Lisboa 2020. Uma estratégia de Lisboa para a Região de Lisboa

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REGIÃO DE LISBOA (milhares)

PORTUGAL (milhares)

1 294,2

5 122,8

Quadros Superiores (na Adm. Pública e empresas)

144,6

458,8

Especialistas/Profissões científicas e intelectuais

185,1

434,5

Quadros Médios (profissionais de nível intermédio)

154,6

423,2

Pessoal Administrativo e similares

188,5

516,1

Pessoal dos Serviços e vendedores

189,6

676,5

Restantes trabalhadores qualificados e forças armadas

264,1

1 984,1

Trabalhadores não qualificados

167,9

629,6

PROFISSÃO População empregada (total)

Quadro 13 – População empregada segundo a profissão principal. Fonte: INE – Anuário Estatístico da Região de Lisboa; 2004

Numa visão sintética das tendências de evolução recente, constata-se a existência e persistência de: • Níveis de insucesso escolar elevados, resultantes da persistência do abandono escolar precoce e dos índices de permanência nos vários graus de ensino; • Níveis reduzidos de habilitação escolar da população empregada, bastante inferiores à média dos países da UE; • Níveis muito baixos de participação em acções de formação profissional, reflectindo um acesso limitado à aprendizagem ao longo da vida; • Dificuldades de reintegração no mercado de trabalho a partir de situações de desemprego e inactividade que atingem também pessoas dotadas de qualificações médias e superiores, confrontadas com a impossibilidade de nele validarem as competências escolares adquiridas; • Expansão dos segmentos de actividade e emprego informal condicionadores dos níveis de produtividade económica, com reflexos na pressão para as saídas precoces do sistema escolar e sobre os salários; • Atraso nos processos de reestruturação produtiva e de reconversão económica de diversos ramos de actividade que estruturam o modelo de especialização do emprego na Região de Lisboa, com consequências gravosas a prazo sobre a composição absoluta e qualitativa do contingente de desempregados; • Desadequada concertação entre as instituições do ensino superior e o sector empresarial;

• Mercado da formação desorganizado e instituições do sector burocratizadas; • Ensino profissional – e escolas profissionais em particular – não suficientemente apoiado nem reconhecido; • Baixa frequência de estudantes no ensino superior relativamente a outras regiões da Europa; • Desmotivação dos estudantes para frequentarem áreas tecnológicas vitais como as TIC’s (as taxas de insucesso no ensino superior, em áreas tecnológicas, são das mais elevadas da Europa).

A forte aposta financeira no sistema de formação/educação está longe de ter efeitos significativos, quer quantitativos, quer qualitativos, pois a região – embora seja a mais qualificada do país – perde, claramente, nas comparações internacionais. Deve apostar-se na melhoria efectiva da qualidade do capital humano como a principal alavanca de sustentabilidade da convergência económica do país no espaço europeu, o que obriga a um planeamento estratégico das actividades de formação profissional, em estreita ligação com o desenvolvimento da educação e as necessidades de mercado, visando concretizar acções sistemáticas de melhorias das qualificações e de aquisição de competências chave necessárias.

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