Sto Amaro
ATUALIDADES – O que é o programa momento espirita? JULIA NEZU : O programa Momento Espírita é de rádio e vai ao ar pela Rede Boa Nova de Rádio, da Fundação Espírita André Luiz, há 45 anos. É um dos programas mais antigos da Rádio Boa Nova e um dos pioneiros no nosso Estado de São Paulo. É um programa de um pouco menos de uma hora, com início às 12 horas, aos domingos, dividido em blocos, de estudos, notícias da USE, atualidades, enquetes e respostas ao ouvinte. Até alguns meses o programa era ao vivo com interação com os ouvintes por meio do telefone, WhatsApp, rede social e e-mails, mas o programa deixou de ser ao vivo por questões técnicas o que não tirou a beleza do programa mas ficou faltando aquela interatividade com o público ao vivo. Para acessar on ou off line: http://radioboanova.com.br/programacao/momento-espirita/ ATUALIDADES – O que a USE hoje faz pela arte espírita? JULIA NEZU : A USE coordena o movimento artístico espírita no Estado. O Departamento de Artes da Diretoria Executiva da USE, com o apoio e engajamento dos departamentos correspondentes (dos órgãos que os tiver) dos órgãos, o Diretor do Depto. de Artes e sua assessoria constituída pelos departamentos dos órgãos e de casas espíritas, procuram por meio de cursos, oficinas, melhor qualificarem os artistas espíritas. Recentemente, a USE realizou uma oficina de teatro com o ator e diretor de teatro Alberto Centurião, que faz parte do Depto. dirigido pelo cantor e compositor Lirálcio Ricci. O departamento de artes da USE está mapeando os grupos artísticos e artistas das casas espíritas para troca de experiência e aprendizagem. Pretende realizar um encontro de grupos musicais, corais e outras modalidades, no formato de um festival para que os talentos possam ser mais conhecidos no movimento espírita. WWW.CASADRAILTON.COM.BR
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C E D A N . . . E N T R E V I S TA L E N I RA C O S TA ATUALIDADES – Como contatar ou conhecer a USE? JULIA NEZU : A sede social da USE fica localizada no bairro de Santana, na rua do metrô, na rua Dr. Gabriel Piza, 433, fone: 11 – 2950.6554 – e-mail: use@usesp.org.br e site: www.usesp.org.br , onde realizamos as reuniões com o Conselho Deliberativo Estadual, Conselho de Administração, Assembleias Gerais, da Diretoria Executiva e seus departamentos. Como a USE não tem atividades de centros espíritas a sede é utilizada para encontros, oficinas, cursos de preparação de multiplicadores e de trabalhadores dos centros espíritas. A USE está reformando a sua sede cultural, no bairro
do Brás, perto do Largo da Concórdia, onde tem um teatro, um auditório e em projeto a construção de salas de aulas.
ATUALIDADES – O que falta para a reativação da distrital de Santo Amaro da USE? JULIA NEZU : Para a reativação da USE Distrital de Santo Amaro necessitará que seja formada uma comissão provisória com o intuito de visitar as casas espíritas da região que são associadas à USE ou que tenham simpatia com o trabalho por ela realizado, marcar um dia para reunir os dirigentes de pelo menos três casas associadas e outras que quiserem participar e realizar uma assembleia das instituições espíritas, com o intuito de traçar os rumos para a reativação. Os centros espíritas deverão nomear 2 representantes efetivos e se possível 2 suplentes para formar o Conselho Deliberativo do órgão local e entre esses eleger os membros da Comissão Executiva, para o mandato até a próxima eleição que será sempre no mês de abril do ano que acontecer as eleições gerais. Um evento como um seminário para dirigentes seria também uma forma de reunir dirigentes de centros espíritas da região para uma conversa prévia.
Projeto Centro Cultural USE – Brás - SP WWW.CASADRAILTON.COM.BR
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C E D A N . . . E N T R E V I S TA L E N I RA C O S TA ATUALIDADES – O que falta para a reativação da distrital de Santo Amaro da USE? JULIA NEZU : Para a reativação da USE Distrital de Santo Amaro necessitará que seja formada uma comissão provisória com o intuito de visitar as casas espíritas da região que são associadas à USE ou que tenham simpatia com o trabalho por ela realizado, marcar um dia para reunir os dirigentes de pelo menos três casas associadas e outras que quiserem participar e realizar uma assembleia das instituições espíritas, com o intuito de traçar os rumos para a reativação. Os centros espíritas deverão nomear 2 representantes efetivos e se possível 2 suplentes para formar o Conselho deliberativo do órgão local e entre esses eleger os membros da Comissão Executiva, para o mandato até a próxima eleição que será sempre no mês de abril do ano que acontecer as eleições gerais. Um evento como um seminário para dirigentes seria também uma forma de reunir dirigentes de centros espíritas da região para uma conversa prévia.
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C E D A N . . . E N T R E V I S TA L E N I RA C O S TA ATUALIDADES – Você percebe alguma dificuldade para entrar nas Casas espíritas, em nome da USE, por conta de outras unidades federativas, como a FEESP por exemplo? JULIA NEZU : Vivemos momento de aproximação entre os espíritas e isso vem acontecendo inclusive entre diferentes Religiões. Há movimentos ecumênicos e interreligiosos em que os lideres e dirigentes estão buscando entendimentos. O Estudo da Doutrina Espírita, do Evangelho de Jesus e a sua vivência trará a transformação moral dos seres e não mais haverá dissensões, ou disputas infrutíferas, pois a Seara é grande e somente unidos conseguiremos terminar a obra. Como nos disse o Espírito Bezerra de Menezes, pela psicografia de Chico Xavier, “Solidários, seremos união. Separados uns dos outros, seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos. Distanciados entre nós, continuaremos à procura do trabalho com que já nos encontramos honrados pela Divina Providência.” O trabalho de unificação do Movimento Espírita e de união das sociedades e dos próprios espíritas assenta-se nos princípios da fraternidade, liberdade e responsabilidade que a Doutrina Espírita preconiza, pois conforme nos ensinou Paulo, em II Coríntios, 3:17, “onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade”.
ATUALIDADES – Como você analisa o Movimento Espírita no âmbito estadual e em nossa região? JULIA NEZU : O Movimento Espírita Paulista é muito atuante e quase todas as casas espíritas realizam o estudo da Doutrina Espírita, promovem palestras públicas, passes, reuniões mediúnicas, assistência e promoção social, evangelização da infância e da Mocidade, mas sempre há necessidade de melhorar a qualidade dos trabalhos e também, realizar adequação da forma de ensinar, pois os tempos modernos exigem uma didática de ensino mais adequada à atualidade das redes sociais, dos whatsapp, Google, e-mails, tudo online, em tempo real. Percebemos pelo resultado das estatísticas que realizamos anualmente que a cada ano o movimento espírita paulista tem trabalhado muito na difusão do Espiritismo, mas por outro lado, vemos, também, infiltrações de doutrinas não espíritas, práticas não doutrinárias e de auto-ajuda, com o nome de Espiritismo, impropriamente. É dever das federativas que coordenam o movimento “... manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios”(Bezerra de Menezes, psicografia de Chico Xavier, Unificação).
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JULIA NEZU Muitos são os benefícios proporcionados pelo movimento de unificação, entre eles: • Favorece a aproximação dos espíritas para que melhor se conheçam e se confraternizem, criando condições para maior entrosamento entre as instituições espíritas e proporcionando maior estabilidade e eficácia no Movimento Espírita.
• Beneficia a troca de informações entre as casas espíritas, através de seus representantes, sobre suas vivências e conhecimentos em todos os aspectos do Movimento Espírita. • Oferece parâmetros que levem a instituição e o trabalhador à correta avaliação de sua trajetória e à implementação de melhorias constantes. • Assegura o retorno qualitativo de todas as experiências para o próprio centro espírita e o seu aperfeiçoamento progressivo em todos os setores de suas atividades. • Concorre eficientemente para o desaparecimento do personalismo individual ou de grupos no meio espírita, facilitando e estimulando o desenvolvimento da humildade e da renúncia, virtudes tão necessárias à estabilidade dos trabalhos coletivos. • Gera uma imagem pública institucional consciente, permanente e atuante, através da sinergia entre as instituições unidas, em defesa dos princípios do Espiritismo. • Assegura ao meio espírita uma força social, cada vez mais necessária, mais útil e mais eficiente para a evolução humana no sentido espiritual e fraterno. • Evita o desvirtuamento do Espiritismo, por conta de interpretações equivocadas, personalistas e práticas nocivas, que visem interesses e ambições pessoais, com evidente desprezo aos seus postulados fundamentais. •
Possibilita uma rede de contatos de qualidade para ações da sociedade espírita.
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Desestimula, ainda a proliferação de práticas exóticas e estranhas, que nada têm a ver com o Espiritismo.
• Garante a independência do Movimento Espírita e sua autossuficiência, em todos os seus setores de atividades e, em qualquer época e circunstâncias. • Amplia o espaço que a Doutrina Espírita ocupa dentro da sociedade e oferece acesso a fontes seguras que possam falar em nome do Espiritismo. • Dá sustentação ao meio espírita para uma sintonia maior com as forças espirituais que dirigem o Planeta e, em particular, o próprio Movimento Espírita. • Contribui para assegurar a preservação dos princípios doutrinários, de acordo com o legado de Allan Kardec e dá pleno desempenho às finalidades do Espiritismo.
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C E N T R O E S P Í R I TA
IRMÃOS DA NOVA ERA 18/08/1953
A ORIGEM GRUPO EM CRISE Por Newton José Monteiro “ Convidado a elaborar uma resenha histórica sobre a fundação, atividade e tarefas do NOVA ERA, abordei como princípio relatar os fatos principais, mostrando a evolução do C.E.I.N.E. Desde suas origens, inclusive com os detalhes de posturas que inda não haviam adotado exatamente a postura da Doutrina Espírita como codificada por Allan Kardec. Deixo de citar fatos ou atitudes de colaboradores que introduziram inovações contrárias aos princípios da codificação. Mas dou uma ideia dessas distorções a partir da mensagem de Emmanuel, no capítulo 17 da obra Educandário de Luz. As crises fazem parte da história de inúmeras Casas Espíritas, a partir de inúmeros testemunhos dado por Bezerra de Menezes, de autoria de Canuto de Abreu. Este relato por certo apresenta falhas no que se refere à lembrança de fatos ocorridos ou de fatos que não merecem ênfase.” Em nossos arquivos contávamos com um livreto dos Estatutos do Centro Espírita Obreiros da Seara de Jesus, entidade essa que foi o marco inicial da fundação do C.E.I.N.E. Os fundadores do C.E.I.N.E. eram diretores e membros daquela instituição citada, a qual tinha suas raízes nos procedimentos da Umbanda. Entre seus membros havia porem, aqueles rigorosamente kardecistas (ou kardequianos como querem alguns), o que gerava conflitos de natureza doutrinária. Essas ocorrências não são de se estranhar pelo que vale recordara mensagem Grupo em Crise, a saber GRUPO EM CRISE Emmanuel “Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito”. Jesus – (João, 15:7). ‘Habitualmente, quando as tarefas de uma equipe consagrada ao serviço do bem parecem devidamente estabilizadas, a crise explode. Desequilibra-se o clima das boas obras e a tempestade ruge. Desentendem-se irmãos na sombra da discórdia, quando mais necessária se faz a luz da harmonia. Edificações que se figuravam consolidadas apresentam brechas arrasadoras. Todo o esquema das realizações em andamento se mostra superficialmente comprometido. Afastam-se companheiros de posições importantes, deixando claros difíceis de preencher. Esses são os dias de exame, em que a ventania da crítica esbraveja em torno de nós, experimentando-nos a segurança da construção. E esses são igualmente os dias para a serenidade maior. Diante deles, nada de irritação, nem de desânimo. Reunirmo-nos, mais estreitamente uns aos outros na fidelidade ao trabalho, a fim de conjurar perigos maiores, é o nosso dever.
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Urge consertar a máquina de ação, como pudermos, dentro de todos os recursos lícitos, à maneira dos ferroviários que restauram a locomotiva descarrilada e, depois de colocá-la em condições de serviços nos trilhos justos, seguir para a frente. Nem acusações, nem lamentos. Trabalhar com mais ardor, esquecendo o mal e lembrando o bem. Restabelecer a união e avançar adiante. Compreender que as horas para a fé não são aquelas do Sol rutilando no firmamento azul, mas precisamente aquelas outras em que as nuvens despejam ameaças de algum lugar do Céu. Todos encontramos dificuldades no caminho em que transitamos. Sempre que chamados a servir, é forçoso recordar que estamos carregando encargos que a Divina Providência nos confiou, no bem de todos. E, cuidando de satisfazer aos Desígnios de Deus, sejam quais forem os riscos e tropeços com que sejamos defrontados, estejamos convencidos de que Deus cuidará de nós.’ Verificando-se a impossibilidade de prosseguimento das atividades dentro daquele clima de divergências, alguns de seus membros decidiram fundar uma nova instituição, o que ocorreu a 18 de agosto de 1953, em reunião realizada na residência de um dos fundadores, uma vez que não dispunham de local para sediar a nova instituição. É de ressaltar que entre os membros fundadores destacava-se o médium Natal Cezar Marcial, o qual se colocou à disposição para receber as orientações de uma entidade sob o nome de Irmão Xangô, que se intitulava mentor da instituição, sugerindo ele mesmo o nome de CENTRO ESPÍRITA IRMÃOS DA NOVA ERA.
Sr. Ricardo Engel na sede atual antes da reforma
Sr. Natal Marcial, Sr Newton e filho do sr. Newton, Rogério Augusto
Sr. Newton e Maria José, sua esposa
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MEMÓRIA HISTÓRICA C.E.I.N.E. – Centro Espírita “Irmãos da Nova Era”, foram eles os criadores: Oscarlino Roberto Foster, Antonio Martins Vizeu, Antonio Morales Vizeu, Carlos Poledna, Donato Rivellino, Ana Oliveira, João Rivelino, Luiz Santos, Mario Pinheiro, Virgilio Pozzi, Deolinda Martins Pozzi e Natal Cezar Marcial. COMEÇO DAS ATIVIDADES: Por volta de 1963 a Sra. Alice de Magalhaes Monteiro ministrava aulas de Esperanto, acumulando com a função de educadora infantil; a esse mesmo tempo iniciou-se a Assistência Medica, direcionadas às famílias carentes (realizava-se pequenas cirurgias, quando necessárias). Havia apenas 01 (uma) reunião mediúnica, que acontecia às sextas feira. A dirigente deste trabalho era a Sra. Almerinda Ornela, somente no ano de 1968 é que passamos a ter outros dias da semana com reuniões para este objetivo. Durante um bom tempo, foram estes os trabalhos na NOVA ERA, até que, por iniciativa da Sra. Antonieta Monteiro foi criada a reunião de Assistência Espiritual, que acontecia às terças feira. Em 1965, começaram os trabalhos mediúnicos na NOVA ERA e também os trabalhos assistências: Distribuição de cestas de alimentos, brinquedos, roupas, etc.
FORMAÇÃO DE NOVOS TRABALHADORES: Sr. Marco Antonio Honorato de Oliveira, um dos mais antigos trabalhadores do NOVA ERA, foi o fundador e primeiro diretor de cursos – ÁREA EDUCACIONAL, modulando os cursos e formando novos trabalhadores. CURIOSIDADE: Sr. Natal Marcial um dos nossos fundadores, recebia um espírito que se intitulava de “Xangó”. Esse espírito foi tão influente nos trabalhos do C.E.I.N.E., que falam, que foi ele que escolheu o nome NOVA ERA . Ele sempre foi tratado como o mentor da casa, e em homenagem a sala de trabalhos mediúnicos recebeu o nome de “irmão X”. X é de Xangó. Em certo ano, o nosso trabalhado, hoje um dos mais antigos na casa, Sr. Newton, por ter assumido a presidência da casa por muitos anos, decidiu que a direção deveria ser de outro trabalhador. Indicou o Sr. Ricardo Angel, trabalhador da casa, culto e inteligente. O mesmo aceitou a indicação com uma condição, que o Sr. Newton também concorresse a presidência. E assim aconteceu. Sr. Newton até fez a divulgação da chapa do Sr. Ricardo, a fim de que o mesmo se elegesse. Chegando o dia da eleição o Sr. Newton pediu que a sua esposa Maria José, , frequentadora e trabalhadora na casa desse o seu voto ao Ricardo. Não se sentindo muito à vontade, disse ao esposo que atenderia a sua solicitação. Na eleição em discurso inflamado o Ricardo disse que a primeira atitude da sua gestão, se eleito seria o de acabar com os trabalhos mediúnicos. Todos os trabalhadores ficaram assustados, pois já tinham votado. Na contagem dos votos, o Sr. Newton ganhou por 1 (um) voto, justo o da Maria José, sua esposa. E os trabalhos mediúnicos continuaram...
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SEDES DO C.E.I.N.E. A primeira sede da NOVA ERA, situava-se no bairro do Brooklin, na Rua Joaquim Guarani. Esta casa era alugada, e reserva uma história bem curiosa: Para expansão do Bairro, os terrenos em volta do NOVA ERA foram vendidos para construção de prédios residências. As obras, por serem próximas ao NOVA ERA, começaram a interferir no bom funcionamento da casa (barulho, dificuldade de acesso, etc). Os trabalhadores, procuraram os responsáveis pela construção e falaram das dificuldades que estavam encontrando. A solução dada por eles é que buscássemos uma nova casa e eles pagariam o valor, assim nos mudaríamos estaria sanado o problema... Foi encontrada uma casa, que caberia no bolso, pelo valor; mais a casa tinha 19 (dezenove) herdeiros. Para facilitar, fez-se um empréstimo no banco, pagou-se aos herdeiros, e fizemos o pedido de reembolso aos construtores. Eis o problema! Eles não queriam pagar o reembolso. O Presidente e os diretores na época tiveram uma ideia: Começaram a divulgar que no lugar de Centro Espírita montariam um necrotério para indigente. O medo de perder as vendas, bem na época do lançamento dos prédios, fez com que os empresários nos pagassem bem depressa. Da nossa parte, quitamos o nosso débito com o banco. Assim conquistamos a nossa sede própria, na qual estamos até hoje.
ATIVIDADE DA CASA NOS DIAS ATUAIS: Palestras Cursos Doutrinários Passes Psicografia Reuniões Mediúnicas Tratamento de saúde Orientação a gestantes : Doutrinação, esclarecimentos (orientações com relação à saúde da mãe e do bebê), doação de cestas básicas e enxoval para o recém nascido) Evangelho no Lar Visitas a Orfanatos Visitas a Asilos Entregas de Cestas Básicas Campanha de Arrecadação de Alimentos – Auta de Souza Biblioteca Livraria Bazar Beneficente Pág. 17
REMINISCÊNCIAS! Inês Maria Jeziorny Gonçalves Como já dizia o Velho Chacrinha “quem não se comunica se trumbica” (sou desse tempo, rs) , a criação dessa Revista Eletrônica nos possibilita troca de informação preciosa para o meio espírita da nossa região ou mesmo de outros lugares, ao nos trazer notícias do movimento espírita, resgate de memórias, agenda de eventos e outras assuntos interessantes. O criador e editor dessa revista solicitou-nos que escrevêssemos algo sobre o Centro Espírita Irmãos da Nova EraCEINE- Instituição Espírita que frequentamos desde 1976 e que somos voluntária desde 1983. Neste voluntariado já atuamos como evangelizadora da Infância; nos passes espirituais e em reuniões mediúnicas com psicofonia e como médium nas reuniões de psicografia; já fomos instrutora de cursos e expositora de palestras evangélicas e doutrinárias (Ainda estamos como expositora de palestras e médium nas reuniões de psicografia)Também já colaboramos em diversos cargos diretivos. Olhando para a nossa história dentro desta Instituição, constatamos quanta coisa bacana e boa pudemos vivenciar! Quanto aprendizado! Quantos amigos fizemos do lado de cá e também do lado de lá, e alguns do lado de cá que agora já se encontram do lado de lá e, continuam nossos amigos! Seminários, Simpósios, Encontros da Família, Encontro de Jovens,(CONJESP, COMECAP...), Excursões em visita ao Chico Xavier, a Casa do caminho em Araxá, a Ouro Preto, Mariana, Rio de Janeiro, levando sempre o Evangelho de Jesus e a troca de experiências e vivencias evangélicas com os irmãos e companheiros destas cidades! E o Grupo de Evangelho Samaritano? Por 20 anos consecutivos, sempre aos sábados, realizávamos Evangelhos Musicais nos lares objetivando além da divulgação da mensagem de Jesus a harmonização do próprio Lar! Nesta história não podemos deixar de lembrar do Boletim Informativo do CEINE. Lá pelos idos de 1980, começou a circular bimestralmente no Centro Espírita Irmãos da Nova Era, o “Boletim Informativo”. Idealizado, criado, elaborado, editado e “mimeografado” (Vocês sabem o que é isso?) pelo nosso querido Ricardo Engel. Esse Boletim sobreviveu até o ano de 2008, então já sob a responsabilidade de Randal Juliano Gonçalves, nosso filho. Não mais mimeografado e sim publicado pelo patrocínio da Plêiade Editora. Colaborávamos com esse Boletim, inicialmente escrevendo artigos sobre Pais e Filhos, homenagens biográficas de expoentes espíritas e outros assuntos relacionados ao próprio CEINE e, também incentivávamos outros companheiros a escreverem, sugerindo temas, etc. Mais tarde, quando O Sr. Ricardo Engel, por problemas de saúde não pode mais continuar à frente do Boletim, juntamente com nosso filho Randal Juliano passamos a colaborar também na editoração do mesmo, e até na sua distribuição entre os frequentadores do CEINE, e outras casas da região . Era um trabalho exaustivo, que muitas vezes nos levava noite adentro em sua execução, mas prazeroso. Muito prazeroso! Órgão que atuava como fonte de integração e informação dos colaboradores e associados! O Boletim Informativo abrangia assuntos para adultos, jovens e crianças sob a ótica espírita-cristã. Hoje, com a modernização nos meios de comunicação, somados a necessidade de conservação do meio ambiente em que o papel, em grandes proporções, foi substituído pelos meios eletrônicos como os e-books, jornais e revistas eletrônicos e as comunicações se fazem rapidamente através dos e-mails, WhatsApp, Messenger e outros, é preciso que continuemos nos comunicando, nos integrando, buscando sempre a verdade acima de tudo, enfatizando o que nos disse Jesus: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”! Razão pela qual ficamos muito felizes com a criação desta Revista Eletrônica e parabenizamos seus idealizadores, almejando vida longa para a Revista. Pág. 18
Uma família como tantas outras, mas única, pois cada uma escreve seu próprio enredo. Tudo começa no alvorecer do século XIX, centralizada em uma propriedade rural da Andaluzia, Espanha. Inclui passagem por terras da Argentina e retorno à Espanha. A história propõe uma alternativa para tornar a ligação de parentesco sólida e estável, que pode ser resumida na palavra “ fidelidade”, estendida aos vários vínculos familiares: conjugal, paternal, maternal e filial. Abrange não somente a ética no relacionamento sexual, mas engloba a sinceridade, o devotamento e a responsabilidade. Assim fazendo, a família erá constituída, ampliada, mantida e as afeições superarão tudo, inclusive a morte.
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ARTE ESPÍRITA Na edição anterior, apresentamos um pequeno histórico do Conjesa (Confraternização de Jovens de Santo Amaro), encontro de jovens realizado anualmente, sempre no terceiro domingo do mês de maio. Em 2017 será realizado a 11ª edição. O Agita Conjesa é o “irmão caçula”, idealizado após a 9ª edição do Conjesa, realizado no Núcleo Espírita O Semeador em 2015. Após este encontro, a equipe dos organizadores da CONJESA teve a ideia de abrir um espaço, para os jovens participarem das apresentações artísticas, após o horário do almoço. Momento de descontração, confraternização e integração entre os participantes. Nesta oportunidade ficou evidente o interesse dos jovens em apresentarem suas musicas... tocar seus instrumento...demonstrar que possuem um potencial artístico.
Por essa razão, em 2016, os organizadores realizaram o 1º Agita Conjesa, um espaço para apresentações artísticas dos jovens, com integrantes das mocidades da Região de Santo Amaro. O encontro foi um sucesso e passou a integrar o calendário de confraternizações de jovens da nossa região. Então, em 2017 repetimos a dose, o resultado foi maravilhoso. Uma linda demonstração que há um belo trabalho nas Casas Espíritas, que insere o jovem no mundo da arte permitindo a divulgação da doutrina espírita.
Com a apresentação de companheiros valiosos, Sonia Nascimento e Pedro Leite, verdadeiros mestres de cerimonia, que agitaram e possibilitaram a organização das apresentações.
As apresentações musicais da Mocidade Espírita O Semeador (MEOS); Cristiane Querino, Junior e Pinho da Casa Espírita "Dr. Ailton Nogueira", Roni, Iracema e Vinícius da Juventude Espírita Zilda Gama e o dueto de Patrícia e Fernando, um lindo casal que se dedica a música e transmitem o conhecimento que possuem para dezenas de jovens.
Roni Couto, Daniela e Ira Oliveira
Junior Figueiredo
Pinho & Cristiane Querino
Patricia e Fernando
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ARTE ESPÍRITA As apresentações teatrais ficaram por conta da Mocidade do Raio de Sol, Casa de Caridade Antonia de Oliveira, Casa Espírita "Dr. Ailton Nogueira" e Grupo da Fraternidade Emannuel, trouxeram apresentações de esquetes com temas relacionados à Doutrina Espírita.
Grupo teatral “Despertar”
C.E. Raio de Sol
C.C. Antonia de Oliveira
Grupo da Fraternidade Emannuel
Vale destacar que os jovens do Grupo da Fraternidade Emannuel/Lar Emannuel, apresentaram uma esquete com o tema que será desenvolvido no 11ª Conjesa – Reencarnação. Com texto baseado no Livro “Sob as Cinzas do Tempo” de Carlos Baccelli (médium) e Inácio Ferreira (espírito). Com a presença de amigos tão especiais, mais de 100 pessoas envolvidas, entre participantes, colaboradores e organizadores, o encontro só poderia ter sido um sucesso, o que incentiva a cada trabalhador a se dedicar, a cada dia pelo movimento jovem na doutrina espírita.
Aqui vale um agradecimento a todos os que fizeram o 2º Agita Conjesa acontecer, aos participantes que prepararam as apresentações com tanto carinho, aos que estiveram no encontro para prestigiar os amigos e aos trabalhadores que fizeram esse encontro possível! Pág. 21
A LEI DE SOCIEDADE Não existe moral na solidão. O isolamento brutaliza as pessoas e as tornam insensíveis aos outros. Aprendi isto quando ainda era estudante de direito e fui fazer um estágio na Penitenciária do Estado (para o desespero de minha mãe). Ao me interessar pela estrutura penitenciária, acabei aprendendo que os presos desenvolviam um código social próprio e que a ausência de compromisso com os outros gerava a brutalização do comportamento desses indivíduos, que perdiam até mesmo hábitos já consolidados como, por exemplo, o uso de talher para comer. Como o único utensílio permitido era a colher, não era raro ver indivíduos comendo com as mãos.
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Essa situação chamou a minha atenção, porque, pensava eu, se a finalidade da pena era a de ressocializar o indivíduo, um sistema que o distancia de convívios sadios e de hábitos sociais, dificilmente vai atingir seu objetivo. Mas, o que fazer com o indivíduo que transgride as regras da sociedade em que vive? Confesso que, mesmo tendo voltado as minhas atenções para outra área do direito, esta questão nunca me abandonou e faz parte das minhas reflexões.
Hoje, ao escrever este texto, não posso deixar de me lembrar dessa impressão tão vívida e da certeza que adquiri de que nos desenvolvemos quando compartilhamos nosso caminho com pessoas melhores do que nós. Talvez, até mesmo, por sermos orgulhosos e porque não gostamos de nos sentir piores em relação aos outros. Além disto, somos seres gregários e gostamos de nos identificar com o grupo ao qual pertencemos. A convivência, portanto, nos modifica e acentua as nossas qualidades e, se deixarmos, as nossas imperfeições também. Mas, por que viver em sociedade é importante para nós? Exatamente porque o nosso desenvolvimento requer aprendizado. E, convenhamos, é muito mais fácil e rápido aprender com alguém do que termos quedescobrir tudo sozinhos. Não é à toa que a Lei de Sociedade se relaciona, de maneira intrínseca, com a Lei de Progresso. A sociedade evolui mais acentuadamente na medida em que seus membros atuam de forma mais coesa e solidária. Nenhuma corporação, instituição, ou mesmo, um time de futebol, consegue êxito se cada um só trabalhar em prol de seus próprios interesses, sem colaborar e compartilhar suas descobertas e conquistas com os demais integrantes da equipe. O desenvolvimento nos compele a compartilhar e, para isto, temos que olhar para o outro. Temos que descobrir a importância de alguém, além de nós mesmos. E isto, nos confere aquilo que podemos chamar de senso de alteridade. Continua...
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A descoberta do outro nos auxilia a compreender melhor quem somos nós. E, com isto, vamos notando diferenças, hábitos, gostos e comportamentos que nos agradam ou não e, a partir disto, moldamos os nossos valores. Percebemos que há, sim, pessoas diferentes de nós e aprendemos a nutrir sentimentos por elas. Sofremos, amamos, nos preocupamos e nos alegramos por outros. Esse convívio nos afasta da solidão, que se manifesta quando indivíduo vive voltado exclusivamente para dentro de si, construindo em seu pequeno ego uma fortaleza particular. Allan Kardec, em o Livro dos Espíritos, condena o isolamento, por considerar que é um ato de egoísmo.
E é mesmo. Mas, além disto, o isolamento é um ato de desperdício porque a Humanidade é muito rica, e aquele se priva do contato com outras pessoas (porque vai dar trabalho, porque vai ter que saber o
PENSANDO A VIDA
que falar, porque vai ter que ouvir outras histórias, porque vai ter que contar a sua vida...), acaba perdendo a parte mais bacana da vida: a incrível descoberta das diferenças. Aquele que deixa de ouvir uma história perde a narrativa de outras paisagens, outras perspectivas e, às vezes, até um amigo. A convivência, além de nos ensinar a comer com garfo e faca, nos faz lidar melhor com as outras pessoas e, com isto, acabamos nos identificando com alguém aqui, com outro comportamento acolá. Com tudo que aprendemos, vamos, pouco a pouco, definindo melhor quem somos. É isto. Definimo-nos a partir do outro e é por isto, por sermos tão próximos e tão parecidos, apesar das diferenças, é que conseguimos sentir piedade, misericórdia e amor. Esse princípio, chamado de interdependência, está presente na psicologia, nos estudos da linguagem, na sociologia e na antropologia. O desenvolvimento humano não pode prescindir da interação entre os indivíduos. Isto equivale dizer que sem o outro não podemos nos afirmar como humanos. A Sociedade nos ensina que o nosso “eu” está no outro, tanto quanto o “outro” está em nós. É isto que nos torna incrivelmente humanos; é isto nos faz indissociavelmente irmãos.
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AT E N D I M E N T O F R AT E R N O
Bora lá fazer trabalho voluntário? Regina Fagnoli
Ok. Bacana, moderno, gostoso, gratificante. Fazer trabalho voluntário é sim tudo isso, mas existem outros aspectos que se deve conhecer pra depois não deixar
ninguém na mão. E quando digo ninguém estou falando da imensa quantidade de organizações não governamentais, as famosas ONGs que se valem dessa importante mão de obra para sobreviver. Um jeito bom de começar é ir conhecer do Centro de Voluntariado de São Paulo que fica ali na avenida Paulista. Eles promovem de tempos em tempos algumas palestras voltadas a quem quer ser voluntario. Falam da responsabilidade, do comprometimento e tem no seu site uma porção de instituições que se utilizam de voluntários, separadas por ramo de atividade. Aí você pode escolher algo que tenha mais a ver com você. Mas falando da doutrina, em nós que somos espíritas, onde começa essa “coceira” de querer ser voluntário? Quando se começa a frequentar uma casa espírita, um dos conceitos mais repetidos em todas as atividades é o valor da caridade. O quanto é importante ser caridoso. Como a doutrina nos diz: “Fora da caridade não há salvação”.
Tudo começa aí. E a medida que nosso conhecimento aumenta e vamos aprendendo outros conceitos, cada vez vamos sentimos a necessidade do engajamento. Só que é necessário que se saiba que não é porque é voluntário que pode ser feito de qualquer jeito. Muito pelo contrário. Dentro de uma instituição, que via de regra tem uma carência financeira muito grande, a mão de obra voluntária precisa ser formada de pessoas sérias e comprometidas porque as tarefas precisam ser realizadas dentro de um cronograma que não pode ficar a cargo de nossa disposição. Não dá para acordar no sábado cheio de sono, virar para o outro lado e pensar: “Ah! Hoje eu não vou não. A cama está tão boa! ”. Quando se trabalha por exemplo no programa de voluntariado de uma instituição, o mais importante é o olhar atento aos que procuram pelo trabalho. Poder ver os que realmente estão no momento para começar a trabalhar. Os que receberão uma tarefa e darão conta do recado. Não só no quesito de competência e assiduidade, mas acima de tudo no se colocar com amor e disponibilidade para o trabalho. Continua... Pág. 24
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Como é que se reconhece essa pessoa? Fácil eu diria. Basta ouvir o que ela tem a dizer. Porque ela veio? O que a está movendo? As que realmente estão dispostas a trabalhar já receberam do espiritismo algum benefício, apreenderam os conceitos e estão na “hora certa” para começar, e dispostas a assumir qualquer função. Existem algumas também que virão na instituição uma oportunidade de implantar algum projeto e chegam cheias
de entusiasmo. Nesse caso merecem um tratamento mais delicado, eu diria. Existem projetos que não tem nada a ver com a instituição e precisamos conversar com esse candidato com delicadeza mais com firmeza. Dizer que não será possível e oferecer as posições de trabalho que estão disponíveis e convidá-lo a ocupar uma delas. Infelizmente quase sempre ele não pode. O horário não dá certo ou ele não se sente apto. Na verdade, a hora não é chegada. Talvez ele volte numa outra oportunidade. O essencial é o tratamento amoroso para que essa não seja uma razão para ele se afastar da casa e da doutrina. Alguns passando por uma terapia foram aconselhados pelo profissional que os atende a fazer trabalho voluntário. Algumas instituições acham que não é aconselhável tê-los na equipe porque em tratamento ainda não estão bem. Não se acham suficientemente equilibrados para assumir uma responsabilidade e se doar. Eu particularmente não concordo inteiramente com isso não. É necessário avaliar. Em muitos casos o trabalho é um coadjuvante no tratamento e ela recebendo tudo o que o trabalho voluntário nos dá acaba se transformando num dos melhores membros da equipe: entusiasmado e comprometido. Agora é começar a trabalhar. O tempo para se dedicar a gente sempre encontra. Não vale ficar esperando a melhor hora chegar. Nem ficar se preparando indefinidamente. Vai conhecer! Experimenta. Comprova na prática o que todo mundo que faz trabalho voluntário vive dizendo: A GENTE SEMPRE RECEBE MUITO MAIS DO QUE ESTÁ
DANDO.
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BENEMÉRITOS “O tempo, implacável dominador de civilizações e homens, marcha, apenas com sessenta minutos por hora, mas nunca se detém. Guardemos a lição e caminhemos para diante, com a melhoria de nós mesmos. Devagar, mas sempre”. (Emmanuel, em Fonte Viva). O nome de Emmanuel está definitivamente associado ao de Chico Xavier e, certamente, a algumas das mensagens mais importantes, profundas e lindas do espiritismo. Durante anos, o espírito Emmanuel manifestou-se por meio do médium mineiro,
EMMANUEL
propiciando informações fundamentais sobre a reencarnação, além de mensagens que ajudaram milhões de pessoas a encontrar seu caminho na vida.
O próprio Chico Xavier disse que os contatos com o espírito começaram em 1931. Na época, Chico estava psicografando seu primeiro livro, Parnaso de Além-Túmulo. A questão central em torno desse encontro que provocou tantas transformações no espiritismo é que Emmanuel perguntou a Chico se ele estava, de fato, disposto a trabalhar mediunicamente com Jesus. A resposta afirmativa fez com que Emmanuel lhe dissesse que, a partir de então, deveria ter em mente que o serviço que se aproximava lhe exigiria uma disciplina fora do comum e uma dedicação total ao trabalho. Chico não sabia quem era exatamente o espírito com quem estava se comunicando, uma vez que Emmanuel não
se identificou, dizendo apenas ter sido – em sua última passagem como encarnado – um padre católico, que desencarnou no Brasil. Quando a revelação finalmente foi-lhe fornecida, ficamos sabendo que Emmanuel tinha vivido no tempo de Jesus Cristo, quando era conhecido como Publius Lentulus, e sua imagem foi associada à do senador romano Lentulus. SenadorRomano Em 1939, a Federação Espírita Brasileira publicou o livro Há Dois Mil Anos, psicografado por Chico Xavier, que traz a autobiografia de Publio Lentulus Cornelius. A história subseqüente das encarnações de Emmanuel surgiu com a publicação, em 1940, do livro 50 Anos Depois, também pela FEB. Desde os primeiros tempos do Império”, escreveu Emmanuel, “a mulher romana havia-se entregado à dissipação e ao luxo excessivo, em detrimento das obrigações santificadoras do lar e da família”. Lívia, sua esposa, no entanto, estava entre aquelas que se orgulhavam do padrão das antigas virtudes familiares. Já a filha deles, Flávia, sofria com a lepra, uma doença bastante comum na época e considerada sem cura. Mas as coisas começaram a mudar quando Lentulus foi mandado para Jerusalém, onde os ensinamentos de Jesus já começavam a se tornar comentados e conhecidos por todos. Quando foi para a cidade de Cafarnaum, atendeu ao pedido de sua filha, cuja saúde piorava cada vez mais, e levou-a ao encontro do profeta de Nazaré, que lá se
encontrava. Jesus lhe disse: “depois de longos anos de desvio do bom caminho, pelo sendal dos erros clamorosos, encontras, hoje, um ponto de referência para a regeneração de toda a tua vida”.
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E disse ainda muito mais, até que Públio sentiu um torpor tomar conta de seu corpo, despertando algum tempo depois. Ao retornar à sua casa, viu que sua filha tinha sido curada. Ao final de sua vida, Lentulus se retirou para sua residência em Pompéia, e só então começou a entender plenamente os ensinamentos que Jesus lhe transmitira naquele encontro em Cafarnaum. O ex-senador morreu no ano 79 – quando o Vesúvio entrou em erupção e soterrou Pompéia – e desencarnou com o coração concentrado em Jesus. ENCARNAÇÕES Além do senador, sabe-se que Emmanuel teve outras passagens significativas em nosso planeta, especialmente no Brasil. O livro 50 Anos Depois se refere ao período de tempo passado entre a morte de Lentulus em Pompéia e sua encarnação seguinte. O senador retornou ao mundo material como o escravo Nestório, justamente o tipo de homem que o senador tanto prejudicou antes de perceber a verdade das palavras de Jesus. Ele também era cristão e, segundo conta a história psicografada, participou das pregações evangélicas do apóstolo João Evangelista, em Éfeso. Foi preso por participar das reuniões secretas de cristãos realizadas nas catacumbas das cidades e foi condenado à morte violenta.
Reencarnou novamente por volta do ano 217, como Quinto Varro, romano seguidor dos ensinamentos de Jesus, assim como um defensor dos ideais de liberdade. Uma das encarnações muito comentadas de Emmanuel foi como o Padre Manoel da Nóbrega, figura importante na história do Brasil. No entanto, ele apenas revelou ter sido, de fato, o padre Manoel da Nóbrega, numa sessão realizada em 1949. Reencarnado na vila portuguesa de Sanfins, em 18 de outubro de 1517, o padre ficou conhecido como “o primeiro apóstolo do Brasil”, para onde veio em 1549, na companhia de Tomé de Souza. Ele desencarnou em 1570, e renasceu cinqüenta anos depois, na Espanha, onde foi o padre Damiano, que lutou contra os mercadores de escravos. Publius Lentulus realmente existiu e conheceu Jesus. Há provas: uma carta encontrada nos arquivos do Duque Cesari, de Roma – documento que faz parte da biblioteca da Ordem dos Lazaristas de Roma. Trata-se de uma inscrição feita em folha de cobre, encontrada no interior de um vaso de mármore. A carta foi escrita por Publius Lentulus, senador romano, governador da Judéia, e predecessor de Pôncio Pilatos, endereçada ao imperador romano Tibério César. Nela, Lentulus descreve Jesus com infinito amor em seu coração. Quanto à parceria com Chico Xavier, escreveu diversas obras que enriqueceram a literatura espírita. Entre elas podemos citar: Renúncia, O Consolador, A caminho da luz, Palavras de Vida Eterna, Ave Cristo, Encontro Marcado, e o romance Paulo e Estevão, que nos fala sobre o cristianismo, envolvendo a figura austera, mas sincera de Saulo, pois este era seu nome antes da conversão. Amigos, que nasçamos como Paulo, pois nosso passado tem se demorado incerto. Muitos de nós nos julgamos infalíveis, temos medo da mudança, mas somente com a possibilidade da reencarnação e o aproveitamento dessa chance maravilhosa, é que subiremos na escalada para a espiritualidade. Pág. 27
“Educar uma criança e um jovem à luz do Espiritismo é semear luz pelos caminhos do futuro…” Viana de Carvalho
NOSSO TRABALHO Evangelização Espírita Infantil é toda atividade voltada ao estudo da Doutrina Espírita e à vivência do Evangelho junto à criança e futuramente aos jovens. Na Instituição Espírita, a atividade de evangelizar abrange as aulas de evangelização espírita, momento especial de convivência, aprendizado, reflexão, compartilhamento de experiências e construção de vínculos de amizade e de fraternidade entre as crianças. A ação evangelizadora envolve, pais e familiares, convidando-os a participarem de grupos ou reuniões voltadas ao estudo de temas relacionados à vida familiar, fundamentados à luz da Doutrina Espírita. “ A Evangelização Espírita Infantil cabe a indeclinável tarefa educacional de preparar os futuros cidadãos desde cedo, habilitando-os com as sublimes ferramentas do conhecimento e do amor para o desempenho dos compromissos que lhes cumprirá atender, edificando a nova sociedade do amanhã” Viana de Carvalho [1]
Fabiana Rocha, Camila Oliveira, Fatima Viana, Bianca Costa, Cristiane Querino
Conhecimento de si mesmo - A Viagem véspera da viagem marcada, o motorista esmerou-se em preparar o carro. Conduziu-o à oficina para reparos diversos. Levou-o ao posto para que fosse bem lavado. Exigiu que se fizesse limpeza da faixa branca dos pneus. Dirigiu-se ao eletrotécnico, para revisão da eletrola e do rádio, garantindo notícias e música durante a viagem. Buscou pessoal competente para polimento da pintura e dos metais. Foi ao tapeceiro, adquirindo nova e bela capa para o estofamento. Finalmente, comprou um adorno para o interior do automóvel e aproveitou a ocasião para trocar o chaveiro. No dia seguinte, quando havia percorrido apenas alguns quilômetros, o carro parou por falta de combustível. Nas devidas proporções, fato semelhante ocorre conosco. Passamos uma existência inteira reunindo valores superficiais. Pontificamos na moda e na elegância. Brilhamos nas rodas sociais. Conquistamos influência e poder. Entretanto, somente quando viajamos para a Vida Espiritual, descobrimos que o mais importante foi esquecido. Por isso é importante o conhecimento de si mesmo para que possamos saber o que é realmente importante para nós. Hilário Silva e Valérium. Histórias da Vida. Psicografado por Antônio Baduy Filho
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