Revista Viver Cassems - Edição 41

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ENTREVISTA

ANO 12 • NOVEMBRO 2022 • EDIÇÃO 41 Revista trimestral. Exemplar de beneficiário. Venda proibida. CASSEMS • CAIXA POSTAL 6520 • CEP 79.010-970 • CAMPO GRANDE • MS
Copa Saúde Cassems está de volta 56 É AGORA UMA REALIDADE EM MS TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA
Presidente Ricardo Ayache comenta o processo de retomada de ações de assistência, de prevenção e de melhorias na Cassems 44 INFORMATIVO

SERVIDOR CONQUISTA PÚBLICO COM A ASSINATURA DO

O objetivo do servidor público de Mato Grosso do Sul, há 22 anos, era construir um atendimento em saúde digno para a sua família. Fomos tão longe nesta busca, que hoje celebramos o sucesso na realização do procedimento mais complexo da medicina: o transplante de órgãos e tecidos, no caso, o primeiro transplante de medula óssea do Estado, realizado no Hospital Cassems de Campo Grande no dia 10 de agosto de 2022, um avanço imensurável para a saúde da região.

Imagine que, para algumas mães e pais, só era possível fazer tratamento longe de casa, em outro estado. E para alguns a esperança de se curar de um câncer estava bem distante. Agora, estas pessoas podem receber atendimento de qualidade e, mais do que isso, com o jeito Cassems de cuidar, unindo ciência, tecnologia de ponta e afeto, aqui mesmo, ao lado de sua rede de apoio.

Isso é ir além do que se sonhou, é ir além do possível. É dar o melhor de si por um propósito. E o maior propósito é cuidar bem da vida. É ter respeito pela

vida das pessoas e trabalhar com dedicação para que elas tenham por perto o melhor corpo médico, a melhor equipe assistencial, a melhor estrutura e a tecnologia mais avançada. Um investimento vultoso em desenvolvimento, que fez com que Mato Grosso do Sul se tornasse um dos poucos estados do Brasil aptos a realizar um transplante deste tipo.

O sucesso do procedimento enche de esperança e de alegria os corredores da unidade e de todos os hospitais do Estado. Cada profissional envolvido nesse processo de crescimento, em qualidade, em pesquisa, em união, carregará consigo para sempre a marca da participação em um evento histórico para a medicina sul-mato-grossense.

Esta conquista, que é de todos, é resultado dos investimentos em pesquisa e da busca constante por excelência, valores que fazem parte da construção da Cassems desde o seu início e que são a garantia de que amanhã será melhor do que hoje.

Uma conquista que tem a cara e a assinatura do servidor público!

EDITORIAL EDITORIAL
INFOPUBLI

CASSEMS CONECTADA CASSEMS CONECTADA

ROSEMEIRE ESTEVES CORUMBÁ-MS

Meu menino estava com crise de bronquite e fomos muito bem atendidos pela doutora Allana Karine, quanta atenção e dedicação ao paciente!

ESTER NUNES LIMA CAMPO GRANDE-MS

Venho em público louvar e agradecer ao Hospital Cassems de Campo Grande. Estive na UTI Geral do hospital por três dias, com monitoramento intensivo, e mais sete dias de internação. Apesar do grave problema de saúde que tive, superei e estou muito bem, graças à excelência do hospital de uma maneira geral e, em particular, aos doutores Helder Arco, Rita Pinheiro e Nayara, além dos demais profissionais que me ajudaram e do corpo de enfermagem, que com tanta competência me tratou. Me senti em um hospital de primeiro mundo. Agradeço também ao doutor Ricardo Ayache, grande responsável pela magnitude desse hospital.

LURDES APARECIDA DA SILVA COXIM-MS

Agradeço a Deus por cuidar tão bem de mim, agradeço a toda a equipe do Hospital Cassems, por tanto carinho e cuidado comigo, desde a limpeza até os médicos e a doutora Fabiana, que não mediu esforços para cuidar de mim. Deus abençoe a todos. Estou desde quinta-feira aqui e hoje vou para casa. Obrigada também a todos da minha família, que não mediu esforços com carinho e preocupação de mandarem mensagens.

ARCOS FLÁVIO DE MATOS BEZERRA CAMPO GRANDE-MS

Me chamo Marcos Flávio de Matos Bezerra, neto de Damazia de Matos Machado, que esteve internada aqui e veio a falecer. Quero deixar registrado o meu carinho, respeito e admiração por toda a equipe de enfermagem, médicos e ajudantes do 4º andar, que cuidaram dela com muito carinho, zelo e afeto. Toda passagem, doença ou morte é muito triste para toda a família, e quando temos esse suporte e acolhimento tudo muda. Agradeço demais e gostaria que esta mensagem chegasse a toda a equipe. Nosso muito obrigado por estarem conosco nesse momento e parabéns a todos pelo trabalho.

LÍVIA SILVA VIVEIS DE CARVALHO CAMPO GRANDE-MS

Eu, Lívia Silva Viveis de Carvalho, mãe da paciente Gabriela Viveis de Carvalho, que esteve internada do dia 20 ao dia 24 de abril de 2022, gostaria de prestar o meu apreço a toda a equipe do Hospital Cassems, especialmente às técnicas de enfermagem, enfermeiras, médicos do 5º andar e também aos nutricionistas. Sentimo-nos atendidas em todas as necessidades. Deixo um abraço especial para a Glória, da higienização, que esteve sempre atenta e cuidando do nosso quarto com muito amor.

CONHEÇA O ASA ANESTESIA

INFOPUBLI
Uma trajetória de connança, credibilidade e compromisso com a vida!

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA É AGORA UMA REALIDADE EM MS

O Hospital Cassems de Campo Grande é o primeiro do Estado a receber autorização para realizar o procedimento 36

Bem-estar Especialistas dão dicas de cuidados com a saúde no verão 12

10 // NESTA EDIÇÃO
NESTA EDIÇÃO

Nutrição

Nutricionista dá orientações sobre alimentação pósbariátrica e indica receita 24

Saúde infantil

Pediatra evidencia os benefícios e a importância do aleitamento materno 30

Mitos e verdades

Varíola dos macacos: médica da Cassems esclarece dúvidas sobre o assunto 18

Saúde Cassems

Saúde e a prática de esportes 50

Entrevista

Presidente Ricardo Ayache comenta o processo de retomada de ações de assistência, de prevenção e de melhorias na Cassems 44

Artigo

Priscilla Alexandrino fala sobre doenças emergentes e reemergentes 70

Informativo

Copa Saúde Cassems está de volta 56

Gestão participativa

Conheça Cristiane de Oliveira, membro do Conselho Gestor do Hospital Cassems de Campo Grande 74

Orgulho Cassems

Clementina Loureiro usa seu dom na costura para recriar fantasias e recebe sorrisos 76

Os anúncios da revista Viver Cassems independem da rede credenciada.

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Especialistas dão dicas de cuidados com a saúde na estação mais quente do ano

VERÃOAPROVEITE O

A chegada do verão exige atenção especial de cuidados com a saúde. Nesta estação, as temperaturas ficam elevadas, o sol fica mais forte, intenso, e a radiação ultravioleta atinge seus maiores índices. Por isso, quadros de desidratação, mal-estar, aumento de risco de câncer de pele, queimaduras de pele e casos de intoxicação alimentar podem se tornar problemas recorrentes.

Para aproveitar o melhor do verão, sem danos à saúde, especialistas dão algumas dicas.

12 // BEM-ESTAR BEM-ESTAR
TEXTO: Cidiana Pellegrin FOTO: Banco de Imagens

CUIDADOS COM A PELE

Frequentar piscinas, praias e clubes se torna recorrente nessa época, aumentando a nossa exposição ao sol. A dermatologista Vanessa Cervelin, conveniada da Cassems, explica que a situação exige cautela, pois pode gerar danos.

“Pode levar a queimaduras, ao envelhecimento, a manchas e, a longo prazo, ao aumento do risco de câncer de pele. A radiação causa alterações celulares cumulativas, podendo se manifestar anos ou décadas depois”, alerta a médica.

Idosos e crianças são dois grupos que necessitam de atenção redobrada nesse período. A pele de ambos é mais sensível, sendo mais suscetível a alergias e à queimadura solar. “Além disso, os cânceres de pele são mais comuns na pessoa idosa, pelo efeito cumulativo da radiação e pela diminuição de mecanismos naturais de combate às células cancerígenas”, complementa.

De forma geral, é importante evitar a permanência no sol durante os horários de maior intensidade, ou seja, entre 10h e 16h. E crianças menores de 6 meses não devem ficar expostas ao sol, pelo risco de queimaduras e desidratação.

Para se proteger dos raios solares, o uso de filtro solar também é imprescindível. O produto deve ser aplicado diariamente, durante todo o ano, mas no verão a recomendação dos especialistas é que a sua utilização seja intensificada. Bloqueadores físicos, como chapéus e roupas com proteção UV, também são uma estratégia complementar de proteção para momentos de exposição prolongada.

“O fator de proteção deve ser sempre a partir de 30, mas, para peles mais claras, com manchas, são recomendados fatores mais altos, que podem chegar até a FPS 99. Além disso, filtros com cor são bons recursos para proporcionar proteção adicional, principalmente contra as radiações infravermelhas e luz visível”, informa.

A profissional também chama a atenção para a necessidade de reaplicação do produto, um procedimento muitas vezes esquecido pelo usuário. Além disso, ela destaca que o uso do protetor não é o único hábito a ser reforçado na estação mais quente do ano. A hidratação da pele também não pode ser deixada de lado.

“Mesmo com temperaturas mais quentes e clima mais úmido, a pele deve ser hidratada. Nesse período, podemos optar por produtos mais leves e fluidos, como séruns e loções. Pessoas que utilizam ácidos, principalmente para acnes e manchas, devem ter cuidados redobrados, já que grande parte desses produtos é fotossensibilizante, ou seja, deixa a pele mais sensível ao sol”, explica a médica.

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PRÁTICA DE ESPORTES

O verão favorece a procura pela prática de atividade física, mas também exige hábitos adequados para que o clima quente não traga prejuízos ou mal-estar durante o treino.

Segundo o coordenador de Educação Física da Cassems, Nakal Laurenço, é ideal que se busque fazer exercício físico em ambientes que proporcionem ar fresco. Locais que ofereçam o contato com a natureza, como parques públicos, podem ser usados para caminhada, corrida e passeios a pé ou de bicicleta. Os melhores horários são no início da manhã e no fim da tarde.

Nakal explica que, quando nos exercitamos, há dois aspectos ligados ao excesso de calor que precisam ser considerados: a intensidade do exercício e a elevação da temperatura ambiente. “A junção destes dois fatores faz com que o corpo comece a aumentar a sudorese [liberação de suor], desidra-

tando-o. Oriento que se evite o hábito de enxugar o suor. O ideal é que ele evapore, ajudando no controle do calor corporal”, destaca.

No caso de atividades ao ar livre, há a necessidade de uso de protetor solar, óculos e boné, diminuindo assim a ação solar na pele e na visão. Vestimentas leves, de preferência com proteção UV, também são indicadas, bem como roupas claras, uma vez que tons escuros absorvem mais calor. Tênis com bom amortecimento, para dar conforto aos pés e diminuir os riscos de lesão, é mais uma sugestão de Nakal. Também não se deve esquecer a garrafinha com água, para se manter hidratado.

“Procure um profissional de Educação Física de sua confiança. Ele o direcionará para a atividade física que lhe favoreça”, aconselha o coordenador de Educação Física da Cassems.

14 // BEM-ESTAR BEM-ESTAR

NUTRIÇÃO ADEQUADA

No verão, perdemos mais líquidos em virtude da transpiração, por isso, redobrar a atenção com a hidratação é um ponto-chave, segundo a nutricionista da Cassems Renata Loureiro.

“A água é insubstituível. Precisamos de pelo menos 2 litros diariamente. Uma de suas funções é o controle eletrolítico, de levar as vitaminas e os minerais para diversas áreas do corpo. Há vitaminas que só têm absorção através da água, por isso ela é extremamente importante”, explica.

Outra recomendação para esse período é o consumo de frutas, pelo menos 5 porções, e sucos naturais, como estratégia de introdução de vitaminas e minerais nessa época do ano. Muitas são refrescantes e ricas em água, como a laranja, a melancia, o melão e a uva, beneficiando a nutrição. Água de coco e chás podem ser usados como um recurso adicional à água livre, aumentando o potencial de hidratação.

No quesito alimentação, a profissional recomenda evitar frituras e refeições ricas em gordura saturada, uma vez que pratos com essas características também costumam afetar a digestão, deixando o processo mais lento e desencadeando mal-estar e fadiga. Por isso, optar por uma alimentação mais leve e variada, priorizando legumes e verduras, é importante para se ter uma vida mais equilibrada e saudável.

Com as altas temperaturas, a proliferação de bactérias nos alimentos aumenta, e as chances de contaminação cruzada e infecção alimentar também se tornam maiores, o que pode gerar desconfortos gastrointestinais. Por isso, Renata recomenda evitar consumir fora de casa alimentos que demandam boa higienização, como as saladas. “É importante tomar cuidado e não comer em qualquer lugar, para não ter o risco de sofrer com essas consequências”, finaliza a nutricionista.

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INFOPUBLI

MACACOS VARÍOLA DOS

A pandemia de Covid-19 ainda não terminou e o mundo já se depara com outra enfermidade, que cresce exponencialmente: a varíola dos macacos. No fim de julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a doença como emergência de saúde pública internacional.

Também conhecida como monkeypox, nome do vírus do gênero Orthopoxvirus e da família Poxviridae, a doença é considerada uma zoonose, de origem animal, transmitida para humanos.

De acordo com o Ministério da Saúde, a transmissão entre humanos acontece por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos e superfícies contaminados.

Febre e erupção cutânea pelo corpo (bolhas e úlceras), incluindo as áreas genitais, são os principais sinais. Mas os infectados também podem sofrer com calafrios, dor nas costas, dores musculares, falta de energia e inchaço em pequenas glândulas, geralmente em regiões próximas ao pescoço. A incubação do vírus oscila entre 5 e 21 dias, e o período de transmissão cessa após o desaparecimento das crostas das lesões e o restabelecimento da pele íntegra.

Ainda pouco conhecida pela população e já com mais de 3 mil casos espalhados pelo País, a doença desperta dúvidas e questionamentos. Confira alguns mitos e verdades sobre o assunto.

18 // MITOS E VERDADES TEXTO: Cidiana Pellegrin FOTO: Banco de Imagens MITOS E VERDADES
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MITO

Monkeypox é transmitida pelomacaco

MITO. Apesar do nome, os primatas não-humanos não são os reservatórios do vírus. Quando descrita pela primeira vez, a doença foi observada em macacos, por isso a associação com esse animal. As linhas de pesquisa sugerem que roedores silvestres são os responsáveis por carregar o vírus.

Segundo a médica infectologista Priscilla Alexandrino, “a OMS tem estudado mudar o nome da doença para não ficar com a conotação de que esses animais transmitem a monkeypox. O que se sabe é que a doença é causada por um vírus que sofreu mutações e agora está adaptado ao ser humano”.

MITO

É transmissível como a Covid-19

MITO. Apesar de contagioso, o vírus atual não possui tanta transmissibilidade quanto a Covid-19, nem o mesmo efeito letal.

MITO

As lesões da monkeypox são iguais às da

catapora

MITO. Priscilla Alexandrino explica que, no caso da catapora, a pele da pessoa infectada possui lesões diferentes entre si. “E na monkeypox não é assim, todas as lesões estão no mesmo estágio de desenvolvimento. Por exemplo, todas estão só vermelhinhas, só bolhosas ou vão estar só crostosas, só com a casquinha”, explica. Vale ressaltar que as doenças são causadas por vírus distintos.

VERDADE

Pode ser confundida comoutrasdoenças

VERDADE. A monkeypox pode ser confundida com a catapora, por exemplo. As sociedades brasileiras de Urologia e de Infectologia, inclusive, divulgaram uma nota única alertando que “o quadro clínico pode se assemelhar ao de outras afecções, como infecções sexualmente transmissíveis e dermatoses”.

MITO

Monkeypox pode ser transmitida por meio do ato sexual

MITO. A transmissão da doença pode ocorrer durante a relação sexual, pois se trata de um momento em que as pessoas têm contato físico, e por meio de gotículas respiratórias, como as da saliva, por exemplo. Segundo a Fiocruz, até o mês de setembro de 2022 não havia comprovações de que o sêmen ou fluídos vaginais fossem capazes de infectar.

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MITOS E VERDADES MITOS E VERDADES

VERDADE VERDADE

Homens são os mais infectadospelamonkeypox

VERDADE. Segundo a OMS, a maioria dos casos identificados é no público masculino, geralmente entre homens que fazem sexo com homens. Porém, também há ocorrências da enfermidade em mulheres, mas em menor número.

VERDADE

Crianças podem pegar a doença

VERDADE. A forma de transmissão é a mesma que a de adultos. Recém-nascidos, assim como crianças de até 8 anos, gestantes, pessoas com sistema imune comprometido ou que já sofrem com alguma enfermidade na pele têm maior risco de sintomas graves e até mesmo de ir a óbito.

Épossívelprevenir

VERDADE. De acordo com a infectologista, “a utilização de máscara, a higiene frequente das mãos, a utilização do álcool 70%, evitar compartilhar toalhas e objetos pessoais que possam ter encostado em lesões de pessoas que você não conhece” são as principais medidas.

MITO

MITO

Há tratamento para a monkeypox

MITO. De acordo com o Ministério da Saúde, até setembro de 2022, “não se dispõe de medicamento aprovado especificamente para monkeypox”. Segundo a Organização Mundial da Saúde, é possível obter assistência terapêutica apenas para o alívio dos sintomas, que, na maioria dos casos, desaparecem por conta própria.

Ainda não existe vacina

MITO. Há vacinas aprovadas pelas agências regulatórias dos EUA, da Europa e do Canadá que seriam administradas visando ao controle e à contenção da doença. De acordo com a OMS, a disponibilidade do imunizante ainda é baixa. O Brasil já iniciou tratativas para importação do produto.

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INFOPUBLI

Nutricionista dá orientações sobre cuidados com a alimentação depois da cirurgia bariátrica

PÓS-BARIÁTRICAALIMENTAÇÃO

NUTRIÇÃO TEXTO: Cidiana Pellegrin FOTO: Banco de Imagens NUTRIÇÃO

A cirurgia bariátrica provoca grandes transformações no metabolismo de quem passa pelo procedimento. Diante das diversas mudanças fisiológicas e anatômicas, os especialistas consideram que o paciente ganha uma nova vida após a operação.

Chamado popularmente de redução de estômago, esse método tem sido indicado a pessoas que sofrem com a obesidade e que não conseguiram resultados com outros tratamentos que previam, por exemplo, mudança de estilo de vida, dieta alimentar e terapia com fármacos.

Além da perda de peso, a técnica pode controlar e até eliminar dezenas de enfermidades, como explica a nutricionista especialista em obesidade e cirurgia bariátrica da Cassems Laurinete Delalata.

PÓS-BARIÁTRICA

NUTRIÇÃO NUTRIÇÃO 26 // RECEITA: FRICASSÊ DE FRANGO PARA BARIÁTRICO COM 30 DIAS DE PÓS-OPERATÓRIO

“Diversos estudos demonstram os benefícios da cirurgia por seu potencial de reduzir o risco de infarto e derrame, com isso, também caem pela metade os índices de mortalidade cardiovascular nessa população. O procedimento melhora ou controla cerca de 30 doenças relacionadas à obesidade, como diabetes tipo 2 e hipertensão arterial, segundo pesquisas nos últimos dez anos”, revela. Ainda de acordo com a profissional, há evidências que mostram que a cirurgia reduz em 60% o risco de desenvolvimento de câncer, em 85% a apneia obstrutiva do sono e em 56% o risco de desenvolver doença arterial coronariana.

No pós-operatório, existem diferentes etapas para o paciente: a dieta líquida restrita, a dieta pastosa e a dieta branda – em que se pode comer alimentos cozidos. Laurinete explica que nesse período é importante trabalhar a mastigação. “A seleção dos alimentos deve ser orientada por um nutricionista, pois a quantidade de comida ingerida torna-se menor e por este motivo é importante priorizar os alimentos mais nutritivos, fontes de proteínas e ferro”, orienta.

No início, a quantidade de alimento é restritamente calculada e todas as fases devem ser seguidas confor-

me a orientação da equipe que acompanha o paciente, para evitar complicações. Passado o período de 30 dias, o paciente entra na fase em que poderá alimentar-se normalmente, uma mudança gradual e que possui individualidades.

Laurinete esclarece que a escolha de alimentos é um cuidado essencial, uma vez que a quantidade ingerida é pequena. “Com orientação, o paciente precisa identificar quais alimentos vão trazer mais conforto, satisfação e qualidade nutricional. Ele deve lembrar a importância de uma alimentação completa, com carnes, leites e derivados [com baixo teor de gordura], frutas, vegetais e grãos. A evolução nutricional pode variar muito de um paciente para o outro, dependendo da tolerância individual. Aqueles que não reaprendem o processo de mastigação podem sentir dor e desconforto, dependendo do alimento utilizado”, esclarece.

Para o paciente bariátrico, a suplementação de polivitamínicos e minerais é um recurso fundamental para a sua saúde, pois, com as mudanças fisiológicas, o metabolismo passa a não conseguir absorver totalmente os nutrientes dos alimentos. A definição de quais ingerir, bem como a proporção, é prescrita pelo nutricionista.

Ingredientes

100 g de carne de frango desfiada;

1/2 dente de alho amassado;

1 fatia de cebola ralada;

2 colheres de molho de tomate natural; Sal e cheiro-verde a gosto;

1 colher de creme de ricota zero lactose (se for intolerante) e zero gordura.

Modo de preparo

Em uma frigideira, coloque o frango, a cebola e o alho e refogue-os com água. Sempre que a água secar, acrescente mais um pouco. Quando a cebola e o alho estiverem bem cozidos, acrescente a passata (se precisar, coloque mais água). Quando tudo estiver cozido, desligue e acrescente o creme de ricota. Sirva quente e, se preferir, acrescente queijo branco tipo ricota.

NUTRIÇÃO

De acordo com o Núcleo de Saúde Alimentar da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, a proteína está entre as maiores necessidades após o procedimento. Por isso, é importante que sejam adotadas estratégias alimentares e combinados de suplementação que unam alto valor nutritivo e fácil digestibilidade e sejam atrativas ao paciente.

Além do rigor de cuidados na fase pós-operatória, o sucesso do procedimento cirúrgico depende também da disciplina e do comprometimento do paciente, por isso, sedentarismo e má alimentação devem ser abandonados. É recomendado evitar comprar alimentos industrializados e ricos em gordura, doces, frituras e refrigerantes. Bebidas alcoólicas até podem ser consumidas, mas em ocasiões especiais e sempre com muita moderação.

“A cirurgia é uma ferramenta para auxiliar na redução sustentada de peso e precisa ser encarada como uma etapa nesse processo. Não importa a técnica utilizada, o paciente bariátrico deverá ser acompanhado por uma equipe multiprofissional e deverá fazer a reposição de vitaminas e de sais minerais por toda a vida”, finaliza Laurinete.

CASSEMS EM AÇÃO

Em agosto, o programa de prevenção Cozinha Experimental da Cassems contou com aulas de culinária saudável para beneficiários pós-bariátricos em acompanhamento social. A ação ofereceu um incentivo à reeducação alimentar e contribuiu para a qualidade de vida desse público.

Para mostrar que a alimentação pode ser

saudável, simples e saborosa, a nutricionista Renata Loureiro ensinou quatro receitas: um caldo de abóbora com frango desfiado e quinoa; ossobuco com mandioca; bolo proteico à base de banana, tâmara, aveia, pasta de amendoim e chocolate 70%; e um suco proteico. Após o encontro, os beneficiários participantes também puderam experimentar os pratos.

NUTRIÇÃO

ALIMENTO

30 // SAÚDE INFANTIL TEXTO: Natália Peltz FOTO: Banco de Imagens
SAÚDE INFANTIL
VITAL

Mais do que o ato de nutrir, especialistas explicam os benefícios do aleitamento materno para o desenvolvimento da criança

Diante dos inúmeros benefícios, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que bebês sejam amamentados exclusivamente com leite materno durante os primeiros seis meses de vida, para um crescimento e desenvolvimento saudável. Depois desse período, as crianças devem receber uma alimentação complementar adequada e podem continuar a serem amamentadas até dois anos de idade ou mais.

Amamentar representa cuidado, carinho e afeto, uma conexão que desperta na criança mais confiança e fortalece o vínculo familiar.

Porém, algumas mulheres não têm acesso a essas informações e sentem dificuldade ao amamentar, conforme explica a pediatra da Cassems Jheth Jeanne Mundim.

“Toda mulher que vai se tornar mãe precisa saber que qualquer mulher é capaz de amamentar, independentemente do tamanho do seu seio ou do tipo do bico, e não é necessário fazer nenhum preparo de mamas para isso. Mas, se ela tiver dificuldade nesse processo, é importante que ela busque ajuda logo no início da amamentação”, esclarece a profissional.

A melhor indicação é amamentar logo após o nascimento do bebê, já que isso traz uma série de benefícios para a mãe e também para o recém-nascido.

“Amamentar na primeira hora de vida do bebê, além de aumentar o vínculo entre mãe e filho, ajuda a evitar hemorragia materna nesse pós-parto imediato. Ainda, o leite materno é rico em probióticos, que são bactérias benéficas, já contribuindo para a colonização do intes-

tino do bebê, o que é importante para a sua saúde em geral. E nesse momento já ocorre também a transmissão dos primeiros anticorpos da mãe para o bebê, ajudando a fortalecer sua imunidade”, detalha a médica.

Já no caso da mãe, a especialista esclarece que amamentar a protege contra algumas doenças, como o câncer de ovário e endométrio e diabetes tipo II, além de contribuir para a melhora da saúde da mulher de forma geral.

A especialista reforça também que é preciso quebrar tabus do suposto “leite fraco” e fala sobre a questão do ingurgitamento mamário.

“O ingurgitamento mamário é muito comum, e a prevenção é não deixar o leite acumular nas mamas. Para isso, a gente estimula que a amamentação seja sempre por livre demanda, que é deixar o bebê mamar sempre que ele quiser, e no caso de o bebê não conseguir esvaziar a mama, principalmente nos primeiros dias, ou de a mulher sentir o seio mais endurecido, empedrado, o ideal é que seja realizada a extração do leite para evitar o ingurgitamento e possível mastite”, pontua.

A livre demanda, conforme a pediatra Jheth, é a melhor opção.

“Para saber se o bebê está mamando a quantidade necessária, o melhor é não estabelecer horário nem tempo para as mamadas, e sim deixar que ele mame conforme solicite; também é importante ficar de olho na diurese, o tanto de xixi que ele faz, se está clarinho, sem cheiro forte, e acompanhar o ganho de peso nas consultas de rotina com o pediatra”, orienta.

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Alimento padrão ouro, assim é considerado o leite materno para os recém-nascidos

BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO PARA

O BEBÊ

Fortalece o sistema imunológico, prevenindo doenças e infecções, como as respiratórias, urinárias e de ouvido;

Reduz a ocorrência de distúrbios intestinais, como diarreias e constipação;

Favorece a acuidade visual;

Contribui para o melhor desenvolvimento neurológico e intelectual;

Favorece o desenvolvimento orofacial, pois o ato de sucção fortalece os músculos faciais;

Reduz o risco de desenvolver obesidade, diabetes, hipertensão e síndromes metabólicas na vida adulta.

INFANTIL SAÚDE
SAÚDE
INFANTIL
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AÇÕES CASSEMS

No mês dedicado à conscientização sobre a importância do aleitamento materno, a Caixa de Assistência dos Servidores (Cassems) promoveu o #MamaçoCassems, no dia 13 de agosto. A ação teve o objetivo de facilitar o diálogo sobre os desafios do aleitamento materno entre mulheres que estão amamentando e especialistas como enfermeiras, médicas pediatras e neonatologistas.

Na ocasião, a enfermeira obstetra neonatologista e especialista em amamentação Juliana Rodrigues Reis explicou o porquê de o leite materno ser considerado a “primeira vacina” do bebê.

“O leite materno supre toda a necessidade do bebê,

pois contém tudo o que ele precisa. A gente fala que é a ‘primeira vacina’, então, tudo o que a mãe teve contato esse bebê vai receber e vai fazer diferença na vida dessa criança até a vida adulta”.

Além disso, a coordenadora de Nutrição da Cassems, Eliane Aguiar Dias, destacou que, na fase da lactação, as mães devem privilegiar a alimentação equilibrada e variada, dando preferência a alimentos frescos.

“O leite materno é o melhor alimento para o bebê. Então, a orientação para as mães é adotar uma alimentação saudável, investindo em uma variedade de frutas, legumes e verduras. Uma alta restrição alimentar não faz bem para o bebê”, finaliza.

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O leite materno supre toda a necessidade do bebê, pois contém tudo o que ele precisa

TRANSPLANTE DE É AGORA UMA REALIDADE EM MATO GROSSO DO

MEDULA ÓSSEA

36 // CAPA TEXTO: Tathiane Panziera FOTOS: Messias Ferreira CAPA
O Hospital Cassems de Campo Grande é o primeiro do Estado a receber autorização para a realização do transplante de medula
SUL

A Cassems deu mais um passo na luta contra o câncer ao realizar, em agosto de 2022, o 1º transplante de medula óssea de Mato Grosso do Sul. Um avanço para a saúde e um marco na história do Estado comemorado não só pela Caixa de Assistência dos Servidores, mas por inúmeras famílias que precisariam se deslocar para realizar o procedimento em outras regiões do País.

O primeiro procedimento de alta complexidade médica foi realizado no dia 10 de agosto, por uma equipe multidisciplinar do Hospital Cassems de Campo Grande, quase 18 meses depois de a Cassems apresentar o projeto de transplante de medula óssea à Comissão Intergestores Bipartite (CIB), em janeiro de 2021. Em julho deste ano, a unidade hospitalar recebeu autorização do Ministério da Saúde para realizar o procedimento.

A autorização já representava uma evolução no tratamento oncológico oferecido em Mato Grosso do Sul, mas a realização foi coroada com o primeiro e bem-sucedido transplante de medula óssea. A confirmação veio em menos de 14 dias após o procedimento, o que para o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, foi motivo de muita emoção

e comemoração em toda a Rede Cassems.

“Foi um dia marcante, em que entramos para a história. Imagine quanta gente morreu sem ter a chance de fazer esse procedimento aqui no Estado. E agora, graças ao empenho da equipe do Hospital Cassems de Campo Grande, podemos entregar essa assistência à saúde de qualidade e humanizada para a população, e com sucesso”, frisa Ayache.

A equipe médica multidisciplinar celebrou, no dia 22 de agosto, a realização e o sucesso do procedimento, com direito a todos os itens de uma festa de aniversário, com balões, plumas e paetês colorindo a área da oncologia para anunciar a “pega” da medula óssea.

Afinal, naquele dia era celebrado o renascimento do paciente, que está em tratamento oncológico há cerca de dois anos para combater um mieloma múltiplo, uma alteração de células do sistema imune que provoca disfunção na resposta imunológica produzindo anticorpos defeituosos. A quimioterapia e o transplante de medula óssea são as formas de tratamento indicadas para esse tipo de câncer.

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Segundo a médica hematologista da Rede Amo do plano de saúde e responsável técnica pelo transplante de medula óssea do Hospital Cassems de Campo Grande, Soraia Romanini, a realização do procedimento médico de alta complexidade na cidade ou estado de origem possibilita maior qualidade no tratamento, já que traz conforto para o paciente e toda sua rede de apoio.

O que surtiu um efeito positivo e o paciente recebeu alta 15 dias depois de realizar o procedimento. A alta foi anunciada pela responsável técnica pelo transplante de medula óssea, que não escondia a emoção pela conquista. “Nós estamos muito felizes por ele ter completado essa primeira etapa tão importante do transplante”, celebrou.

A AVALIAÇÃO MÉDICA

O médico oncologista pediátrico e hematologista da Rede Amo da Cassems Renato Yamada, integrante da equipe multidisciplinar que realizou o primeiro transplante de medula óssea, explica que todo o procedimento foi realizado no Hospital Cassems de Campo Grande. “O que inclui desde a avaliação inicial do paciente até a coleta de célula-tronco e criopreservação, preparação para o transplante [condicionamento] e infusão de células-tronco”, destaca Yamada.

Segundo o médico hematologista, a equipe da unidade hospitalar está preparada para oferecer a qualidade que o procedimento médico de alta complexidade precisa. “São procedimentos múltiplos e complexos, realizados em regime hospitalar porque necessitam de infraestrutura e equipe de especialistas capacitados e treinados para que ocorram com segurança”.

Renato Yamada ressalta ainda que os pacientes com doenças onco-hematológicas com indicação de transplante de medula óssea são encaminhados pelo médico assistente para a equipe de transplante. É nessa etapa em que é realizada a primeira avaliação da doença e do status clínico do paciente pela equipe médica e multidisciplinar. “Sendo o paciente elegível ao transplante de medula óssea, inicia-se então o seguimento ambulatorial e a realização de exames laboratoriais e de imagem [avaliação pré-transplante]. Não havendo contraindicações e o paciente estando em condições de realizar o procedimento, inicia-se a preparação para o transplante”, esclarece o médico hematologista.

São considerados aptos a realizar o transplante de medula óssea os pacientes que apresentam um bom estado clínico geral, ausência de piora súbita da doença de base, ausência de comorbidades graves que impeçam o transplante e ter menos de 70 anos.

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O TRANSPLANTE

Segundo o Instituto Nacional de Câncer, o transplante de medula óssea é um procedimento rápido, leva em média 2 horas, e funciona como uma transfusão de sangue. O Instituto ressalta também que existem dois tipos de transplante de medula óssea. Um deles é o alogênico, realizado entre duas pessoas que possuem compatibilidade do material sanguíneo. Em geral, a primeira opção é sempre pela medula de um irmão.

O outro tipo de transplante, que é o que está sendo realizado no Hospital Cassems de Campo Grande, é o autólogo. Esse procedimento é, atualmente, o mais realizado. No transplante autólogo, as células precursoras da medula óssea provêm do próprio indivíduo transplantado (receptor). Conforme a médica hematologista da Rede Amo da Cassems, Soraia Romanini, o procedimento é constituído de fases e por isso não existe um ato cirúrgico.

“No transplante autólogo, o paciente tem a me-

dula coletada e ela vai servir como uma espécie de backup. O paciente é condicionado, ou seja, recebe medicações para aumentar o número de células hematopoiéticas, aquelas com potencial para dar origem a todos os tipos de células sanguíneas. Depois da coleta, as células são congeladas e o paciente passa por uma quimioterapia muito agressiva, que vai tratar efetivamente o câncer”, explica Romanini.

A médica hematologista pontua que depois da quimioterapia o paciente recebe a própria medula congelada para voltar a repovoar a medula óssea e ter novamente uma medula óssea em funcionamento. Romanini ressalta que é preciso esperar, em média, 14 dias para saber o resultado do procedimento médico. “É o tempo para que a medula óssea ‘pegue’, isto é, para que ela volte a funcionar plenamente. Durante esse período, o paciente fica em um processo de extrema vulnerabilidade do sistema imunológico e sob cuidados da equipe multidisciplinar”.

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NÚMEROS

O transplante de medula óssea autólogo é um dos mais recorrentes no País. De acordo com dados do Registro Brasileiro de Transplantes, divulgado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, entre janeiro e junho de 2022, foram realizados 1.802 transplantes de medula óssea, sendo 1.152 do tipo autólogo e 650 do tipo alogênico.

Avaliando o cenário nacional, no primeiro semestre deste ano, o estado de São Paulo lidera o ranking, com 851 transplantes, e deste total 499 foram do tipo autólogo e 352 do tipo alogênico. Em seguida, vem o estado do Paraná, com 176 procedimentos médicos de alta complexidade, 101 deles do tipo autólogo e 75 alogênico. E o Rio Grande do Sul fica na terceira posição, com 157 transplantes

realizados, sendo 117 do tipo autólogo e 40 alogênico. De acordo com o médico hematologista da Rede Amo Cassems Renato Yamada, os indicadores nacionais alimentaram o desejo, tanto da diretoria da Cassems quanto da equipe médica disciplinar, de levar o tratamento para o maior número de pessoas em Mato Grosso do Sul que necessitem do procedimento. “Era um dos desejos apontados desde o nascimento do projeto de transplante de medula óssea no Hospital Cassems de Campo Grande. Visto que todos os casos que necessitam de transplante, tanto do sistema privado quanto do público, são encaminhados para outros estados. Para que esta maior abrangência fosse possível, era necessário também contemplar o paciente do SUS”, argumenta Yamada.

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Além de representar um pioneirismo em Mato Grosso do Sul, a realização do transplante de medula óssea é a conquista de um sonho dos beneficiários da Cassems, serviço que beneficiará diretamente os servidores do Estado e seus familiares, com um grupo especializado de hematologistas e oncologistas da Rede Própria.

Esta vitória será também estendia aos pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado. O que, nas palavras do presidente da Caixa de Assistência dos Servidores, Ricardo Ayache, é “uma conquista que tem a assinatura dos servidores públicos estaduais”.

Mas, para a habilitação tornar-se realidade e Mato Grosso do Sul ser autorizado a realizar o transplante de medula óssea, a unidade hospitalar teve de cumprir uma série de processos requisitados pelo Ministério da Saúde. O diretor técnico do Hospital Cassems de Campo Grande, Marcos Bonilha,

explica que o processo envolveu atender demandas administrativas, assistenciais e de laboratório solicitadas pelo Ministério da Saúde.

“O hospital cumpriu todos os passos que o Ministério da Saúde determinou e, por fim, recebemos a visita dos representantes do Ministério para avaliar in loco o cumprimento de todas as exigências. E o resultado é que a unidade hospitalar foi habilitada e já realizou o primeiro procedimento”.

Entre as implementações para que os transplantes de medula óssea fossem realizados com segurança, aumentando as chances de quem precisa do procedimento, estão o funcionamento de uma agência transfusional na unidade, que supre a necessidade de componentes sanguíneos de toda a rede Cassems; melhorias no setor de internação, onde são acomodados os pacientes, e nos ambulatórios; além da reestruturação da equipe, que oferece tratamento humanizado aos pacientes e agora é multidisciplinar.

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O hospital cumpriu todos os passos que o Ministério da Saúde determinou, e o resultado é que a unidade hospitalarfoi habilitada e já realizou o primeiro procedimento CONQUISTA PARA A SAÚDE

REDE AMO CASSEMS

O tratamento oncológico é uma especialidade médica importante para a Cassems, um compromisso do plano de saúde para o combate ao câncer. A implantação e a realização do primeiro transplante de medula óssea representam mais uma inovação do plano de saúde, a qual vem para contribuir com a Rede Amo, uma linha de cuidados da Cassems que oferece atendimento individualizado, humanizado e multidisciplinar, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do paciente em tratamento oncológico.

E agora é uma realidade entre as especialidades oferecidas pela Rede Amo, que incluem oncologia clínica, oncologia cirúrgica, quimioterapia e imunoterapia, radioterapia, hormonioterapia e aconselhamento genético.

Para ser abrangente, os hospitais da Rede Cassems dos municípios de Campo Grande, Corumbá, Dourados, Nova Andradina, Ponta Porã e Três Lagoas já receberam a Rede Amo.

Para ter acesso à rede de atendimento, os beneficiários da Cassems podem entrar em contato pelo telefone: (67) 3309-5429. E para mais informações sobre o serviço e profissionais, acesse o site da Rede Amo: redeamo.cassems.com.br.

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RICARDO AYACHE

Gustavo de Deus FOTO: Marcos Vollkopf

O presidente da Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul explica que, após dois anos de investimentos e esforços direcionados ao combate à pandemia de Covid-19, a Cassems retoma, aos poucos, ações de assistência à saúde, de prevenção e de melhorias em suas estruturas.

ENTREVISTA
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TEXTO:
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"Realizar o primeiro transplante de medula do Estado é uma vitória com a assinatura de todos os servidores públicos de MS"

1Ricardo, um dos mais importantes programas de assistência à saúde da Cassems completa nove anos de atuação neste ano. Conte para nós como foi a criação do Cassems Itinerante e qual a importância dele para os mais de 200 mil beneficiários da Caixa de Assistência dos Servidores, principalmente os que residem no interior?

A importância desse programa é justamente levar assistência em saúde para a população do interior do Estado. À época da criação do programa, existia um imenso debate sobre as dificuldades que essas pessoas que residiam em cidades longe dos grandes centros tinham para ter acesso a atendimento médico. Hoje, a realidade não é muito diferente do que há nove anos, e sabemos o quanto o interior sofre com a ausência de profissionais especialistas. Então, esse é o objetivo do programa, levar medicina especializada aos locais com maior carência nesse tipo de serviço. O grupo de profissionais que estão com a gente nessa ação é diferenciado, entende a necessidade de levar acolhimento a essa população e, sobretudo, tem esperança de minimizar essas dificuldades que encontramos no interior. Nós mapeamos as necessidades de cada município para criarmos um calendário que é divulgado com antecedência aos nossos beneficiários. Na primeira viagem do programa, nós levamos reumatologia aos municípios mais necessitados dessa especialidade, à época. Atualmente, temos médicos especialistas em Psiquiatria, Endocrinologia, Dermatologia, Ginecologia, Pediatria, Cardiologia, Neurologia e Geriatria participando do programa. Em nove anos de atuação, o Cassems Itinerante realizou mais de 52 mil atendimentos nos quatro cantos de Mato Grosso do Sul.

2A Cassems sempre teve como meta o investimento em prevenção, seja por meio de programas, seja por meio de incentivo à prática esportiva. Em virtude da pandemia de Covid-19, alguns eventos não puderam acontecer, como a Copa Cassems, um dos mais tradicionais campeonatos de futebol amador do Estado, que volta neste ano. Como é poder compartilharcomosservidores públicosaretomadadessasatividades, que visam promover a saúdeeaqualidadedevida?

É muito satisfatório ter a Copa Cassems de volta. Esta edição é a 13ª, e este é considerado o maior campeonato de servidores públicos de Mato Grosso do Sul e, como apontado por você, um dos mais tradicionais. Criamos a Copa em 2008, com o claro objetivo de melhorar a qualidade de vida dos servidores públicos por meio da prática esportiva, além de promover a confraternização e a integração entre servidores de diversos órgãos públicos. Para se ter ideia do tamanho do campeonato hoje, na primeira edição, tivemos nove times disputando e, na última edição, realizada em 2019, foram 29 equipes. Então, após dois anos sem poder realizar a Copa Cassems por causa da pandemia, é muito bom ter essa alegria de ver os servidores contentes com a volta do campeonato e envolvidos com a prática esportiva que, junto de uma alimentação saudável, é a melhor forma de melhorar a qualidade de vida e promover a saúde.

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ACassemspossuiumavasta rede hospitalar própria, espalhada de forma estratégica pelo Estado. Além de construir 10 hospitais nas principais cidades de MS, a Caixa de Assistência dos Servidores também investe constantemente em melhorias nessas unidades. Você pode elencar alguns desses avanços que a rede hospitalarvai receber?

Nós tínhamos várias reformas e ampliações programadas em nossos hospitais, porém, a pandemia mudou completamente esses planos. Mediante a situação caótica em que nos encontramos nos últimos dois anos, decidimos direcionar todos os recursos para estruturas, medicamentos, insumos e profissionais, ou seja, decidimos salvar vidas, sem medir esforços ou consequências. Para se ter ideia da dimensão do desafio que enfrentamos, ao longo dos meses de pandemia, o número de pacientes críticos, em terapia intensiva, aumentou cinco vezes. Então, realmente vivemos momentos bem difíceis, mas, aos poucos, estamos voltando à normalidade e dando sequência aos projetos que estavam parados. Alguns hospitais do interior já estão recebendo investimentos, como o de Três Lagoas, que recebeu um tomógrafo de 16 canais, com capacidade de suportar até 227 quilos, que otimizará muito os diagnósticos e melhorará o atendimento aos beneficiários do município e da região. Em Corumbá, implantamos um serviço de Neurocirurgia e cirurgia de coluna. A estrutura montada conta com centro cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com equipamentos de última geração, 47 leitos de internação, centro de imagens e laboratório de análises, que, em abril, realizou o primeiro procedimento de Neurologia. Gradativamente, nós vamos colocar em prática outros projetos e retomar alguns investimentos.

OHospitalCassemsdeDourados também vai receber melhorias significativas. As obras estão em andamento, mas, como os outros projetos,tiveramdeserparalisadas em razão da pandemia. Quais são os ganhos que a unidade vai receber?

O novo Hospital Cassems de Dourados foi iniciado poucos dias antes do decreto de pandemia do novo coronavírus, feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e, assim como outros tantos projetos, teve de ser adiado. Após dois anos, esperamos entregar a obra no início do ano que vem. Esta ampliação foi toda elaborada com modelo nos hospitais da Caixa de Assistência dos Servidores de Campo Grande e Corumbá, levando em conta as práticas mais modernas de construção. Atualmente, a área construída do hospital é de 2.750 m² e, após a ampliação, passará a ter aproximadamente 8.500 m². Após o término da obra, alguns serviços terão mais espaço e estrutura para atender nossos beneficiários, como a Oncologia, a Nefrologia, o Laboratório e o Centro de Diagnósticos. Tudo isso trará mais tecnologia e inovação aos serviços prestados, além de maior qualidade no atendimento. A nova estrutura vai proporcionar mais 97 leitos, que, somados aos 60 já existentes, totalizarão 157 leitos de internação. Assim, o Hospital Cassems de Dourados será o maior da nossa rede hospitalar.

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5Em Campo Grande, o hospital também está passando por obras de ampliação e adequações. Além de mais leitos de UTI, a unidade também vai ter um espaço mais adequado para os pacientes oncológicos?

Exatamente. Todas as reformas, melhorias e ampliações que fazemos em nossas unidades hospitalares e ambulatoriais sempre são visando oferecer maior conforto, melhor acolhimento e mais segurança aos nossos beneficiários. Ao fim das obras, o Hospital de Campo Grande vai aumentar a sua capacidade em mais 25 leitos de internação clínica, distribuídos da seguinte forma: 18 leitos direcionados aos pacientes em tratamento oncológico e mais 7 leitos de Unidade de Cuidados Intermediários (UCI). Em novembro de 2021, nós implantamos a Rede Amo, que é um serviço multidisciplinar de oncologia que oferece o melhor atendimento aos nossos pacientes, por meio de profissionais altamente gabaritados e experientes. Após a inauguração do nosso serviço próprio e especializado para o tratamento contra o câncer, a demanda desse tipo de paciente aumentou bastante, então, estamos ampliando e aumentando este espaço. Hoje, nós temos a maior rede hospitalar de Mato Grosso do Sul e o nosso objetivo é continuar oferecendo estruturas altamente qualificadas, que se tornam referência em nosso estado.

Em agosto, o Hospital Cassems de Campo Grande realizou o primeirotransplante de medula do Estado.Além do pioneirismo, esse procedimento é uma grande conquista para a saúde de Mato Grosso do Sul. Conte para nós comofoitodo o processo, que se iniciou há quase dois anos?

Esse tipo de conquista nos traz muito orgulho de ser Cassems. Ao realizar esse transplante de medula óssea, nós reiteramos a nossa vocação em atendimento hospitalar de alta complexidade. Inicialmente, vamos realizar apenas o transplante autólogo, que é quando o paciente doa a medula para ele mesmo.

O início deste projeto aconteceu em janeiro de 2021 e, em julho deste ano, recebemos a autorização do Ministério da Saúde para realizar o procedimento. Na manhã do dia 10 de agosto deste ano, o paciente recebeu a medula e, quinze dias depois, no dia 25, recebeu alta. Então, após 18 meses desde o começo de todo o processo, dar a notícia de que o transplante foi realizado com sucesso nos deixa muito felizes e até emocionados. É uma vitória com a assinatura de todos os servidores públicos do Estado, que sempre nos apoiam e acreditam no nosso trabalho, além do empenho de toda a nossa equipe do Hospital Cassems de Campo Grande. Nós enfrentamos muitos desafios nos últimos anos, mas buscamos sempre avançar na melhoria da assistência à saúde, e o nosso hospital reafirma, com a implantação do transplante de medula óssea, a sua vocação como referência no atendimento hospitalar de alta complexidade. Nós já realizamos transplante cardíaco e, com essa nova modalidade de atendimento, os pacientes que precisam de transplante e possuem dificuldade de ir para fora do Estado poderão realizá-lo aqui, em Campo Grande, no hospital Cassems. Isso representa um ganho muito grande para a Caixa de Assistência dos Servidores, com um tratamento digno e tecnicamente adequado.

ENTREVISTA ENTREVISTA 48 //

Hoje, quase três anos após o início da pandemia de Covid-19, não podemos ainda garantir que estamos completamente livres da doença, porém, certamente o pior já passou. Durante essa verdadeira batalha que travamos contra o vírus, a Cassems teve um papel fundamental no enfrentamento da maior crise sanitária da história do País. Ao olhar para trás, qual o balanço que você faz desses meses de incerteza pelos quais passamos?

Realmente, foram dias difíceis para todos, contudo, para nós, que trabalhamos com saúde, o estresse atingiu índices absurdos. Vimos vários profissionais da saúde perderem suas vidas tentando salvar a vida da população. Nós, como plano de saúde, tivemos de tomar decisões rápidas e sem parâmetro nenhum, pois não tínhamos noção de como o vírus se comportava e de qual cenário encontraríamos no dia seguinte. Logo após o decreto de pandemia do novo coronavírus, nós imediatamente criamos um comitê de crise envolvendo várias áreas técnicas, para definirmos nossas ações e, antes mesmo do agravamento dos casos, nós nos antecipamos e erguemos o primeiro hospital de campanha do Estado para logo depois estarmos com três tendas de atendimento no hospital de Campo Grande, exclusivas para pacientes com Covid-19. Durante a pandemia, mais de 50.500 pacientes foram atendidos nos prontos atendimentos da Cassems, mais de 1.400 pacientes estiveram internados em UTIs, 8.500 testes de Covid-19 foram realizados e 803 pacientes da Capital foram monitorados após a internação. Para fazer frente a essa demanda, nós contratamos mais de 300 profissionais. Desenvolvemos novas ferramentas e funcionalidades digitais em tempo recorde, para implantarmos atendimento digital por meio de robô e teleconsultas. Em Campo Grande e Dourados, criamos o serviço Disque Informação Coronavírus e, também na Capital, implantamos o projeto Travessia, que acolheu os familiares dos pacientes com Covid-19, além do programa Fica Tudo Bem, que fez mais de 360 atendimentos psicológicos relacionados ao luto. Além do combate efetivo e pontual, a Cassems também colaborou na força-tarefa de vacinação contra o coronavírus por meio do drive-thru, para imunizar a população. Foram mais de 60 mil doses aplicadas em seis meses de funcionamento. Todas essas ações e investimentos não serviriam de nada se não tivessem resultados positivos, e o que mais nos trouxe felicidade foi a alta taxa de recuperação dos pacientes atendidos pela Caixa de Assistência dos Servidores. Só no hospital de Campo Grande, 88,6% dos pacientes foram atendidos em leitos de enfermaria e de terapia intensiva. Esse resultado está entre os mais altos do País. Então, respondendo à sua pergunta, ao olhar para trás, sinto uma satisfação enorme por tudo o que fizemos para mitigar os efeitos da pandemia, tenho muito orgulho de toda a equipe da Cassems, dos profissionais da saúde que arriscaram suas vidas para salvar vidas, de toda a equipe administrativa, dos diretores, dos conselheiros e, sobretudo, do servidor público de Mato Grosso do Sul, que nos deu confiança e acreditou em nosso trabalho.

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SAÚDE CASSEMS

SAÚDE CASSEMS

FOTO: Banco de Imagens

TEXTO: Tathiane Panziera

SAÚDE PRÁTICA DE ESPORTES

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Ídolos nos campos e nos ginásios, atletas de alto rendimento incentivam a prática esportiva de muitas pessoas. Em alguns momentos, também atraem holofotes assuntos diversos, entre eles, o cuidado com a saúde. Na Olimpíada de Tóquio 2021, por exemplo, a atleta estadunidense Simone Biles chamou atenção do mundo ao anunciar que não disputaria algumas provas nas quais era a grande favorita. O motivo: cuidar da saúde mental.

Na outra ponta, entre os amadores, o empresário brasileiro João Paulo Diniz faleceu, em agosto de 2020, em decorrência de uma parada cardíaca após praticar esportes e passar mal em casa. O que trouxe para o esporte um debate importante: o equilíbrio entre a prática esportiva e a saúde para evitar o overtraining, isto é, a prática excessiva de atividades esportivas.

O preparador físico e coordenador técnico de Educação Física da Cassems, Nakal Laurenço Fortunato da Silva, explica que, ao contrário do que é dito, que o atleta deve superar os limites do corpo, o segredo está em alcançar metas gradativamente. E, para ser eficiente, o atleta de alto rendimento ou amador precisa aliar a prática esportiva monitorada pelo preparador físico com cuidados de saúde multidisciplinar, o que envolve acompanhamento médico e nutricional.

“A prática da atividade física requer um cuidado com a saúde, porque senão o atleta se coloca em situações de risco muito graves. Como a gente vê acontecer, ocorrem lesões graves no esporte em razão da alta intensidade de jogos. Então, é preciso que o atleta seja acompanhado pelo preparador físico, que evitará que ele ultrapasse os limites saudáveis e o incentivará a gradativamente atingir novas metas”, pontua Nakal.

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Segundo Nakal, o overtraining ocorre quando o atleta não percebe que está excedendo os limites. “Por isso, é importante o acompanhamento do profissional de educação física, é ele quem vai observar a pessoa que está em treinamento para ter esse feeling de comparação e identificar a sobrecarga”, ressalta.

Outro ponto abordado pelo preparador físico diz respeito à prática esportiva ideal, o que, se-

gundo Nakal, é a programada, isto é, aquela em que a intensidade do treino é alternada entre pesado e leve, criando então um equilíbrio. “O preparador físico é quem vai falar quando o esportista está excedendo o treino, dizer quando tem de diminuir a intensidade do exercício. Ele vai priorizar o atleta, preparando um treinamento individualizado, programando a pessoa para que ela possa se adaptar ao treinamento sem que ocorra overtraining”, ressalta.

SINAIS DE ALERTA

O preparador físico destaca também que o corpo emite alguns sinais de que o treino está sendo realizado em alta intensidade, o que nem sempre é sinal de que o atleta terá alta performance na prática esportiva de qualquer modalidade. “Entre os sintomas observados, em conversa com o atleta, está a dificuldade para dormir, quando o atleta tem dificuldade para manter o sono durante a noite ou se ele sente sonolência ao longo do dia. Estes são alguns dos reflexos de que o treino foi intenso e eles podem se perpetuar caso o tempo de descanso correto não seja respeitado durante a prática esportiva”, ressalta.

O médico ortopedista e especialista em Medicina Esportiva da Cassems Maurício Pontes aponta que o cansaço excessivo e as dores articulares podem ser um sinal de overtraining e explica até que ponto o esforço gerado pelas atividades físicas é saudável para a saúde. “Depende do condicionamento físico de cada pessoa, dores musculares leves são comuns, porém, dores de forte intensidade, que atrapalhem o rendimento da atividade física, devem ser investigadas pelo médico”, salienta.

A imunidade do atleta também é um sinal de atenção. “Quando esse praticante de atividades físicas está indo bem nos treinamentos e de repente começa a sentir frio, fica gripado, isso demonstra que houve um excesso de treinamento e que não foi dado tempo para o organismo se recuperar. Então, o ideal é também atentar-se a isso, ter o tempo de descanso. O preparador físico precisa oferecer uma semana de pausa para ele se recuperar daquela alta intensidade”, esclarece o preparador físico.

Nakal ressalta também que é importante observar a oscilação da frequência de batimentos cardíacos antes de iniciar o treinamento. Um sinal bem típico do excesso de treinamento é quando ela está muito abrupta. O preparador físico indica ainda o que fazer quando isso ocorrer. “Dependendo da situação de estresse que houve com o corpo, será necessário procurar um médico do esporte, um ortopedista, cardiologista, para ele poder dar orientação para essa pessoa”, pontua.

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PRÁTICA SAUDÁVEL DE ESPORTE

Uma pessoa que está em overtraining tem condições de reverter o quadro, principalmente quando existe uma equipe multidisciplinar envolvida na prática esportiva. “O ideal é uma redução drástica, e em casos graves essa redução vem por indicação médica, então, o atleta tem de interromper as atividades físicas, e até mesmo nos casos de atletas de alto rendimento esse é o caminho para a prática esportiva saudável. Então, é preciso ter aquela atenção com a saúde do atleta, para que se possa ter essa previsibilidade e sensibilidade em relação ao corpo dele”, pontua. Para promover a prática saudável de atividades físicas, o especialista em Medicina Esportiva Maurício Pontes indica alguns exames essenciais para a qualidade de vida do praticante. “Se a pessoa estiver iniciando na prática esportiva com exercícios leves, o exame físico para orientação médica é importante. Caso seja nível avançado, exames do sistema cardiovascular podem ser necessários. Já se

o atleta apresenta algum sintoma, o médico deve avaliar e solicitar o exame específico conforme a queixa”. Maurício Pontes alerta ainda que “no caso dos atletas de alto nível, teste de esforço e exame de sangue de rotina devem ser solicitados”.

O preparador físico dá algumas dicas para evitar o overtraining e estimular a prática de atividades físicas de forma saudável. “Descansar entre uma atividade e outra, para ter qualidade do sono adequada, bem como ter uma boa alimentação, com a orientação de nutricionista, para que a dieta inclua alimentos que favoreçam a construção muscular, supra as necessidades do corpo e facilite a recuperação pós-treino. Ter o acompanhamento médico para o monitoramento da saúde por meio de exames e do check-up e o acompanhamento de um preparador físico, que vai orientar no treino individual do atleta, é essencial”.

O profissional também ressalta que a prática esportiva é indispensável para a qualidade de vida, a prevenção e o cuidado da saúde, e que é preciso ter uma visão de longo prazo. “Todo o excesso de treinamento será cobrado, as lesões chegarão, então, para evitar, é preciso periodizar o treinamento. As pessoas pecam pelo excesso, pelo entusiasmo, e acabam causando um sério risco à saúde na busca pela melhor performance. Tanto o excesso da prática esportiva quanto a falta dela causam risco à saúde, então, o ideal é ter equilíbrio”.

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INFOPUBLI

COPA SAÚDE CASSEMS ESTÁ DE VOLTA

Após dois anos, a Copa Saúde Cassems de Futebol Society está de volta! O campeonato, realizado desde 2008, foi suspenso nos últimos dois anos por conta da pandemia de Covid-19, mas retorna agora, com o objetivo de sempre: promover saúde

e qualidade de vida!

O campeonato oferece quatro modalidades: Livre, Veterano, Feminino e Master. Para participar da Copa Saúde Cassems de Futebol Society, os atletas devem ser associados titulares da Cassems, ou

seja, servidores públicos estaduais. Também podem se inscrever beneficiários dependentes naturais, agregados do titular Cassems e participantes dos quadros permanentes dos municípios de Mato Grosso do Sul.

Troféu José Roberto Faker

Em homenagem ao saudoso fisioterapeuta e ex-atleta José Roberto Faker, o troféu da Copa Saúde Cassems ganhou novo nome: Troféu José Roberto Faker. José Roberto era coordenador do setor de Fisioterapia da Caixa de Assistência dos Servidores e jogador de futebol, tendo a oportunidade de disputar campeonatos pelos

times da Cassems e da Associação Médica.

Atuou no Centro de Prevenção em Saúde da Caixa de Assistência dos Servidores, na direção das aulas de pilates ofertadas aos beneficiários da melhor idade. Também esteve à frente do Disk Covid-19 durante o período de pandemia, atendendo os servidores do Estado e seus familiares.

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INFORMATIVO

MAMAÇO CASSEMS REÚNE MÃES EM RODA DE CONVERSA SOBRE ALEITAMENTO MATERNO

A Caixa de Assistência dos Servidores promoveu o Mamaço Cassems, evento que teve o objetivo de dialogar sobre os desafios do aleitamento materno para mulheres que estão amamentando e também para especialistas, como enfermeiras, médicas

pediatras e neonatologistas.

O Mamaço Cassems foi promovido em alusão à campanha Agosto Dourado e à Semana Mundial de Amamentação. O evento foi marcado também pela troca de experiências relacionadas ao aleitamento materno entre as

participantes.

Outro tópico da roda de conversa foi a introdução da fórmula feita pelas mães que não conseguem alimentar os filhos exclusivamente com leite materno.

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INFORMATIVO

AOS 15 ANOS, HOSPITAL CASSEMS DE PONTA PORÃ SEGUE COMO REFERÊNCIA

DE ATENDIMENTO À SAÚDE NA

O Hospital Cassems de Ponta Porã completou, em agosto, 15 anos de serviços prestados e segue transformando o acesso dos beneficiários da Caixa de Assistência dos Servidores à saúde, oferecendo atendimento clínico e cirúrgico em diversas especialidades, além de serviços de diagnóstico.

Para se ter uma ideia da importância da unidade hospitalar, são realizados anualmente cerca de 40 mil procedimentos. Somente em 2021, foram realizadas 17.684 consultas,

REGIÃO

1.343 cirurgias e 2.017 internações. A unidade hospitalar da Cassems em Ponta Porã mantém o foco na melhoria da qualidade dos serviços e no conforto dos pacientes, com a realização de reforma e adequação de quatro apartamentos, a construção de usina e readequação da rede de gás e a implementação de um laboratório.

A unidade hospitalar da Cassems em Ponta Porã possui dois serviços inovadores: oncologia e litotripsia, procedimento médico para tratar cálcu-

los renais. Para o gerente do Hospital Cassems de Ponta Porã, João Biffi, o período turbulento provocado pela pandemia da Covid-19 serviu como um grande aprendizado e foi superado graças ao empenho da equipe da unidade hospitalar.

O hospital é de grande importância para Ponta Porã e região, abrangendo as cidades de Amambai, Antônio João, Aral Moreira e Coronel Sapucaia.

INFORMATIVO

HOSPITAL CASSEMS DE TRÊS LAGOAS RECEBE TOMÓGRAFO PARA APRIMORAR O ATENDIMENTO DOS BENEFICIÁRIOS DA REGIÃO

Mais uma vez, a Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems) investe na assistência à saúde para os beneficiários do interior. Os beneficiários da região costa leste do Estado foram beneficiados com um novo tomógrafo para o Hospital Cassems de Três Lagoas. O

equipamento possui 16 canais, com capacidade para até 227 quilos, para otimizar os diagnósticos.

A gerente regional do Hospital Cassems Três Lagoas, Meyre Roberta, salienta que o plano de saúde busca entregar tecnologia de ponta para trazer agilidade aos tratamen -

tos dos beneficiários. “Entregamos mais um projeto, o equipamento de tomografia. O hospital oferece o que há de melhor no mercado da saúde, para entregar qualidade nos exames e diagnósticos dos beneficiários, com eficiência e serviços personalizados para cada caso”.

Com o objetivo de oferecer mais conforto, acolhimento e segurança para os beneficiários, o Hospital Cassems de Campo Grande ampliou a sua capacidade de atendimento com 25 leitos de internação clínica. O aumento ocorreu em decorrência da procura dos beneficiários pela unidade hospitalar, bem como do serviço de oncologia, na Rede Amo, implantado nos últimos meses. A oferta é de 18 leitos direcionados para pacientes em tratamento contra o câncer e 7 leitos em Unidade de Cuidados

Intermediários (UCI).

De acordo com o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, a ampliação é importante também para fortalecer a Rede Amo, serviço próprio de oncologia da Caixa de Assistência dos Servidores. “A disponibilidade de leitos para um paciente é fundamental e faz a diferença para quem necessita de atendimento médico hospitalar. Assim, temos mais recursos para desenvolver medidas assistenciais que propiciem o restabelecimento da saúde dos nossos pacientes”.

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HOSPITAL CASSEMS DE CAMPO GRANDE INICIA OBRAS PARA AMPLIAR ESTRUTURA EM 25 LEITOS DE INTERNAÇÃO

EQUIPES DA CENTRAL DE ATENDIMENTO E ATENDIMENTO INTEGRADO DA CASSEMS PARTICIPAM DE TREINAMENTO

Cerca de 80 colaboradores da Cassems que fazem parte da equipe da Central de Atendimento e Atendimento Integrado participaram de treinamento para aperfeiçoar o desempenho com beneficiários.

Segundo a diretora de Clientes da Cassems, Jucli Stefanello, a capacitação ocorre em um momento de retomada da rotina dos beneficiários, que voltaram a procurar a Caixa de Assistência dos Servidores para dar continuidade aos tratamentos de saúde. E por isso

EM NOVE ANOS, CASSEMS ITINERANTE LEVA ATENDIMENTO DE SAÚDE A MAIS DE 50 MIL BENEFICIÁRIOS NO INTERIOR DO ESTADO

Programa da Caixa de Assistência dos Servidores completa nove anos e atende beneficiários de nove municípios sul-mato-grossenses

O programa de prevenção Cassems Itinerante chega à marca de mais de 52 mil atendimentos em todo o Estado, em nove anos de atividades. Somente no primeiro semestre de 2022, foram realizados 3.546 atendimentos em nove especialidades (Psiquiatria, Endocrinologia, Dermatologia, Ginecologia, Reumatologia, Cardiologia, Geriatria, Neurologia e Pediatria), em municípios como Coxim, Corumbá, Naviraí, Nova Andradina e Três Lagoas.

E nem mesmo a pandemia de Covid-19 freou o intuito de levar saúde

se faz necessário que os colaboradores estejam preparados para a resolução de eventualidades dos beneficiários com o plano de saúde. O encontro foi conduzido pela psicóloga e psicodramatista didata

Silvana Sisti, que ressaltou a importância de o colaborador entender dois importantes papéis que exerce, o profissional e o pessoal, e como esta relação é refletida no atendimento do beneficiário.

aos beneficiários do interior do Estado. A agenda de atendimentos foi mantida com a ajuda da tecnologia, por meio da telemedicina, uma plataforma virtual de consultas, por meio da

qual foram realizados cerca de 1.190 teleatendimentos em 2021. Confira a agenda de atendimentos pelo site da Cassems (www.cassems.com.br) ou pelas redes sociais do plano de saúde.

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LABORATÓRIO DA CASSEMS RECEBE CERTIFICAÇÃO DO SISTEMA NACIONAL DE ACREDITAÇÃO

O Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Cassems de Campo Grande é um dos 12 laboratórios de Mato Grosso do Sul que possuem a certificação de acreditação do Sistema de Gestão de Qualidade Nacional pela norma DICQ. No Brasil, existem mais de 20 mil laboratórios registrados e apenas 3% deles possuem acreditação.

A acreditação assegura qualidade e segurança nos exames laboratoriais aos pacientes e beneficiários e foi recebida pelo laboratório no dia 2 de

junho. Na prática, significa que o laboratório atua em conformidade com um conjunto de requisitos previamente estabelecidos e que realiza exames com processos padronizados, além de seguir normas internacionais de qualidade, gerando resultados confiáveis. Para conquistar a acreditação, o laboratório foi submetido a um processo, com a finalidade de comprovar a implementação do seu sistema de qualidade em relação à capacidade organizacional e técnica.

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HOSPITAL CASSEMS DE DOURADOS CELEBRA ANIVERSÁRIO DE 18 ANOS COM QUASE 3 MILHÕES DE ATENDIMENTOS NA DÉCADA

O Hospital Cassems de Dourados, o primeiro da Rede Hospitalar da Cassems, completa 18 anos de assistência à saúde dos beneficiários do município de Dourados e de cidades próximas. E comemora o fato de ser referência na região sul do Estado, tendo realizado 2.709.368 serviços de assistência à saúde nos últimos dez anos.

Somente no primeiro semestre de 2022, foram realizados cerca de 58 mil atendimentos nas áreas de

urgência e emergência, ambulatoriais e atendimentos de internações. Para o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, a unidade hospitalar tem, ao longo de sua história, contribuído com a responsabilidade de cuidar de vidas oferecendo atendimento humanizado e de qualidade assumida pela Cassems nesses 21 anos e relembra um importante presente que será entregue em 2023.

O novo Hospital Cassems de Dourados terá uma área de aproxima -

damente 8.500 metros quadrados e representa um salto na qualidade da assistência à saúde prestada aos beneficiários, com o aprimoramento dos setores de Oncologia e Nefrologia, do laboratório e do Centro de Diagnóstico. O diretor de Unidades Hospitalares, Flávio Stival, destaca que a construção do novo hospital é a concretização de um sonho dos beneficiários Cassems da região sul do Estado.

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CLÍNICA DA FAMÍLIA DA CASSEMS TEM NOVO ENDEREÇO

Pensando em proporcionar melhor acolhimento aos seus beneficiários, a Clínica da Família tem novo endereço. O novo prédio, localizado na Rua Pestalozzi, nº 234, Bairro Chácara Cachoeira, possui amplo espaço para receber bem quem procura acolhimento focado na atenção primária à saúde.

O novo espaço está em pleno funcionamento e oferece aos beneficiários da Caixa de Assistência dos Servidores acolhimento focado na atenção primária à saúde, uma estratégia de organização da atenção à saúde voltada para responder de forma regionalizada, contínua e sistematizada à maior parte das necessidades de saúde de uma

população, integrando ações preventivas e curativas, bem como a atenção a indivíduos e comunidades.

A Clínica da Família também funciona como posto de coleta de exames

laboratoriais. Com esse serviço, os beneficiários da Cassems têm a possibilidade de realizar as consultas na unidade de saúde e, caso necessário, fazer os exames no mesmo local.

DOENÇAS EMERGENTES REEMERGENTES

EHá três anos, poucos poderiam imaginar ou prever as experiências que vivenciamos nestes últimos anos no planeta. Mesmo as previsões mais catastróficas pouco se assemelharam com a realidade que presenciamos. Hospitais lotados, leitos de terapia intensiva esgotados, grandes centros urbanos vazios, crianças sem aulas e a população mundial em casa, buscando não só compreender o momento que viviam, mas também outras formas de produzir, outras maneiras de se relacionar, sem mais a possibilidade do contato físico.

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E a causa de toda essa transformação esteve invisível aos olhos humanos por todo esse tempo. Um vírus, um microscópico agente infeccioso, que emergiu de mutações de outros vírus, passou a infectar os seres humanos e, rapidamente, atingiu os cinco continentes. No mundo globalizado, as doenças não estão mais circunscritas às pequenas áreas geográficas ou aos pequenos territórios. A disseminação de novos agentes infecciosos emergentes ou reemergentes consegue atingir praticamente toda a população mundial em questão de horas, dias ou semanas.

O modelo ainda praticado pelo homem, de invasão de áreas de natureza virgem, sem os devidos cuidados, retirando animais de seus habitats naturais e propiciando um contato muito íntimo com esses animais, bem como a manutenção da existência de países com populações vivendo na extrema pobreza e em condições higiênico-sanitárias precárias, propicia o surgimento de novos agentes infecciosos, como vírus, bactérias, fungos e protozoários capazes de infectar e causar doenças nos seres humanos. Ou mesmo o reaparecimento de agentes infecciosos, que já causaram grandes epidemias na humanidade e estavam adormecidos, ocasionando doenças em larga escala na população, muito em decorrência das baixas coberturas vacinais atuais para diversas doenças já erradicadas no passado, tais como o sarampo e a poliomielite.

Um exemplo claro de mutação viral foi a ocorrida

durante a pandemia da Covid-19, na Índia, um país superpopuloso, onde a disseminação extrema do vírus originou uma nova variante do Sars-CoV-2, mais transmissível, que atingiu em poucas semanas os cinco continentes, gerando uma nova e letal onda da doença, causada pela variante Ômicron.

Se todos passarem a compreender que o aparecimento, ou o reaparecimento, das doenças infecciosas está relacionado à cobertura vacinal adequada em países ricos e pobres, à melhoria das condições higiênico-sanitárias e alimentares de toda a população mundial e ao convívio com o meio ambiente de forma racional, é possível que os riscos extremamente elevados do surgimento de novas pandemias possam ser minimizados.

Como já sabemos, surtos anteriormente localizados de doenças infecciosas como monkeypox, ou varíola dos macacos, como ficou popularmente conhecida, agora têm uma disseminação para todos os países rapidamente, basta uma mutação do vírus, que aumenta a transmissibilidade. Outra questão relevante é a ampla distribuição vacinal, a fim de evitar o aparecimento de novas variantes das doenças emergentes, como a Covid-19, ou reemergentes, como a monkeypox.

Portanto, todos devemos refletir sobre os fatos ocorridos nos últimos anos e elaborar as lições aprendidas. O que acontece com outro ser humano em qualquer parte do mundo, mais cedo ou mais tarde, afetará todos nós.

ONDE ENCONTRAR ATENDIMENTO CASSEMS NO ESTADO

HOSPITAIS CASSEMS

Campo Grande

Avenida Mato Grosso, 5151 (67) 3323-0330

Aquidauana Rua José Bonifácio, 115 (67) 3241-0200 / 3241-0201

Coxim Rua Virgínia Ferreira, 2415 (67) 3291-7603 / 3291-3269

Dourados

Rua Oliveira Marques, 2771 (67) 3410-0069 / 3410-0092

Naviraí Av. Dourados, 1425 (67) 3461-2200

Nova Andradina Rua Walter Hubacher, 748 (67) 3441-2444

Paranaíba Rua Coronel Carlos, 1955 (67) 3668-2171 / 3668-5275

Ponta Porã Rua Guia Lopes, 1785 (67) 3431-4907

Três Lagoas Rua Bruno Garcia, 2330 (67) 3521-2871

Corumbá

Rua Monte Castelo, 60 (67) 3234-5300

PROGRAMAS DE PREVENÇÃOBENEFÍCIOS CASSEMS

Pronutri (67) 3382-8584 - Campo Grande (67) 3033-8350 - Dourados Odontologia para bebês (67) 3309-5394 - Campo Grande (67) 3033-8359 - Dourados Centro de Prevenção (67) 3382-8584 - Campo Grande (67) 3033-8350 / 984034450 - Dourados Eu me amo, eu me cuido 60+ (67) 3322-3401 / 3309-5351

Casal Grávido (67) 3309-5351 / 3309-5305 / 999740599 - Campo Grande (67) 3033-8383 - Dourados (67) 3919-1100 - Três Lagoas (67) 99974-0599 - Corumbá Ônibus da Saúde (67) 3309-5399 / 3309-5351 Dia M (67) 3309-5351

Farmácia OAB (67) 3318-4813

Cartão de Benefícios (67) 3309-5333

Benefício Póstumo 0800-7351585 (Grupo Lírios) (67) 3042-8774 (Nipo Brasileira)

Central de Atendimento 24 horas 67 3314-1010 Ouvidoria (67) 3309-5380

Clínica da Família Cassems Rua: 25 de Dezembro, 1.231 - Centro - (67) 3322-3400

Centro Médico e de Diagnóstico Avançado Rua: Príncipe Ranier, 94 - Royal Park (67) 3056-9800

Centro Integrado de Atenção Psicossocial (Ciaps) Rua: São Paulo, 68 - Centro (67) 3384-6344

Unidade Carandá Bosque Rua: Boipeva, 184 - Carandá Bosque I 67 3312-2101 / 3312-2102

Centro de Prevenção em Saúde Cássio Pereira do Nascimento

Rua: Abrão Julio Rahe, 97 - Centro67 3382-8584

GUIA
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REGIONAIS

A Aquidauana Ana Maria Mendes Machado. Rua Antonio Joaõ/ s/n - Bairro Alto - 79200-000. (67) 3247-0220 C Campo Grande Sonilza de Souza Lima. R. Antonio Maria Coelho, 6065. 79002-200. (67) 3309-5362 Corumbá Rosana Lídia da Silva Pereira. Rua Monte Castelo, 60 - Bairro Popular Velha. 3234-5349 / 3234- 5348 e 3234- 5347 Coxim Ezequiel de Azevedo. Av. Virginia Ferreira 2415. Bairro Flavio Garcia. 79400-000. (67) 3291-3853 D Dourados Vera Lúcia de Lima. Av. Mato Grosso, 1470. Jardim Santo Andre. 79810-110. (67) 3411-7530 / Fax. 3411-7536 J Jardim Odete Aquino. R. Tenente Hernani de Gusmão, 279. 79240-000. (67) 3251-1811 N Naviraí João Inácio de Farias. Av. Dourado, 569. 79950-000. (67) 3461-1405 Nova Andradina Ivone Ramos Pereira. R. Elizabete Rubiano, 1431. 79750-000. (67) 3441-1415 / Fax 3441-4506 P Paranaíba Valeria Lucena Matos Pereira. R. Dr. Mario Correia, 1175. Centro. 79500-000. (67) 3668-5148 Ponta Porã Selma Dias Gonçalves. R. Coronel Camisão, 254. 79900-000. (67) 3431-4347 T Três Lagoas Aelton Manoel A. Oliveira. R. Marcilio Dias, 318, Bairro Colinos. 79603-140. (67) 3521-3958/3522-8889

LOCAIS

A Água Clara Rua Idalina Guarini da Silva, 60. 79680-000. (67) 3239-2431 Alcinópolis Rua Maria Barbosa Carneiro, 640. 79530-000. (67) 3260-1661 Amambai Rua da República, 3283. (67) 3481-1422 Anastácio Rua Padre Patrício, 1520. 79210000. (67) 3245-1942 Anaurilândia Avenida Brasil, 1177. 79770-000. (67) 3445-1629 Angélica Rua Antônio Basílio de Lima, 109. 79785-000. (67) 3446-1113 Antônio João Rua Vereador Arthur de Oliveira, 325. (67) 3435-1986 Aparecida do Taboado Avenida Orlando Mascarenhas Pereira, 1157. Centro. (67) 3565-5190 Aral Moreira Rua 31 de Março, 810. 79930-000. (67) 34881112 B Bandeirantes Rua Francisco Antonio de Souza, 2616. 79430-000. (67) 3261-1600 Bataguassu Avenida Coxim, 61. 79780-000. (67) 3541-2362 Batayporã Avenida Brasil, 1453. 79760-000. (67) 3443-1561 Bela Vista Rua Duque de Caxias, 1013. 79260-000. (67) 3439-4353 Bodoquena Rua Yossio Okaneko, 499. 79390-000. (67) 3268-1581 Bonito Rua Senador Filinto Muller, 630. 79290-000. (67) 3255-2134 Brasilândia Avenida São José, 457. (67) 3546-1344 C Caarapó Avenida Duque de Caxias, 421. (67) 3453-3323 Camapuã Rua Cândido Severino, 639. (67) 3286-3640 Cassilândia Rua José Cristino Sobrinho, 414. (67) 3596-1516 Chapadão do Sul Avenida Oito, 800. Sala 06. 79560-000. (67) 3562-1050 Corguinho Rua Marechal Deodoro, 173. 79460-000. (67) 3250-1501 Coronel Sapucaia Rua Teixeira de Freitas, 268. 79995-000. (67) 34832145 Costa Rica Rua José Pereira da Silva, 792. 79550-000. (67) 3247-2205 D Deodápolis Rua Paraná, 503. Caixa Postal 190. 79790-000. (67) 3448-2187 Dois Irmãos do Buriti Rua Ponta Porã, 304. 79215-000. (67) 3243-1387 Douradina Rua Joaquim Araújo Jurema, 1025. (67) 3412-1028 E Eldorado Avenida Brasil, 986. 79970-000. (67) 3473-2587 F Fátima do Sul Rua Melvin Jones, 1249. (67) 3467-1403 Figueirão Avenida Moisés de Araújo Galvão, 1012. 79422-000. (67) 3274-1534 G Glória de Dourados Rua Projetada, s/nº. 79730-000. (67) 3466-1177 Guia Lopes da Laguna Rua Victor Francisco Bertola, 122. 79230-000. (67) 3269-1600 I Iguatemi Avenida Jardelino José Moreira, 2649. 79960-000. (67) 3471-2093 Inocência Rua Duca Valadão, 881. Caixa Postal 8. 79580-000. (67) 3574-1377 / (67) 3574-2214 Itaporã Rua Pedro Celestino da Costa, 320. Centro. (67) 3451-2579 Itaquiraí Avenida Getúlio Vargas, 636. 79965-000. (67) 3476-1297 Ivinhema Rua José Batista da Cunha, 430. Centro. (67) 3442-1499 J Jaraguari Rua Orlando Nogueira, 451. (67) 3285-1002 Jateí Rua Miguel Lopes Falheiros, 188. 79720-000. (67) 3465-1211 Juti Avenida Sérgio Maciel, 1245. 79950-000. (67) 3463-1666 L Laguna Carapã Rua Napoleão Santiago, 556. (67) 3438-1009 M Maracaju Rua Gonçalves Dias, 867. Sala 3. Bairro Paraguai. 79150-000. (67) 3454-3476 Miranda Rua Barão do Rio Branco, 468. 79380-000. (67) 3242-1777 Mundo Novo Avenida Juscelino Kubitschek, 883, Sala 03. 79980-000. (67) 3474-1892 N Nioaque Avenida Visconde de Taunay, 252. (67) 3236-2391 Nova Alvorada do Sul Rua Manoel Antunes Lopes, 918. 79140-000. (67) 3456-2483 P Paranhos Rua Josevaldo Cordeiro Mauso, 1508. Sala B. (67) 3480-1794 Pedro Gomes Rua Espírito Santo, 611. 79410-000. (67) 3230-1072 Porto Murtinho Rua Doutor Correa, 603. (67) 3287-1061 R Ribas do Rio Pardo Rua Carlos Anconi, 656. 79180-000. (67) 3238-1122 Rio Brilhante Rua Prefeito Athaíde Nogueira, 827. Sala 3. (67) 3452-7584 Rio Negro Rua Massato Matsubara, 710. 79470-000. (67) 3278-1368 Rio Verde de Mato Grosso Rua Santos Dumont, 721. Centro. 79480-000. (67) 3292-2189 Rochedo Rua Albino Coimbra, 301. Sala 03. (67) 32891572 S Santa Rita do Pardo Rua Nicanor Gregório Rodrigues, 941. 79690-000. (67) 3591-1590 São Gabriel do Oeste Rua Espírito Santo, 2305. Centro. (67) 3295-3413 Selvíria Rua 24 de Junho, 560. 79590-000. (67) 3579-1440 Sete Quedas Rua Rui Barbosa. Centro. (67) 3479-2221 Sidrolândia Rua Tomas Cáceres, 325. Bairro São Bento. (67) 3272-1919 Sonora Rua das Seriemas, 250. 79415-000. (67) 3254-3280 T Tacuru Rua José Carlos de Castro Alexandria, 450. 79975-000. (67) 3478-1086 Taquarussu Rua Profª Nair Rodrigues Nogueira, 77. 79765-000. (67) 3444-1405 Terenos Rua Ruberta Franco Leite, 18. (67) 3246-7481 / Fax (67) 3246-7366 V Vicentina Rua Rainha dos Apóstolos, 709. 79710-000. (67) 3468-2104

CRISTIANE LOUZADA FERREIRA DE OLIVEIRA MEMBRO TITULAR DO CONSELHO GESTOR DO HOSPITAL CASSEMS DE CAMPO GRANDE

Natural do interior de São Paulo, Cristiane Louzada Ferreira de Oliveira iniciou a carreira no serviço público em 1998. Graduada em Direito, Cristiane é segundo-sargento da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e atualmente está lotada na Academia de Polícia Militar. Além de desempenhar atividades como profissional da segurança pública e integrar o Conselho Gestor do Hospital Cassems de Campo Grande, Cristiane dedica-se a outras entidades. Recentemente, foi eleita presidente do Conselho Fiscal da Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul.

GESTÃO
GESTÃO PARTICIPATIVA TEXTO: Ariane Martins FOTO: Messias Ferreira
PARTICIPATIVA

Acompanhei de perto a construção do hospital e pude ver o carinho e a responsabilidade na criação de cada setor, para poder receber e dar um atendimento de qualidade e humanizado a todos os beneficiários

Cristiane Louzada Ferreira de Oliveira tem 43 anos e nasceu na cidade de Americana, interior de São Paulo. Mudou-se para Campo Grande e graduou-se em Direito pela Faculdade Campo Grande (FCG). Em meados de 1998, ingressou no serviço público e passou a atuar como profissional de segurança pública na Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. Atualmente, é segundo-sargento da PM e atua na Academia de Polícia Militar.

Cristiane acompanhou a mudança do plano de saúde vigente à época, o Instituto de Previdência Social de Mato Grosso do Sul (Previsul), para a Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems), o que, segundo ela, foi um avanço no cuidado da saúde dos servidores estaduais.

“Minha relação com a Cassems começou com a minha carreira como servidora pública, na época do Previsul, como beneficiária, mas o Previsul unia saúde e previdência, e desta forma não tinha como oferecer um atendimento de qualidade. Então, a criação da Caixa de Assistência dos Servidores, em 2001, foi um grande avanço para o beneficiário, que passou a ter um plano de saúde com atendimento de qualidade”.

Entre 2014 e 2016, Cristiane já fazia parte do Conselho de Administração da Cassems e viu a Caixa dos Servidores dar passos corajosos em prol da saúde em Mato Grosso do Sul. Um deles, por exemplo, foi a construção da rede hospitalar em diferentes regiões do Estado, atendendo beneficiários de Campo Grande e do interior. “Acompanhei de perto a construção do hospital e pude ver o carinho e a responsabilidade na criação de cada setor, para poder receber e dar um atendimento de qualidade e humanizado a todos os beneficiários. O Hospital Cassems

de Campo Grande trouxe segurança e tranquilidade para os beneficiários, contando com atendimento 24 horas”. Cristiane é, atualmente, membro do Conselho Gestor do Hospital Cassems de Campo Grande, na gestão de 20192023.

Para a conselheira, a Cassems é respeitada nacionalmente por não perder de vista o seu principal objetivo, que é cuidar da saúde ao mesmo tempo em que prioriza a transparência em suas ações. “O diferencial no papel da Caixa de Assistência dos Servidores é tratar de saúde mantendo e priorizando sempre a transparência. A Cassems é uma empresa respeitada em todo o Brasil. Quando da sua criação, ninguém jamais imaginou que se tornaria o que é hoje, me sinto muito honrada em fazer parte de toda essa história e representar com responsabilidade todos os servidores públicos, principalmente os da área da segurança”.

Cristiane ressalta que, atualmente, o plano de saúde conta com 10 hospitais próprios, vários programas de prevenção, centros de prevenção, de diagnósticos e odontológicos, além do Centro Integrado de Atenção Psicossocial (Ciaps), Clínica da Família e uma ampla rede de credenciados e equipe de saúde qualificada, além de ter sido reconhecida como uma das 500 maiores empresas do Brasil, conforme ranking nacional da revista Exame de 2021. “Sabemos que ainda temos muito a melhorar, principalmente no interior, mas, com uma gestão participativa e a colaboração mútua de todos os gestores, conselheiros e equipe administrativa e médica integrada, avançaremos ainda mais. Tenho muito orgulho de ser Cassems”, finaliza.

ORGULHO CASSEMS

TEXTO: Tathiane Panziera FOTO: Messias Ferreira

ONDE PRECISAM DE MIM

EU ESTOU

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Clementina Loureiro usa seu dom na costura para recriar fantasias e ganha em troca sorrisos de quem participa do Plantão da Alegria

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“Eu vou contar essa história porque você vai me perguntar...”, adianta Clementina Loureiro, a Tina, colaboradora do Hospital Cassems de Campo Grande desde que a unidade entrou em funcionamento. “Eu entrei na inauguração do Hospital, já vai fazer seis anos, sempre na Nutrição, mas onde precisam de mim eu estou”. Assim, com a fala ligeira, ela conta como começou a confeccionar fantasias para colegas que dão vida a personagens de livros, filmes e HQs e que vez ou outra aparecem durante o Plantão da Alegria, uma ação que contagia com cores e sorrisos os corredores do hospital. Tina explica que a ideia surgiu quando ela e alguns colegas de trabalho estavam reunidos na copa, na pausa do almoço, para fugir do frio.

“Eu tenho aqui o meu canto [na copa], e aí a gente ficou sentado, pensando em criar alguma coisa para alegrar quem está internado há muito tempo. Eu falei: ‘vamos fazer fantasias’, para a gente poder ajudar idoso, criança e poder levar alegria. E aí a gente juntou umas pessoas para animar, ajudar com a ideia, então criamos o nome Plantão da Alegria e eu fui estudando a fantasia”.

O primeiro Plantão da Alegria foi realizado um ano depois que a unidade hospitalar iniciou as atividades, em 2017, e naquele ano foram realizadas as festas de Dia dos Pais e Natal. Aliás, naquele mesmo ano, o Plantão da Alegria transbordou de amor e carinho, reunindo até os idosos do Recanto Feliz. Já em janeiro de 2018, o Plantão da Alegria foi retomado na celebração do Dia do Paciente, com os plantonistas levando sorrisos, atenção e carinho para quem estava internado no hospital. Em 2019, foram cinco ações, incluindo uma apresentação teatral.

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AS FANTASIAS

Um importante elemento do Plantão da Alegria são as fantasias, afinal, são elas que dão forma aos personagens e trazem o colorido e o sorriso necessários para contagiar os pacientes internados que recebem as visitas dos plantonistas. E confeccionar fantasias é uma tarefa que Tina desempenha com facilidade, ciente de que não está apenas unindo tecidos, mas, sim, costurando para realizar sonhos dos colegas que queriam, mesmo que por algumas horas, se tornar seus personagens favoritos. “Então a gente juntou tudo, a von-

tade de fazer as pessoas internadas e nossos colegas sorrirem. Porque usar fantasia nem sempre é coisa de criança, pessoas mais velhas também querem se vestir como os personagens, mas têm vergonha, então a gente criou o Plantão da Alegria, para realizar sonhos”.

Tina conta que aprendeu a costurar na infância, ao observar a avó, e as primeiras peças que reproduziu foram roupas para bonecas e roupas de personagens de novelas. “Eu não tenho curso nenhum, fiz minhas peças sozinha, cortava em um

ORGULHO CASSEMS

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papel e ia para o pano. Fui costurando escondida da minha vó, porque ela costurava, mas nunca cheguei perto da máquina dela. Eu costurava na mão e adorava”. Com o passar dos anos, a costura manual deu lugar à costura mecânica, na máquina, e nem mesmo a falta do curso de costura atrapalhou a vontade de Tina de fazer a alegria de quem está internado e de quem usa a fantasia. Geralmente, cada peça de roupa fica pronta em até um dia, em um processo que envolve muita dedicação e estudo, para recriar com riqueza de detalhes cada fantasia.

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ORGULHO CASSEMS

COSTURANDO

SONHOS

O universo de fantasias é variado e plural. “Assim, de cabeça, eu não sei, mas temos mais ou menos 30 [peças]”, ressalta Tina. Entre as fantasias já confeccionadas estão as roupas da Emília, a boneca falante e ilustre moradora do “Sítio do Picapau Amarelo”, e até a de um dos famosos super-heróis das histórias em quadrinhos, o Super-Homem. “Temos também de princesas, da Fiona, do Mario, do Super Mario Bros”, completa.

Perguntada se tem alguma fantasia favorita, Tina diz que sim. “Eu gosto das de princesa, do ‘Toy Story’, o meu netinho fala muito da Margarida e do Shrek”, destaca. O dom para costurar é tanto, que Tina recria roupas de personagens desconhecidos para ela. “Às vezes, a pessoa vem e fala que gosta do personagem, mas eu nunca vi. E às vezes a fantasia não tem um preço acessível, daí eu estudo, busco na internet e vou tentando até fazer”.

Conhecedora de seu talento, ela desafia: “Vamos supor que você me fala agora ‘eu quero tal personagem’, e eu não sei quem é, mas eu vou estudar. Não tem dificuldade nenhuma, eu estudo até conseguir, eu faço o desenho no papel, depois do papel eu vou no tecido, e assim vai nascendo”.

O resultado é uma onda de felicidade. Agrada quem está vestindo, quem está vendo a fantasia e a Tina, que se dedica a produzi-la. “É uma felicidade enorme. Só de ver a alegria da pessoa quando ela vem me falar: ‘muito obrigada, você fez e ficou lindo’, eu já fico muito feliz”. Segundo Tina, é difícil não se emocionar ao ver sorrisos. “Tenho contato com todos os pacientes e mães de pacientes, eles ficam felizes, choram, nós já fizemos tantas coisas bonitas. Uma vez, fizemos uma bola com fotos e muitas pessoas escreveram mensagens, é muito bom quando as pessoas veem a gente realizando aquele sonho. Elas agradecem depois, é gratificante”.

80 // ORGULHO CASSEMS

A fama de Tina é conhecida no hospital. Das fantasias, ela já partiu para confeccionar um coração, que circulou pela unidade hospitalar, e até um boneco, que foi utilizado no dia de treinamento da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). Os pedidos, claro, não param de chegar. “Toda vez que eu faço uma peça, eles mandam mensagens e vêm cinco ou seis pessoas atrás de mim querendo fantasia”.

Entre 2020 e 2021, o Plantão da Alegria foi pausado, em razão da pandemia de Covid-19, mas a previsão é de que a ação retorne ainda em 2022. Motivo de alegria para Tina, que já tem um estoque de tecidos esperando para ser transformado em sonhos. Além de planos que incluem novas fantasias para serem produzidas. “Eu falei ‘eu estou muito triste hoje’, porque, com a pandemia, nosso Plantão da Alegria tinha parado, mas agora está renascendo. Já os tecidos, eu vou usando os que tenho, e nesses cinco anos eu reuni muita coisa e

eu vou separando e falando: ‘isso aqui dá para uma personagem’”, conta.

Na lista das fantasias que Tina tem vontade de confeccionar estão as da turma do “Chaves”. “Da Chiquinha, da Dona Florinda, porque a gente é atrapalhada, e eu me encontro muito nesses personagens atrapalhados”, brinca, escolhendo qual fantasia usaria. “Eles escolheram para mim a da Bruxa do 71, disseram que eu tenho jeito, mas a que eu escolheria é a da Velha Surda, que meu amigo Raul sempre falava que eu parecia com ela”, conta, entre risos.

Tina acrescenta ainda que tem entre os incentivadores o neto, que vê em primeira mão tudo o que a avó produz. “Toda fantasia que eu faço eu me encontro nela, porque durante a confecção, quando eu estou cortando e costurando, eu visto para ver como ficou. Nessa hora, meu netinho Natan, que tem seis anos, fala: ‘linda, vovó, igualzinho’. E depois que eu vejo pronta eu penso: ‘minha nossa! Eu consegui fazer’. Eu fico feliz!”, arremata.

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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente Ricardo Ayache

1º Vice-Presidente Ademir Cerri

2º Vice Presidente Alexandre Junior Costa Membros Titulares Roberto Magno Botareli Cesar, Mario Sergio Flores do Couto, Thiago Monaco Marques, Robelsi Pereira, Alexandre Barbosa da Silva Membros Suplentes José Remijo, Perecin, Diego Fernando de Arruda Soares, Alessandro Jacometo, Ceres Gonçalves, Pereira Zambon, Jacilene Ferreira da Silva

CONSELHO FISCAL

Membros Titulares Geraldo Celestino de Carvalho, Priscila Lemos Wormsbecher, Wilson Xavier Paiva, Cláudio Mario Salvador Menezes de Souza, Wilds Ovando Pereira, Aline Melo de Oliveira - representante do Governo Membros Suplentes Andre Luiz Garcia Santiago, Valdir Aparecido Reynaldo, Marcelo Tabone Neves - representante do Governo

GESTÃO EXECUTIVA

Presidente Ricardo Ayache

Diretoria de Assistência à Saúde Maria Auxiliadora Budib Diretoria de Unidades Hospitalares Flávio Stival Diretoria de Assistência Odontológica Denise Garcia Sakae Diretoria de Finanças Maria Antônia Rodrigues Diretoria de Clientes Jucli T. Stefanello Peruzo Diretoria Jurídica Cleber Tejada de Almeida Diretoria de Projetos e Processos Organizacionais Celciliana Barros de Moura

GERÊNCIAS REGIONAIS

Aquidauana Ana Maria Mendes Machado Campo Grande Sonilza de Souza Lima Corumbá Rosana Lídia da Silva Pereira Coxim Luciano Ferreira Dourados Vera Lúcia de Lima Jardim Odete Aquino Vareiro Naviraí João Inácio de Farias Nova Andradina Ivone Ramos Pereira Paranaíba Valéria Lucena Matos Pereira Ponta Porã Selma Dias Gonçalves Três Lagoas Aelton Manoel A. Oliveira

GERÊNCIAS HOSPITALARES

Aquidauana Júlio Antonio Rossi Campo Grande Alessandro Depieri Coxim Paulo Souza Corumbá Israel Dias Dourados Jean Henrique Davi Rodrigues Naviraí Maria Inês de Almeida Vidotto Nova Andradina Eliezer Branquinho Paranaíba Soraya Rita E. de Lima Ponta Porã João Carlos Biff Três Lagoas Meyre Alves

ASSESSORIAS

Presidência Adriana Georges Sleiman Comunicação Ariane Martins Interior Sonilza S. de Lima Contabilidade AT Contábil Assessoria em Contabilidade Auditoria Independente Ascoplan TI Oxxy / Strategy

OUVIDORIA Cecília D. Jeronymo Serra

CONSELHO EDITORIAL Presidente e Representante do Conselho de Administração Ricardo Ayache Representante da Saúde Maria Auxiliadora Budib Representante de Comunicação e Coordenação-Geral da Revista Viver Cassems Ariane Martins

GERÊNCIA

Superintendente Administrativa Financeira Sandra Ortega Gerente Jurídico Patrick Hernands

Gestora de Desenvolvimento Humano Organizacional Vanêssa Trivellato Gestora de Departamento Pessoal Juliana Inácio Gerente de Tecnologia e Informação Raphael Domingos Barbosa Gerente da Rede Credenciada Tatiane Alves de Andrade Gerente Administrativo de Assistência à Saúde Wellington Martins Gerente Técnica de Assistência à Saúde Elea Godoy Gerente de Riscos e Controle Internos Samuel Dias Gerente Contábil Sirleide Gama de Mello Ouvidoria Cecília D. Jerônymo Serra Compliance Officer Matheus Brunharo Encarregado de Proteção de Dados (DPO) Guilherme Victorino Projeto Gráfico Diniz Ação em Marketing Diagramação e Produção Diniz Ação em Marketing Comercial Cibelly Nunes E-mail cibelly@dinizacao.com.br Telefone Comercial (67) 3042-0127 / 9 9917-6766

Fotos Assessoria Cassems, Messias Ferreira Jornalistas Gustavo de Deus (MTB/MS 898), Ariane Martins (MTB/MS 513), Mikaele Teodoro (DRT 2114-MS), Sarah Santos e Tathiane Panziera (DRT 377- MS) Colaborou Paulo Corsi. Revisão Amanda Denise de Lima E-mail comunicacao@cassems.com.br Telefone da Redação (67) 3309-5365 Tiragem 70.000 exemplares

Os anúncios independem da Rede Credenciada

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