Carcara #11

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CLÁUDIA JAGUARIBE Um viagem dialética do todo ao detalhe, onde somos a síntese Cláudia Jaguaribe vai à paisagem para reinventar a natureza. Transforma paisagens em cenários. Os cenários nos convidam para entrar. Somos, ao mesmo tempo, atores e plateia. Estamos dentro e fora. É emocionante: tão logo entramos, Cláudia nos propõe cortes profundos e, mais adiante, detalhes! Ficamos perdidos entre panorâmicas que se desagregam e closes de irrealidades que irrompem do todo. Experimentamos, paradoxalmente, a passagem da paisagem ao detalhe, processualmente. Estas fotos de Claudia Jaguaribe são uma viagem, um mergulho. Entramos nelas como entramos em nós mesmos. Construção e desconstrução. Tese e antítese. Belas e arrebatadoras, dialeticamente, elas nos chamam à realidade e nos propõem que, humanamente, sejamos a síntese. Formada em história da arte, artes plásticas e fotografia, seu trabalho se caracteriza por uma intensa pesquisa plástica que utiliza diferentes mídias: fotografia, vídeo, internet, instalações. Na fotografia, trabalha com variados formatos e meios de produção, desde a fotos em estúdio quanto documentais. Seu trabalho “Foto em Movimento” recebeu o Prêmio Sérgio Motta de Arte e Tecnologia (2003); em 2010, recebeu o Prêmio Marc Ferrez de Fotografia, da Funarte, pelo projeto “O seu caminho”. Colaboradora de jornais e revistas; publicou o livro “EntreVistas”; integra o “The World Atlas of Street Photography”, ao lado de Wim Wenders, Thomas Ruff, Joel Meyerowitz, Phillip-Lorca Di Corcia, Jeff Wall, Alex Webb e Cássio Vasconcellos. Site: http://www.claudiajaguaribe.com.br/

ELZA LIMA Na Amazônia, ser humano e natureza universalizados numa poética e alegre simbiose A verdadeira universalidade respeita as singularidades e até mesmo sabe que as contempla de alguma forma [...] . Danilo Santos de Miranda Há uma espécie de hipertrofia de realidades nas plásticas, dinâmicas e sensíveis fotos de Elza Lima. Todas transbordam vida. Sua maneira de documentar pessoas e seu ambiente nos remete para uma alegoria vital, para um incrível otimismo. Na Amazônia, ser humano e natureza numa poética e alegre simbiose. Cada foto, prenhe de pluralidades e singularidades, parece dizer: “apesar das dolorosas urbanidades lá fora, aqui a vida vale a pena”. As fotos amazônicas de Elza Lima são universais. Elza Maria Sinimbu Lima nasceu em Belém, capital do Estado brasileiro do Pará. Formou-se em história. Frequentou o curso de fotografia coordenado por Miguel Chikaoka (1950) na Oficina Fotoativa, em 1984. Fotografa desde essa época. Já expôs nos Estados Unidos (Nova York), Espanha , França, Suíça, Alemanha, Portugal. Prêmios: fotógrafa do ano, em 1990, concedido pela Associação dos Artistas do Pará; o Prêmio José Medeiros do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ, em 1991; Prêmio Marc Ferrez da Fundação Nacional de Arte – Funarte, 1992. É fotógrafa titular da Secretaria Executiva de Cultura do Pará e desenvolve trabalho de documentação das manifestações culturais na região conhecida como Baixo Amazonas, nesse Estado. (Site: http://www.elzalima.com.br/)


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