A Emergência do Gênero

Sumá rio

Introdução

p. 2

Histórico do movimento feminista

p. 3 e 4

Visibilidade e representatividade feminina

p. 5 e 6

A invenção dos gêneros Desconstruindo e pluralizando os gêneros Conclusão e análise crítica

Texto e design: Raul Candido dos Reis Centro Universitário Metodista - IPA Porto Alegre, 2018

p. 7, 8, 9 e 10 p. 11 e 12 p. 13

Intro

dução

Esse fichamento é parte da disciplina ‘‘Prática Pedagógica: multiculturalidade e educação’’ do Centro Universitário Metodista – IPA, sendo requisito parcial para a obtenção de nota.

Tem como objetivo abordar os principais tópicos do primeiro c a p í t u l o d o l i v ro ‘ ‘ G ê n e ro, sexualidade e educação’’¹ de Guacira Lopes Louro, intitulado ‘‘a emergência do gênero’’, bem como uma opinião crítica e pessoal.

¹LOURO, Guacira Lopes. A Emergência do Gênero. In: LOURO, Guacira Lopes. Gênero, Sexualidade e Educação. 6. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2003. p. 14-36. Disponível em: <https://bibliotecaonlinedahisfj.files.wordpress.com/2015/03/genero-sexualidade-eeducacao-guacira-lopes-louro.pdf>. Acesso em: 05 out. 2018.

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Histórico do movimento

feminista

1ª onda as sufragistas Buscava estender o direito ao voto às mulheres em diversos países do ocidente.

2ª onda 1968 Insatisfação de diversos grupos sociais com a discriminação, segregação e silenciamento.

Isso resulta numa efevercência social e política que contesta e traz o debate de gênero para a academia.

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Fonte: https://movimentorevista.com.br/2018/02/3801/

Fonte: https://agenciauva.net/2018/08/02/o-feminismo-em-1968-o-que-foie-no-que-se-transformou/

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A mulher (in)visível Por mais que houvesse a presença da mulher em diversos âmbitos, o seu ‘‘universo’’ sempre foi considerado o doméstico. Para inverter essa situação, as pesquisadoras começaram a denunciar as desigualdades sociais, políticas, econômicas e jurídicas, criticando o sistema e celebrando as características associadas com o feminino.

No início, houve uma certa separação entre os estudos da mulher com o mundo acadêmico, como se somente nesses lugares se deveria discutir sobre o assunto.

Essas publicações tiveram um grande valor político, tendo as autoras sempre colocado as suas indignações pessoais nos seus trabalhos.

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Fonte: http://pinpple.com/post/2466

Visibilidade e representatividade fEMININA

Precedentes do gênero A principal ‘’justificativa’’ para as desigualdades entre homens e mulheres sempre se baseava nas características sexuais distintas.

Como forma de contrapor esse argumento, precisava-se mostrar que essa desigualdade se tratava sobre a forma pela qual eram vistas o masculino e o feminino. Se tratava de uma questão social, cultural e histórica que cercavam a definição de ‘‘homem’’ e de ‘‘mulher’’. Nascia, assim, a definição de gênero!

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A invenção

dos gêneros

O gênero vs. o sexo O termo “gênero” surge com as feministas anglo-saxãs, sendo uma forma de recusar o “determinismo biológico implícito no uso de termos como sexo ou diferença sexual” (Scott, 1995 apud Louro, 2003), destacando a natureza social das diferenças entre os sexos.

Não se exclui a existência das características anatômicas, mas se reforça a força que as construções históricas ao redor do sexo têm na nossa sociedade.

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Assim o debate sai da esfera biológica e volta para o social, que é o que molda os ideais ao redor dos corpos.

Dessa forma se resgata a importância do processo de formação dos conceitos de ' ' h o m e m ' ' e d e ' ' m u l h e r ' ', evidenciando que estes não surgiram junto à humanidade, mas ao longo de nosso desenvolvimento. Ressalta, t a m b é m , a p l u ra l i d a d e n a compreensão de gênero, visto que os conceitos são ''flutuantes'', ou sejam, variam entre momentos históricos, cultura, sociedades e até dentro dos grupos que a formam.

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A criação do gênero Quando se pensa em gênero não se pensa somente na formação de papéis e de padrões comportamentais, pois isso resultaria em uma discussão rasa. O gênero é algo que transcende as relações interpessoais e impregna as diferentes formas que o ' 'ser homem'' e o ''ser mulher'' assumem nas redes de poder, nas instituições, nos discursos, nos códigos, nas práticas e nos símbolos. Ele se torna u m a p a r te d a i d e n t i d a d e d a s pessoas, sendo formadora e formada pelas diferentes instituições sociais.

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A invenção

DOS GÊNEROS

Entendendo-se sexo como, também, uma concepção histórico-cultural que se modifica através dos discursos, das relações, das instituições, entre outras formas é importante destacar que as identidades sexuais também estão sempre em construção e formação.

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DESCONSTRUINDO e PLURALIZANDO os gĂŞneros

Fonte: https://link.estadao.com.br/blogs/start/feito-por-mulheres-carol-rossetti/

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Fonte: https://lusosite.wordpress.com/2018/07/14/mulheres-carol-rossetti/

Binarismos de gênero Joan Scott traz em seus trabalhos a ideia de que é preciso destruir a oposição binária entre o masculino e o feminino, juntamente com a relação de dominação e submissão. Essa concepção é presente em diversas áreas e, na verdade, é inteiramente f ragmentada. O masculino carrega em si o feminino (de modo reprimido, trancado) sendo o inverso também verdadeiro. É, também, inegável que a concepção de ' 'ser mulher' ' é múltipla, afinal existem diversas mulheres com diferenças entre si.

Colocar o masculino e o fe m i n i n o co m o d o i s p o l o s opostos invisibiliza a existência das pessoas que não se identificam com essas formas.

Além disso é necessário se problematizar as origens do estudo de gênero, que, muitas vezes, possuem seu olhar fixado d e n t ro d e u m a a c a d e m i a , branca e de classe média/alta.

Somente se abrirmos os estudos para o interior das diversas outras identidades existentes nós conseguiremos contemplar as vivências dessas pessoas nãobrancas e LGBT's, PCD's entre outros.

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Conclusão e

Análise crítica Guacira Lopes Louro é uma referência pessoal na minha vivência quanto pessoa LGBT+.

Acredito que as suas explicações sobre gênero e sexualidade expandiram a minha visão de diversas formas. Não somente o seu trabalho ajuda a evidenciar as formas como o gênero é moldado em nossa sociedade e cultura através de um longo processo histórico, como também crítica, em cer tos pontos, a bolha em que se situa as discussões acadêmicas, que acabam por ignorar as diversas identidades que influenciam as vivências dos gêneros.

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Conhecer um pouco da h i s tó ri a d o s u rg i m e n to d o feminismo e como esse movimento ajudou a construir o movimento LGBT+ é muito esclarecedor, pois somente dessa forma é possível diagnosticar a nossa sociedade hoje. As desigualdades que existem são f ruto de concepções e preconceitos que se propagaram e prevaleceram ao longo dos anos, entretanto, é importante destacar que a luta e a re s i s tê n c i a é t ã o a n t i g a quanto.

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