“Campeão das Províncias” - 20/4/2023

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DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com QUINTA-FEIRA, 20 DE ABRIL 2023 | N.º 749 | ANO 2 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS EDIÇÃO DIGITAL FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Joana Alvim, Luís Carlos Melo e Cristiana Dias PAGINAÇÃO Grupo Media Centro De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.campeaoprovincias.pt www.facebook.com/campeaodasprovincias 24 PÁGINAS PÁGINA 15 (CHAMADA PARA A REDE FIXA NACIONAL) MOVIMENTO DE CIDADÃOS REJEITA INTEGRAÇÃO DE CANTANHEDE E TOCHA NOS HOSPITAIS DE COIMBRA NOVO MOVIMENTO CÍVICO QUER HUMANIZAR CUIDADOS DE SAÚDE EM COIMBRA PÁGINA 2

Cidadãos lançam abaixo-assinado em defesa dos Hospitais de Cantanhede e Tocha

OMovimento de Utentes de Serviços Públicos (MUSP) de Coimbra rejeitou hoje a eventual integração do Hospital de Cantanhede e do Centro de Medicina de Reabilitação da região Centro Rovisco Pais no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Em comunicado, aquele movimento considera que a concretização desta fusão constituiria “mais um ataque ao direito à saúde das populações do concelho de Cantanhede e de toda a região Centro e mais um ataque ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O MUSP anuncia o lançamento de um abaixo-assinado a apelar à “reversão da fusão no CHUC e a rejeição de projectos de alargamento e/ou criação de uma Unidade local de Saúde” para evitar “mais um crime no SNS”.

O movimento defende a “autonomia das unidades de saúde, a contratação de trabalhadores e a aquisição de equipamentos, de forma a garantir o direito à saúde das populações”.

A fusão “de vários hospitais/ serviços, centralizando tudo no CHUC, apenas agravou a espera dos utentes por consultas, cirurgias e por meios de diagnóstico”.

O MUSP alerta para o “já sobrecarregado Bloco Central dos Hospitais da Universidade de Coimbra que está cada vez mais sobrelotado com as situações de ruptura a multiplicarem-se”.

No dia 10 de Dezembro de 2022, a direcção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) anunciou a elaboração do plano de negócios para CHUC, o Hospital Arcebispo João Crisóstomo, em Cantanhede, e o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais, na Tocha, “visando aumentar o acesso e a eficiência”.

Alguns dias depois, o presidente do conselho de administração do CHUC considerou positivo que esta estrutura venha a integrar o Hospital de Cantanhede e o Centro de Medicina Física e Reabilitação Rovisco Pais.

“A decisão da direcção executiva do Serviço Nacional de Saúde de integrar o Hospital Arcebispo João Crisóstomo e o Centro de Medicina Física e Reabilitação da região Centro Rovisco Pais no CHUC é vista como positiva por todas as entidades envolvidas”, referiu, na altura, Carlos Santos.

O novo presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) não vê com bons olhos a eventual fusão do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) com os hospitais de Cantanhede e Rovisco Pais.

“O CHUC já é uma megafusão, com vários hospitais, e juntar-se dois hospitais pequenos, um deles generalista, mais de proximidade, que é Cantanhede, e outro um hospital central especializado, numa estrutura tão grande, em princípio só os vai fazer perder importância”, disse Manuel Teixeira Veríssimo, no início de Abril.

Eleito em Janeiro, Teixeira Veríssimo não vê que a fusão actualmente em análise possa ser “uma mais-valia, nomeadamente para os hospitais mais pequenos e especialmente para o Hospital Rovisco Pais”, que é um Centro de Medicina Física e Reabilitação da Região Centro.

QUINTA-FEIRA, 20 DE ABRIL 2023 2 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

Felicita o Campeão das Províncias pelo seu 23.º Aniversário

COIMBRA NA ROTA DOS GRANDES CONCERTOS INTERNACIONAIS

A venda de bilhetes para o espectáculo de Ivete Sangalo em Coimbra está a decorrer em ritmo acelerado e a Organização da Queima das Fitas aspira e espera ultrapassar as 20 mil pessoas nessa noite de 25 de Maio na Praça da Canção. Dias antes dessa data terão passado pelo Estádio Cidade de Coimbra mais de 200.000 pessoas (50.000 por cada um dos 4 concertos), atraídos pelos Coldplay que ali vão actuar

nos dias 17,18,20 e 21 de Maio, portanto no fim-de-semana anterior à quinta-feira em que Ivete Sangalo actuará. Com estes cinco grandes espectáculos que se perspectivam, a juntar a outros ocorridos há uns anos atrás, (Bocelli, por exemplo, mesmo os “nossos” Quatro e Meia), notam-se sinais de que Coimbra começa a ficar na rota dos grandes concertos o que, a continuar, dará à cidade e à região uma outra

centralidade no que respeita a eventos artísticos de primeira qualidade e dimensão. Uma fonte ligada a este mundo da música, que deixou de ter fronteiras, disse ao “Campeão” que hoje não há nenhuma grande empresa internacional promotora de espectáculos de primeira dimensão que não tenha Coimbra assinalada como uma referência a ter em conta em termos de grandes realizações musicais. PÁGINA 12

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António Campos foi um dos fundadores do Partido Socialista e um dos seus esteios essenciais antes e depois da revolução de Abril, nos tempos áureos da consolidação da democracia. Muito próximo de Mário Soares, foi seu braço direito e homem de confiança por cujas mãos passaram muitas das directrizes partidárias de então. Deputado, governante, euro-deputado, foi em reunião que decorreu na sua casa de Oliveira do Hospital, onde ainda hoje reside, que o PS se decidiu passar a partido político, o que aconteceu tempos depois na Alemanha. Hoje António Campos é um desiludido com o partido

que acusa de ter abandonado os princípios e valores que levaram à sua fundação. O PS fez ontem 50 anos que evocou num jantar comemorativo em Lisboa. Especialmente convidado por António Costa, Campos recusou o convite, assim assinalando as suas discordâncias que lhe tem feito chegar nos últimos anos por vias diversas mas que o líder socialista não valoriza. É isso mesmo que António Campos explica na carta aberta que acaba de dirigir ao secretário-geral do PS e que o “Campeão” publica na íntegra na página 2 e que o Campeão Digital publicou ontem. PÁGINA 2/3

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José Redondo: a coragem de arriscar e a paixão por empreender

Seguindo os passos do seu pai, José Redondo consolidou o Licor Beirão como uma referência no sector de bebidas em Portugal. Em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao Campeão das Províncias revelou-nos como a coragem em arriscar foi fundamental para construir várias empresas de sucesso ao longo da sua carreira. Descubra mais sobre a paixão de José Redondo por tudo o que faz e a visão empreendedora de um dos grandes nomes do mercado empresarial português. PÁGINA 7

3 QUINTA-FEIRA, 20 DE ABRIL 2023 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt PREÇO 0,75€ | 2ª SÉRIE | ANO 22 | N.º 1155 | 20 DE ABRIL DE 2023 | SEMANÁRIO À QUINTA-FEIRA Telef. 239 497 750 (Chamada rede fixa nacional) | e-mail: campeaojornal@gmail.com PUBLICIDADE
António Campos não se revê neste PS
NUNO MIGUEL GIL, UNIPESSOAL, LDA
FELICITA O CAMPEÃO PELO SEU 23º ANIVERSÁRIO (chamada rede móvel nacional)

ACTUALIDADE 2

Desiludido

20 DE ABRIL DE 2023

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

com o actual PS António Campos explica por que não foi ontem ao jantar de aniversário

«Meu Caro Secretário-Geral do Partido Socialista

O Partido Socialista é o filho ideológico da Acção Socialista na defesa intransigente da liberdade, dos direitos fundamentais dos cidadãos e do Estado de Direito democrático.

Quando celebramos 50 anos da fundação do nosso partido constato que esta matriz fundadora do PS se tem vindo a perder.

Nesta carta simples de testemunho histórico, resumo alguns dos episódios, que presenciei, sobre a fundação do PS, onde estes valores, não apenas estiveram sempre presentes, mas foram o referencial da acção daqueles que os protagonizaram.

Em 1963, o Dr. Fernando Vale convidou-me para ir a uma reunião clandestina em Lisboa, onde estariam alguns dos seus amigos da oposição à ditadura para criarem a Acção Democrática Social.

A reunião era presidida pelo Dr. Cunha Leal, e entre os amigos do Fernando Vale estavam, entre outros, o Dr. Raul Madeira, médico em Soure, o Dr. Hermínio Paciência, médico de Alpiarça, o jornalista Carlos Ferrão que dirigia a revista Vida Mundial.

A função de que fui incumbido pelo Dr. Fernando Vale era boicotar a reunião.

Falhei nessa missão, mas Mário Soares, que conheci nesse dia, com uma brilhante intervenção, executou-a na perfeição e acabou com a reunião sem que se criasse a Acção Democrática Social.

Foi um passo importante para o posterior nascimento, em 1964, numa reunião clandestina, da Acção Socialista, dinamizada no

exterior pelo Tito de Morais e Ramos de Costa. Após a chegada da deportação de S. Tomé de Mário Soares a Acção Socialista, em 1969, reforçou a sua acção com vista às eleições desse ano.

A Acção Socialista pretendeu apresentar-se às eleições na máxima força com a oposição unida, mas sem aceitar a hegemonia do PCP.

O Dr. Vereda, advogado em Leiria, promoveu uma reunião em S. Pedro de Moel para unificar a oposição.

O Sottomayor Cardia, à época ainda militante do PCP, num discurso arrasador acabou com essa perspectiva de unidade.

Apesar desta decisão, a Acção Socialista trabalhou para, nos distritos onde fosse possível haver unidade da oposição, apresentar listas em conjunto com o Partido Comunista.

Foi o caso do distrito de Coimbra, onde o acordo de unidade foi possível e a lista candidata se apresentou com 2 militantes do PCP, 2 militantes da Acção Socialista e 2 independentes, um indicado pelo PCP, outro pela Acção Socialista. O cabeça de lista foi o prof. Henrique de Barros, independente indicado pela Acção Socialista.

Em 1971, o Salgado Zenha, António Macedo e eu fomos a Paris, onde Mário Soares estava exilado, para uma reunião com o Dr. Álvaro Cunhal, para o tentar convencer de que a queda da ditadura só era possível através de um golpe militar e nunca pelo levantamento popular que sempre protagonizou.

A reunião não se realizou, porque nesse dia o António Macedo

foi internado de urgência, para uma cirurgia que o levou à extracção da bexiga.

Conheci nesse período o Tito de Morais, que veio de Itália, e o Ramos da Costa que já defendiam a transformação da Acção Socialista em partido político.

Em Março de 1973, Mário Soares, Tito de Morais e Ramos da Costa enviaram um apelo para a concretização desse objectivo.

Os militantes de Lisboa numa reunião, sem convocação ou conhecimento dos militantes da Acção Socialista do resto do País, reprovaram a criação do Partido.

A rede clandestina montada pelo Ramos da Costa com os ferroviários do Sud Expresso, via Alfarelos, permitia aos militantes da zona Centro uma relação directa com Paris, onde residia Mário Soares, para troca de informações e papéis, incluindo a recepção do Portugal Socialista.

Através dessa rede recebi o apelo dramático para reunir os militantes da Acção Socialista de todo o País e reverter a decisão tomada em Lis-

É com profunda decepção que, com a benevolêncla do Partido, assisto à acelerada degradação das instituições democráticas, que tanto custaram a conquistar

Infelizmente já não tenho a energia do passado, se a tivesse estaria presente para pessoalmente te afirmar a necessidade de reaproximar o Partido dos valores que presidiram à sua fundação

CAMPOS COMEÇOU POR SER O “PUTO” DO PS EM COIMBRA

António Campos é uma figura sobejamente conhecida no país e as funções que desempenhou a certa altura no Parlamento Europeu granjearam-lhe prestígio e alargado reconhecimento no círculo onde muita coisa se decide na vida colectiva europeia.

A sua influência foi muito notória nos tempos áureos em que o Partido Socialista se afirmou como o primeiro e grande defensor da liberdade em Portugal, nos anos seguintes à Revolução de Abril e em pleno apogeu da consolidação da democracia, com a retirada dos militares da área do poder. Soares era ao tempo o político liderante na resistência ao domínio que o PCP, então pela mão sábia de

Álvaro Cunhal, se esforçava por consolidar em Portugal.

Sá Carneiro e Freitas do Amaral lutavam do mesmo lado da barricada e foi nessa altura e nos primeiros Governos constitucionais que António Campos foi ganhando notória influência, passando-lhe pelas mãos muitos dos cordéis da política portuguesa de então. Mas dos curricula oficiais todos nós sabemos um pouco e António Campos também tem o seu. Mas não é desse curriculum que queremos falar agora.

Aqui queremos lembrar o “puto” que António Campos foi para o grupo socialista que em Coimbra e a partir de Coimbra fazia política às escondidas na Pide. Ele era

o jovem, quase menino, de que esse grupo muito gostava, até pelo jeito que dava para o desempenho de certas tarefas. Integravam esse grupo, além de outros mais, Fernando Vale, António Arnaut, Paulo Quintela, Miguel Torga, Fernando Martins (mais tarde Fausto Correia) e mais uns tantos.

Campos era o mais jovem e a quem a Pide pouco ligava, não lhe dando grande importância por ser jovem ainda. Aproveitando-se disso, por exemplo, era António Campos que ia deixar recados escritos numa árvore esburacada do Parque da Cidade, qual posto de correio e onde levava e donde trazia indicações políticas escritas duns para os outros. Era ele, Campos, que tinha

boa para, entre outros objectivos, permitir o apoio da Internacional Socialista ao combate à ditadura em Portugal.

Foi o que fiz, organizando na minha casa, em Oliveira do Hospital, uma reunião clandestina com cerca de meia centena de militantes da Acção Socialista de todo o país que votaram favoravelmente a fundação do Partido Socialista e elegeram o Jaime Gama como Secretário-Geral interino até á reunião da legalização do PS, a realizar na Alemanha.

Posteriormente, houve uma reunião em casa do António Arnaut para decidir quem ia à Alemanha. No preciso momento em que o jornalista Maia Cadete me estava a entregar os bilhetes para a deslocação â Alemanha, atropelaram o meu filho mais novo, ficando entre a vida e a morte durante cerca de 15 dias.

O Maia Cadete já não foi entregar os bilhetes ao António Macedo e Cal Brandã (Porto), ao Álvaro Monteiro (Viseu) e ao Costa e Melo (Aveiro) e ficou a acompanhar-me no meu desespero na clínica de Santa Filomena, em Coimbra.

Todos acabaram por não se deslocar à Alemanha em solidariedade comigo.

Mais tarde, em Setembro de 1973, comunico via Sud Expresso que iria receber um documento importantíssimo e que iria pessoalmente entregá-lo a Paris. A resposta que recebi foi a de que vinham a Vigo. O António Macedo, o António Amaut, eu e as respetivas mulheres fomos a Vigo entregar ao Mário Soares, Tito de Morais e Ramos da Costa a acta da 1.ª reunião do movimento de

um apoio na estação de Alfarelos, por cujas mãos passavam também documentos vindos de Lisboa, nos comboios da linha do norte . Ali chegaram por exemplo, os bilhetes para o grupo de Coimbra se deslocar à Alemanha na reunião que haveria de transformar a Acção Socialista em Partido Socialista. Campos acabou por não ir, e com ele outros mais, porque na véspera da partida o seu filho foi atropelado e ficou bastante mal tratado.

Era ele, Campos, que mais vezes batia à porta da Clinica Montezuma, ali na rua dos Combatentes, sempre que alguma ajuda médica era precisa, apara além do apoio que o dr. Montezuma também emprestava à causa socialista.

Era a casa de António Campos, então e ainda hoje em Oliveira do Hospital, que Mário Soares, Zenha e outros dirigentes socialistas vinham jantar à última da hora para resolver questões urgentes. Não havia Governo socialista cuja composição não passasse também pelas mãos de António Campos. Ministros houve, sobretudo na área da agricultura, que caíram por acção de Campos e de alguns não mais se ouvir falar. Mário Lino foi um deles, por causa da história da doença das vacas loucas.

Muito rigoroso e exigente, António Campos granjeou também, e por isso, antipatias, sobretudo dentro do PS. Por exemplo, quando mais recentemente aconteceu

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A fundação do Partido Socialista foi votada em casa de António Campos, em Oliveira do Hospital

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS 20 DE ABRIL DE 2023

capitães, em Évora.

A primeira sede do Partido Socialista a abrir em Portugal foi em Coimbra, onde tínhamos alugado uma vivenda para instalar uma livraria, junto à escadaria da Universidade, onde ainda hoje é a sede distrital do Partido.

No PS, o valor da Solidariedade esteve sempre presente, mesmo nos momentos de forte divergência interna foi sempre um princípio inabalável de todos. Além dos episódios anteriores, posso testemunhar um outro. Tive um cancro bastante agressivo, fui operado no Hospital S. Louis, tive de fazer tratamentos e muitas vezes na hora em que os ia fazer recebia um telefonema do António Guterres, que como bem sabes liderou uma tendência política no PS no período em que tive responsabilidades na organização do partido, a saber se estava sozinho ou se precisava da sua companhia.

Nunca soube quem o informava.

Agradeço-te o convite para o jantar Comemorativo dos 50 anos da legalização do PS, que está distante da liderança de Mário Soares, onde a divergência era salutar e muito enriquecedora politicamente. É com profunda decepção que, com a benevolência do Partido, assisto à acelerada degradação das instituições democráticas, que tanto custaram a conquistar.

Infelizmente já não tenho a energia do passado, se a tivesse estaria presente para pessoalmente te afirmar a necessidade de reaproximar o Partido dos valores que presidiram à sua fundação.

Espero que este pequeno testemunho sobre a fundação e legalização do Partido Socialista te ajude, se quiseres, a dar o conhecimento histórico no jantar da comemoração dos 50 anos do nosso PS.

Saudações socialistas

António Campos Como testemunho histórico tornarei esta carta pública».

CIDADE CONTINUA A RECLAMAR INVESTIMENTOS NA JUSTIÇA

COIMBRA VÊ NOVO TRIBUNAL CENTRAL

ADMINISTRATIVO IR PARA CASTELO BRANCO

Opresidente da Câmara de Coimbra ainda fez um apelo a uma mobilização para que o novo Tribunal Central Administrativo e Fiscal a criar na zona Centro viesse para esta cidade, mas já não foi a tempo, com o Governo a tomar a decisão, em Conselho de Ministros, que o destino será Castelo Branco.

“Exigimos, democraticamente, que o futuro novo Tribunal Central Administrativo, cuja criação já foi anunciada, seja localizado em Coimbra, cidade que tem todas e as melhores condições para o receber, e sugerimos que ficasse localizado no antigo Quartel-General, na Rua Antero de Quental”, declarou José Manuel Silva na passada reunião de Câmara. Contudo, logo dois dias depois, a ministra da Justiça veio anunciar a aprovação de uma proposta de lei que prevê a criação de um Tribunal Central Administrativo e Fiscal na zona Centro, em Castelo Branco, que “estará em funcionamento o mais rapidamente possível” e terá 16 juízes desembargadores ao serviço.

Recorde-se que o presidente da Câmara de Coimbra deu conta, em entrevista ao “Campeão” publicada no início deste mês, que andava desde o início do mandato deste Governo a pedir para ser recebido pela ministra da Justiça e não o conseguia. José Manuel Silva teve de se descolar ao Parlamento, onde decorria

uma audição a Catarina Sarmento e Castro, para conseguir uma reunião.

José Manuel Silva ficou a saber que “não existem quaisquer planos para retirar a Penitenciária do centro da cidade”, referindo que o Governo justifica a decisão por “falta de verbas públicas”. Nesse sentido, a Câmara de

DEPUTADA DO PSD PELO CÍRCULO DE COIMBRA

Coimbra propõe “que fosse considerada uma parceria público-privada semelhante à filosofia do projecto Revive (concessão a longo prazo do património) para se financiar a retirada da Penitenciária.

De acordo com o presidente da Câmara de Coimbra, dessa reunião resultou também o compromisso do Ministério da Justiça de divulgar “novidades a muito curto prazo” quanto ao futuro novo Palácio da Justiça, mas nota que esta é uma necessidade reclamado há mais de 50 anos...

A criação de um pólo do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) na área metropolitana do Porto, decisão justificada por ser necessário formar mais magistrados, mereceu da parte de José Manuel Silva também a proposta de que seja criado em Coimbra um segundo pólo do CEJ. “Surpreendentemente, a senhora ministra contestou esta necessidade, visão ministerial que a realidade frontalmente desmente, porque é essencial para o país e basta olhar o mau estado em que está a Justiça”, comenta o autarca.

MÓNICA QUINTELA REFORÇA FALTA DE CONDIÇÕES DA JUSTIÇA

aquela história das listas falsas para condicionarem resultados eleitorais internos do PS em Coimbra, António Campos foi particularmente duro ao afirmar a sua discordância e nunca perdoou a António Costa que tenha feito vista grossa. Como não compreende nem aceita que o actual primeiro-ministro, seu camarada, não olhe para o interior do país com olhos de ver e faça vista grossa à desertificação que está a reduzir o país à faixa litoral.

Estes são apenas uma pequena tranche do perfil não oficial de António Campos que queremos recordar aqui, não vão estes elementos perder-se na espuma dos tempos.

Mónica Quintela, advogada e deputada do PSD eleita pelo círculo de Coimbra, que integra a comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, declarou ao “Campeão” que comunga das preocupações quanto à situação do parque judiciário na cidade.

“Em Coimbra, como no resto do país, está por resolver a dramática falta de condições do edificado da Justiça, sendo incompreensível como estando o PS há 8 anos no Governo ainda não avançou com o novo Tribunal em Coimbra, sabendo-se que o terreno está disponível há mais de 50 anos”, refere a deputada, para sublinhar: “O que se paga de rendas a título de ocupação de edifícios ao serviço da Justiça em Coimbra (mais de 800 mil euros) já tinha dado para construir o novo Tribunal”, sustenta.

Relativamente ao Estabelecimento Prisional de Coimbra, Mónica Quintela considera que “é deplorável que o Governo

ainda não tenha procedido à sua transferência, retirando-o do centro da cidade - ainda por cima estando numa zona Património Mundial da Humanidade -, para um terreno também reservado para esse fim na União de Freguesias de S. Martinho de Árvore e Lamarosa”.

“De referir que a Penitenciária de Coimbra tem penalizado o Estado português, o qual foi condenado pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos a pagar uma indemnização a um recluso, por condições degradantes e desumanas em que estava detido na Cadeia de Coimbra. E é a segunda vez que existe uma condenação por violação dos Direitos Humanos” - refere.

A deputada e advogada considera, também, “uma desconsideração e um desprezo grande pela nossa cidade de Coimbra que a senhora ministra da Justiça não se tenha dignado receber o senhor presidente da Câmara Municipal e que tenha sido mesmo o próprio a deslocar-se

a uma audição na Assembleia da República, onde a ministra da Justiça ia ser ouvida, para lhe poder ser agendada e realizada uma reunião”.

Relativamente ao Tribunal Central Administrativo e Fiscal, Mónica Quintela sustenta que “a Justiça Administrativa e Fiscal está completamente paralisada, o que consubstancia uma denegação da Justiça aos cidadãos”. “O PSD, no início desta legislatura, apresentou um projecto de lei para a criação do Tribunal Central Administrativo e Fiscal na zona Centro, designadamente em Coimbra, dotado do correspondente quadro de magistrados. A senhora ministra da Justiça recusou a criação desse Tribunal, dizendo que não era necessário (pasme-se!), mas agora teve de recuar e vir reconhecer o óbvio, ou seja, a criação de um novo Tribunal da 2.ª Instância”refere a deputada, considerando que “o local onde deveria estar sediado devia ser na cidade de Coimbra”, enquanto o Governo decidiu por Castelo Branco

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O antigo Quartel-General, na Rua Antero de Quental, continua vazio
A advogada e deputada Mónica Quintela considera que a ministra da Justiça tem revelado “uma desconsideração e um desprezo grande por Coimbra”

FIGURAS 4 20 DE ABRIL DE 2023

a s c e n s o r A SUBIR

LUÍS AZEVEDO MENDES – Foi presidente do Tribunal da Relação de Coimbra, funções que desempenhou com prestígio e dinamizou as comemorações do centenário desta instituição com exposições, concertos e conferências. Em Fevereiro, Azevedo Mendes (de 64 anos, natural de Coimbra e residente na Figueira da Foz) tomou posse como juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e na passada semana venceu as eleições para o Conselho Superior da Magistratura (CSM), concorrendo sob o lema “Confiança, Credibilidade, Justiça”. O triunfo, com 945 votos contra 452 da lista liderada por Afonso Henrique, foi significativo, com Azevedo Mendes a assumir a vice-presidência do órgão de gestão e disciplina da judicatura nos próximos quatro anos e a ver eleitos pela sua lista como vogais efectivos os magistrados Ana Isabel Fernandes da Silva, Tiago Rafael Pires Pereira, Rita Fabiana Mota Soares e Raquel Patrícia Rocha de Matos Rolo. Venceu em todas as mesas de voto, quer no voto presencial na sede do CSM, em Lisboa, e nos Tribunais da Relação do Porto, de Coimbra e de Évora, quer na votação por correspondência. Na sua carta de apresentação, Azevedo Mendes comprometeu-se a inverter o que disse ser “o estado de manifesto distanciamento entre o corpo dos juízes e o seu principal órgão de governo”, propósito que foi bem acolhido pelos seus pares. E o Conselho Superior de Magistratura é o órgão do Estado responsável pela nomeação, colocação, transferência e promoção dos juízes dos tribunais judiciais e pela acção disciplinar dos magistrados, sendo presidido por inerência pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça, conselheiro Henrique Araújo.

CARLOS FIOLHAIS – Professor catedrático da Universidade de Coimbra, já jubilado há cerca de dois anos, muito prestigiado no mundo académico pelo seu perfil de homem da ciência, de cujos alguns trechos domina como ninguém em Portugal, na área da Física sobretudo, Carlos Fiolhais publicou, pela editora Gradiva, uma interessantíssima e valiosa tradução de um diário de Albert Einstein. Distinguido com o prémio Nobel, este iminente cientista, no decorrer de uma longa viagem que, juntamente com a sua segunda mulher, fez ao Japão e outros países (Palestina e Espanha por exemplo) escreveu esta obra importante para conhecer o seu perfil de homem da ciência. Nesse diário que Carlos Fiolhais acaba de juntar a outras importantes traduções e muitas obras da sua autoria, revelam-se interessantes dados de Einstein, uma figura incontornável do mundo da Física. O diário relata a viagem de cerca de seis meses que o cientista fez há 100 anos a convite de uma editora japonesa. Carlos Fiolhais fala desenvolvidamente sobre este assunto no decorrer de uma longa Entrevista que deu ao semanário “Nascer do Sol” da semana passada e cuja leitura aqui se recomenda a eventuais interessados destas matérias e que possam não ter oportunidade de aceder à obra traduzida. Tanto mais que, tratando-se de matéria um pouco árida para a generalidade de nós, a Entrevista assume alguns contornos cativantes, muito ao jeito desprendido como Fiolhais desenvolve assuntos de elevada complexidade.

JOÃO CANIJO – O cineasta português venceu, no sábado, o prémio de melhor realizador no Festival de Cinema Internacional do Uruguai com o filme “Mal Viver”. Durante a apreciação da obra cinematográfica, o júri considerou que “a composição obsessiva dos planos e o desenvolvimento de um conceito sonoro não menos minucioso, são as marcas de um realizador que tem uma ideia de cinema e uma forma de a concretizar plano a plano”. Esta não é a primeira vez que João Canijo é premiado com “Mal Viver”. No final de fevereiro, o filme já tinha vencido o Urso de Prata no 73º Festival de Cinema de Berlim. Tem sido, por isso, um ano de mérito para João Canijo que, neste momento, preside ao Júri do Festival de Cinema de Istambul, onde os filmes “Mal Viver” e “Viver Mal” também são apresentados.

DUARTE CORDEIRO – O Ministro do Ambiente e Acção Climática assinou, na passada sexta-feira, um acordo estratégico para desenvolver projectos de reflorestação de grande escala, em Portugal. Esta acção surge no âmbito da iniciativa “Motor Verde + Floresta”, em parceria com a petrolífera Repsol. O protocolo de colaboração entre o Governo português e a Repsol prevê, assim, investir mais de 400 milhões de euros e reflorestar 100.000 hectares de terrenos ardidos ou baldios no país. Uma atitude que deverá contribuir para a absorção de 25 milhões de toneladas de carbono, já que, nos próximos anos, estão previstas para ser plantadas mais de 90 milhões de árvores. Aquando da apresentação do projecto, em Lisboa, o Ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, disse que esta iniciativa é “estrutural na floresta” e que “Portugal vai aumentar a sua ambição na redução de emissões de carbono”. O ministro sublinhou também que esta será uma oportunidade para fixar as pessoas nas zonas mais despovoadas do país por permitir estimular a economia local.

Figura da Semana

JOÃO CARLOS LOUREIRO VAI DE COIMBRA PARA O TRIBUNAL CONSTITUCIONAL Seguindo os passos de outros ilustres Professores da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra que foram juízes do Tribunal Constitucional, e muitos deles presidentes, chegou agora a vez do Professor catedrático João Carlos Simões Gonçalves Loureiro. É um dos três novos juízes cooptados para suprir as vagas em aberto na composição do Tribunal Constitucional, que irão tomar posse no próximo dia 25 de Abril, pelas 15h00, no Palácio de Belém, perante o Presidente da República. João Carlos Loureiro licenciou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1985 e doutorou-se em 2004, tendo como áreas de interesse de investigação as Ciências Jurídico Políticas, Direito da Saúde, Direito da Segurança Social, Direito Constitucional. O seu currículo refere que foi redactor-delegado do Boletim da Faculdade de Direito de Coimbra, director da revista portuguesa de Direito da Saúde, director-adjunto de Estudos da Revista do Centro Académico de Democracia Cristã, entre outras funções. Integra a Associação Portuguesa de Direito Constitucional, a Associação Portuguesa de Direito do Urbanismo, o Centro de Estudos de Bioética, entre outras entidades. Este Professor catedrático da Universidade de Coimbra

PAULO SOARES - O árbitro filiado no Conselho de Arbitragem da AF Coimbra vai auxiliar esta quinta-feira Artur Soares Dias no duelo dos quartos de final da Liga Europa entre o Sevilha FC (Espanha) e o Man. United (Inglaterra). Pedro Ribeiro será o outro auxiliar do juiz portuense, enquanto António Nobre será o quarto árbitro. O VAR é Tiago Martins e o seu assistente será Luís Godinho.

MARIA CARLOTA MENDES, DANIELA FERNANDES E MANUEL REIS CARNEIRO – Foram os três estudantes da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) eleitos, através da edição Programa de Bolsas da Huawei e do .PT, para receber um apoio financeiro no valor total de 250 mil euros. Maria Carlota Mendes é estudante de licenciatura e Daniela Fernandes é estudante de mestrado, ambas da FCTUC. Já num nível de formação mais avançado está Manuel Reis Carneiro, estudante de doutoramento em Electrical and Computering Engeneering na Universidade conimbricense, mas num formato de dual degree com a Carnegie Mellon University nos Estados Unidos da América.

CALEMA - Naturais de São Tomé e Príncipe, os Calema, dois irmãos - Fradique e António Mendes Ferreira, são os maiores representantes da música santomense a nível mundial e vão actuar na Queima das Fitas de Coimbra no dia 19 de Maio. Descendentes de uma rica herança cultural portuguesa e angolana, desde cedo se deixaram influenciar pela cultura musical brasileira e, encorajados pelos pais, começaram a cantar juntos. Vieram para Portugal para continuar os estudos tendo começado a publicar covers no Youtube antes de partirem para a França, onde deram os seus primeiros concertos ao vivo. Em 2017, lançaram o álbum “A Nossa Vez”, que inclui a música com o mesmo nome e que terminou o ano 2017 como o vídeo musical mais visto no Youtube na lusofonia. Em Fevereiro de 2019 participaram no Festival da Canção como intérpretes e compositores da música “A Dois”.

LOURENÇO SERUYA – O escritor e actor lança, dia 20, o seu mais recente livro policial, intitulado “Crime na Quinta das Lágrimas”. A obra tem como pano de fundo esse icónico local em Coimbra e apresenta uma trama que se desenrola a partir da descoberta de um cadáver na Fonte das Lágrimas – o mesmo local onde Inês de Castro foi assassinada em 1355. “Quase 700 anos depois, a Quinta das Lágrimas vol-

já produziu um texto sobre “Cuidados Paliativos, Autonomia e Constituição”, afirmando que “em nome da autonomia, a par de outros valores”, “todas as modalidades de morte medicamente assistida devem ser proibidas”, apontando para a necessidade de se garantir um “efectivo acesso a cuidados paliativos”. Mas ressalva também que “numa outra leitura da autonomia e da ponderação de bens em jogo”, se se entender que “há alguma abertura constitucional”, apenas a “ajuda ao suicídio” e “não a eutanásia deve ser considerada constitucionalmente admissível”. A escolha dos juízes pelo método da cooptação foi efectuada numa reunião dos 10 eleitos pela Assembleia da República, através de um voto secreto, e recaiu em João Carlos Loureiro, da Faculdade de Direito de Coimbra, em Carlos Luís Medeiros Carvalho, juiz conselheiro do Supremo Tribunal Administrativo, e em Rui Rodrigo Firmino Guerra da Fonseca, Professor associado da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

ta a ser palco de um crime”, adiantou Seruya, que é também autor dos bestsellers “A Mão que Mata” e “A Maldição”. O livro explora um intrincado assassinato contemporâneo, apresentando uma trama repleta de mistério e suspense.

LUÍS BENTO RODRIGUES - O administrador da Universidade de Coimbra foi nomeado para representar Portugal na Heads of University Management & Administration Network in Europe (HUMANE –Rede Europeia de Directores de Gestão e Administração Universitária). Luís Bento Rodrigues foi eleito pelos pares (os Administradores das outras instituições de ensino superior portuguesas membro da HUMANE) para representar o país na Round Table (Mesa Redonda), que é um dos órgãos do governo da associação internacional. O mandato tem a duração de dois anos.

RUI MIGUEL NABEIRO - É o orador convidado da Master Class, no âmbito do ciclo de Master Classes do MBA para Executivos da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), subordinada ao tema “Liderança e Inovação”, que irá acontecer amanhã (21), pelas 14h30, no auditório da instituição de ensino superior. Rui Miguel Nabeiro é director executivo do Grupo Nabeiro-Delta Cafés, Grupo que conta com mais de 30 empresas distribuídas por vários sectores, mantendo o café como actividade principal. Presente em mais de 40 países e com cerca de 3.800 colaboradores, o Grupo detém a maior torrefação de café da Península Ibérica.

ARSÉNIO SANTOS – A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) elegeu Manuel Arsénio dos Santos como presidente da Direcção para o biénio 2023-2025. Arsénio Santos é licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, especialista em Medicina Interna e subespecialista em Doenças do Fígado no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. A promoção da produção científica nacional na área das doenças hepáticas e a formação de interlocutores privilegiados para os temas relacionados com a saúde do fígado, continuarão a ser uma prioridade da APEF. Mantém-se também a aposta no desenvolvimento de campanhas de consciencialização dedicadas à população portuguesa, por forma a alertar para as doenças hepáticas, e a importância da prevenção, do diagnóstico e tratamento.

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DAS PROVÍNCIAS
CAMPEÃO

FACTOS 6 20 DE ABRIL DE 2023

MUSEU MUNICIPAL COIMBRA COM EXPOSIÇÃO “TRANSVERSALIDADESFOTOGRAFIA SEM FRONTEIRAS”

O Museu Municipal Coimbra (MMC) tem patente até ao dia 20 de Maio a exposição da 11.ª edição do concurso denominado “Transversalidades: Fotografia sem Fronteiras”. A mostra, que inclui os portfólios vencedores de uma selecção de fotografias submetidas por cerca de 700 participantes, oriundos de mais de 70 países, já esteve patente na Guarda e em Salamanca (Espanha). A exposição está organizada em torno de quatro núcleos temáticospatrimónio natural, paisagens e biodiversidade; espaços rurais, agricultura e povoamento; cidade e processos de urbanização; e cultura e sociedade: diversidade cultural e inclusão social. Os interessados podem visitar a exibição, gratuitamente, de terça-feira a sábado, das 13h00 às 18h00, no Museu Municipal Coimbra.

COIMBRA COMPARTICIPA NA REABILITAÇÃO DE CAPELA COM 30 MIL EUROS

A Capela de Nossa Senhora da Esperança insere-se no Centro Histórico da Cidade de Coimbra e na Zona Especial de Protecção dos Mosteiros de Santa Clara-a-Velha e Santa Clara-a-Nova, ambos monumentos nacionais. O financiamento da 2.ª fase das obras e respectiva comparticipação do Município de Coimbra enquadra-se num acordo de colaboração entre a Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Desenvolvimento Regional de Cultura do Centro (DRCC) e Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL). A comparticipação financeira da autarquia está definida até ao montante máximo de 30 mil euros, o que corresponde a 30% do valor comparticipável da obra, que ascende a um investimento máximo de 100 mil euros. A CMC vai prestar, ainda, apoio na fiscalização dos trabalhos, através do Departamento de Edifícios e Equipamentos Municipais. Na cerimónia (realizada a 13 de Abril) foi assinado um protocolo entre DGAL, DRCC e a Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Santa Clara também para financiamento da obra (50 mil euros). A restante verba, que perfaz os 100 mil euros necessários para a 2.ª fase de reabilitação, deverá ser garantida pela paróquia. Por sua vez, a Fábrica da Igreja compromete-se a realizar as obras em até dois anos.

PROCESSO DE VESTUÁRIO CONTRAFEITO COM 58 ARGUIDOS

O Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra acusou 58 arguidos, sete dos quais empresas, de crimes de fraude e branqueamento num caso relacionado com comércio de vestuário e calçado contrafeitos. Aos arguidos, são imputados, entre outros, crimes como fraude de mercadorias, venda, circulação ou ocultação de produtos contrafeitos, branqueamento e associação criminosa, revelou o Ministério Público (MP) de Coimbra. “Os factos reportam-se, além do mais, à produção e comercialização, em grande escala, de artigos de vestuário e calçado contrafeitos, sem conhecimento e autorização dos titulares das marcas registadas que eram colocadas nos produtos”, sublinhou. Os produtos eram inclusivamente exportados, nomeadamente para França e Espanha. De acordo com o MP, os arguidos terão agido num quadro “de uma estrutura organizada, sendo os proveitos, assim obtidos, dissimulados, por vezes com remessas de numerário por encomendas postais”. A investigação esteve a cargo do Destacamento de Acção Fiscal de Coimbra da GNR, em colaboração com a Autoridade Tributária.

PROJECTO ‘PEDALAR PELA LEITURA’ PROMOVE ACTIVIDADE FÍSICA E AMOR PELOS LIVROS

A Câmara Municipal de Braga lançou o projecto “Pedalar pela Leitura”, que tem como objectivo sensibilizar os jovens para a prática de actividade física e incentivar o gosto pela leitura. A iniciativa conta com a participação de 12 escolas do concelho e teve início no dia 17. A proposta é que os jovens percorram quilómetros pedalando, e a escola que alcançar o maior número de quilómetros será premiada com mais de uma centena de livros, em parceria com a “Porto Editora”. Além disso, a “Decathlon” cedeu as bicicletas que serão utilizadas durante o percurso. O projecto percorrerá as escolas do 2.º e 3.º ciclos, até o dia 21 de Abril. No dia 24 deste mês, haverá

FACTO DA SEMANA

BOAVENTURA SOUSA SANTOS INVENTOU A EUTANÁSIA DA ÉTICA

Espraiava-se metade de Coimbra nas praias aquecidas por este Verão antecipado enquanto a outra metade se ocupava nos preparativos de um Maio movimentado que se aproxima com a Queima das Fitas e os quatro concertos dos Coldplay, eis que lhe cai em cima, com surpresa e estrondo, o turbilhão de acusações por alegadas práticas de assédio sexual de que terão sido vítimas pelo menos três investigadoras que há anos frequentaram o Centro de Estudos Sociais (CES) e autores dois docentes desse mesmo Centro, unidade orgânica que integra a Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Desse dois docentes, um deles, Sena Martins, de meia idade, prossegue a sua carreira académica a caminho dos lugares cimeiros a que todos os docentes aspiram, enquanto que o segundo é nem mais nem menos que um conceituado Professor Catedrático, hoje já jubilado, apesar de aos 82 anos continuar a ter participação activa em várias universidades estrangeiras, onde - lá como cá - gozava de enorme prestígio académico, sendo considerado dos Professores de maior prestígio internacional da Universidade de Coimbra. Aqueles alegados comportamentos de assédio foram agora desvendados num livro editado pelas alegadas vítimas, embora os factos, ou alguns deles, tenham acontecido já há um bom par de anos, aí pelos anos 2010 e seguintes. Tudo isto é do conhecimento geral dada a enorme repercussão, no país e até fora dele, que esta divulgação provocou no mundo académico e não apenas. Passado, pois, o impacto inicial e a surpresa causada (pelos vistos não para toda a gente), que o apuramento dos factos, se a isso houver lugar, faça o seu caminho e recomenda o bom senso que se não façam julgamentos antecipados. É certo que agora consta por aí que no âmbito da Escola aquela prática de tentativas de assédio por parte daqueles dois docentes era conhecida de uma boa parte da comunidade académica que a foi frequentando ao longo dos anos, mas é verdade também que formal e publicamente ninguém se terá queixado, receando represálias, ao que dizem. Mas se tanto constava, como agora por aí se diz, estranha-se que de ninguém tenha partido a iniciativa de a denunciar. Ou então muita gente fez ouvidos de mercador. Aceitar sem mais tais acusações, sem saber também do perfil das autoproclamadas vítimas, pode fazer-nos balançar en-

uma novidade: um sprint final no centro da cidade de Braga, onde os representantes das 12 escolas pedalarão em simultâneo.

ESPERANÇA RECEBEU BANDEIRA DA ÉTICA

O Esperança Atlético Clube (AC), de S. Martinho do Bispo, em Coimbra, recebeu a Bandeira da Ética por parte do Instituto Português do Desporto e Juventude - Plano Nacional de Ética no Desporto, reconhecendo assim o trabalho desenvolvido na formação dos atletas do clube. O Esperança associou-se às iniciativas da campanha Laço Azul, de prevenção contra os maus tratos a crianças e jovens, como todos os anos faz em Abril. Nesse âmbito, realizou-se, no passado sábado, um encontro de traquinas no seu complexo desportivo, onde juntou “centena e meia de atletas, que puderam fazer aquilo que mais gostam: jogar futebol”, garante o clube. O evento decorreu com a participação da Associação Académica de Coimbra - Organismo Autónomo de Futebol, Associação Recreativa Casaense, Associação Educativa E Recreativa De Góis, Coja, Clube Condeixa, Associação Desportiva de Poiares, Mocidade Futebol Clube e duas equipas do Esperança AC.

CES DE COIMBRA VAI CONVOCAR ELEIÇÕES ANTECIPADAS PARA TODOS OS ÓRGÃOS

O Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra decidiu convocar eleições antecipadas para todos os órgãos, numa decisão que a sua direcção e presidência do conselho científico acreditam ser “o melhor interesse da instituição”. Segundo António Sousa Ribeiro, esta decisão foi tomada num “contexto de construção

tre o “aconteceu mesmo” e eventuais comportamentos reactivos que possam ter a ver com descontentamento com os resultados académico obtidos. Ou seja: calemo-nos nesta fase e deixemos as instâncias próprias fazer o seu caminho. Hoje com 82 anos e após uma vida em que granjeou raro prestígio em várias Universidades do mundo, o Professor Boaventura Sousa Santos talvez não merecesse ter infligido a si próprio tamanha punição, caído hoje no patamar da desconsideração social. Se algo de errado de tal natureza fez, tinha a estrita obrigação de o não ter feito, por respeito a si próprio, à sua carreira, à sua Escola, às Universidades a que emprestou saber, à comunidade estudantil que, aos milhares, lhe passou pelas mãos. De difícil abordagem, não é homem deselegante mas de simpático também pouco sempre teve. Puxa-lhe o estilo para a soberba, até alguma petulância, nada condizente com a superior elegância com que outros mestres da Universidade de Coimbra de não inferior mérito académico conduziram toda a sua vida. Esse perfil de homem difícil e de Professor vaidoso, defensor de uma esquerda de valores muito peculiares, assentou que nem uma luva na fogueira de menor simpatia que pelos vistos nutria na comunidade académica que eventualmente lhe conhecesse o feitio e as fraquezas da carne. Agora há muita gente a dizer “eu já sabia” ou ”eu sempre ouvi falar nisso”. Pela nossa parte, pelos muitos anos que levamos nesta vida de Jornais, conhecemos sempre em Boaventura Sousa Santos o homem de acesso difícil mas até nós nunca chegaram suspeitas de menor civismo. Que cada qual fale por si e que apenas da verdade se cuide. Até dos silêncios cúmplices, se os houver.

colectiva do CES”, agindo no que acreditam “ser o melhor interesse da instituição”. A presidência do conselho científico, direcção e associados do CES reuniram-se na segunda-feira de manhã (17), tendo o encontro servido para serem “propostas medidas de aprofundamento e clarificação dos mecanismos de prevenção, reporte e resolução de situações de assédio”, bem como para serem “apontados caminhos para uma renovação das formas de governação interna”.

ESCOLA AGRÁRIA

COM MEDIDAS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

A Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC) é uma das entidades contempladas com financiamento público pelo Programa de Eficiência Energética em Edifícios da Administração Pública Central, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para melhorar a sustentabilidade e a eficiência energética dos respectivos edifícios. Com um investimento total de cerca de 1,3 milhões de euros, a ESAC irá intervir em quatro edifícios do seu campus: Edifício Central, Loja e Laboratório de Máquinas Agrícolas, Laboratório de Reprodução Animal e Bloco Z-Associação de Estudantes. O objectivo é melhorar a eficiência energética e hídrica, o conforto térmico e a qualidade do ar interior. Paralelamente, visa-se a redução do consumo e da despesa anual com energia. Com a implementação destas medidas, a ESAC espera poupar anualmente 402 MWh/ano, evitando o consumo de cerca de 65 toneladas equivalentes de petróleo e a emissão para a atmosfera de 155 toneladas de CO 2.

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DAS PROVÍNCIAS

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS 20 DE ABRIL DE 2023

O EXEMPLO DE UM EMPREENDEDOR

O COMPROMISSO INABALÁVEL DE JOSÉ REDONDO COM A FAMÍLIA, O LICOR BEIRÃO E O RUGBY

José Redondo tem, desde a morte do seu pai, José Carranca Redondo, a responsabilidade de ser o guardião da marca Licor Beirão, uma verdadeira tradição portuguesa. Vê a empresa como um elemento da família, um legado que merece ser preservado e transmitido às próximas gerações. O amor de José Redondo pelo Licor Beirão é evidente, mas ele também tem uma grande paixão pelo rugby, tendo fundado o Rugby Club Lousã em 1973. Com o compromisso inabalável com a sua família e com o seu negócio, José Redondo é um verdadeiro exemplo do espírito empreendedor.

LINO VINHAL/JOANA ALVIM

Campeão das Províncias [CP]: Como é que surgiu o rugby na sua vida?

José Redondo [JR]: Em 1962, tive meu primeiro contacto com rugby na Académica de Coimbra, onde joguei até 1974. Depois de servir no Ultramar durante o serviço militar, regressei para jogar novamente na Associação Académica. Nessa época, ajudei a fundar o Rugby Club de Coimbra, um clube social com a missão de unir todos os jogadores de rugby da região central, e também fundei o Comité de Rugby do Centro. Joguei mais dois anos na associação académica antes de tentar trazer o rugby para a Lousã, a minha terra natal. Mas na época foi muito difícil, já que a modalidade era pouco conhecida e pouco divulgada pela comunicação social.

Em 1973, depois de dois anos de tentativas, resolvi reduzir a minha carga horária como CEO para dar aulas de educação física numa escola preparatória. Lembro-me de que no meu primeiro ano como professor, mostrei uma bola de rugby para um grupo de 20 e poucos alunos, e eles riram-se de mim. Mas eu expliquei-lhes os princípios básicos da modalidade e comecei a treinar com eles num terreno que eu possuía próximo à escola preparatória. Nesse ano, fundei o clube de rugby da Lousã, que tinha uma característica curiosa: o primeiro presidente do clube tinha apenas 14 anos, e eu era o presidente da Assembleia Geral.

Após três anos, formámos a primeira equipa de juvenis,

e após cinco anos, a equipa de juniores. Somente após oito anos, com os jogadores que começaram como juvenis e juniores, conseguimos formar a primeira equipa de seniores.

[CP]: Este ano o clube celebra 50 anos e afirmou-se como uma referência do Rugby Nacional.

[JR]: Há meio século que competimos e desafiamos os maiores do rugby nacional. Durante esse período, estivemos presentes na primeira divisão por 22 vezes, enquanto nas outras temporadas competimos na segunda divisão. Neste ano, em que celebramos o 50.º aniversário do nosso clube, estamos no Top 10 da divisão de honra, actualmente em 8.º lugar. É importante salientar que apenas dois clubes da província - Académica e CDUP - se juntam a nós no Top 10, enquanto os restantes sete são clubes de Lisboa, o que evidencia as dificuldades de se manter no topo do rugby português. É um grande orgulho para uma pequena vila de apenas 10 mil habitantes ter uma equipa sénior que requer um mínimo de 40 jogadores e ainda assim conseguir manter-se na divisão de honra.

[CP]: Para além do Rugby é também apaixonado por o que faz.

[JR]: Com certeza. Comecei a trabalhar muito cedo e sempre fui muito próximo do meu pai, quase como irmãos. Ele tinha uma visão do mundo incrível e a empresa da família tinha vários negócios. Até aos anos 80, o Licor Beirão, que era administrado pela minha mãe, representava apenas cerca de 10% do volume de negócios, pois o

O Licor Beirão é fabricado na Quinta do Meiral, na Lousã. Com mais de 12 hectares, parte das plantas e sementes aromáticas utilizadas no fabrico são ali produzidas.

meu pai tinha começado por fazer publicidade colando cartazes nas paredes, o que tornou a empresa numa das maiores de afixação de cartazes em Portugal desde 1940. Em 1958, foi aprovada uma lei que proibia a afixação de cartazes fora das áreas urbanas. Na época, havia seis ou sete empresas no país que se dedicavam à colocação de cartazes. Todas desistiram e tiveram medo de lutar, mas o meu pai não. Ele foi o único que continuou a afixar cartazes e, como resultado, foi levado a tribunal 93 vezes.

Apenas perdeu a primeira vez, e ele costumava dizer que só perdeu dessa vez porque se fez acompanhar de advogado. Ele era um homem extraordinariamente inteligente. Tinha uma visão para o negócio fantástica e isso foi uma grande escola e um enorme desafio.

[CP]: Para além do Licor Beirão e da afixação de cartazes a que mais se dedicavam?

[JR]: O meu pai era um

“Até aos anos 80, a venda do Licor Beirão era apenas uma pequena parte do volume de negócios”

“O meu pai acreditava no poder da publicidade como forma de vender produtos”

empreendedor nato. Ele tinha ideias e eu era encarregado de executá-las. Ele era persistente, teimoso e um lutador incansável. Graças à sua perseverança, tornamo-nos líderes em Portugal na afixação de cartazes e iniciamos a produção de outdoors, inicialmente feitos de madeira e mais tarde de fibra de vidro. No entanto, a nossa indústria de fibra de vidro não se limitou apenas à produção de outdoors. Começámos a fabricar barcos, depósitos e muitos outros produtos, até que surgiu a ideia de produzir sinalização rodoviária. Na época, eram necessários seis homens para colocar um único sinal de trânsito. Foi então que o meu pai teve a ideia de produzir sinais de fibra de vidro, muito mais leves. Criámos a maior fábrica de fibra de vidro do país e produzimos milhares de sinais de trânsito para todas as câmaras municipais do país. Chegámos a vender seis mil sinais de trânsito para a Câmara de Lisboa. No entanto, a produção de sinalização exigia uma indústria de serigrafia, por isso criámos a primeira serigrafia nos anos 50. Depois, a sinalização rodoviária exigia material reflector e só existia uma fábrica no mundo que produzia esse material, a 3M Minesotta. O meu pai que não falava uma palavra de inglês foi aos Estados Unidos para aprender e um ano depois estávamos a produzir material reflector na nossa própria fábrica.

[CP]: Como é que nasce o Licor Beirão? Foi o seu pai

que criou este produto?

[JR]: Não. O meu pai começou a trabalhar aos 12 anos numa pequena fábrica de licores na Lousã, onde trabalhou durante muitos anos. O elixir que mais tarde se tornou conhecido como “Licor Beirão” já era produzido e vendido numa farmácia local como remédio para problemas de estômago no final do século XIX. Quando a lei proibiu a venda de bebidas alcoólicas em farmácias, a produção do licor poderia ter terminado. No entanto, a sua continuidade foi garantida por um caixeiro-viajante, comerciante de vinhos do Porto, que se apaixonou pela filha do farmacêutico e deci-

“A questão do Metro é muito complexa e representa uma das minhas derrotas na vida”

diu assumir a produção do licor nessa pequena fábrica local. Mais tarde, o meu pai trabalhou como vendedor da marca de máquinas de escrever Remington mas quando começou a Segunda Guerra Mundial a produção foi interrompida em todo o mundo, e o meu pai decidiu comprar a fábrica de licores e casar-se com a minha mãe para cuidar da produção enquanto ele continuava com outros negócios. Até aos anos 80, a venda do Licor Beirão era apenas uma pequena parte do volume de negócios, mas o meu pai começou a promover o licor com publicidade, colando ele próprio os cartazes nos postes, degraus e paredes.

[CP]: Foram uns visionários em marketing e publicidade?

[JR]: O meu pai acreditava no poder da publicidade como forma de vender produtos. Em 2005, ele foi agraciado pela Associação Portuguesa dos Anunciantes como o melhor profissional de marketing do século 20, em reconhecimento por ter antecipado muitas das

aos sábados entre as 11 e as 12 horas

tendências publicitárias da época e por ter criado diversas inovações no sector. Com a chegada do meu filho Daniel, o Licor Beirão deu um grande salto. Ele propôs a colocação de uma tenda na Queima das Fitas, onde criámos a bebida Caipirão e conseguimos atingir um grande público.

[CP]: O Licor Beirão continua a ser uma empresa familiar?

[JR]: As pessoas olham para a nossa empresa como uma multinacional, mas não é, continua a ser uma empresa familiar, mantém essa característica que faço de tudo para que não se perca. Concorremos com grandes multinacionais e estamos a conseguir bater o pé a todas elas.

[CP]: É um lousanense fiel, foi lá que nasceu. Pretende sair de lá algum dia? Mas não sai antes de chegar o Metro.

[JR]:  A questão do Metro é muito complexa e representa uma das minhas derrotas na vida. Embora tenha tido muitas vitórias, esta foi uma das excepções. O que me incomoda e considero inaceitável é que a construção do Metro ocorreu após um investimento de 10 milhões de euros na renovação dos carris. Apesar de não ser fã do Ministro Pedro Nuno Santos, eu tinha esperanças de que ele renovasse a linha da Lousã, e pareceu-me que estava a progredir nessa direcção. É bom que tenhamos noção que sem uma linha ficamos sem ligação à rede ferroviária nacional para um futuro transporte de mercadorias

[CP]: O caminho que o país leva assusta-o?

[JR]:  A actual situação da democracia é preocupante, e parece que estamos a repetir alguns dos problemas e erros enfrentados durante a primeira ou a segunda República. Embora façamos parte da Europa, que nos acaba por proteger, o meu receio é que possamos seguir o mesmo caminho de países como a Venezuela e acabar a ser governados por ditadores democratas.

QUINTA-FEIRA, 20 DE ABRIL 2023 8 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf
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QUINTA-FEIRA, 20 DE ABRIL 2023

20 DE ABRIL DE 2023 s a ú d e

GRUPO LAÇO AZUL PROMOVE SEMINÁRIO “BRINCAR E COMUNICAR”

DE CANCRO

JORNADAS EM COIMBRA COM SOBREVIVENTES DA DOENÇA ESTILOS DE VIDA SAUDÁVEIS REDUZEM RISCO

FERNANDA PAÇÓ

Aimportância de um estilo de vida saudável para os sobreviventes de doença cancerígena esteve em destaque nas Jornadas “Vida Saudável Depois do Cancro”, que decorreram no auditório do Hospital Pediátrico de Coimbra, no passado sábado (15).

“Existe hoje um amplo consenso sobre a importância da adopção de estilos de vida saudáveis na redução do risco de cancro e na manutenção da qualidade de vida e saúde mental. Contudo, estes comportamentos de saúde ainda não estão muito implementados na população europeia, nomeadamente entre crianças, adolescentes e jovens adultos”, afirma Áurea Andrade, enfermeira directora do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

O evento foi realizado pelo Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRC. LPCC) em parceria com o CHUC, no âmbito do projecto europeu “Outdoor

As Jornadas “Vida Saudável Depois do Cancro” promoveram a actividade física, alimentação saudável, sustentabilidade e bem-estar físico e mental

Against Cancer Connects Us” (OACCUS), co-financiado pelo programa EU4Health, e enquadrado no Plano Europeu de Luta Contra o Cancro, com o mote “Choose the Healthy Way!”.

O objectivo desta iniciativa foi, assim, criar uma rede europeia para jovens sobreviventes da doença, entre os 15 e 39 anos, baseada em quatro pilares: actividade física e desporto ao ar livre, alimentação equilibrada, sustentabilidade e natureza e bem-estar físico e mental.

Segundo informou a Liga Portuguesa Contra o

Cancro, em 2020 mais de 15.500 crianças e jovens foram diagnosticados com cancro na Europa; desse número, mais de 2.000 morreram por conta da doença. Outro dos aspectos destacados pela NRC.

LPCC é que “na Europa, apesar do continente representar menos de 10% da população mundial, regista cerca de 25% de novos casos de cancro nos jovens”.

“O cancro infantil continua a ser a primeira causa de morte por doença em crianças acima de um ano e em adolescentes. Um em cada 350 adultos até aos

25 anos é sobrevivente de cancro e é por isso que vale a pena estarmos aqui hoje. Felizmente o número de sobreviventes de cancro infantil continua a aumentar, o que exige cuidados multidisciplinares, que garantam uma total recuperação e boa qualidade de vida a estes jovens”, afirma Áurea Andrade.

A enfermeira directora do CHUC salientou ainda que este projecto pretendia contribuir para a consciencialização dos benefícios do estilo de vida saudável, para a promoção da prática de actividade física e desportos ao ar livre, da alimentação saudável e do bem-estar físico e mental dos jovens sobreviventes de cancro, assim como das suas famílias.

Fazem parte deste projecto 13 países, seis pertencentes ao continente europeu, como Portugal, representado pela Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra, o Hospital Pediátrico de Coimbra (CHUC) e o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

PROVA DEVERÁ MANTER-SE NO CALENDÁRIO DO MUNDIAL PELO MENOS ATÉ 2025

RALI DE PORTUGAL REGRESSA

À FIGUEIRA DA FOZ E JÁ TEM ITINERÁRIO

Considerado um dos maiores eventos desportivos realizado em Portugal, a 56.ª edição do WRC Vodafone Rally de Portugal sai às ruas já no próximo mês de Maio, entre os dias 11 e 14 de Maio, e marca o regresso à Figueira da Foz.

Durante a apresentação do calendário da prova, Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Club de Portugal (ACP), afirmou que o Rali de Portugal deverá manter-se no calendário do Mundial, pelo menos até 2025. “Vamos assinar, muito em breve [o contrato para a continuidade da prova no Campeonato do Mundo (WRC)], por mais dois anos, além deste”, frisou.

Para que seja concretiza-

do esse desejo é necessário dar continuidade no que toca à sustentabilidade ambiental e, principalmente, à segurança de todos os envolvidos no evento.

“A segurança, para nós, é fundamental e é por isso que gastamos o dinheiro que gastamos, porque, ao mínimo descuido de segurança, perdemos o rali e, neste momento, há vários países europeus que querem entrar no Mundial. Precisamos que o público perceba isso”, advertiu Carlos Barbosa.

Uma super especial na Figueira da Foz e a nova classificativa em Paredes são destaques no percurso de 329,06 quilómetros cronometrados, que volta a levar as estrelas do Campeonato

do Mundo às regiões Norte e Centro do país.

Para Carlos Barbosa, a adesão dos pilotos é demonstrativa das virtudes do Rali de Portugal. “Em média, os ralis do Campeonato do Mundo têm cerca de 40 a 45 automóveis. Nós, no ano passado, tivemos 90 e este ano acho que ainda vamos chegar a esse número”, observou.

A 56.ª edição da prova começa a disputar-se no centro do país, na sexta-feira, 12 de Maio, com passagens duplas pelos troços em Lousã (12,03 km), Góis (19,33), Arganil (18,72) e Mortágua (18,15), antes da estreia da super especial na Figueira da Foz.

“Voltar à Figueira da Foz é muito importante, pois

O Grupo Laço Azul Coimbra irá dinamizar, amanhã (21), um seminário inserido na 13.ª Campanha de Prevenção de Maus-Tratos a Crianças e Jovens. Este ano o tema é “Brincar e Comunicar” e o evento ocorrerá no auditório do Hospital Pediátrico de Coimbra. Neste seminário serão abordadas várias temáticas, como: a criança e a família, a importância do brincar, da comunicação e das relações interpessoais e a regulação emocional na parentalidade.

O Grupo Laço Azul Coimbra é uma parceria informal constituída por um conjunto de entidades de Coimbra, entre as quais a Cáritas Diocesana de Coimbra, que se uniram com o propósito de alertar para a problemática dos maus-tratos na infância e de divulgar estratégias potenciadoras do bom trato e do respeito pela dignidade e direitos das crianças e jovens.

SRCOM PROMOVE LIVRO “A GRAVATA DE SEDA E O SAPATO DE BICO - E OUTROS APÓLOGOS SATÍRICOS”

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) vai promover, hoje (20), às 18h30, na sala Miguel Torga, a apresentação do livro intitulado “A Gravata de Seda e o Sapato de Bico - e outros apólogos satíricos”, do médico psiquiatra Carlos Braz Saraiva. A obra, com ilustrações da médica psiquiatra Ana Cristina Lopes, tem a chancela da Tipografia Damasceno, de Coimbra. A sessão vai contar as intervenções do presidente da SRCOM, Manuel Teixeira Veríssimo, do autor do prefácio da obra, João Maria André, do autor da obra, Carlos Braz Saraiva, da ilustradora, Ana Cristina Lopes, e de Rui Damasceno, da tipografia editora da obra.

RADIOFÁRMACO DA UC JÁ FOI UTILIZADO EM MILHARES DE EXAMES DE DIAGNÓSTICO

fazia parte da tradição do velho Rali de Portugal. Vamos ter também uma nova especial em Paredes (...) e troços ao contrário [sentido inverso], para os pilotos não pensarem que já vêm treinados do ano passado e, com isso, criar-lhes algumas dificuldades”, assinalou o presidente do ACP.

No sábado, 13 de Maio, o rali encaminha-se para Norte e às classificativas em Vieira do Minho (26,61 km), Amarante (37,24), Felgueiras (8,91) e à super especial em Lousada, decidindo-se no domingo, 14 de Maio, após as passagens por Paredes (15 km), Fafe (11,8) e Cabeceiras de Basto (22,23), num total de 1.636,25 quilómetros, 329,06 cronometrados.

A ICNAS Pharma, empresa da Universidade de Coimbra (UC), atingiu recentemente um novo marco, ao realizar a produção número cinco mil do seu radiofármaco. Lançado em 2012, o radiofármaco FDG UC foi o primeiro radiofármaco português e também o primeiro medicamento lançado por uma universidade portuguesa. É o principal medicamento utilizado nos exames de Tomografia por Emissão de Positrões (PET) para o diagnóstico em oncologia, cardiologia e neurociências. O radiofármaco FDG UC é utilizado no ICNAS para investigação e também para a realização de exames do Serviço Nacional de Saúde. É também distribuído, pela ICNAS Pharma, para os principais hospitais nacionais, através da FarDiotop, uma empresa incubada no Instituto Pedro Nunes. Desde o seu lançamento, a ICNAS Pharma já colocou no mercado mais seis medicamentos radiofarmacêuticos, fruto da sua investigação. A produção combinada de todos os radiofármacos produzidos na UC já atingiu as 10.000 produções, tendo estes medicamentos sido utilizados em centenas de milhares de exames de diagnóstico.

ARS CENTRO REALIZA SEMINÁRIO “NÃO, A VIOLÊNCIA NÃO É NORMAL”

A Administração Regional do Saúde (ARS) do Centro organiza, hoje (20), das 9h00 às 16h45, o seminário “Não, a violência não é normal”, que decorre no auditório da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, no pólo B. Vão participar deste evento profissionais da Saúde, do Direito e das Forças de Segurança. Depois da sessão de apresentação será abordada, das 9h30 às 10h15, a importância do gabinete de segurança na articulação entre a saúde e as forças de segurança. De seguida, das 10h15 às 11h00, é debatida “A violência é evitável?” - direitos e deveres de profissionais e utentes na prevenção da violência e a importância da Comunicação. Antes do almoço ainda dá tempo para falar sobre “Agressão é dor?”, com visão do hospital - Violência contra enfermeiros no Serviço de Urgência, visão dos Cuidados de Saúde Primários e visão da DICAD. Da parte da tarde fala-se sobre “Plano de segurança – um caminho possível”.

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DAS
CAMPEÃO
PROVÍNCIAS ACTUALIDADE/SAÚDE 8

REPORTAGEM 10 20 DE ABRIL DE 2023

AS TASCAS DE COIMBRA

UMA TRADIÇÃO QUE SE MANTÉM VIVA E RENOVADA

TOCA DO GATO

Esta taberna de 1930 é uma das referências da cidade de Coimbra. Os actuais proprietários são o casal João e Anabela Braga, que gerem a casa há oito anos. Como contam, além do loureiro pendurado na porta de entrada, a “tradição da Toca do Gato é a qualidade”. A taberna foi considerada Entidade de Interesse Histórico e Cultural em 2021, recebeu o Certificado de Excelência do Tripadvisor, em 2017, e tem participado, ao longo dos anos, da Rota das Tabernas, iniciativa cultural da Câmara Municipal de Coimbra. Situada na Rua dos Gatos, n.º 8, a funcionar das 10h00 às 21h00, de segunda-feira até sábado, esta casa apresenta pratos como frango agridoce, carne de porco, bacalhau e tentáculos de pota, além de vinho, cerveja e muitas outras bebidas.

A TASCA DO ZÉ

A Toca do Gato é um ambiente “como em casa”, descreve o proprietário, João Braga

A Tasca do Zé, antiga Casa Abílio, funciona em Coimbra desde 1976. A gerência do espaço sofreu algumas alterações ao longo dos anos e o actual responsável pela taberna é José Dias, que está na casa desde 2019.Uma coisa manteve-se inalterada ao longo de todos estes anos: o “ambiente familiar”. Como conta José Amaral, funcionário da casa há 35 anos, este “é um espaço pequeno, mas que já recebeu políticos e artistas” ao longo das décadas. Actualmente servem cozido à portuguesa, pato assado no forno, panadinhos, pataniscas (em diferentes dias da semana) e chanfana, por exemplo. Em relação às bebidas, há “de tudo um pouco”, de vinho a sumos, como conta José Dias.

TABERNA O ABADE

Um “ambiente genuíno e descontraído”, fado ao vivo, queijos e enchidos, vinho e cerveja artesanal, além de um agradável espaço numa das zonas mais famosas de Coimbra. Esse é o Quebra o Galho - Casa de Fado. Nascido em 2015, com a gestão artística do Fado ao Centro (uma casa cultural da cidade), esta tasca pretende “apresentar produtos portugueses, em especial de Coimbra”, acompanhados deste género musical tão característico do país. O fado apresentado todas as noites, em espectáculos ao vivo, é o tradicional de Lisboa, como conta o proprietário do espaço, Luís Barroso. Quem quiser visitar o local, pode fazê-lo das 12h00 às 2h00, todos os dias da semana, na Rua Quebra Costas, n.º 12.

Quebra o Galho - Casa de Fado apresenta uma “proposta cultural e gastronómica”

O conceito deste espaço são os petiscos, afirma o proprietário da Taberna O Abade, Márcio Fidalgo. Moelas, entrecosto, cozidos, lulinhas fritas e bacalhau desfiado, além de bifanas e pregos, feitos na hora, são algumas das opções disponíveis. “O espaço tem dois meses de vida. Eu fiz parte da gerência de um restaurante, mas a restauração é uma área muito complicada. Eu queria arranjar um espaço menor para fazer o mesmo, que é aquilo que aprecio: servir os clientes”, conta Márcio Fidalgo. Vinho e cerveja são algumas das bebidas que podem acompanhar os clientes nesta tasca que, como descreve o proprietário, está a tornar- se uma “segunda casa” para os fregueses.

A Tasca do Zé, localizada no Largo Santana, n.º 26, funciona das 7h30 às 20h30, de segunda-feira a sábado

A Taberna O Abade funciona de segunda-feira a sábado, entre as 9h00 e as 19h00, na Rua Tomé Rodrigues Sobral, n.º 9

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DAS PROVÍNCIAS
CAMPEÃO

QUINTA-FEIRA, 20 DE ABRIL 2023

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS 20 DE ABRIL DE 2023

Petiscos, bebidas e muita tertúlia. As tradicionais tascas de Coimbra têm ainda um charme especial e único. Estes estabelecimentos mantêm vivos os costumes vindos de há muitos anos, como o loureiro à porta, para indicar que o estabelecimento é de facto uma taberna. Ou abraçaram as mudanças trazidas pelo tempo, deixando alguns dos antigos costumes de lado. Outras tascas são ainda novas, a reivindicarem o seu espaço na cidade, a trazer propostas únicas e ambientes diferenciados. No entanto, uma coisa é certa: quem visitar estas casas vai encontrar petiscos, pratos e diversas bebidas, sempre servidos num ambiente descontraído e divertido. Nesse âmbito, o “Campeão” reuniu alguns estabelecimentos para (re)visitar em Coimbra. Fernanda Paçó

TABERNA D`ALMEDINA TASQUINHA DA SAUDADE

Como explica um dos proprietários desta tasca, João Paulo Fonseca, a Taberna D`Almedina “é um espaço que tem tudo a ver com a tradição de Coimbra. Está inserido no centro histórico e é um sítio único, que nos faz lembrar as tabernas antigas”. Tábuas de enchidos regionais e queijos, chanfana, bochecha de porco, bacalhau e polvo à lagareiro, lombo recheado, saladas, pizzas, vinho tinto e branco e cerveja são algumas das opções desta tasca, localizada na Rua do Arco Almedina, n.º 21.Funciona de quarta-feira até domingo, das 18h00 à 00h00. No fim-de-semana há musicais ao vivo.

Foi depois de uma viagem a Itália que os proprietários da Taberna D`Almedina encontraram inspiração para abrir este local

A Tasquinha da Saudade é a concretização do sonho de Cláudia Vieira e de Graça Cunha. As proprietárias idealizaram um espaço que trouxesse o sabor da comida caseira aos clientes e, em 2022, na Rua da Sota, n.º 44, nasceu esta taberna. “Queríamos algo autêntico. Cozinhar como em casa, oferecer a gastronomia típica portuguesa. Algo muito cuidado, mas despretencioso”, conta Graça Cunha. Sopa e sandes de cozido à portuguesa, favas, bacalhau com grelos, queijo de Sicó, enchidos, limonada e vinhos de todo o país são alguns dos produtos disponíveis neste espaço, que pretende demonstrar que a “saudade não é uma coisa negativa”. Funcionam de segunda-feira a sábado, das 10h00 às 17h00. Sexta-feira e sábado reabrem entre as 19h00 e as 23h00, com mais petiscos (tiras de pota panadas e saladinha de polvo, por exemplo).

Funciona como tasca/ restaurante desde 1974, tendo diferentes estilos e gerências ao longo das décadas. Foi em 2022 que passou a ser a Tasquinha da Saudade

DONA TASKA TABERNA 58

A Dona Taska está localizada na Avenida João das Regras, n.º 86, na margem esquerda do Rio Mondego. Este estabelecimento abriu as portas em 2016, com a promessa de inovar a parte de Coimbra que “está para lá da ponte”.“A motivação [para abrir o local] foi trazer algo diferente para este lado da cidade, onde não havia o conceito de tapas. Apostamos na qualidade dos produtos e os desenvolvemos cada vez mais”, explica Lídio Jesus, proprietário da taberna. Ovos rotos, cogumelos salteados, pimentos padrón, ovos com alheira, polvo à galega, o frango à passarinha ou posta galega (um dos destaques da casa), além de diversas bebidas, como sumo, cerveja e vinho, são algumas das opções disponíveis.

A Dona Taska abre de terça-feira a sábado, das 12h00 às 22h00. No domingo, funcionam entre as 12h00 e as 16h00

Esta é uma taberna com 40 anos, mas o estilo único que possui actualmente surgiu apenas em 2019, quando Carlos Correia assumiu a gerência. Hoje o local apresenta a temática “Rock”. Assim, para quem busca desfrutar de tostas, bifanas, moelas ou folhados, enquanto escuta “AC/DC”, “Rolling Stones” ou Beatles e toma uma bebida, como o famoso hidromel da casa, este é o lugar certo. A Taberna 58 está localizada na Rua do Corpo de Deus, n.º 58.

A Taberna 58 funciona de terça a quinta-feira, das 16h00 às 22h30, e de sexta-feira a sábado, das 16h00 às 2h00

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ACTUALIDADE 12 20 DE ABRIL DE 2023

COIMBRA ANSEIA MAIO PARA VER CIDADE INVESTE EM GRANDES ESPECTÁCULOS E IVETE SANGALO

COLDPLAY

CRISTIANA DIAS

Coldplay e Ivete Sangalo são os artistas, entre outros já anunciados, que Coimbra anseia receber já no próximo mês de Maio e que prometem levar a cidade ao rubro com milhares de visitantes.

Agendada para 17, 18, 20 e 21, a banda britânica vai realizar estes quatro concertos no Estádio Cidade de Coimbra, enquanto que a cantora brasileira irá actuar na Praça da Canção, no dia 25 de Maio, durante a Queima das Fitas de Coimbra.

São dois géneros musicais bem distintos, duas personalidades de referência no sector musical, duas nacionalidades e dois espectáculos que ficarão na memória de qualquer um que assiste e vive o momento. Mas todos os artistas têm as suas próprias características e por isso milhões de fãs percorrem a estrada, além fronteiras, para assistir a um bom concerto.

Coldplay

A banda britânica de rock alternativo Coldplay, composta por quatro elementos, foi criada em 1996, então pelo vocalista e pianista Chris Martin. Os seus espectáculos são um autêntico sucesso por todo o mundo, não só pelas músicas tocadas mas por todos os efeitos criados pela banda para proporcionar uma melhor experiência aos fãs, mobilizando-os do princípio ao fim do espectáculo.

Pulseiras LED

Para além das lanternas dos telemóveis ligadas nas mais emblemáticas canções, como a Fix You, que permite um efeito único, a banda garante um espectáculo à parte

com pulseiras LED. Estas pulseiras são dadas no início do concerto e durante a apresentação emitem luzes fortes e coloridas em sincronia com as músicas executadas. Numa entrevista concedida a um órgão de comunicação internacional, o vocalista da banda britânica afirmou que as pulseiras “mudaram a vida” dos Coldplay. “Permitiram-nos ter uma ligação real com as pessoas e fazer com que todas façam parte do espectáculo”, explicou Chris Martin. No entanto, a banda pede ao público que devolva a mesma no final do concerto, mas muitos acabam por não o fazer. “Nós investimos muito dinheiro. Elas valem a pena porque olhas para a multidão e o espectáculo é outra coisa, mas devem devolvê-las porque são realmente muito caras”, referiu.

Portugal abre Tour

Os Coldplay escolheram Portugal para iniciar a sua digressão mundial “Music of the Spheres”.

Depois dos quatro espectáculos no Estádio Cidade de Coimbra, a banda segue a digressão por Espanha, Itália, Suíça, Dinamarca, Suécia e Holanda, além de incluir concertos no Reino Unido, em Manchester e Cardiff.

O grupo já actuou várias vezes em Portugal, tendo-se estreado já no longínquo ano de 2000, no Festival de Paredes de Coura. Quanto ao último concerto realizado no país aconteceu há dez anos, no Estádio do Dragão, no Porto.

Uma refeição por dia Chris Martin, vocalista da banda, referiu, numa entrevista dada ao “Conan O’Brien Needs A Friend”, que só come uma refeição por dia, e que esta medida foi inspirada na dieta do seu ídolo Bruce Springsteen. “Já prescindo do jantar. Depois das quatro da tarde deixo de comer”, disse.

Apesar de gastar muitas energias durante os seus espectáculos, cantando e dançando, Chris Mar-

tin, de 46 anos, passa o dia com apenas uma refeição no estômago e afirma sentir-se bem com isso.

Ivete Sangalo

Ivete Sangalo é um ícone da música brasileira. Uma das vozes mais conceituadas do país, alcançou o sucesso ainda como vocalista da Banda Eva vendendo mais de cinco milhões de discos, e chegando a fazer cerca de trinta espectáculos por mês. Durante toda a sua carreira já vendeu cerca de 20 milhões de cópias, tornando-se uma das maiores artistas com vendagem de discos no Brasil

Carnaval fora de época

Só o nome da artista, natural da Bahia, é já sinónimo de muita alegria e animação. Os seus espectáculos são vividos com muita folia e o recado é dado de forma clara: todo o mundo “tira o pé do chão”.

DATA ASSINALA 49.º ANIVERSÁRIO DA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS

COIMBRA CELEBRA O

Adata não é indiferente para nenhum português, o 25 de Abril é já na próxima terça-feira e para assinalar o 49.º aniversário da Revolução de Abril vão decorrer várias actividades, com o mote “Dias da Liberdade”, promovidas pela Câmara Municipal de Coimbra (CMC).

Dirigidas a diferentes públicos, em vários espaços municipais, vai ser possível desfrutar de um vasto

25 DE

leque de actividades entre os dias 21 e 28 de Abril, como por exemplo concertos, uma visita guiada à exposição “Primaveras Estudantis”, patente no Convento São Francisco, uma outra visita guiada à “Coimbra de Zeca Afonso”, uma mostra de livros infanto-juvenis sobre Liberdade na Biblioteca Municipal de Coimbra, sessões de contos, sessão solene com intervenções políticas, a entrega do Prémio de Fotografia Varela

Coimbra é uma cidade onde vive uma grande comunidade brasileira e por isso aguarda-se que o recinto da Praça da Canção encha com mais de 20 mil pessoas para levantar “poeira” e não deixar a cidade dormir.

De geração em geração

Ivete Sangalo tem uma carreira a solo, mas nem por isso se apresenta sozinha em palco. A acompanhá-la há dezenas de elementos que, junto com ela, fazem do espectáculo um momento único. A Banda do Bem é a banda musical que acompanha a cantora desde o início de sua carreira, em 1999.

Recentemente, a artista brasileira começou a ter um novo elemento – o seu filho mais velho Marcelo Sangalo, de apenas 13 anos. O jovem destacou-se num dos blocos do Carnaval de Salvador, deste ano, no Brasil. Contudo, com apenas três anos, o rapaz já tinha subido ao palco durante um espectáculo e, na altura, roubou as atenções.

O adolescente, que é percussionista e faz parte da equipa de músicos da cantora, está a gostar de seguir a carreira musical e ganhou os holofotes durante o período da folia brasileiro. Com certeza deve acompanhar a mãe neste espectáculo em Coimbra.

Festa dupla Quem vê um espectáculo de Ivete Sangalo dificilmente resiste à adrenalina da cantora. A sua animação é contagiante e ninguém fica indiferente à sua boa forma. A artista sobe ao palco no dia 25 de Maio e dois dias depois (27) completa 51 anos. O concerto em Coimbra vai ser o primeiro de três espectáculos que a cantora vai realizar em Portugal. No dia 26 actuará em Lisboa e dia 27 no Porto.

ABRIL COM “DIAS DA LIBERDADE”

Pècurto ou ainda de um concerto inédito do colectivo Tanto-Mar. Para além da sessão solene no dia 25 haverá, nesse mesmo dia, um segmento de programação intitulado “É Bonita a Festa”, em alusão à música Tanto-Mar, do cantor brasileiro Chico Buarque, com uma marcha pelas ruas da Baixa, pela mão da Filarmónica de Ceira, às 17h00, e com um novo concerto da música de intervenção do colectivo Tanto-

-Mar, no Salão Brazil, às 17h30, composto por músicos da cidade e criado após desafio lançado pela autarquia.

Segundo a autarquia, de forma “inédita”, o município “lançou ainda o desafio às associações do concelho para darem a conhecer a sua programação para esta efeméride, tendo a Câmara de Coimbra feito a respectiva compilação do programa designado “Dias da Liberdade - Também Acontece”.

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CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS
Os Coldplay actuam dias 17, 18, 20 e 21 de Maio, no Estádio Cidade de Coimbra, e Ivete Sangalo apresenta-se no dia 25 de Maio, na Praça da Canção

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS 20 DE ABRIL DE 2023

FIGUEIRA DA FOZ

FIGUEIRA

DA FOZ CIM

DA REGIÃO DE COIMBRA ABRE CANDIDATURAS PARA O PRÉMIO JOÃO ATAÍDE 2023

A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra anunciou a abertura das candidaturas para a segunda edição do Prémio João Ataíde. Desta vez, o prémio vai distinguir jovens entre os 18 e os 35 anos que tenham desenvolvido projectos na área social, com especial enfoque no apoio às necessidades básicas, à empregabilidade e à coesão social, em especial de pessoas em situação de vulnerabilidade extrema. As candidaturas podem ser entregues entre os dias 17 de Abril e 17 de Maio, no site da CIM região de Coimbra. O prémio, que tem um valor de cinco mil euros, foi criado como forma de reconhecer “o excepcional percurso do antigo secretário de Estado e antigo presidente da CIM região

de Coimbra, que também foi presidente de Câmara e deputado”. O júri do Prémio João Ataíde 2023 é composto por Emílio Torrão, presidente da CIM região de Coimbra, Maria Manuela Veloso, directora do Centro Distrital de Coimbra da Segurança Social, João Rodrigues, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Maria José Vicente, coordenadora nacional da Rede Europeia Anti-Pobreza e António Alberto Costa, delegado regional do IEFP. Na primeira edição do prémio, em 2022, o vencedor foi Pedro Barbosa Ribeiro Girão, que apoiou o desenvolvimento de um programa de formação e mentoria gratuita para estudantes de instituições de ensino superior de todo o país.

MOVE 2023 REÚNE ENTIDADES PARA ORIENTAR JOVENS NA FIGUEIRA DA FOZ

O Pavilhão do Caras Direitas está desde ontem a ser palco da VIII Mostra de Ofertas Vocacionais e de Emprego - MOVE 2023, organizada pela Câmara Municipal da Figueira da Foz. O evento, que termina hoje, teve como objectivo proporcionar aos jovens do 3.º Ciclo do Ensino Básico e Secundário o acesso a informações sobre as opções de futuro com que são confrontados nesta fase da vida, reunindo no mesmo espaço entidades que actuam nas áreas da Educação, Formação e Emprego. Ao longo dos dois dias, o evento contou com a presença de 30 entidades, entre Escolas Secundárias, Profissionais do Município e da Região, Centro de Emprego da Figueira da Foz, Serviço de Formação Profissional de Coimbra, Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz, Incubadora do Mar e Indústria da Figueira da Foz, empresas do Município, Institutos Superiores Politécnicos, Privados e Universidades Públicas e Privadas, vindas de vários pontos do país, desde a Covilhã até Lisboa.

SÍMBOLOS DA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE DOMINGO

Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude estarão presentes na Figueira da Foz nos próximos dias 23 e 24, domingo e segunda-feira, nas paróquias do arciprestado local. O programa inclui diversas actividades, celebrações e procissões em diferentes locais da região. No dia 23, a chegada dos símbolos está prevista para as 10h30, no parque de estacionamento do Largo do Tribunal, seguida de uma procissão até o local da Eucaristia. Às 11h00, será realizada a Celebração Nacional “Faltam 100 dias para a JMJ” e a Eucaristia no Jardim Municipal da Figueira da Foz, com a presença do Bispo de Coimbra, Dom Virgílio Antunes, e o Bispo auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação JMJ 2023, Dom Américo Aguiar. Em seguida, haverá uma procissão até o Cais Comercial, de onde os símbolos serão levados de traineira para a margem sul. No dia 23, os

símbolos da Jornada Mundial da Juventude serão levados a diversas paróquias da Figueira da Foz, como Lavos, Alqueidão, Paião, Seiça, Marinha das Ondas e Buarcos, onde os fiéis poderão participar em celebrações e demonstrar sua fé. Já no dia 24, as actividades terão início à meia-noite, com uma visita ao Farol do Cabo Mondego, seguida de uma vigília em Santana às 2h00. Ao longo da manhã e tarde, os símbolos passarão por diferentes locais, como Quiaios, Brenha, Alhadas, Bom Sucesso, Ferreira, Maiorca, Vila Verde, São Pedro Capela, Hospital, Tavarede, Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho, Cruz Vermelha, PSP, Escola Secundária Dr. Bernardino Machado, Bombeiros Voluntários FF, Escola Secundária Dra. Cristina Torres e Bombeiros Sapadores, encerrando com uma procissão para a Câmara Municipal da Figueira da Foz às 17h30.

MAIORCA COMEMORA DIA NACIONAL DOS MOINHOS COM ACTIVIDADES NO PARQUE DO LAGO

PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ CRESCE 8% NO 1º TRIMESTRE DE 2023

O Porto da Figueira da Foz teve um excelente desempenho no primeiro trimestre de 2023, registando um crescimento de 8% na movimentação de mercadorias em comparação ao mesmo período do ano anterior. Ao todo, foram movimentadas 505.799 toneladas de carga, indicando um aumento significativo na actividade portuária. A carga contentorizada foi o destaque positivo, apresentando o melhor desempenho, com a movimentação de 5.312 TEU (Twenty-foot Equivalent Unit), representando um impressionante crescimento de 48,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, os produtos florestais,

minerais não metálicos, produtos de papel e cimento também registraram um desempenho positivo, contribuindo para o crescimento geral do porto. No entanto, houve alguns sectores que apresentaram um desempenho abaixo do esperado. As pastas químicas de papel e os produtos de vidro registaram um declínio na movimentação, contrariando a tendência positiva dos demais segmentos. Outro aspecto a ser destacado é a diminuição de 3,7% no volume de exportações em relação ao mesmo período do ano anterior, indicando um cenário desafiador para as actividades de exportação no Porto da Figueira da Foz.

DIRECTOR NACIONAL DA PSP INAUGURA ROTUNDA DOS QUADRILHEIROS

Decorreu na passada terça-feira, dia 18 de Abril, a cerimónia de descerramento da placa toponímica “Rotunda dos Quadrilheiros”, situada no cruzamento entre a Avenida Dr. Joaquim de Carvalho e a Rua Dr. Mira Coelho, na Figueira da Foz. A iniciativa partiu da direcção nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) e contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o director Nacional da PSP, Superintendente-Chefe Manuel Augusto Magina da Silva. Em comunicado, o comandante Distrital da PSP de Coimbra, Rui Filipe Moura, explicou que a designação “Quadrilheiros” se deve ao Rei Dom Fernando I, que criou, em 1383, a primeira organização policial-civil composta por “homens-bons que garantiam o policiamento das povoações, sob ordens dos alcaides”.

De 15 a 18 de Abril, a Junta de Freguesia de Maiorca e o Município da Figueira da Foz comemoraram o Dia Nacional dos Moinhos, com um programa repleto de actividades, no Parque do Lago - Largo da Feira Nova, em Maiorca. A iniciativa, que contou com o apoio das associações da freguesia, teve como objectivo relembrar a importância dos moinhos de vento no concelho, bem como proporcionar aos visitantes quatro dias de contacto com a natureza e beleza do Parque do Lago. Entre as actividades, destacou-se a moagem de milho pelo sistema tradicional, que aconteceu no Moinho de Maiorca, completamente funcional após uma reparação profunda causada pela tempestade “Leslie”. O programa começou no sábado, dia 15 de Abril, com um torneio de

pesca no Lago, moagem de cereais e passeio de barco e canoagem no Lago. Já no domingo, dia 16, houve uma caminhada pela “Rota das Fontes”, com lanche matinal no Lagar de Vinho do Casal Benzedor, e moagem de cereais. No dia 17, teve lugar a Feira dos 17, uma das feiras mais antigas do Concelho da Figueira da Foz, onde os visitantes puderam encontrar uma variedade de produtos agrícolas e comerciais. O Centro Social São Salvador e o Centro Social de Santo Amaro da Boiça organizaram uma visita dos anciãos, com várias actividades para os idosos da freguesia, incluindo uma lembrança e uma foto de grupo. Já no dia 18 de Abril, a Junta disponibilizou insufláveis, uma actividade de diversão para todas as crianças, com entrada gratuita e sem limite de participantes.

FESTIVAL DA RAIA NA FIGUEIRA DA FOZ CELEBRA A GASTRONOMIA LOCAL

O Festival da Raia decorre até 23 de Abril em 12 restaurantes na cidade de Figueira da Foz. A raia é um dos símbolos da gastronomia local e é um prato muito apreciado na região. Os pratos oferecidos incluem raia de pitau, raia enxambrada, caldeirada de raia, raia à lagareiro, raia frita ou panada, entre outros. O evento é organizado pela Associação Figueira com Sabor a Mar, que quer promover a gastronomia

local e melhorar a oferta de recursos humanos e profissionais qualificados na área. O festival gastronómico decorrerá nos restaurantes A Cantarinha, Aldente, A Ver o Mar, Bijou, Caçarola Dois, Caçarola-1, Casa Marquinhas, Restaurante dos Armazéns, Kamone Bar e Petisqueira, Lota Nova, Muralha Chafarica e Pep´s. O preço para experimentar a raia durante o festival é de 14,50 euros por pessoa.

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QUINTA-FEIRA, 20 DE ABRIL 2023

ÚLTIMA 20

PROJECTO LANÇADO EM LOUSADA QUER ESTENDER-SE AO PAÍS “GIGANTES

VERDES”

PARA PRESERVAR ÁRVORES DE GRANDE PORTE

“Gigantes Verdes”. O termo refere-se a árvores de grande porte, com mais de 1,5 metros de perímetro de tronco, e deu origem a um projecto local de conservação da natureza. Teve início, em 2017, pelas mãos de João Gonçalo Soutinho aquando da sua candidatura a uma iniciativa lançada pelo Município da Lousada relacionada com a sustentabilidade e educação ambiental. O jovem revelou a sua intenção de mapear todas as árvores de grande dimensão do concelho e ganhou a bolsa. Desde então, nunca mais parou.

“Oficialmente, o projecto ‘Gigantes Verdes’ iniciou-se

em 2018. Nessa altura, comecei a mapear as árvores e a medi-las, com o intuito de perceber que importância têm para a biodiversidade, quantas existem, quais as espécies e respectivas dimensões. Desta forma, conseguimos saber quanto carbono cada uma delas tem”, explica João Soutinho, em declarações ao “Campeão das Províncias”. Pouco tempo depois, foi convidado pela autarquia para ser um prestador de serviços no que diz respeito à gestão deste tipo de árvores. Um trabalho que foi crescendo e que deu origem a outros projectos, nomeadamente, a Associação Verde.

“Durante este processo, identificámos 7.400 árvores de grande porte em todo o concelho. Neste momento, adicionámos mais 1.000 a

essa contagem. (…) Na pandemia, comecei também a ver que muitas delas tinham desaparecido, sobretudo, por uma necessidade de rendimento dos próprios proprietários que cortavam as árvores para as vender ou para ter lenha para aquecerem as suas casas”, revela João Soutinho. Foi esta observação o ponto de partida para que o jovem procurasse por soluções que permitam salvaguardar os “gigantes verdes”.

O valor de cada árvore

As árvores de grande porte têm a capacidade de albergar um grande número de organismos, motivo pelo qual são tão importantes para o nosso ecossistema. Desta forma, quanto mais antiga é uma árvore,

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS 20 DE ABRIL DE 2023

“Gigantes Verdes” são árvores de grande porte com 1,5 metros de perímetro

maior é a probabilidade de ser usada como habitat por diversos seres vivos. A conclusão é da Associação Verde, que salienta que algumas espécies de árvores podem ser mais ricas do que outras. “Se compararmos um carvalho com 1 metro de diâmetro com outra qualquer árvore das mesma dimensão, vemos que o carvalho tem mais estruturas que permitem acolher os seres vivos. Isto é muito importante para a nossa qualidade de vida”, afirma João Soutinho.

Nesse sentido, a associação alerta para a importância de cuidar dos “gigantes verdes”, usando, para isso, mecanismos diferentes.

“Um deles tem a ver com pagamentos que tentamos fazer aos proprietários destas árvores, provenientes de projectos de compensação de carbono de empresas ou cidadãos. Neste caso, conseguimos uma parceria com os proprietários para que não cortem as suas árvores, sendo-lhes fornecido um pagamento anual que permite compensar o não abate”, sublinha o jovem.

Acrescenta ainda que, por enquanto, estas acções

se mantêm por Lousada devido à contagem de “gigantes verdes” da região. “Enquanto não o conseguirmos fazer noutros sítios é difícil escalar o projecto. Estamos a criar as bases para crescer, mas queremos fazê-lo de forma sustentada e com os parceiros certos”, esclarece.

O que fazer para proteger?

Questionado acerca do trabalho desenvolvido pelas entidades competentes no que diz respeito à conservação das árvores de grande porte, João Soutinho é perentório: “O grande problema é que a maior parte destas árvores estão em território privado, isto é, mais de 90% das nossas florestas nacionais estão em terrenos privados, portanto, as entidades competentes não têm assim tanta capacidade de as salvaguardar”. No entanto, e de uma forma geral, o jovem considera que não são realizadas acções suficientes para demonstrar a importância dos “gigantes verdes”.

“Se ninguém der valor à preservação destas árvores, não vai ser o proprietário que tem os custos que o

vai fazer. Não obstante, há casos de árvores em espaço urbano que desaparecem de um dia para o outro, muitas vezes porque é mais fácil cortá-las do que ter a despesa”, frisa João Soutinho. Lamenta, por isso, que nos esqueçamos que “estão ali décadas ou centenas de anos de uma árvore cujo papel é fundamental para a questão da biodiversidade e do clima”.

De olhos postos no futuro, o biólogo da Associação Verde não tem dúvidas de que “as gerações actuais estão mais atentas” a tudo o que envolve a natureza. Sendo o cuidar do ambiente um papel de toda a sociedade, a Verde oferece a possibilidade de uma subscrição mensal e/ou a opção de um donativo para que cada pessoa possa doar um montante que será directamente utilizado na preservação dos “gigantes verdes”.

“Estamos no bom caminho. Contudo, a velocidade ainda é muito lenta. A direcção está alinhada, mas falta-nos fazer muita coisa para passarmos a ter um impacto menos negativo sob o planeta”, conclui João Soutinho.

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CÁTIA BARBOSA (JORNALISTA DO “CAMPEÃO” NO PORTO)
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Movimento Humanizar a Saúde é apresentado em breve no Seminário Maior de Coimbra

Amedicina está progressivamente a afastar-se da sua forma tradicional, assente na participação e valorização humana, para se basear cada vez mais na tecnologia, argumentou um novo movimento cívico que quer humanizar os cuidados de saúde em Coimbra.

Com apresentação pública agendada para a próxima quinta-feira (27), pelas 15h00, no Seminário Maior de Coimbra, o movimento Humanizar a Saúde alegou que “a humanização dos cuidados de saúde tem sido uma preocupação, desde sempre, mas a sua necessidade é agora sentida como ainda mais urgente”.

Essa urgência decorre da necessidade de uma “relação de confiança a estabelecer com a pessoa doente, através de uma eficaz capacidade de comunicação, de respeito, de empatia e de compaixão”, ou seja, exige-se “um contacto humano que, naturalmente, a tecnologia não pode disponibilizar”.

“A tecnologia é sem dúvida muito útil no diagnóstico e tratamento das patologias, mas não pode relegar para um segundo plano as ligações humanas fundamentais para o estabelecimento de uma boa relação com o doente”, acrescentou o novo movimento.

O grupo integra uma equipa de coordenação “constituída por personalidades de Coimbra prestigiadas na área da humanização em saúde”, onde se incluem o médico João Pedroso de Lima, especialista em Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário (CHUC), o padre Nuno Santos, Reitor do Seminário Maior, a advogada Filomena Girão e a psicóloga Marcela Matos.

Integram ainda a coordenação do movimento Helena Albuquerque, presidente da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM - Coimbra), Teresa Pereira Monteiro, directora de formação da Fundação Bissaya Barreto e Joana Araújo, da Coimbra Colectiva.

O movimento Humanizar a Saúde em Coimbra anunciou já algumas iniciativas, nomeadamente a realização de palestras, seminários e formações, como uma formação dedicada a estudantes de medicina, de enfermagem e de técnicas de saúde e outra dedicada a alunos do ensino secundário.

A divulgação de casos de sucesso em humanização existentes em instituições de saúde da cidade, uma formação de âmbito genérico para promover a valorização do

cuidar e da humanização em cuidados de saúde e a criação de uma Provedoria do Doente, que pretende “actuar através da análise e discussão de situações concretas” são outras das iniciativas previstas.

O novo movimento contará ainda com uma Assembleia de Colaboradores, a constituir por todos os que se revejam nos seus objectivos, desde voluntários individuais, instituições de saúde públicas e privadas, escolas, ordens profissionais ou associações de doentes, entre outros.

“A promoção da humanização dos cuidados de saúde pela sociedade civil será, portanto, também, um verdadeiro exercício de cidadania”, referiu o movimento Humanizar a Saúde em Coimbra.

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QUINTA-FEIRA, 20 DE ABRIL 2023
27 DE ABRIL DE 2023, ÀS 15H SALÃO DE SÃO TOMÁS SEMINÁRIO MAIOR DE COIMBRA Com Paula Moura Pinheiro P. Nuno Santos e João Pedroso de Lima

As Jornadas “Vida saudável depois do cancro”, organizadas pelo Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRC.LPCC) e Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), no âmbito do projecto europeu OACCUs – Outdoor Against Cancer Connects Us, contaram com a presença de quase duas centenas de participantes, numa iniciativa onde se desmistificou a doença evidenciando que é possível ter uma vida saudável após o cancro.

Jovens sobreviventes de cancro e familiares, profissionais de saúde, investigadores, psicólogos, nutricionistas e estudantes, marcaram presença no Auditório do Hospital Pediátrico de Coimbra, no passado sábado (15), local onde decorreram as Jornadas e se realizaram quatro mesas-redondas em alusão aos quatro pilares do projecto, sob as denominações: “Bem-estar psicológico”; “Nutrição e Cancro”; “Dar voz aos sobreviventes e cuidadores”; “Actividade física e cancro”. Além destas, teve, ainda, lugar a realização de dois workshops (um sobre práticas de mindfulness e outro de prática de exercício físico ao ar-livre) e um showcooking de alimentação saudável, além de um momento musical surpresa protagonizado por um sobrevivente de cancro e a sua banda.

Ao longo do dia, o painel de oradores e moderadores multidisciplinar procurou desmistificar as doenças oncológicas, sublinhando que o diagnóstico da doença não é uma “sentença de morte”. Aquando da realização das duas primeiras mesas-redondas - sobre o bem-estar psicológico e sobre a nutrição -, foram tratadas temáticas concernentes aos desafios de adaptação na sobrevivência ao cancro e frisado que a promoção do bem-estar psicológico na doença oncológica ajuda na diminuição do distress. Neste sentido, foram, ainda, revelados alguns dos mitos sobre a alimentação e cancro e sublinhada a alimentação recomendada para o sobrevivente de cancro.

Por sua vez, a terceira mesa-redonda - “Dar voz aos sobreviventes e cuidadores” - contou com o testemunho de quatro jovens sobreviventes de cancro e de dois cuidadores. Neste debate, foi promovida uma reflexão sobre os desafios e necessidades dos sobreviventes de cancro para uma vida saudável e integração na vida social e académica/laboral, análise suportada pelos testemunhos dos jovens que frisaram a importância de “ferramentas” como o desporto, a dança, música e introspecção pessoal, além do apoio de familiares e amigos, factor que se assume como suporte fundamental no processo de superação da doença. Manter as rotinas e “não ter medo de se ser egoísta pensando mais em si próprio” foram outros aspectos enaltecidos pelos intervenientes.

O evento encerrou com uma mesa-redonda dedicada à

temática do exercício físico onde foi abordada a importância de uma actividade física regular na jornada do doente oncológico focando, assim, os seus benefícios.

Já nas considerações finais, o professor Vítor Rodrigues, presidente da Direção do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro, enalteceu a importância de “deixar o doente oncológico fazer a sua vida normal”, dirigindo uma palavra de apoio às associações intervenientes nesta área. “É importante a sinergia entre elas porque ninguém faz nada sozinho. É gratificante lembrar-me dos tempos em que tentávamos que as pessoas morressem da maneira «o menos difícil possível» e agora sabemos que há muito mais para além da Medicina no seu sentido mais restrito. Há, realmente, vida saudável depois do cancro, o que há 40 anos era muito difícil dizer às pessoas”, concluiu.

A Enfermeira Diretora do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Áurea Andrade, sublinhou alguns números relevantes no contexto do cancro infantil. “Em 2020, mais de 15.500 crianças foram diagnosticadas com cancro na Europa e mais de 2.000 jovens morreram desta doença. O cancro infantil continua a ser a primeira causa de morte por doença em crianças com mais de um ano e adolescentes. Um em cada 350 adultos até aos 25 anos é sobrevivente de cancro e é para esse que vale a pena estarmos aqui hoje até porque, felizmente, o número de sobreviventes de cancro continua a aumentar, daí a importância de uma equipa multidisciplinar e respostas adequadas a estes jovens”, enalteceu.

O debate “Dar voz aos sobreviventes e cuidadores” já está disponível na íntegra através do link https://bit. ly/41CLKk4, mesa-redonda que foi moderada pela jornalista Sara Tainha, do projecto editorial “Tenho Cancro. E depois”, da SIC Notícias, que fez, igualmente, a cobertura integral do evento. Os restantes debates, bem como o registo fotográfico das Jornadas “Vida saudável depois do cancro” serão disponibilizados, oportunamente, nas redes sociais do NRC.LPCC e do CH.

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Jornadas desmistificam e evidenciam possibilidade de uma “Vida saudável depois do cancro”

Equipas do Centro no Topo do Campeonato Nacional de 1.ª Divisão de Ginástica Acrobática

Realizou-se, no passado fim-de-semana, o Campeonato Nacional de 1.ª Divisão de Ginástica Acrobática, na Cidade da Maia, com a participação de três clubes da Associação de Ginástica do Centro (AGDCentro), em concreto, a AAC – Associação Académica de Coimbra, o AgCC - AcroGym Clube de Coimbra e o GRVM - Grupo Desportivo Vigor da Mocidade.

Nesta prova o GRVM brilhou, conseguindo três primeiros lugares e, por conseguinte, o título de campeões nacionais, a saber: o par feminino juvenil Sofia Ferreira / Joana Silva; o par feminino sénior Leonor Gaspar / Maria Bairrada e o grupo feminino júnior Maria Duarte / Laura Veloso / Inês Nossa. Alcançou, igualmente, o terceiro lugar através do par feminino júnior Andreia Margalho / Matilde Cruz. Em grupos femininos juvenis, o GRVM conquistou, ainda, o segundo lugar, com as ginastas Maria Amorim / Maria Lança / Maria Correia e o quarto lugar, com as ginastas Mafalda Sá / Lara Fonseca / Lara Faustino.

O AgCC conquistou, no escalão júnior, o segundo lugar, com o par feminino Mariana Antunes / Inês Ataíde e o sexto lugar, no escalão juvenil, pelo par feminino Leonor Marques / Carlota. Ainda no escalão júnior, o clube posicionou-se nos oitavo, nono e décimo quarto lugares com os grupos femininos

Catarina Jacinto / Matilde Vila Nova / M.ª Teresa Rodrigues, Alda Simões / Laura Godinho / Inês Jacinto e Constança Rocha / Madalena Rodrigues / Marta Abrantes, respectivamente.

Nos pares femininos, a AAC alcançou os sétimo e oitavo lugares, no escalão juvenil, com as ginastas Alice Simões / Constança Gomes e Beatriz Fernandes / Marta Rainha, respectivamente, e ainda o sexto lugar, mas agora no escalão júnior, com as ginastas Maria Vilão / Mariana Domingues. Em pares masculinos juniores, os ginastas Nuno Correia / Pedro Neto conquistaram o quinto lugar enquanto que em grupos femininos, no escalão juvenil, as ginastas Matilde Martins / Letícia Ferreira / Bárbara Tenreiro alcançaram o décimo quarto lugar e as ginastas Beatriz Dias / Leonor Simões / Oliviia Kretsul o décimo sexto lugar; as ginastas Maria Machado / Raquel Duarte / Matilde Marques conseguiram o décimo quinto lugar no escalão júnior. No escalão sénior, os grupos femininos constituídos pelas ginastas Ema Lourenço / Beatriz Jerónimo / Luísa Alves e Filipa Pereira / Beatriz Carvalho / Bianca Carvalho obtiveram o sétimo e oitavo lugares, respectivamente.

Na competição por equipas, a AAC conseguiu o título de Vice-Campeões nacionais.

Estes resultados são provisórios, uma vez que ainda não foi publicado o caderno de resultados da prova pela Federação de Ginástica de Portugal.

A AGDCentro expressou, em comunicado, “o seu profundo orgulho por estes resultados, que colocam a nossa Ginástica Acrobática no topo nacional, e com potencial cada vez mais crescente para resultados ainda mais ambiciosos”.

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Gala ACR Seixo Mira - Uma História com Valores

No passado sábado, a Associação Cultural e Recreativa do Seixo Mira celebrou a sua primeira gala que reuniu todas as secções, os atletas, associados e simpatizantes, num jantar de homenagem que contou com a presença de mais de 300 pessoas.

Com 42 anos de história, esta associação nasceu da união de grupos separados já existentes, como o Folclore, o futebol e o grupo de Teatro, que conta hoje com mais de 130 anos de história. Desde então, a associação tem crescido constantemente, dentro de cada uma das secções e com a criação de novas valências, oferecendo um vasto leque de actividades à população de Seixo Mira, nas vertentes cultural, recreativa e desportiva. Nesse sentido, a direcção da associação decidiu que era momento de juntar todos aqueles que contribuíram para o seu crescimento. Assim, numa noite repleta de momentos especiais, as várias secções homenagearam e agradeceram a todos os que fizeram e fazem parte da história da Associação Cultural e Recreativa do Seixo.

Destacou-se a homenagem a todos os presidentes da direcção ao longo destes 42 anos de história, uma homenagem mais do que merecida ao emblemático “Ti Joaquim” pela sua participação, dedicação e envolvimento durante vários anos na vida do Seixo e em particular no Rancho Folclórico do Seixo. Houve também a entrega do prémio “Valência Revelação do Ano” aos atletas do SEIXOBASKET, o mais recente projecto da ACR dinamizado para os mais jovens, oferecendo uma valência em falta na comunidade. Houve ainda o reconhecimento e agradecimento à dedicação e trabalho do treinador da época de Futebol 2022/2023, Arthur Pito, e uma representação teatral de Nelson Cadete, “Zé Pacóvio”.

A noite encerrou com a promessa de que a Associação Cultural e Recreativa do Seixo Mira continuará o seu trabalho na promoção da cultura Gandaresa, das tradições desta “terra” e na dinamização de novas actividades e valências para todas as idades. A gala foi um momento especial de reconhecimento e celebração dos valores que norteiam a associação, que tem sido um pilar na comunidade de Seixo Mira ao longo dos anos.

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INVESTIGADORES DESCOBREM

Um grupo de investigadores do Departamento de Física (DF) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) previu computacionalmente 150 mil novos materiais cristalinos passíveis de serem sintetizados e, posteriormente, estudados para utilização em aplicações tecnológicas.

Esta descoberta resultou do estudo

“Machine-learning-assisted determination of the global zero-temperature phase diagram of materials”, publicado na revista Advanced Materials, que teve como foco a previsão de materiais cristalinos, ou seja, compostos cujos átomos estão organizados num padrão que se repete em todas as direções do espaço, como por exemplo o sal de mesa (cloreto de sódio), o quartzo (dióxido de silício) e o diamante (carbono).

De acordo com Tiago Cerqueira, investigador do Centro de Física da Universidade de Coimbra (CFisUC) e coautor do estudo, «existe uma constante pressão económica e social

para a descoberta de melhores alternativas, uma vez que este tipo de materiais está na base da maioria das tecnologias modernas. Dois exemplos são os painéis solares, para os quais a comunidade científica continua em busca de alternativas ou complementos à atual tecnologia baseada em silício, ou em baterias de estado sólido, que se tornam cada vez mais relevantes com a disseminação dos carros elétricos». Neste estudo, continua o investigador, «para além da previsão dos materiais em si, focamo-nos também na procura de materiais supercondutores e materiais super-duros. De uma forma muito simplificada, um supercondutor é um material que quando arrefecido abaixo de uma certa temperatura, a chamada “temperatura crítica”, perde subitamente toda a resistência elétrica. Estes materiais são de extrema importância para aplicações de imagiologia, como máquinas de ressonância magnética», garante, esclarecendo que «um super-duro é um material

cuja dureza se aproxima, ou supera, a do diamante, e normalmente são usados na indústria para ferramentas de corte, por exemplo».

«Apesar de ser computacionalmente possível estudar, com relativa rapidez, uma grande quantidade de materiais, nesta investigação foi estudado um espaço de mil milhões de materiais. Esta análise apenas foi possível recorrendo a ferramentas modernas de machine learning para acelerar o processo», descreve Pedro Borlido, também investigador do CFisUC e coautor do estudo.

Sobre os resultados, Pedro Borlido realça ainda que estes milhares de materiais descobertos têm uma alta probabilidade de ser sintetizados experimentalmente. Além disso, a equipa da FCTUC encontrou vários materiais com propriedades semelhantes às dos melhores materiais conhecidos, que, futuramente, podem vir a ter uma aplicação tecnológica.

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150 mil novos materiais cristalinos que podem ser usados em aplicações tecnológicas

INVESTIGADORES DESCOBREM

150 mil novos materiais cristalinos que podem ser usados em aplicações tecnológicas

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«Grande parte dos estudos recentes passa pela procura de materiais com propriedades específicas, que é hoje feito essencialmente nos materiais até aqui conhecidos. Ao ampliarmos o espaço de procura, esperamos aumentar também a probabilidade de encontrar novos materiais para as mais diversas aplicações tecnológicas», afirma.

Para o grupo de investigadores da FCTUC, «é importante passar à comunidade a relevância da física do estado sólido para o desenvolvimento tecnológico. Sem estudos das propriedades básicas da matéria, não

nos seria possível perceber como conceber e melhorar sistemas complexos, como por exemplo a microeletrónica, os painéis fotovoltaicos, as baterias e até novos medicamentos», conclui.

Este estudo contou com a participação de Tiago Cerqueira, Pedro Carriço e Pedro Borlido, investigadores do CFisUC, bem como Jonathan Schmidt, Noah Hoffmann, Hai-Chen Wang e Miguel Marques, da Universidade de Halle-Wittenberg, e ainda, Silvana Botti, da Universidade Friedrich-Schiller Jena, ambas na Alemanha.

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Jornadas Técnicas FIMA dedicadas à Robótica e Inovação Industrial arrancam hoje

As Jornadas Técnicas FIMA têm início hoje, dia 20 de Abril, na antiga Cerâmica Arganilense, como parte da 1ª edição da FIMAFeira de Manutenção Industrial, um projecto desenvolvido pelos alunos do Curso Técnico de Manutenção Industrial - Variante Mecatrónica, da Escola Secundária de Arganil, em Portugal. Este evento, dedicado à Robótica e Inovação Industrial, é destinado a profissionais e estudantes das áreas de mecânica, electricidade, automação e robótica.

O compromisso com os visitantes mantém-se este ano, mesmo em formato de Jornadas Técnicas FIMA, com um programa de excelência que inclui demonstrações práticas de máquinas, equipamentos e softwares. Entre as actividades previstas para os dois dias do evento, destacam-se as demonstrações de robótica colaborativa da Universal Robots / Growskills, layouts para sistemas robóticos, soldadura robotizada da Xbot, soluções de visão artificial e análise de imagem da INFAIMON, óculos de

realidade aumentada e simuladores da Força Aérea Portuguesa, desenvolvimento de sistemas automáticos, centros de maquinação CNC e apresentação da nova geração de ferramentas da BOSCH.

Hoje, Miguel Oliveira, Sales Development Manager da Portugal Universal Robots, irá apresentar as vantagens e os processos de implementação da robótica colaborativa, enquanto Rúben Almeida, director de Desenvolvimento da Growskills, irá apresentar os produtos, funcionalidades e software dos robôs colaborativos da Universal Robots. Durante a tarde, Damien Ehry, Business Development Manager Robotics da EWELLIX, irá divulgar as soluções de movimentação da empresa. Neste dia, também será possível assistir a demonstrações de soldadura robotizada, com a intervenção de Tiago André, técnico de Integração Robótica da Xbot, e de soluções de visão artificial e análise de imagem, com a presença de Rodrigo Silva, da INFAIMON.

Amanhã, dia dedicado à inovação industrial, destacam-se a presença da Força Aérea Portuguesa, representada pela arganilense Major Maria Batista, e as apresentações da SEW EURODRIVE PORTUGAL, com soluções e exemplos de retrofits em máquinas, a MATER, com intervenção sobre selecção de máquinas/equipamentos CNC, implementação na produção e pós-venda, e a GSFAN-Indústria, com a divulgação do seu sistema de gestão de água. A AFUCHS Lubrificantes Portugal também marcará presença, com a apresentação de projectos de boas práticas ambientais implementados em Portugal e no mundo, sob o tema “FUCHS Moving your World – Movendo o Mundo de uma forma mais Sustentável”, destacando a importância da união entre inovação industrial e ambiente.

As Jornadas Técnicas FIMA encerrarão com a apresentação de projectos do ensino profissional dos alunos da Escola Secundária de Arganil e um painel sobre a “Valorização do Ensino Profissional

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ACâmara da Figueira da Foz aguarda pela publicação de um diploma governamental para pagar o trabalho extraordinário dos Bombeiros Sapadores, que decidiram avançar com uma greve em Maio.

“O Governo tem quase pronto, pelo que me disseram os governantes do sector, o diploma que vai resolver essa lamentável situação”, disse o presidente da autarquia, Pedro Santana Lopes. Desde Janeiro deste ano que o município da Figueira da Foz não paga o trabalho extraordinário, com base num parecer da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), o que se traduz numa diminuição de 250 euros mensais, em média, na remuneração de cada sapador.

Esta quarta-feira, em plenário, os bombeiros sapadores decidiram avançar com um dia de greve em Maio, que ainda não está definido, para contestar a falta de pagamento do trabalho extraordinário.

“Pela primeira vez na história do nosso sindicato, vamos fazer uma greve para trabalharmos só as 35 horas por semana que decorrem da lei, como qualquer trabalhador, e as restantes que tivermos de trabalhar que sejam remuneradas”, adiantou o presidente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP).

“Todos os meses os bombeiros trabalham mais horas do que um funcionário público normal e não são ressarcidos de qualquer valor desse trabalho, numa média de 250 euros mensais a menos”, denunciou Sérgio Carvalho.

O dirigente sindical salientou que os bombeiros sapadores trabalham em quatro turnos, que dá uma média de trabalho semanal de 42 horas, existindo semanas em que fazem 48 horas ou mesmo 60 horas.

A Câmara Municipal pagava, “desde 2002”, este horário extra “porque não tinha bombeiros ou então todos os dias tinha de recorrer a bombeiros em horário extraordinário, para complementar a falta de efectivos, que são apenas 29” elementos.

“Nestes quatro meses, a Câmara não dialogou e não teve uma única disponibilidade para reunirmos e desde Janeiro que coloca uma escala de serviço aos bombeiros para trabalharem 48/60 horas por semana, sabendo que não pode pagar o horário extraordinário e não lhes paga depois o excesso de horário de trabalho, evocando que é uma disponibilidade de trabalho”, sublinhou.

De acordo com Sérgio Carvalho, vai ficar em causa a segurança à superespecial do Rali de Portugal agendada para 12 de Maio na Figueira da Foz, porque não há bombeiros disponíveis para fazer prevenção à prova - “a Câmara se quiser vai ter de recorrer bombeiros de folga, sabendo que não lhes vai pagar”.

O presidente do sindicato alertou ainda para uma situação social muito grave, em que os bombeiros “estão com muitas dificuldades em pagar as suas compras, porque têm uma redução no seu ordenado em mais de 250 euros.

Noutras câmaras onde surgiram dúvidas legais, o presidente do SNBP disse que foram realizadas reuniões e efectuada uma alteração ao horário de trabalho para existir enquadramento legal para pagar o trabalho extraordinário, como aconteceu em Coimbra.

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Figueira da Foz aguarda diploma do Governo para pagar trabalho extraordinário dos sapadores
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