Conheça o outro lado da história e entenda os porques

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Sumário Biografia 7 Apresentação 9 Prefácio 11 Agradecimentos 13 Cinco mandamentos para se tornar um deficiente contente 15 Aceitação 17 Especial 19 Patinho feio 21 Relacionamento 23

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Humor 25 As fases da vida de um deficiente 27 Quando você descobre que vai ter um filho com deficiência 29 Coisas que tornam os deficientes exemplos de vida para pessoas que não possuem deficiência e para os próprios deficientes.

45 Mais situações 57 Poesia: Brasil um país de todos!

71 Bate papo em família!

73 Entrevistando um exemplo de vida 85 Fechamento do livro 91 Ajude a melhorar nosso trabalho 93

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Biografia Meu nome é Marcelo Cardoso Mangabeira e eu sou deficiente físico. Minha deficiência é conhecida como escoliose congênita múltipla. Nasci na cidade de São Paulo, em uma comunidade carente na Zona Norte, no bairro do Parque de Taipas.

Tenho três irmãos. Kelly, Gabriel e André. A Kelly e o André também são deficientes físicos. Somente o Gabriel não possui nenhuma deficiência.

Meu pai é o Marco e minha mãe é a Regina. O Marco, que além de um excelente pai é um grande guerreiro, sempre vendeu cocada para não deixar faltar nada em nossa casa! A Regina é uma mulher de fibra. Ela é auxiliar de enfermagem e sempre me ensinou a nunca desistir dos meus sonhos!

Já trabalhei com palestras motivacionais e inclusão social de pessoas com deficiências na nossa sociedade. Atualmente trabalho no Banco Itaú. Além de

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lá, já trabalhei em diversas empresas multinacionas como a TAM (atual Latam) e a TOTVS, uma empresa de software. E foi lá onde realizei um curso sobre capacitação de pessoas com deficiência. O Instituto de Oportunidade Social, mas conhecido como IOS capacita jovens deficientes e o insere no mercado de trabalho. Foi no Instituto que acabei tendo contato com outros deficientes, aumentando assim a minha vontade de escrever um livro com esse tema, para ajudar outros deficientes.

Por essa empresa ainda aprendi LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais) pela instituição DERDIC e me formei em Marketing na Faculdade Anhanguera.

Como Hobby, gosto de compor músicas, escrever poesias e postar conteúdos de inclusão social sobre pessoas com deficiência no Facebook e no Youtube. Se você quiser me conhecer mais um pouco ou acompanhar meu trabalho, curta minha página “Aprenda a Ser Um Deficiente Contente” no Facebook e se inscreva no meu canal “Inclusão com Humor!” no Youtube.

Bem-vindos ao meu mundo!

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Apresentação Esse livro veio para ensinar aquelas pessoas que possuem algum tipo de deficiência que sim, possuímos algumas limitações, mas isso não pode limitar nossos sonhos e muito menos nos impedir de sermos felizes.

E para aquelas pessoas que não possuem deficiência, deixo aqui uma grande lição de vida.

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Prefácio Gostei muito do livro. O autor conseguiu mostrar realmente como é a vida de uma pessoa com deficiência. Muitos deficientes vão se identificar com ele e iram elevar sua autoestima, além de aprender a correr atrás de seus sonhos, mesmo que seja difícil realizá-los.

Regina Celia Rodrigues da Silva Mangabeira

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Agradecimentos Agradeço a Deus.

Agradeço também a minha família, que sempre me deu grande apoio e incentivo para escrever sobre minhas experiências. Agradeço a todos os entrevistados que contaram a respeito de suas próprias experiências profissionais e pessoais. E aos meus queridos amigos. Sem vocês não seria possível realizar esse sonho!

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Cinco mandamentos para se tornar um deficiente contente Conheรงa o Outro Lado da Histรณria e Entenda os Porques.indd 15

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Aceitação A primeira dificuldade que um deficiente encontra em sua vida é na interação com a sociedade.

A primeira grande barreiro é o medo em não ser aceito, em sair nas ruas e saber que as pessoas te olharão de um modo diferente. Sabemos que isso acontecerá, mas o grande x da equação é se você deficiente irá se aceitar. Esse passo ajudará muito em sua inclusão social.

E quando você se aceita, a vida não vai se torna um “mar de rosas”, mas com certeza, você se tornará um ser humano melhor e com isso uma pessoa mais feliz e capaz de seguir.

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Especial O termo ‘especial’ é bastante utilizado na sociedade ao se referir a uma pessoa que possui uma deficiência. Mas ser deficiente não é especial. Possuir uma limitação não te torna uma pessoa especial. Te torna alguém que precisa de cuidados especiais. Essa é grande diferença.

Ser especial é possuir um talento que te ajuda a ser o melhor em sua profissão, por exemplo. Ter uma bela voz quando se é cantor, saber jogar um belo futebol quando se é jogador, saber passar seus conhecimentos quando se é professor, ter firmeza quando se é um cirurgião médico, etc. Só assim a sociedade pode falar que uma pessoa é especial.

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Patinho feio 99% dos deficientes já tiveram a Síndrome do Patinho feio. Isso para não dizer 100%.

Mas o que é essa síndrome? Eis aqui alguns sintomas: se fazer de coitadinho, colocando desculpas para não ter uma vida melhor; não se achar capaz de ocupar um bom cargo dentro de uma empresa só porque possui algum tipo de deficiência; deixar de cursar uma faculdade porque não acredita em sua capacidade; deixar de conquistar seus sonhos, porque acha que ser impossível devido a deficiência, entre outros. Essa síndrome infelizmente impede o deficiente de ser feliz.

Atenção! Se você estiver com alguns desses sintomas, CUIDADO! Com o passar do tempo eles poderão causar depressão e outras doenças, podendo te levar até a morte. Sabemos que não é fácil ser deficiente, até brinco se tivesse um pedido para fazer

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para o gênio da lâmpada, pediria para ser deficiente só por um dia! Porque ser deficiente todos os dias é muito complicado! Infelizmente reclamar não vai ajudar em nada. Ao invés de ficar chorando pelos cantos e se pergunta para Deus porque ter nascido assim? É melhor procurar olhar para frente e ver o que você pode fazer para melhorar a sua vida!

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Relacionamento Esse é um dos mandamentos mais interessantes e polêmicos desse livro. Diariamente escuto várias pessoas (que não possuem deficiência) falarem que não existe nenhuma barreira ou dificuldade em um deficiente conseguir se relacionar afetivamente com outra pessoa. Porém, sabemos que isso não é verdade. É claro que existe várias barreiras. A sociedade é cheia de preconceitos. Esse é um fato inegável. Darei aqui alguns exemplos. Primeiramente, uma das mídias mais influenciáveis, a televisão. Em seus programas, o que encontramos? Grandes histórias de amor. E os protagonistas, em sua maioria, um casal, são bonitos, dentro do “padrão de beleza” que a sociedade impõe.

Isso também acontece nas revistas, jornais, internet, etc. Mas o que quero dizer com isso, é que com essa imposição das mídias, as pessoas que estão fora desse “padrão de beleza”, como os deficientes, acabam sofrendo preconceito na hora de se relacionar com

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alguém, seja em festas, no colégio, nas redes sociais e/ ou no trabalho.

E quando alguém começa a namorar um deficiente físico, surge uma questão: seu namorado(a) é bonito(a)? Amigos e familiares querem saber se temos bom gosto na hora de escolher um parceiro.

E sabemos que para sociedade, os deficientes estão fora do “padrão de beleza”, por isso, quando um deficiente se relaciona com alguém sem deficiência, é necessário muito mais que amor verdadeiro e puro para enfrentar o preconceito; é necessária coragem para serem felizes juntos.

O mais importante para o deficiente é, antes mesmo de se relacionar com outra pessoa, se perguntar: “Eu namoraria uma pessoa com deficiência?” Reflita e responda com sinceridade. Se a resposta for sim, isso mostra que você realmente se aceita e também aceita o próximo mas, se a resposta for não, é melhor você rever seus conceitos. Como você vai lutar contra as barreiras que a sociedade impõe, se você mesmo tem esse tipo de preconceito? Pense bem.

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Humor Quem é deficiente possui a necessidade de ser bem-humorado!

Por que digo isso? Porque os anos de vida me ensinaram que muitas vezes o humor é a melhor saída para algumas situações que passamos.

Muitas vezes ouvimos tantos absurdos em relação a nossa deficiência, que seria melhor sermos surdos! Ou cegos para quando saímos de casa, não termos que lidar com olhares que nos fazem parecer extras-terrestres. Mas com humor, podemos lidar com essas situações. Eu brinco com essas situações, dizendo que as pessoas que nos olham com estranheza, na verdade devem nos achar celebridades. Com os olhos arregalados, só faltam querer tirar selfies e pedir autógrafos. Use o bom humor! Assim você conseguirá sair dessas situações da melhor forma possível.

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Quando você descobre que vai ter um filho com deficiência Vamos falar sobre o momento em que os futuros papais descobrem que irão ter um filho com deficiência. Esse é um momento muito delicado. Até porque quando você descobre que sua esposa está grávida, a primeira coisa que você, sua esposa, amigos e familiares pedem é que seu filho venha com saúde. Não é mesmo? Quando isso não acontece, a primeira reação é um choque, tanto para o pai quanto para mãe. Os amigos e familiares já não sabem o que dizer. É necessário dar um tempo para a poeira baixar. Somente após isso e com os nervos no lugar, é que os dois começam a imaginar como será a vida do seu filho.

Como será sua interação com o mundo, sabendo que por ele ter uma deficiência, acabará sofrendo preconceitos? É nesse momento que tudo muda. O foco na educação e inclusão na sociedade se torna um assunto delicado. Assuntos antes nunca imaginados, se tornam constantes nas conversas e dificuldades que antes não eram nada, se tornam vivas em suas mentes.

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Agora será necessário se adaptar, imaginar uma outra vida, prestar atenção no local onde mora, na cidade onde vive, nas dificuldades de locomoção e nas dificuldades que existem em um mundo que não está totalmente adaptado para receber pessoas que necessitam de cuidados especiais.

O nascimento de um bebê com deficiência Chegamos então ao nascimento do bebê. Nove meses se passaram e com esse tempo, os pais já estão mais acostumados com a ideia de que terão um bebê com deficiência. Já estudaram a respeito da deficiência do filho, mas ainda não sabem que o momento mais difícil virá em seguida.

A prática é muito diferente da teoria. Cada deficiência precisa de um tipo de cuidado específico.

Eles precisam saber e aprender a lidar com seu bebê da melhor forma possível para que ele possa ter qualidade de vida.

Após o nascimento, os pais começam a sair com seu bebê pelas ruas, shoppings, supermercados.

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Pegam transporte público e então, entendem que a sociedade ainda não está pronta para lidar com as diferenças. Primeiro, as pessoas começam a observar e infelizmente, a fazer perguntas que podem acabar chateando os pais.

“Será que a mãe tomou alguma medicação para não ter o bebê? Por que o bebê nasceu assim? Será que os pais são primos?”

Questões como essas são mais comuns do que possamos imaginar. E além de ter que lidar com esse tipo de situação, os pais ainda serão obrigados a ouvirem os famosos apelidos que as pessoas consideram “carinhosos” ao falarem de crianças com deficiência.

“Olha lá os pais do defeituoso, do aleijadinho, do paralítico, mudinho, ceguinho, etc.”

Essas perguntas surgirão e, além de chatearem e muito os pais, elas podem atrapalhar no desenvolvimento da inclusão social do bebezinho com deficiências. Afinal de contas, os pais só querem o melhor para seus filhos.

ATENÇÃO: Se você, que está lendo esse livro, não possui deficiência, evite esse tipo de pergunta e de comportamento.

Por favor, não torne mais difícil a vida dos pais e dos filhos com deficiência.

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A infância de uma pessoa com deficiência A infância, com certeza, é a parte mais complicada para a pessoa com deficiência. É onde os pais precisarão estar juntos de seu filho e ao mesmo tempo deverão dar independência a ele. É uma fase em que a criança começará a frequentar a escola, a ter contato com outras crianças da mesma idade… é quando ela começará a ver que é diferente dos outros, pois os olhares e perguntas surgiram de seus amiguinhos e coleguinhas. E é, nesse momento, que infelizmente, ele poderá sofrer preconceitos por parte de outras crianças.

Nessa fase a criança não possui inteligência emocional, que se faz necessária para lidar com essas situações. Piadinhas a respeito da sua deficiência são muito comuns. A situação pode ser mais grave do que imaginamos. Muitas vezes, devido a isso, a criança pode perder o interesse nos estudos, em outras atividades e pode querer até mesmo parar de frequentar a escola. Nesse momento, os pais deverão auxiliá-la, mostrando que a criança pode até ser diferente de outras, que pode até possuir determinadas limitações, mas que nada disso impede que ela tenha uma vida normal, dentro das possibilidades de cada 32

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um. Os pais devem deixar o filho ciente que, apesar do preconceito, sua família estará ao seu lado e, que, ela poderá ajudá-lo a vencer as barreiras da vida. Pais, se necessário, conversem com a diretoria da escola de seu filho. Explique ao corpo docente que seu filho precisa ser tratado com respeito e igualdade. Seja uma rocha para seu filho!

Além da escola, a criança pode passar pela mesma situação em seu bairro, em parques, shoppings… enfim, em qualquer outro lugar. Porém, você como pai, deve agir da mesma forma, deve ser o ponto de confiança de seu filho. Deve ser seu alicerce. Dessa forma, a criança com deficiência se sentirá acolhida e com menos medo de conviver com outras crianças.

E você criança que possui algum tipo de deficiência, nunca se esqueça que seus pais estão prontos a te ajudar, não importa o que estiver acontecendo. Portanto, é sempre importante conversar com eles. Sabemos que a situação pode não ser muito fácil, você pode sentir vergonha ao falar que está sofrendo preconceito, mas sem dúvida, é a melhor medida a se tomar. Com certeza, isso te ajudará a combater o preconceito e a tornar as outras crianças seres humanos melhores.

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A adolescência d euma pessoa com deficiência Todo adolescente, por natureza, é revoltado e marrento. Imagine então um adolescente com deficiência! Pegue essa revolta e multiplique por dez vezes. Só assim, você poderá entender como é ser um deficiente na vida real. Nessa fase, geralmente começamos a nos interessar amorosamente por outras pessoas. Você começa a olhar de outra forma para as meninas da sua idade e elas o mesmo por você. É exatamente nessa fase que experimentamos sensações nunca antes sentias. Vivemos nosso primeiro amor.

A curiosidade fica atiçada e com os deficientes não poderia ser diferente. Ele começa a ver seus amigos se relacionado com outras pessoas e a vontade de fazer o mesmo é despertada. A vontade de ter um(a) namorado(a) a cada dia só aumenta.

Mas então, começa uma crise interna: “Como vou me aproximar daquela pessoa que gosto, sendo um deficiente?”

O deficiente já está mais maduro e sabe que o preconceito existe. Sabe que ele não está dentro dos “padrões de beleza” que sociedade impõe. Como 34

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então reagirá a mais um não? Como não se entristecer?

Como separar e diferenciar um não por preconceito e um não por realmente existir sentimento?

São muitas perguntas e infelizmente, as respostas nem sempre são otimistas. Hoje em dia, com o avanço da tecnologia, os jovens gostam de se relacionar através das redes sociais e aplicativos.

Vamos então citar um exemplo que ocorre muito: O deficiente conhece uma pessoa pela internet, começa a se relacionar através dela, descobre muitas afinidades com a outra pessoa e decide marcar um encontro.

Então, antes de se encontrar com a pessoa, o deficiente revela ter uma deficiência. Nesse ponto, existem dois possíveis desfechos. Primeiro, se a resposta for “Não, eu não quero sair com você, por você ser deficiente”, imagine como será para o deficiente saber que a pessoa não quis conhece-lo pelo fato dele ser deficiente!

Como lidar com o preconceito explícito? É preciso ter sabedoria emocional para que isso não atrapalhe sua vida e para que você não se desvie de seus objetivos, não se desvie do caminho certo e acabe se envolvendo com situações de risco, como as bebidas, drogas, entre outros. Para que o deficiente possa superar mais essa frustação, é importante ter a ajuda dos familiares e amigos de verdade.

Mas, se a resposta for sim, sem dúvida o deficiente viverá um dos momentos mais felizes em sua vida. Aquele momento em que ele encontra uma pessoa que não colocou nenhum tipo de barreira e/ou preconceitos e ele, pode então, curtir uma experiência 35

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que sonhou e idealizou. Chegou a hora de viver o primeiro e inesquecível amor da adolescência.

Uma parte que se torna muito chata para qualquer deficiente é quando seus amigos e familiares começam a namorar e você continua solteiro. Eles podem até tentar te animar, dizendo que vai encontrar alguém. Até tentam te colocar para cima, dizendo que a pessoa certa aparecerá. Sabemos que não será fácil encontrar alguém que goste você como é, mas um dia, com certeza você encontrará alguém que te fará muito feliz.

Essa fase da adolescência apresenta mais uma situação difícil. As aulas de Educação Física, matéria obrigatória nos colégios. Ás vezes, o deficiente, por algum motivo de saúde, não pode praticar educação física. Isso pode gerar mais uma frustação em sua vida. Também existem casos em que o deficiente até pode praticar atividade física, porém acaba sofrendo preconceito por ter limitações motoras. Os colegas e até mesmo os professores podem implicar com essa dificuldade. Nesse momento, você não pode abaixar a cabeça. Você deve se impor, falar com diretores e com seus pais para que essa situação pare e a atitude deles mude. Como falamos anteriormente (e me perdoe por ser repetitivo) é preciso mostrar como as coisas devem ser, para que o preconceito seja combatido.

Na adolescência, o deficiente também pode se interessar por algum instrumento musical e, muitas vezes, acaba tendo que adaptar-se ao o seu problema 36

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para consegui tocar o instrumento que deseja. Por exemplo, é preciso superação quando não se possui um braço e quer tocar bateria; quando se é cego e quer tocar piano; quando se é surdo e quer tocar pandeiro.

Pessoas que não possuem os braços, podem aprender a tocar violão, sabia? Existem diversos casos de superação pelo mundo. É preciso muita força de vontade para aprender a tocar um instrumento tendo algum tipo de limitação!

Mas nada na vida é fácil de se conquistar, por isso lute, pois assim você terá mais um motivo para ser um exemplo de superação para todos.

A fase adulta de uma pessoa com deficiência A fase adulta de uma pessoa com deficiência O tempo passou e agora o adolescente se tornou um adulto com deficiência. Nessa fase você está mais maduro e com a inteligência emocional mais forte. É também nessa fase em que você começa a trabalhar, começa a buscar novos desafios, compra seu próprio carro, uma casa, se casa na faculdade e forma uma 37

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família. Na fase adulta, você já aprendeu a lidar com o preconceito e consegue se manter no caminho certo!

E quando você tiver novos desafios, surgirão também novos preconceitos, mas isso não pode fazer com que você desista de seus objetivos. Cedo ou tarde as coisas vão acontecer e você vai ver que todas as situações vividas serviram para te tornar um grande exemplo de garra e de ser humano vitorioso.

Quando começar a frequentar a faculdade, os mesmos olhares que você via no colégio precisarão ser enfrentados lá também, com a diferença de que as pessoas não são como seus coleguinhas da infância, elas conseguem se segurar, porém mesmo assim, acabam cometendo alguns deslizes. Um exemplo disso é ter pena, sentir dó do deficiente.

Outra coisa que acontece com bastante frequência é achar que o deficiente só serve para ser amigo e não para namorar. É complicado, porque nessa fase a grande maioria dos seus amigos já está namorando, alguns inclusive já são casados e os filhos já estão chegando. Se você, deficiente estiver solteiro, pode até bater aquela tristeza, o que é normal, pois você também é um ser humano e tem sentimentos, mas não desanime. Existem situações boas dentro da faculdade.

Exemplo disso é que muitas pessoas veem você como um grande exemplo de vida e superação. Olham sua limitação e observam como você quer melhorar sua vida, trabalhando e cursando a faculdade. Isso é uma injeção de ânimo para qualquer pessoa seguir em frente em vez de ficarem reclamando de tudo pelos 38

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cantos. Ser um exemplo para os outros é bom. Ajuda a abrir portas para que você possa encontrar uma namorada ou namorado e com isso vai ajudar no seu desenvolvimento nas matérias da faculdade.

Agora vamos falar sobre o primeiro emprego.

Hoje em dia, graças a leis de cotas, muitos deficientes possuem maior facilidade em entrar no mercado de trabalho. Muitas empresas capacitam seus funcionários para estarem preparados a exercer as suas funções. Essa parte é complicada para o lado do deficiente e para o lado dos funcionários que vão receber o deficiente na empresa. É uma fase que precisa de cumplicidade de ambos, para que o deficiente consiga se adaptar ao trabalho e também aos colegas de equipe. Quando um deficiente chega para trabalhar, gera uma grande curiosidade por parte da equipe para saber sobre sua adaptação, sobre qual o tipo de deficiência que ele possui, se ele nasceu assim ou sofreu algum tipo de acidente, quais suas limitações, o que ele pode fazer ou não, etc.

São muitas perguntas que devem ser respondidas com toda a sinceridade e muitas vezes, isso pode se tornar cansativo e chato. Algumas pessoas não entendem que tudo na vida tem um por quê. O deficiente ouve essas perguntas desde sua infância. Por isso é compreensível que ele fique um pouco sem paciência. As pessoas acabam pensando que por sempre ouvir essas questões, ele deve estar acostumado e pronto para responder sempre. Infelizmente a vida não é como a matemática, uma ciência exata. Por isso, antes de fazer esse tipo de pergunta, a pessoa deve se colocar no lugar do outro e pensar: “como eu reagiria a essa questão?”.

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Existe aquela fase em que o deficiente quer comprar seus bens, como por exemplo, seu carro.

Você sabia que é um pouco complicado, pois existem diferenças para conseguirmos tirar nossa CNH? Primeiramente, não é em qualquer autoescola que você pode tirar CNH. É mais caro que uma carteira de motorista convencional, devido a necessidade de cuidados diferentes para que o deficiente possa tirar com segurança. Depois que você conseguiu sua CNH, outra grande barreira vem à tona. A grande burocracia para conseguir acesso a documentação. Por sermos deficientes, existe um desconto para pessoas com deficiência na hora de comprar seu veículo, mas isso pode variar de 6 a 9 meses para que o processo seja finalizado. Apesar de toda essa demora, vale muito a pena, pois você pode comprar um carro automático pelo preço de um carro manual. Os descontos giram podem chegar a 10 mil reais. Além disso, você também estará isento de impostos, como o IPVA e livre do rodízio (se você dirigir na cidade de São Paulo). Você poderá dirigir todos os dias, sem se preocupar com a adaptação dos transportes públicos, além de poder utilizar as vagas preferenciais dos estacionamentos.

Casamento. Essa é uma conquista muito esperada, tanto pelas mulheres quanto para os homens deficientes. É uma das fases mais felizes que o deficiente pode viver, porque passa um filme desde sua adolescência. Ele pode finalmente ver que encontrou alguém que o ama de verdade, que não olhou somente para a sua deficiência, mas que olhou para o seu interior, caráter, honestidade, bondade, 40

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cumplicidade, garra e superação. Ele percebe que a felicidade chegou e que o preconceito foi vencido.

A terceira idade d euma pessoa com deficiência Essa é a última fase da vida. É quando o deficiente olha para trás e vê tudo aquilo que viveu.

Todos os preconceitos, frustrações, realizações pessoais e profissionais ficaram no passado e que nada voltará. O que resta é aproveitar as últimas oportunidades que a vida lhe dá para ser feliz. Ele ou ela já sabe que a vida passa rápido, como num piscar de olhos. Nessa fase, mesmo aqueles que não possuíam nenhum tipo de deficiência, a essa altura começam a ter dificuldades e limitações. Podem ficar surdos, podem ficar deficientes físicos, ter problemas intelectuais, ficar cegos e por aí vai. É preciso tomar cuidado com as quedas, pois os ossos estão mais frágeis. É como ter osteogênese, uma doença mais conhecida como “ossos de vidros”. Ficam com dificuldade para enxergar, como os deficientes que tem baixa visão; dificuldades em ouvir, como os deficientes auditivos; dificuldade de andar, necessitando de muletas ou cadeiras de rodas.

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É também nessa fase que você começa a dar valor a coisas que você não dava antes, como o tempo, a vida, família e as todas as coisas e pessoas que estão ao seu redor. É muito importante respeitar e cuidar das pessoas da terceira idade, porque um dia essa fase também chegará para você e, sem dúvidas, você vai querer ser tratado com muito respeito e cuidado!

Lembre-se, um dia a vida acabará e as lembranças serão a única coisa que ficará sobre você. Que sejam lembranças boas das coisas que você fez para as pessoas que ama!

Reabilitação Falar de reabilitação não é fácil. Antes de começar a falar sobre esse assunto, é preciso se colocar no lugar do outro. Imagine você, que passou uma boa parte de sua vida não possuindo nenhuma deficiência. Imagine, de uma hora para outra, você sofrer um terrível acidente e ter sequelas para o resto de sua vida. Isso causa um grande choque na vida da pessoa que sofreu um acidente, por isso, nesse momento, a pessoa precisa de apoio, carinho e atenção dos familiares e amigos, para que ela pessoa não caia em uma depressão e fique sem forças para seguir! É 42

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preciso, em alguns casos, que a casa seja adaptada para que ele conseguia se locomover. É um momento delicado, a pessoa precisa aceitar sua nova realidade e saber que as coisas serão diferentes a partir de agora.

Não virão somente dores físicas, mas outras limitações surgirão e a aceitação é necessária. Mas e depois de se aceitar, qual será o próximo passo?

Aprender a lidar com os olhares preconceituosos e com perguntas sem noção, que com certeza, surgirão.

Depois de um certo tempo, as cicatrizes do acidente se curaram, a inteligência emocional da pessoa voltou, e é nessa hora que a pessoa que sofreu o acidente voltará com sua vida normal, dentro do possível. Vem o grande momento que a pessoa precisa voltar ao trabalho. Como lidar com essa situação, sabendo que você terá limitações que não tinha antes? Sabendo que muitas vezes as cidades não estão totalmente adaptadas para te receber e que em alguns casos, sua própria empresa não está adaptada para te receber. Essa é mais uma barreira a ser superada. Passada essa fase, se você estiver solteiro(a) ainda, vai bater aquela vontade de conhecer alguém, de se relacionar amorosamente. E agora? Como agir, sabendo que as pessoas te olharão de um jeito diferente que antes do acidente não olhavam! O que fazer? São muitas perguntas e um grande medo de ouvir um não. É uma situação complicada, ninguém gosta ser menosprezado, mas você não deve baixar a cabeça. Siga com sua vida. Uma hora, alguém te olhará com outros olhos e então, você encontrará alguém que 43

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estará contigo na saúde e na doença, na tristeza e na alegria, que não terá vergonha de você e sim, orgulho do ser humano que você se tornou! Pode demorar, mas sua hora chegará. Tudo na vida tem hora e lugar certo para acontecer, uma hora o amor vai bater em sua porta e você será muito feliz.

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Coisas que tornam os deficientes exemplos de vida para pessoas que não possuem deficiência e para os próprios deficientes.

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Não andar Muitas pessoas possuem esse privilégio e vivem reclamando da vida. Mas você já parou para pensar naquelas pessoas, como os deficientes cadeirantes e deficientes que usam algum tipo de aparelho para ajudar a caminhar, que mesmo assim, com muitas dificuldades, consegue, dar continuidade em suas vidas?

Não falar Usamos a fala durante todo nosso dia, para nos comunicarmos com outras pessoas. Quem tem essa oportunidade, muitas vezes, não dá o devido valor, não sabe o quanto alguém que não consegue falar, sofre para se comunicar com as outras pessoas em lojas, supermercados, hospitais, shoppings, etc., por não estarem aptos para atendê-las. Mesmo assim, essas pessoas conseguem seguir com suas vidas.

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Não enxergar A visão é um sentido muito importante para todos, parece uma coisa tão simples e quem tem esse benefício não sabe aproveitar e fica reclamando de pequenas coisas. É muito complicado a vida de uma pessoa deficiente visual, por causa das calçadas da cidade que nunca estão em perfeitas condições. Assim como os transportes e vários outros locais. Apesar de todas essas dificuldades, eles conseguem viver.

Não ter membros superioes ou inferiores Existem muitos deficientes que não possuem os membros, como o braço e que mesmo assim, conseguem trabalhar, tocar um instrumento, que possuem garra para viver da melhor forma. Existem pessoas que não possuem as pernas e conseguem praticar esportes, superam todos os dias suas limitações para viverem com qualidade.

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Ser tetraplégico Existem deficientes que não possuem movimentos do pescoço para baixo e mesmo assim conseguem trabalhar, pintar quadros e até se envolverem na política. Não ficam em sua zona de conforto e para cima das dificuldades e por isso conseguem viver suas vidas!

Ter múltiplas deficiências Existem aquelas pessoas que possuem mais de uma deficiência. Podemos nos deparar com pessoas que são surdas e cegas, que são tetraplégicas e possuem problema na fala, etc. Mesmo assim elas conseguem trabalhar, estudar e seguir com suas vidas.

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Recado importante Não existe pior ou melhor deficiência. O que existe é quem tenha mais limitações. Quanto maior for sua dificuldade, mais você será um exemplo vivo e bom para ser seguido. Quanto mais deficientes se tornam exemplo de vida na área pessoal e profissional, melhor para todos os deficientes, porque isso ajudará a combater os preconceitos e a mostrar que os deficientes não são coitadinhos, mas sim capazes!

Amor ao próximo Hoje em dia está cada vez mais difícil encontrar pessoas que têm amor ao próximo. Infelizmente é cada um por si e os outros que se virem. Isso está valendo para todos, até mesmo para as pessoas com deficiência. Começaremos a descrever então, caros leitores, sobre a criação de filas, entradas, assentos preferenciais dentro de transportes públicos, vagas de estacionamento e elevadores preferenciais. Ainda existem pessoas que têm respeito ou desconhecem 50

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totalmente a lei sobre os direitos das pessoas com deficiência, obesos, idosos, gestantes ou pessoas com crianças de coloco. Em pleno Século 21, onde a tecnologia reina, onde o conhecimento está ao alcance de nossas mãos, não buscarem se informar. Vou provar através de histórias vivenciadas por mim e por outras pessoas que isso existe e é real.

Primeira situação Acontece muito com pessoas que não sabem que existe um assento preferencial no transporte público que não serve somente para os idosos e as gestantes.

Um dia, uma senhora estava sentada no lugar errado, em um lugar preferencial (ela não era idosa, nem possuía nenhuma das características que fazem necessárias para o uso desse assento). Um deficiente físico entrou no ônibus e ela ficou observando e analisando. Após alguns minutos e pontos terem passado ela, que estava sentada, enquanto o deficiente físico estava de pé, se levantou, visivelmente irritada e disse para o deficiente: “Vou deixar você sentar aqui, mas esse lugar não é seu!” Como assim?! Essa situação foi extremamente constrangedora. Foi desconfortável ver a ignorância dessa mulher sem noção, que não sabe que o deficiente também tem direito a esse benefício 51

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nos assentos preferenciais. Além disso, há um adesivo na lateral do assento do ônibus, com as informações e também a diferença da cor do assento.

Segunda situação Seguindo essa linha de raciocínio, vou descrever outra situação que acontece muito. Uma pessoa chega e senta de forma errada no assento preferencial. Ela não nota que o deficiente está de pé ou, se nota, não se importa. Continua sentada ali, como se não houvesse nada de errado. Então sobe uma grávida ou um idoso e então, só nesse momento, a pessoa se levanta e deixa a grávida ou o idoso se sentar. Isso acontece muito, parece uma tolice, uma brincadeira, porém essa é a mais pura verdade. O Brasil está cheio de pessoas sem noção.

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Terceira situação Essa situação acontece com muita frequência.

Chega um passageiro preferencial no ônibus e aquele engraçadinho, que está sentado no lugar errado, começa a fingir que está dormindo, quando não faz pior, coloca os fones de ouvido e fica sentado, não demostrando nenhuma reação. Quando me deparo com esse tipo de pessoa, fico indignado. Os engraçadinhos sempre têm uma desculpa para dar, dizendo que estão com sono, cansados, depois de um dia cansativo de trabalho, etc. Os assentos não são para pessoas que estão com sono e cansados e sim, para as pessoas que têm mobilidade reduzida. Quando inventarem um assento para quem está com sono e cansado, eles podem ficar sentados sem problemas.

Quarta situação Outros casos acontecem com os pais e mãe sem noção, que acabam protagonizando nos transportes públicos. As mães e pais deixam seus filhos sentados 53

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nos assentos preferenciais e para piorar, quando sobe um deficiente, não demostram nenhuma reação e deixam o deficiente em pé, como se não estive fazendo nada de errado. Perdem uma grande oportunidade de ensinar seus filhos a respeitarem os direitos dos deficientes e dessa forma iriam se tornar seres humanos melhores e não pessoas sem noção como seus pais.

Quinta situação Quando o deficiente chega na fila do ônibus e a fila já está andando, as pessoas entrando no ônibus.

Então o preferencial chega e as pessoas não param e continuam entrando sem dar a devida atenção para o deficiente. Isso é muito triste.

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Sexta situação Essa acontece no metrô com muita frequência.

Existe uma parte que é destinada a entrada de pessoas preferenciais ou que estão carregando bagagem, malas, etc. Essas pessoas possuem preferência. Mas então aparece aquela pessoa que está sem mala e não é preferencial e que mesmo assim, se sente no direito de usar esse benefício. Eles pulam a catraca e ficam bravos quando os seguranças acabam barrando sua entrada. Usando do famoso “jeitinho brasileiro” de sempre querer levar vantagem.

Sétima situação Também vivida dentro do metrô. Existe uma entrada preferencial e um vagão feito para as pessoas com deficiência. Essa é pior situação que acontece no metrô, é uma total falta de amor ao próximo. As pessoas antes do metrô chegar, já cometem o primeiro erro, que é de ficar na entrada preferencial. Quando o metrô chega, as pessoas perdem totalmente a noção 55

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e saem correndo como se fossem animais, passando por cima de qualquer um para consegui se sentar. Já vi muitos deficientes se machucando depois de passar por esse tipo de situação. O que acontece no metrô infelizmente é a lei da selva, onde vence o mais forte.

Oitava situação Essa situação acontece muito dentro de estacionamentos. Pessoas que deveriam estacionar seus carros, motos, peruas, etc. em vagas normais, acabam estacionando em vagas destinadas as pessoas com deficiência. As desculpas para esse tipo de ato são as mais diversas. “Apenas cinco minutinhos”; “Vou num pé e volto no outro”. Imagine só se nesse pulo chega um deficiente que precisa usar a vaga por causa da sua limitação? Ele terá que esperar pela pessoa que estacionou indevidamente ou dirigir mais longe para estacionar, o que o atrapalhar e muito.

Tudo porque uma pessoa, sem noção e educação estacionou ali. Imagine se esse deficiente for um cadeirante ou um deficiente que tenha uma limitação grande para caminhar! Recado importante para todas as pessoas que não são deficientes e estacionam em vagas preferenciais: não torne a vida de uma pessoa com deficiência ainda mais difícil do que é!

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Mais situações

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Muitas pessoas ainda acham que os deficientes são incapazes. Falarei sobre algumas situações que acontecem em nosso dia a dia.

Outro dia vi uma cena que me chocou muito.

Um deficiente estava no ponto de ônibus e uma senhora próximo a ele olhou para o seu acompanhante e perguntou: “Coitadinho... ele nasceu assim? Ele sabe ler?”

Dessa vez aconteceu em um hospital. O deficiente estava aguardando pelo atendimento juntamente com sua família. A recepcionista então perguntou: “Ele sabe ler?”. O deficiente trabalhava em uma empresa multinacional e tinha curso superior completo.

A recepcionista só fez esse tipo de pergunta porque ele era deficiente.

São esses tipos de situações que realmente me deixa muito frustrado e irritado. Foram comentários completamente preconceituosos e se nenhuma necessidade.

Mais uma situação que aconteceu há poucos dias. Eu estava no ônibus sentado no assento preferencial quando uma senhora se aproximou de mim.

Começamos a conversar e depois de alguns minutos ela se virou e disse: “vou falar que sou sua acompanhante, assim posso ficar sentada aqui sem problemas”. Ela foi super cara de pau e quis dar um jeitinho naquela situação.

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Uma situação que acontece muito é quando o deficiente está sentando no banco preferencial e ele não aparenta ser deficiente. As pessoas começam a falar para ele sair do lugar e deixar o preferencial sentar. Isso acontece inclusive comigo, que apesar de ser deficiente, sou muito baixo e as pessoas infelizmente me confundem com uma criança. Até você conseguir explicar o acontecido, a situação fica muito chata. Mas não tem com não passar por ela e é por isso que levo no bom humor esse tipo de situação.

Existem pessoas boas!

Existem pessoas boas que quando o deficiente entra no ônibus cedem o lugar com a maior boa vontade, deixando o deficiente passar na frente nas filas, não estacionando seus veículos em vagas destinas a eles! Esses são os grandes exemplos de seres humanos.

Vou contar mais uma situação que algumas vezes acontece no transporte público. Ela chega a ser engraçada. A pessoa está sentada na vaga preferencial e então chega uma pessoa com deficiência. A pessoa se levanta correndo, desesperada e desnorteada, sem saber o que fazer. “Senta aqui, pelo amor de Deus”.

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É sempre a mesma fala. O preferencial até leva um susto. É claro que a pessoa está correta em sua atitude de ceder o lugar para o deficiente, mas dessa forma a situação fica engraçadíssima. Outra coisa que acontece e que também é engraçada é quando o preferencial chega e uma pessoa tenta arrumar um lugar para o deficiente de qualquer jeito. Isso é muito bacana por parte da pessoa, mas às vezes, não dá muito certo.

Teve um caso de uma mulher que queria arrumar lugar para um deficiente se sentar. Ela pediu para um rapaz que estava sentado no banco preferencial se levantar, mas não percebeu que o rapaz também era deficiente, apenas não aparentava. Por isso é que se deve tomar cuidado com esse tipo de situação para não causar qualquer tipo de constrangimento.

Por que respeitar?

Primeiramente por uma questão de educação.

Segundo, porque infelizmente ninguém sabe o dia de amanhã. Não sabemos se um dia, devido a um acidente, será você que vai precisar desses cuidados. Todos os dias nos deparamos com a situação em que você está super bem e do nada acontece uma tragédia e você fica com algum tipo de deficiência.

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Você gostaria de ser humilhado e que as pessoas faltassem com respeito?

Como melhorar a vida de uma pessoa com deficiência?

Acredito que a abordagem desse assunto deva acontecer principalmente dentro da sala de aula. Os professores devem falar, explicar os direitos, além de assistirem a palestras e workshops para tirarem as dúvidas sobre a inclusão social de pessoas com deficiência. Os pais devem conversar com seus filhos; as mídias também devem divulgar, falando mais a respeito desse assunto. Tenho certeza que se cada vez mais pessoas falarem sobre esse assunto, o preconceito será combatido e a vida das pessoas ficará cada vez melhor. Assim, formaremos uma sociedade sem preconceitos! Transformaríamos o Brasil realmente num país de todos.

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Escolas acessíveis Hoje em dia é difícil encontrarmos escolas que possuem elevadores, principalmente escolas públicas. Mas vamos encarar o que ocorre quando uma delas possuem esse tipo de acesso. O uso dos elevadores acaba sendo utilizado pelas crianças sem deficiência, usando para ficar descendo e subindo, brincando, etc.

Nesse momento os funcionários devem ficar de olho e repreender as crianças para que isso não volte a acontecer. Se persistir a falta de educação, devem chamar os pais para dar um jeito nessa situação. É de casa que deveria vir os primeiros ensinamentos de inclusão social de pessoa com deficiência. É importante que as crianças saibam o que é um assento preferencial, vaga de estacionamento, entre outras coisas. Com isso, iremos evitar muitas situações complicadas que aconteceram enquanto eu escrevia esse livro. A educação é a base para fazer o Brasil um país melhor e mais acessível. Por favor, colaborem com a inclusão.

Em outro caso, existe o elevador, mas o mesmo não está funcionando por falta de manutenção da prefeitura. Então o deficiente acaba tendo que mudar de sala, quando não de escola, tendo que se separar dos amigos só pela falta de acessibilidade. É por isso digo que ser deficiente no Brasil não é nada fácil.

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Rótulo e mais rótulos Ninguém gosta de ser rotulado. Rótulos são chatos. Limita as pessoas, não as deixando mostrar quem realmente são. Agora, imaginemos os diversos rótulos utilizados para os deficientes. Com certeza, você já ouviu (ou falou) pessoas chamando os deficientes de aleijadinhos, mongoloides, sem braço, entre tantos outros. Não rotule, pelo amor de Deus! Não devemos julgar um livro pela capa. Devemos primeiramente conhecer a pessoa, para então tirar qualquer tipo de conclusão, não importa qual seja a sua deficiência.

Falta acessibilidade Deficientes auditivos também sofrem com a falta de acessibilidade. Um grande exemplo disso é quando presidentes, governadores, prefeitos e outras entidades importantes precisam fazer pronunciamentos nos horários políticos. Faltam intérpretes de LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais), faltam as legendas para que eles (também cidadãos) possam entender 64

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o que está acontecendo. Como o deficiente auditivo conseguirá entender o que os políticos estão falando?

Como vai ouvir as propostas dos candidatos se não há legenda? Isso não é apenas complicado, mas é muito grave. Depois vemos e ouvimos falar que o Brasil é um país de todos. Todos aqueles que podem ouvir!

Como pode ser um país de todos sem acessibilidade?

Deficientes visuais também sofrem com a falta de acessibilidade. Se para os deficientes auditivos é difícil compreender o que é falado, para os deficientes visuais é difícil entender o que se passa, por não enxergar. Falta muita coisa para que eles possam estar inclusos na sociedade. Um exemplo claro do dia a dia e que acontece muito é quando um deficiente visual chega a um restaurante. Ele não pode ler o cardápio, porque não existe a opção em Braille (linguagem para cegos), o que não os permite ler. Infelizmente, quase não existem restaurantes que possuem um cardápio em Braille e quando possuem, acredite se quiser, eles podem até cobrar mais caro pelos pratos. Isso complica muito a vida do deficiente.

Outra dificuldade é quando o deficiente precisa comprar roupas. Como ele pode saber o valor, a cor, o tamanho da peça sem precisa de ajuda? Sem acessibilidade? Ele nunca conseguirá comprar uma simples camiseta e é por isso que o Brasil precisa mudar urgentemente, para que todos os deficientes consigam viver as suas vidas sem necessitar de tanta ajuda.

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Falta acessibilidade “Um deficiente físico estava sentado em um banco preferencial quando um cego entrou no ônibus. Ele iria descer no ponto seguinte então cedeu o seu direito para que o cego pudesse sentar. Uma mulher presenciou toda essa situação e questionou o deficiente físico, perguntando a razão pela qual ele havia tomado aquela decisão, já que também era preferencial. O deficiente físico então disse que sim, ele realmente era preferencial, mas naquele momento, o cego precisava mais do ele.”

Já vi várias cenas como essa. Idosos querendo ajudar ao próximo e sabe, isso é muito bacana! É bom ter exemplos assim. Pois mesmo possuindo alguma limitação, a pessoa não se exime de ajudar. Mas prestem atenção! Não é por essa razão que todos os deficientes devam ceder seus direitos para outros. Sabemos que em alguns casos, o deficiente não pode ajudar. Mas que sirva de lição para todos os deficientes. Quem puder ajudar, ajude, não se omita jamais!

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Mais uma situação chata Outra situação que acontece em relação aos assentos e vagas preferenciais é essa: A pessoa senta no lugar errado, no lugar preferencial e então um idoso chega e pergunta: Você é preferencial? É uma pergunta normal e que você precisa fazer! Então a pessoa responde em um tom irônico: Por quê? Por acaso esse assento tem seu nome?

Parece até mentira, mas é a mais pura e triste realidade. As pessoas estão cada dia mais sem noção e em alguns casos, se tornam até covardes, mesmo estando erradas com a situação.

Mais rótulos. Meu Deus!

Hoje em dia ou desde sempre, as pessoas falam coisas absurdas em relação aos deficientes. Infelizmente, muitas vezes acabam falando na cara mesmo. Sem piedade ou compaixão. Uma situação chata que ocorre é quando as pessoas veem outras pessoas 67

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com deficiência e logo pensam que algo terrível deva ter acontecido, com um derrame, um atropelamento ou coisa parecida e por essa razão, ficaram deficientes. Elas podem até perguntar se você nasceu assim.

Já presenciei pessoas perguntando para um deficiente se ele estava andando daquele jeito por ser deficiente ou porque ele queria mesmo. É difícil acreditar, mas é real. Logicamente esse tipo de situação não acontece com tanta frequência, mas acontece. Isso é ridículo.

Acredito que a pessoas pensam que os deficientes são robôs, que não possuem sentimentos, que não se magoam, que não se ofendem. Mas isso não é verdade.

Os deficientes possuem sentimentos como qualquer outra pessoa. Por tanto, se você pensa dessa forma, trate de mudar seu raciocínio. Só dessa forma, você se tornará uma pessoa melhor.

Celebridade Vocês acreditam que essa situação acontece com frequência? Mas tudo bem, é tranquilo. Todo mundo conhece o deficiente porque é fácil de identificá-lo, devido a sua deficiência. Todo deficiente, sem dúvida, já foi confundido com outro deficiente. Existem casos em que as pessoas conhecem o deficiente, mas o deficiente nem sabe o nome da pessoa. É cômico. Outro 68

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dia vi uma pessoa falar para um deficiente: “Nossa! Te vi pegando o metrô lotado!”, mas o deficiente nem pegava metrô. Ele ia trabalhar de ônibus.

Essa aconteceu comigo. Estava trabalhando, quando uma senhora chegou e me disse: “Eu conheço você. Ontem você foi ver a casa que estou alugando, mas não quis porque tinha escada”. Eu respondi: “Como assim? Ontem só sai de casa para trabalhar e não fui a nenhum outro lugar”. Eu até tentei falar com a mulher, mas ela não acreditou em mim.

Uma situação que acontece muito é quando deficiente sofre de nanismo e possui um carro. Às vezes a polícia acaba parando para uma blitz, pensando que ele é uma criança que está dirigindo o carro. Sabemos que a polícia está fazendo apenas o trabalho dela e o deficiente deve levar essa situação com tranquilidade, pois isso acontecerá algumas vezes.

Outra situação que também ocorre é no trabalho , quando a pessoa sofre de nanismo, aí no trabalho, quando alguém vem pedir informação, pensa que o deficiente é um menor aprendiz ou que é filho de um outro funcionário e que foi esquecido. Temos que levar isso no bom humor, para não gerar nenhum tipo de aborrecimento.

Ainda podemos nos deparar com o seguinte. Quando a pessoa sofre de nanismo e é convidada por um colega de trabalho ou amigo para ir à uma festa. Chegando lá, ele pode ser “confundido” com uma criança: “só veio o filho do seu amigo?” Essa situação 69

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deve ser levada na esportiva e brincar é a melhor saída.

Outra situação pode acontecer quando encontramos uma criança na rua, no trabalho, no shopping ou supermercado. Como todos sabem, as crianças são pessoas curiosas e acabam fazendo perguntas, querendo saber o porquê de você ser como é. É muito difícil explicar para uma criança, pois se você fala que nasceu assim, ele vai querer saber a razão e, como você vai explicar? Você precisa ser paciente. Essa situação não acaba só constrangendo os pais, mas também a criança, que tenta sair dessa sai justa. Infelizmente, às vezes é impossível fugir dessas situações.

Essas situações engraçadas não geram muito stress. E sim muitas risadas. Por isso sempre é bom ser bem-humorado para conseguir sair de muitas saias justas, consegui sair de qualquer situação que possa aparecer pela frente. Esse é um ótimo conselho para se seguir meus amigos.

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Poesia: Brasil um país de todos!

Por Marcelo Mangabeira Brasil, um país cheio desigualdade Falta mais acessibilidade Para que todos os deficientes possam se locomover pela cidade Com independência e com dignidade Por isso precisamos que as autoridades Trabalhem com foco Trabalhem de verdade para Mudar essa atual realidade Eles precisam urgentemente olhar para essa parcela do povo E transformar o Brasil realmente em um país de todos.

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Bate papo em família!

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Regina: Mãe Idade: 49 anos Profissão Auxiliar de Enfermagem

1. Como foi ter filhos com deficiência?

Não foi nada fácil, mas o amor nos ajudou a superar tudo. Até hoje aprendo muito com todos eles. Aprendo a superar as dificuldades da vida.

2. Qual das fases da vida dos seus filhos deficientes você teve mais dificuldades em lidar?

Foi quando estiveram internados no hospital para tratamento de saúde e/ou para fazer cirurgias. Mas com Deus nos fortalecendo, conseguimos superar.

3. Qual a dica você deixa para os pais criarem seus filhos?

Seja qual for o problema de seus filhos, diga sempre que os ama. Isto os fortalece para serem a diferença no amanhã.

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Marco: Pai Idade: 49 anos Profissão Vendedor de Cocada

1. Como foi ter filhos com deficiência?

Foi uma surpresa e uma experiência nova onde aprendi a lidar e a superar todos os problemas, seguindo o caminho certo.

2. Qual das fases da vida dos seus filhos deficientes você teve mais dificuldades em lidar?

O começo foi o mais complicado. Ter que aprender a ver olhares diferentes das pessoas e a perceber que o preconceito existe de fato.

3. Qual a dica que você deixa para os pais criarem seus filhos?

Ensine desde pequenos aos filhos a encararem a vida de frente, sem se fazerem de coitadinhos.

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Kelly: Irmã Idade: 26 anos Deficiente física Vendedora de Cosméticos

1. Ser deficiente é...

É complicado, pois temos que lidar com o preconceito da sociedade.

2. O que os pais podem fazer para ajudar a melhorar a vida dos filhos deficientes?

O principal é dar amor e carinho, assim os deficientes vão ter uma base para superar os obstáculos.

3. Que dica que você deixa para que os deficientes possam ser mais felizes?

Encare a realidade e vá em busca dos seus sonhos.

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André: Irmão Idade: 15 anos Deficiente físico Estudante

1. Ser deficiente é...

É complicado, difícil. Principalmente pelo fato do preconceito que eles sofrem por serem diferentes.

2. O que os pais podem fazer para ajudar a melhorar a vida dos filhos deficientes?

Dar apoio e força para que o deficiente possa superar as dificuldades.

3. Que dica que você deixa para que os deficientes possam ser mais felizes?

Leve a vida independente da situação, com garra, alegria e bom humor.

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Gabriel: Irmão Idade: 17 anos Estudante de Enfermagem

1. Ser irmão de um deficiente é...

É ter a oportunidade de ter um grande exemplo de superação em casa.

2. O que o irmão de um deficiente pode fazer ajudar a melhorar a vida dele?

Ser prestativo e atencioso, com isso com certeza ele ajudará a melhorar a vida do seu irmão deficiente.

3. O que os pais dos deficientes podem fazer para ajudar a melhorar a convivência do irmão deficiente com irmão que não tem deficiência?

Dar atenção igual para todos, para que saibam que são amados e amparados.

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Ivan Pinheiro Deficiente Físico Trabalha na TOTVS Cargo líder do setor de TI

1. Qual a sua opinião a respeito da lei de cotas?

A lei de cotas foi e é a responsável por abrir espaço para os PCDs no mercado de trabalho. Acredito que sem ela, dificilmente as empresas se sensibilizariam.

O nosso desejo era que não houvesse preconceito e sim, fôssemos avaliados pelas nossas competências e o papel da empresa seria dar condições para que pudéssemos exercer nossas atividades.

2. Você acha que se não houvesse a lei de cotas as empresas contratariam pessoas com deficiência?

Acredito que levaria um tempo maior para quebrar o preconceito, mas acho que o preconceito não está na cultura das empresas e sim nas pessoas.

3. Qual foi sua trajetória profissional desde o primeiro emprego até na posição que ocupa atualmente?

De 1997 a 1999 estagiei na Receita Federal, trabalhando meio período. Comecei a trabalhar na TOTVS em

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Conheça o outro lado da história e entenda os porquês

1999, na época Microsiga. Naquele tempo não se falava em lei de cotas. Quando ingressei na carreira, não fui contratado como um PCD. Participei do processo seletivo com outras pessoas sem deficiência.

Como tinha boas referências e consegui me destacar no teste de conhecimento técnico, acabei ficando com a vaga. Nestes 16 anos não me lembro de ter passado por alguma situação de preconceito, lido com muita naturalidade.

4. Como é ser chefe em um setor de uma empresa tão conceituada no mercado?

A responsabilidade é muito grande, a cobrança que a minha área sofre é muito forte. Tanto meus liderados quanto a alta gestão me tratam com muita naturalidade, e sempre cobrando a evolução profissional e os resultados da área. Isso prova que estamos sempre em evolução na medida em que os desafios vão aparecendo.

5. Que dica você deixaria para os deficientes se espelharem no seu exemplo e correram atrás de seus objetivos profissionais?

Sempre me lembro de uma frase: “Deficiência não dita a competência”. Não vejo minha deficiência como um ofensor para que eu não alcance meus objetivos. Ao longo da vida, aprendi a superar os desafios, e a cada superação vejo como uma recompensa. A minha dica é: não coloque a deficiência em primeiro plano, vá de encontro aos seus objetivos, a cada novo impedimento ou situação é uma oportunidade de aprender e superar.

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Entrevistando um exemplo de vida

Um breve histórico: Comecei a jogar basquetebol aos 12 anos. Foi importante para aprender lidar com as minhas limitações e superara-las não optando pelo comodismo. Entrar nos campeonatos como armador, função que exige habilidade para carregar e responsável pelo rendimento da equipe, me expos de forma positiva.

Hoje sou responsável por uma liga de basquetebol amadora www.nlib.com.br e treino uma equipe de basquetebol amadora www.tumultobasquetebol.com.br.

Estudei bateria por 04 anos, foi uma fase muito importante, me vi obrigado desenvolver combinações de movimentos entre cérebro e membros. Hoje vejo a bateria como um hobby.

Na TOTVS, de forma voluntaria participei por dois anos do Comitê de Inclusão de Todos, nesta fase aprendi muito sobre deficiência e diversidade, hoje consigo respeitar e compreender as limitações de cada caso.

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Fechamento do livro Foi um imenso prazer escrever esse livro, contar experiências vividas por mim, pelos meus irmãos, familiares, amigos, etc. Aprendi a ser um deficiente melhor quando comecei a escrever e espero que vocês tenham aprendido algo, mesmo que apenas um 1%.

Então eu terei alcançado meu objetivo.

Até uma próxima amigos!

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