Kim young ha flor negra

Page 342

teve dúvida de que era Yeonsu. As bochechas rechonchudas de criança haviam desaparecido e o seu queixo ficara mais delineado, mas era ela sem dúvida alguma. Yeonsu falou em coreano: — Seob! Eu falei para você não fazer isso, não falei? A criança murmurou algo em maia e voltou para a barbearia. Mesmo dando uma bronca no garoto, o rosto dela estava cheio de felicidade. Quando a sombra de Yeonsu desapareceu, Ijeong entrou na barbearia. José parou de cortar o cabelo de um cliente para recebêlo. Pareceu ficar um pouco nervoso com a chegada de um estranho. Apenas Ijeong não notava que existia uma escuridão irreversível em seu rosto, o rosto de um homem que passara por uma guerra e cometera assassinatos sem sentido. Ijeong se sentou na cadeira de barbeiro. Um homem que estava colocando carvão em um fogão para ferver água tirou as luvas, limpou as mãos e se aproximou de Ijeong. Somente depois que ele amarrou a toalha ao redor do pescoço de Ijeong, como de costume, foi que cruzou o olhar com o dele no espelho. Bak Jeonghun perguntou em espanhol: — Como quer o corte? Quando o assunto era cortar cabelos, pelo menos, ele nunca falava em coreano. Havia usado espanhol desde o primeiro momento em que tinha começado na profissão. Ijeong respondeu em espanhol: — Curto, por favor. Bak Jeonghun borrifou um pouco de água no seu cabelo e sem falar mais nada começou a cortar. O menino entrou correndo do pátio e observou seu pai trabalhar, mas logo perdeu o interesse e voltou para o pátio. Ijeong não disse nada. Bak Jeonghun também


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.