Hospital Púbico Veterinário

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES CAMILA MATEUS BRACEIRO MENEZES RGM 11162100779

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I Prof.ª. Orientadora: Silvia Beatriz Zamai

Mogi das Cruzes Novembro/2020

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES CAMILA MATEUS BRACEIRO MENEZES RGM 11162100779

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I HOSPITAL VETERINÁRIO - CENTRO DE TRAMAMENTO ANIMAL Prof.ª Orientadora: Silvia Beatriz Zamai

Trabalho de Graduação apresentado à

banca

examinadora

do

Curso

de

Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes, solicitado pela professora orientadora Silvia Beatriz Zamai.

Mogi das Cruzes Novembro/2020

CAMILA MATEUS BRACEIRO MENEZES

HOSPITAL VETERINÁRIO CENTRO DE TRAMAMENTO ANIMAL

Trabalho de Graduação apresentado à

banca

examinadora

do

Curso

de

Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes, solicitado pela professora orientadora Silvia Beatriz Zamai.

Aprovado em________________________

BANCA EXAMINADORA

_________________________________ Componente da Banca – Professora Orientadora: Silvia Beatriz Zamai Universidade de Mogi das Cruzes

_________________________________ Componente da Banca – Titulação, Nome Universidade de Mogi das Cruzes

_________________________________ Componente da Banca – Titulação, Nome Universidade de Mogi das Cruzes

Dedico esse trabalho primeiramente a minha mãe que me apoiou e me ajudou a manter o sonho de fazer uma faculdade e ao meu pai que me ajudou com o desenvolvimento de diversos trabalhos.

Dedico também as minhas primas, Giuliana e Mônica que me incentivaram a ver a Arquitetura de um ângulo diferente me mostrando que eu seria capaz de me encontrar em tal profissão e dedico também ao meu esposo que sempre me apoiou e me ajudou nos dias mais difíceis me dando apoio e suporte para conseguir me manter firme e superar as dificuldades que encontrei ao longo do curso.

Não posso deixar de agradecer aos queridos professores que me ensinaram muito nessa longa caminhada, em especial ao Professor Fernando Claret e a Professora Consuelo Gallego, que me apoiaram e me ajudaram diretamente não só durante o curso todo mas em especifico com este trabalho.

RESUMO O homem tem uma relação muito estreita com os animais desde a antiguidade, essa relação sempre esteve ligada a sobrevivência humana, porém com o passar dos anos a relação afetiva com animais passou a se estreitar ainda mais fazendo com que os animais se tornassem de estimação e muitas vezes esses são considerados membros da família e essa relação se faz por motivos sentimentais em muitos casos. Nós seres humanos tendemos a procurar adotar cães e gatos para que os mesmos nos façam companhia e por muitas vezes diminuam um sentimento de solidão. Contudo a quantidade de animais adotados e tratados por pessoas sem conhecimento ou oportunidade de oferecer um tratamento adequado a seus animais de estimação, faz com que o número de animais abandonados e doentes seja descontrolado, o que ocasiona muitas vezes maus tratos animais e a disseminação das zoonoses. O trabalho tem como objetivo elaborar um projeto de Hospital Público Veterinário na Cidade de Mogi das Cruzes – SP que sirva como um equipamento de saúde básica, dando oportunidade às pessoas de baixa renda a tratarem de seus animais domésticos a fim de promover a saúde e bem-estar dos animais e dos munícipes, controlando o índice de natalidade dos animais de ruas e a disseminação das zoonoses. Para o desenvolvimento deste trabalho foram feitas pesquisas bibliográficas e de legislação pertinentes tanto ao Munícipio quanto para a elaboração de um Hospital Veterinário e a interpretação de estudos de casos.

Palavra-chave: Hospital Veterinário. Saúde Pública. Controle de natalidade.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 - Lei de Uso e Ocupação do Solo - Mogi das Cruzes .......................................... 20 FIGURA 2 - Localização Clínica Sentidos ........................................................................... 23 FIGURA 3 - Planta Baixa - Clínica Veterinária Sentidos...................................................... 24 FIGURA 4 - Acesso Principal Clínica Veterinária Sentidos ................................................. 25 FIGURA 5 - Recepção Clínica Veterinária Sentidos ............................................................ 26 FIGURA 6 - Sala de Atendimento Clínica Sentidos ............................................................. 26 FIGURA 7 - Localização Hospital Veterinário Constitución ................................................ 28 FIGURA 8 - Recepção / Prisma Central - Hospital Constitución .......................................... 28 FIGURA 9 - Sala de Espera Hospital Constitución ............................................................... 29 FIGURA 10 - Planta Baixa Hospital Constitución ................................................................ 30 FIGURA 11 - Sala de Conferencia Hospital Constitución .................................................... 31 FIGURA 12 - Localização Hospital Veterinário Canis Mallorca .......................................... 32 FIGURA 13 - Planta Subsolo Hospital Veterinário Canis Mallorca ...................................... 33 FIGURA 14 - Planta Pavimento Térreo Hospital Veterinário Canis Mallorca ....................... 34 FIGURA 15 - Planta 2º Pavimento Hospital Veterinário Canis Mallorca .............................. 35 FIGURA 16 - Clínica Veterinária Alcabideche-Vet .............................................................. 36 FIGURA 17 - Planta Baixa Clinica Alcabideche-Vet ........................................................... 37 FIGURA 18 - Vão dos deslocamentos das salas para iluminação natural .............................. 38 FIGURA 19 - Corte Clinica Alcabideche-Vet ...................................................................... 38 FIGURA 20 - Clínica Veterinária Masans / Conjunto Habitacional ...................................... 40 FIGURA 21 - Planta baixa Clínica Masans .......................................................................... 40 FIGURA 22 - Sala de Diagnóstico de Raio-x Clinica Masans .............................................. 41 FIGURA 23 - Consultório Clínica Masans ........................................................................... 42 FIGURA 24 - Recepção Clínica Masans .............................................................................. 42 FIGURA 25 - Sala de Espera / Loja Clinica Masans............................................................. 43 FIGURA 26 - Hospital Veterinário Uberaba ........................................................................ 44 FIGURA 27 - Planta Baixa Térreo Hospital Veterinário Uberaba ......................................... 45 FIGURA 28 - Planta Baixa 2º Pavimento Hospital Veterinário Uberaba............................... 46 FIGURA 29 - Corredores de ligação HVU ........................................................................... 47 FIGURA 30 - Localização de Mogi das Cruzes .................................................................... 52 FIGURA 31 - Mogi das Cruzes - Fluxo Viário / Distritos ..................................................... 53 FIGURA 32 - Terminais de Trens Mogi / Estudantes ........................................................... 54

FIGURA 33 - Implantação ................................................................................................... 54 FIGURA 34 - Planta de Situação.......................................................................................... 55 FIGURA 35 - Análise de Gabarito de Alturas ...................................................................... 56 FIGURA 36 - Principais Equipamentos Urbanos .................................................................. 57 FIGURA 37 - Análise Entorno Lote ..................................................................................... 58 FIGURA 38 - Mapas de Cheios e Vazios ............................................................................. 59 FIGURA 39 - Implantação Lote ........................................................................................... 60 FIGURA 40 - Vista aérea do lote ......................................................................................... 60 FIGURA 41 - Estudo de Insolação e Ventilação ................................................................... 61 Figura 53 - Setorização Pav. Térreo ..................................................................................... 65 Figura 54 - Setorização Pav. Superior .................................................................................. 65 Figura 42 - Pele de Vidro, integração com jardim arborizado ............................................... 69 Figura 43 - Sistema de Ecobarreira©.........................................................................................70 Figura 44 - Massa de Vegetação no Muro ............................................................................ 70 Figura 45- Modelo Espelho D'água...........................................................................................70 Figura 46 - Modelo 2 Espelho D’água............................... .................................................... 70 Figura 47 - Sistema de Iluminação Zenital Sheds......................................................................71 Figura 48 - Sheds Aplicados na Arquitetura ......................................................................... 71 Figura 49 - Utilização de Vegetação Arbórea para direcionamento dos ventos ..................... 71 Figura 52 - Esquema de Direcionamento dos Ventos............................................................ 72 Figura 51 - Layout Hospitalar utilizando cores claras e madeira ........................................... 72 Figura 52 - Paisagismo Externo ............................................................................................ 73 Figura 55 – Estudo de Volumetria 1 ..................................................................................... 81 Figura 56 – Estudo de Volumetria 2 ..................................................................................... 81 Figura 57 - Estudo de Volumetria 3 ...................................................................................... 82 Figura 58 - Estudo de Volumetria 4 ...................................................................................... 82 Figura 59 - Estudo de Volumetria 5 ...................................................................................... 83

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - SOWT - Clínica Sentidos ................................................................................... 27 Tabela 2 - SWOT - Clínica Constutición .............................................................................. 31 Tabela 3 - SWOT - Hospital Veterinário Canis Mallorca ...................................................... 35 Tabela 4 – SOWT - Clinica Alcabideche-Vet ....................................................................... 39 Tabela 5 - SWOT - Clínica Veterinária Masans .................................................................... 43 Tabela 6 - SOWT - Clínica Veterinária Uberaba .................................................................. 47 Tabela 7 - Tabelas SWOT dos Estudos de Casos .................................................................. 48

SUMÁRIO RESUMO .............................................................................................................................. 5 LISTA DE ILUSTRAÇÕES .................................................................................................. 6 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11 1. REVISÃO HISTÓRICA SOBRE O TEMA ..................................................................... 16 1.1 A MEDICINA VETERINÁRA PREVENTIVA NO BRASIL ........................................ 16 2. REVISÃO HISTÓRICA DA TIPOLOGIA ...................................................................... 18 2.1 SAÚDE PÚBLICA VETERINÁRIA ............................................................................. 18 3. LEGISLAÇÃO ................................................................................................................ 20 3.1 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO .................................................................................... 20 3.2 RESOLUÇÃO Nº 1275, DE 25 DE JUNHO DE 2019.................................................... 21 4. ESTUDOS DE CASO ...................................................................................................... 23 4.1 CLINICA VETERINÁRIA SENTIDOS. Bento Gonçalves, Brasil ................................. 23 4.2 HOSPITAL VETERINÁRIO CONSTITUCIÓN ............................................................ 27 4.3 HOSPITAL VETERINÁRIO CANIS MALLORCA ...................................................... 32 4.4 CLINICA VETERINÁRIA ALCABIDECHE-VET ....................................................... 36 4.5 CLÍNICA VETERINÁRIA MASANS ........................................................................... 39 4.6 HOSPITAL VETERINÁRIO UBERABA – MG ............................................................ 43 4.7 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 47 5. ÁREA DE INTERVENÇÃO ............................................................................................ 52 5.1 ANÁLISE MACRO AMBIENTAL ............................................................................... 52 5.2 ANÁLISE MICRO AMBIENTAL ................................................................................. 54 6. ESQUEMAS ESTRUTURANTES ................................................................................... 62 6.1 PERFIL DO CLIENTE .................................................................................................. 62 6.5 ORGANOGRAMA ........................................................................................................ 62 6.6 AGENCIAMENTO........................................................................................................ 62 6.7 FLUXOGRAMA ........................................................................................................... 64

6.8 SETORIZAÇÃO ............................................................................................................ 65 6.9 PROGRAMA DE NECESSIDADS ................................................................................ 66 7. PROPOSTA PROJETUAL .............................................................................................. 69 7.1 CONCEITO ................................................................................................................... 69 7.2 PARTIDO ARQUITETÔNICO...................................................................................... 69 7.3 PARTIDO URBANÍSTICO ........................................................................................... 72 7.4 IMPLANTAÇÃO ESQUEMÁTICA E VOLUMÉTRICA .............................................. 73 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 74 ANEXOS ............................................................................................................................. 75 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFCAS ................................................................................... 84

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INTRODUÇÃO O trabalho relaciona a Arquitetura por meio de um anteprojeto arquitetônico de um Hospital Veterinário Público com a Saúde Pública do Município de Mogi das Cruzes – SP, o projeto tem o objetivo de ressaltar a importância para o cuidado com os animais domésticos como cães e gatos e a relação com a saúde pública da população moradora do Município.

Ressaltando a importância de tratar dos animais e manter suas vacinações em dia, bem como o controle de natalidade e a quantidade de animais abandonados nas ruas combatendo os maus tratos e a fim de evitar doenças, tanto para os animais como para nós seres humanos que interagimos diretamente com eles, evitando doenças graves como as zoonoses, consideradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doenças ou infecções naturalmente transmissíveis entre animais vertebrados e os seres humanos.

Para compreensão do tema proposto foram realizados estudos pertinentes através de revisões bibliográficas e análises de outros projetos como estudos de casos de clínicas e hospitais veterinários com o intuito de entender o funcionamento, fluxo e rotina do atendimento veterinário.

Segundo dados estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE, 2020), o senso realizado em 2010 estipula a população de Mogi das Cruzes em 544,12hab/km², e levantamentos apontam uma proporção de 1 cão para cada humano e 1 gato para cada 16 humanos, sugerindo uma população de cerca de 160.158 cães e 26.539 gatos na cidade.

O Município de Mogi das Cruzes conta com um único Hospital Público Veterinário que estima vacinar 50 cães e 25 gatos por mês e castrar 200 animais entre cães e gatos machos e fêmeas, segundo o Termo de Convênio nº 88 de setembro de 2016 firmado entre o Município de Mogi das Cruzes e a Anclivepa, Associação responsável pela implantação do Centro de Bem Estar Animal.

O Centro de Bem Estar Animal, está localizado em área afastada no distrito de Cesar de Souza, próximo ao Centro de Controle de Zoonoses e atende a população de segunda a sexta feira entre as 8 e as 17 horas, sendo o período da manhã disponibilizado para atendimentos às consultas de retorno e o período da tarde somente para as cirurgias, na clínica não são realizados os atendimentos e consultas de rotina, , o atendimento neste local se dá por ordem de chegada sendo distribuídas poucas senhas diárias.

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Diante do exposto fica claro a necessidade de um equipamento urbano que atenda a demanda e auxilie na contribuição da saúde pública quanto as questões de saúde animal. O projeto Hospitalar tem por objetivo propor uma edificação que garanta o atendimento aos animais e a população de baixa renda com exames de diagnósticos, consultas de rotina, serviços clínicos e cirúrgicos, laboratorial e de emergência 24 horas, além de prestar serviços com a conscientização da população a importância da castração e o controle de natalidade evitando animais abandonados.

O Centro de Tratamento Animal proposto tende a tratar de forma preventiva dos animais domésticos, mantendo-os com uma boa saúde e bem-estar, garantindo assim a saúde pública da população.

TEMA Para o desenvolvimento do trabalho de conclusão para o curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes, este tem como objetivo a proposta de um Hospital Público Veterinário, para a cidade de Mogi das Cruzes - SP, com o intuito de atender a população, de baixa renda, disponibilizando meios de tratamento aos seus animais domésticos, pensando não somente no bem-estar animal, mas também no controle de natalidade dos mesmos e na saúde pública da população.

JUSTIFICATIVA O tema saúde dos animais tem relevância para os moradores, os animais e a saúde pública da cidade como um todo. Atender a população e dar a oportunidade dos cidadãos de cuidar e tratar dos seus animais domésticos de forma adequada, com acompanhamento médico, mantendo suas vacinas em dia e dando boa qualidade de vida, o que reflete na saúde pública da cidade, assim como o índice de animais abandonados que geram transtornos para o município e também pode ser causador de problemas como a disseminação de zoonoses.

O controle de natalidade implica em menos animais abandonados nas ruas e consequentemente, maior controle das principais zoonoses causadas por esses animais, sendo um assunto de saúde pública.

A cidade de Mogi das Cruzes possui cerca de 713km² e a densidade demográfica estimada em 544,12 hab./km², segundo o senso do IBGE de 2010, a demanda de atendimento

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veterinário é alta levando em conta que o Município hoje possui um único equipamento urbano relacionado à Saúde Animal, sendo um Hospital Veterinário Público, localizado no distrito de César de Sousa, inaugurado em setembro de 2016, junto ao Centro de Controle de Zoonoses, em área afastada do grande centro urbano e com capacidade de atendimento reduzida.

PROBLEMATIZAÇÃO A falta de oportunidade dos cidadãos de tratar de forma adequada de seus animais de estimação, levando em conta a saúde tanto dos animais quando a própria saúde com a prevenção de doenças e o controle de natalidade dos animais, reduzindo o abandono animal.

HIPÓTESE A implantação de um hospital público veterinário em área centralizada, permitirá fácil acesso aos moradores, para que os mesmos possam tratar de seus animais domésticos de forma preventiva, gerando o bem-estar animal.

OBJETIVO GERAL O trabalho tem por objetivo o interesse em contribuir com o bem-estar animal, sendo o projeto de um equipamento hospitalar a forma direta de ligar o atendimento veterinário à arquitetura, acredita-se fazer necessário a implantação do projeto levando em consideração a extensão territorial do Município.

OBJETIVO ESPECÍFICO Contribuir de forma preventiva e corretiva à saúde animal, disponibilizando um Hospital Veterinário de fácil acesso à população, principalmente para os moradores de baixa renda, que não tem a possibilidade de levar seus animais para tratamentos em clínicas particulares.

Elaborar um anteprojeto de um hospital veterinário para a cidade de Mogi das Cruzes, de forma a abranger maiores atendimentos de caráter público, contribuindo para a promoção da saúde animal e a convivência harmoniosa entre homem-animal.

Oferecer vacinações, cirurgias, internações, atendimento de urgência 24 horas, castrações, campanhas de conscientização da população da importância de se tratar adequadamente e castrar seu animal doméstico.

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Trazer um novo Hospital integrado ao centro urbano, para maior facilidade de acesso aos usuários, localizado de forma geral em meio urbano central, com uma organização funcional adequando o desenvolvimento do projeto às demandas que atendam às necessidades da população do Município.

ESTUDOS DE CASOS Devido ao caso de pandemia que estamos vivenciando no momento, com a Covid-19 e o distanciamento social as visitas técnicas foram impossibilitadas, portanto as mesmas foram substituídas por alguns estudos de casos de algumas clinicas particulares e alguns hospitais veterinários nacionais e internacionais, sendo eles; - Clínica Veterinária Sentidos, localizada em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul – Brasil.

- Hospital Veterinário Constitución, localizado em Valencia – Espanha.

- Hospital Canis de Mallorca, localizado em Palma, Ilha de Mallorca – Espanha.

- Clínica Veterinária Alcabideche-Vet, localizado em Alcabideche – Portugal.

- Clínica Veterinária Masans, localizada em Chur – Suíça.

- Hospital Veterinário Uberaba, localizado em Uberaba, Minas Gerais – Brasil.

METODOLOGIA As pesquisas para o desenvolvimento do projeto foram realizadas através de estudos bibliográficos para a melhor compreensão e entendimento do funcionamento de um Hospital Veterinário dentro de suas necessidades, bem como a busca por referencias quanto as técnicas construtivas e o aproveitamento da iluminação e ventilação natural, visando o conforto térmico, visual e acústico das áreas internas visando o bem-estar animal e o conforto também para os profissionais da área, funcionário e visitantes.

Os levantamentos foram feitos através de consultas a outros Hospitais e Clínicas Veterinárias existentes tanto no Brasil como em outros países.

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Para a escolha do local de implantação, foi levado em conta uma área urbana central na cidade com permissão de uso e ocupação para tal equipamento levando em conta a Lei Municipal 7.200/2016 do Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo, bem a busca pela informação no Centro de Vigilância Epidemiológica na Cidade permitindo o uso da área para a elaboração de um projeto Hospitalar de uso específicos destinado aos animais domésticos.

Com a definição da área foram realizados estudos de implantação do projeto com o intuito de entender o funcionamento, fluxo viário, a utilização do local ao redor do lote em um raio de 500 metros e ainda foram realizados estudos de insolação e ventilação natural do local com o intuito de melhor prever a fachada principal e as demais áreas da edificação.

Por fim propõe-se o desenvolvimento do anteprojeto arquitetônico.

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1. REVISÃO HISTÓRICA SOBRE O TEMA Este capítulo engloba a fundamentação teórica e conceitual relacionada ao tema de estudo com aspectos gerais da saúde animal e hospitais veterinários.

1.1 A MEDICINA VETERINÁRA PREVENTIVA NO BRASIL A Medicina Veterinária preventiva teve grande importância para o desenvolvimento da saúde pública no Brasil, segundo Pfuetzenreiter, Schwabe (1984) descreve as ações praticadas pela Medicina Veterinária Preventiva e divide-as em cinco fases considerando-as aparentadas com as atividades relacionadas à “doença animal”.

Segundo Pfuetzenreiter, de acordo com Shcwabe (1984) a fase de ações locais tem se princípio datados na pré-história e continua até o primeiro século da era cristã. Os primeiros registros que se tem dirigidos contra a doença animal foram escritos pelas antigas civilizações do Egito e Grécia, com referências à curandeiros animais antes da era cristã.

Esse tipo de ação se fez necessário segundo a necessidade das populações rurais na utilização de animais para produção de alimentos em quantidade suficiente para sua subsistência. Portanto ao lado dos tratamentos cirúrgicos e obstétricos individuais, duas outras táticas eram utilizadas para o controle das enfermidades animais; o emprego da quarentena e o sacrifício dos animais enfermos (Pfuetzenreiter, 2004) Pfuetzenreiter diz que para Schwabe (1984) a segunda fase, considerada militar tem seu início no primeiro século da era cristã. Com a expansão das nações e a importância militar que o cavalo exercia no exército, foram criados esforços no controle de doenças animais em larga escala, com estruturas organizadas de pessoas que curavam os animais com o aperfeiçoamento das técnicas básicas do diagnóstico clínico com o desenvolvimento da habilidade de diferenciar as combinações dos sinais de doenças específicas, essa fase abrangeu a Idade Média e o Renascimento.

Já a terceira fase é considerada por SCHWABE (1984), de acordo com Pfuetzenreiter, da polícia sanitária, se inicia com a criação da primeira escola de veterinária no país (1762). O início dessa fase se precipitou pelos problemas econômicos ocasionados pela grande quantidade de animais enfermos na Europa, o que ocasionou a separação da escola de medicina veterinária da medicina humana.

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Muitos dos primeiros estudantes de medicina veterinária eram militares, com os estudos avançando foram implantados centros organizados de tratamento veterinário para utilização dos alunos e posteriormente como atendimento aos animais enfermos (Pfuetzenreiter, 2004).

Nesse período foram adotadas táticas como higiene e o controle sobre o abate dos animais para consumo, com o objetivo de combater doenças de origem animal, inicia-se os primeiros esforços relacionados a saúde pública no país, foi observado nesse momento que a maior deficiência do programa até então estava relacionada a comunicação com o público (Pfuetzenreiter, 2004).

Com isso inicia-se a quarta fase, para Schwabe (1984) tida como a fase das campanhas ou ações públicas no século XIX, como descrito por Pfuetzenreiter.

Marcado com os experimentos sobre o anthrax por Delafond (diretor da segunda escola de veterinária fundada no mundo – Escola de Veterinária de Alfort) e pelos trabalhos de Pasteur, Chauveau, Koch e Salmon, que conduziram a “revolução microbiológica” buscando compreender as formas de contagio, criando uma base para a bordar as buscas e investigações de doenças buscando identificar seus agentes biológicos.

Também nessa fase foi introduzido medidas para o controle das enfermidades com ações populacionais como o diagnóstico e a imunização em escala populacional, assim como procedimentos para controle de vetores como uma medida preventiva.

A revolução microbiológica marcou uma fase muito produtiva para a Medicina Veterinária Preventiva, porém observou-se que outros fatores intervinham no aparecimento das enfermidades estão começa-se a fase de vigilância e ações coletivas, no qual percebe-se que a presença do agente etiológico é necessária, mas não o suficiente para explicar todas as enfermidades e seus surgimentos.

Essa constatação gerou uma crise na medicina veterinária preventiva no ano de 1950, pois apesar dos esforços das campanhas de imunização conseguiram a redução, mas não a eliminação das doenças.

Em resposta a essa crise surgiu a revolução epidemiológica, definida por Schwabe (1984) como a quinta fase, focalizando seus estudos sob a população e introduzindo na

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medicina veterinária preventiva por meio da saúde pública auxiliando sua pratica e contribuindo como uma nova tática para controle das enfermidades (Pfuetzenreiter, 2004).

Com início na década de 60 essa tática continua até os dias de hoje, contribuído com a saúde pública, com o ingresso dos médicos veterinários no campo das doenças transmissíveis e nos serviços médicos preventivos, relevando a importância das zoonoses que são causadoras de 80% das doenças transmissíveis de animais para os humanos (Pfuetzenreiter, 2004).

2. REVISÃO HISTÓRICA DA TIPOLOGIA Nesse capítulo busca-se o entendimento da tipologia de um Hospital Veterinário segundo legislações pertinentes as áreas mínimas necessárias para o desenvolvimento do projeto arquitetônico.

2.1 SAÚDE PÚBLICA VETERINÁRIA A saúde pública e uma área da veterinária voltada para a população. Na época da idade média era comum as famílias criarem animais em seus quintais como porcos, gansos e patos para consumo, o que causava incomodo pelo acúmulo de excrementos, para combater o problema, os municípios criaram várias regras para as instalações de animais de criação e criaram também os matadouros municipais, visando o controle dos alimentos para consumo, reduzindo os riscos para a saúde humana.

Em 1946 o termo saúde pública foi utilizado pela primeira vez em um encontro que incumbia a OMS de estruturar as atividades da saúde pública envolvendo aplicações do conhecimento da medicina veterinária, nessa reunião o termo Saúde Pública ficou definido como “A saúde pública veterinária compreende todos os esforços da comunidade que influenciam e são influenciados pela arte e ciência médica veterinária, aplicados à prevenção da doença, proteção da vida, e promoção do bem-estar e eficiência do ser humano”. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1951).

O termo saúde pública era relativamente nova na época e o documento aponta como atividades da saúde pública veterinária as zoonoses, a higiene dos alimentos e os trabalhos laboratoriais de biologia e ciências experimentais, citando também a luta contra as zoonoses uma das principais atividades da saúde pública veterinária, por consistirem em um dos principais fatores de morbidade pelas infecções agudas e crônicas causadas pelas enfermidades,

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a eliminação desse tipo de doença dependem das medidas adotadas para a prevenção de doenças nos animais.

São inúmeras as contribuições da Medicina Veterinária para a saúde humana, relacionando a saúde e bem-estar humana, relacionados aos animais de forma direta temos o diagnóstico e controle de zoonoses, os estudos comparativos de epidemiologia e enfermidades não infecciosas dos animais em relação aos seres humanos, intercâmbio das informações da medicina humana e veterinária.

Estudo das substâncias toxicas provenientes doa animais, inspeção de alimentos, estudos de problemas de saúde ligados a indústria animal, supervisão da criação animal, a cooperação entre as organizações da saúde pública e veterinária e a consulta técnica relacionada a saúde humana relativo aos animais.

Atualmente, as atividades básicas de proteção da saúde animal, com especial atenção para o combate às zoonoses fazem com que as concepções de saúde e doença da Medicina Veterinária Preventiva sejam as mesmas da saúde pública veterinária formando um modo único de pensar – a preocupação com a promoção da saúde na coletividade, constituindo um estilo de pensamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Pública (PFUETZENREITER, 2003).

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3. LEGISLAÇÃO Esse capítulo engloba as legislações pertinentes para o lote, levando em consideração a Lei 7.200/2016 do Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo, assim como Legislações pertinentes à Veterinária e os processos construtivos para um hospital veterinário.

3.1 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO O lote escolhido para a implantação do projeto está inserido em uma Zona de Dinamização Urbana (figura 1), que orienta o uso e as atividades constituindo as áreas urbanas que se pretende induzir uma diversidade de atividades, conforme a capacidade funcional e o fluxo viário (MOGI DAS CRUZES, [2016]).

A ZDU1 se caracteriza por uma área de desenvolvimento econômico, podendo absorver o uso do solo para serviços, tendo como objetivo a redução do deslocamento gerados pelas necessidades cotidianas de acesso a serviços urbanos (MOGI DAS CRUZES, [2016]).

FIGURA 1 - Lei de Uso e Ocupação do Solo - Mogi das Cruzes

Fonte: Prancha de Zoneamento LOUOS PMMC – Mapa 12 Centro Site Prefeitura de Mogi das Cruzes / Editado pela autora.

Os índices urbanísticos da área permitem uma Taxa de Ocupação de 60% com um Coeficiente de Aproveitamento Básico de 2,5, admitindo um Coeficiente de Aproveitamento Máximo de 3, tanto nas vias locais, coletoras ou arteriais (MOGI DAS CRUZES, [2016]).

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Espera-se para lotes de meio de quadra uma frente com o mínimo de 7,5 metros e uma área mínima de 150 m². Os recuos a serem obedecidos são de 5 metros de frente, 1,5 metros para os recuos laterais, sendo esses não obrigatórios para a zona em que se insere (ZDU-1) e 2 metros para o recuo de fundos. A taxa de permeabilidade deverá ser de no mínimo 20% da área total do lote para esta área (MOGI DAS CRUZES, [2016]).

A LOUOS 7.200/2016 de Mogi das Cruzes, nos mostra os parâmetros mínimos para o desenvolvimento de um projeto arquitetônico, contudo a implantação do projeto se dá em um lote com 93,10 metros de testada e um área total de 6.766,60 m2, detalhado no Capítulo 5.2.

3.2 RESOLUÇÃO Nº 1275, DE 25 DE JUNHO DE 2019 A resolução nº 1275, de 25 de junho de 2019 do Conselho Federal de Medicina Veterinária, com o Manual de Legislação do Sistema CFMV / CRMVs estabelece condições para o funcionamento de estabelecimentos Médico-Veterinários de atendimento a animais de estação de pequeno porte.

Segundo o Art.2º, considera-se animais de estimação de pequeno porte todas as raças de cães e gatos, pequenos mamíferos, ave répteis considerados animais de companhia.

O capitulo IV diz respeito aos hospitais veterinários definidos pelo Art.10 como estabelecimentos destinados ao atendimento de animais para consultas, tratamentos clínicoambulatoriais, exames diagnósticos, cirurgias e internações, com atendimento ao público em período integral (24 horas), sob a responsabilidade técnica, supervisão e a presença permanente de médico veterinário.

De acordo com o Art.11 da resolução nº1275/2019, são condições obrigatórias para o funcionamento de um hospital veterinário possuir uma recepção e sala de espera, um arquivo médico físico ou informatizado, sanitários para uso público, balança para pesagem dos animais, sala de atendimentos preparadas com mesa impermeável para atendimentos, pia de higienização, uma unidade para refrigeração das vacinas, antígenos, medicamentos, armário para guarda dos equipamentos médicos. É necessário também um setor de diagnósticos contendo salas de radiologia veterinária, equipamentos e serviços de ultrassonografia e eletrocardiograma, equipamentos laboratoriais básicos para atendimento de emergências.

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À a necessidade de um setor cirúrgico com ambiente para preparo dos pacientes e um ambiente de recuperação do paciente com provisão de oxigênio e sistema de aquecimento para o paciente.

Um ambiente de assepsia e paramentarão imediatamente adjacente à sala de cirurgia com pia, uma sala de lavagem e esterilização dos materiais e as salas de cirurgia, bem como um setor de internação, com um ambiente para higienização do paciente com a disponibilização de água corrente, baias e boxes individuais compatíveis com os pacientes a serem internados de fácil higienização.

Deverá conter uma sala de isolamento exclusiva para internação de animais com doenças infectocontagiosas.

Além de um setor de sustentação contendo lavanderia, deposito de material de limpeza e um almoxarifado. Um ambiente para descanso e de alimentação para os médicos veterinários e demais funcionários do estabelecimento.

Sanitários e vestiários exclusivos e de acordo com o número de funcionários, um local de estocagem de medicamentos e materiais de consumo, uma unidade refrigerada exclusiva para a conservação de animais mortos e resíduos biológicos.

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4. ESTUDOS DE CASO 4.1 CLINICA VETERINÁRIA SENTIDOS. Bento Gonçalves, Brasil Ficha técnica (ARCHDAILY, 2020): 

Arquitetos responsáveis: Diego Flamia, Thiago Yuuki Kajiwara



Área Construída: 190m2



Ano do Projeto: 2019

Localizada na cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, na Rua Santo Antônio, 234, com 190m2 de área construída, a Clínica Veterinária Sentidos, foi projetada para ocupar todo o lote até suas divisas laterais. Portanto para iluminação e ventilação natural foram criados jardins internos interligando as áreas de trabalho (ARCHDAILY, 2020).

FIGURA 2 - Localização Clínica Sentidos

Fonte: Google Maps. Editado pela autora.

O acesso principal se dá por meio de um corredor lateral que nos leva a recepção e ao acesso e funcionários que tem ligação direta com as áreas restritas como as salas de cirurgias e internação. Da recepção tem-se acesso as salas de exames e de atendimento ao público, localizados na parte frontal da edificação, como podemos identificar na planta baixa (ARCHDAILY, 2020).

24

FIGURA 3 - Planta Baixa - Clínica Veterinária Sentidos

Fonte: Archdaily (2020) – Clínica Veterinária Sentidos – OCRE arquitetura.

Editado pela autora

25

O projeto da Clínica é recente e foi criado com a estratégia que possibilitasse minimizara as atividades construtivas in loco, visando uma obra economicamente sustentável e com baixa geração de resíduos com maior precisão construtiva (ARCHDAILY, 2020).

Os materiais utilizados no projeto são concretos, aço e madeira e contam com um design industrial, com ambientes cleans, como podemos visualizar na figura 4 a fachada da edificação conta com brises verticais de madeira permitindo conforto e privacidade às salas de atendimento (ARCHDAILY, 2020).

FIGURA 4 - Acesso Principal Clínica Veterinária Sentidos

Fonte: Archdaily (2020) – Clínica Veterinária Sentidos – OCRE arquitetura.

Foto: Cristiano Bauce – Disponível em www.archdaily.com.br

A imagem 5 nos mostra o interior da recepção com o grande jardim interno trazendo muita iluminação natural e garantindo a ventilação para o ambiente. Na figura 6 pode-se notar a parede em blocos de concreto aparente, misturado com a madeira do detalhe do lavatório e a janela de aço garantindo a iluminação e ventilação da sala (ARCHDAILY, 2020).

Todo o mobiliário foi pensado pelos arquitetos de forma a compor o espaço com o conceito industrial da edificação, focando nos materiais de madeira e aço (ARCHDAILY, 2020).

26

FIGURA 5 - Recepção Clínica Veterinária Sentidos

Fonte: Archdaily (2020) – Clínica Veterinária Sentidos – OCRE arquitetura.

Foto: Cristiano Bauce – Disponível em www.archdaily.com.br

FIGURA 6 - Sala de Atendimento Clínica Sentidos

Fonte: Archdaily (2020) – Clínica Veterinária Sentidos – OCRE arquitetura.

Foto: Cristiano Bauce – Disponível em www.archdaily.com.br

27

Tabela 1 - SOWT - Clínica Sentidos

Fatores Positivos

Fatores Negativos

Fatores Internos

Forças

Fraquezas

 Boa utilização do espaço



Clínica privada

 Iluminação natural proveniente



Poucos

do jardim interno

consultórios

para

atendimento 

Cruzamento

de

fluxo

na

entrada e saída de lixos Oportunidades

Ameaças

 Desenvolvimento de trabalhos

Fatores Externos

com

a

comunidade



para

conscientização da importância

Localizada

em

área

residencial 

do tratamento animal.

Contaminação causado pelo cruzamento

de

fluxo

de

entrada de pacientes e saída de dejetos.

4.2 HOSPITAL VETERINÁRIO CONSTITUCIÓN Ficha técnica (ARCHDAILY, 2020): 

Arquitetos responsáveis: Dobleese Space & Branding



Área Construída: 450m²



Ano do Projeto: 2016

Localizado à Rua Carrer de I’Alcúdia de Crespins, nº12 na cidade de Valencia, Espanha (figura 7), o Hospital Veterinário Constitución é aberto 24 horas por dia e atende cães, gatos, aves e roedores, além disso é considerado um centro de aprendizagem para estudantes de veterinária e um centro de referência para outros hospitais veterinários (ARCHDAILY, 2020).

28

FIGURA 7 - Localização Hospital Veterinário Constitución

Fonte: Google Maps – Hospital Veterinário Constitución – Dobleese Space & Branding.

Editado pela autora.

O projeto possui 450m² e o local permitiu um espaço harmonioso com funcionalidade, transparência e um projeto flexível (ARCHDAILY, 2020).

O interior do Hospital se organiza por meio de um prisma central a partir do qual se projetou toda a planta. Totalmente revestido de porcelanato que imita madeira, busca acolhimento sem interferir na limpeza adequada que o local necessita. O prisma central é composto pela recepção, sanitários e o pet shop, como podemos ver na figura 8. No seu perímetro ficam localizadas as salas de esperas, figura 9, e a loja de produtos especializados (ARCHDAILY, 2020).

FIGURA 8 - Recepção / Prisma Central - Hospital Constitución

Fonte: Archdaily (2020) – Hospital Veterinário Constitución – Dobleese Space & Branding.

Foto: Adolfo López – Disponível em www.archdaily.com.br

29

FIGURA 9 - Sala de Espera Hospital Constitución

Fonte: Archdaily (2020) – Hospital Veterinário Constitución – Dobleese Space & Branding.

Foto: Adolfo López – Disponível em www.archdaily.com.br

Os consultórios estão atrás de uma continua película de vidro fosco com pilares metálicos, permitindo a entrada de luz, mantendo a privacidade. No projeto foram utilizadas iluminações zenitais permitindo a permeabilidade da luz para iluminação natural dos ambientes (ARCHDAILY, 2020).

Através dos consultórios acessa-se o laboratório, conforme planta baixa ilustrada na figura 10 (ARCHDAILY, 2020).

O laboratório foi projetado com um esquema de circulação que dá acesso as salas de raio-x, salas de cirurgias, de hospitalização, desinfecção e a sala de atendimento 24 horas (ARCHDAILY, 2020).

30

FIGURA 10 - Planta Baixa Hospital Constitución

Fonte: Archdaily (2020) – Hospital Veterinário Constitución – Dobleese Space & Branding.

Edição Própria

O Hospital conta também com salas de conferência que são utilizadas para aprendizagem dos estudantes de veterinária e como apoio para a reuniões, figura 11 (ARCHDAILY, 2020).

31

FIGURA 11 - Sala de Conferencia Hospital Constitución

Fonte: Archdaily (2020) – Hospital Veterinário Constitución – Dobleese Space & Branding.

Foto: Adolfo López – Disponível em www.archdaily.com.br

Tabela 2 - SWOT - Clínica Constitución

Fatores Positivos

Fatores Negativos

Forças

Fraquezas



Conta com atendimento 24 

horas 

Única sala de recuperação

para os animais, tendo baias de Acabamento

acolhedor tamanhos

diferentes,

porém

os

imitando madeira, porém com textura animais como cães e gatos ficam na lisa, lavável de fácil manutenção com a mesma sala, o que pode gerar estresse

Fatores Internos

utilização de porcelanato 

Iluminação zenital, trazendo luz

natural aos ambientes 

Acesso

independente

funcionários à áreas restritas

para

32

Oportunidades 

Ameaças

Centro de aprendizagem e 

referência

para

outros

Localizado em área urbana

hospitais. central, em rua onde há a existência

Podendo servir de exemplo para novas de outros comércios o que pode gerar construções com o mesmo objetivo

Fatores Externos



Loja Pet que atrai os clientes e Assim como o barulho dos animais

possíveis pacientes 

incomodidade com fluxo viário.

internados

Localizado em área urbana,

com bastante visibilidade

4.3 HOSPITAL VETERINÁRIO CANIS MALLORCA Ficha técnica (ARCHDAILY, 2020): 

Arquitetos responsáveis: Estudi E. Torres Pujol



Área Construída: 1.538m²



Ano do Projeto: 2014

Localizado em Palma na Espanha (figura 12), o Hospital de Canis Mallorca fica aberto 24 horas, em posição intermediária entre zona industrial e residencial. O projeto foi implantado em um lote trapezoidal e o edifício se adapta a essa forma que dialoga com o entorno (ARCHDAILY, 2020).

FIGURA 12 - Localização Hospital Veterinário Canis Mallorca

Fonte: Google Maps – Hospital Veterinário Canis Mallorca Editado pela autora.

33

O edifício é composto com pilares metálicos e concreto armado, os pilares estão ligados à estrutura exterior possibilitando uma planta livre, com exceção do bloco rígido que interliga os três pavimentos de forma vertical (ARCHDAILY, 2020).

O acesso principal fica abaixo de uma marquise formada por uma pele de vidro, permitindo a entrada de luz, ocupando toda a fachada longitudinal com um único acesso à recepção. Para as outras três fachadas foram utilizadas aberturas suficientes para a entrada de luz e ventilação natural (ARCHDAILY, 2020).

O maior desafio do projeto foi aproveitar a luz natural para as salas de cirurgias e os espaços geralmente carentes nesse tipo de iluminação, para solução foram dispostas iluminação zenitais orientadas para Norte permitindo a entrada de luz difusa sem incomodar o ambiente. O edifício é predominantemente branco no seu interior e exterior enfatizando a limpeza do espaço e seu caráter mediterrâneo (ARCHDAILY, 2020).

O projeto é composto por três pavimentos, sendo um subsolo onde está localizado o estacionamento coberto, conforme a figura 13, o acesso ocorre pela Rua Carrer D’ages de Pacs, onde desce uma rampa lateral a entrada principal que dá acesso à recepção no térreo da edificação.

A circulação vertical ocorre pela área em amarelo indicada na figura 13, onde está localizado o bloco rígido que chega aos demais pavimentos.

FIGURA 13 - Planta Subsolo Hospital Veterinário Canis Mallorca

Fonte: Archdaily (2020) – Hospital Veterinário Canis Mallorca. / Editado pela autora.

34

No 1º pavimento (figura 14) estão localizadas a recepção, as salas de atendimentos, salas de espera, sala de isolamento, os locais para internação de cães e gatos separadamente, as salas de fisioterapia, raio-x, ecografia, os laboratórios e um consultório, além dos sanitários para uso dos clientes.

FIGURA 14 - Planta Pavimento Térreo Hospital Veterinário Canis Mallorca

Fonte: Archdaily (2020) – Hospital Veterinário Canis Mallorca.

Editado pela autora.

No segundo pavimento está localizado as áreas restritas a funcionários (figura 15), como vestiários, copa, sala de sobreaviso, administração, arquivos, depósitos, sala de reuniões e conferencia, além das salas de preparo dos pacientes, cirurgias e endoscopia.

35

FIGURA 15 - Planta 2º Pavimento Hospital Veterinário Canis Mallorca

Fonte: Archdaily (2020) – Hospital Veterinário Canis Mallorca / Editado pela autora.

Tabela 3 - SWOT - Hospital Veterinário Canis Mallorca

Fatores Positivos

Fatores Negativos

Forças

Fraquezas



Utilização

de

iluminação 

Edifício com 3 pavimentos

Fatores Internos

zenital em áreas como salas de cirurgia demandando o uso de elevadores para com entrada de luz difusa, iluminando acesso ao setor privado / cirurgia, o sem incomodar os procedimentos

que pode ocasionar estresse do animal.

36

Oportunidades 

Ameaças

Pavimento térreo de acesso aos 

Localizado em área central,

usuários com todas as salas disponíveis próximo a escolas e supermercados, e fácil acesso

Fatores Externos



podendo gerar excesso de fluxo viário

Pele de vidro na fachada 

Não atendimento de urgências

principal, chamando atenção do cliente, e emergências ligada diretamente à sala de recepção com loja de produtos Pets.

4.4 CLINICA VETERINÁRIA ALCABIDECHE-VET Ficha técnica (ARCHDAILY, 2020): 

Arquitetos responsáveis: João Tiago Aguiar Arquitectos



Área Construída: 300m²



Ano do Projeto: 2009

A clínica Veterinária Alcabideche-Vet está localizada na cidade de Alcabideche, em Portugal. O edifício foi inserido em um terreno com um declive suave, composto por uma fachada de vidros opacos e com seu corpo em concreto suspenso graças às suas vigas de fundação (Figura16) (ARCHDAILY, 2020).

FIGURA 16 - Clínica Veterinária Alcabideche-Vet

Fonte: Archdaily (2020) – Clínica Veterinária Alcabideche-Vet.

37

O projeto foi desenhado com um grande corredor ao centro onde estão localizadas as salas de ambos os lados, porém cada sala é como um volume, dimensionado de forma diferente, relacionado com a atividade que acolhe, conforme plana baixa (Figura 17) (ARCHDAILY, 2020).

FIGURA 17 - Planta Baixa Clinica Alcabideche-Vet

Fonte: Archdaily (2020) – Clínica Veterinária Alcabideche-Vet. Editado pela autora.

Para deixar o comprido corredor interessante foram criadas entradas de luz natural deslocando os volumes das salas em ambas as direções criando vãos nos afastamentos, conforme figura 18 (ARCHDAILY, 2020).

38

FIGURA 18 - Vão dos deslocamentos das salas para iluminação natural

Fonte: Archdaily (2020) – Clínica Veterinária Alcabideche-Vet.

No corte representado na figura 19, podemos ver a relação do declive que ocorre no terreno e como a sustentação do edifício foi pensada, evitando a necessidade de aterrar a área (ARCHDAILY, 2020).

FIGURA 19 - Corte Clinica Alcabideche-Vet

Fonte: Archdaily (2020) – Clínica Veterinária Alcabideche-Vet.

39

Tabela 4 – SOWT - Clinica Alcabideche-Vet

Fatores Positivos

Fatores Negativos

Forças

Fraquezas



Acesso separado para áreas 

restritas de uso dos funcionários 

Prismas

e

volumes

2 consultórios para 

Fatores Internos

aproveitar a iluminação natural 

Clinica pequena com somente

Sala de recuperação pequena,

com poucas baias e sendo de uso

Respeito às curvas naturais do coletivo, tanto para cães ou gatos,

terreno com a suspenção do edifício

gerando estresse entre os animais internados

Oportunidades

Fatores Externos



Os

prismas

Ameaças que

dão

a 

Sala de isolamento muito

volumetria do prédio chamam a próximo à recepção e ao acesso atenção, assim como as janelas altas de principal, com risco de contaminação vidro fosco que quando a noite de outros animais iluminam a área externa

4.5 CLÍNICA VETERINÁRIA MASANS Ficha técnica (ARCHDAILY, 2020): 

Arquitetos responsáveis: Domenig Architeken



Área Construída: 1.145m²



Ano do Projeto: 2014

A Clínica Veterinária Masans fica situada em Chur, na Suíça e foi projetada para reacomodar uma equipe de 17 veterinários propiciando um ambiente de trabalho amplo, totalmente equipado e agradável, com tecnologia médica de alta qualidade (ARCHDAILY, 2020).

A Clínica está inserida em um lote que serve também como um conjunto habitacional.

Parte da edificação é subterrânea e sua cobertura serve como um jardim / parque que atende esse conjunto habitacional (Figura 20) (ARCHDAILY, 2020).

40

FIGURA 20 - Clínica Veterinária Masans / Conjunto Habitacional

Fonte: Archdaily (2020) – Clínica Veterinária Masans.

Podemos verificar na planta baixa (figura 21), que os locais que necessitam de iluminação e ventilação natural foram locados no perímetro da construção, enquanto os espaços como depósitos, laboratórios e salas de cirurgia, que necessitam de luz artificial foram locados no núcleo do edifício (ARCHDAILY, 2020).

FIGURA 21 - Planta baixa Clínica Masans

41

Fonte: Archdaily (2020) – Clínica Veterinária Masans. Editado pela autora.

Com o intuito de iluminar os ambientes periféricos no interior da edificação, os arquitetos optaram por trabalhar com a cor branca nas portas, mobiliários e nas superfícies de trabalho. As paredes são principalmente de concerto e o piso de linóleo cinza claro (ARCHDAILY, 2020).

A combinação de cinza e branco traz um ambiente agradável e calmo para os funcionários e visitantes, conforme podemos notar das figuras 22, 23 24 e 25 (ARCHDAILY, 2020).

FIGURA 22 - Sala de Diagnóstico de Raio-x Clinica Masans

Fonte: Archdaily (2020) – Clínica Veterinária Masans

42

FIGURA 23 - Consultório Clínica Masans

Fonte: Archdaily (2020) – Clínica Veterinária Masans FIGURA 24 - Recepção Clínica Masans

Fonte: Archdaily (2020) – Clínica Veterinária Masans

43

FIGURA 25 - Sala de Espera / Loja Clinica Masans

Fonte: Archdaily (2020) – Clínica Veterinária Masans

Tabela 5 - SWOT - Clínica Veterinária Masans

Fatores Positivos

Fatores Negativos

Forças

Fraquezas

Fatores Internos



Falta

de

iluminação

e

iluminação dos ambientes internos ventilação natural nos setores como principalmente

Externos

aqueles

que

não salas

de

cirurgia,

salas

possuem luz natural

diagnósticos e sala de reunião

Oportunidades

Ameaças



Fatores

As cores claras ajudam na 

Hospital localizado abaixo de 

conjunto

habitacional,

Hospital muito próximo a área

estando residencial,

próximos à possíveis usuários

podendo

provocar

incomodidade aos moradores

4.6 HOSPITAL VETERINÁRIO UBERABA – MG Ficha técnica (ARCHDAILY, 2020): 

Arquiteto responsável: Carmem Silvia Maluf



Ano do Projeto: 2000

de

44

O Hospital Veterinário de Uberaba fica localizado no Bairro de Tutunas em Uberaba, Minas Gerais e é formado por uma parceria firmada entra a Fazu (Faculdades Associados de Uberaba), a Uniube (Universidade de Uberaba) e a ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de ZEBU), e teve sua inauguração em agosto de 2000 (FAZU, 2020).

O HUV (Figura 26) é um dos mais modernos e bem equipados hospitais da região e conta com infraestrutura adequada e direcionada para o aprendizado prático dos alunos de Medicina Veterinária (FAZU, 2020).

FIGURA 26 - Hospital Veterinário Uberaba

Fonte: Fazu (2020) – Clínica Veterinária Uberaba.

O HUV possui prédios modernos, laboratórios de última geração, biblioteca informatizada um projeto pedagógico e corpo docente formado por mestres e doutores garantindo excelência para o curso e para o atendimento ao público (FAZU, 2020).

O prédio é predominantemente térreo, possui em sua entrada principal um auditório, indicado na plana baixa com o número 2 (figura 27), e algumas salas administrativas a sua direita, onde há um segundo pavimento destinado ao setor de serviços (figura 28) (ARCOWEB, 2020).

45

FIGURA 27 - Planta Baixa Térreo Hospital Veterinário Uberaba

Fonte: ArcoWeb (2020) – Clínica Veterinária Uberaba.

A recepção se conecta com os demais ambientes através de um longo corredor, a esquerda do prédio temos as áreas de enfermagem (nº 9), Enfermaria (nº 10), Necropsia (nº 11), Canil (nº 12), solário (nº 13), a UTI (nº 14), a sala de isolamento (nº 15) e a sala de observação (nº 16).

As baias para os animais de grande e pequeno porte estão localizadas a direita do prédio, identificados com os números 35 e 36 em planta.

46

FIGURA 28 - Planta Baixa 2º Pavimento Hospital Veterinário Uberaba

Fonte: BlogSpot (2020) – Clínica Veterinária Uberaba.

As demais salas como as salas dos professores, os consultórios, a farmácia, sala de medicamentos, os laboratórios de análises, salas de esterilização, lavagem, expurgo, salas de cirurgia, recuperação, raio-x e ultrassonografia ficam localizadas na porção central do edifício na área norte do prédio.

Foi pensado e implantado no projeto grandes jardins centrais afim de controlar o cheiro vindo em especial das baias onde os animais ficam alojados, levando em consideração o atendimento a animais também de grande porte, e o conforto para os usuários e funcionários.

A forma do Hospital Veterinário Uberaba é composta por dois volumes em curvados formado por cinco prédios disposto em forma radial que se unem a partir de um eixo que dá simetria ao projeto e os grandes jardins criam uma relação do interior com o exterior dando continuidade ao meio arborizado em que se insere o projeto, as áreas de circulação são abertas e envidraçadas concluindo essa conexão conforme figura 29.

47

FIGURA 29 - Corredores de ligação HVU

Fonte: BlogSpot (2020) – Clínica Veterinária Uberaba.

Tabela 6 - SOWT - Clínica Veterinária Uberaba

Fatores Positivos

Fatores Negativos

Forças

Fraquezas

Fatores Internos



Hospital

com

intuito

aprendizagem 



Local distante e isolado Principal objetivo centro de

Corredores abertos fazendo a ensino das práticas veterinárias

integração dos espaços internos e externos Oportunidades

Fatores Externos

de 



Ameaças

Grande área arborizada garantindo 

integração com a natureza em local

A

utilização

do

hospital

principalmente como local de ensino superior visando a formação de novos médicos veterinários

4.7 CONCLUSÃO Com base nas informações obtidas com os estudos de casos, pode-se concluir a necessidade de uma boa iluminação e ventilação para as salas de atendimento e as mesmas deve ser de fácil acesso ao público. Entende-se que as salas de exames e cirurgias devem ser de

48

acesso restrito e há a necessidade de uma entrada exclusiva para funcionários diretamente conectada a essas áreas.

As tabelas SOWT de cada estudo de caso citado acima foram unificadas na tabela 7 para melhor exemplificar as análises feitas.

Tabela 7 - Tabelas SWOT dos Estudos de Casos

Clínica Sentidos

Fatores Externos

Fatores Internos

Fatores Positivos

Fatores Negativos

Forças

Fraquezas



Boa utilização do espaço



Clínica privada



Iluminação natural proveniente



Poucos

do jardim interno

consultórios

para

atendimento 

Cruzamento

de

fluxo

na

entrada e saída de lixos Oportunidades

Ameaças





Desenvolvimento de trabalhos

com

a

comunidade

para

Localizada

em

área

residencial

conscientização da importância do



tratamento animal.

cruzamento de fluxo de entrada de

Contaminação causado pelo

pacientes e saída de dejetos.

Clínica Constitución Fatores Positivos

Fatores Negativos

Forças

Fraquezas





Conta com atendimento 24

horas

Fatores Internos



Única sala de recuperação

para os animais, tendo baias de acolhedor

tamanhos diferentes, porém os

imitando madeira, porém com textura

animais como cães e gatos ficam na

lisa, lavável de fácil manutenção com

mesma sala, o que pode gerar

a utilização de porcelanato

estresse



Acabamento

Iluminação zenital, trazendo luz

natural aos ambientes 

Acesso

independente

funcionários à áreas restritas

para

Fatores Externos

49

Oportunidades

Ameaças





Centro de aprendizagem e

Localizado em área urbana

referência para outros hospitais.

central, em rua onde há a existência

Podendo servir de exemplo para

de outros comércios o que pode

novas construções com o mesmo

gerar incomodidade com fluxo

objetivo

viário. Assim como o barulho dos



animais internados

Loja Pet que atrai os clientes e

possíveis pacientes 

Localizado em área urbana,

com bastante visibilidade Hospital Veterinário Canis Mallorca Fatores Positivos

Fatores Negativos

Forças

Fraquezas



Utilização

de

iluminação 

Edifício com 3 pavimentos

Fatores Internos

zenital em áreas como salas de cirurgia demandando o uso de elevadores para com entrada de luz difusa, iluminando acesso ao setor privado / cirurgia, o sem incomodar os procedimentos

que pode ocasionar estresse do animal.

Oportunidades 

Ameaças

Pavimento térreo de acesso aos 

Localizado em área central,

usuários com todas as salas disponíveis próximo a escolas e supermercados,

Fatores Externos

e fácil acesso 

podendo gerar excesso de fluxo viário

Pele de vidro na fachada 

principal,

chamando

atenção

Não atendimento de urgências

do e emergências

cliente, ligada diretamente à sala de recepção com loja de produtos Pets.

Clínica Alcabideche-Vet Fatores Positivos

Fatores Negativos

50

Forças 

Fraquezas Acesso separado para áreas 

restritas de uso dos funcionários 

Prismas

e

volumes

2 consultórios para 

Fatores Internos

aproveitar a iluminação natural 

Clinica pequena com somente

Sala de recuperação pequena,

com poucas baias e sendo de uso

Respeito às curvas naturais do coletivo, tanto para cães ou gatos,

terreno com a suspenção do edifício

gerando estresse entre os animais internados

Oportunidades

Fatores Externos



Os

Ameaças

prismas

que

dão

a 

Sala de isolamento muito

volumetria do prédio chamam a próximo à recepção e ao acesso atenção, assim como as janelas altas de principal, com risco de contaminação vidro fosco que quando a noite de outros animais iluminam a área externa Clínica Veterinária Masans Fatores Positivos

Fatores Negativos

Forças

Fraquezas

Fatores Internos



Falta

de

iluminação

e

iluminação dos ambientes internos ventilação natural nos setores como principalmente

Externos

aqueles

que

não salas

de

cirurgia,

salas

possuem luz natural

diagnósticos e sala de reunião

Oportunidades

Ameaças



Fatores

As cores claras ajudam na 

Hospital localizado abaixo de 

conjunto

habitacional,

próximos à possíveis usuários

Hospital muito próximo a área

estando residencial,

podendo

provocar

incomodidade aos moradores

Hospital Veterinário Uberaba Fatores Positivos

de

Fatores Negativos

51

Forças

Fatores Internos



Hospital

Fraquezas com

intuito

aprendizagem 



Local distante e isolado Principal objetivo centro de

Corredores abertos fazendo a ensino das práticas veterinárias

integração dos espaços internos e externos Oportunidades

Fatores Externos

de 



Ameaças

Grande área arborizada garantindo 

integração com a natureza em local

A

utilização

do

hospital

principalmente como local de ensino superior visando a formação de novos médicos veterinários

52

5. ÁREA DE INTERVENÇÃO O projeto proposto será implantado na cidade de Mogi das Cruzes localizada a leste do estado de São Paulo à 40 km da capital São Paulo (figura 30).

Gaspar Vaz abriu o primeiro caminho de acesso de São Paulo a Mogi das Cruzes, iniciando um primeiro povoado, elevando a Vila em 17 de agosto de 1611, a oficialização do povoado ocorreu em 1º de setembro, dia do aniversário da cidade (IBGE, 2020).

Mogi é uma alteração de Boigy que significa “Rio das Cobras”, denominação dada ao Rio Tietê pelos índios que aqui viviam. A linguagem popular acrescentou o termo “cruzes” ao nome oficial da vila, pois era costume demarcar os limites das vilas com cruzes (IBGE, 2020).

5.1 ANÁLISE MACRO AMBIENTAL Mogi das Cruzes possui uma população estimada de 387.779, segundo último censo IBGE de 2010 com área territorial de 712,541 km².

FIGURA 30 - Localização de Mogi das Cruzes

Mogi das Cruzes

São Paulo Fonte: Wikipedia (2020) – Localização Mogi das Cruzes em São Paulo / Brasil. Editado pela autora.

53

Mogi das Cruzes possui uma linha férrea que corta a cidade de oeste a leste interligando o centro urbano passando por importantes bairros e distritos como Jundiapeba, Braz Cubas e o Centro da Cidade. Atualmente a linha férrea leva a população até o terminal estudantes, localizado antes do distrito de Cezar de Souza (figura 31) FIGURA 31 - Mogi das Cruzes - Fluxo Viário / Distritos

Vias Principais Linha Férrea Rios Principais Represas Lote

Fonte: BlogSpot (2020) – Redescobrindo o Alto Tietê

O local escolhido para o projeto fica situado a 500m do Terminal de trens Estudantes e a cerca de 2,0km do Terminal Mogi das Cruzes, de trens da CPTM (figura 32).

54

FIGURA 32 - Terminais de Trens Mogi / Estudantes

Local Projeto Terminal de Trens Estação Estudantes

Terminal de Trens Estação Mogi

Linha Férrea Fonte: Google, 2020 / Editado pela autora.

5.2 ANÁLISE MICRO AMBIENTAL O lote fica situado na Avenida Cívica, próximo ao Ginásio Municipal de Esportes Professor Hugo Ramos, ao lado da loja de material de construção Sodimac, no bairro Vila Mogilar, um bairro localizado na centralidade do Município de Mogi das Cruzes – SP, conforme ilustrado na figura 33.

FIGURA 33 - Implantação Local Projeto

Fonte: Google, 2020 / Editado pela autora.

55

O lote escolhido está a 275,78 metros da Rua Professor Ismael Alves e tem ao seu entorno a Rua Carlos Barattino à direita do lote e a Avenida Prefeito Carlos Ferreira Lopes aos fundos do lote, sem divisa direta com a mesma conforme indicado na figura 34.

FIGURA 34 - Planta de Situação

Editado pela autora.

A área ao redor do lote em um raio de 500 metros é composta por edifícios de diversos gabaritos, sendo alguns prédios residências e comerciais com mais de dez pavimentos de altura a Sudoeste do lote podemos notar uma área muito adensada onde podemos observar quando visitamos o local ser de grande mescla entre as construções térreas e assobradadas que servem principalmente como comércio, conforme figura 35.

56

FIGURA 35 - Análise de Gabarito de Alturas

Fonte: Google, 2020 / Editado pela autora.

As principais intuições de ensino superior existente na cidade estão próximas ao lote, como a Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), o Centro Universitário Braz Cubas e a Fatec (Faculdade de Tecnologia de São Paulo), assim como outros equipamentos urbanos relevantes como o CEMFORP (Centro Municipal de Formação Pedagógica) entre outros destacados na figura 36.

57

FIGURA 36 - Principais Equipamentos Urbanos

Fonte: Google, 2020 / Editado pela autora.

O Terminal de Ônibus Municipal, o Terminal de Trens Metropolitano da CPTM e o Terminal Rodoviário Municipal encontram-se a Sul do lote beirando a linha férrea. A figura 37 nos mostra as áreas residências existentes ao entorno do lote bem como as áreas comerciais, os equipamentos de saúde e os demais equipamentos urbanos importantes para a cidade que se encontram em um raio de quinhentos metros do lote escolhido para a implantação do projeto.

58

FIGURA 37 - Análise Entorno Lote

Fonte: Google, 2020 / Editado pela autora.

Na imagem 38 notamos que a área ao redor do lote possui diversas áreas vazias, sendo elas de propriedade pública ou privada, como no caso do Centro Universitário Brás Cubas que compreende um grande vazio bem arborizado. A área vazia a Norte do lote escolhido para a implantação do projeto é utilizada sazonalmente como um local de festas e eventos destinados à cidade de uso público, ali é onde ocorre a tradicional Festa do Divino Espírito Santo, uma das maiores festas da região do Alto Tietê e uma das mais antigas do Brasil realizada há mais de 300 (trezentos) anos, a festa ocorre uma vez ao ano com duração de 10 (dez) dias com inúmeras atividades e rica em rituais católicos e folclóricos (Portal do Divino, 2020).

59

FIGURA 38 - Mapas de Cheios e Vazios

Fonte: Google, 2020 / Editado pela autora.

O lote escolhido para o desenvolvimento do projeto possui 6.766,60 m² como podemos verificar na planta de implantação do lote disponível na figura 39. No lote há algumas árvores existentes o terreno é totalmente plano, não contendo curvas de níveis nem construções préexistentes e seu acesso principal se dá pela Avenida Cívica.

A fachada lateral esquerda, de quem olha para o lote faz divisa com a Sodimac Diccico, uma loja de material para construção e de fundo o lote faz divisa com o NeoBPO Mogi I, uma empresa que presta serviços de telemarketing.

60

FIGURA 39 - Implantação Lote

Edição própria.

Podemos verificar na figura 40 a localização exata e a disposição das árvores existentes no lote, bem como a testada do mesmo de frente para a Avenida Cívica.

FIGURA 40 - Vista aérea do lote

Fonte: Google, 2020 / Edição própria.

61

Com o objetivo de melhor estudar o ambiente em que se insere o lote, levando em conta o clima local, foi feito o estudo de insolação onde foi utilizada a carta solar 24º S. Podemos notar na figura 41 o sol nascente a leste da edificação e os horários de insolação nas quatro fachadas do lote, sendo a fachada Leste a mais ensolarada durante todo o período da manhã em todas as estações do ano.

A fachada Oeste garante todo o sol da tarde no período do inverno, equinócio e verão.

Os ventos vêm predominantemente do Leste a maior parte do ano.

FIGURA 41 - Estudo de Insolação e Ventilação

Fonte: Google, 2020 / Edição própria.

62

6. ESQUEMAS ESTRUTURANTES 6.1 PERFIL DO CLIENTE O projeto busca atender as pessoas com baixa renda, residentes da cidade de Mogi das Cruzes que possuam animais domésticos de estimação e que não tenham meios financeiros favoráveis para leva-los em Clínicas Veterinárias particulares.

Os pacientes a serem atendidos no Hospital Público Veterinário, são os animais de estimação, sendo eles cães e gatos domésticos de diferentes portes, assim como pequenas aves e os répteis considerados animais de companhia.

O Hospital Veterinário contará com profissionais da área de Veterinária, assim como Técnicos em Veterinária, recepcionistas e ajudantes gerais.

6.5 ORGANOGRAMA

Edição Própria.

6.6 AGENCIAMENTO SETOR DE SUSTENTAÇÃO / ADMINISTRATIVO Recepção Geral

Sala de descanso

Sala de Espera

Vestiários

Sanitário Público

Sala de necropsia

Administração / Diretoria

Sala de apoio à necropsia

Sala de reunião

Sala de armazenagem de animais mortos

63

Sala de conferência

DML

Depósito / Almoxarifado

Abrigo para resíduos sólidos

Copa

Vaga de estacionamento

SETOR DE ATENDIMENTO AOS ANIMAIS 6 Salas de consultas

Sala de fisioterapia

Ambulatório

Emergência

Sala de raio-x

Sala de coleta de material de exame

Sala de apoio ao raio-x

Laboratório

Sala de ressonância magnética

Baias

Sala de tomografia

Deposito de resíduos sólidos

Sala de ultrassonografia

-

SETOR CIRÚRGICO 2 Salas de preparo dos animais

4 Salas cirúrgicas

2 Salas assepsia / paramentação

Esterilização

SETOR DE INTERNAÇÃO

Edição Própria.

Sala de internação

UTI

Sala de recuperação

Farmácia

Sala de isolamento

-

64

6.7 FLUXOGRAMA

Edição Própria.

65

6.8 SETORIZAÇÃO Figura 42 - Setorização Pav. Térreo

Edição Própria.

Figura 43 - Setorização Pav. Superior

Edição Própria.

66

6.9 PROGRAMA DE NECESSIDADS HOSPITAL VETERINÁRIO SETOR DE SUSTENTAÇÃO / ADMINISTRATIVO AMBIENTE

DIMENSÕES (m²)

MOBILIÁRIO

Recepção Geral

10m²

Cadeiras, balcão para atendimento

Sala de Espera

15m²

Cadeiras, televisão

5m² / cada

Bacia sanitária, pia

Sanitário Público Administração / Diretoria

15m²

Mesa, cadeira, arquivo

Sala de reunião

15m²

Mesas, cadeiras

Sala de conferência

40m²

Cadeiras, projetor

Depósito / Almoxarifado

10m²

Armários, bancadas

Copa

10m²

Fogão, geladeira, balcão, pia, microondas

Sala de descanso

15m² / cada

Cama, armário

Vestiários

10m² cada

Bacia

sanitária,

pia,

chuveiro,

armários Sala de necropsia

15m²

Bancadas, mesa inox

Sala de apoio à necropsia

10m²

Bancadas

Sala de armazenagem de

6m²

Freezer

DML

6m²

Bancada, balcão, tanque

Abrigo para resíduos sólidos

10m²

animais mortos

Vaga de estacionamento

12,5m² / cada

SETOR DE ATENDIMENTO AOS ANIMAIS AMBIENTE 6 Salas de consultas

DIMENSÕES (m²) 15m² / cada

MOBILIÁRIO Mesa atendimento, cadeiras, mesa inox com lixo para secreções

Ambulatório

5m²

Mesa, cadeira, geladeira para vacinas, mesa inox com lixo para secreção

Sala de raio-x

20m²

Raio-x

Sala de apoio ao raio-x

3m²

Mesa, cadeira

Sala de ressonância magnética

20m²

Equipamento para exames, bancada

67

Sala de tomografia

20m²

Equipamentos para exames, bancada

Sala de ultrassonografia

20m²

Mesa, cadeira

Sala de fisioterapia

40m²

Mesa, cadeira, bancada de inox, equipamentos para fisioterapia

Emergência

15m²

Mesa inox com lixo para secreções, mesa, cadeira, pia

Sala de coleta de material de

10m²

Mesa, cadeira, mesa inox

Laboratório

20m²

Bancada, cadeiras

Baias

15m²

Local para alojar animais

Deposito de resíduos sólidos

5m²

exame

SETOR CIRÚRGICO AMBIENTE

DIMENSÕES (m²)

2 Salas de preparo dos animais

6m² / cada

MOBILIÁRIO Mesa inox com lio para secreção, armários

2

Salas

assepsia

/

4m² / cada

paramentação

Tanque / pia, dispensador de papel, sabonete líquido, lixeira com tampa acionadas por pedal

4 Salas cirúrgicas

10m² / cada

Mesa cirúrgica, equipamentos para anestesia,

equipamentos

monitorização

para

anestésica,

desfibrilador, foco cirúrgico, bombas de infusão, aspirador cirúrgico, mesas auxiliares Esterilização

6m²

Bancadas

SETOR DE INTERNAÇÃO AMBIENTE Sala de internação

DIMENSÕES (m²) 30m²

MOBILIÁRIO Acomodação para os animais, mesa, pia de higienização, armário

Sala de recuperação

20m²

Sistema de provisão de oxigênio e ventilação

mecânica,

aquecimento

e

sistema de

monitoramento,

68

armário com chave, armário par descartáveis Sala de isolamento

15m²

Espaço para acomodação dos animais

UTI

15m²

Equipamentos para CTI, espaço para acomodação

Farmácia

15m²

Estantes, mesas, cadeira, bancada

69

7. PROPOSTA PROJETUAL 7.1 CONCEITO O conceito do projeto é buscar a interação dos espaços internos e externos, pensando no bem-estar animal durante a sua permanência no Hospital Veterinário. É sabido que animais em locais fechados onde não estão totalmente habituados e que geralmente já possuem outros odores não reconhecidos pelo animal, inclusive de outros animais de diversas espécies, geram um grande desconforto, muito estresse para o animal que por muitas vezes já chega à clínica com algum incomodo, dor, doença e/ou mal-estar.

Um animal estressado pode gerar transtorno na recepção do hospital, assim como durante o atendimento, o animal inseguro e estressado, tende a atacar pessoas estranhas, incluindo o médico veterinário e seus auxiliares que farão o atendimento ao animal em busca de um diagnóstico para seu tratamento.

Pensando na melhor forma de atender os pacientes o projeto busca manter o ambiente tranquilo e fazer uma interação com o ambiente externo e a natureza, buscando a tranquilidade das áreas verdes além de aproveitar a iluminação e ventilação natural pensando também na acústica do ambiente integrando a sustentabilidade e a biofilia ao projeto arquitetônico.

7.2 PARTIDO ARQUITETÔNICO Para a integração do ambiente externo e interno o local deverá contar com peles de vidros e áreas verdes e arborizadas externamente, com praças e bancos, para que os animais e seus donos possam esperar pelo atendimento na parte externa da edificação se assim preferirem.

A imagem 42 ilustra a integração com a pele de vidro com a vista para um jardim arborizado.

Figura 44 - Pele de Vidro, integração com jardim arborizado

Fonte: ACR Arquitetura, 2020

70

Para garantir o conforto acústico do Hospital, pensando na incomodidade proveniente das festividades ocorridas no lote adjacente e o transtorno que isso poderá causar aos animais internados, será elaborado uma Ecobarreira©, criada a partir da utilização de uma cerca vida autoportante desenvolvida através de placas de plástico reciclado intertravadas (figura 43), com uma camada central de fibra de coco, além de um massa densa de vegetação que se desenvolverá por ambos os lados do muro conforme figura 44 (ECOTELHADO, 2020).

A Ecobarreira© auxiliará também na Arquitetura Biofílica, trazendo uma grande área verde para contemplação dos usuários, médicos e funcionários.

Figura 45 - Sistema de Ecobarreira©

Fonte: Ecotelhado©, 2020.

Figura 46 - Massa de Vegetação no Muro

Fonte: Ecotelhado©, 2020.

Ainda para auxiliar no conforto acústico, será instalado um espelho d’água, próximo ao muro verde com certa altura e uma proteção para que impeça que os animais bebam a água do local que não será própria para consumo.

Figura 47- Modelo Espelho D'água

Fonte: DecorSalteado, 2020.

Figura 48 - Modelo 2 Espelho D’água

Fonte: Eu Decoro, 2020.

Nos ambientes internos, inclusive nas salas de atendimentos e centro cirúrgico, será priorizado a utilização de iluminação natural, sem interferir no conforto luminotécnico

71

necessário para essas áreas, quando necessário será utilizado a técnica de iluminação zenital tipo Sheds (figuras 44 e 45), e a técnica de ventilação cruzada para manter o ambiente com o conforto térmico (figura 46).

Figura 49 - Sistema de Iluminação Zenital Sheds

Fonte: ArchDaily,2020. Criação: Matheus Pereira

Figura 50 - Sheds Aplicados na Arquitetura

Fonte: Archdaily, 2020.

Materiais como a iluminação zenital e os elementos vazados deverão garantir a iluminação natural e a ventilação do ambiente, já o vidro permitirá a integração com a área externa.

A ventilação cruzada (figura 49) fará parte do projeto para manter o local sempre arejado, mantendo ambientes agradáveis para os animais e para os usuários será utilizado o paisagismo em prol do sombreamento com vegetação arbórea além das já existentes no terreno.

Figura 51 - Utilização de Vegetação Arbórea para direcionamento dos ventos

Fonte: Desempenho térmico em edificações,2020. Criação: Roberto Lamberts

O direcionamento dos ventos garantirá o melhor aproveitando da ventilação natural para manter o ambiente fresco conformo esquema ilustrado na figura 50.

72

Figura 52 - Esquema de Direcionamento dos Ventos

Fonte: Desempenho térmico em edificações,2020. Criação: Roberto Lamberts

Para garantir a assepsia necessária para um projeto hospitalar e para maior reflexo de iluminação natural, beneficiando a claridade e evitando a absorção do calor proveniente dos raios solares incidentes no edifício serão utilizadas cores claras para as partes internas e externas do projeto, com detalhes e acabamentos em madeira para promover o aconchego ao local sem prejudicar a limpeza do ambiente (figura 51).

Figura 53 - Layout Hospitalar utilizando cores claras e madeira

Fonte: ACR Arquitetura, 2020.

7.3 PARTIDO URBANÍSTICO O projeto arquitetônico do Hospital Veterinário, busca a integração com as áreas externas e a interação urbana com o entorno, buscando uma área arborizada, com a implantação de praças aberta com áreas agradáveis para os usuários, assim como para os animais e até mesmo para os demais munícipes.

73

O intuito é transformar o projeto em um espaço público convidativo aos transeuntes e menos estressante possível para os animais, buscando a percepção das áreas externas e fundindo o edifício ao ambiente de forma discreta e agradável.

Figura 54 - Paisagismo Externo

Editado pela autora, 2020.

7.4 IMPLANTAÇÃO ESQUEMÁTICA E VOLUMÉTRICA Para a apresentação das propostas projetuais esquemáticas e volumétrica, com a melhor visualização das plantas, as mesmas encontram-se nos anexos em folha A3 com escala indicada, assim como as volumetrias do projeto.

Plantas que acompanham o trabalho; 

Implantação com escala 1/500



Planta do pavimento térreo com escala 1/200



Planta do pavimento superior com escala 1/200



Imagem de estudo de volumetria 1



Imagem de estudo de volumetria 2



Imagem de estudo de volumetria 3



Imagem de estudo de volumetria 4



Imagem de estudo de volumetria 5

74

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao concluir o desenvolvimento do projeto do Hospital Veterinário, Centro de Tratamento Animal, considera-se que os objetivos foram alcançados diante do proposto, desde as etapas de planejamento ao desenvolvimento do projeto arquitetônico, concluído satisfatoriamente.

A abordagem do tema Saúde Pública com ênfase no tratamento dos animais domésticos tem papel significativa na sociedade e no desenvolvimento do Município, sendo pertinente a implantação de um novo Hospital Veterinário Público com o intuito de atender a população mais carente da cidade.

Com os estudos e pesquisas desenvolvidas ao logo do trabalho foi possível obter referências projetuais para a melhor compreensão da organização funcional dos equipamentos referentes a assistência à saúde voltados aos animais, auxiliando no desenvolvimento do projeto atendendo os objetivos do trabalho.

Do ponto de vista pessoal, a elaboração desse projeto traz satisfação, por poder alinhar os dois ramos de estudos que me são muito relevantes, sendo a Arquitetura hoje a minha atual graduação e a Veterinária uma paixão da qual já tive a oportunidade de aprender, me formando Técnica em Veterinária.

Contudo por meio de pesquisas e através de referências, foi possível mostrar que ambos os ramos de estudo se fazem relevantes e importantes para a saúde pública da Cidade.

75

ANEXOS

76

77

78

79

80

81

Figura 55 – Estudo de Volumetria 1

Editado pela autora, 2020. Programa: Sketup Figura 56 – Estudo de Volumetria 2

Editado pela autora, 2020. Programa: Sketup

82

Figura 57 - Estudo de Volumetria 3

Editado pela autora, 2020. Programa: Sketup

Figura 58 - Estudo de Volumetria 4

Editado pela autora, 2020. Programa: Sketup

83

Figura 59 - Estudo de Volumetria 5

Editado pela autora, 2020. Programa: Sketup

84

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ARCHDAILY. Clínica Veterinária Masans / domenig architekten. Disponível em > https://www.archdaily.com.br/br/768761/clinica-veterinaria-masans-domenigarchitekten/5500f081e58ece792b00012d-vet-clinic-5small-jpg<. Acesso em: 04 de outubro de 2020.

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