“Campeão das Províncias” - 19/4/2023

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HISTÓRICO ANTÓNIO CAMPOS AUSENTE DOS 50 ANOS DO PS POR DIVERGÊNCIAS COM ANTÓNIO COSTA DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com QUARTA-FEIRA, 19 DE ABRIL 2023 | N.º 748 | ANO 2 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS EDIÇÃO DIGITAL FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Joana Alvim, Luís Carlos Melo e Cristiana Dias PAGINAÇÃO Grupo Media Centro De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.campeaoprovincias.pt www.facebook.com/campeaodasprovincias 20 PÁGINAS PÁGINAS 2/3 (CHAMADA PARA A REDE FIXA NACIONAL) ESTE PS NÃO TEM O RIGOR ÉTICO DO PS QUE EU AJUDEI A FORMAR

António Campos desiludido com o actual PS explica por que disse não ao jantar de aniversário

Odirigente histórico do PS António Campos vai estar hoje à noite ausente das comemorações dos 50 anos do partido, alegando que a Direcção de António Costa está a perder os valores da defesa do Estado de Direito democrático.

Na carta, que aqui reproduzimos na íntegra, António Campos deixa com um conselho a António Costa: “Espero que este pequeno testemunho sobre a fundação e legalização do PS te ajude, se quiseres, a dar conhecimento histórico no jantar da comemoração dos 50 anos do nosso partido”.

«Meu Caro Secretário-Geral do Partido Socialista

O Partido Socialista é o filho ideológico da Acção Socialista na defesa intransigente da liberdade, dos direitos fundamentais dos cidadãos e do Estado de Direito democrático.

Quando celebramos 50 anos da fundação do nosso partido constato que esta matriz fundadora do PS se tem vindo a perder.

Nesta carta simples de testemunho histórico, resumo alguns dos episódios, que presenciei, sobre a fundação do PS, onde estes valores, não apenas estiveram sempre presentes, mas foram o referencial da acção daqueles que os protagonizaram.

Em 1963, o Dr. Fernando Vale convidou-me para ir a uma reunião clandestina em Lisboa, onde estariam alguns dos seus amigos da oposição à ditadura para criarem a Acção Democrática Social.

A reunião era presidida pelo Dr. Cunha Leal, e entre os amigos do Fernando Vale estavam, entre ou-

tros, o Dr. Raul Madeira, médico em Soure, o Dr. Hermínio Paciência, médico de Alpiarça, o jornalista Carlos Ferrão que dirigia a revista Vida Mundial.

A função de que fui incumbido pelo Dr. Fernando Vale era boicotar a reunião.

Falhei nessa missão, mas Mário Soares, que conheci nesse dia, com uma brilhante intervenção, executou-a na perfeição e acabou com a reunião sem que se criasse a Acção Democrática Social.

Foi um passo importante para o posterior nascimento, em 1964, numa reunião clandestina, da Acção Socialista, dinamizada no exterior pelo Tito de Morais e Ramos de Costa.

Após a chegada da deportação de S. Tomé de Mário Soares a Acção Socialista, em 1969, reforçou a sua acção com vista às eleições desse ano.

A Acção Socialista pretendeu apresentar-se às eleições na má-

xima força com a oposição unida, mas sem aceitar a hegemonia do PCP.

O Dr. Vereda, advogado em Leiria, promoveu uma reunião em S. Pedro de Moel para unificar a oposição.

O Sottomayor Cardia, à época ainda militante do PCP, num discurso arrasador acabou com essa perspectiva de unidade.

Apesar desta decisão, a Acção Socialista trabalhou para, nos distritos onde fosse possível haver unidade da oposição, apresentar listas em conjunto com o Partido Comunista.

Foi o caso do distrito de Coimbra, onde o acordo de unidade foi possível e a lista candidata se apresentou com 2 militantes do PCP, 2 militantes da Acção Socialista e 2 independentes, um indicado pelo PCP, outro pela Acção Socialista. O cabeça de lista foi o prof. Henrique de Barros, independente indicado pela Acção Socialista.

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António Campos desiludido com o actual PS explica por que disse não ao jantar de aniversário

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Em 1971, o Salgado Zenha, António Macedo e eu fomos a Paris, onde Mário Soares estava exilado, para uma reunião com o Dr. Álvaro Cunhal, para o tentar convencer de que a queda da ditadura só era possível através de um golpe militar e nunca pelo levantamento popular que sempre protagonizou.

A reunião não se realizou, porque nesse dia o António Macedo foi internado de urgência, para uma cirurgia que o levou à extracção da bexiga.

Conheci nesse período o Tito de Morais, que veio de Itália, e o Ramos da Costa que já defendiam a transformação da Acção Socialista em partido político.

Em Março de 1973, Mário Soares, Tito de Morais e Ramos da Costa enviaram um apelo para a concretização desse objectivo.

Os militantes de Lisboa numa reunião, sem convocação ou conhecimento dos militantes da Acção Socialista do resto do País, reprovaram a criação do Partido.

A rede clandestina montada pelo Ramos da Costa com os ferroviários do Sud Expresso, via Alfarelos, permitia aos militantes da zona Centro uma relação directa com Paris, onde residia Mário Soares, para troca de informações e papéis, incluindo a recepção do Portugal Socialista.

Através dessa rede recebi o apelo dramático para reunir os militantes da Acção Socialista de todo o País e reverter a decisão tomada em Lisboa para, entre outros objectivos, permitir o apoio da Internacional Socialista ao combate à ditadura em Portugal.

Foi o que fiz, organizando na minha casa, em Oliveira do Hospi-

tal, uma reunião clandestina com cerca de meia centena de militantes da Acção Socialista de todo o país que votaram favoravelmente a fundação do Partido Socialista e elegeram o Jaime Gama como Secretário-Geral interino até á reunião da legalização do PS, a realizar na Alemanha.

Posteriormente, houve uma reunião em casa do António Arnaut para decidir quem ia à Alemanha.

No preciso momento em que o jornalista Maia Cadete me estava a entregar os bilhetes para a deslocação â Alemanha, atropelaram o meu filho mais novo, ficando entre a vida e a morte durante cerca de 15 dias.

O Maia Cadete já não foi entregar os bilhetes ao António Macedo e Cal Brandã (Porto), ao Álvaro Monteiro (Viseu) e ao Costa e Melo (Aveiro) e ficou a acompanhar-me no meu desespero na clínica de Santa Filomena, em Coimbra.

Todos acabaram por não se deslocar à Alemanha em solidariedade comigo.

Mais tarde, em Setembro de 1973, comunico via Sud Expresso que iria receber um documento importantíssimo e que iria pessoalmente entregá-lo a Paris. A resposta que recebi foi a de que vinham a Vigo. O António Macedo, o António Amaut, eu e as respetivas mulheres fomos a Vigo entregar ao Mário Soares, Tito de Morais e Ramos da Costa a acta da 1.ª reunião do movimento de capitães, em Évora.

A primeira sede do Partido Socialista a abrir em Portugal foi em Coimbra, onde tínhamos alugado uma vivenda para instalar uma livraria, junto à escadaria da Universidade, onde ainda hoje é a sede

distrital do Partido.

No PS, o valor da Solidariedade esteve sempre presente, mesmo nos momentos de forte divergência interna foi sempre um princípio inabalável de todos. Além dos episódios anteriores, posso testemunhar um outro. Tive um cancro bastante agressivo, fui operado no Hospital S. Louis, tive de fazer tratamentos e muitas vezes na hora em que os ia fazer recebia um telefonema do António Guterres, que como bem sabes liderou uma tendência política no PS no período em que tive responsabilidades na organização do partido, a saber se estava sozinho ou se precisava da sua companhia.

Nunca soube quem o informava.

Agradeço-te o convite para o jantar Comemorativo dos 50 anos da legalização do PS, que está distante da liderança de Mário Soares, onde a divergência era salutar e muito enriquecedora politicamente. É com profunda decepção que, com a benevolência do Partido, assisto à acelerada degradação das instituições democráticas, que tanto custaram a conquistar.

Infelizmente já não tenho a energia do passado, se a tivesse estaria presente para pessoalmente te afirmar a necessidade de reaproximar o Partido dos valores que presidiram à sua fundação.

Espero que este pequeno testemunho sobre a fundação e legalização do Partido Socialista te ajude, se quiseres, a dar o conhecimento histórico no jantar da comemoração dos 50 anos do nosso PS.

Saudações socialistas

António Campos Como testemunho histórico tornarei esta carta pública».

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até 2025

ORali de Portugal deverá manter-se no calendário do Mundial, pelo menos até 2025, revelou o presidente do Automóvel Club de Portugal (ACP), durante a apresentação da edição deste ano, marcada pelo regresso à Figueira da Foz.

“Vamos assinar, muito em breve [o contrato para a continuidade da prova no Campeonato do Mundo (WRC)], por mais dois anos, além deste”, disse Carlos Barbosa, para quem “é quase impensável fazer um Mundial sem a presença de Portugal como uma das provas europeias”.

Para que essa condição se mantenha, é importante continuar a apostar na sustentabilidade ambiental – que já foi reconhecida pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) - e, principalmente, na segurança, tanto dos participantes, como dos espectadores.

“A segurança, para nós, é fundamental e é por isso que gastamos o dinheiro que gastamos, porque, ao mínimo descuido de segurança, perdemos o rali e, neste momento, há vários países europeus que querem entrar no Mundial. Precisamos que o público perceba isso”, advertiu Carlos Barbosa.

A nível competitivo, os organizadores da prova não têm dúvidas. O Rali de Portugal beneficia “das melhores especiais do mundo” e de “um público espectacular”, que fará da corrida, quinta etapa do campeonato de 2023, entre 11 e 14 de Maio, “um grande sucesso”.

Para Carlos Barbosa, a adesão dos pilotos é demonstrativa das virtudes do Rali de Portugal: “Em média, os ralis do Campeonato do Mundo têm cerca de 40 a 45 automóveis. Nós, no ano passado, tivemos 90 e este ano acho que ainda vamos chegar a esse número”, observou Carlos Barbosa.

A 56.ª edição da prova começa a disputar-se

no centro do país, na sexta-feira, 12 de Maio, com passagens duplas pelos troços em Lousã (12,03 km), Góis (19,33), Arganil (18,72) e Mortágua (18,15), antes da estreia da super especial na Figueira da Foz.

“Voltar à Figueira da Foz é muito importante, pois fazia parte da tradição do velho Rali de Portugal. Vamos ter também uma nova especial em Paredes (...) e troços ao contrário [sentido inverso], para os pilotos não pensarem que já vêm treinados do ano passado e, com isso, criar-lhes algumas dificuldades”, assinalou o presidente do ACP.

No sábado, 13 de Maio, o rali encaminha-se para norte e às classificativas em Vieira do Minho (26,61 km), Amarante (37,24), Felgueiras (8,91) e à super especial em Lousada, decidindo-se no domingo, 14 de Maio, após as passagens por Paredes (15 km), Fafe (11,8) e Cabeceiras de Basto (22,23), num total de 1.636,25 quilómetros, 329,06 cronometrados.

Carlos Barbosa destacou também a importância do rali para a economia nacional e regional, para a qual contribuiu em 153,7 milhões de euros (ME) no ano passado, um acréscimo de 8,9% relativamente à edição de 2019, a última realizada sem os constrangimentos provocados pela pandemia de covid-19.

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Rali de Portugal regressa à Figueira da Foz e deve manter-se no Mundial
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Câmara de Coimbra reúne com partidos no Parlamento para repor a carreira dos motoristas

Opresidente da Câmara de Coimbra vai reunir hoje com vários partidos com assento parlamentar para defender a reposição da carreira de agente único dos transportes colectivos.

José Manuel Silva vai reunir hoje, no parlamento, com PSD, PS, Bloco de Esquerda, Iniciativa Liberal e Chega (e deverá reunir no futuro com PAN e PCP), para defender “a reposição da carreira de agente único”, uma proposta há muito defendida pelos próprios trabalhadores dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), disse o autarca.

“É algo pelo qual vamos lutar e a Câmara de Coimbra já assumiu que está disposta a pagar os efeitos financeiros da reposição da carreira [para os motoristas dos SMTUC]. A reposição seria o reconhecimento merecido de uma carreira que não pode ser caracterizada como um simples agente operacional sem formação adicional”, vincou.

O presidente da Câmara de Coimbra, que se des-

loca ao parlamento acompanhado pelo representante da Comissão dos Trabalhadores dos SMTUC, Carlos Cristina, referiu que o município ainda não foi recebido pelo Governo sobre este assunto, apesar das “insistências” de um pedido de reunião nesse sentido.

Para o autarca eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD, CDS-PP, Nós,Cidadãos!, PPM, Aliança, RIR e Volt), a profissão de motorista “exige formação especializada”, sendo necessário corrigir “os erros graves” da Lei n.º 12-A/2008, que “desvaloriza a administração pública e que leva profissionais a saírem da administração pública para o sector privado”.

“Se a administração pública não tiver capacidade para atrair e reter profissionais, cada vez mais se põe a si própria em causa”, alertou José Manuel Silva.

Segundo o presidente da Câmara de Coimbra, “há alguma competição por motoristas” de autocarros, com o município a sentir na pele “a dificuldade de contratar e reter” profissionais do sector.

“O relatório e contas de 2022 dos SMTUC refere que deixaram os SMTUC cerca de dezena e meia de motoristas, exactamente por questões salariais. Se queremos salvar os transportes públicos e no caso concreto dos SMTUC, isso depende do Governo”, vincou.

José Manuel Silva apontou que a reposição da carreira de agente único de transportes colectivos será apenas um primeiro passo, notando que, no futuro, será importante pensar na reposição de outras carreiras, como é o caso dos mecânicos de oficinas, onde os SMTUC também têm muita dificuldade em atrair e reter esses profissionais.

O objectivo da Câmara de Coimbra ao promover as reuniões com os partidos será no sentido de “tentar pressionar o Governo a avançar com a reposição da carreira” ou levar os partidos a elaborarem “algum tipo de recomendação” que seja votada na Assembleia da República para que a situação possa ser resolvida.

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Novo chouriço tradicional de Quiaios usa algas e tem teor reduzido de sal

Cevadas, afirma que a gama de produtos a desenvolver com este projecto apresenta um elevado potencial de inovação, especificamente pela aposta na autenticidade e qualidade de um produto tradicional, enquadrado no conceito de alimentação mais saudável e original e pelo recurso a novas matérias-primas, nunca exploradas nesta indústria - macroalgas e plantas halófitas”.

Já o Marefoz considera a colaboração com a Cevadas como “um exemplo de uma parceria de sucesso”, referindo que a colaboração “nasceu da capacidade de a empresa identificar oportunidades no que se refere à aproximação do sector da charcutaria tradicional às tendências de consumo actuais”.

Um novo chouriço tradicional de Quiaios alia a inovação à alimentação saudável, reduzindo o teor de sal, ao utilizar, na sua produção, macroalgas e plantas halófitas.

O laboratório Marefoz da Universidade de Coimbra (UC) explica que o projecto “Investigação e desenvolvimento da utilização de macroalgas e plantas halófitas na produção de chouriço tradicional” consiste na produção de chouriço tradicional de Quiaios “sem fosfato e com teor reduzido de sal, utilizando como substitutos macroalgas e plantas halófitas”, sendo

uma das mais conhecidas a salicórnia.

Os investigadores do Marefoz alegam, que, desta forma, se obtém um produto “mais saudável para o consumidor, sem perder o aspecto, textura, sabor e cheiro do chouriço tradicional”.

O projecto, promovido pela empresa Cevadas – Casa de Carnes do Ervedal, em parceria com o Marefoz, venceu agora um prémio nacional de inovação, atribuído no concurso S4Agro – Soluções Sustentáveis para o Sector Agro-industrial.

Vitória Abreu, proprietária da

Essas tendências passam pela “resolução da problemática do teor de sal na charcutaria tradicional”, concepção de um novo produto “com características saudáveis no que diz respeito à utilização de aditivos emulsionantes sintéticos” e, entre outras, a introdução de um produto de charcutaria “num nicho de mercado reservado aos produtos saudáveis”.

A empresa pôs em prática actividades de inovação e desenvolvimento apoiadas pela UC através do Marefoz, “tornando a CEVADAS numa empresa pioneira no desenvolvimento de um novo produto de charcutaria funcional e inovador no mercado, com benefícios para a saúde quando comparado com a oferta tradicional”.

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Município de Tábua quer alargar espaço CULTIVA para fixar mais projectos

ACâmara de Tábua revelou hoje que quer aumentar o espaço CULTIVA (Criatividade, União, Laboratório, Tábua, Ideias, Valores e Artes), dada a procura por parte de jovens empreendedores que querem fixar os seus projectos neste local. A autarquia inaugurou o espaço CULTIVA há cerca de um ano, no dia 10 de Abril de 2022.

O balanço é “extremamente positivo”, já que a iniciativa “superou as expectativas”, disse hoje o presidente da Câmara Municipal de Tábua, Ricardo Cruz.

“Já estamos a pensar num CULTIVA 2.0.”, revelou o autarca, adiantando que a ideia é “continuar a crescer”, disponibilizando “espaço para a procura” que esta estrutura tem tido.

O município está a estudar a melhor opção e em equação estão duas possibilidades: alargar o CULTIVA ou criar uma zona ao lado, com contentores.

A infra-estrutura está dotada de condições para se “afirmar ao nível da promoção do empreendedorismo, com capacidade de fixação de ‘startups’ ligadas ao conhecimento, à criatividade e à inovação” e inclui um espaço de ‘cowork’, que “fomenta o teletrabalho e a atracção de nómadas digitais”, refere a Câmara Municipal de Tábua.

Um ano após a sua entrada em funcionamento, este local recebe 11 projectos e empreendedores, em regime de incubação física e virtual, que a partir desta estrutura desenvolvem a sua actividade.

Estes projectos estão a desenvolver a sua actividade em diversas áreas, que vão desde a programação informática, às novas tecnologias, ao comércio electrónico de bens e serviços, à organização de eventos, à comunicação e marketing, à floresta e ambiente, entre outros.

O município de Tábua tem criado condições para a transferência de conhecimento produzido pelas instituições de ensino superior e cen-

tros de investigação para o tecido económico local, com o estabelecimento de protocolos de cooperação e parcerias com o Instituto Pedro Nunes (IPN), o Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) ou com o Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC).

Por outro lado, esta estrutura potencia a ligação com a formação e qualificação profissional dos mais jovens, estando a funcionar nas instalações do espaço CULTIVA, desde o início do ano lectivo, o pólo de Tábua da Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil (Eptoliva).

De acordo com a autarquia, o espaço CULTIVA disponibiliza condições para a prestação de apoio aos empresários locais, estando aí instalados os gabinetes de apoio ao empresário dinamizados pela Agência para o Desenvolvimento Integrado (ADI), pela Associação Empresarial da Região Viseu (AIRV) e pela Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra (ADIBER).

Para a Câmara Municipal de Tábua, este investimento protagonizado pelo município representa uma “importância acrescida no contexto de perda e envelhecimento da população residente, pelo seu contributo para a atracção e fixação da população mais jovem e com maiores qualificações, contribuindo para a alteração do cenário demográfico que caracteriza o concelho e região”.

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Pedro Santana Lopes vai estar hoje na Grande Entrevista da RTP3

Pedro Santana Lopes, presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, vai estar hoje, pelas 23h00, na Grande Entrevista da RTP3. A sua recente participação numa entrevista na SIC Notícias e, hoje, na RTP3 está a gerar grande expectativa entre os telespectadores, não apenas pelo seu papel como autarca, mas também pela sua experiência como líder do PSD e ex-chefe de governo.

O autarca tem sido uma das vozes críticas das políticas do actual governo de António Costa, descrevendo-o como uma “balbúrdia política permanente”.

Quanto ao seu futuro político, Santana Lopes afirmou, na anterior Entrevista, o seu compromisso com a Figueira da Foz, onde é presidente da Câmara Municipal. No entanto, também mencionou a possibilidade de regressar ao PSD, partido do qual já foi líder, e não fechou a porta para uma eventual candidatura à presidência da República.

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Cinco crenças falsas sobre o cérebro

Nasúltimas duas décadas assistimos a enormes avanços na nossa compreensão sobre o funcionamento do cérebro. Este avanço nas neurociências deve-se muito à implementação de várias técnicas de imagiologia cerebral, que produziram um grande volume de informação sobre a complexidade do funcionamento neuronal, com um detalhe impressionante. Mas, apesar do avanço na compreensão do cérebro e da divulgação do conhecimento adquirido, várias crenças falsas sobre este órgão, cerne da nossa inteligência, persistem no imaginário colectivo.

Vejamos algumas delas.

1. Só usamos 10% do nosso cérebro?

É talvez a crença mais comum sobre o cérebro, tendo tido origem no princípio do século passado e sido bastante divulgada em diversas obras de literatura pseudocientífica e também no cinema. Todos os dados neurocientíficos que hoje possuímos, principalmente aqueles oriundos da imagiologia cerebral, a contrariam e indicam que nenhuma zona do cérebro permanece totalmente inactiva, nem sequer enquanto dormimos. De facto, até hoje, ainda não foi encontrada uma zona do cérebro à qual não esteja associada uma dada função e actividade. Para além disso, hoje sabemos que mesmo as tarefas cerebrais aparentemente mais simples, embora possam envolver mais uma dada zona cerebral, mobilizam a actividade de inúmeras outras numa complexidade de interacções espantosas. Por outro lado, o cérebro é o órgão

que mais energia consome para o seu funcionamento. Gastar tanta energia para que 90% do cérebro não fizesse nada é algo que não faz sentido do ponto de vista evolutivo.

2. Dois cérebros num só

Enraizou-se a ideia de que os dois hemisférios cerebrais têm funções totalmente distintas, sendo um, o direito, mais intuitivo e artístico, e o outro, o esquerdo, mais analítico e racional. O que as neurociências têm verificado é que os dois hemisférios estão em permanente interacção, diálogo, quer estejamos a resolver um problema matemático, quer estejamos a tocar piano, por exemplo. Mais, existem inúmeros casos em que traumatismos cerebrais que afectam um dos hemisférios levam a que funções das zonas afectadas sejam transferidas para o outro hemisfério. Há pois uma grande plasticidade cerebral, uma grande conectividade e interacção entre os dois hemisférios, pelo que os dois estarão sempre de alguma forma activos independentemente da actividade em questão.

3. O tamanho do cérebro determina a inteligência

Para além da questão sobre o que é que consideramos ser a inteligência, está a crença de que somos tanto mais inteligentes quanto maior for o tamanho do nosso cérebro. A biologia mostra que existem muitos animais com cérebros maiores do que os dos seres humanos e que mais do que o tamanho per si,

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Cinco crenças falsas sobre o cérebro

deve ser considerado a relação entre a massa cerebral e a massa total do corpo. E mesmo nessa relação os seres humanos não estão no topo. O que as neurociências têm demonstrado é que mais importante do que o tamanho, a quantidade e complexidade de ligações (sinapses) entre os neurónios (células do cérebro) é o que pode determinar sermos mais ou menos inteligentes. E, para além da genética que determina o tamanho, a complexidade daquelas interacções é condicionada pela aprendizagem e experiência de cada um de nós, independentemente da massa cerebral.

4. O cérebro está inactivo enquanto dormimos

O cérebro nunca descansa. A monitorização da actividade cerebral, por electroencefalogramas e pelas mais modernas imagiologias cerebrais, mostra que o cérebro está activo durante o sono. Aliás, sabemos hoje que o sono é extremamente importante para a manutenção da qualidade das ligações entre as células nervosas. Foi descoberto recentemente que durante o sono ocorrem processos de limpeza do espaço interneuronal, através de uma maior circulação do líquido encefalorraquidiano, o que promove a eliminação dos detritos resultantes da actividade em vigília. Para além disso, verifica-se que a consolidação das memórias ocorre mais intensamente durante o sono. Assim, enquanto dormimos o cérebro trata de arrumar a casa e preparar-se para o dia seguinte.

É um assunto muito vulgar atribuir ao cérebro capacidades diferentes consoante o sexo. Contudo, e apesar das diferenças anatómicas e hormonais que distinguem o homem da mulher, não se encontrou até hoje nenhuma diferença distintiva na fisiologia e metabolismo do cérebro nos dois sexos. Há uma ligeira diferença de tamanhos mas, como já se disse, o tamanho não implica imediatamente uma função diferente. Contudo, devemos dizer que os neurocientistas estão apenas agora a começar a compreender como é que a complexa actividade neuronal dá origem aos fenómenos psicológicos que determinam a nossa inteligência e personalidade. Mas a diferença do corpo consoante o sexo não encontra imediata diferença no cérebro que fundamente a adjectivação de género.

António Piedade

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5. Cérebro masculino e cérebro feminino
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Universidade de Coimbra com projecto para mitigar abandono do ensino superior

ser colectivo, não é impositivo e não vai de cima para baixo. Devemos todos estar envolvidos e querer estar envolvidos, porque este é o caminho certo para conseguirmos coisas diferentes para a academia”, justificou.

Ao longo da sua intervenção, Amílcar Falcão vincou que a UC tem obrigação de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que o abandono escolar diminua o mais possível.

OReitor da Universidade de Coimbra garantiu hoje que o projecto de combate ao insucesso e abandono do ensino superior que está em curso, com financiamento de 500 mil de euros, terá continuidade, nem que seja com financiamento próprio.

“Quando se diz que o projecto tem dez meses de duração, ele tem dez meses de financiamento específico. O projecto já começou há muito tempo e há de continuar depois de acabar este financiamento, nem que seja por conta de financiamento interno, porque este projecto é absolutamente fundamental para diminuirmos o abandono escolar”, afirmou Amílcar Falcão.

A Universidade de Coimbra (UC) apresentou hoje um projecto de combate ao insucesso e

abandono escolar, que denominou ON-BOARD, com uma duração de dez meses e que conta com um financiamento, que ultrapassa o meio milhão de euros, do Programa Operacional Capital Humano (POCH).

Este projecto propõe uma abordagem integrada e multidimensional aos fenómenos do insucesso escolar e do abandono do Ensino Superior, centrada em processos de tutoria (pessoal e digital) para estudantes e docentes e na transformação das condições organizacionais e de desempenho académico universitário.

Durante a apresentação do projecto, o Reitor da Universidade de Coimbra realçou a importância de toda a comunidade académica estar envolvida no ON-BOARD.

“Este é um processo que deve

“Para mim, cada estudante que abandona a universidade é uma dor, porque é um ser humano que poderia e deveria fazer formação superior. Nós nunca estamos isentos de culpas quanto ao abandono escolar: não podemos pensar dessa forma”, sustentou.

Já a vice-Reitora da UC para o Ensino e a Atractividade, Cristina Albuquerque, explicou que o projecto, que decorre de Janeiro a Novembro deste ano, vem complementar outras acções estruturais que esta instituição de ensino superior já tem.

O projecto ON-BOARD constitui-se como uma abordagem integrada de combate aos fenómenos do insucesso académico e do abandono escolar, prevendo oito actividades: Solução de Data Analytics, Programa de Tutoria Interpares, Aprendizagem Adaptativa, Workshops Apoio, Captação em Tutoria para Docentes, Happy Campus UC, Sky Campus e Workshops de Inovação Pedagógica.

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Serviços da Câmara de Oliveira do Hospital a funcionar, mas com constrangimentos

Os serviços da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital já se encontram a funcionar, embora ainda com alguns constrangimentos, provocados pelo ataque informático de há duas semanas, disse hoje o presidente da autarquia, José Francisco Rolo.

José Francisco Rolo referiu que “os serviços estão genericamente a funcionar”, embora ainda existam “alguns constrangimentos que se vão detectando caso a caso”.

“À medida que o sistema vai sendo reposto, vão sendo identificados alguns constrangimentos, como a lentidão no acesso dos perfis ou a falta de informação, que, depois, implica uma intervenção da equipa técnica de informática para recuperar essa informação. A curto prazo temos a expectativa de as coisas ficarem resolvidas e todo o dispositivo ficar disponível”, informou.

A Câmara de Oliveira do Hospital foi alvo de um ciberataque, na tarde do dia 4 de Abril, que afectou todos os serviços municipais dependentes da informática.

De acordo com o autarca, o Balcão Único já está em funcionamento, sendo, no entanto, necessário actualizar

as plataformas da Associação de Informática da Região Centro (AIRC).

“Também já está reposta a normalidade na nossa Loja do Cidadão, Contabilidade, Recursos Humanos, Obras Públicas Municipais e Obras Particulares”, acrescentou.

José Francisco Rolo evidenciou que, no imediato ou num curto espaço de tempo, terá de ser feita “a actualização de plataformas, com a contratação de ‘hardware’ e ‘software’ para que fique tudo renovado e melhorado”.

“Vai implicar um investimento avultado em actualização digital de todo o dispositivo do município, um investimento em protecção, mas também na fluidez dos processos, agilidade e celeridade de respostas aos cida-

dãos”, indicou.

No seu entender, num mundo em que as organizações e também as autarquias estão todas digitalizadas, os riscos de ciberataques “são evidentes”, sendo “necessário reforçar toda a infra-estrutura tecnológica e também a componente técnica de vigilância e apoio”, com “mais engenheiros informáticos”.

“Isto é um alerta para o facto de que as virtudes da transição digital também trazem um risco. Temos de ter uma atenção redobrada e investir fortemente, esperando que as verbas da transição digital, seja do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], seja do Portugal 2030, estejam focadas em garantir segurança e diminuição do risco de ciberataques”, concluiu.

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ACleanwatts vai criar uma Comunidade de Energia Renovável (CER) em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Tentúgal (SCMT). O objectivo desta iniciativa é promover a sustentabilidade, reduzir os custos relacionados com a energia da instituição e combater a pobreza energética entre as famílias carenciadas da região.

A Comunidade de Energia Renovável terá uma potência instalada total de 60,7 kW e será composta por uma central fotovoltaica instalada nos telhados da sede da SCMT. Essa iniciativa faz parte de uma série de projectos que a Cleanwatts tem desenvolvido em parceria com as Misericórdias, após ter assinado um protocolo com a União das Misericórdias Portuguesas no início do ano, tornando-se parceira da instituição para a transição energética.

A CER da SCMT resultará num desconto médio de 53% na tarifa estimada para a energia da rede, o que permitirá à instituição economizar nos custos com energia. Além disso, a SCMT se tornará “climate positive”, gerando 20% mais energia verde do que o seu consumo total e evitando a emissão de 23 toneladas equivalentes de CO2 por ano. Com a instalação da central fotovoltaica para autoconsumo, a instituição aumentará a sua independência energética, passando a obter 40% da energia consumida a partir de fonte solar. Uma parte significativa desse projecto está voltada para a vertente social e combate à pobreza energética, uma vez que a SCMT pretende utilizar a energia produzida para apoiar 39 famílias em situação de vulnerabilidade energética, oferecendo-lhes uma tarifa social comunitária cerca de 30% inferior às tarifas de mercado actuais. A directora de Comuni-

dades de Energia da Cleanwatts, Maria João Benquerença, destaca a importância dessa vertente social, especialmente quando a instituição beneficiada é uma Santa Casa, que tem como missão o apoio a famílias carenciadas.

Maria João Benquerença explica que a Comunidade Energética da Santa Casa de Tentúgal começará com a instalação dos painéis solares nos telhados da instituição, que será o produtor-âncora da CER. Em seguida, a Cleanwatts procurará angariar consumidores na região, preferencialmente com afinidades sociais e perfis de consumo complementares ao do produtor-âncora. No futuro, a comunidade poderá crescer com a adesão de novos membros produtores, que possuam telhados ou terrenos com capacidade para expandir a potência fotovoltaica instalada. A responsável ainda destaca que o impacto da comunidade poderá ser ampliado com a introdução de outras fontes de geração renovável, como energia eólica, biomassa ou hidroeléctrica.

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Cleanwatts e Santa Casa da Misericórdia de Tentúgal unem-se para criar Comunidade de Energia Renovável e apoiar famílias carenciadas

Coimbra promove campanha de sensibilização para a saúde mental

tratamento, e promover a saúde mental e o bem-estar”.

A campanha apresenta quatro factos que pretendem sensibilizar a comunidade para a depressão e a ansiedade e para a procura de ajuda: “Depressão não é ‘fita’ nem ‘falta de vontade”; “Ansiedade. Alguma é natural. Demasiada é um problema”; “Depressão: entre 80 e 90% das pessoas que recebem ajuda recuperam”; e “Ansiedade não é motivo de vergonha ou culpa”.

A campanha vai realizar-se com a afixação de cartazes e de mupis na cidade e a divulgação nos suportes digitais do município e nas redes sociais. Esta iniciativa enquadra-se no Plano Municipal de Saúde, mais concretamente no Eixo “Educação e Literacia para a Saúde” e na acção que prevê a realização de campanhas de sensibilização associadas à promoção da saúde e prevenção da doença.

ACâmara Municipal de Coimbra tem até 30 de Maio a decorrer uma campanha de sensibilização para a saúde mental, com especial enfoque na depressão e na ansiedade.

A iniciativa, que conta com a colaboração da Ordem dos Psicólogos Portugueses, pretende transmitir várias mensagens no âmbito da literacia em saúde psicológica, bem como informar das linhas de apoio psicológico disponíveis, como a do SNS24 e da SOS Estudante. A campanha, que vai estar em curso nos mupis da cidade e nos meios de comunicação municipais, pretende dar início a várias actividades enquadradas nesta temática, no cumprimento da Estratégia Municipal de Saúde de Coimbra.

Esta campanha de sensibilização para a saúde mental pretende, pois, promover a literacia em saúde psicológica, consciencializar a população para a temática da saúde mental, disponibilizar recursos de resposta no âmbito da saúde mental, bem como cumprir a Estratégia Municipal de Saúde de Coimbra e o Objectivo de Desenvolvimento Sustentável 3: Saúde de Qualidade, com a meta “Até 2030, reduzir num terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis via prevenção e

Importa, pois, lembrar que os casos de doença mental estão a aumentar a nível mundial, sendo que a Organização Mundial de Saúde (OMS) “estima que esta condição possa causar 1 a 5 anos de vida vividos com incapacidade, o que se traduz em 10% da carga global de doença”. “A doença mental afecta a vida dos cidadãos nas suas mais variadas vertentes, como a escola, a actividade profissional, as relações com a família e amigos e a capacidade de participar na comunidade”, alerta a OMS, salientando que segundo o World Mental Health Report, “em 2019 1 em cada oito pessoas no mundo (13%) vivia com doença mental, sendo que os casos de depressão e ansiedade poderão ter crescido em 25% com a pandemia da Covid-19”.

Ora, Portugal não é excepção e também tem assistido ao aumento dos casos de doença mental. “As perturbações do foro psiquiátrico apresentam uma prevalência de 22,9% no nosso país, o segundo maior da Europa, e representam 11,8% da carga global das doenças em Portugal, superiormente às doenças oncológicas (10,4%) e apenas sendo ultrapassada pelas doenças cérebro-cardiovasculares (13,7%). Portugal é ainda o segundo país da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económicos (OCDE) com maior consumo de medicamentos antidepressivos, tendo este valor crescido desde 2019”, segundo informação da OCDE.

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QUARTA-FEIRA, 19 DE ABRIL 2023

104 empresas Gazela mostram um forte crescimento da actividade empresarial da região Centro

Aregião Centro conta com 104 empresas Gazela, que empregam 4.456 pessoas e geram um volume de negócios de 1.096 milhões de euros e 859 milhões de euros de exportações. Conclusões do último estudo, efectuado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), sobre as empresas Gazela existentes na região Centro em 2022. Tratam-se de empresas jovens que num curto espaço de tempo apresentam um crescimento acelerado no emprego e no volume de negócios. São uma reduzida percentagem do universo das empresas, mas estão presentes em todos os sectores de actividade e diferenciam-se, também pelo seu posicionamento nos mercados e pela sua capacidade de gestão e de risco.

Isabel Damasceno, presidente da

CCDRC, sublinha que “as empresas da Região Centro continuaram a mostrar a sua resiliência após anos difíceis. É com muita satisfação que a região Centro tem novamente mais de uma centena de empresas Gazela. Apesar de representarem uma pequena percentagem do universo empresarial, são empresas com grande relevância pelo seu contributo para a economia regional, pela sua capacidade de criação de emprego e de riqueza de forma sustentada e galopante. Com estas 104 empresas, passa para 651 o número de empresas que, ao longo destes últimos dez anos, conseguiram esta distinção, que destaca as suas capacidades de inovação, de criar emprego, de dinamizar o mercado e potenciar o desenvolvimento económico nos territórios em que se localizam”.

De acordo com o estudo efectua-

do pela CCDRC, destas 104 empresas Gazela da região Centro destacam-se os seguintes aspectos:

Em termos de distribuição geográfica estão disseminadas pelo território, repartindo-se por 49 municípios da região Centro, sendo os municípios de Leiria e Viseu (com 9 empresas cada), os que têm um maior número, seguidos pelos municípios de Aveiro e Torres Vedras (com 6 empresas cada) e Coimbra e Ovar (com 5 empresas cada). Com quatro e três empresas gazela surgem, os municípios de Águeda (4), Castelo Branco (3), Oliveira do Hospital (3) e Vagos (3). Os municípios de Abrantes, Batalha, Caldas da Rainha, Cantanhede, Covilhã, Figueira da Foz, Guarda, Idanha-a-Nova, Ílhavo, Marinha Grande, Ourém e Vouzela apresentam duas empresas gazela, cada. Em termos sub-regionais, destacam-se os territórios correspondentes às NUTS III da Região de Aveiro (24), Região de Coimbra (18), Viseu Dão Lafões (16), Região de Leiria (15) e o Oeste (11).

No final de 2022, 40 das 104 empresas Gazela tinham apresentado um total de 86 candidaturas aos Sistemas de Incentivos do Portugal 2020. Destas, 69% foram enquadradas no Programa Operacional Regional - Centro 2020. Em termos de projectos aprovados, as 40 empresas Gazela que se candidataram aos Sistemas de Incentivos do Portugal 2020 estão já a ser apoiadas na totalidade das 86 candidaturas (que representam 71 milhões de euros de incentivo).

O evento de reconhecimento das Empresas Gazela realiza-se no dia 26 de Abril, pelas 19h30h, em Águeda, e conta com a presença da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.

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Mercado Municipal D. Pedro V com 15 novas concessões

ACâmara Municipal de Coimbra realizou hoje (19) a hasta pública de locais de venda no Mercado Municipal D. Pedro V, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Dos 63 espaços que se encontravam em licitação foram concessionados 15: 13 lojas e duas bancas. Os espaços que ficaram por atribuir serão alvo de novo procedimento em data e hora a divulgar oportunamente, no último trimestre do ano.

Em hasta pública estiveram 20 lojas para diversos tipos de actividade. Destas, foram arrematadas 13, quatro para comércio de vestuário, acessórios de moda ou retrosaria; quatro para diversos não alimentares; duas para talho, mercearia ou garrafeira; duas para a venda de flores e plantas; e uma para produtos alimentares gourmet (não destinados a consumo local). Ficaram por licitar sete, uma destinada a comércio de vestuário e seis para a venda de pescado congelado.

Já no que respeita às bancas, estiveram em licitação 43, 20 das quais para produtos hortícolas, das quais foram arrematadas duas, e 23 para venda de peixe fresco,

que não tiveram procura.

A proposta para a concessão dos espaços terá de ser aprovada em reunião do Executivo Municipal, após a qual os proponentes têm 30 dias para entregarem a documentação necessária para que os serviços municipais possam emitir o alvará.

“Foi dado mais um passo firme e seguro no caminho árduo, mas desafiante, de revitalização deste espaço de excelência da nossa cidade”, sublinha o vereador Miguel Fonseca, com o pelouro dos

Mercados Municipais. De salientar que esta foi a terceira hasta pública de locais de venda no Mercado Municipal D. Pedro V, desde a entrada em funções do actual Executivo. Na primeira, em Março de 2022, foram concessionados 21 espaços (12 lojas e 9 bancas) e na segunda, em Novembro de 2022, outros 11 (9 lojas e duas bancas).

Os espaços que ficaram por concessionar serão alvo de uma nova hasta pública, em data e hora a divulgar, no último trimestre de 2023.

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