ATUALIDADE - Ano 01 Ed. 02

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AT U A L I D A D E S

Ano 01 – Nº 02 – 26 de Fevereiro de 2017

A sua revista eletrônica

Onde?

C E D A N . . . E N T R E V I S TA FERNANDO REIS – CONJESA Pág. 06

A R T I G O

D A

V E Z

ÊXITO - Irene Wenzel Gaviolle Pág. 04


AT U A L I D A D E S A sua revista eletrônica

Ficha técnica

MENSAGEM DO MÊS

Periódico mensal da Casa Espírita “Dr. Ailton Nogueira” Presidente: Odete R. Malta Edição: Ronaldo Querino

Colaboradores: Bianca Costa Cristiane Querino Elizabeth Rodrigues Fátima Viana Lenira Costa Daniela Figueiredo (C.E. Seara do Mestre) R. Barbosa Vilas Boas, 10 Jardim das flores 5514-2754 atendimento@casadrailton.com.br

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Periódico mensal

FEVEREIRO.2017

Ano I – Nº 02

Poema da amizade A amizade consegue ser tão complexa... Deixa uns desanimados, outros bem felizes... É a alimentação dos fracos É o reino dos fortes Faz-nos cometer erros Os fracos deixam se ir abaixo Os fortes erguem sempre a cabeça os assim assumem-os Sem pensar conquistamos O mundo geral e construímos o nosso pequeno lugar deixando brilhar cada estrelinha Estrelinhas... Doces, sensíveis, frias, ternurentas... Mas sempre presentes em qualquer parte Os donos da Amizade... Desconhecido

Êxito Irene Wenzel Gaviolle

Todos nós queremos ser bem sucedidos em nossas vidas. Na busca de nosso sucesso, na luta desenfreada da vida, passamos por dificuldades, travamos uma luta incessante procurando obter êxito em nossas realizações, quer sejam no campo material como no campo profissional.

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NESTA EDIÇÃO Leitores

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Êxito

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Cedan... entrevista

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Dica de leitura

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Pensando o jovem

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Atendimento fraterno

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LEITORES “Parabéns pela revista, pois um bom espírita é aquele que busca conhecimento, tem sede de aprendizado, não se prende a crendices e misticismos infundados; busca, aprende e conhece... sem conhecimento somos um bando de curiosos atrás de fantasias.” EDEN GONÇALVES

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Amar é admirar com o coração. Admirar é amar com o cérebro.

youtube.com/casadrailton THEOPHILE GAUTIER

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Êxito Irene Wenzel Gaviolle psicóloga clínica, psicanalista. Expositora espírita, participante do Grupo Semear

Todos nós queremos ser bem sucedidos em nossas vidas. Na busca de nosso sucesso, na luta desenfreada da vida, passamos por dificuldades, travamos uma luta incessante procurando obter êxito em nossas realizações, quer sejam no campo material como no campo profissional. Na vontade de atingirmos um status importante, a ser visto pelos outros, não observamos aqueles que estão à nossa volta e com o nosso orgulho sempre em primeiro lugar, não medimos esforços para atingir nossos objetivos.

No meio familiar, muitas vezes, nos projetamos em destaque, porque acreditamos que somos aqueles que tudo sabemos e que tudo podemos. Na conquista profissional procuramos assumir posição de destaque, nos esquecendo daqueles que estão abaixo de nós, e em alguns momentos nos sentimos melhores do que os outros. Nas conquistas materiais, queremos ter mais e sempre mais, não valorizando o que já possuímos, mas sim almejando o que o outro possui. Buscamos a felicidade acreditando que ela se encontra na posse do ouro. Tão tristes ficamos quando observamos que mesmo obtendo êxito total no campo material, no campo profissional, nos sentimos vazios, porque dentro de nós falta algo.

Neste afã de conquistar, vamos tropeçando, muitas vezes magoando aos outros e muitas vezes magoando a nós mesmos, complicando a nossa própria estrada em erros e conquistas desenfreadas, vivendo uma vida fútil e sem objetivos definidos. Muitas vezes na busca das conquistas materiais somos visitados pela morte, sem que com ela contássemos. Partimos desta existência desprovidos dos reais valores, porque daqui nada levamos de material, aqui deixaremos tudo, partiremos daqui sem nenhuma bagagem, retornaremos ao mundo espiritual como náufragos à procura de um porto seguro. Mas se passarmos a refletir acerca dos verdadeiros valores, das verdadeiras conquistas necessárias ao ser, vamos observar que o espírito parte com todo o ensinamento, com todo bem ou mal que tiver praticado. Parte com os ensinamentos, com o estudo, com a prática e vivência das virtudes desempenhadas enquanto encarnado. Estes são os verdadeiros valores, os verdadeiros tesouros que a ferrugem não ataca e ninguém nos rouba. Continua...

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Jesus foi dentre todos os homens o conquistador de maior êxito de todos os tempos. Ausentou-se da Terra, incompreendido pelos homens. Ausentou-se do mundo sem que os homens compreendessem a sua mensagem. Não recebeu heranças, não escreveu livros, não se colocou entre os maiorais de sua época, e pela incompreensão dos homens foi aprisionado e morto como malfeitor. Contudo, suas sementes de amor puro, que colocou na alma do povo transformaram o mundo. Jesus se dirigia às criaturas com humildade e simplicidade, revelando a todos que não é a posse amoedada que caracteriza ou destaca a criatura. Mas, a posse do amor, do entendimento, da compreensão, que mostra o verdadeiro caráter da criatura, sua mansuetude, seu amor ao próximo, sua caridade operante. Emmanuel com sua sabedoria com relação aos atos caridosos, nos esclarece na frase abaixo: Não é de ganhar para fazer, mas, de fazer para ganhar. Não adianta esperarmos ter tudo para ajudar ao nosso semelhante, porque para nós haverá muito a conquistar materialmente, nunca estamos prontos a distribuir. O importante da questão é fazer para ganhar.

Para colhermos é necessário semearmos primeiro. O lavrador prepara o solo, coloca a semente, rega, aduba e colhe os frutos. Jesus nos deixou a semente para que plantássemos dentro de nós, para que ela vingasse, regada e adubada para que desse bons frutos. A semente de Jesus é o Amor que deve ser distribuído às criaturas indistintamente. Como estamos fazendo para germinar esta semente dentro de nós? Será que já aprendemos a tolerar os que estão à nossa volta? Será que aprendemos a respeitar a ideia dos outros? Será que já aprendemos a viver a nossa vida sem ansiedades e tensões diárias? Será que as expectativas que nós temos em relação a nós e aos outros não estão desequilibrando a nossa vida? Podemos dizer que: Tensos nos tornamos infelizes e tornamos infelizes os que estão à nossa volta. A regra básica é mudar este estado de tensão, distribuir tranquilidade e serenidade para resolver os problemas. Aprendamos a ter paciência e tudo o que quisermos alcançaremos no momento oportuno. Somos imediatistas, querendo que as coisas aconteçam rapidamente. É bom lembrarmos que somos espíritos eternos, que já tivemos e teremos várias encarnações e que o sucesso de nossas conquistas não ocorrem em uma só existência, e que demanda um tempo para que as realizações se concretizem. Mas, o estado de paz e de tranquilidade é muito importante para nossa tomada de decisões. Mente sadia, que caminha no bem, com pensamentos positivos, abre campo para que a espiritualidade maior possa intuir boas resoluções, e desta forma, estaremos simplificando o caminho para nós mesmos. Busquemos a simplicidade e a pureza de coração como Jesus nos mostrou, para conseguirmos conquistar tudo que pretendemos, fazendo para ganhar, conquistando para receber. É justo que queiramos viver bem, com conforto, tendo possibilidade de trabalho e de lazer, mas o grande mal da humanidade é a que preço isto é conseguido. A tecnologia, a ciência, nos proporciona que vivamos confortavelmente. Adquirir os bens materiais sim, mas com calma, com serenidade, esperando o momento oportuno, não complicando os nossos caminhos, mas fazendo amigos e vivendo sem tensões. Mais informações sobre a autora:

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C E D A N . . . E N T R E V I S TA L E N I RA C O S TA Fernando Reis, colaborador do Centro Espírita Zilda Gama, localizado na região do Morumbi, em São Paulo, é um dos idealizadores e fundadores do Conjesa. Gentilmente nos concedeu uma entrevista para esclarecer e poder levar a mais Casas e jovens essa ideia magnifica . Saiba mais, nas próximas páginas, sobre o que é, como funciona, quando será o próximo Conjesa e muito mais... ATUALIDADES - O que é o Conjesa? FERNANDO: A Conjesa é a abreviação de Confraternização dos jovens espíritas de Santo Amaro. A Conjesa somos todos nós que estamos ou estivemos trabalhando ou aprendendo dentro de um grupo de jovens espíritas, reconhecemos a importância e o diferencial disso, e queremos participar, experimentar um dia de confraternização com outros companheiros de ideal espírita de outros centros espíritas. ATUALIDADES - Qual a finalidade do Conjesa? FERNANDO : A finalidade deste encontro é a oportunidade de unir jovens das diferentes casas espíritas da região de Santo Amaro uma vez no ano para a troca de experiências, compartilhamento de conhecimento, estudo doutrinário espírita e reflexões, tudo isso num clima de alegria e confraternização (daí o nome ...rs) Vale a pena lembrar que a ideia da Conjesa vai além do dia de realização do evento, explico: muito antes desse dia, os dirigentes e/ou responsáveis pelas mocidades e casas espíritas da região se reúnem em torno de decisões e preparações imprescindíveis para que o encontro aconteça e que seja proveitoso a todos, decisões e preparações essas que vão desde o temário, material de estudo, dinâmicas e local de realização do encontro até o cardápio de alimentação do dia e lembrancinha do encontro.

ATUALIDADES - Por que o Conjesa foi criado e como surgiu a ideia deste grupo? FERNANDO : É importante frisar que este dia de encontro e confraternização entre os jovens espíritas da região já existia antes da Conjesa. A Conjesa foi uma alteração do nome de um encontro que já existia aqui na região, e já contava com 17 realizações, e tinha o mesmo propósito, era conhecido por ENJESP (Encontro de Jovens Espíritas da Zona Sul de São Paulo). A alteração foi no sentido de identificarmos os centros e mocidades da região de Santo Amaro, que por si só já é bem grande, e era o objetivo aproximarmo-nos das casas espíritas e mocidades, mantendo o contato antes e depois do dia do encontro. Se considerarmos a Zona Sul inteira ficaria impossível esta aproximação. ATUALIDADES – Fale-nos um pouquinho sobre o Agita Conjesa. FERNANDO : É uma preparação, um evento que tem como objetivo reunir casas/jovens da região para apresentações artísticas... Preparando-os para o encontro que acontece em maio. Este ano, o Agita Conseja acontecerá no dia 12/03 -14h no Núcleo O Semeador, localizado na Rua Frederico Rene de Jaegher, 540. (Próximo a subprefeitura da capela do socorro). WWW.CASADRAILTON.COM.BR

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C E D A N . . . E N T R E V I S TA L E N I RA C O S TA Também acho importante mencionar, abrindo uns parênteses e fazendo um breve histórico, que encontros como a Conjesa acontece em outros bairros da cidade de São Paulo e arredores (Guarulhos, Osasco, ABC, etc. por exemplo), tendo esse mesmo objetivo, como exemplo, só para mencionar, temos a Cometa (Confraternização de Mocidades Espíritas do Tatuapé) e o Emesm (Encontros de Mocidades Espíritas de São Miguel). Também existem as semanas jovens espíritas de alguns bairros e os jogos fraternos todos eventos que envolvem essa confraternização entre os jovens espíritas e as mocidades aqui em São Paulo. Esses eventos são, ou eram, alinhados e ajustados pelo DM (Departamento de Mocidades) da USE-SP (União das Sociedades Espíritas do Estão de São Paulo), que chamavam estes dias de encontro de “Dia D”.

ATUALIDADES - Quando acontece a Conjesa, Onde acontece, Como participar ou assistir? FERNANDO : A Conjesa acontece, geralmente, no mês de maio todo ano, com a data especificamente ajustada entre os organizadores do encontro de maneira a não coincidir com uma outra atividade que esteja acontecendo nas respectivas casas espíritas. Felizmente, nos últimos anos temos conseguido com que a Conjesa merecesse o agendamento do PGA (Plano Geral de Atividades) das casas envolvidas, ficando, geralmente, para o terceiro domingo do mês de maio. A Conjesa acontece em diferentes casas espíritas aqui de Santo Amaro, cada ano em uma diferente, já tivemos a oportunidade de estarmos em várias, às quais somos gratos por todo auxílio, suporte e disponibilidade de espaço para que o evento acontecesse.

CONJESA – XI EDIÇÃO Data: 21 de maio de 2017 “NASCER, MORRER, RENASCER AINDA E PROGREDIR SEM CESSAR, TAL É A LEI” Local: Caminhando Núcleo de Educação e Ação Social Rua Rosaria Musarra, 90 - Vila Califórnia, São Paulo - SP WWW.CASADRAILTON.COM.BR

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C E D A N . . . E N T R E V I S TA L E N I RA C O S TA Para participar é importante estar frequentando uma mocidade espírita e perguntar, e manifestar ao dirigente da mocidade, a vontade de participar de um encontro como este, geralmente o dirigente da mocidade é quem realiza as inscrições e quem providencia o alinhamento com o centro espírita, e autorização de pais e responsáveis para levar os jovens ao evento, lembramos que estamos falando na maioria dos participantes são menores de idade, daí esta atenção. Agora, se você é dirigente de mocidade e quer participar, contribuir de alguma forma para a melhoria, continuidade, ou quer só observar o processo de realização de um encontro como este é só entrar em contato com a coordenadora atual dos trabalhos, a Daniela Figueiredo, e se juntar a nós, todos dirigentes de todas as casas espíritas daqui de Santo Amaro são sempre muito bem-vindos para agregar ao grupo. Só para mencionar, já tivemos participantes (jovens) de outras “denominações religiosas” participando do encontro, que gostaram muito da experiência e que contribuíram muito também, mas lembramos que é um encontro espírita, a base dos estudos são as obras de Kardec, e complementares. Porém, ninguém é excluído, nem há julgamento, só observamos a cautela de estarmos lidando com menores de idade, e há a necessidade de autorização de responsáveis.

ATUALIDADES - Como entrar em contato e qual o meio de divulgação? FERNANDO : Há várias maneiras de entrar em contato com a equipe da Conjesa. A mais comum, e mais fácil é através do e-mail: conjesa@yahoo.com.br, ou falando diretamente com a Daniela Figueiredo no danifib19@gmail.com. Possivelmente, no seu centro espírita alguém já ouviu falar da Conjesa ou conhece alguém que já foi e tem o contato de um dos membros de organizadores. Por já termos realizado o encontro em diferentes centros espíritas, não é difícil encontrar um de nós e pedir maiores informações. 2008

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ATUALIDADES - Pra finalizar... FERNANDO : Pra finalizar, sei que já escrevi muito aí pra cima, e tem coisa pra ser editada...rs. É importante finalizar, dizendo que a Conjesa tem sido uma oportunidade de crescimento e de aprendizado a todos os envolvidos no encontro, participantes e organizadores. Temos vivenciado experiências riquíssimas nestes 10 anos de encontro, experiências que têm nos emocionado e tocado de alguma forma; temos recebido retornos, em avaliações dos participantes, que são verdadeiros motivadores para a continuidade do trabalho, e que nos tem dado a certeza da proteção e cuidado de Jesus e da espiritualidade para com os jovens e o trabalho realizado. Já abordamos assuntos como preconceito, família, violência, e muitos outros e tudo isso mexe muito com o dia a dia de todos nós, daí a importância do encontro. Não dá pra encerrar sem dizer dois outros pontos, depois disso encerro: um deles é o agradecimento a todos os centros espíritas que já nos abriram as portas para que pudéssemos levar, ou divulgar a Conjesa, e prefiro não citar nomes para não cometer a indelicadeza de esquecer algum, mas de coração, a todos fica a gratidão em nome da equipe; um segundo ponto que gosto de refletir quando pensamos em encontros, ou eventos como estes que envolvem mais de uma casa é de lembrar aquela famosa frase de Bezerra de Menezes, que nos convida à reflexão – “Solidários, seremos união. Separados uns dos outros, seremos pontos de vista. Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos. ”. Faz pensar a respeito né?! Agradeço pela atenção e deixo um grande abraço Pág. 08


Doente, pessimista e confusa, a meiga Beatrice é acolhida em um Centro Espírita, onde busca esclarecimento e alívio às terríveis dores físicas e morais que vem sentindo há muitos anos. Ali, durante reunião mediúnica, um impiedoso Espírito obsessor a acusa de haver cometido crimes gravíssimos contra ele e revela uma história de ódio, traição e desejo de vingança. A trama nos mostra o quanto é verdadeira a afirmativa dos autores de O Livro dos Espíritos de que a morte não destrói o inimigo e que este pode nos perseguir com o seu ódio, mesmo depois de haver deixado o plano material.

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ARTE ESPÍRITA

Todo último sábado do mês temos o prazer de realizar o Sarau Cultural Cedan, uma noite temática com música, poesia, dança, mistura de culturas e comidas deliciosas. Fique por dentro do que rolou ano passado, e o que estamos preparando pra o ano de 2017, que promete muita coisa legal.

GRANDES NOMES DA ARTE ESPÍRITA DA REGIÃO

BANDA SONS & CANÇÕES C.E. ZILDA GAMA

BANDA AMOR E LUZ C.C.A.O

PINHO ETERNAMENTE LUZ

E AS PRATAS DA CEDAN...

JÚNIOR FIGUEIREDO

CRISTIANE QUERINO WWW.CASADRAILTON.COM.BR

GRUPO TEATRAL “DESPERTAR” Pág. 10


TEATRO NA CEDAN Por: Bianca Costa

Grupo que nasceu através de uma junção de pessoas que tem um interesse em comum, o amor pela arte, a dedicação e comprometimento. Estamos na estrada há 13 anos, levando conhecimento e reflexão para todas as idades, através das Artes Cênicas.

1ª OFICINA DE MAQUIAGEM ARTISTICA

BY NATASHA MARQUES

ENVELHECIMENTO

EXPRESSIONISTA

PALHAÇOS

VAMPIRO

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CAVEIRA

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IMPORTÂNCIA DA MOCIDADE ESPÍRITA Existem, atualmente, em alguns centros espíritas, uma reação entre os adultos para com os jovens que é a de que “eles não sabem das coisas”, “ é muito novo, não entende”, “ainda tem muito que aprender”. Entendo isso como falta de respeito e passo a explicar meu ponto de vista.

PENSANDO O JOVEM

Por Daniela Figueiredo

O jovem é um ser pensante e tem direito a ter opiniões próprias mas além disso, quando os adultos dizem tais coisas esquecem-se de um fator básico: a idade espiritual, pois, posto que somos espíritos temos a consciência de que dessa forma todos somos multimilenares. Muitos dos que já passaram por esta fase, a meu ver, sentem emoções distorcidas, alguns não aceitam que a sua mocidade já passou, outros dizem que essa fase é apenas para curtir a vida explorando toda espécie de situações fúteis e prazeres sem nenhuma responsabilidade, outros ainda querem que sigamos o que eles faziam quando jovens em décadas tão diferentes da atual. Dora Incontri, jornalista e escritora brasileira e um importante nome da Pedagogia Espírita, diz em sua obra “A Educação Segundo o Espiritismo”, livro que já se encontra em sua 8ª edição baseado em pesquisas, experiências pessoais e inspirações mediúnicas, que “a grande maioria dos adultos ignora a real importância da fase juvenil para o Espírito.” Quantos jovens demonstram muito mais sabedoria que aqueles que já se encontram na fase adulta? Essa é uma fase onde eles buscam a autonomia, onde eles tem a necessidade de estabelecer seus próprios ideais. O pior que se pode fazer a um jovem é utilizar-se das frases que citamos no início do texto pois, desta forma, estaremos afastando-o e lhe dando espaço para a rebeldia que, de certa forma, será justificada. Mas para que isso não ocorra ou encontre dificuldades para ocorrer, temos que dar aos jovens o que cobramos. Temos que dar a eles o espaço para pensar, raciocinar e refletir sobre a vida nas suas mais diversas nuances mas NUNCA tolhindo seu livre-arbítrio. E essa é a parte onde queria chegar. Muitas vezes, vemos em famílias numerosas vários irmãos que foram criados da mesma forma, com a mesma didática. Cada um segue um rumo diferente do outro. Uns entendem mais rápido, outros precisam vivenciar para entender e outros não querem nem vivenciar nem entender pois ainda não é o seu momento. O fato é que temos que entender que isso também ocorre nas mocidades. Não temos que ser os que dizem o que se deve ou não fazer pois todos estamos aprendendo. Dizer sim ou não não é função da Doutrina Espírita muito menos dos coordenadores de Mocidade Espírita. Nossa função é sim, mostrarlhes como a Doutrina orienta, explica e antecede algumas reações, mas não podemos esquecer de que todos temos a opção de escolha. Entendo ser difícil em alguns momentos para alguns a questão da mudança do mundo e das vivências. Roupas diferentes, cabelos diferentes, sentimentos diferentes, diversões diferentes… Mas é essa a palavra: DIFERENTE e não ERRADO. Cada um experencia de acordo com sua vontade. Orientar não é tolhir. O evangelizador precisa trabalhar-se continuamente para dar ao jovem o espaço físico e emocional que possibilitará um ambiente alegre, acolhedor, dinâmico e atrativo. A figura repressora e autoritária só os afasta, não do Centro mas da Doutrina tendo em vista que muitos jovens frequentam o Centro e suas famílias não. Como tê-los por perto se quando isso ocorre os repelimos? Continua... WWW.CASADRAILTON.COM.BR

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IMPORTÂNCIA DA MOCIDADE ESPÍRITA Cobramos responsabilidade mas não damos espaço para que eles trabalhem, ou se damos espaço é o espaço que queremos, não perguntamos, na maioria das vezes, qual a área de interesse do jovem. E aí criticamos pois quando eles não se interessam eles simplesmente não fazem. Mas, um momento…

PENSANDO O JOVEM

Por Daniela Figueiredo

Nós, adultos, não somos assim? Se alguém tentar fazer você comer o que não gosta, você vai comer? Se alguém tentar fazer você vestir uma roupa que não gosta, você vai vestir? Não. Não faremos posto que somos “adultos” e podemos e sabemos escolher. Os jovens também tem esse direito. A Casa espírita não deve ser um lugar de repressão. Existem sim normas e regras que devemos seguir pelo bem comum de todos os que lá frequentam e que são extremamente importantes para o bem do trabalho material e espiritual, mas como queremos que o jovens sejam o futuro da casa se não os ouvimos? Se não os observamos? É imprescindível observar até que ponto alguns jovens se aproveitam dessa situação e, em percebendo isso, devemos intervir e incluir os pais e/ou os responsáveis pelos jovens, de forma firme e respeitosa sempre, lembrando que nossa posição não é de juízes mas de observadores. Os encontros espíritas, as mocidades, tudo isso existe para e pelos jovens mas o que vemos atualmente é que eles, nem sempre, são a prioridade. Por exemplo, quando eu era jovem de mocidade, várias vezes ao fim do ano pediam para que a gente escrevesse sobre que assuntos gostaríamos de estudar. Tínhamos a expectativa de que no próximo ano esse assuntos fossem trabalhados sob a visão da Doutrina mas o que acontecia não era isso. Trabalhávamos o mesmo de sempre. Se pegarmos como exemplo o modelo de evangelização de Jesus, percebemos que os discípulos perguntavam sobre coisas do cotidiano e Jesus as respondia introduzindo o conceito cristão. Jesus as respondia sem ficar repetindo as mesmas coisas, era sobre aquela circunstância em questão. Quantas vezes vemos as mocidades estudando as mesmas coisas anos a fio? Como fazer que o interesse se mantenha dessa forma? Dando sempre os mesmos exemplos? Falando sempre dos mesmos vultos que, quase sempre, são espíritas como se nenhuma outra pessoa de outra vertente religiosa ou até que não siga nenhuma vertente religiosa tivesse exemplos lindos a seguir?

E nisso cito Gandhi, Martin Luther King, Madre Teresa de Calcutá e tantos outros. Deolindo Amorim, jornalista, escritor e conferecista espírita, nos dá no texto “Mocidades Espíritas e as Mudanças” publicado no Anuário Espírita de 1976, informações extremamente importantes. Passo a citar alguns trechos: “Até 1940 a quarenta e tantos, por exemplo, era habitual, entre nós, a promoção de festas e programas artísticos para atrair os moços. Festas realmente sadias e programas inegavelmente bem inspirados. Dizia-se então que a Doutrina pura e simples era “muito seca” e, por isso mesmo, não seria possível trazer o moço para o meio espírita somente com ensino doutrinário. Dizia-se abertamente: ‘os moços querem alegria e movimento” “ainda é cedo para estudos sérios de Espiritismo’’. Programas artísticos por toda a parte, a bem dizer, números de poesia, às vezes violão, brincadeiras inofensivas, e assim passavam-se as “tardes fraternas’’ de mocidades e juventudes espíritas. Foi assim mesmo, por muito tempo. Mas as coisas mudaram, e temos que compreender a mudança. Os jovens de 1975 têm outras motivações, outras experiências e, até certo ponto, têm outras necessidades. Continua... WWW.CASADRAILTON.COM.BR

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IMPORTÂNCIA DA MOCIDADE ESPÍRITA

PENSANDO O JOVEM

Por Daniela Figueiredo

Continuação... A mentalidade dos jovens de hoje não pode ser a mesma mentalidade da geração que participou do movimento espírita na década de quarenta. Houve grande transformação sócio-cultural de 1940 para cá. Não seria possível, hoje, atrair e segurar o elemento jovem no meio espírita somente com declamações, números de música, festinhas e por que não é possível? Exatamente porque o jovem quer o diálogo, o raciocínio mais objetivo. Convém notar, ainda mais, que há trinta anos, digamos assim, não havia tanto elemento universitário no meio espírita, como hoje. E a mentalidade universitária, por natureza, é diferente da mentalidade passiva. Havia, anteriormente, naqueles tempos, menos diálogo, porque a palavra do mentor captava muita confiança por si mesma. Quase não se falava em debate, a não ser em determinados movimentos, e pouco se discutia em ‘‘mesa-redonda’’. Atualmente, como se vê, já é impressionante, nas fileiras espíritas, o contingente de jovens oriundos de Universidades, onde recebem informações de vários tipos e se defrontam com diversas direções de pensamento. Eles têm, por força do ambiente universitário, muito espírito de participação e crítica. Muitos deles levam o Espiritismo a sério e querem estudá-lo bem, muito mais do que se pensa, mas precisam encontrar condições adequadas. Esta situação está reclamando naturalmente novos hábitos no relacionamento com as alas jovens. Claro que ninguém iria admitir nem sequer imaginar que as organizações de juventudes e mocidades espíritas se transformassem em clubes de mera recreação ou em círculos de polemicas fora dos princípios espíritas. Não. Entretanto, não se pode deixar de considerar que cada época tem suas exigências, e o Espiritismo tem um corpo de doutrina capaz de nos dar a verdadeira dimensão deste fenômeno, desde que tenhamos a necessária cautela para evitar intromissões oportunistas, com segundas intenções, querendo forçar conexões que não existem. É outro problema. O estudo básico da Doutrina, porém, está necessitando de uma perspectiva nova, em certos aspectos, sem desmerecer a tradição e as grandes experiências do passado, que nunca deixará de ser uma lição para o presente. Não há muito tempo, em artigo publicado no jornal Mundo Espírita, de 31.05.75, insistíamos nestes mesmos pontos e dizíamos, a certa altura: “A palavra de consolo e fé, nas horas mais criticas, é insubstituível, porque é a linguagem do sentimento, e não do raciocínio frio, que pode instruir, mas não alivia as dores da alma. Todavia, o Espiritismo precisa e deve acompanhar o espírito critico da época. Se quisermos fazer um tipo de espiritismo devocional ou conventual, ignorando os desafios da realidade presente, ficaremos à margem, não há dúvida Dentro deste novo quadro, finalmente, a cultura e a promoção de cursos são necessidades compatíveis com a posição do Espiritismo em face da crítica moderna”. Se pensamos assim, e já de algum tempo a esta parte, é porque a vivência no meio espírita, observando as reações dos elementos jovens, nos induz, cada vez mais, a compreender a necessidade de um sistema de comunicação doutrinária mais consentâneo com os problemas que estão surgindo. Em lugar, finalmente, de querermos prender os jovens com recursos usados há mais de trinta anos, quando eram outras as condições ambientais, oferecendo-lhes apenas oportunidades festivas, devemos pensar, antes de tudo, que eles querem ir mais longe, porque estão vivendo uma época de desafios e, por mesmo, procuram no Espiritismo as respostas convincentes e as soluções compatíveis com o estado de espírito em que se encontram, justamente por causa das experiências de hoje. Devemos compreendê-los, com visão do momento. Indiscutivelmente os programas artísticos ou recreativos têm o seu lugar, a sua oportunidade, pois fazem parte das atividades espíritas e, portanto, são necessários; não devem, porém, ser a única razão de ser dos movimentos de juventudes e mocidades, como se fossem um chamariz, um ponto de atração, e nada mais. Não devemos continuar pensando como há trinta anos, pois o jovem espírita, vivendo o seu mundo de hoje, embora aprecie muito as artes e as expansões naturais, reclama outros instrumentos através do diálogos e da crítica. Mudança de mentalidade, mudança de hábitos, embora permaneçam inabaláveis os valores espirituais.” É fato que queremos que os outros experimentem e gostem daquilo que gostamos e que sabemos ser bom mas será que acreditamos “convencer” os outros só pelas palavras? Fonte: https://pensarespirita.wordpress.com/2012/03/17/importancia-da-mocidade-espirita/ Pág. 14


AT E N D I M E N T O F R AT E R N O

ATENDIMENTO FRATERNO O atendimento fraterno nas casas espiritas tem como objetivo principal receber a todos que chegam de uma forma fraterna, para ouvir, esclarecer, orientar e ajudar. É por esta porta que muitos entram para o espiritismo e

passam a ter a relação do entendimento baseado na Doutrina Espírita. Este atendimento pode ter algumas diversificações ou variações entre as casas espíritas. É um trabalho solidário, fraterno, para quem chega na casa espírita tem a oportunidade de desabafar em uma conversa privativa sobre seus anseios, dificuldades, angustias. Iniciando assim uma relação de ajuda e compartilhamento do conhecimento e pratica do evangelho de Jesus. Pois o atendimento fraterno não tem a pretensão de resolver os problemas e dificuldades de cada pessoa, ele ajudara embasado na Doutrina Espírita o despertar de cada um, seja nas orientações, nos encaminhamentos

como palestras e passes, estudos, assistência espiritual, prece, etc.. Cada pessoa despertara a seu modo, na sua condição e no seu tempo, pois as melhorias irão depender da disposição e boa vontade de cada um, a casa espírita tem sua função e seus caminhos, mas sozinha não pode mudar e nem melhorar o caminho de cada um. Como a passagem do Evangelho “Ajuda-te, e o céu te ajudará” Cap. XXV do E.S.E. O atendimento fraterno não é um atendimento mediúnico, onde se recebe uma consulta com previsões para sua vida. Pois muitos chegam a casa com o desconhecimento da Doutrina e vem em busca de respostas para suas dificuldades. Sabemos que somos espíritos e hoje somos o resultado de muitas encarnações, trazemos nossas dificuldades e qualidades e as respostas para nossas duvidas ou esta em nossa consciência, dentro de nós. E muitas vezes as respostas não são rápidas, precisa de muita dedicação e esforço próprio. Mas graças a Deus ninguém esta sozinha na caminhada, nossos amigos espirituais nos acompanham ajudando a nos melhorarmos sempre. Seria de muita importância que as casas espíritas tivessem atividades como palestras, cursos, assistência espiritual, para que o atendimento fraterno tenha os recursos necessários para ajudar a todos que necessitem, cabendo a casa também ter este caminho de ajudar nas orientações.

O trabalho do atendimento também é muito rico para quem o faz, pois tem a possibilidade de ajudar e também de se melhorar, através da pratica do dialogo se colocando no lugar do outro, sentindo a dor de cada pessoa com quem conversa, sem julgamentos, mas com amor e muita dedicação e sempre com a ajuda dos amigos espirituais que se fazem presentes na sintonia e ajudando a dirigir casa diálogo. “É certo que você não poderá solucionar todas as dificuldades que lhe serão apresentadas. No entanto, poderá sempre oferecer uma palavra oportuna, vestida pelo seu calor fraternal.”

Fonte: Divaldo Franco, Legado Kardequiano

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E VA N G E L I Z A Ç Ã O I N FA N T I L CHICO XAVIER E A EVANGELIZAÇÃO DA CRIANÇA Desde 1927 que o estimado médium Francisco Cândido Xavier se dispôs ao mandato mediúnico, enriquecendonos com os ensinamentos espirituais que, profundamente, emanam de suas obras. À medida que as mensagens surgiam de sua abençoada psicografia, nos conceitos se desdobram acerca dos temas fundamentais da Doutrina Espírita, nos incentivando a valorizar o mundo em que vivemos e a cuidar do nosso aperfeiçoamento moral, descortinando-nos o passado longínquo e conclamando-nos a viver o presente de tal maneira que o futuro nos ofereça melhores perspectivas de evolução, para edificar nossa própria felicidade. Em 1947 a Espiritualidade, por seu intermédio, desperta-nos a atenção para a importância da evangelização da criança, através de sua primeira obra destinada aos pequeninos: “o Caminho Oculto”, mostrando-nos que, no trabalho do bem e na conduta cristã, alcançaremos uma vida melhor. Redobraram-se os esforços no sentido de programar com eficiência a evangelização da infância em nossa Pátria. Correspondendo aos esforços dos tarefeiros da orientação crista da criança, a Espiritualidade, por intermédio de Chico Xavier, nos felicita, naquele ano, com outras obras infantis: “Os filhos do grande Rei”, “Mensagem do pequeno morto”, ”História de Maricota” e “Jardim de Infância”. A tarefa da Evangelização ganhou corpo e, desde então, buscaram-se os recursos da Pedagogia, da Didática, da Psicologia e outros para a orientação evangélica à criança, com o trabalho ganhando novas dimensões, não só em Minas Gerais, como em todo o País. Cursos, Encontros, Simpósios e outras atividades se multiplicaram em todos os Estados, elaborando-se Programas e Currículos especializados para utilização nas Escolas Espíritas de Evangelização. Evangelizar não é tão simples como pode parecer a primeira vista. Surgem os percalços, as dúvidas e os obstáculos naturais do caminho. Mas a Espiritualidade sempre atenta às nossas necessidades,clareando os caminhos a serem palmilhados, mas uma vez se vale do esforço e dedicação de Chico Xavier, com novas obras, nas quais, se destacam: contos, páginas evangélicas, histórias, referências práticas, idéias básicas, conclusões evangélico-doutrinárias e outros recursos que hoje constituem rotina na tarefa da evangelização infantil. Dentre estas obras destacamos: Alvorada Cristã (1948), destinada aos adolescentes; Jesus no Lar (1952), destacando a importância da vivência evangélica e Pai Nosso (1952), numa linguagem infantil gostosa de ler e analisar. Ressaltando mais a importância do lar no processo de evolução do Espírito, Chico Xavier torna-se o intermediário, em 1960, de O Evangelho em Casa, obra que valoriza e orienta o culto cristão do Evangelho no lar. A pontualidade mediúnica deste incansável instrumento do Bem, nos proporciona, no período de 1961 a 1976, outras obras, tais como: “Juca Lambisca”, Cartilha do Bem”, “Timbolão” e “Natal de Sabina”. Inspirados no labor mediúnico de Chico Xavier, os Evangelizadores de todos os recantos de nossa Terra, vêm se multiplicando e conjugando esforços no sentido de oferecer à nova geração brasileira os valores do Evangelho de Jesus, clarificado pelas luzes da Doutrina Espírita, uma vez que, somente quando, em cada município brasileiro estiver funcionando uma Escola Espírita de Evangelização (EEE), teremos efetivamente,, concretizada a destinação que nos está reservada pela Espiritualidade Superior de tornar o Brasil o Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. Maria José Abreu - DEC – União Espírita Mineira

Fonte: O Espírita Mineiro, Ano LXXIX, Belo Horizonte, maio / agosto 1987, N˚ 202, página 5

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