MENSAGEM_12ºH

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Alunos -poetas

12ºH
Ano letivo 2023-24

Depois de conhecer Mensagem, de Fernando Pessoa, e imbuídos do espírito subjacente à conceção desse poema épico-lírico, os alunos criaram poemas para celebrar personalidades mais recentes da História de Portugal, do Brasil e de Cabo Verde.

Estes são poemas em que o “eu” reflete emotivamente sobre o significado de cada figura e das suas ações.

Algumas das ilustrações foram geradas por Inteligência Artificial.

Cada poema foi lido na Biblioteca Escolar em articulação com o projeto “Leituras para o bem-estar” .

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Fernando Pessoa

Fez ouvir o seu apelo

Em tempos de tristeza, ela há de brilhar

No palco da História, nos há de guiar

Na voz da justiça, fez-se mulher

O seu princípio era acolher

Em Portugal ecoa a sua memória

Carolina, à procura de glória

Já Deus a predestinou

Como a nós, para aplaudir, nos chamou

No voto quebrando as correntes da História

És, Carolina, pátria e memória

Oh! Tu que rompeste o caminho,

Onde se avistam já milhares

Trazias no peito a determinação de todas as mulheres

Ao sonhar, atravessaste vastos pilares.

Carolina Diana Azevedo e Matilde Carolina Beatriz Ângelo (1878 – 1911) ” Leituras para o bem-estar”

Deu-me Deus as suas medidas

Para tal construção

Desde prémios e glória

Sagrou-me esta visão

No horizonte de linhas retas

Desenho o meu invisível ser

Com cada traço que minh’alma completa

Vejo Portugal renascer!

Pessoa com os seus versos imortais

E eu a moldar espaços com cortesia

Damos traço à história do país

Eternizando na pedra a nossa poesia

Entre sombras e luzes projeto o sonho

Que do solo fértil irá emergir

Puseste-me, oh Deus, nas minhas mãos sensíveis

A planta que há de florir!

Ana Inês e Beatriz Domingues

Imagem gerada por Inteligência Artificial a partir do poema apresentado.

Diogo Ribeiro

Nas águas vastas, Diogo se lança, audaz,

Destreza e força, na natação ele traz.

Como um deus do Olimpo, desliza e vence, Em busca da glória sua essência se enaltece!

Assim como em criança um casulo violeta, Também nos Mundiais se torna borboleta.

Seu exemplo ressoa, como um guia a seguir, Diogo Ribeiro, no mundo, um eterno a existir.

Nas linhas que desenhou, um legado se fez?

Para as gerações futuras, representou talvez.

Herói voluntário, nas páginas da História

Sua arte sublime ecoa em memória.

Numa dança fluída, na água ele desliza,

Assim como os deuses na obra que visualiza.

Ambos conquistam, em seu próprio domínio,

A excelência em ação, um feito divino

Aléxia e Ana Luísa Imagem gerada por Inteligência Artificial para ilustrar o poema.

Mãe, foste heroína desbravaste o invisível o pincel ergueste o fatal pintaste

Os que veem o que pintas a consciência despertam a beleza grotesca pela arte observam

A tua verdade desenha almas certa do que não o é a tua força na tela e a tela como força.

É invejada a garra que Deus te deu!

“Leituras para o bem-estar”

Neuza e Raquel

Nota prévia:

O Zumbi dos Palmares (1655-1695) foi o último líder - e também o de maior relevância histórica - do Quilombo dos Palmares. Durante o Brasil colonial, os quilombos eram comunidades formadas por africanos que fugiam da escravatura.

Zumbi dos Palmares

Ó Zumbi dos Palmares!

Que nos protegia do perigo vindo dos mares

Que com ferocidade e estratégia militar

Lutou até sua cabeça voar

A sombra que contra ti brigou

Até hoje não se acalmou,

Mas a vontade que em vida tentou espalhar

O sepulcro não conseguiu aprisionar

O testemunho é a sua nobre missão

Que pretende nos libertar da opressão,

Contra a sombra ainda me oponho

Seguindo seu ilustre sonho.

“Leituras para o bem-estar”

Lucas

Maria de Lourdes Pintasilgo

Em tempos violentos

Luz que guia em mares desiguais,

De São Bento a primeira

Defendeu direitos, ergueu ideais

Entre os demais, ela se destacou

Com sua voz firme, forte, feminina

Nos corredores do poder fez ecoar

Os valores da verdade, sem hesitar.

Bruna e Lara

Maria de Lurdes Pintasilgo (1930-2004)

“Leituras para o bem-estar”

Gago Coutinho

Almirante da Marinha Portuguesa com bravura o céu desafiou, Portugal que és nevoeiro um clarão de nuvens rasgou.

Até ao Brasil voou Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Salvador no centenário, numa travessia, inovador.

Deus me deu as asas, profeta do horizonte. Lusitânia da atmosfera e dos mares, não me canso de voar?

Ó terras do Oeste, o sonho é ver as formas invisíveis do ar quente e húmido de movimentos de esperança e vontade.

Beatriz Magalhães e Madalena

Gago Coutinho (1869 – 1959

“Leituras para o bem-estar”

Amália Rodrigues

Da alma és o palco do fado,

No céu ergues a voz do transcendente

Única, espalhando universalmente

Melodias de amor, dor e esplendor.

Fado que embala alma lusitana,

Voz que ecoa a saudade

Lágrimas de histórias que o tempo não apaga,

Seu canto ode à eternidade que alaga.

E o coração se entrega à luz,

Entre as pedras de Lisboa, ela ergue

Para as gerações futuras, ela surge,

Em farol, guia e inspiração.

Messias da harmonia,

Pioneira sem igual

Consciente da sua dádiva

Amália, rainha imortal.

Ilustração gerada por Inteligência Artificial (Copilot) a partir da seguinte prompt: peço uma imagem ao estilo de Miró para ilustrar o poema a Amália Rodrigues.

Sofia, Joana e Simão

Sá Carneiro

Audaz, sim, audaz porque quis grandeza

Em nome de Portugal!

Um avião cortou-me as asas,

Mas do chão de Camarate

Se elevou o meu nome imortal.

Dentro de mim, vi o futuro pátrio

E ainda hoje permaneço a guiar

Mostro o caminho para governar

Mas, Senhor, muito falta para o país triunfar!

“Leituras para o bem-estar”

Milene e Simone

Rosa Mota

Na terra banhada pelo Douro

Nasceu uma portuguesa campeã,

Em terras distantes buscou o ouro

Que traz ao peito como um talismã.

Correndo pelas longas pistas do mundo

Incansável na sua busca pela glória.

Despertando em Portugal um orgulho profundo, Quando alcançou no Olimpo a vitória.

Em cada maratona, um recorde a alcançar, Atenas, Los Angeles, Seul: fez-se história.

Nas pistas, um raio de Luz a brilhar

Na vida, uma heroína de eterna memória.

“Leituras para o bem-estar”

Beatriz Silva e Leonor Rosa Mota (1958 -)

Aristides Sousa Mendes

Em tempos de sombra e desvario

O cônsul de Bordéus ergueu-se divino

Pelos portões de Portugal, ele abriu o caminho

Ignorando as fronteiras, o medo e o desalinho

Com vistos em mão, esperança ele concedeu,

Promessas de socorro como fuga do terror.

Ilustração gerada por Inteligência Artificial (Copilot) a partir da seguinte prompt: “Peço uma ilustração do poema dedicado a Aristides de Sousa Mendes, com o estilo de Picasso”

Diana Penalva e Letícia

Joana Vasconcelos

Uma auréola que a cerca

Faz nascer cada instalação artística

Leva nos ventos a Alma de Portugal

E consigo traz património cultural.

Cada peça artística

É uma luz-clarão

Põe a nu

A mulher portuguesa.

Deixa emergir a sua voz

Ativa, combativa contra as injustiças diz

Não.

“Leituras para o bem-estar”
Catarina e Tiago

José Bonifácio Andrada e Silva

No livro pátrio dos heróis, teu nome é como um louvor foste ponte sobre o atlântico, Atravessaste-o sem nenhum pudor.

A descoberta do lítio, livre-arbítrio para os tempos futuros um novo líder político.

Reluz um grandioso exemplo, rigor imenso de um José Bonifácio, herói na sua trilha, e em cada palavra ressoa Pessoa.

Com denso respeito e admiração, sua memória brilha em meu coração.

Anna Karol, Rodrigo e Sandra

“Leituras para o bem-estar”

José Bonifácio Andrada e Silva (1763-1838)

Cesária Évora

Em cada verso sua história brilha

No calor da Morna, o coração aquece

Cantando saudade, saudade, saudade, a dor que se instala.

Aos palcos do mundo a voz

Foi levada pelo vento

Cesária, eco que flui

Orgulho de Cabo Verde!

Entre saudade e melodia triste

Enraizou a sua identidade

Cesária Évora: ó imortal poesia!

Deus a recebeu, mas a sua alma persiste.

Cesária Évora, a eterna diva dos pés descalços

Levitson

“Leituras para o bem-estar”

Nasceu na ilha da madeira

Para ser o melhor da terra inteira.

De uma família muito pobre

Um trajeto que ninguém esperou

Da floresta Laurissilva

O ramo mais verdejante despontou

Te entendemos como Laudatório

De uma nação ressurgida

Pelas suas tarefas empreendidas

Tomando-o como honorário

Tal como a Fénix renasce das cinzas

Tu, Ronaldo, renasceste, recuperaste a grandiosidade de Portugal!

Para as gerações vindouras

És Luz, farol inspiracional.

Guilherme e Xavier Ilustração do poema gerada por Inteligência Artificial

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