“Campeão das Províncias” - 7/6/2023

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DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com QUARTA-FEIRA, 7 DE JUNHO 2023 | N.º 781 | ANO 3 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS EDIÇÃO DIGITAL FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Joana Alvim, Luís Carlos Melo e Cristiana Dias PAGINAÇÃO Grupo Media Centro De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.campeaoprovincias.pt www.facebook.com/campeaodasprovincias 20 PÁGINAS PÁGINA 2 (CHAMADA PARA A REDE FIXA NACIONAL)

cria Centro Interpretativo para dar a conhecer o concelho

No Centro Interpretativo o público tem acesso a três quiosques que mostram os eventos, o património e as personalidades do Município.

“Este Centro vai ter novidades em breve e vai ser sempre renovado. É uma tarefa em constante actualização”, sublinhou o autarca.

Este espaço, que era para ter sido inaugurado há três anos, abriu hoje ao público e vai estar aberto de terça-feira a domingo, entre as 10h00 às 12h30 e das 15h00 às 18h30, de 1 de Março a 31 de Outubro.

ACâmara Municipal de Montemor-o-Velho abriu ao público o Centro Interpretativo para dar a conhecer o concelho, de forma gratuita, desde o antigamente até aos dias de hoje, numa iniciativa orçada em cerca de 180 mil euros.

Este espaço, instalado na antiga Galeria Municipal, vai permitir dar a “conhecer o concelho em profundidade, sem limites”, disse hoje, na inauguração do espaço, o presidente do município de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão.

No rés-do-chão, os visitantes podem conhecer o Município como está actualmente, através de jogos para os mais novos ou através de uma parede

multimédia com vários vídeos. Este piso tem também um ecrã colaborativo que funciona para a passagem de vídeos ou como uma tela de jogos inspirados em lendas do concelho.

Neste local, há ainda uma área expositiva que vai ter peças que reflectem a história do Município.

No piso um, os visitantes têm acesso a um portal do tempo com vários televisores, que através de áudio e imagem, explicam desde os primórdios do concelho até à actualidade.

Neste piso há ainda possibilidade de ver cerca de 40 fotos de vários locais do concelho no passado, em formato de livro digital.

De 1 de Novembro até ao último dia do mês de Fevereiro funciona das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.

O Centro Interpretativo, orçado em cerca de 180 mil euros, co-financiado pela ADELO - Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego, está encerrado nos dias de Ano Novo, domingo de Páscoa e Natal.

A Câmara de Montemor-o-Velho inaugurou hoje também a obra de recuperação do Pórtico do Solar dos Pinas, localizado na Rua Fernão Mendes Pinto, que foi alvo de uma candidatura a fundos comunitários, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020, com um apoio no valor de cerca de 53 mil euros, comparticipado a 80%.

QUARTA-FEIRA, 7 DE JUNHO 2023 2 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf
Montemor-o-Velho

»» COIMBRA IPARQUE VAI TER MAIS SETE EMPRESAS

»» DOCENTES DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA EXIGEM AVERIGUAÇÃO À DEMISSÃO DE PROFESSOR RUSSO

NOVAS EMPRESAS ESTÃO A CHEGAR A COIMBRA

»» JOAQUIM DE SOUSA: DA RESISTÊNCIA POLÍTICA AO COMPROMISSO SOCIAL

Centro de Estudos Russos que funciona no âmbito da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra está gerar uma polémica que já levou um Abaixo-Assinado de cerca de 100 professores e investigadores, reacção que surpreende por ir muito para além da verificada há semanas atrás aquando dos alegados casos de assédio de Boaventura com o outro, acontecem todavia ambos num espaço do pensamento político definido idêntico que relativamente a um dos casos pouco ou nada reagiu e perante outro parece movimentar-se como se directamente interessado e muito para além de um caso simples que os tribunais resolveriam numa penada, se isso fossem chamados. Entretanto o assunto Boaventura Sousa Santos, apesar do processo de averiguações nada ter avançado, ainda mexe. PÁGINA 3 (Boaventura) (Professor russo).

»» FIGUEIRA DA FOZ: SARDINHA ASSADA E QUIM BARREIROS ANIMAM A NOITE DE SANTO ANTÓNIO

»» EXPOFACIC 2023: FEIRA DE CANTANHEDE APRESENTA NOVIDADE COM MERCADO DE PRODUTORES DA CIM REGIÃO DE COIMBRA

»» CEIRARTE REGRESSA RENOVADA E AMPLIADA

»» ARGANIL VIVE A FEIRA DAS FREGUESIAS CATIVANDO COM A MOSTRA GASTRONÓMICA

3 QUARTA-FEIRA, 7 DE JUNHO 2023 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf
DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt 2ª SÉRIE SEMANÁRIO À QUINTA-FEIRA e-mail: campeaojornal@gmail.com SEMANÁRIO NO PAPEL (QUINTAS-FEIRAS)... DIÁRIO ONLINE (WWW.CAMPEAOPROVINCIAS.PT)... VESPERTINO DIGITAL (DE SEGUNDA A SEXTA) AUDIÊNCIA QUALIFICADA Rua António Sérgio, Arm. n.º Zona Ind. Pedrulha 3025-041 Coimbra Tlf. 239 492 015 - sociescapes@net.sapo.pt ESCAPES ENGATES DE REBOQUE CATALIZADORES ALMOÇOS E JANTARES Encerra ao Sábado 43 -“SERENATA AO LUAR” -“Os Rodinhas de Portugal”XX F EIRA G ASTRONÓMICA Convida de a 13 de Junho Sede: Rua dos Cordoeiros, n.º 45 Buarcos Figueira da Foz AZENHA & AZENHA, LDA. TODO TIPO DE CONSTRUÇÃO CIVIL Convida visitar Convida a visitar a Ceirarte Convida a visitar a Feira das Freguesias de Arganil Joaquim de Sousa em Entrevista O declínio da Figueira da Foz e o drama das Misericórdias A habitual lenga-lenga de que Coimbra não recebe novas empresas está a esbater-se, com a chegada de investimentos empresariais, uma das principais promessas deste Executivo camarário liderado por José Manuel Silva. As novidades vêm do Coimbra iParque, onde vão instalar-se três novas empresas (não se trata de ampliação ou mudança de local), duas das quais com capitais brasileiros, conforme apurou o “Campeão”. O crescimento empresarial promete, pois já estáo comprometidos cinco dos sete lotes da segunda fase do iParque.
Casos Boaventura e professor russo agitam Universidade O afastamento do professor russo do
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Convida a visitar a FAFIPA de 9 a 13 de Junho Joaquim
“QUALIDADE, CREDIBILIDADE, RIGOR E PROFISSIONALISMO”
de Sousa expõe a situação actual da cidade e o cenário dramático enfrentado pelas Misericórdias. Em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao Campeão das Províncias provedor da Misericórdia Obra da Figueira denuncia os milhões gastos em eventos questionáveis, enquanto a qualidade de vida dos cidadãos negligenciada.

QUEM É QUE AFINA A PROSA À PUBLICIDADE ENGANOSA?

Diz de modo amplamente sugestivo a publicidade de uma das insígnias da grande distribuição alimentar:

“Cereja embalada a 3,49 €…”

Palavras como cerejas

Contos a que acrescem pontos

E assim nos “apedrejas”

E nos deixas meio tontos…

Que o que rende

É “enganar” a gente!

Diz, com efeito, a publicidade, em voz “off”, precedida de imagens ilustrativas:

“Cereja embalada a 3,49 €…”

E onde está o logro, o engano?

É que, diz a lei dos preços, a unidade de medida é o quilo: e, no caso, é de embalagens de meio quilo (algo que de todo se não revela na palavra), em imagens atractivas, que se trata...

E o peso vem grafado a letras miudinhas no suporte, que não é detectável a olho nu.

Dá-se a entender que é da unidade de medida que se fala e de que se exibe o preço: mas a unidade de medida é o quilo e não metade, ou seja, meio quilo.

O consumidor tem de acreditar só em metade do que dizem e dobrar sistematicamente o preço anunciado? É essa a nova “técnica” adoptada pelas agências de publicidade, agora que o crime da “reduflação” está na moda?

Não se olvide que, em dados termos, a reduflação é crime de fraude sobre mercadorias, a despeito do que para aí propalam “certos senhores”, numa tentativa de dourar a pílula…

Ou é de esperteza saloia que se trata, como se infere desta “montagem”? Mas lá que cai sob a teia da publicidade enganosa, não parece restarem dúvidas

Diz o Código da Publicidade (que remete neste passo, no seu artigo 11, para a o artigo 7.º Lei das Práticas Comerciais Desleais, no quadro das práticas enganosas):

“1 - É enganosa a [publicidade] que contenha informações falsas ou que, mesmo sendo factualmente correctas, por qualquer razão, nomeadamente a sua apresentação geral, induza ou seja susceptível de induzir em erro o consumidor em relação a um ou mais dos elementos a seguir enumerados e que, em ambos os casos, conduz ou é susceptível de conduzir o consumidor a tomar uma decisão de transacção que este não teria tomado de outro modo: …

d) O preço, a forma de cálculo do preço ou a existência de

uma vantagem específica relativamente ao preço; …” Ora, a Lei dos Preços (DL 138/90, de 26 de Abril), a propósito de unidades de medida de referência, reza no n.º 1 do seu artigo 3.º o seguinte:

“Relativamente aos géneros alimentícios, o preço da unidade de medida referir-se-á:

a) Ao litro, no que diz respeito aos géneros alimentícios comercializados por volume;

b) Ao quilograma, quando diz respeito aos géneros alimentícios comercializados a peso.”

E, no que tange, à publicidade, a lei é expressa ao aludir, no seu artigo 6.º, exactamente sob tal epígrafe, o que segue:

“1 - A publicidade, sempre que mencione preços de bens ou serviços, deve … indicar de forma clara e perfeitamente visível o preço total expresso em moeda com curso legal em Portugal, incluindo taxas e impostos.

2 - A publicidade escrita ou impressa e os catálogos […], quando mencionem o preço de venda dos géneros alimentares e produtos não alimentares …, devem igualmente conter, nos mesmos termos do número anterior, a indicação do preço da unidade de medida…”.

Logo, é de um embuste que se trata: para além do que se consigna na lei, toda a gente pensa ainda no quilo (e no litro) como unidades de referência e, não, em 488 gr, 532 gr, ou 619 gr…

As agências de publicidade andam tão falhas de imaginação que enveredam por estes prpocessos? É desse modo que cumprem o seu código deontológico?

Não há limites na forma de atrair os consumidores para os produtos que se anunciam?

E as autoridades demitem-se de intervir só porque estamos perante insígnias de enorme poder e projecção?

Os consumidores merecem mais. Merecem, sobretudo, que os tratem com dignidade que não a golpes de franca menoridade e supina desconsideração…

É que os preços atraem as pessoas. E, depois de se acharem no interior dos estabelecimentos, detectado o logro, não levam aqueles artigos porque a preços exorbitantes (o dobro do anunciado, à exaustão, no pequeno ecrã), mas levam outros, indistintamente…

Cumpra-se a lei. Para que não sejam só vítimas dela os merceeiros da esquina que não têm desafortunadamente, passe a expressão, “onde cair mortos”…

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emérito da apDC – DIREITO DO CONSUMO - Portugal
presidente

Candidaturas abertas para os Prémios do Politécnico de Coimbra 2023

OPolitécnico de Coimbra (IPC) anunciou a abertura das candidaturas para os Prémios do Politécnico de Coimbra 2023. Os prémios têm como objectivo reconhecer o mérito desportivo, científico e o envolvimento social e cultural de membros da comunidade do IPC, abrangendo estudantes, diplomados, docentes, investigadores e profissionais não docentes. As candidaturas decorrem até o dia 11 de Junho, exclusivamente online, e serão avaliadas por um júri composto por elementos internos e/ou externos ao IPC, dependendo do prémio em apreço.

Os Prémios do Politécnico de Coimbra serão atribuídos durante a cerimónia comemorativa do aniversário da instituição, que terá lugar no dia 7 de Julho, no Convento São Francisco, em Coimbra.

Uma das categorias dos prémios é o “Prémio Atleta do Politécnico de Coimbra”, que tem como objectivo principal reconhecer um estudante, docente, investigador ou profissional não docente do Politécnico de Coimbra que se destaque como praticante desportivo de alto rendimento, representante numa selecção nacional e/ou como representante de denotado mérito desportivo do Politécnico de Coimbra ou das suas estruturas estudantis. Serão premiados até três atletas que tenham contribuído para a promoção e dignificação da imagem do Politécnico de Coimbra na sociedade.

Outra categoria é a dos “Prémios Ciência & Inovação”, que visam valorizar, reconhecer e promover o trabalho científico da comunidade académica e de investigação do IPC. Esta categoria está dividida em três subcategorias: “Investigador”, “Investigador Jovem” e “Ciência+”. O “Prémio Investigador do Politécnico de Coimbra” destina-se a reconhecer doutorados que exerçam funções de docente, investigador ou profissional não docente no IPC e que se tenham destacado por uma intervenção particularmente relevante na área da ciência. O prémio atribui uma bolsa no valor de 1.500 euros para aplicação em actividades científicas. O “Prémio Investigador Jovem do Politécnico de Coimbra” destina-se a estudantes ou diplomados há menos de um ano do IPC, com idade inferior a 35 anos, que se tenham destacado na área da ciência, também com uma bolsa no valor de 1.000 euros. Já o “Prémio Ciência+ do Politécnico de Coimbra” tem como objectivo reconhecer uma equipa de investigadores do IPC que se tenha destacado pela sua actividade de Investigação Aplicada, com uma bolsa no valor de 3.000 euros.

O “Prémio Sociedade do Politécnico de Coimbra” tem

como objectivo reconhecer membros da comunidade do IPC que apresentem um projecto relevante para a promoção do desenvolvimento regional e/ou nacional. O prémio atribui uma bolsa no valor de 1.500 euros, a ser gerida pelo vencedor ou vencedores, para aplicação na actividade de desenvolvimento.

Por fim, o “Prémio Inspirados pela Coragem do Politécnico de Coimbra” destina-se a reconhecer os membros da comunidade do IPC que se dediquem a causas que provocam uma mudança positiva e reconhecida na sociedade. São elegíveis projectos ligados ou enquadrados numa instituição, associação, ONG ou afins.

Os interessados podem consultar os regulamentos dos prémios, bem como obter informações sobre os critérios de elegibilidade e de selecção, através do seguinte link: https://www.ipc.pt/ipc/sobre/documentos/estatutos-e-regulamentos/

As candidaturas decorrem exclusivamente online, nos seguintes links:

Prémio Atleta do Politécnico de Coimbra: https://forms. ipc.pt/index.php/254865?lang=pt

Prémio Ciência & Inovação do Politécnico de Coimbra: https://forms.ipc.pt/index.php/418969?lang=pt

Prémio Sociedade do Politécnico de Coimbra: https:// forms.ipc.pt/index.php/532833?lang=pt

Prémio Inspirados pela Coragem do Politécnico de Coimbra: https://forms.ipc.pt/index.php/764114?lang=pt

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Prémios Verdes reconhecem investigadores da Universidade de Coimbra

Dois investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) foram recentemente distinguidos nos Prémios Verdes Visão + Grupo Águas de Portugal (ADP) pelo seu destacado papel no contexto da actual emergência climática. Jorge Paiva, professor catedrático jubilado da FCTUC, recebeu o “Prémio Personalidade”, enquanto Verónica Ferreira, investigadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da FCTUC, foi distinguida com uma Menção Honrosa na categoria “Investigação”.

Jorge Paiva, reconhecido pelo seu trabalho no campo do activismo ambiental e científico, tem sido uma figura de referência. Durante a sua carreira, o professor catedrático jubilado identificou e classificou várias espécies de plantas, além de participar em expedições científicas ao redor do mundo. No entanto, é a sua defesa incansável da biodiversidade e da floresta autóctone que o tornou conhecido e admirado para além da comunidade científica. Jorge Paiva é carinhosamente apelidado de “grande Senhor do Ambiente” pela revista Visão.

Por sua vez, Verónica Ferreira destacou-se na área da investigação devido ao seu estudo dos ribeiros. A investigadora do MARE tem concentrado o seu trabalho na avaliação dos efeitos das alterações ambientais nas comunidades e nos processos aquáticos. As alterações ambientais que têm sido objecto da sua atenção incluem o enriquecimento dos ribeiros em nutrientes, o aquecimento da água e as mudanças na floresta nativa, como a substituição por monoculturas de eucalipto, a invasão por espécies exóticas e as doenças re-

sultantes da infecção por agentes patogénicos.

Os Prémios Verdes são promovidos pela revista Visão em parceria com o Grupo Águas de Portugal e contam com o Alto Patrocínio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Esta iniciativa, que já vai na sua segunda edição, tem como objectivo reconhecer, divulgar e premiar as boas práticas e os exemplos de excelência que se destacam pelo seu contributo para o ambiente e desenvolvimento

sustentável no contexto da actual emergência climática.

A distinção de Jorge Paiva com o “Prémio Personalidade” e a Menção Honrosa atribuída a Verónica Ferreira na categoria de “Investigação” reforçam o reconhecimento da relevância e do impacto do trabalho desenvolvido pelos investigadores da Universidade de Coimbra no domínio ambiental, fortalecendo o compromisso contínuo com a sustentabilidade e a preservação do nosso planeta.

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Projecto internacional destaca trabalho do Parque Biológico na inclusão turística

AEscola Profissional Beira Aguieira (EBA), localizada em Penacova, demonstrou o seu compromisso com a inclusão no sector do turismo ao realizar uma visita ao Parque Biológico da Serra da Lousã, em Miranda do Corvo, como parte do Projecto Erasmus+ KA229 “Para um Turismo Consciente e Inclusivo na Europa”. A EBA, que também coordena o projecto, teve a oportunidade de partilhar boas práticas relacionadas ao turismo inclusivo e sustentável com escolas parceiras que participaram da visita.

Professores e alunos de várias cidades, incluindo Bulgária, Espanha, Grécia, Itália e Lituânia, juntamente com representantes de Penacova, ficaram impressionados com a inclusão e inovação encontradas no Parque Biológico. O local é considerado a maior exposição de biodiversidade e biofilia do país, além de ser a principal atracção turística da região central.

“Mais de 50 pessoas integravam o grupo, todas elas motivadas e curiosas para conhecer o Parque Biológico da Serra da Lousã”, declarou Mailing Méndez, professora de Inglês e Espanhol, Embaixadora da eTwinning School e membro da Equipa Internacional de Projectos.

Durante a visita, os participantes tiveram a oportunidade de observar antigas profissões quase extintas, como oleiros, cesteiros, tecelões e sapateiros, e interagir com os usuários que praticam e aprendem esses ofícios tradicionais, promovidos e preservados diariamente pelo Museu Vivo de Artes. Eles também se encantaram com a magia dos animais do parque, como Sandro e Berta, os ursos pardos, e a majestosidade dos linces ibéricos. O ponto alto foi a simpatia de Chico, o burro mais antigo do Parque. A coordenadora do projecto expressou sua gratidão pela acolhida calorosa da equipe do Parque Biológico e pelo guia Francisco.

O Projecto Erasmus+ KA229 tem como principais objectivos a troca de boas práticas, especialmente na área do turismo sustentável, a preservação da região e a promoção da Escola Profissional Beira Aguieira como uma escola internacional eco-friendly, bem como de empresas, instituições e organizações locais que promovam essas boas práticas.

A Fundação ADFP, responsável pelo Parque Biológico, destaca a importância da divulgação e do reconhecimento internacional do trabalho que vem sendo realizado, enfatizando a relevância no âmbito educacional, como promotora das tradições e ofícios do país, como uma entidade empregadora inclusiva e

ecléctica, e como um modelo de instituição com um projecto de turismo com propósito social, cada vez mais visitado e valorizado.

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VisionWare e Universidade de Coimbra firmam parceria estratégica

AVisionWare, empresa portuguesa especializada em Segurança de Informação e Cibersegurança, e a Universidade de Coimbra (UC) anunciaram um acordo de protocolo de parceria. Esta colaboração tem como objectivo principal fortalecer a relação entre a empresa e a academia, em particular na área das Tecnologias de Informação (TI), e atender às demandas do mercado de recursos humanos e apoio ao crescimento exponencial das TI em Portugal. A parceria visa estabelecer um contato mais próximo com os alunos e suprir a escassez de talentos no sector de Tecnologia de Informação e Comunicação em Portugal. Além disso, busca investir no desenvolvimento de competências essenciais para um sector cada vez mais relevante na economia global. A cooperação abrangerá todo o ecossistema da UC, com foco especial na interacção com a Faculdade de Ciências e Tecnolo-

gia (FCTUC) e o Departamento de Engenharia Informática (DEI).

Bruno Castro, CEO e fundador da VisionWare, destaca a importância da parceria para atender às exigências do mercado e formar profissionais qualificados. Ele ressalta que a aproximação entre o meio académico e empresarial é essencial para fortalecer o sector de Tecnologias de Informação e Comunicação, especialmente no campo da cibersegurança.

O Reitor da UC, Amílcar Falcão, destaca que a universidade tem buscado estreitar as relações com empresas de referência, acreditando que a produção e transferência de conhecimento para a sociedade são partes essenciais da missão académica. Ele afirma que a parceria com a VisionWare proporcionará aos estudantes a oportunidade de complementar a sua formação académica e enriquecer os seus currículos.

Comemorando o 18.º aniversá-

rio desde a sua fundação, a VisionWare inclui a Universidade de Coimbra em seu extenso histórico de parcerias estratégicas, que incluem instituições em Portugal e além das fronteiras. O CEO da VisionWare, Bruno Castro, possui uma ligação pessoal e emocional com a UC, sendo graduado em Engenharia Electrotécnica e mestre em Engenharia Informática (Segurança Informática) pela FCTUC. Ele também actua regularmente como docente convidado na instituição.

A VisionWare é credenciada pela NATO e reconhecida por seu alto conhecimento técnico por instituições portuguesas e internacionais. A empresa tem participado em diversos projectos apoiados pela União Europeia. Entre as principais áreas operacionais, destacam-se o crescimento contínuo das equipas de Cibersegurança, Privacidade e Legal, Ética e Conformidade, SOC (Centro de Operações de Segurança) e CSIRT (Equipe de Resposta a Incidentes de Segurança Computacional), bem como a área emergente de Inteligência Estratégica e Análise de Riscos.

Recentemente, a VisionWare divulgou os seus resultados financeiros de 2022, registando um volume de negócios de quatro milhões de euros, representando um crescimento de 22% em relação ao período anterior. A empresa também revelou que 10% de sua receita já é proveniente de negócios internacionais, com destaque para os serviços de cibersegurança, conformidade e centro de operações de segurança “como serviço”.

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Os estudantes da Universidade de Coimbra gastam em média 518 euros por mês, sem contar com a propina, concluiu um estudo da AAC, que exigiu o aumento do número de bolsas e do seu valor. A despesa média maior centra-se no alojamento (229,87 €), seguindo-se a alimentação (125,78) e as deslocações entre cidade de origem e Coimbra (63,21).

8 DE JUNHO DE 2023

DOCENTES DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA EXIGEM AVERIGUAÇÃO À DEMISSÃO DE PROFESSOR RUSSO

Cem professores e investigadores da Universidade de Coimbra exigiram, através de um abaixo-assinado, a urgente abertura de um processo de averiguação aos factos associados à demissão do professor russo Vladimir Pliassov.

“É inaceitável, num Estado democrático de direito, garantidor da liberdade de consciência e pensamento, bem como numa universidade pública que repudia o pensamento único, alguém ser despedido sem a realização prévia de um inquérito para apuramento dos factos, sem a instauração de um eventual processo disciplinar”, lê-se no abaixo-assinado.

Os docentes e investigadores da Universidade de Coimbra (UC) criticaram a forma como o Reitor Amílcar Falcão demitiu Vladimir Pliassov (acusado por dois activistas ucranianos de “propaganda russa”), e consideraram que não foram respeitados princípios e valores, “como a presunção de inocência, ou o direito de o acusado conhecer as razões objectivas da acusação para poder efectivar o direito ao contraditório”.

Os signatários criticaram o procedimento adoptado contra Vladimir Pliassov e defenderam “a necessidade de urgente abertura de um processo de averiguação dos factos imputados àquele docente que respeite escrupulosamente os seus direitos”.

Vladimir Pliassov foi acusado de “propaganda russa” por dois activistas ucranianos, num artigo de opinião publicado no Jornal de Proença e depois replicado pelo jornal Observador, que alegaram posteriormente, na Rádio Renas-

cença, que o docente russo seria um ex-agente do KGB.

Entre os signatários estão a ex-ministra e docente da Faculdade de Direito (FDUC) Anabela Rodrigues, a docente e deputada do PS Cláudia Cruz Santos, o ex-director da Faculdade de Medicina Duarte Nuno Vieira, o antigo deputado do Bloco de Esquerda e docente da Faculdade de Economia (FEUC) José Manuel Pureza, o ex-secretário de Estado e professor da FEUC José Reis, a antiga juíza do Tribunal Constitucional Maria João Antunes e o capitão de Abril e docente da FEUC Pedro Pezarat Correia.

O antigo director do Departamento de Arquitectura José Bandeirinha, o antigo director do Museu da Ciência da UC Paulo Gama Mota, o sub-director do Colégio das Artes, António Olaio, o coordenador científico do consórcio Ageing@ Coimbra, João Malva, o catedrático e regente da cadeira de Direito do Trabalho na FDUC, João Leal Amado, e os membros do Conselho Geral Adérito Araújo, Ana Paula Arnaut e Lina Coelho são também signatários do documento, entre outros.

Também assinam o abaixo-assinado vários docentes da Faculdade

NOTA DA DIRECÇÃO

de Letras que já tinham sido signatários de um primeiro documento com apenas professores daquela unidade da UC, que também criticava a decisão do Reitor.

O documento salienta ainda que a decisão de Amílcar Falcão “não foi explicada de modo claro e completo à comunidade universitária, nem mesmo depois da polémica pública e da reunião do Conselho Geral em que o tema foi debatido”.

Um membro do Conselho Geral, que recusou ser identificado, disse que foi dado nota, na reunião de segunda-feira, de que iria ser apresentado um requerimento para serem ouvidos naquele órgão o professor Vladimir Pliassov e o director da Faculdade de Letras, Albano Figueiredo. Os membros do Conselho Geral irão depois pronunciar-se sobre esse mesmo requerimento, explicou.

A agência Lusa questionou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior sobre o caso, tendo a tutela referido que não irá pronunciar-se sobre essa matéria.

A Lusa pediu também à Reitoria da UC acesso aos documentos e provas que estarão na base do despedimento do professor Vladimir Pliassov, que foi rejeitado.

OS FACTOS DE ACORDO COM A REITORIA

«No contexto da guerra na Ucrânia, a opção da Reitoria da UC foi a de cessar o protocolo com a Fundação Russkyi Mir - Fundação criada por Vladimir Putin em 2007, sancionada pela Comissão Europeia por constituir veículo de propaganda e desinformação, e liderada por Vyacheslav Nikonov, oligarca russo sancionado internacionalmente.

Várias outras Universidades europeias decidiram de forma igual, tendo em alguns casos determinado mesmo a extinção dos Centros de Estudos Russos. Na Universidade de Coimbra, garantimos a continuidade do Centro de Estudos Russos, mas financiado com base em recursos próprios da Reitoria e o contrato de trabalho do Professor Vladimir Pliassov foi

cumprido pontualmente até à data da sua aposentação. Distinguimos assim o regime de Vladimir Putin do povo, da cultura, da língua e da literatura russas. As Universidades devem promover pontes de diálogo, pela cultura e ciência, num mundo com cada vez mais muros políticos. Rejeitamos qualquer acção com base num princípio de culpa colectiva, pelo que não há lugar a afastamentos em função da nacionalidade.

Na UC encontram-se actualmente 4 professores de carreira, 4 investigadores e 21 estudantes de nacionalidade russa.

Sem conhecimento da Reitoria, o Prof Vladimir Pliassov, após a aposentação, continuou a dirigir o Centro de Estudos Russos,

gerindo a respectiva página da Internet, onde até Dezembro de 2022 constava ainda, indevida e inaceitavelmente, o logotipo da Fundação Russkyi Mir. A continuação do referido professor na UC, a partir de 1 de Setembro de 2022, fez-se com base num acordo de colaboração voluntária, a título gracioso. A Reitoria, ao tomar conhecimento efectivo deste acordo, cessou-o de imediato no quadro jurídico aplicável.

Resumidamente: repusemos a solução que já estava definida aquando da cessação do vínculo com a Fundação Russkyi Mir. O nosso compromisso com a causa ucraniana é inequívoco, pois representa a defesa do humanismo, dos valores europeus e do Direito Internacional».

Apolémica surgida em redor da dispensa do professor russo Vladimir PLiassov surpreende e preocupa. Surpreende porque o esclarecimento público divulgado pela Reitoria da Universidade, que obviamente temos como descrevendo os factos com verdade e rigor, não nos parece justificar tão desproporcionada reacção destes 100 professores e investigadores, na sua grande maioria pessoas do pensamento político de esquerda (grande parte Bloco de Esquerda e PCP). Não sendo este facto censurável a qualquer título, como é óbvio, pode deixar no ar a suspeição de se estar perante uma movimentação política de perfil ainda não devidamente definido. Tanto mais que, em situações melindrosas recentemente acontecidas igualmente na sua proximidade física e pessoal, mas com outros intervenientes, não tiveram reacção de idêntica proporção. Preocupa porque, sendo a Universidade de Coimbra uma das mais prestigiadas Universidades do mundo, sobretudo no espaço europeu, a ocupar os primeiros lugares dos rankings da mais diversa natureza, esta instituição tem para o nosso país e região, e muito particularmente para Coimbra, um estatuto de excelência que lhe confere a dimensão de um dos principais activos que a todos pertence e a todos orgulha. Mais: no domínio cultural, do ensino e do saber, ninguém duvidará ser a Universidade o mais destacado desses activos.

Esta circunstância não dispensa, claro como é, que a Universidade se abstenha de comportamentos de verdade, acima de qualquer suspeita de não cumprimento do rigor ético. Bem pelo contrário: tal estatuto cria-lhe obrigações acrescidas que, a nosso ver, têm sido cumpridas ao longo das diversas gerações que desde há séculos fizeram dela o que ela hoje é. Mas estas obrigações de rigor e verdade não impendem apenas sobre a Universidade e, dentro dela, só sobre a Reitoria, seja esta titulada por quem for. Impendem sobre o colectivo universitário, do Conselho Geral à Reitoria, aos professores e demais docentes, investigadores, alunos e funcionários. Estas obrigações são obrigação do todo universitário. Compreende-se pois que, tendo Coimbra, em especial, a relação que tem com esta escola superior, relação que se estende de forma bem conhecida pelo país fora, sobretudo pelos muitos antigos estudantes que por aqui passaram, compreende-se - dizíamos - que quaisquer actos menos rigorosos ou até menos dignos possam ofender e agredir muito para além do espaço universitário e ofender também - e de que maneira! - a nós todos que temos a Universidade como património cultural também nosso, a sentimos como algo que nos pertence também, anima e orgulha. Assim sendo a Universidade não se pode dar ao luxo de ser menos rigorosa. Mas essa exigência não é apenas para alguns órgãos, como atrás se disse. É para todo o seu universo e, assim sendo, requer-se que eventuais tomadas de posição que possam ter grande repercussão no país e até na dimensão internacional, sejam extremamente rigorosas, proporcionadas, devidamente pensadas e e fundamentadas, não ficando ao sabor de assinaturas de compadrio promovidas por pessoas de militância política que extravasa o campo do pensamento universitário e tenham, ou possam ter, propósitos de matriz político- partidária.

Uma nota final para colocar em cima da mesa esta outra questão: se a Reitoria diz que agiu de acordo com a lei e com a ética ( não foi o Reitor reeleito há três ou quatro meses por uma larga maioria do Conselho Geral, ele próprio eleito pelo universo da Escola, portanto escolhido por ser um homem de bem e de dimensão adequada ao desempenho de tão nobre missão? ), se os signatários do Abaixo-Assinado têm entendimento diferente, porque não recorrem aos tribunais que é o órgão próprio para dirimir estas questões? Se o professor russo foi mal dispensado, porque não interpõe ele, ou alguém por ele se para isso tiver legitimidade, uma providência cautelar que, se aceita pelo Tribunal, suspenderá de imediato esse afastamento, a que se seguirá depois o procedimento previsto na lei? Porque o não fazem?

9 QUARTA-FEIRA, 7 DE JUNHO 2023 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf 15 ACTUALIDADE CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt

Mulheres insistem na criação de comissão de investigação de casos de assédio em Coimbra

de uma comissão de investigação “totalmente independente e imparcial”, para que se sintam seguras a denunciar e juntar provas.

“Desde a primeira carta que endereçamos ao CES, muito embora tenhamos obtido uma resposta célere e indicando preocupação em garantir os direitos das vítimas, nada se alterou. O que temos visto é Boaventura [Sousa Santos] a usar o poder que tem para garantir tempo de antena e veicular à exaustão a sua versão dos factos, enquanto nós aguardamos e torcemos para que os procedimentos do CES sejam escorreitos e garantam que os nossos direitos serão respeitados e que seremos acolhidas num contexto seguro para apresentarmos as nossas histórias, juntamente com as evidências que estamos reunindo], referiram.

Um grupo de mulheres reiterou a necessidade de constituição de uma comissão de investigação aos alegados casos de assédio moral e sexual que terão ocorrido no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.

“O nosso colectivo está focado em pressionar a constituição de uma comissão centrada na protecção das vítimas e não na defesa dos agressores: esse é o nosso objectivo. É imprescindível que a comissão seja instaurada e que a absoluta independência da comissão em relação ao CES seja garantida”, destacou este grupo, numa carta a que a agência Lusa teve acesso.

Três investigadoras que passaram pelo CES da Universidade de Coimbra denunciaram situações de assédio num capítulo do livro intitulado “Má conduta sexual na Academia - Para uma Ética de Cuidado na Universidade”, publicado pela editora internacional Routledge.

Os investigadores Boaventura Sousa Santos e Bruno Sena Martins acabaram suspensos de todos os cargos que ocupavam no CES, até ao apuramento das conclusões da comissão independente que a instituição está a constituir para averiguar as acusações de que são alvo.

Depois da divulgação do capítulo do livro, em Abril, chegaram “testemunhos de outras três vítimas” à rede de advogadas feministas no Brasil que, numa carta com data de terça-feira (dia 6), afirmaram que pretendem que os factos sejam apurados na íntegra e que haja “respeito pelos direitos das vítimas e pelas suas histórias de dor e sofrimento”.

“Queremos justiça! A necessária investigação dos casos tem de assegurar um espaço em que as vítimas possam testemunhar sem medo de retaliações”, acrescentaram.

Há quase dois meses, este grupo de mulheres já tinha enviado uma carta aberta ao CES, a exigir a constituição

“Enquanto o CES não constituir a prometida comissão de investigação, é Boaventura quem fica a ganhar, porque tem poder para controlar a narrativa. Enquanto ele prepara a sua comunicação de crise, sem reconhecer uma única falha concreta, as nossas carreiras e nossas vidas continuam abaladas, sem um fim à vista”, indicaram.

A carta alude ainda à reflexão autocrítica que Boaventura Sousa Santos faz ao seu comportamento, na sequência das acusações de assédio sexual e moral, num artigo de opinião publicado no Expresso, com o título “Uma reflexão autocrítica: um compromisso para o futuro”.

“A desigualdade continua a pesar sobre nós e as nossas cartas não são publicadas à mesma velocidade e no mesmo número de meios de comunicação social. Continuamos aqui a reviver os traumas e contamos apenas umas com as outras: a nossa cura ainda está por fazer”, evidenciaram.

O colectivo de mulheres defendeu que se trata de uma “autocrítica vazia de responsabilização”, que “não recompõe danos, nem supera desigualdades”.

“Temos as nossas histórias para exigir verdadeira responsabilização, sabemos que o que sofremos não foram situações inofensivas de um professor que ficou parado no tempo e não se apercebeu que o mundo andou. Falamos de um padrão sistemático de abusos que foi reproduzido com diferentes mulheres, em situações diversas”, alegaram.

Em meados de Maio, o sociólogo Boaventura Sousa Santos enviou uma carta aos órgãos sociais e associados do CES a apelar à criação, com “máxima urgência”, da comissão independente que investigará as acusações de assédio de moral e sexual contra si. Contactado agora pela agência Lusa, o CES confirmou que a comissão de investigação ainda não foi constituída.

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Coimbra inaugura Balcão da Inclusão e torna-se

inclusiva”

ACâmara Municipal de Coimbra garantiu hoje que continua a “abrir portas à inclusão”, com a inauguração de um balcão no Mercado Municipal D. Pedro V que vem preencher “uma lacuna social e dos serviços da autarquia”.

“A abertura de um balcão da inclusão, em conjunto com o Instituto Nacional da Reabilitação, é, naturalmente, preencher uma lacuna social e uma lacuna nos serviços da Câmara. Sentimo-nos muito gratificados por esta oportunidade de dar um sinal claro da sociedade inclusiva que pretendemos”, destacou o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva.

A Câmara Municipal de Coimbra inaugurou hoje de manhã o Balcão da Inclusão, que visa prestar informação e mediação às pessoas com deficiência ou

incapacidade e às suas famílias, bem como a organizações e outros que directa ou indirectamente intervêm na área da deficiência.

Localizado no último piso do Mercado Municipal D. Pedro V, no espaço de atendimento, trata-se de um serviço que pretende, essencialmente, dar resposta a assuntos relacionados com os direitos e deveres das pessoas com deficiência no domínio das competências da Câmara Municipal e, de uma forma geral, informar, orientar e encaminhar para respostas adequadas a cada situação.

Durante a inauguração do Balcão da Inclusão do Município de Coimbra, José Manuel Silva evidenciou que este balcão destina-se a “pessoas especiais e que precisam de uma abordagem especial, por vezes, particu-

larmente simpática, carinhosa e paciente”.

“É muito importante estarmos a dar este sinal, porque Coimbra, como noutras oportunidades, é uma cidade inclusiva e queremos tratar todos os cidadãos e todas as cidadãs da mesma maneira. Com o mesmo respeito, com sentido de igualdade e de proporcionalidade, dando a resposta a cada uma consoante as suas necessidades, ou seja, com equidade”, sustentou.

Já a vereadora da Acção Social, Ana Cortez Vaz, apontou que Coimbra era um dos poucos municípios que não tinha um balcão da inclusão.

“Existe um Balcão da Inclusão na Segurança Social e sempre se achou que era desnecessário que a Câmara Municipal tivesse. Nós não achámos isso”, indicou.

De acordo com a autarca, esta nova valência responde a todas as pessoas com deficiências e aos seus familiares em questões de direitos e deveres.

“É óbvio que, para ajudas técnicas, continua a ser a Segurança Social, pois isso não passou para nós no âmbito da descentralização”, evidenciou.

Criado em colaboração com o Instituto Nacional para a Reabilitação, o Balcão da Inclusão vai funcionar três dias por semana - segundas, quartas e sextas-feiras -, entre as 8h30 e as 16h30, preferencialmente com agendamento prévio.

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“cidade ainda mais

Câmara de Coimbra debate violência contra as pessoas idosas

ACâmara Municipal (CM) de Coimbra vai assinalar, no dia 15 de Junho, o Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra a Pessoa Idosa com um debate que vai decorrer, entre as 14h00 e as 17h00, na Sala Francisco Sá de Miranda, na Casa Municipal da Cultura. A iniciativa pretende sensibilizar a comunidade em geral para a problemática da violência contra as pessoas idosas. O envelhecimento demográfico será, inevitavelmente, um assunto a debater. O concelho de Coimbra assistiu a um aumento substancial do seu índice de envelhecimento de 2011 para 2021 e, atualmente, as freguesias mais envelhecidas são Torres do Mondego, Ceira e Almalaguês.

“Encruzilhada da violência contra as pessoas adultas mais velhas” é o tema do debate que o Gabinete de Gerontologia e Envelhecimento Ativo da autarquia preparou para assinalar, no próximo dia 15 de junho, o Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra a Pessoa Idosa. A iniciativa vai decorrer entre as 14h00 e as 17h00 na Sala Francisco Sá de Miranda, na Casa Municipal da Cultura, e pretende sensibilizar a comunidade em geral para a problemática da violência contra as pessoas idosas, debatendo com os diversos oradores questões como a prevalência e incidência do fenómeno no concelho de Coimbra, os principais fatores de risco e de proteção associados e as metodologias de sinalização e de intervenção.

O programa tem início às 14h15, com as intervenções de Ana Simões, magistrada do Ministério Público e coordenadora da Comarca de Coimbra, Francisco Rodrigues, diretor do Departamento de Ação e Habitação Social da CM de Coimbra e Ana Martins, chefe do Gabinete de Gerontologia e Envelhecimento Ativo da CM de Coimbra. Segue-se uma mesa redonda sobre o tema da violência contra pessoas adultas mais velhas, moderada por Henrique Testa Vicente, professor auxiliar do Instituto Superior Miguel Torga, e com a participação de Ana Simões, magistrada do Ministério Público

e coordenadora da Comarca de Coimbra, Natália Cardoso, gestora do Gabinete de Apoio à Vítima de Coimbra da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, Cristina Cunha, psicóloga do Programa SOS Pessoa Idosa da Fundação Bissaya Barreto, Artur Loureiro, comissário do Comando Distrital de Coimbra da Polícia de Segurança Pública e César Santos, médico-legista do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.

O programa prevê, depois, um espaço de debate e o lançamento da campanha de sensibilização “Tornar Visível o [in]Visível”, que será apresentada pela vereadora da Ação Social da CM de Coimbra, Ana Cortez Vaz, que encerra a sessão às 17h00.

O envelhecimento populacional é encarado com um dos maiores triunfos da humanidade, representando uma vitória da evolução médica, social e económica de todas as sociedades, e apresenta-se como uma evolução indiscutível também na estrutura etária da população portuguesa. De acordo com as “Estatísticas Demográficas – 2021” do Instituto Nacional de Estatística (INE), as alterações na estrutura etária da população portuguesa resultaram na continuação do processo de envelhecimento demográfico, sendo que entre 2011 e 2020, a percentagem de população jovem diminuiu de 15,0% para 13,2% (-1,8%) e a percentagem de pessoas com 65 ou mais anos de idade aumentou de 19,2% para 23,2% (+ 4,0%).

Ainda de acordo com o referido documento, o índice de envelhecimento em Portugal aumentou, anualmente, passando de 128 pessoas idosas por cada 100 jovens em 2011 para 181,3 pessoas idosas por cada 100 jovens em 2021. De 2011 para 2021, o concelho de Coimbra também acompanhou a tendência nacional e assistiu a um aumento do seu índice de envelhecimento de 160,5 para 214,0 pessoas idosas por cada 100 jovens.

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Câmara de Coimbra debate violência contra as pessoas idosas

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Analisando o comportamento do índice de envelhecimento nas 18 unidades territoriais do concelho, as freguesias mais envelhecidas são Torres do Mondego (com 374 pessoas idosas por cada 100 jovens), Ceira (com 318 pessoas idosas por cada 100 jovens) e Almalaguês (com 313 pessoas idosas por cada 100 jovens). De salientar que, de 2011 para 2021, das 18 unidades territoriais do concelho de Coimbra, somente a União de Freguesias de Coimbra assistiu a uma diminuição do seu índice de envelhecimento, passando de 277 pessoas idosas por cada 100 jovens em 2011 para 263 pessoas idosas por cada 100 jovens em 2021.

Importa, ainda, referir que, independentemente da unidade territorial que se esteja a analisar, o índice de envelhecimento é sempre superior a 100, ou seja, existem sempre mais pessoas idosas que crianças e jovens nos diferentes territórios. Conclui-se, ainda, que de 2011 para 2021, dos 100 concelhos da região Centro, 91 registaram um aumento do índice de envelhecimento superior a 25%, sendo que Coimbra é um deles (aumento de 33,3%).

A atual realidade de envelhecimento demográfico e as

suas perspetivas futuras torna essencial preparar toda a sociedade e humanidade para as repercussões do envelhecimento, quer seja ao nível das diversas estruturas tecnológicas, económicas, familiares, culturais e sociais, como também ao nível individual, sendo necessário impulsionar medidas e políticas específicas de promoção da independência e autonomia, bem como de um envelhecimento saudável, ati-

vo e bem-sucedido pelo maior período de tempo possível, dado que, as pessoas passarão a viver um terço da sua vida após a reforma. Segundo o INE, entre 2018 e 2080, verificar-se-á um acentuado fenómeno de envelhecimento demográfico e Portugal assistirá a um agravamento do seu índice de envelhecimento, que quase duplicará, podendo chegar aos 300 idosos por cada 100 jovens até ao ano de 2080.

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Douro Wine City chega amanhã a Peso da Régua

Apartir de amanhã (8) e até domingo (11), a cidade de Peso da Régua recebe o Douro Wine City, um evento que pretende celebrar os vinhos produzidos na região. A iniciativa insere-se no Douro Cidade Europeia do Vinho 2023.

Ao longo de quatro dias, a cidade acolhe cerca de 100 produtores de vinho do Porto e Douro. Além de provas, estão ainda agendados concertos, degustações, actividades e conversas. É o caso dos showcookings, nos quais os chefes de cozinha Hernâni Ermida, Nuno Matos e Luís Américo convidam toda a população a participar. Espaço ainda para as “Conversas sobre o Vinho” com o crítico de vinhos da “Revista de Vinhos”, Manuel Moreira, onde serão abordados temas como “A frescura do Douro de Altitude”, “À mesa com vinho do Douro”, “Vinho do Porto, tradição e mestria no paladar”, entre outros.

O Douro Wine City contará ainda com a presença de duas figuras históricas da região: a Ferreirinha e o Barão de Forrester. De acordo com a organização, “as personagens vão ser interpretadas por actores

do Grupo de Teatro da Universidade Sénior do Peso da Régua” durante a abertura do evento ao público. O dia de amanhã vai ainda encher-se de música com as Tocatas do Rancho Folclórico e Recreativo de Godim e com o Rancho Folclórico de Loureiro que se vão unir para interpretar temas relacionados com o Douro.

Ainda no panorama musical, a cidade dispõe de dois palcos por onde vão passar conhecidos nomes da música portuguesa, nomeadamente, Chulada da Ponte Velha, Cláudio César Ribeiro Trio, Andor Violeta, Paulo Gomes Duo e Funk Flamenco Quarteto. No sábado (10), as actuações ficam a cargo do MA Trio, da fadista Claúdia Madeira e, por fim, da Banda Conjunta das Forças Armadas. Recorde-se que é também a 10 de junho que Peso da Régua recebe as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

O evento encerra no domingo (11) com a cerimónia de entrega de prémios do 3º Concurso dos Vinhos do Douro, promovido pela Confraria de Vinhos do Douro. A terceira edição do Douro Wine City é organizada pelo município do Peso da Régua, com o apoio da Essência do Vinho.

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QUARTA-FEIRA, 7 DE JUNHO 2023 Cátia Barbosa (Jornalista do “Campeão” no Porto)

Cáritas de Coimbra participa em estudo piloto de avaliação de um Sistema de Prescrição de Actividade Física

ACáritas Diocesana de Coimbra participou num estudo piloto de avaliação da usabilidade e viabilidade de um Sistema de Prescrição de Actividade Física (SPAF), caracterizado por ser um programa que permite que pessoas mais velhas, com idade igual ou superior a 60 anos, realizem treino físico sob prescrição e monitorização clínica. A acção foi promovida em parceria com a Universidade de Aveiro e surgiu no âmbito do projecto mobilizador ActiVas – Ambientes Construídos para uma Vida Activa, Segura

e Saudável.

O estudo piloto foi realizado com vários utentes e colaboradores da Cáritas Diocesana de Coimbra e os resultados obtidos vão contribuir para identificar as melhorias necessárias e, assim, optimizar o SPAF. Este SPAF é uma solução digital que promove o exercício físico, num formato prático de implementar pelos profissionais de saúde, e particularmente pelos fisioterapeutas, com o objectivo de melhorar a qualidade de vida, a saúde e a funcionalidade das pessoas mais

velhas.

O projecto ActiVas constitui uma resposta disruptiva e diversificada aos desafios endereçados pelo envelhecimento da população, um dos maiores desafios das sociedades actuais, ao nível do ambiente e espaços construídos e é financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, no âmbito do Programa Operacional para a Competitividade e Internacionalização do Portugal2020.

QUARTA-FEIRA, 7 DE JUNHO 2023 16 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

Notícias do Ginásio Figueirense

Bandeira da ÉTICA

GINÁSIO RENOVA BANDEIRA DA ÉTICA

OGinásio Clube Figueirense recebeu novamente, ontem, 6 de Junho, a Bandeira da Ética, distinção atribuída pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ).

A Bandeira da Ética é um processo de certificação dos valores éticos no desporto - uma marca de qualidade das iniciativas desportivas, das boas práticas de fair-play, educação cívica e desportiva na formação de jovens.

Numa cerimónia presidida pela Directora Regional do Centro, Catarina Durão, estiveram presentes os representantes dos Clubes distinguidos e respectivos Municípios. O Município da Figueira da Foz esteve representado pelo Director dos Serviços de Desporto da CM, Nuno Rola, que acompanhou Alice Mano-Carbonnier e Pedro Simões, representantes do Ginásio, único clube do concelho a receber esta distinção

Contrariamente à maior parte das candidaturas que dizem respeito apenas a uma Secção ou modalidade específica de cada clube, o Ginásio candidatou-se como Entidade, ou seja, pela totalidade das suas valências.

A certificação tem a validade de dois anos.

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Figueira da Foz disponibiliza Fundo Documental da Comissão de Iniciativa

No dia em que se celebra o Dia Internacional dos Arquivos (9 de Junho), o Município da Figueira da Foz vai disponibilizar, online, mais um Fundo Documental.

Para além da colecção Manuel Santos, Cartofilia (postais do século XIX e XX, do conjunto de bilhetes postais ilustrados, pertencentes ao Fundo do Arquivo, composto por 920 exemplares já tratados) e Livros de Actas (subsérie constituída pelos livros de actas da autar-

quia), passa a estar disponível, também, o Fundo Documental pertencente à Comissão de Iniciativa, cujos 100 anos de criação se assinalam a 2 de Agosto.

Este acervo é constituído pela documentação produzida e recebida pela Comissão no decorrer da sua actividade: quatro livros de actas das reuniões ordinárias e extraordinárias (1923-1936), um livro de registo de correspondência recebida (1935-1936), 27 pastas de correspondência recebida e expedida (1923-1936), um livro de registo da receita e despesa (1929), um livro da caixa (19331934), dois livros de razão (19341936), dois livros e dois maços de mandados de pagamento (1924-1939), 13 mapas de receita e despesa (1923-1935) e 27 cadernos de orçamento ordinários e suplementares (19231936).

“A Comissão de Iniciativa foi constituída por pessoas com visão, dinamismo e com conhecimentos de diferentes áreas, como Alberto Rei, que promoveu a Serra da Boa Viagem, sobretudo através dos seus escritos, de que é exemplo a publicação intitulada ´Serra da Boa Viagem: a mais bela excursão para os que visitam esta formosa praia`, de 1928. Estas pessoas pretendiam não só a promoção, mas os meios para ´bem receber` quem nos visitava”, afirma a autarquia.

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Pagamento de compensações aumenta em 30% a despesa em transportes na Lousã

Opagamento de compensações a operadores de transportes vai levar a um aumento de despesa neste sector na Lousã na ordem dos 30% face a 2022, afirmou hoje a Câmara Municipal, que contestou aquele sistema.

Os pedidos de compensações dos operadores terão um impacto financeiro de cerca de 244 mil euros nas contas do município da Lousã, levando a um aumento da despesa na área dos transportes de 30%, alertou a autarquia.

“O município da Lousã – assim como os municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM Região de Coimbra) - foram confrontados com pedidos de compensação por obrigações de serviço público por parte dos operadores de transportes públicos de passageiros rodoviário, sob pena de interrupção do serviço, que visam compensar esses mesmos operadores pelo défice de exploração decorrente da prestação destes serviços, dado que os mesmos não são economicamente auto-sustentáveis”, explicou.

Para a Câmara da Lousã, presidida por Luís Antunes (PS), os valores agora em causa “condicionam a actividade municipal”, com o executivo a entender que o Governo deve apoiar as autarquias, “sob pena de estar em causa um serviço essencial para as populações”.

Segundo o município, “após

um estudo promovido pela CIM Região de Coimbra - que visou apurar o efectivo valor do défice de exploração do serviço público de transporte rodoviário e definir uma metodologia para resolução deste problema – foi apurado um défice global de exploração para toda a Região que ascende a 6.589.853 euros”.

A CIM Região de Coimbra já anunciou que apresentou uma candidatura ao Fundo Ambiental, que ultrapassa os três milhões de euros, tendo em vista minimizar o impacto das compensações aos operadores.

“É entendimento da autarquia que o Governo deve analisar esta situação devidamente e, através do Fundo Ambiental ou de outros mecanismos, encontrar soluções para dar resposta a este problema que afecta não só a Região de Coimbra, mas, também, todo o país”, vincou a Câ-

No final de Maio, a Câmara da Mealhada também alertou para esta situação, com o seu presidente, António Jorge Franco, a defender que este teria de ser um problema resolvido pelo Governo.

“Se queremos um país mais coeso, a Administração Central tem de assumir a sua quota-parte deste problema: não podem ser só os municípios a fazer este esforço financeiro para garantir, por exemplo, os transportes das crianças para as escolas”, salientou.

Integram a CIM Região de Coimbra os municípios de Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mealhada, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Mortágua, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares.

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QUARTA-FEIRA, 7 DE JUNHO 2023
mara da Lousã.

Estátua de Fernão Mendes Pinto será parte de circuito de visita em Montemor-o-Velho

ACâmara municipal de Montemor-o-Velho vai construir uma estátua de bronze em homenagem ao mercador e aventureiro Fernão Mendes Pinto, que vai fazer parte de um circuito de visitação na vila.

O percurso será feito a partir da estátua que vai ficar situada na praça ao lado do Convento de Nossa Senhora dos Anjos.

Vai haver um “conjunto de peças e um conjunto de experiências sensoriais”, num percurso de Fernão Mendes Pinto na vila, revelou hoje, na inauguração do Centro Interpretativo, o presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão.

De acordo com o autarca, aquele monumento irá ter uma narrativa e cada narrativa tem um segmento das peregrinações.

“Esses segmentos vão-se fragmentar, vão ser espalhados” e explicados ao longo da vila de Montemor-o-Velho.

A estátua, com três metros de altura, vai ter um código QR com informação escrita em várias línguas e o circuito terá “realidade aumentada”.

A ideia é “tirar as pessoas do Castelo para aqui [para a vila], depois para o Museu. Do museu, gostava que as pessoas visitassem Montemor”, explicou Emílio Torrão.

Esta é a forma de “animar o centro histórico da vila de Montemor-o-Velho”, incentivando a que haja “surgimento de oportunidades de negócio”.

“Queremos que, através de Fernão Mendes Pinto, as pessoas circulem na vila e que tenham um circuito onde poderão obter um tipo de informação diferente”, acrescentou.

No futuro, após a conclusão da obra do museu, a ideia é criar um bilhete único, pago, para que as pessoas possam visitar o Castelo, visitar este percurso, o museu e ainda o Centro Interpretativo.

Segundo a Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Fernão Mendes Pinto nasceu, em 1510, e viveu, em Montemor-o-Velho, até aos dez ou doze anos, tendo partido para Lisboa em finais de 1521.

O mercador, soldado, embaixador, viajou intensamente entre a Índia e a China, dizendo-se um dos primeiros ocidentais a chegar ao Japão.

QUARTA-FEIRA, 7 DE JUNHO 2023 20 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf
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