Os mundos em família

OS MUNDOS EM FAMÍLIA ou a expressão corporal para o lado dos dragões

»» de Adelaide Oliveira, Alda Mendes, Augusta Coutinho, Mónica Oliveira, Sílvia Pedroso e Tiago Miguel Perdigão Brites

Extremamente heterodoxo, o cadáver esquisito surrealista sobrevive ao suplício infligido pela roda infatigável do hábito e da rotina através do humor, da poesia e da imaginação, conciliando a expressão individual com a expressão colectiva numa síntese concreta onde os sinais maiores são a liberdade e o amor.

(Ernesto Sampaio)

Construímos este texto inspirados pelo jogo surrealista Cadavre Exquis (cadáver esquisito). Porque nos importou a surpresa, o imprevisível, o acidental, o acaso, a narrativa imagética e onírica, o insólito, o humorístico, o provocatório e a comunicação pela obra. Procuramos um processo criativo sem preocupação moral que eliminasse todo e qualquer controlo exercido pela razão. Queríamos uma criação colectiva onde por um lado existisse fragmentação e perda da unidade e por outro lado uma “mística de coincidências”.

Trabalho realizado na visita à exposição “Conexões Afro-Ibero-Americanas 2.01” e oficina da SUL - rede educativa no dia 3 de Abril de 2017 com o Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral da Fundação Calouste Gulbenkian.

A exposição esteve patente na sede da UCCLA de 21 de fevereiro a 7 de maio de 2017. 63 Artistas de 3 continentes - Cruzeiro Seixas, Mário Cesariny, Salvador Dalí, Pablo Picasso, Joan Miró, Malangatana, Wifredo Lam, Marcelo Grassmann, Fernando Botero, Eduardo Nery, Mito, entre tantos outros. Iniciativa da UCCLA e do Colectivo Multimédia Perve, com o apoio institucional da Câmara Municipal de Lisboa e do Museu Colecção Berardo.

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Se olharmos vemos vermelho, sangue a chorar. E as pessoas‌ (o azul) muitas pessoas a ver. Muito triste.

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conjunto das cores, maneira como pinta, pincelada, movimento.

O rosto a olhar um para o outro, rostos diferentes que se tornam iguais. Eu misturei os dragões.

O beijo foi efectuado na inter-relação dos dragões, dois papagaios com as patas unidas.

Uma famĂ­lia, muita gente.

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Os cães - há um jogo de animais fabuloso.

Ali não há censura do animal. Esculturas de animais que não víamos bem na rua, mas deveríamos contextualizar em nossas alegorias.

Queremos construir alguma coisa com aquilo que vimos. E nĂŁo podemos nada por causa dos corruptos e pĂŠrfidos que apanhamos nos trabalhos que fazemos.

Podemos conquistar outras coisas‌

Parecia que o pássaro estava escondido atrás de uma árvore.

A árvore, essa, era dourada. Se olharmos vemos vermelho, sangue a chorar. E as pessoas… (o azul) muitas pessoas a ver. Muito triste. O conjunto das cores, a maneira como pinta, a pincelada, o movimento. O rosto a olhar um para o outro, rostos diferentes que se tornam iguais. Eu misturei os dragões.

O beijo foi efectuado na inter-relação dos dragões, dois papagaios com as patas unidas.

Uma família, muita gente. Nunca tinha visto o que vi quando passei para cá. Os cães - há um jogo de animais fabuloso. Ali não há censura do animal.

Esculturas de animais que não víamos bem na rua, mas deveríamos contextualizar em nossas alegorias.

Queremos construir alguma coisa com aquilo que vimos. E não podemos nada por causa dos corruptos e pérfidos que apanhamos nos trabalhos que fazemos.

Podemos conquistar outras coisas…

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