Análise de projeto - Bosco Verticale | a primeira floresta vertical do mundo

BOSCO VERTICALE a primeira floresta vertical do mundo dados projeto: arquitetos responsáveis:

Boeri Studio Stefano Boeri, Gianandrea Barreca, Giovanni La Varra localização: Milão, Itália fase de projeto: 2006 - 2008 fase de construção: 2008 - 2013 inauguração: Junho de 2014 cliente/desenvolvedor: Hines Italia SGR S.p.A. estruturas: Arup Italia srl design de instalações: Deerns Italia SpA design detalhado: Tekne spa design de espaço aberto: Terreno srl projeto de infraestrutura: Alpina SpA tipologia: Edifícios residenciais orçamento: Entre £ 48.867.769,00 e £ 65.000.000,00

o projeto O projeto teve como pontos de partida a busca pela resposta a dois problemas urbanos crônicos: a falta de espaço para o crescimento nas cidades e a ausência de natureza, e ainda a intenção em criar um novo modelo de edificação para a regeneração urbana que contrastasse com a crescente ameaça de poluição de Milão. Assim, o par de torres com 110m e 78m de altura cada, com 26 e 18 pavimentos respectivamente, combinam uma alta densidade residencial, com o plantio de mais de 16.000 tipos diferentes de plantas e árvores em uma área de 1.500 m² de superfície urbana. .

Essa união de natureza e crescimento urbano verticalizado permitiu que fosse criada uma estrutura com as seguintes características: • Criação de um microclima no interior da edificação; • Filtro para as partículas de poeira; • Estímulo ao aumento da umidade; • Produção de energia; • Absorção de Dióxido de Carbono e produção de Oxigênio; • Proteção contra as radiações solares; • Diminuição do consumo energético em aproximadamente 30%; • Maior conforto acústico. .

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estrutura e geotecnia O projeto estrutural e geotécnico foi desenvolvido com o apoio dos engenheiros da Arup que também prestaram serviços de consultoria em acústica, vibrações, ruídos terrestres e túneis.

A estrutura é totalmente feita de concreto armado. As varandas são feitas de um piso de concreto reforçado, cantilever, pós-tensionado e com 28 centímetros de espessura. Eles suportam o peso e, mais importante, a força do vento que as árvores aplicam ao edifício. Eles testaram modelos em escala e árvores em tamanho real em um túnel de vento. Até o tipo de solo teve que ser cuidadosamente selecionado para retenção de peso e umidade.

tecnologia avançada O local da Bosco Verticale fica acima de linhas de metrô de Milão. Para neutralizar os efeitos dos dois túneis ferroviários existentes, a Arup forneceu soluções de design avançadas por meio de um sistema de isolamento de base de vibração para os edifícios.

o projeto das árvores

arborização vertical

A estabilidade estrutural das árvores foi analisada através da botânica das espécies e de suas geometrias. Alguns dispositivos foram projetados e instalados para oferecer mais segurança aos moradores.

Nos edifícios, sobre uma superfície urbana de apenas 1.500 m², encontram se cerca de 800 árvores (entre grande, médio e pequeno porte), 15.000 plantas rasteiras e 4.500 arbustos. Se fosse colocado em terreno plano, a área verde dos prédios teria a capacidade de cobrir uma área equivalente a 20.000 m² de floresta.

A escolha das espécies e sua distribuição foi feita de acordo com a orientação e altura das fachadas. Antes de serem içadas aos seus lugares por guindaste, as plantas foram cultivadas em estufa para se adaptar às condições que encontrariam na torre.

habitats biológicos A floresta vertical aumenta a biodiversidade através dos diferentes tipos de vegetação, que criam um ecossistema urbano que pode ser colonizado por pássaros e insetos. Desta forma, constitui um fator espontâneo para repopulação da flora e fauna.

os apartamentos

anti expansão

As torres residenciais têm um total de 113 apartamentos e uma estimativa de 480 moradores. O layout dos apartamentos e terraços variam em uma média de 6 tipos e se repetem a cada 6 andares. O menor apartamento tem 65 m² e um pequeno terraço. O maior tem 450 m² e um terraço com cerca de 80 m².

Os edifícios Bosco Verticale também são uma medida anti-expansão que visam controlar e reduzir a expansão urbana. Se pensarmos neles em termos de densificação urbana, cada torre comporta uma população equivalente a uma área de habitações unifamiliares de cerca de 50.000 m².

torre de 18 pavimentos

torre de 26 pavimentos

mitigação

sistema de irrigação e hidratação

As plantas distribuídas nas fachadas constroem um microclima local através da criação de umidade, absorção de CO2, filtração das partículas contaminadas no ambiente urbano, produção de oxigênio, proteção da radiação solar e poluição sonora.

Os edifícios são equipados com sistemas de reciclagem de água e irrigação, além de painéis solares fotovoltaicos. A irrigação varia de acordo com a exposição de cada fachada e a distribuição da vegetação em cada pavimento.

Em média, o edifício requer cerca de 3.500 m3 de água por ano.

fachadas mutáveis

gestão

O edifício muda de cor ao longo do ano. Suas cores variam de acordo com a estação e as diferentes naturezas das plantas utilizadas.

A manutenção e substituição de toda a vegetação e o controle do número de plantas estabelecidas para cada plataforma é de responsabilidade do condomínio. Essa gestão é realizada da varanda de 3 a 6 vezes por ano e 2 vezes por ano a partir de um braço telescópico no telhado superior de cada torre.