Eric frattini o ouro de mefisto

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– Porque é aonde vinha parar a merda dos moradores de Margretenhaun. Daí, o cheiro… – explicou Weerts. Uns metros mais à frente, Hornetz dobrou de novo um corredor e chegaram a uma porta de ferro oxidada pela umidade. – É aqui – disse ele. Weerts, que se adiantara, deu três golpes curtos na porta, seguidos de outros mais breves. A portinhola do alto se abriu bruscamente e uns olhos examinaram o grupo. List ouviu vários ferrolhos sendo puxados. Ao entrar, o agente da Odessa descobriu com grande surpresa uma vasta sala limpa e organizada, com impressoras, moldes e pranchas ao lado de compridas mesas em que trabalhavam vários homens e mulheres na falsificação de documentos, passaportes, certificados e vistos de entrada de vários países. – Este é Herr Gruber – apresentou Hornetz. Um homem alto, magro, de orelhas de abano e sobrancelhas cerradas aproximou-se de List, estendendo-lhe a mão. – Oh, perdão! – desculpou-se ele. – Permita-me lavar as mãos. Estão cheias de tinta, e eu não gostaria de sujá-lo. – Eu o conheço – disse List. – Você participou da operação Krüger. O homem soltou uma gargalhada e corrigiu: – Operação Bernhard. Era seu verdadeiro nome. – Essa operação não foi comandada por um tenente-coronel da SS? – De fato. O escritório 6-F-4 estava sob meu comando. Sou, na verdade, o tenentecoronel Bernhard Krüger. – É uma honra conhecê-lo, senhor – gaguejou List ao mesmo tempo em que se punha em posição de sentido e batia ruidosamente os saltos dos sapatos.


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