Delas. O design produzido por elas.

DELAS

O design produzido por elas.

APRESENTAÇÃO

“Delas” convida a uma reflexão sobre a sociedade perante o ser feminino, afinal mesmo que estamos caminhando para a igualdade entre os gêneros, os passos

estão cada vez mais lentos (e, algumas vezes, de marcha ré). Os dados são claros e são expostos nesta obra de forma didática.

Antes de mais nada, um trecho de Marcia Tiburi que justifica, baseia esta obra e defende a necessidade do feminismo (a luta pela igualdade entre os gêneros) para todas, todes e todos:

Todas porque quem leva essa luta adiante são as mulheres. Todes porque o feminismo liberou as pessoas de se identificarem somente como mulheres ou homens e abriu espaço para outras expressões de gênero – e de sexualidade – e isso veio interferir no todo da vida. Todos porque luta por certa ideia de humanidade (que não é um humanismo, pois o humanismo também pode ser um operador ideológico que privilegia o homem em detrimento das mulheres, dos outros gêneros e, até mesmo, das outras espécies) e, por isso mesmo, considera que aquelas pessoas definidas como homens também devem ser incluídas em um processo realmente democrático, coisa que o mundo machista – que conferiu aos homens privilégios, mas os abandonou a uma profunda miséria espiritual – nunca pretendeu realmente levar à realização. (TIBURI, 2018, p. 11-12).

No mercado do design, a luta não é diferente, por isso, da união entre o desejo

por conhecimento e a vontade de representar as mulheres que lutam por espaço e reconhecimento na área, nasceu este projeto. Um presente para todos nós que temos sede por um futuro igualitário.

90 98

Indaiá Militão

42 Elaine Ramos

Cyla Costa

Claudia Moreira salles

30 36

Joana Lira

82

Flávia Castanheira

58 68 76

Fernanda Schmidt

Beatriz Feitler

24

Fernanda Saboia

Baba Vacaro

Ana Couto

08 18

Fabiana Falcão

Etel Carmona

Contexto Feminista

SUMÁRIO 50

108

Ficha de Catálogo

Bibliografia

Crédito de Imagens

Agradecimentos

Vanessa Queiroz

Valquíria Rabelo

Tatiana Frambach

Renina Katz

Paula Dib

Mariana Hardy

Lina Bo Bardi

Lia Siqueira

118 124 132 138 146 152

158 166 180 182 184 196

Apresentamos números alarmantes sobre como a sociedade

e o mercado do design se relacionam com o ser feminino.

Vamos perceber que as mulheres, mesmo sendo maioria em número ao redor do mundo, a maioria entre os estudantes,

graduados e trabalhadores, ainda são minoria quando a questão é o reconhecimento de seus esforços.

COUTO

20 | 21 - Ana Couto

ANA COUTO

Trabalhamos com a missão de fazer com que as empresas entendam que a sua marca tem de ter um papel positivo no mundo. Não dá mais para ficar em cima do muro, fingir que ela não impacta uma cadeia de consumo. O papel social da marca é muito forte.

- Ana Couto

Designer formada pela PUC-Rio, concluiu o mestrado em Visual

Communication no Pratt Institute,

em Nova York, com outstanding merit.

Tem especialização em Branding

na Kellogg School of Management

em 2008 e, em 2015, formou-se no curso OPM (Owner/President Management Program), na Harvard University.

Fundou a agência Ana Couto

em 1993, com a proposta de trabalhar o Design como ferramenta para

construir marcas fortes. Desde então, a oferta da agência se expandiu

e, agora, oferece serviços integrados que abrangem desde Estratégia

de Marca até Propaganda. A agência atua no desafio de negócio de seus clientes alinhando sua visão

de integrar marca e negócio com

a construção de valor efetivo para seus projetos. O time é formado por mais

de 80 profissionais multidisciplinares com diferentes backgrounds.

Moderna e antenada como um sapato da Arezzo. Tão ousada e fashionista quanto uma sandália de salto da Schutz.

Colorida e leve como uma sapatilha Anacapri. Exclusiva e premium como um sapato Alexandre Birman. Foi assim que nasceu a nova marca e o nome da holding Arezzo&Co.

A nova marca e seu universo visual mantêm as cores azul e vermelho como suas principais referências, com maior destaque ao símbolo da cruz (soma), para destacar o fornecimento de medicamentos e produtos para a saúde.

É referência em branding no Brasil

e constrói, há mais de 25 anos, valor de marca para clientes como BASF, 22 | 23 - Ana Couto

Beach Park, Buscapé Company, Caixa

Seguradora, Youse, Itaú Unibanco, P&G, Rio Galeão, Rosa Chá, Vinci Partners, Teleperformance, entre outros.

Para agregar valor aos serviços de pagamento digitais, a Redecard precisou rever mais do que sua estratégia de marca. Ela olhou pra dentro, reviu sua estratégia de negócios e se reinventou, com novos produtos e serviços, para cumprir sua promessa de marca e desenvolver o comércio, a economia e o Brasil. Tirou o ‘card’ para virar Rede, uma marca conectada, que aproxima negócios e pessoas para mover o consumo. Foi um projeto de mais de um ano, onde toda jornada da marca foi estudada para garantir o sucesso da estratégia da marca.

Autora de publicações internacionais e livros

Também é jurada em diversas premiações

é refletido em prêmios como Wave Festival (2011);

de Cannes, D&AD Awards e ADC Annual Awards.

especializados, seu reconhecimento também

IDEA Brasil (2011, 2013 e 2014); Profissional do Ano de Comunicação – Design, pela Associação

Brasileira de Propaganda (2013), entre outros.

internacionais como Festival de Publicidade

Em 2015, lançou a LAJE, plataforma de inovação com o objetivo de criar um novo mindset de negócios no Brasil.

VACARO

BABA VACARO

26 | 27 - Baba Vacaro

Gosto de ficar perto do torno vendo como os materiais se transformam e as peças se viabilizam.

- Baba Vacaro

Baba Vacaro nasceu em São Paulo e formou-se em design de produto pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em 1986. O encanto de ver o papel liso ganhar múltiplas formas na fábrica de papelão de seu pai despertou nela a vontade de seguir a profissão. Da admiração pela obra do designer italiano Vico Magistretti (1920-2006), um dos mais importantes do século 20, veio a certeza de que estava no caminho certo.

Em seu escritório próprio, a designer e curadora desenvolve projetos de produtos, pesquisa tendências, presta consultoria e atua na gestão estratégica de design. Nessa posição, a partir da compreensão das necessidades e do posicionamento mercadológico de cada cliente, cria um amplo programa de design, que compreende não só a concepção de novos produtos assinados por ela, mas também

a ampliação do portfólio das marcas a partir de peças pensadas por designers convidados. “Minha função é transformar as ideias em algo que funcione para todos os envolvidos no processo: quem fabrica, quem comercializa, quem compra.

As pessoas não querem apenas uma cadeira para sentar. Os objetos devem proporcionar bem-estar, serem práticos e emocionar”, diz. Além de direcionar e acompanhar de perto o

O banco Ribs evidencia o uso racional de recursos e processos e a simplicidade construtiva: apenas três peças, utilizadas em repetição, garantem a forma e o travamento do móvel.

desenvolvimento de cada produto, seu trabalho envolve ainda a definição da melhor estratégia de lançamento e divulgação.

Entre 1999 e 2013, Baba Vacaro foi responsável pela direção de arte da Dominici, marca histórica no mercado de iluminação brasileiro.

Nesse período, atuou tanto no desenvolvimento de peças nacionais quanto na seleção de produtos internacionais e na reedição

de clássicos da marca – trabalho, aliás, no qual é pioneira no Brasil.

Entre 2007 e 2011, esteve à frente do departamento de criação da St. James, empresa do segmento de objetos de mesa e presentes em prata. Trabalhou também como curadora da Avanti, empresa carioca do segmento têxtil.Desde 2004, é diretora de criação da Dpot.

No âmbito de sua atuação, Baba Vacaro tem feito um importante trabalho de pesquisa, resgate, valorização e reedição

Esta criação de Baba Vacaro nasceu inspirada na flor de mandacaru. É composta de um rolo central, no qual são fixadas seis almofadaspétalas, permitindo três posições diferentes de sentar.

de peças históricas, criadas por designers de fundamental importância no mercado brasileiro e internacional. Edições ou reedições de móveis projetados por Geraldo de Barros, John Graz e Fulvio Nanni, entre muitos outros, são exemplos bem-sucedidos deste trabalho.

Teve diversos produtos selecionados para prêmios e exposições, no Brasil e no exterior, como o “Brasil Faz Design”, em São Paulo e Milão; a exposição “Design Brasileiro Hoje - Fronteiras”, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), com curadoria de Adélia Borges; além da Bienal Brasileira de Design, do Prêmio Design do Museu da Casa Brasileira e do IF Design, na Alemanha.

Palestrante frequente em eventos e seminários sobre design brasileiro e articulista convidada de revistas especializadas, Baba Vacaro levou sua veia de comunicadora para o rádio: em 2010, produziu e apresentou o “Eldorado Design”, na rádio Eldorado, onde atualmente produz e apresenta o programa “Navega”; em 2012, idealizou a rádio Dpot, projeto que coordena até hoje, no qual também produz e apresenta o programa “Arquivo D”. Junto com o diretor Alberto Renault, idealizou o programa “Casa Brasileira”, série documental sobre o jeito brasileiro de morar na visão dos mais importantes arquitetos e designers do país, exibida com grande sucesso pelo canal GNT desde 2010.

28 | 29 - Baba Vacaro

Criado pela designer Baba Vacaro em 2004, este sofá tem sistema componível a partir de bases em madeira, sobre as quais são assentados sacos pespontados em tecido de algodão parafinado. O resultado pode ser tanto uma poltrona quanto um pufe ou um recamier.

FEITLER

BEATRIZ FEITLER

32 | 33 - Beatriz Feitler

Eu não apenas sento-me a ir a festas, ou empurro meu nome beijando pessoas durante o almoço no La Grenouille. Isso ajudaria, mas eu não tenho tempo.

O que me vende é o meu trabalho.

- Beatriz Feitler

Designer gráfica e professora.

Aos 18 anos, muda-se para Nova Iorque.

Gradua-se na New York School of Design (atual Parsons School of Design), em design gráfico. Retorna ao Brasil em 1959 e, contratada pelo artista plástico e designer gráfico Carlos Scliar (1920-2001), passa a integrar a equipe de arte da revista Senhor. Conhece o cartunista Jaguar (1932) e o artista plástico e ilustrador Glauco Rodrigues (1929-2004). Juntos, formam o Estúdio G, empreitada que dura pouco.

Realiza projetos avulsos para Editora do Autor, entre os quais se destacam a coleção Antologia Poética e a capa do livro “O Homem Nu” , de Fernando Sabino (1923-2004). Projeta a identidade visual da Galeria Bonino e produz

É dela, com fotografia de Annie Leibovitz, a antológica capa de janeiro de 1981, em que John Lennon aparece nu abraçado a Yoko Ono: foto, logotipo e silêncio que representaram o luto de uma geração pós-assassinato do ídolo.

Outro importante trabalho foi o projeto visual para o livro ‘The Beatles’ de Geoffrey Stokes, 1980. Bea ajustou perfeitamente o desenho de Andy Warhol com as imagens de Paul e John, em fotos da época da Beatlemania.

material de divulgação de peças de teatro da dramaturga Maria Clara Machado (1921-2001). Em 1961, retorna a Nova Iorque e é convidada por Marvin Israel (1924-1984), seu antigo professor e editor de arte da revista Harper’s Bazaar, para ser sua assistente na publicação, ao lado da designer estadunidense Ruth Ansel (1938). Após a saída de Marvin Israel em 1963, as duas assumem a direção de arte da publicação. Feitler desenvolve produtiva parceria

com vários fotógrafos, como os estadunidenses Richard Avedon (1923-2004), Hiro (1930), Duane Michals (1932) e Diane Arbus (1923-1971) e o brasileiro Otto Stupakoff (19352009).Estabelece longa parceria com Avedon, que se estende para além dos domínios da revista.

34 | 35 - Beatriz Feitler

Juntos realizam uma série de quatro cartazes com o retrato dos Beatles e o projeto gráfico do livro Diary of a Century, que documenta a produção do fotógrafo francês Jacques-Henri Lartigue (1894-1986).

No início da década de 1970, Feitler desenha o projeto gráfico da revista Setenta, uma publicação da editora Abril.

Deixa a direção de arte da Harper’s Bazaar em 1972 para assumir o mesmo posto na recém-criada revista feminista Ms. Nesse período, projeta cartazes da companhia de dança nova-iorquina Alvin Ailey American Dance Theater, para a qual também desenha o figurino do espetáculo Hidden Rites, apresentado em 1973.

Entre os anos de 1974 e 1980, leciona design editorial na School of Visual Arts, em Nova Iorque. Em 1976, sai da revista Ms. e abre estúdio próprio, onde passa a atender diversos clientes editoriais e produzir campanhas publicitárias de moda. Contribui como consultora e depois como diretora de design da revista estadunidense Rolling Stone, quando inicia estreita colaboração com a fotógrafa Annie Leibovitz.

(left) Ms. Magazine, November 1973. Art Director: Bea Feitler; Illustration by Marie Severin. (right) Cover of Ms. Magazine, January 1974. Art Director: Bea Feitler; Photograph by Annie Leibovitz.

Copyright © 1974. Courtesy of Ms. magazine.

Em 1977, ganha medalha do Art Director’s Club por cartaz para a Calvin Klein. Em 1978, é contratada como consultora pela editora Condé Nast, e realiza projeto gráfico para a revista Self. Em 1982, trabalha no relançamento da revista Vanity Fair.

Morre nesse ano, vítima de câncer.

Em 1982, seu último ano de vida, trabalhou no relançamento da revista Vanity Fair. Em 1989, foi condecorada pelo American Institute of Graphic Arts (Aiga) e, em 1991, foi alçada ao Hall of Fame do Art Director’s Club.

MOREIRA

38 | 39 - Claudia Moreira Salles

CLAUDIA MOREIRA SALLES

Busco muito a leveza, um princípio que vem da arquitetura.

Prezo também pela transparência: os espaços vazios, as elipses, as bases e o que se pode ver através das peças.

- Claudia Moreira Salles

Claudia Moreira Salles é designer formada em 1978 pela Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro. Depois de trabalhar no Instituto de Desenho Industrial do Museu de Arte Moderna do Rio num projeto de mobiliário para escolas públicas, muda-se para São Paulo onde integra a equipe de designers da Escriba, indústria de móveis. Simultaneamente dedica-se a projetos mais autorais e toma contato com a mão de obra artesanal especialmente ligada à madeira. As primeiras peças criadas foram comercializadas pela Nanni Movelaria, pioneira nos anos 1980 em divulgar trabalhos de designers independentes. Mais tarde, conhece Etel Carmona que acabara de criar uma fábrica dedicada a recuperar as técnicas tradicionais da marcenaria e para quem passa a desenhar móveis com a linguagem simples e racional do

móvel de série, mas explorando a riqueza das madeiras nativas e as formas de trabalhá-las. Com o tempo estende sua colaboração com outras marcas como Casa 21, Firma Casa, Dpot e diversifica fazendo objetos e luminárias para St. James, Bertolucci e Lumini. Claudia passa a explorar outros materiais para contracenar com a madeira como concreto moldado, pedras, cobre e nióbio. Recentemente fez para

Um tambor japonês de bronze foi a inspiração para esta linha – composta por mesa lateral e apoio de pés. O corpo e a alça são executados em madeira.

a Butzke, indústria de móveis do sul do Brasil, um sofá para ser produzido em série e comercializado pela Tok Stok. Fora do Brasil Claudia é representada pela Espasso com sede em Nova Iorque que além de vender suas peças feitas no Brasil produz nos Estados Unidos móveis criados especialmente para a galeria.

Em 1988 Claudia se associou à arquiteta Liliana Saporiti e criaram a Tandem Design que desenvolve projetos

de interiores residenciais e corporativos.Claudia participou de várias exposições coletivas como: Cadeiras Brasileiras,

Museu da Casa Brasileira em São Paulo (1994); Uma história

do sentar, Museu Oscar Niemeyer em Curitiba (2002); Design Brasileiro Hoje: Fronteiras, MAM em São Paulo (2009); Puras Misturas, exposição inaugural do Pavilhão das Culturas Brasileiras em São Paulo (2010); todas com curadoria

de Adélia Borges; Imaginários, Dpot,

MuBE em São Paulo (2010); Bordando

Design, Galeria Vermelho em São Paulo

40 | 41- Claudia Moreira Salles

(2011); From the margin to the edge, Somerset House em Londres (2012); Bienal Brasileira de Design, Palácio

das Artes em Belo Horizonte (2012); e individuais: Tradição e transição,

Casa França Brasil no Rio de Janeiro (1998); Museu da Casa Brasileira em São Paulo;

A Mesa Central Cubo Libre teve sua inspiração nos muros vazados, da arquitetura de Ricardo Legorreta, nos quais as faces externas são pintadas de uma cor e as internas em outras.

Paço Imperial no Rio de

Janeiro (2006);

Paralelogramos, Galeria Baró

em São Paulo

(2011); Convívios, Firma Casa em

São Paulo (2012); Galeria Espasso

em Nova Iorque

(2013); Sintonia Fina na Galeria Luciana Caravello no Rio

de Janeiro (2016).

COSTA

CYLA COSTA

44 | 45 - Cyla Costa

Pra mim, é o melhor de dois mundos: ilustração + desenho de letras, e é nessa interseção que tenho meu trabalho.

- Cyla Costa

Designer gráfica de formação, pela UFPR em Curitiba, onde mora e trabalha em seu estúdio próprio.

Depois de formada, foi atrás de outras formas de expressão que a possibilitassem de fazer trabalhos mais soltos e manuais, foi buscar a ilustração, que estudou em um master em Barcelona, em 2007.

Durante esse período espanhol, começou a ter grande interesse na área de tipografia e desenho de letras, e então entrou em contato com o lettering.

No final de 2014, coloquei esse projeto em prática: eu assisto cada filme que Woody Allen dirigiu (em ordem cronológica) e faço um poster em lettering com o conceito do filme. Como é pessoal e não tenho nenhuma amarra, eu tenho grande prazer em explorar técnicas e linguagens bem diferentes entre si.

- Cyla Costa

QUAIS FERRAMENTAS VOCÊ UTILIZA PARA SE EXPRESSAR? As ferramentas não me importam muito, desde que a expressão possa ser feita de forma bem pessoal.

Gosto de varias técnicas e ferramentas, pra não ficar muito limitada. Em geral, meu instumento de trabalho favorito é o lápis. Lápis e papel, bem simples. Tudo pode surgir dessa base. Gosto muito também de trabalhar com tinta, guache, aquarela, acrílica, nanquim, giz, caneta Posca.

46 | 47 - Cyla Costa

Adoro explorar formas e contrastes com ferramentas caligráficas como diferentes penas, parallel pens e brush pens. Às vezes gosto de desenhar em tecido, normalmente de jeito mais solto, sem muita preocupação com a estética ou perfeccionismo. Ultimamente tenho me divertido com letterings no Ipad Pro usando o Procreate.

A JWT São Paulo me contactou para desenvolver uma série de 60 letterings para a campanha da Leão Fuze “O que você acha?”.

Os letterings foram aplicados em copos coloridos e diversas peças de publicidade pelas principais cidades do Brasil. Como a quantidade de letterings era enorme, convidei meus queridos amigos Cristina Pagnoncelli e Jackson Alves para participarem do projeto comigo.

Sou Maria mas nĂŁo vou com as Outras A campanha teve 6 personagens chamadas Marias, com personalidades e estilos diferentes, que fizeram parte da campanha de TV, veiculada no Telecine e canal Sony.

Eles me convidaram para encarnar a versĂŁo digital da Maria, uma artista visual que nunca mostra sua cara, pois ela representa a Maria que existe dentro de cada menina.

48 | 49 - Cyla Costa

QUAL SUA MAIOR MOTIVAÇÃO PARA CRIAR? O QUE TE INSPIRA? Olha, depende muito do meu rolê do momento, mas acho que a inspiração de tudo (por mais boba que possa parecer esse resposta haha) vem do amor. Seja das formas mais óbvias como pessoas que se ama e pessoas que inspiram, como também amor por filmes, livros, pela cidade, montanha, cachoeira. Meditar também é puro ouro. Acho que a motivação pra tudo na vida vem daí, inclusive pra trabalho.

O Criatipos foi convidado para trabalhar no festival Lollapalooza 2014 em São Paulo. Fizemos a marca da cerveja especial que a Skol desenvolveu para o festival - Skol Stage, dois painéis de lettering em giz (um deles ao vivo) e a baita ação de caligrafia “Music on Paper” com nossos queridíssimos convidados Cláudio Gil, Diogo Delog, Guilherme Menga, Lygia Pires e Thiago Bellotti.

Falando de forma mais específica, uma motivação profissional grande é sempre explorar coisas novas e me desenvolver cada vez mais como artista visual. O ritmo varia de ano pra ano, mas me motiva e inspira muito sentir que estou sempre em movimento.

RAMOS

52 | 53- Elaine Ramos

ELAINE RAMOS

Livros têm potencial inesgotável para serem trabalhados com design, porém isto é pouco utilizado.

Trata-se de um suporte para dialogar com o conteúdo literário. Cada mídia tem suas particularidades e características.

- Elaine Ramos

Elaine Ramos é designer atuante

na área cultural e sócia da editora paulistana Ubu, fundada em

2016. Formada pela Faculdade

de Arquitetura e Urbanismo da

Universidade de São Paulo (Fau-Usp), Elaine foi diretora de arte da editora

Cosac Naify por 11 anos (de 2004 a 2015), onde projetou centenas de livros.

Alguns desses projetos receberam

prêmios como o Aloisio Magalhães

(Fundação Biblioteca Nacional), Jabuti

(Câmara Brasileira do Livro), Max Feffer de Design Gráfico (Cia Suzano de Papel e Celulose),

American Institute of Graphic Arts (Aiga) e Art Directors Club Annual Awards (ADC),

e participaram

de exposições no Brasil e no exterior.

Além do design dos livros, Elaine

coordenou a edição de títulos sobre

design e, entre 2008 e 2011, dedicou-se, com Chico Homem de Melo, a uma

pesquisa sobre o design brasileiro que

resultou na publicação Linha do tempo do design gráfico no Brasil, um volume

Este livro é o resultado de um pesquisa desenvolvida ao longo de três anos, juntamente com Chico Homem de Melo. O objetivo foi compor, por meio de mais de 1600 obras, um panorama da produção gráfica brasileira de 1808 a 2000.

que reúne mais de 1600 imagens e traça um panorama inédito

da produção nacional. Esta publicação recebeu o Prêmio do Museu da Casa Brasileira de trabalhos publicados

e o Jabuti de melhor Projeto gráfico

em 2012. Em 2013, tornou-se membro

da Alliance Graphique Internationale (AGI). Em 2014 fez, com Celso Longo e Daniel Trench a curadoria

da exposição Cidade Gráfica,

54 | 55 - Elaine Ramos

no Itaú Cultural, em São Paulo.

Odires Mlászho foi o artista escollhido para ilustrar esse clássico da literatura universal.

Ele desenvolveu colagens a partir de recortes de livros com reproduções de paisagens e esculturas.

Um único miolo, com o texto impresso em dourado, serve para as duas edições. Uma delas tem uma sobrecapa dobrada e pranchas com as obras de Odires coladas. A outra edição, mais acessível, tem apenas as guardas e a capa ilustradas.

Atividades didáticas

Além de diversas palestras e workshops em instituições como Fau-Usp, Faap, Sesc e ESPM, em 2010 lecionou no

curso de Design Editorial da pós-graduação lato sensu do Senac. Em 2012 integrou grupo que ministrou o workshop

que desenvolveu a identidade da 30a. Bienal Internacional de São Paulo. Em 2013 coordenou a 22a. edição concurso

de cartazes do Prêmio Design do Museu da Casa Brasileira e, em 2014, participou do júri D&AD – Global Association for Creative Advertising & Design Awards em Londres.

Palestras internacionais

-What Design Can Do, Faap, São Paulo, 2017

- 4º Foro Comaprod, Universidad Autónoma Metropolitana, Cuajimalpa, Cidade do México, 2015

- Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, 2014 - AGI Open, Auditório Ibirapuera, São Paulo, 2014 - AGI Congress, Barbican Center, Londres, 2013

Participações em exposições - Como se pronuncia Design

- II e IV Bienais Iberoamericanas de Diseño, Matadero,

e da Moda, Lisboa, 2017.

- Connexions>Conexões, Sesc Pompeia, São Paulo, 2009.

Porto Seguro, São Paulo, 2017.

Moderna de São Paulo, 2009.

Cité Internationale des Arts, Paris, 2015.

Nova York, 2008.

Gráfico da ADG, 2006 a 2017.

Berlim, 2006.

Brasileira – Faap, São Paulo, 2013.

São Paulo, 2006.

em português. Museu do Design

Madri, 2010 e 2014.

- Manifesto gráfico. Espaço Cultural

- Design Brasileiro Hoje: Fronteiras, Museu de Arte

- We Love Books – Fête du Graphisme,

- 365: AIGA Annual Design Exhibition 29, Aiga Gallery,

- 8a. a 12a. Bienais Brasileiras de Design

- Brazil Design: the Intimacy of Extremes, Designmai,

- Connecting Concepts, Museu de Arte

- Bienal Brasileira de Design, Oca, Parque do Ibrirapuera,

Principais referências em publicações

- Entre ser um ser mil – o objeto livro e suas poéticas.

- We Love Books. Paris: Éditions

- Design Brasileiro Hoje: Fronteiras. Adélia Borges (org.).

- D&AD14, Britannia House, Londres, 2014.

- Étapes n. 219, Paris, 2014.

- Brazil: A Celebration Of Contemporary Brazilian Culture, Phaidon, Londres, 2014.

Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2009.

- 365 Aiga Year in Design, n. 29. Chronicle Books, São Francisco, 2008.

- Latin American Graphic Design, Taschen, Colônia, 2008.

- Experimenta n. 59, Madri, 2007.

56 | 57 - Elaine Ramos

du Limonaire, 2015.

Edith Derdyk (org.). Senac, São Paulo, 2013.

CARMONA

60 | 61- Etel Carmona

ETEL CARMONA

Arte é intrínseco na minha vida desde que eu nasci, sempre me interessei, estudei. Design eu comecei na década de 1980, mais especificamente em 1983 com o designer Fúlvio Nanni.

- Etel Carmona

Designer autodidata, começou sua trajetória profissional na década

de 1980 restaurando peças de época em seu sítio no interior de São Paulo.

Descobria, por trás da pintura

e do verniz, madeiras maravilhosas

e peças com uma construção ímpar.

Apaixonou-se. Desde então adotou como filosofia a madeira brasileira

como jóia, que merece ser valorizada e preservada.

A designer resgatou as técnicas

clássicas da marcenaria tradicional

para assim deixar à vista a beleza dos encaixes, dos malhetes.

Para Etel Carmona, a fabricação de

peças sólidas, de construção rigorosa desperta nas pessoas um sentimento de memória, às raízes do autêntico mobiliário brasileiro e garantem a formação de uma dialética

com desenho de nosso tempo.

O formato dos pés da mesa lembra o instrumento utilizado pelos marceneiros na mágica fábrica da ETEL. Sobre o tampo, há gavetas e nichos, que são facilmente escondidos por uma porta vertical.

Em 1985 fundou a ETEL, empresa

destinada à fabricação de mobiliário assinado por renomados designers

e artistas, sendo a empresa brasileira responsável pela maior fração de reedições certificadas dos

62 | 63 - Etel Carmona

mobiliários dos grandes mestres

Luz, câmera, ação! A Poltrona Diretor foi inspirada nos bastidores do cinema.

modernistas brasileiros, contribuindo para a preservação e valorização

deste legado. Desde 1999, Etel está

envolvida em projetos sustentáveis com madeira de manejo florestal

na Região Amazônica e também com a capacitação profissional dos povos da floresta.

64 | 65 - Etel Carmona

A LuminĂĄria Poste conta com dois pontos de luz e uma base que permite concentrar seu foco em um objeto especial.

Contemporânea e essencial.

Dona de uma ergonomia perfeita, a Cadeira AL foi desenvolvida pela designer Etel Carmona. Sua base pode ser feita em diferentes madeiras e cores da paleta ETEL.

Em 2001

a ETEL foi uma das primeiras empresas

moveleiras do Brasil

a conquistar

a certificação

66 | 67 - Etel Carmona

do Forest Stewardship Council (FSC).

Em 2002 fundou a Aver Amazônia, instalada na cidade de Xapuri,

no estado do Acre, onde confecciona os acessórios da Coleção.

Os módulos rotativos e individuais da Biblioteca Rama são os destaques da peça.

O acabamento ripado dá à Biblioteca beleza única.

Suas curvas arredondadas e sofisticadas lembram, de certa forma, o mobiliário inglês. Foi a partir dessa inspiração que Etel Carmona escolheu o seu nome.

FALCÃO

FABIANA FALCÃO

Especialista em design gráfico, desenvolve linguagens visuais, campanhas integradas, forte pensamento conceitual e webdesign responsivo.

Designer Gráfico e Criativa, com 10

anos trabalhando com Design Gráfico e Direção de Arte nas principais

agências de publicidade do Brasil.

Co-fundadora e responsável por todo conceito, comunicação visual, web

design e curadoria da loja de design de interiores Collector 55

(www.collecto55.com.br).

Especialista em design gráfico, desenvolve linguagens visuais,

campanhas integradas, sólida

70 | 71 - Fabiana Falcão

experiência em pensamento

conceitual e web design responsivo.

Relatório anual para a ONG afroreggae. ilustração: Lucas Camargo (Flash).

Agência: f / nazca saatchi & saatchi

72 | 73 - Fabiana Falcão

Projeto gráfico e direção de arte para lançar a primeira linha de vestuário de Havaianas.

Peças: catálogo especial, catálogo simples e look book.

Agência: Almap BBDO

Experiência com algumas marcas como:

Havaianas (Empresa Alpagartas), Volkswagen, Pedigree,

L’Oreal, Coca-Cola, Revista Piauí, Museu Pinacoteca, Claro, AMBEV, Electrolux, Honda e outros.

Conhecimento:

• Design gráfico avançado • Direção de arte 74 | 75 - Fabiana Falcão

• Branding e Identidade • Design de interiores

• Construção de marca • Tipografia

• Desenvolvimento de conceito

• Pensamento Criativo Integrado • Embalagem • Música

Material promocional da Revista Piaui, importante revista cultural brasileira.

Agência: f / nazca saatchi & saatchi

Especialidade:

• Design gráfico

• Construção de marca • Web design

• Direção da arte

• Visão integrada

SABOIA

78 | 79 - Fernanda Saboia

FERNANDA SABOIA

Liderou times focados na criação de novos conceitos criativos, desenvolvimento de linguagens visuais, embalagens e experiências em ambientes para clientes como Natura, Coca-Cola, Nestlé, Ambev e Fazenda da Toca.

Formada em Design Gráfico e em Produto pela Escola Superior

de Desenho Industrial da UERJ, cursou MBA com ênfase em Comunicação na FGV, Rio de janeiro. Desde 2000,

integra a equipe Tátil – Consultoria de Branding e Design, hoje atua

como sócia e diretora de criação

do escritório de São Paulo. Na Tátil,

lidera equipes multidisciplinares com foco em criação de novos conceitos,

desenvolvimento de linguagem visual, embalagem e experiência de marca em projetos no Brasil e na América Latina para clientes como Natura,

Pensando em todos os detalhes do Espaço Renault, trouxemos materiais, iluminação, cores e formas que valorizam a marca e convidam o consumidor para uma nova experiência, desde a entrada na loja, passando pela entrega do seu carro novo, até a atenção no serviço de pós-venda.

Feita de Pounch, em cores vibrantes e orgânicas, a embalagem de SOU ocupa muito menos espaço e permite que o produto seja utilizado até a última gota, tornando-se livre de sobras e evitando desperdícios. Há ainda 75% menos de material plástico empregado e redução de 50% na emissão de CO2.

Philips, GOL, MABE, BRF, Cosan, Renova

80 | 81 - Fernanda Saboia

Energia, Renault, entre outros. Faz parte

do time de Ecoinovação, especializado em Biomimética (criação com

inspiração na natureza) para projetos na área de sustentabilidade. Ainda, recentemente, integrou o time

de criação coletiva da Tátil para

desenvolvimento das marcas Olímpica e Paralímpica para os jogos

da Rio 2016. Em seus 24 anos,

a Tátil recebeu prêmios nacionais

e internacionais incluindo: IF Design

Awards; IDEA-USA; D&AD; Cannes Lions e o Prêmio Caboré, como melhor

empresa de Branding e Design do Brasil.

A linguagem fotográfica e o redesign dos rótulos reposicionaram Ekos como uma marca de beleza sofisticada e contemporânea a partir do que a marca tem de mais proprietário: a valorização da sociobiodiversidade amazônica.

SCHMIDT

84 | 85 - Fernanda Schmidt

FERNANDA SCHMIDT

Sempre gostei de brincadeiras criativas, fazia desenhos, caixinhas, cenários, ficava horas criando pequenos mundos. Aos 5 anos comecei a frequentar uma aula de artes para crianças no MAM, e era uma experiência deliciosa.

- Fernanda Schmidt

Dona do Studio Fernanda Schmidt,

designer gráfica brasileira residente no Rio de Janeiro, formada

pela Denmarks Designskole em

Copenhague, trabalhou em diversas marcas internacionais enquanto morava em Copenhague,

Nova York e Rio de Janeiro. F

ernanda é especializada em branding e embalagem, e ajudou muitos

clientes a desenvolver uma identidade significativa para suas marcas e produtos.

O Studio

Nós somos um estúdio de design boutique trabalhando

internacionalmente com paixão pelo Branding e Design

de Embalagens. Oferecemos soluções personalizadas, seja para lançar, desenvolver ou fortalecer uma marca. Nossos pontos fortes são branding estratégico, identidade visual,

Design promocional de embalagens e cartões de Natal para empresa brasileira foi entregue na época do Natal. O tema do Natal foi mantido nos cartões, enquanto as embalagens e os presentes receberam um design complementar que fala sobre as ilustrações de Natal, mas que também pode ser usado como presente durante o resto do ano.

embalagem e comunicação de varejo,

86 | 87 - Fernanda Schmidt

web design, design de impressão,

design de livros e exposições. No Studio

Fernanda Schmidt, adoramos trabalhar com usos únicos de tipografia,

materiais originais, texturas distintas,

formatos experimentais e ilustrações

Como apresentar o trabalho de 15 designers dinamarqueses de 1920 até hoje em uma exposição? O piso vermelho era o conceito que conectava essas pessoas no espaço e no tempo. É uma expressão dinamarquesa típica para sublinhar os pontos comuns entre diferentes assuntos. Criamos o design do espaço expositivo, a identidade visual e os cartazes.

com alma, personalidade e elegância.

Nosso processo criativo é baseado em uma pesquisa profunda para

garantir aos nossos clientes a máxima exposição comercial. Isso nos permite criar trabalhos de alta qualidade,

visualmente bonitos e personalizados, misturando a estética nórdica

com um toque tropical do Brasil.

O Studio conta com uma rede

de contatos profissionais no Brasil e no mundo, ambos criativos em 88 | 89 - Fernanda Schmidt

diversas áreas e parcerias de produção. creditamos que o trabalho original

diverte e cria conexões emocionais entre a marca e os clientes.

O MAÏMA foi criado para o mercado europeu, inspirado no gracioso estilo de vida de café de Paris.

Nossa tarefa foi criar a identidade e embalagem para essa nova bebida tendo um aspecto africano étnico com uma aparência elegante.

Ás vezes parece que uma mulher precisa ser consideravelmente melhor no que faz, para ser considerada um pouco melhor do que um homem. Portanto, ficar atenta a esse mecanismo ajuda bastante.

Falar sobre esse mecanismo e alertar os homens para que não façam esse papelão, ajuda também. Mas realmente é um processo lento de aumento de confiança e valorização. - Fernanda Schmidt

CASTANHEIRA

FLÁVIA CASTANHEIRA

Responsável por capas e projetos gráficos de vários livros, e coordenação dos projetos gráficos dos livros infantojuvenis de várias editoras.

Nasceu em Belo Horizonte, em 1974.

Em São Paulo desde 2000, vem

se dedicando ao design gráfico editorial.

Trabalhou como assistente no estúdio do arquiteto e designer Rafic Farah,

e nas revistas Bravo! e Caros Amigos.

Como freelancer, faz capas e projetos

de livros e revistas para várias editoras, como Companhia das Letras, Todavia, Ubu editora, Cobogó, Edições Sesc-SP,

92 | 93 - Flávia Castanheira

FTD, Senac-SP, Zahar, Bei, Instituto Moreira Salles, entre outros.

Trabalhou na Cosac Naify em 2006

e 2007, e novamente entre 2012 e 2015,

Mirada 2016 Festival Iberoamericano de Artes Cênicas de Santos Sesc-SP. Identidade visual do festival, com catálogo trilíngue, programa, cartaz, convite e sinalização urbana com Elaine Ramos

94 | 95 - Flávia Castanheira

onde foi responsável por capas

e projetos gráficos de vários livros,

e coordenação dos projetos gráficos dos livros infantojuvenis da editora.

Os sertões [Euclides da Cunha] O registro detalhado das características naturais e o olhar cientificista de Euclides da Cunha fizeram com que a linguagem cartográfica fosse a principal referência para o projeto gráfico desta edição.

Quadrantes cartográficos organizam as aberturas de cada seção e a capa do volume Variantes e comentários. Esse grid dá a modulação que alinhava todos os elementos das páginas, inclusive a contagem das linhas, necessária nessa edição crítica. A capa foi feita com um papelão mais fino para evitar que o livro ficasse muito pesado, e ambos volumes têm um fitilho para marcar a página.

Os cantos arredondados remetem às cadernetas de viagem, além de serem mais resistentes.

Alice através do espelho [Lewis Carroll] ilustrações Rosângela Rennó A artista plástica Rosângela Rennó foi convidada para ilustrar esse clássico de Lewis Carroll, e trouxe para o livro muitas faces de Alice, transformada e replicada através de vários tipos de lentes. A segunda aventura de Alice é inspirada no xadrez, com reis e rainhas brancos e vermelhos, e o projeto gráfico se apropria deste universo.

Prêmios e exposições

- Os sertões – edição crítica

Menção Honrosa – III Prêmio Latinoamericano de Desenho Editorial, Buenos Aires 2018

Destaque – 12ª Bienal Brasileira de Design Gráfico da ADG, 2017 - Esopo – fábulas completas

Melhor Projeto Gráfico – Prêmio Aloísio Magalhães, Biblioteca Nacional, 2014

2º lugar categoria Projeto Gráfico – Prêmio Jabuti, 2014

Menção Honrosa categoria Ficção – I Prêmio

Latinoamericano de Desenho Editorial, Buenos Aires 2014

Destaque – 11ª Bienal Brasileira de Design Gráfico da ADG, 2015 - Contos Maravilhosos Infantis e Domésticos – Irmãos Grimm Melhor Projeto Gráfico – Prêmio Aloísio Magalhães, Biblioteca Nacional, 2013

Menção Honrosa categoria Infantil – I Prêmio

Latinoamericano de Desenho Editorial, Buenos Aires 2014

Bienal Iberoamericana de Desenho Gráfico 2014 [exposição

em Madri com itinerância por 12 cidades da America Latina]

96 | 97 - Flávia Castanheira

10ª Bienal Brasileira de Design Gráfico da ADG, 2013

Livro [José Luis Peixoto] Companhia das Letras O livro se passa em um vilarejo português.

Capa impressa em serigrafia.

- Foras da lei barulhentos, bolhas raivosas,

Destaque categoria Capa – I Prêmio Latinoamericano de Desenho Editorial, Buenos Aires 2014 - Caixa Górki

3º lugar categoria Editorial – Prêmio Max Feffer, 2009 - Novo projeto gráfico da revista Bravo! [com Beth Slamek e Noris Lima]

Finalista na categoria Periódicos – 6ª Bienal Brasileira de Design Gráfico da ADG, 2002

Prêmio Mário Pedrosa pela instalação Sem Título

Salão Nacional de Artes Plásticas da Funarte – MAM-RJ, 1998

MILITÃO

100 | 101 - Indaiá Militão

INDAIÁ MILITÃO

A cultura, a educação, o conhecimento, são coisas que te empoderam, trazem respeito e as pessoas ao redor te respeitam ainda mais quando você conversa e tem poder de fala.

- Indaiá Militão

Indaiá Militão é uma mulher poderosa, cheia de força. Tem 42 anos, é mãe do Artur, de 13 anos e designer há

20 anos com foco em mobilidade.

Trabalha com design de carros, aviões e materiais, mais especificamente acabamentos, carpete e couro.

Da família, é a filha mais nova, tem

apenas mais uma irmã e se considera cidadã do mundo.

Começou a carreira na área

de publicidade e atuou também com transcrição para uma empresa de pesquisa de mercado.

Na FAAP, cursou desenho industrial

e programação visual. “Era um curso

bem masculino, com poucas mulheres.

No designer gráfico havia mais mulheres do que em

designer de produtos. Agora, quando falamos de pessoas negras, a coisa vemos que é ainda pior. No início do curso

tinha apenas eu de mulher negra e mais 2 meninos negros, no final, sobrou apenas eu. Não me via representada na

faculdade porque não tinha professores negros e via poucos alunos negros. Mas, apesar de tudo, consegui me encaixar porque gostava da faculdade, do curso e das pessoas.”

Campanha “Só os Manos Pretos” PH Côrtes é um jovem Youtuber negro, que promoveu um evento para compartilhar experiências sobre os temas discutidos em seu canal: o seu dia-a-dia , heróis negros, conquistas e desafios.

O desafio paraa a criação da padronagem foi utilizar um material alinhado ao budget sugerido pela GM com alta durabilidade e design inovador. Para isso, foi escolhido um tecido feito em tear, padrão Jacquard, que possibilitou a criação de inúmeros novos desenhos e texturas.

O resultado foi um sucesso e, assim, esse trabalho colaborou com o aumento de vendas do produto.

102 | 103 - Indaiá Militão

Indaiá já teve passagens por grandes empresas como a Post Net, que trouxe a

internet para o Brasil, atuou em uma gigante automotiva como designer e, aos

21 anos foi morar na Áustria. Atuou na Embraer e um tempo depois trabalhou nos Estados Unidos, em Detroit. Há 4 anos retornou para o Brasil, abriu seu próprio escritório e hoje, é designer da Renault.

Como trabalha na indústria automotiva, Indaiá diz que o mercado ainda é bastante

masculina e machista, especialmente porque as pessoas acham que mulheres não entendem de carro. “Na área de design, as mulheres normalmente são inseridas na área de cores e materiais. Comecei nessa área, mas depois fui ampliando

Campanha “Fórum de Igualdade Racial” Trabalho como diretora de Arte do MDB (Grupo Mulheres do Brasil) idealizado pela Luiza Trajano (MAgazine Luiza) e Sonia Hess (Dudalina), no apoio as mulheres para que elas tenham voz, dentro dos espaços, este foi um trabalho realizado pelo Grupo de Igualdade Racial, que dentre outros, tem como objetivo a inclusão da Mulher Negra no Mercado de Trabalho.

meu espaço para ser designer de shape, de formas, interiores, e depois passei a engenheira de qualidade em design. Eu abri meu leque de atuação pra sair do padrão onde as mulheres eram vistas nesses espaços”.

Com passagem por 18 países e 28 cidades ao redor do mundo, Indaiá disse

que sentiu diferença no comportamento em relação às mulheres em diferentes países. “Nos países europeus, por mais que eles até tenham um pré-conceito, quando a gente fala de trabalho, eles entendem que a entrega é mais

importante do que qualquer outra coisa, então não senti o preconceito

tão forte. Mas, nos Estados Unidos a questão racial é extremamente importante, mais que a socioeconômica.

104 | 105 - Indaiá Militão

Legacy 600, foi a primeira aeronave executivada EMBRAER, com o upgrade tecnológico tivemos a oportunidade de repensar o conceito interno da aeronave, desenvolvendo novos materiais e soluções internas, respeitando a configuração já pré-estabelecida.

Já no Oriente Médio, a mulher

e Indaiá cita duas citações que marcaram bastante:

no Brasil minha percepção é de que

em situações de preconceito, de ignorância, porque

realmente não tem espaço. Aqui

há preconceito contra a mulher, mas que é balizado em cima de questão socioeconômica. Se eu tiver grana,

posso não ser bem aceita, mas não

sou maltratada.” O preconceito racial ela já sentiu bastante também

Meu pai me ensinou que há duas formas de reagir

preconceito é uma ignorância. Ele dizia o seguinte: ou você é um urso ou uma cobra. O urso dá o bote sem pensar em quais serão as consequências disso, já a cobra é aquela

que acha o caminho pra poder dar o bote na hora certa.

Eu, diariamente tento ser a cobra, mas pra isso tenho apoio de psicólogo, psiquiatra, faço vários cursos pra me centrar

também como comunicação não violenta, assertiva, empática e gestão de conflitos.

Hoje, estou muito bem comigo mesma, faço meditação, e, com isso, a gente percebe que acaba se blindando pra

não ser atingida nesse tipo de situação, porque você entende quem você é qual o seu lugar no mundo”.

Sobre seus planos, Indaiá diz que quer ter cada vez mais lugar de fala e que pra isso, investe em conhecimento.

“A cultura, a educação, o conhecimento, são coisas que

106 | 107 - Indaiá Militão

Trabalho realizado para fortalecer a comunicação com o público negro feminino. A mudança e posicionamento de marca #todecacho dentro da Salon Line de produtos para alisamento para produtos que valorizam a beleza negra, trazendo mulheres negras reais para divulgar essa comunicação e aproximá-las dos clientes fez com que a marca se alinhasse aos atuais anseios do grupo, o que a tornou líder do mercado no segmento.

te empoderam, trazem respeito e as pessoas ao redor

te respeitam ainda mais quando você conversa e tem

poder de fala. Você tem lugar de fala quando tem conteúdo e mostra segurança. Gosto de me aprofundar nos assuntos e falar daquilo que realmente sei com clareza.

Isso me empodera, me sinto ótima quando falo algo do qual tenho conhecimento e que poucas pessoas

sabem”. Para inspirar outras mulheres e mostrar que elas

Alexandra Loras, ex-consulesa francesa, tinha como objetivo se lançar como palestrante e reforçar sua força como figura pública, para isso, foi contruída a estratégia de comunicação visual, contemplando logo novo e peças gráficas para sustentar esse novo desafio em sua carreira profissional.

são capazes de realizar seus planos, a minha dica é saber quem você é, se fortalecer e ter felicidade, que vem mais de dentro do que de fora. É importante também

se equilibrar na vida pessoal, profissional e espiritual.

Tenha uma rede de apoio, seja com um psicólogo, ou com amigos, o mais importante é saber quem você é e seu

lugar no mundo. Quando você tem esse poder de fala, você consegue usá-lo da melhor maneira possível”.

LIRA

110 | 111 - Joana Lira

JOANA LIRA

Venho de uma família que sempre me alimenta nesse sentido de conviver com isso dentro de casa, então foi muito natural para mim esse caminho das artes visuais, artes gráficas, sou formada em Design Gráfico.

- Joana Lira

A vivacidade da cultura popular brasileira inspira a produção

multifacetada da artista e designer

Joana Lira. Tem por base primordial

o desenho, sua pesquisa iconográfica desagua em uma miríade de objetos, utensílios, estampas, ilustrações,

esculturas e cenografias urbanas.

Independentemente de forma

e escala, eles carregam o desejo de proporcionar experiências

transformadoras, evocando uma identidade cultural relacionada

a sensações de afeto e pertencimento.

Criada em 2001 para identidade visual do Carnaval do Recife, esta família de personagens representa a diversidade do Carnaval.

“O poder do trabalho artístico de transformar o outro é o que me move”, resume.

Forjada no trânsito livre entre design e artes visuais, sua linguagem deriva do convívio intenso com a arte

e a expressão cultural proporcionado pelos pais, arquitetos, e pela ambiência do Recife, onde nasceu e cresceu. Formada

em design

gráfico em 1997,

trabalhou de 2001 a 2011 na criação da cenografia do Carnaval da cidade,

experiência

formadora que deu escala

e consistência

a seu trabalho

e está sintetizada no livro “Outros

112 | 113 - Joana Lira

De 1996 a 2006, Joana Lira trabalhou com pintura sobre cerâmica e porcelana.

Inicialmente, seu maior desafio foi achar formas já existentes no mercado e transformá-las em peças especiais com seu desenho pintado sobre elas. Depois de 7 anos, ela passou a criar seus próprios moldes de peças e uniu a interferência da pintura a eles.

carnavais” (2008).

A partir de 1999, radica-se em São Paulo e pesquisa suportes diversos, da cerâmica ao meio digital,

em projetos artísticos alimentados por referências que vêm tanto

da história da arte e da cultura

pernambucana quanto de seus interesses cotidianos.

Suavidade e leveza da composição contrastam com a rigidez, resistência e força do Mandacaru

Desenvolve

ainda, a convite de grandes empresas,

identidades

visuais, linhas de objetos

e estampas

assinadas, entre outros projetos,

sempre buscando um design

valor cultural, histórico e sentimental à forma e à utilidade.

Seus trabalhos foram vistos

em exposições individuais, como

Quando a Vida é uma Euforia, com curadoria de Mamé Shimabukuro

(Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, 2018), Quando Tudo Explode, com curadoria

114 | 115 - Joana Lira

do envolvimento, capaz de agregar

Chuva de Primavera É quando o florescer vem de dentro ou pode cair do céu, ou ainda quando o céu chora flores com saudade do chão. Chove primavera no escuro ou no claro, com folhas e flores de cores intensas. Um arrebatamento de vida.

do Diego Matos (Sesc Santo André, 2017) e Bichos Aloprados (Recife, 1997).

Também estiveram em coletivas

referenciais como Design Brasileiro Hoje: Fronteiras (MAM-SP, 2010) e Design para Todos (5ª Bienal Brasileira de Design, Florianópolis, 2015)

A obra Mapa Moradia foi criada para o material de comunicação visual da Relatoria Internacional do Direito à Moradia Adequada do Conselho de Direitos Humanos da ONU, 2009. Trabalho feito em parceria com a designer Elisa von Randow.

e mostras sobre design brasileiro e iberoamericano na Alemanha, China, Bélgica e Espanha. Foi premiada com o ABRE, da Associação Brasileira

de Embalagem (2016), pela 11ª Bienal Brasileira de Design Gráfico (2015)

e com o Pearl Award do The Content Council, entidade norte-americana

voltada a conteúdos customizados (2009).

Vive e trabalha em São Paulo.

116 | 117 - Joana Lira

É importante para a gente mudar o mercado de trabalho, nas formas de contratos, de negociações, porque é uma área artística e ainda é uma área também cheia de tabus e preconceitos e sendo mulher mais ainda, então são muitas etapas que a gente tem que passar, mas eu falo da minha experiência, eu sempre fui muito afirmativa acho que isso já traz uma força, não deixo a peteca cair.

- Joana Lira

SIQUEIRA

LIA SIQUEIRA

120 | 121 - Lia Siqueira

Gosto do cheiro, de tocar a madeira.

Fico fascinada com a relação do homem com essa matériaprima. Nossa intervenção transforma esse material em algo totalmente diferente.

- Lia Siqueira

Apaixonada por desenho desde muito jovem, deixou essa habilidade em

segundo plano enquanto cursava Ciências Biológicas, no início dos

anos 1980. Até que, em uma conversa despretensiosa, um professor sugeriu que Lia valorizasse esse talento.

Tempos depois, lá estava ela nas cadeiras do curso de Arquitetura

e Urbanismo, na Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro.

Logo no começo da carreira,

envolveu-se profissionalmente com designers brasileiros, como Chicô Gouvêa, Cadas e Lula Abranches.

A Mesa Central Cobogó Copacabana foi pensada para ocupar o interior de uma residência projetada por Oscar Niemeyer. A peça, apesar de contemporânea, foi inspirada no movimento modernista, em homenagem a um dos elementos típicos da arquitetura popular brasileira – o cobogó.

Em 1987, fundou a Siqueira + Azul

Arquitetura, uma charmosa residência localizada no Jardim Botânico, zona sul do Rio de Janeiro, que guarda

um pouquinho de seus croquis, de suas peças e até mesmo de sua história.

Lia foi premiada pelo Instituto

Sem começo, nem fim. Lia Siqueira inspirou-se no símbolo matemático do infinito para criar a peça de formas orgânicas.

122 | 123 - Lia Siqueira

dos Arquitetos do Brasil (IAB) nos anos 1991, 1993, 1994, 2008 e 2011. Também

foi reconhecida pela Movesp e obteve o selo RiofazDesign.

Premiada internacionalmente pelo

iF Design e Red Dot Design.

Da admiração pela belíssima peça assinada por Etel Carmona nasceu a Luminária Gamela, criada por Lia Siqueira.

O Bowl Governador serviu como base para receber uma estrutura metálica. A peça foi confeccionada e lançada em parceria com a Lumini, empresa nacional de iluminação com foco em projetos de arquitetura e design.

Entre os trabalhos que mais encantam estão os que usam

a madeira como matéria-prima. “Gosto do cheiro, de tocar a madeira. Fico fascinada com a relação do homem com essa matéria-prima. Nossa intervenção transforma esse material em algo totalmente diferente”, conta Lia.

BO

LINA BO BARDI

A beleza em si não existe.

Existe por um período histórico, depois muda o gosto.

- Lina Bo Bardi

Achilina di Enrico Bo, conhecida

como Lina Bo, é uma das figuras mais importantes da arquitetura Latinoamericana. Nascida do dia 5 de

dezembro de 1914 em Prati di Castello, Roma de uma família genovesa de poucos recursos financeiros,

Lina se mostra uma criança difícil

e solitária, com um trajeto escolar

tumultuoso que achava limitar o papel da mulher na sociedade. Sua família era composta da mãe Giovanna 126 | 127 - Lina Bo Bardi

Adriana Grazia e pai Enrico Bo, e que

se completou com a irmã mais nova Graziela. Depois de cursar o Liceo Artistico de Roma, Lina se forma

A peça foi desenhada por Lina Bo Bardi em 1948 para o Studio Arte Palma. Possui traços angulares, típicos do design modernista brasileiro, que lembram as formas usadas na arquitetura de Niemeyer.

em arquiteta com o trabalho de graduação “Núcleo Assistencial da Maternidade e da Infância.”

Preocupada com a instabilidade politica de Roma

e a ascensão do Fascismo, se muda para Milão em 1940,

aonde o estúdio Bo e Paganicom arquiteto Carlo Pagani;

também colabora com Gio Ponti na revista “Lo Stile – nella casa e nell’arrendamento” e atua nas revistas Grazia, Belleza, Vetrina e L’illustrazionoe Italiana.

Muda-se para Roma com Pietro Maria Bardi em 1946 aonde funda a revista “A – Cultura della Vita” com Bruno Zevi.

A peça foi desenhada por Lina Bo Bardi em 1948 para o Studio Arte Palma. Possui traços angulares, típicos do design modernista brasileiro, que lembram as formas usadas na arquitetura de Niemeyer.

Após seu casamento com Pietro, o casal visita Rio 128 | 129 - Lina Bo Bardi

de Janeiro, aonde conhece a vanguarda das artes

no brasil. No ano seguinte, Pietro é convidado pelo jornalista, empresário e político Assis Chateaubriand para fundar e dirigir um museu de arte moderna. Lina naturaliza-se

brasileira em 1951 e no mesmo ano completa seu primeiro

projeto arquitetônico realizado: a Casa de Vidro, que virá a ser um ponto de encontro importante para a cultura nacional.

Lina vai a Salvador em 1958 para dar conferências na Escola

de Belas Artes da Universidade da Bahia, e é convidada para dirigir o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) aonde

projeta o restauro do Solar do Unhão e sua adaptação para sede do museu. A experiência do Nordeste foi fundamental para o desenvolvimento da arquiteta que, rodeada pela

diversidade e vitalidade da região em meio processo de

industrialização. Retornando a São Paulo em 1966, retoma o projeto do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP)

na Avenida Paulista, que após sua inauguração em 1968 virá a ser um dos marcos mais icônico da arquitetura Brasileira.

130 | 131 - Lina Bo Bardi

Durante seus últimos dez anos de vida, após a inauguração

do SESC Pompeia em 1982, Lina abriu uma nova fase em sua carreira. Apoiada pelos seus jovens colaboradores, Marcelo Ferraz, André Vainer e Marcelo Suzuki, produziu projetos que apontavam para uma renovação da arquitetura brasileira, então um tanto acomodada pela falta de oxigênio cultural dos anos da ditadura. Após sua morte em 1992,

o reconhecimento desses anos foi potencializado pelo Instituto Bardi, graças a suas exposições, publicações e presença na mídia.

Lina tornou-se uma referência internacional. O século XXI, mais especificamente o pós crise de 2008, viu vários dos

seus temas e posições tornarem-se pauta do debate sobre cultura, meio-ambiente, patrimônio histórico e produção material da arquitetura e dos objetos.

A poltrona Bowl foi desenvolvida em 1951, mesmo ano da construção da Casa de Vidro.

No entanto, esse projeto nunca foi produzido em escala industrial.

HARDY

MARIANA HARDY

Meu papel é atiçar ideias.

Brinco que aprendi a fazer design verbal, que é transmitilas em palavras.

Mas também ponho a mão na massa.

-Mariana Hardy

Mariana faz parte da quarta geração de uma família de arquitetos que teve sua origem em Bruges, na

Bélgica. Começou sua carreira como

diretora de arte e redatora até migrar

definitivamente para o design, em 1999, um ano após sua graduação pela

Escola de Arquitetura e Urbanismo

da UFMG. Morou em Nova York de 2000 a 2003, onde estudou na Parsons The New School for Design e na School

134 | 135 - Mariana Hardy

of Visual Arts com Milton Glaser, Paula

Scher e Ed Benguiat. Na mesma época, trabalhou na Pentagram, integrando

o time do Michael Gericke, em projetos

de branding e sinalização. Em seguida,

se juntou à equipe de criação do estúdio nova-iorquino Slover and Company, onde trabalhou com design de

embalagem para cosméticos e moda.

De volta ao Brasil, em 2004, fundou

a Hardy Design. Desde então, Mariana ocupa o cargo de diretora criativa.

A proposta foi ocupar algumas vias de acesso do casarão da Rua Sapucaí, sendo cada uma delas trabalhadas por um estúdio de design. Fizeram parte da ação além da Hardy, a Greco Design, Estúdio Lampejo e Márcia Larica. Cada um foi convidado a trabalhar um tema dentro do universo das ferrovias já que o edifício abrigou por muitos anos a sede da rede ferroviária nacional, RFFSA.

136 | 137 - Mariana Hardy

A tropicalidade, exuberância das formas, cores vibrantes de folhas e flores presentes nos jardins do Inhotim inspirou a criação de ilustrações que estampam os produtos Linha Trópicos Inhotim. Composições que trabalham com camadas de cores e variação de traços e preenchimentos, remetendo ao processo manual.

Uma família de grafismos com escalas diferentes e variações de desenho criam uma diferenciação entre as caixas.

O uso de acabamentos especiais como relevo e hot stamping geram uma hierarquia entre os kits de acordo com o valor dos produtos, oferecendo opções para diferentes públicos.

Em 2014 assumiu a direção do núcleo de design de Inhotim que atende às

demandas de criação do Instituto, bem como as da Loja de Design.

DIB

PAULA DIB

Aprendi a encarar os ‘problemas’ não como um fim, mas como uma oportunidade de encontrar novos caminhos.

-Paula Dib

Paula Dib revela belezas de onde

menos se espera. Onde a maioria

de nós enxergaria apenas escassez e problemas, ela reconhece

as sementes de uma riqueza que, com seu apoio, germinam,

desenvolvem-se e desabrocham,

espalhando transformações ao seu redor. Sua trajetória pessoal ajuda

a entender como foi forjado esse olhar sensível e curioso sobre o mundo.

Nascida em São Paulo e educada,

em casa e na escola de formação 140 | 141 - Paula Dib

humanista, para reconhecer

e valorizar o outro, Paula conviveu

Proposta pela Fundação Aga Khan, a solução para o problema começou a ser pensada num “passeio”: juntos, enquanto percorriam a aldeia, Paula Dib e um grupo de educadores locais iam recolhendo galhos, bambus, sementes, sabugos de milho, penas, caracóis, fios de pneu e tudo o mais que encontrassem, descartado ou disponível na natureza.

com aborígines na Austrália

e pescadores no Brasil antes de iniciar sua trajetória profissional.

Com o tempo, num mundo cada vez

mais abarrotado de coisas e objetos, decidiu encarar seu papel como

designer numa perspectiva ampliada: foi assim que passou a valorizar os

processos para além dos produtos.

Criando novas relações, novas

Técnicas muito antigas vinham sendo esquecidas quando a Caboclo, empresa que teve o apoio de Paula Dib por dois anos, chegou à região. A primeira providência foi devolver aos artesãos seu patrimônio mais valioso: o tempo.

O tempo de cuidar de cada peça, uma a uma, com esmero nos detalhes, e sem a urgência de ter que vender barato nas feiras populares.

interações, novos ambientes, novas realidades, tornou-se designer e articuladora social.

Seus projetos percorrem contextos e lugares muito

inovação e tradição, diminuindo a distância entre a arte dos sapateiros locais e o mercado europeu. Na África,

em parceria com educadores moçambicanos, encontrou em pedaços de bambu e palha de milho os recursos para

142 | 143 - Paula Dib

diferentes entre si. No sertão do Ceará, Paula mistura

a criação de brinquedos pedagógicos.

Em Londres, através de uma intervenção artística no pátio de um colégio público, 144 | 145 - Paula Dib

mobilizou a comunidade escolar

a repensar seus conflitos e valorizar

a diversidade cultural presente entre

os estudantes. Seja onde for, as pessoas são a sua principal matéria-prima.

Em 2010, Paula Dib conheceu de perto o sotaque único dos tecidos africanos. Como parte da III Oficina de Artesanato, promovida pela Fundação Aga Khan, uma equipe de designers e arquitetos brasileiros se encontrou em Cabo Delgado com artesãos de diversas regiões de Moçambique e da Tanzânia.

Vencedora do prêmio International Young Design

Entrepreneurs of the Year de 2006, entre outros projetos, ela também se dedica a registrar algumas das histórias que

conheceu em suas andanças. Recentemente, co-dirigiu um

documentário sobre os mestres do couro da região do Cariri. É o que se revela através de sua trajetória e de seus filmes:

a lente atenta e generosa com que Paula enxerga o mundo.

KATZ

148 | 149 - Renina Katz

RENINA KATZ PEDREIRA

Como eu era uma geração pósguerra, a geração libertária da guerra contra o fascismo, aderi à vertente do chamado realismo social ou socialista.

Trabalhei no que poderia ser considerado proselitismo.

- Renina Katz

Renina Katz Pedreira (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1925). Gravadora, desenhista, ilustradora, professora.

Cursa a Escola Nacional de Belas Artes (Enba), no Rio de Janeiro, entre 1947 e 1950. Tem como professores, entre outros, Henrique Cavalleiro (18921975) e Quirino Campofiorito (19021993). Licencia-se em desenho pela Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil. Inicia-se em xilogravura com

Cárceres Técnica utilizada para produzir a obra: Litografia p&b sobre papel Dimensões 34.00 cm x 52.00 cm

Axl Leskoschek (1889-1975), em 1946.

Incentivada por Poty Lazzarotto (19241998), ingressa no curso de gravura em metal, oferecido por Carlos Oswald (1882-1971) no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Muda-se para São Paulo em 1951, e leciona gravura

150 | 151 - Renina Katz

no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) e, posteriormente, na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), até a década de 1960. Em 1956, publica o primeiro álbum de gravuras, intitulado Favela. A partir dessa data, é docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde permanece por 28 anos.

Tiragem H.C. | Tiragem Técnica utilizada para produzir a obra: xilogravura Dimensões 23.00 cm x 29.00 cm Acervo Coleção Biblioteca Guita e José Mindlin (São Paulo, SP)

FRAMBACH

TATIANA FRAMBACH

154 | 155 - Tatiana Frambach

Premiada no Latin American Design Awards (LadAwards) 2017, na categoria Estudiantes Proyecto Personal.

Tati Frambach é Designer fora do Brasil, agora vive em Portland, OR com 3 anos de experiência.

Com foco na criação de experiências interativas e memoráveis com foco no usuário, seu maior objetivo é criar um trabalho voltado para comunicação.

Para tornar as coisas mais simples, mais inteligentes, funcionais e bonitas.

Atualmente projetando na Work & Co.

Honras - Mérito, HOW International Design Awards - 2018 - Latin American Design Awards - 2018 - 12ª Bienal Brasileira de Design Gráfico - 2017 - Semana de Design do Rio de Janeiro - 2017 - Semana do Design PUC-Rio - 2016 - Semana do Design PUC-Rio - 2013

Buscando a nossa essência como povo e nação, o projeto traz uma nova identidade visual para as cédulas brasileiras. A partir de uma interpretação gráfica pessoal, com o olhar voltado para aspectos mais subjetivos/abstratos da nossa cultura, e uma temática que dá vazão à experimentação, o projeto é norteado por um ritmo atemporal, múltiplo e democrático. As marcas de segurança fazem alusão à nossa bandeira, e o produto final é bemhumorado, colorido e cheio de vida.

A Escola de Artes Visuais do Parque Lage, localizada no Rio de Janeiro, completou 40 anos em 2016. Como parte da comemoração, a instituição convidou seus visitantes para uma jornada histórica, em um site desenvolvido pela TUUT onde o usuário pode navegar na linha do tempo a escola, e conhecer seus gerentes ao longo dos anos, eventos e exposições. Fui responsável pela criação dos cartazes para divulgação do evento de lançamento do site, bem como pela comemoração do aniversário no Parque Lage.

156 | 157 - Tatiana Frambach

Clientes - Adidas - Museu de Arte Chrysler - O Museu do Amanhã - Laboratórios Bell da Nokia - Museu da História Canadense - Biblioteca do Congresso - Museu Canadense de Direitos Humanos

Imprensa ‘40 Designers brasileiros que você precisa saber sobre ‘ - Canvas 2018 ‘6 projetos inspiradores da 12ª Bienal Brasileira de Design Gráfico’ - Designerd 2017

O Museu Canadense de Direitos Humanos está lançando a exposição “Mandela: Luta pela Liberdade”, olhando para Nelson Mandela e o movimento que se formou em torno dele. A Upswell foi contratada para desenvolver uma atividade de criação de cartazes, um aplicativo interativa de mesa + web onde os visitantes do museu podem criar seus próprios cartazes.

RABELO

160 | 161 - Valquíria Rabelo

VALQUÍRIA RABELO

Como designer, procuro ao máximo propor e trabalhar em projetos em que eu acredito, com um potencial transformador, mesmo que dentro de uma esfera de consumo.

- Valquíria Rabelo

Valquíria Rabelo é formada em Comunicação Social (UFMG) e em Design Gráfico (UEMG). Desde 2010, atua como designer em escritórios e agências de Belo Horizonte, com ênfase na criação de identidades visuais e em projetos editoriais.

Em 2015, fundou o Estúdio Guayabo, que coordena ao lado de Daniel Bilac.

Seus trabalhos já foram publicados em livros e revistas especializados, destacando-se as participações no livro Los Logos 8 (Gestalten, Berlim,

2017), The Pattern Book (Monsa Publications, Barcelona, 2015) e na revista Paste Magazine (Nova York, 2014).

Seus projetos também já receberam destaque em sites como Behance, Fonts In Use, Women of Graphic Design e Good Design Makes me Happy.

Criamos o “Proteja o Peruaçu” – um projeto de crowdfunding que tem como objetivo sensibilizar os públicos, a nível regional e nacional, para a relevância da área. A identidade visual foi baseada nas cores da paisagem e nas ilustrações da artista visual Rachel Leão, idealizadora do projeto.

162 | 163 - Valquíria Rabelo

Em 2017, teve três projetos selecionados na 12ª Bienal Brasileira de Design, nas categorias “Sistema de identidade corporativa”, “Ambientação” e “Fronteiras - Arte/Design”. Além disso, seu cartaz foi destaque no 32º Prêmio Design Museu da Casa Brasileira.

Acredito que tenho alguma projeção na comunidade especializada de Design e entendo que, sendo mulher, sul-americana e feminista, com uma atuação bem demarcada no campo progressista, essa projeção também tem um sentido simbólico. Ao mesmo tempo, por mais tentador que seja construir uma narrativa pessoal baseada unicamente nas minhas capacidades e na superação de adversidades, inclusive as de gênero, é importante considerar também que sou uma mulher branca, de classe média, com uma estrutura familiar privilegiada em muitos aspectos.

- Valquíria Rabelo

O nome já diz muito: Arquitetura na Periferia é uma iniciativa única, que promove a melhoria da moradia para pessoas de baixa renda.

O que o nome não diz é que este é um projeto feito por e para mulheres. São elas que planejam, projetam e colocam a mão na massa. São elas que acreditam umas nas outras e no próprio potencial.

A partir do ícone do feminino, desenvolvemos uma forma gráfica singular que comunica o protagonismo das mulheres no projeto. Com o conceito “a mulher é a chave”, a identidade visual express a as ideias de emancipação, confiança, conhecimento e moradia em uma abordagem sintética e simbólica.

164 | 165 - Valquíria Rabelo

O gesto mecânico da repetição orientou a escolha dos acabamentos do livro: a encadernação das páginas foi feita em grampo ômega – um grampo metálico, de aparência industrial. Já o embate entre unidade e variação estimulou a produção de dois modelos de capa, – uma verde e a outra rosa – a partir da mesma estrutura tipográfica. Impressas em Flor Post (similar ao papel seda), as capas são translúcidas e suaves ao toque.

No mesmo ano, desenvolveu, em parceria com Patrícia Rezende, o projeto gráfico do livro “Estórias da Rua que foi Balsa”, premiado em 1º lugar no 59º Prêmio Jabuti, na categoria projeto gráfico, e na 13ª edição do Prêmio Cícero de Excelência Gráfica de Minas Gerais, na categoria livro-texto.

Realizada no Centro Cultural Correios São Paulo e no Museu Correios Brasília, a exposição Anônimas, de Tânia Araújo, levanta questões relacionadas à política, ao feminino e às novas mídias, provocadas a partir do registro fotográfico de caixas de correio na paisagem urbana. Sua forma é uma síntese gráfica dos conceitos do trabalho e, por conseqüência, da identidade da exposição.

QUEIROZ

168 | 169 - Vanessa Queiroz

VANESSA QUEIROZ

Nunca o meu gênero me impediu de nada.

Acredito que isso já me fez chegar em lugares que talvez eu não chegasse se por conta de ser mulher não acreditasse na minha capacidade.

- Vanessa Queiroz

Sócia co-fundadora do Estúdio Colletivo, escritório de Design há mais de 15 anos no mercado, atuando em todos os desdobramentos do design, branding, identidade visual, ilustração e packing e tendo como principal fonte de inspiração o desafio de contribuir, através do design e da inovação, no resultado do nosso cliente.

Atualmente é responsável pelas áreas de Atendimento e Novos Negócios.

Fruto de inovação e empreendedorismo, após 7 anos de Estúdio Colletivo, identificou uma nova oportunidade para expansão dos nossos negócios e criou a Moonstro, uma agência de Marketing Digital focada em gerar

A Cervejaria Colorado sempre assumiu o seu posicionamento de inserir elementos da rica cultura brasileira na produção de suas cervejas, mas para explorar ainda melhor esse campo, criou a linha de cervejas especiais batizada de “Brasil com S”.

Caminhando para o território do experimental, a linha conta com diferentes sabores todo o mês (com distribuição limitada), inspirados na brasilidade e nos sabores que compõem a gastronomia dos cinco cantos do país.

170 | 171 - Vanessa Queiroz

A família de chocolates Gold & Ko cresceu e o Colletivo acompanhou essa nova fase produzindo as novas embalagens de Musa 30g e dos quatro novos sabores de Deli Deli - chocolate branco zero açúcar, chocolate ao leite, chocolate ao leite zero açúcar e 70% cacau zero açúcar.

As embalagens seguem a mesma linha moderna das anteriores, com o objetivo de conectar o consumidor a um produto atual e premium.

conteúdo e relacionamento entre a Marca e seus clientes.

Como empreendedora, já ministrou mais de 100 palestras nos Brasil e na Argentina. Participou do juri da 10ª Bienal de Design Gráfico e em 2014

A Elmar é uma importadora atacadista de grãos e produtos naturais com mais de 35 anos de mercado e distribuição nacional. Com o objetivo de ampliar o alcance da empresa e consolidar a sua tradição no mercado, trouxe o desafio de reposicionamento de marca que começou com um diagnóstico detalhado, resultado de uma imersão profunda em seu universo, seguido por um trabalho de branding com desdobramentos em marca, embalagens, loja e demais pontos de contato com o consumidor.

A Cervejaria Colorado lançou sua primeira lata e o design é nosso!

Nesse novo formato de embalagem, foi necessário reorganizar as informações, antes contidas em dois tamanhos de garrafa, e também dar um toque próprio de personalidade para celebrar a nova fase da cervejaria.

O estúdio também desenvolveu o verso da lata destacando os ingredientes brasileiros - ativo mais importante da marca.

foi listada como uma das 50 pessoas mais inovadoras em comunicação e marketing da revista Proxxima.

Atualmente é a diretora da ADGBrasil Associação de Design Gráfico pela segunda vez e Professora

172 | 173 - Vanessa Queiroz

Como representante do design, me sinto contribuindo com a profissão, com as pessoas que como eu, resolveram empreender e trabalhar com design.

A entender que ainda é uma matéria muito elitizada e que deve ser mais acessível e democratizada.

- Vanessa Queiroz

174 | 175 - Vanessa Queiroz

O Colletivo desenvolveu toda a identidade visual da segunda edição do WME Awards, evento idealizado pela plataforma digital Women’s Music Event e a empresa de entretenimento Music2!.

A cerimônia tem como objetivo reconhecer e premiar os talentos femininos que mais se destacaram em 2018 através de 13 categorias.

A edição desse ano ocorre em 27 de novembro e terá como homenageadas as icônicas Elza Soares e Dona Ivone Lara.

de empreendedorismo criativo da EBAC e da Escola Cuca.

Prêmio Destaque 10ª Bienal Design Gráfico com o projeto para o Gatorade Corinthians e da 11ª Bienal com as novas embalagens da Bohemia.

176 | 177 - Vanessa Queiroz

A Selva Discos é um selo focado em resgatar tesouros musicais brasileiros do passado e relançálos com uma nova roupagem musical. O conceito e a curadoria dos projetos é feito pela dupla Djs Millos Kaiser e Trepanado, idealizadores da famosa festa paulistana “Selvagem”.

Agora, apresentamos o visual da série Brasingles. O volume 1 traz a parceria entre a cantora e compositora Marlui Miranda e o grupo instrumental Uakti, recriando cantos indígenas brasileiros. Já o volume 2 marca o lançamento inédito em vinil do disco “Baianá”, do grupo Barbatuques. Confira abaixo como ficou o resultado.

Em 2010, o Colletivo desenvolveu a identidade visual do kit enviado aos embaixadores do CLUBE Heineken. Na ação, cada influenciador recebia um cartão personalizado e 100 cervejas por mês durante um ano.

Para esse job, tínhamos o desafio criativo de conceber uma identidade para o kit que parecesse mais um item de colecionador do que um brinde.

AGRADECIMENTO

A realização dessa obra teve o intuito de fechar com chave de ouro um período complexo e intenso das nossas vidas, foram dias de muita paciência e perseverança, por isso gostaria de agradecer o nosso orientador Professor Guilherme Tadeu de Godoy pela paciência, conselhos, incentivo e idealização desse projeto, também aos demais discentes que durante o desenvolvimento do curso realizam da melhor maneira injeção de conhecimento a nós e demais alunos.

Agradecemos também imensamente a todas as designer’s presentes nesse livro e as demais que por questões temporais não puderam estar, pelas respostas com todo carinho e atenção necessária e abraçaram a ideia nos fornecendo todo conteúdo aqui presente.

Aos nossos amigos e familiares pelo incentivo e principalmente a nós, pela dedicação de tempo, pelas noites de sono perdido, pela força de vontade de fazer algo grande

e importante perante a sociedade, apesar da perda de cabelo e o escorrer das lágrimas fizemos o possível e o imaginável para que este projeto acontecesse.

Nossos sinceros agradecimentos a todos que fizeram o possível para que tudo isso acontecesse.

180 | 181 - Agradecimento

A nossa revisora Rebeca Gois, por toda disponibilidade de tempo apesar do prazo corrido e entrega apertada.

CRÉDITOS DE IMAGEM

As fotografias presentes nesse projeto editorial foram selecionadas a partir de uma curadoria, buscando creditar os autores sempre que possível em caso de não cumprimento dessa obrigatoriedade favor entrar em contato para a atualização e publicação de uma nova edição.

© Nino Andrés., páginas 55 a 59 © Ruy Teixeira., página 61 © Nino Andrés., páginas 95 a 99 © Arquivo Instituto Lina Bo e P. M. Bardi/ Divulgação., páginas 125 a 131 © Jomar Bragança., página 135 © O Boticário/Divulgação., página 137 © Lucas Cuervo., páginas 141 a 145

182 | 183 - Créditos de Imagem

Identificação dos autores das obras:

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194 | 195 - Bibliografia

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