CARTOGRAFIA DA PAIXÃO: AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA TRADICIONAL POPULAR NO CICLO DE CELEBRAÇÕES DA SEMANA SANTA NO CEARÁ
REALIZAÇÃO
PRODUÇÃO
PARCERIA
APOIO CULTURAL
XI Encontro Mestres do Mundo Saberes multiculturais em encontro de delicadezas
Adriano Souza, Lourdes Macena, Aterlane Martins (Organizadores)
CARTOGRAFIA DA PAIXÃO: AS MANIFESTAÇÕES DA CULTURA TRADICIONAL POPULAR NO CICLO DE CELEBRAÇÕES DA SEMANA SANTA NO CEARÁ
Secretaria de Cultura do Estado do Ceará 2018
FICHA CATALOGRÁFICA E FICHA TÉCNICA
Ficha Técnica da Publicação Adson Pinheiro, Aterlane Martins e Adriano Souza - Coordenação Editorial Adson Pinheiro e Aterlane Martins - Concepção, textos e revisão técnica Carlos Weiber - Projeto Gráfico e Edição de Arte
Catalogação na fonte Bibliotecária: (incluir nome) XIV Edital Ceará da Paixão 2018 XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX (Coordenadores) Fortaleza : (nome da gráfica ), 2018 (incluir n. de Páginas) p, Il. ISBN:
CDD:
ILUSTRAÇÃO: CARLOS WEIBER - OS CARETAS - 2017
XX FESTEJO CEARÁ JUNINO 2018
SECRETARIA DA CULTURA DO ESTADO DO CEARÁ CAMILO SOBREIRO DE SANTANA Governador do Estado do Ceará
LENILDO GOMES Coordenador de Conhecimento e Formação
MARIA IZOLDA CELA DE ARRUDA COELHO Vice- Governadora do Estado do Ceará
MILEIDE FLORES Coordenadora de Políticas do Livro, Leitura e Bibliotecas
FABIANO DOS SANTOS PIÚBA Secretario de Estado da Cultura
WALQUÍRIA SANTIAGO Coordenadora Administrativa Financeiro
SUZETE NUNES Secretária Adjunta da Cultura
IVNA GIRÃO Coordenadora de Comunicação
ANDRÉA ROCHA Secretária Executiva da Cultura
DALIENE FORTUNA Coordenadora Jurídica
MÁRCIA ARAÚJO Coordenadora de Fomento e Incentivo à Cultura
GECÍOLA FONSECA Coordenadora de Governança Digital
ALÊNIO CARLOS NORONHA ALENCAR Coordenador de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural VALÉRIA CORDEIRO Coordenadora de Artes e Diversidade Cultural da SECULT
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XIV EDITAL CEARÁ DA PAIXÃO 2018
FICHA TÉCNICA
PRODUÇÃO
Coordenação Geral: Adriano Souza e Roberta Rodrigues
AVALIADORES DO XIV EDITAL CEARÁ DA PAIXÃO 2018:
Coordenação de Produção: Cristiane Pires
Ana Aline Furtado Soares Antônio Erisvando Vieira da Costa Aterlane Martins Atevania Martins Cícera Alana Ferreira de Morais Cristiano Simão Pereira Francisco Haullivan Ferreira Silva Francisco Jacinto Oliveira da Silva José Maria de Paula Almeida Jorge Luiz Ramos da Silva Lucas Amaro Câmpelo Maria Cristiane Sousa Pires Mirna Maria Félix de Lima Lessa Nádia Maria Ferreira de Sousa Nildiene de Carvalho Pontes Odail José N. de Sousa Reuber Tadeu Lopes Chaves Rogério Morais do Nascimento Samuel Araujo de Oliveira Talita Maciel Freitas Wesley Lyeverton Correia Ribeiro Wesley Nazareno Queiroz
Produção Executivo-Financeira: Leonardo Pereira Curadoria do Seminário de Formação Conceitual e Metodológica / Seminário de Avaliação e Planejamento /Elaboração do Instrumental de Pesquisa e Avaliação Adson Pinheiro e Aterlane Martins Logística e Produção: Erisvando Vieira e Aline Furtado Projeto gráfico e Design: Carlos Weiber
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SU MÁ RIO
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CEARÁ DA PAIXÃO - UMA POLÍTICA CONSOLIDADA, UM CICLO DE CELEBRAÇÕES DA SEMANA SANTA
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CONTINUIDADE, AVANÇOS E CONSOLIDAÇÃO CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONTEXTO DE ATUAÇÃO DOS AVALIADORES/ PESQUISADORES E SUAS TRANSFORMAÇÕES
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CICLO PASCOAL E A IMPORTÂNCIA DA TRADIÇÃO
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CARETAS
PROCISSÃO DE FOGARÉU
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ESPETÁCULO CÊNICO
MALHAÇÃO DE JUDAS
PENITENTES
GALERIA DE FOTOS
CEARÁ DA PAIXÃO Uma política consolidada, um ciclo de celebrações da Semana Santa Fabiano Piúba Secretário da Cultura do Estado do Ceará
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m ciclo de celebrações, de experimentar o sagrado, a tradição, as manifestações, as ligações com a fé, com a espiritualidade, com a renovação das crenças na vida. Com alegria, a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult) celebra a maturidade e a consolidação de uma importante política cultural, as ações de fomento aos ciclos de celebrações da Semana Santa. Em sua 14ª edição no ano de 2018, o Edital Ceará da Paixão revela sua potência, criatividade e modernização. Destinados à promoção, preservação e difusão das tradições regionais cearenses voltadas para as manifestações próprias do ciclo de celebrações da Semana Santa, os projetos contemplados pelos editais tomam conta do Ceará e são realizados no interior e capital. O Governo do Estado, através da Secult, disponibilizou, em 2018, um aporte financeiro no valor total de R$ 761.790,00 para a seleção de 37 projetos de categorias como Espetáculo Cênico da Paixão de Cristo e Manifestação Popular Tradicional, assim como para a realização do Seminário de Avaliação Ceará da Paixão. Os espetáculos cênicos, os caretas, as procissões de penitentes e fogaréu ou a malhação ou queima de 10
Judas. Aquelas lembranças de infância, aquelas encenações assistidas com a família, em comunidade? Os tradicionais espetáculos da Paixão de Cristo e manifestações tradicionais da Semana Santa recebem fomento, visibilidade e salvaguarda para que possam se renovar e continuar a ocupar espaços de fé, almas, corações e as ruas. O XIV Edital Ceará da Paixão 2018 é isso: se insere nas políticas de Patrimônio Cultural para o fomento de bens, produtos e serviços vinculados às manifestações Populares da Semana Santa nas várias regiões do Estado do Ceará, com ênfase nas Metas 17 e 18 do Plano Estadual de Cultura do Ceará e nos seguintes objetivos: contribuir para a ampliação e o fortalecimento das políticas de patrimônio imaterial no Estado do Ceará; reconhecer, valorizar e promover os saberes e fazeres tradicionais da cultura cearense; incentivar e difundir os processos da produção, difusão, formação e fruição das manifestações culturais populares da Semana Santa; e fortalecer as manifestações do ciclo pascal no circuito cultural e turístico do Ceará. O XIV Edital Ceará da Paixão - 2019 é uma ação consolidada da política de Patrimônio Cultural para o
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fomento de bens culturais imateriais e manifestações tradicionais populares do Ciclo da Semana Santa das várias regiões do Estado do Ceará, uma ação continuada de fomento à manutenção e renovação de grupos e manifestações próprias do Ciclo da Semana Santa. Dessa forma, o Edital e o Seminário de Avaliação têm apoiado a preservação de vários grupos e expressões da cultura tradicional popular, contribuindo de maneira efetiva na transmissão de saberes e fazeres entre gerações, estabelecendo sociabilidades entre mestres e aprendizes e na formação de novos brincantes, além de ampliar e democratizar o acesso aos bens e serviços culturais para o conjunto da população em geral. A Secult Ceará comemora o ciclo de celebrações da Semana Santa! Vida longa ao Ceará da Paixão!
OS TRADICIONAIS ESPETÁCULOS DA PAIXÃO DE CRISTO E MANIFESTAÇÕES TRADICIONAIS DA SEMANA SANTA RECEBEM FOMENTO, VISIBILIDADE E SALVAGUARDA PARA QUE POSSAM SE RENOVAR E CONTINUAR A OCUPAR ESPAÇOS DE FÉ, ALMAS, CORAÇÕES E AS RUAS.
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FOTO CARLENE CAVALCANTE
CONTINUIDADE, AVANÇOS E CONSOLIDAÇÃO
Considerações sobre o contexto de atuação dos avaliadores/pesquisadores e suas transformações Adson Pinheiro Aterlane Martins Curadores do Seminário de Formação Conceitual e Metodológica e criação dos instrumentais de pesquisa. 12
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FOTO PESQUISADORA ALANA MORAIS
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á justamente um ano escrevíamos sobre a “experiência inaugural e propositiva1” apresentando um plano de trabalho para aqueles que se convencionou, em um primeiro momento, chamar de avaliadores/ pesquisadores e afirmando, como em um manifesto, a sua importância para o desenvolvimento das políticas públicas de cultura no Estado do Ceará. Neste ínterim, nossa compreensão não mudou. Seguiram-se àquele XIII Edital Ceará da Paixão os demais ciclos anuais da cultura popular, cobertos pelos editais da SECULT CE (Junino/2017, Natal 2017, carnaval 2018) e retornamos ao ciclo da Paixão/2018, a despeito das especificidades de cada processo e suas resultantes, o ideário da figura “avaliador/pesquisador” conseguiu alcançar um avanço distintivo de perfis profissionais: qualificações, competências e responsabilidades (tipologia dos trabalhadores e trabalhos a realizar); ampliação da participação social (incluindo uma experiência de seleção a despeito da tradicional indicação dos avaliadores/pesquisadores apenas pelas instâncias e instituições consagradas como representativas da cultura popular), entre outros aspectos positivos, ou seja, o avaliador e o pesquisador, por fim, foram compreendidos, como figuras distintas desde o processo editalício, dentro do que também se convencionou chamar Comissão de Avaliação e Monitoramento 2. Diante deste cenário acreditamos que a figura do pes-
quisador, sobre a qual nos deteremos nestas breves linhas seguintes para descrevê-lo neste contexto, enfim se faz reconhecida e real nas ações destes editais dos ciclos da cultura popular. Os pesquisadores são aqueles que, distintivamente dos avaliadores (agentes do Estado), estão em campo para realizar uma participação efetiva da sociedade civil no acompanhamento dos projetos aprovados a cada edital, mas, para além disso, também configuram a persona do investigador, do perscrutador, que vai além do necessário serviço técnico; o pesquisador vislumbra o simbólico, o sensorial, o social das ações dos projetos acompa-
MARTINS. Aterlane; PINHEIRO, Adson. Uma experiência inaugural e propositiva: processo formativo de avaliadores/pesquisadores, atuação e resultado do acompanhamento e monitoramento do XIII Edital Ceará da Paixão. In: PIRES, Cristiane; SOUZA, Adriano (coord.). XIII Edital Ceará da Paixão 2017. Expressão Gráfica e Editora, Fortaleza, 2018. Pág. 14-17. 2 Um breve levantamento nos referidos editais da cultura popular, entre os anos de 2016 e 2018, nos permite identificar nomenclaturas (e sentidos) diferenciadas para os mesmos agentes e ações ou seus correlatos: Comissão de Seleção e Avaliação, Comissão de Monitoramento e Avaliação, Curadoria e Avaliação. 1
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FOTO CARLENE CAVALCANTE
nhados e de seus agentes realizadores e fruidores. É preciso frisar que a nominação/condição de pesquisador aqui não se confunde àquela clássica condição e produção dos pesquisadores acadêmicos, universitários (não que muitos dos que se imbuem deste trabalho já não o sejam de formação e atuação profissional pesquisadores acadêmicos, com formação e titulação universitária), o processo é outro. Por deficiência de percurso ainda não alcançamos as condições ideais para produção de uma pesquisa sistemática, acadêmica, de monta
– mas é certo que estes pequenos trabalhos, de pesquisa, tem contribuído para que aquela tão desejada se realize, quiçá em futuro próximo. O levantamento de dados feito em campo pelos pesquisadores, por meio do registro escrito e audiovisual/ fotográfico, consubstanciam a formação de um rico e vasto acervo sobre a cultura tradicional popular no território cearense. Por isso, cremos ser assertivo apostar na formação temática, continua e cumulativa com base em conceitos e metodologias inerentes a história oral, a
3 Um edital para pesquisa e para pesquisadores, uma formação ampla no campo da pesquisa cultural, uma seleção pública e qualificada para composição de um banco temporário de pesquisadores, são algumas das muitas ações possíveis que já vimos indicando há tempos.
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FOTOS DIVULGAÇÃO
observação participante, a escrita etnográfica, entre outras, como tem sido feito nos Seminários de Formação Conceitual e Metodológica. Certamente, estes registros se arquivados, se catalogados, se democraticamente disponibilizados ao acesso do público interessado podem conformar uma base para pesquisas acadêmicas – e, antes ainda, se faz importante ressaltar, que essa massa documental que já possui um considerável acúmulo progressivo, cuja leitura acurada permite traçar um perfil, um panorama, uma série histórica, serviria como fonte de sustentação para algumas diretrizes/definições das políticas públicas, dos editais e de outras ações do poder público neste âmbito.
Para encerrar estas linhas ensaísticas, reflexivas, críticas e insistentemente propositivas, nos cabe ressaltar a participação dos pesquisadores, de cada um deles e do seu conjunto, no fortalecimento das ações que compõem esta política pública. Já dissemos, mas repetir é reafirmar e reforçar, que estes agentes sociais se empoderam e qualificam a politica pública a cada partici-
pação compromissada que realizam na condição estrita de pesquisadores, sem a confusão da personalidade dupla que anteriormente lhes era atribuída, avaliadores/pesquisadores. Por hora não temos da parte dos pesquisadores uma produção escrita mais reflexiva e crítica que os registros feitos em campo (que por si só merecem a leitura), para tal demanda-se tempo, planejamento, recursos financeiros para pagamento digno pelo trabalho intelectual realizado, ampliação das ações de pesquisa, além da compreensão e da iniciativa que leve a cabo esta realidade3. Por vezes já dissemos, em debates vários, que a pesquisa deve ser uma ação ampla na política cultural, não apenas estar vinculada a quatro editais e restrita às suas demandas, este é o começo, o caminho já trilhado até aqui. Resta-nos avançar, dar continuidade sem retroceder nas conquistas já alcançadas.
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Roberta da Silva Rodrigues Presidente da Associação Cultural Canto da Jandaia
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Páscoa é uma das datas mais comemoradas pelos cristãos, nela se fazem representar partes da passagem de Cristo pela terra. Diversas manifestações de caráter religioso e mesmo pagãos fazem parte deste ciclo que movimenta ainda com muita força a religiosidade e a arte do povo cearense. A representação simbólica da Paixão de Cristo remete a uma afirmação coletiva. As imagens, os ritos, a teatralização de passagens bíblicas, as orações e a devoção são exemplos de elementos que compõem estratégias que se articulam com a noção de permanência dos envolvidos com os festejos.
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FOTO CARLENE CAVALCANTE
CICLO PASCOAL E A IMPORTÂNCIA DA TRADIÇÃO
nos ajudaram a compreender melhor todo o processo de criação e realização dos projetos contemplados. A ideia é que a população possa ser beneficiada das duas formas ou fazendo ou assistindo belos espetáculos, e que a arte que envolve o ciclo pascal tenha continuidade, fazendo com que a tradição se mantenha e que possa ser cada vez mais valorizada e transmitida de geração a geração. FOTO DIVULGAÇÃO / ESPETÁCULO PAIXÃO DE CRISTO DE FORTALEZA
Associação Cultural Canto da Jandaia promove o Seminário de Avaliação do XIV Ceará da Paixão e acreditamos ser de grande relevância cultural por envolver boa parte da população, além de fomentar a cultura, cria espaços para formações, discussões, sugestões e melhorias para o edital do ano seguinte, através dos relatórios produzidos por pesquisadores/avaliadores capacitados que
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ESPETÁCULO CÊNICO TRADICIONALMENTE A PAIXÃO, MORTE E RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO É REMEMORADA NA SEXTA FEIRA SANTA, A PARTIR DE INTERPRETAÇÕES TEATRAIS QUE SE UTILIZAM DE TEXTOS LITERAIS DA NARRATIVA DOS EVANGELHOS OU, EM ALGUNS CASOS, DE NOVOS TEXTOS QUE AMPLIAM OS SENTIDOS E DÃO OUTROS SIGNIFICADOS ÀQUELE ACONTECIMENTO. NO CEARÁ, A ENCENAÇÃO ESTÁ MAJORITARIAMENTE LIGADA AOS GRUPOS PASTORAIS DA IGREJA CATÓLICA, HAVENDO TAMBÉM GRUPOS TEATRAIS PROFISSIONAIS QUE O FAZEM, E OCORRE NOS ESPAÇOS URBANOS E RURAIS DE TODO O TERRITÓRIO CEARENSE, PODENDO SE DAR EM PALCOS OU EM PERCURSOS TRILHADOS PELAS RUAS.
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FOTO WESLEY LIEVERTON
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FOTO TALITA MACIEL
FOTO: ATEVANIA MARTINS
CAMINHOS DO GÓLGOTA – A PAIXÃO DE CRISTO CELEBRANDO: 34 ANOS DE PAIXÃO – 1984-2018 FORTALEZA O responsável pela execução da Paixão de Cristo no Conjunto Ceará é o grupo Pregando Peças criado em 2004 sob a responsabilidade de Plínio Leitão Neto. Ele assumiu esse compromisso de desenvolver essa ação cultural no bairro, no ano de 1984, a convite do Pároco da época Gilson Soares, iniciando assim a produção da Paixão de Cristo do Conjunto Ceará. No ano de 1987, juntamente com alguns amigos, criou o Projeto de Desenvolvimento Comunitário do Conjunto Ceará – Prodecom, om o objetivo de dar suporte ao espetáculo e também atuar em outras áreas relacionadas à cultura como festivais juninos. A programação desse espetáculo iniciou com a apresentação da Filarmônica do Conjunto Ceará, formada por violinistas e foi executado na praça central do polo de lazer do Conjunto Ceará como é costume, rememorando a memória do sofrimento e morte de Cristo na cruz. 20
JUBILEU DE PRATA EDIÇÃO CELEBRATIVA DE 25 ANOS FORTALEZA O Grupo que executa o espetáculo completou 25 anos de trabalho em um dos maiores bairros de Fortaleza, o José Walter. Fundado em 1994, o Grupo Populart reúne cerca de 50 integrantes, a partir dos 12 anos de idade. O grupo surgiu a partir da encenação da paixão de Cristo, não deixando também de atuar em outros ciclos da tradição como o carnavalesco, o junino e o natalino. Para além das atividades durante a paixão, o grupo é conhecido no bairro pela sua atuação teatral e pelas ações educativas realizadas durante o ano como oficinas e aulas sobre teatro, seminários, palestras e outras atividades ligadas tanto à cultura tradicional popular quanto aos direitos humanos, envolvendo crianças, jovens, adultos e idosos.
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FOTO JONATHAN
FOTO HAULLIVAN FERREIRA
XI A INIGUALÁVEL PAIXÃO DE JESUS CRISTO SENADOR POMPEU A Fundação Santa Terezinha, com produção do Ponto de Cultura Estação das Artes, realizou um dos projetos de encenação da Paixão na cidade de Senador Pompeu. A Fundação entrou em funcionamento em 2007 e sempre trouxe ao longo da sua trajetória atividades culturais para a comunidade local, contando com a participação dos moradores. Além da paixão, a Fundação possui um grupo junino e um grupo para folclórico. O grupo que executou a encenação cênica mostrou o passo a passo da vida de Cristo, desde o nascimento do Menino até a sua ressurreição, tendo os fieis que participam acompanhado todas às estações da Via Crucis pelo 11º ano consecutivo.
CONDENAÇÃO, PAIXÃO, MORTE E RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO RERIUTABA A Paixão que teve como proponente a Prefeitura do município de Reriutaba, foi realizada pelo grupo Caras e Bocas Companhia Teatral de Reriutaba. Esses profissionais se reuniram para a composição da companhia teatral em 2005, tendo 8 integrantes fixos. Contudo em projetos como o da Paixão, o elenco é maior. A primeira peça apresentada pela Cia foi “Rerius, a origem de nossa Taba”, que narra a história do referido município. O grupo costuma participar de outros eventos da cidade como o São João, o Natal e o Carnaval, além de circular por outras cidades.
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FOTO WESLEY LIEVERTON
FOTO DYENE CARVALHO
23º PAIXÃO DE CRISTO DO BAIRRO ELLERY WESCLEY COSTA DO SACRAMENTO A narração da morte e ressurreição de Cristo é tema da apresentação dos jovens atores de 7 a 20 anos de idade do bairro Ellery no teatro do Cuca realizada no dia 28 de março de 2018. A organização do espetáculo é feita pelo grupo Sagrada Família, ligado à Paróquia de Nossa Senhora de Lourdes. Ao todo, a encenação incluiu aproximadamente 40 pessoas, entre elas crianças e adolescentes moradores do bairro. A comunidade participa de forma colaborativa tanto na produção, na montagem de cenários, preparação de roupas, seleção de músicas ou na organização dos lanches. Assim, a realização da encenação do sofrimento, morte e ressurreição de Cristo consegue ser realizada mediante os desafios cotidianos de se manter a tradição 22
GÓLGOTA – A PAIXÃO DE CRISTO FORTALEZA O espetáculo cênico Gólgota – a paixão de Cristo é realizado pelo grupo Comédia Cearense, fundado em 1957 por Haroldo Serra, estando em atividade ininterrupta desde então. Ao longo de sua trajetória acumulou uma experiência de mais de 100 espetáculos com 120 montagens ao longo de sua história. O grupo possui cerca de 44 atores com faixa etária que varia de 9 a 80 anos. A sede dos profissionais é a Casa da Comédia Cearense localizada no bairro Rodolfo Teófilo que além de organizar a execução desse projeto ligado ao ciclo pascal, também oferece aulas de iniciação teatral para a comunidade.
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FOTOS JACINTO OLIVEIRA
FOTO DIVULGAÇÃO
ESPETÁCULO PAIXÃO DE CRISTO DE FORTALEZA O projeto é realizado pelo ministério de artes integradas da Comunidade Católica SHALOM. Além da Paixão de Cristo, o grupo promove outras ações culturais na cidade como o Festival de Artes Halleluya, o Réveillon da Paz e o Arraiá da Paz. A encenação aconteceu no Ginásio Paulo Sarasate localizado no bairro Dionísio Torres. O evento realizado conta com muitos apoiadores, que confiam na importância da execução da atividade, pois além de trazer os sentidos e os significados da páscoa cristã, contribui para a formação cultural e artística de muitos jovens na área do teatro, música e dança.
UMA GRANDE PAIXÃO! PÉTALAS FORTALEZA O espetáculo é realizado pela Organização Artística Pavilhão da Magnólia, grupo criado em 2005, e que desenvolve diversas produções na cidade de Fortaleza para o palco, rua e para o público infanto-juvenil. A ação ligada à paixão surge de uma necessidade do grupo de experimentar outro espaço cênico em 2009, nesse caso a rua, aproximando do enredo da via sacra, mas fazendo um releitura da paixão de cristo e levando o espetáculo para a periferia da cidade, sendo um dos mais vistos do grupo.
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FOTO ERISVANDO VIEIR
FOTO WESLEY NAZARENO
AMARGA CEIA, POR QUE MATARAM JESUS? FORTALEZA O espetáculo é realizado pelo grupo de Experimentação e Socialização em Teatro do Oprimido criado em 2014 no bairro Rodolfo Teófilo. O grupo possui aproximadamente 30 integrantes desde crianças a idosos. A apresentação de Amarga Ceia trouxe os fatos, os símbolos e encenações tradicionais da Pascoa e seu ciclo, além de inserir de forma crítica questionamentos e reflexões atuais que se relacionam com a narrativa clássica da paixão como cogitações acerca do racismo, machismo e preconceitos econômicos. O espetáculo envolve a participação de pessoas ligadas ao Centro de Atenção Psicossocial – CAPS e tem a realização da Fundação Educacional Silvestre Gomes. 24
PAIXÃO DE CRISTO 2018 QUIXADÁ O evento aconteceu na Sexta-Feira Santa na cidade de Quixadá e teve como proponente Cícero Tiago Fernandes Pereira. O projeto tratou de encenar a paixão de Cristo de forma tradicional, levando a população reunida em praça, a reviver por meio da atuação dos atores a contemplar o sacrifício do filho de Deus seguindo a narrativa bíblica.
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FOTO ATERLANE MARTINS
XII PAIXÃO DE CRISTO DA LAGOINHA PARAIPABA A encenação da Paixão de Cristo é organizada pela Associação da Nova Juventude Orando ao Senhor, criada em 2016 em Lagoinha na cidade de Paraipaba. O grupo que realiza é formado aproximadamente por 120 integrantes, dos 5 aos 80 anos. Formalizado e já estruturado, a organização é totalmente ligada à Igreja Católica, atuando ao longo do ano nos eventos religiosos que acontecem frequentemente na paróquia do lugar. O espaço para a realização foi a praça central, ponto de encontro da comunidade, onde todos puderam acompanhar a apresentação da Paixão, coroando mais um ano de aperfeiçoamento e manutenção da tradição na localidade.
PAIXÃO DE CRISTO 2018 - IV EDIÇÃO CEDRO Para a execução do projeto na cidade do Cedro, contou-se com a participação de diversos integrantes, em média 100 pessoas, das pastorais da igreja matriz de São João Batista. Assim, a participação direta não é de um grupo artístico
local fixo, mas que muda de acordo com a participação das pessoas na realização do evento. O grupo de forma voluntária, durante quatro meses, ensaiou as peças da paixão, construiu seu cenário e costurou suas roupas e adereços, além de ensaiar as coreografias, a fim de materializar para a comunidade a história da vida e morte de Cristo na cruz. CAPONGA DA PAIXÃO 2018: PAIXÃO DE CRISTO À BEIRA MAR CASCAVEL O projeto promovido pela Associação dos Empreendedores de Turismo, Artesanato e Cultura de Cascavel (ASSETUC) aconteceu no final de março de 2018 no distrito da Caponga, situada a 64 km de Fortaleza. Os grupos da Igreja Católica local que executaram o projeto de encenação da vida e morte de Cristo. A antiga capela da Caponga, hoje Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes, além de cumprir a necessidade da igreja acerca da manutenção do calendário litúrgico, mantém viva na comunidade à memória da vida sofrida de Cristo, ressignificado através da atuação e expressão dos jovens do lugar. PAIXÃO DE CRISTO DE REDENÇÃO REDENÇÃO O grupo de encenação da Paixão de Cristo de Redenção foi criado em 2010 por atores da cidade, produtores e pelos jovens da comunidade. O grupo surgiu a partir de uma residência de artistas locais na cidade de Redenção, por meio de atividades realizadas nas escolas do lugar. O local onde aconteceu o espetáculo foi a Praça do Obelisco, Sede. A produção envolveu 70 artistas do Grupo Teatral de Redenção, liderado pelo produtor Cultural João Victor.
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FOTO SAMUEL ARAUJO
FOTOS LUCAS AMARO
VIII FARIAS BRITO - MONTE CASTELO TEM PAIXÃO FORTALEZA A ação cultural da Paixão de Cristo é feita pela Cia Teatral Acontece no Farias Brito/Monte Castelo surgiu através de um curso de teatro realizado no ano de 2002. O grupo conta com 25 atores de 14 a 47 anos para a execução do espetáculo cênico que tem como responsável Almeida Júnior. Além da encenação da angústia e da morte de Jesus, o grupo realiza o festival “Esquetes da Cia Teatral” (FECTA), além de outros trabalhos que beneficiam a comunidade, aproximando-a da cultura e da arte local. 26
AUTO DA PAIXÃO DE CRISTO – JUVENTUDE, ARTE E TRADIÇÃO! FORTALEZA O grupo Conexão Jovem formado por aproximadamente 40 jovens foi criado em 2013 em Fortaleza. O grupo surgiu com o objetivo de organizar a juventude com ações sociais de promoção cultural e esportiva. Dentre essas atividades, organizaram o grupo de teatro com o objetivo de atuar junto à comunidade envolvendo jovens e ampliando o acesso de novos integrantes, garantindo formação baseadas nas técnicas do teatro do oprimido e do teatro convencional, e assim colaborar na formação teatral, e também no desenvolvimento social da juventude. A principal ação do grupo é a realização da Paixão de Cristo.
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FOTO TALITA MACIEL
FOTO TALITA MACIEL
SÍTIO DA PAIXÃO FORTALEZA A encenação da vida e morte de Cristo no bairro Mondubim em Fortaleza foi feita pelo Grupo Cultural Boreal criado em 2005 teve a participação de aproximadamente 50 crianças de 4 a 11 anos. Em parceria com a comunidade do Sítio Córrego desde 2008, os organizadores também realizam projetos ligados a outros ciclos de tradição que contam com apoios das secretarias da cultura, oportunizando a qualificação e melhorias técnicas para a execução dos projetos culturais.
PAIXÃO DE CRISTO: VIDA, MORTE E RESSUREIÇÃO DE CRISTO FORTALEZA O espetáculo apoiado pela primeira vez no edital da Secretaria Estadual de Cultura do Estado do Ceará aconteceu nas ruas do bairro São Miguel com belos figurinos e cenários. O grupo profissional que participou foi o Vivart, criado em 2003, em uma escola da própria comunidade. O grupo possui cerca de 50 integrantes, grande parte crianças e jovens.
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CARETAS A TRADIÇÃO DOS CARETAS NO CEARÁ É SECULAR. É COMPOSTA POR GRUPO DE PESSOAS MASCARADAS (DAÍ O NOME DE CARETAS) QUE SAEM ÀS RUAS, GERALMENTE TRAJANDO FANTASIAS SEM GRANDE LUXO, ALÉM DE APRESENTAREM PARTES DO CORPO PINTADAS PARA DIFICULTAR O RECONHECIMENTO DO PÚBLICO LOCAL. OS CARETAS CARREGAM CONSIGO CHICOTES, CHOCALHOS E OUTROS APETRECHOS QUE USAM NA INTERAÇÃO COM AS PESSOAS QUE OS ASSISTEM, USAM TAMBÉM INSTRUMENTOS MUSICAIS QUE ACOMPANHAM OS CANTOS NA TRAJETÓRIA PERCORRIDA PELAS RUAS OU TERREIROS POR ONDE PASSAM, EM BUSCA DE ESMOLAS PARA OFERECER AO DIVINO JUNTO AO SACRIFÍCIO DE JUDAS.
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FOTO RONALDO ROGERS
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FOTOS RONALDO ROGERS
FOTO WESLEY NAZARENO
III FESTA DOS CARETAS NO BAIRRO HENRIQUE JORGE FORTALEZA O projeto contou com a participação e execução do grupo Tradições Folclóricas Raízes Nordestinas criado em 1996 e que possui 30 integrantes. Esse participante é da própria comunidade do bairro do Henrique Jorge e sempre faz eventos culturais no lugar, mostrando como a execução de propostas de atividades culturais é uma possibilidade para envolver os mais jovens com a cultura popular e os ritos pascais. 30
CARETAS EM PROCISSÃO: AS TOADAS DO MESTRE JOÃO PAULO MERUOCA O evento aconteceu na Comunidade de São Vicente em Meruoca e teve início na Associação Sônia Maria com uma oficina sobre as toadas do reisado ministrada pelo Mestre João Paulo. Também houve a apresentação dos grupos Estrela da Serra, Brasileirinho, Estrela do Mar, Boi Pé Quente e Mero Boi que saíram em cortejo conduzido pelo mestre supracitado. Nas ruas por onde a comitiva passava, os caretas improvisaram versos satíricos e chamavam os moradores para seguirem com as manifestações o trajeto. O ápice da programação aconteceu na principal praça da comunidade, onde cada grupo realizou sua apresentação e finalizou com uma bela exposição do conjunto.
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CARETAS - CULTURA E TRADIÇÃO. ICÓ A apresentação trouxe uma manifestação da aproximação do sagrado com o profano. O grupo se exibiu em um distrito do município de Icó chamada Icó, chamado Lima Campos. Os Caretas, criados na localidade de Olho de Pedra em Icó, têm 50 integrantes de 18 a 38 anos, e é coordenado pelo mestre Renato. Esse conjunto de caretas é oriundo da separação de outro grupo do distrito de Forquilha. As pessoas ligadas a essa manifestação, tem o hábito de recolher alimentos nas casas para doarem posteriormente para pessoas carentes, levando não apenas uma apresentação rica, mas promovendo a solidariedade tão discutida pelos cristãos no ciclo pascal. XIV EDITAL CEARÁ DA PAIXÃO 2018
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MALHAÇÃO DE JUDAS TRADIÇÃO POPULAR QUE REPRESENTA O ESCÁRNIO AO SACRIFÍCIO DE JUDAS, DISCÍPULO TRAIDOR DE JESUS, QUE APRESENTA SEUS ÚLTIMOS MOMENTOS DE VIDA CONFORME A TRADIÇÃO CRISTÃ É APROPRIADA E ADAPTADA À CULTURA POPULAR CEARENSE. INCLUI DESDE O SEU SOFRIMENTO AO SEU ENFORCAMENTO, SEGUIDO DE UM TESTAMENTO, JULGAMENTO, CONDENAÇÃO E EXECUÇÃO, PRATICADA NORMALMENTE COMO INÍCIO DAS COMEMORAÇÕES DA RESSURREIÇÃO. PARA SE ELABORAR O TESTAMENTO, UTILIZASE DE TEXTOS JOCOSOS, PODENDO CONTER OU NÃO SÁTIRAS A SITUAÇÕES VIVENCIADAS PELA COMUNIDADE LOCAL, PELO CONTEXTO SOCIOPOLÍTICO NACIONAL.
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FOTO LUCAS AMARO
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FOTO LUCAS AMARO
FOTO EDUARDO
JOVENS RESGATANDO A QUEIMA DE JUDAS NA REDE CUCA FORTALEZA A primeira edição do Projeto ‘’A Juventude resgata a Queima de Judas na Rede Cuca’’ aconteceu no mês de março de 2018, levando a tradição popular de malhação do Judas à Rede dos Centros Urbanos de Cultura, Arte, Ciência e Esporte – Rede Cuca. A programação contou com apresentações culturais, oficinas de Lambe-lambe e Graffiti. A Malhação e Queimação de Judas usa tradicionalmente um personagem que faz com que reflitamos acerca dos problemas sociais recorrentes no cotidiano. O grupo responsável pelas ações foi a Companhia de Ritmos e Danças Populares – Cordapes, fundada em 2007, com o objetivo de estimular crianças e jovens a pesquisar e difundir por meio de danças e músicas as manifestações populares.
A MALHAÇÃO DE JUDAS AS MARGENS DO MARANGUAPINHO FORTALEZA Com a criação do Maracatu Nação Pici no ciclo Carnavalesco de 2009, identificou-se por meio da Associação que é a representante do grupo que a juventude do bairro Pici em Fortaleza também almejava projetos de outras naturezas culturais que acontecem ao longo do ano e correspondem a outros ciclos tradicionais. Nesse sentido, nesse ano de 2018, a Associação Cultural Afro-Brasileira Maracatu Nação Pici-Acampi desenvolveu uma programação artística para ser executada no ciclo pascal, que contemplou oficinas culturais, a malhação, a leitura de testamento e a queima de judas.
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FOTO CRISTIANO SIMAO
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PÁSCOA VIVA – UMA CELEBRAÇÃO POPULAR – POÇO DA DRAGA VEM SEU JUDAS MALHAR! FORTALEZA O projeto foi realizado na comunidade do Poço da Draga em Fortaleza e contou com a participação de 12 pessoas para sua execução. Foi a primeira vez que a ação aconteceu naquele lugar e foi uma iniciativa da produtora Maria Noélia dos Santos, que costuma fazer atividades culturais como Festas Juninas, Natal entre outros movimentos. A ação envolveu a comunidade a partir da participação dos jovens que fizeram o Judas e uma senhora vizinha fez o testamento. Uma curiosidade da realização da malhação de Judas no local é que ele não é queimado, mas afogado.
MALHAÇÃO DO JUDAS AO ENTARDECER FORTALEZA O evento aconteceu na praça principal do bairro Conjunto Esperança em Fortaleza. A programação contou com a encenação da Paixão de Cristo com o grupo artístico Vivart, com a apresentação do Reisado Nossa Senhora de Fátima, sorteios de pães para as mães da comunidade, além da apresentação do boi Ceará e violeiro. O programa é concluído com a malhação e queima do Judas.
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FOTOS ALINE FURTADO
MANIFESTAÇÕES DE UMA SEMANA DA PAIXÃO INDEPENDÊNCIA A manifestação tradicional popular de malhação e queima de Judas ocorre no assentamento Cachoeira do Fogo no município de Independência desde o ano de 2005. As celebrações religiosas no período da semana santa sempre foram realizadas pela comunidade desde o tempo dos mais velhos. Antes do início desse período, iniciam-se os preparativos que abrange a confecção de máscaras, a montagem do boneco de Judas e também a escrita do testamento. A manifestação tradicional é realizada por crianças e adolescentes da escola do referido assentamento, que se estima participar aproximadamente 50 educandos da atividade da malhação de Judas. 36
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FOTO MIRNA FELIX
FESTA POPULAR DE MALHAÇÃO DO JUDAS EM CANINDÉ, A TERRA DA FÉ - MALHANDO O PRECONCEITO, RESGATANDO E VALORIZANDO A NOSSA CULTURA - HOMENAGEM AO MESTRE DA CULTURA POPULAR SINEIRO GETÚLIO COLARES CANINDÉ A festa realizada em Canindé está em sua segunda edição, e contou com a participação da Associação Brilha Sertão, Fundação de Esporte e Cultura de Canindé, Secretaria de Assistência Social de Canindé e Pastoral Comunitária do Bairro-Palestina. O proponente realizou ações de fomento e valorização das manifestações artístico-culturais relativas ao período das tradições populares da semana Santa, possibilitando a circulação das tradições populares, além da revitalização da queima de Judas. Na ocasião houve a homenagem o Mestre da Cultura Popular, o Sineiro Getúlio Colares, que há 73 anos embala o sino do Santuário de Canindé.
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PENITENTES MANIFESTAÇÃO TRADICIONAL DA RELIGIOSIDADE POPULAR NA QUAL UM AGRUPAMENTO DE HOMENS, GERALMENTE FIÉIS E DEVOTOS, REUNIDOS EM MARCHA SOLENE, VESTIDOS COM UMA INDUMENTÁRIA TRADICIONAL (GERALMENTE COM ROUPAS BRANCAS E CAPUZES), QUE PERCORREM AS RUAS E ESTRADAS DAS CIDADES, ENTOANDO CÂNTICOS (BENDITOS), LEVANDO VELAS ACESAS OU TOCHAS, PARA REVERENCIAR MORTOS, LOUVAR SANTOS E DIVINDADES.
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FOTO ALANA MORAIS
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FOTOS ALANA MORAIS
PEREGRINAÇÃO DOS PENITENTES IRMÃOS DA CRUZ BARBALHA O projeto é o apoio à manifestação que é uma procissão de penitentes entoando benditos para reverenciar os mortos, passado de geração a geração, atravessando o tempo. A peregrinação do grupo de penitentes Irmãos da Cruz, formado ainda no início do século XX, aconteceu em uma comunidade da zona rural da cidade de Barbalha, que contou com o acolhimento das pessoas da localidade que abriram suas portas para receber a visita dos penitentes. Também foi realizada uma roda de conversa em uma escola pública com alunos e professores conduzida pelo Mestre Antônio, responsável pelo grupo. 40
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PRANTO DA MÃE DE DEUS BARBALHA A apresentação do Grupo de Incelênças de Barbalha percorreu vários espaços entoando seus benditos, como o Horto, a estátua de Padre Cícero, a igreja nova do Sagrado Coração de Jesus, Santo Sepulcro e a antiga residência do referido sacerdote. O grupo envolve integrantes de várias gerações, desde crianças a idosos. A formação da manifestação se deu no sítio Cabeceiras e foi repassado pela tia Maria Rodrigues da responsável pelo grupo atualmente, a proponente Sueli de Matos, repassando o saber para que a tradição não acabasse.
PROCISSÃO DE FOGARÉU PRÁTICA RECORRENTE JÁ HÁ MUITO TEMPO ENTRE OS GRUPOS DE PENITENTES DO CEARÁ OU ENTRE OS GRUPOS CONGÊNERES DO CENTRO-OESTE DO PAÍS, ONDE A TRADIÇÃO É SECULAR E TEM CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS. AQUI ELA TEM SE EXPANDIDO RECENTEMENTE, INCLUSIVE POR ESPAÇOS URBANOS, COMO MANIFESTAÇÃO TRADICIONAL DA CULTURA POPULAR LOCALIZADA NAS CELEBRAÇÕES DA SEMANA SANTA. CONSTITUI-SE APENAS DE UM CORTEJO RELIGIOSO NO QUAL DEZENAS OU CENTENAS DE PESSOAS MARCHAM DE FORMA ORGANIZADA, NA MAIORIA EM FILAS, LEVANDO EM SUAS MÃOS VELAS, TOCHAS OU LUMINÁRIAS, ENQUANTO OFICIAM ORAÇÕES OU ENTOAM CÂNTICOS RELIGIOSOS DO PERÍODO LITÚRGICO.
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FOTOS CRISTIANO SIMÃO
VII PROCISSÃO DO FOGARÉU FORTALEZA O projeto é uma realização da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário que percorrem, com seus fieis e com 20 personagens encapuzados e vestindo túnicas, acompanhados por 20 percussionistas, as ruas do bairro José Bonifácio para declarar a sua fé e lembrar a perseguição e prisão de Jesus Cristo. A programação contou ainda com a participação da orquestra de flautas da Universidade Estadual do Ceará – Uece, com a banda da polícia militar do Ceará, com terço das setes chagas de Jesus e dores de Maria. 44
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VIII PROCISSÃO DE FOGARÉU BARBALHA O cortejo da procissão teve início na Igreja do Rosário, no Centro Histórico da cidade de Barbalha, terminando na Igreja Matriz no patamar da Igreja. A programação do projeto se deu em três momentos: peregrinação dos grupos de penitentes como o Coração de Maria, do sítio Serra da Mãozinha-Abaiara, Grupo de Penitentes do sítio de Capoeira-Abaiara, grupo de Penitentes de Varjota – Várzea Alegre, o grupo do bairro Riachinho e o do sítio Lago de Dentro; meditação do santo terço no cemitério; e a procissão do fogaréu pelas ruas de Barbalha. Houve também apresentação de grupo de Incelenças. Assim, o projeto fez com que a população se sentisse mais próxima em relação aos sentimentos propostos pela semana santa, que lembram o sofrimento de Cristo e propõe um período de intensa reflexão e oração.
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