

É-nos muitas


muitas vezes dito que o homem um produto do seu tempo.


Isto é evidente: somos, desde logo, seres situados no tempo e no espaço. Mas isto esconde, à primeira vista, aquela que é uma qualidade dos melhores entre nós: a sua capacidade para ir para lá deste horizonte histórico que nos é dado. Numa carta escrita durante o exílio a um dos seus amigos mais próximos, Maquiavel diz que se põe a estudar quando chega o final do dia, e que através do estudo entra «nas antigas cortes dos homens antigos», onde é por eles bem recebido e não se envergonha de lhes perguntar «sobre as razões para as suas ações»; eles respondem-lhe, e Maquiavel entra num diálogo que o faz esquecer todos os seus problemas mundanos. É esta capacidade de nos colocarmos em diálogo com aqueles que nos precederam que faz com que ultrapassemos o nosso horizonte histórico – é essa a qualidade que faz a diferença.
Vasco Graça Moura partilhou desta qualidade, e foi por isso uma parte deste diálogo entre os grandes que vai para lá do meramente histórico. Aliás, Vasco Graça Moura fez desta grande conversação –onde teve interlocutores como Camões, Dante e Rilke – uma parte integrante da sua vida, de tal maneira que ela se tornou indissociável do seu legado. Fê-lo, desde logo, como escritor. Muitos o conhecem como o homem de cultura que também entrou na vida política, mas esquecem-se de que a vida política nunca se sobrepôs à escrita, que era a sua paixão e missão: nunca aceitou os vários convites que recebeu para ser Ministro da Cultura porque isso lhe tiraria o tempo indispensável para escrever. Na sua obra literária juntam-se as peças desse diálogo intemporal, que Vasco Graça Moura também traçou com os seus predecessores nacionais: com o inevitável Camões, mas também com Camilo Castelo Branco e Jorge de Sena, passando por poetas renascentistas como Sá de Miranda. Principalmente poética, a sua obra literária apenas enveredaria pelo romance de modo algo tardio – mas nunca sem perder o traço orientador daquele diálogo intemporal.
Para além de escritor, foi tradutor. E não nos enganemos: a tradução tem menos que ver com técnica e mais com interpretação. Traduzir é sempre interpretar. Vasco Graça Moura foi o intérprete predileto em Portugal do renascimento e dos seus maiores. Foi-o com o melhor exemplo da poesia renascentista – e talvez até europeia, com um Dante, de quem nos legou uma magnífica tradução da sua obra-prima, A Divina Comédia. E, para além de tradutor, Vasco Graça Moura foi um ensaísta. O ensaísta não é apenas aquele que escreve textos ou artigos de jornal. É, na senda de Montaigne, dono de um estilo próprio de escrita. Vasco Graça Moura foi, ao lado de Eduardo Lourenço, um dos grandes ensaístas portugueses. Foi através da arte do ensaio que nos mostrou, com toda a sua riqueza, que nós, portugueses, devemos um mundo a Camões.

Vasco Graça Moura foi um homem singular. Homem da vida contemplativa – a favor da qual preteriu uma participação política para a qual parecia destinado –, ele aparece hoje um pouco como Virgílio n’A Divina Comédia: com o papel de nos levar a descobrir o mundo da literatura ocidental, e a entrar no diálogo intemporal a que ela dá corpo.
Lisboa presta-lhe agora a devida homenagem, inscrevendo Vasco Graça Moura na toponímia da cidade – eternizando, assim, o seu nome nas ruas daquela que também foi a sua cidade.
14 de fevereiro de 2024
Carlos Moedas Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Escritor para quem a inspiração se traduzia na aprendizagem e domínio de uma técnica aprimorada pela capacidade de expressão, a dimensão da obra de Vasco Graça Moura representa um contributo assinalável para o prestígio e engrandecimento da língua, da literatura e da cultura portuguesa, cujo alcance a história e o tempo seguramente testemunharão.
Eclético e multifacetado, detentor de uma determinação e formação cultural raras, o seu legado estende-se por mais de uma centena de títulos, assente em especial no domínio da poesia, mas também no ensaio, na tradução, no romance, na crónica, no teatro, na história, nas memórias e no diário, a que foi juntando a colaboração dispersa em jornais e revistas ao longo do tempo.
Nas palavras do professor Eduardo Lourenço: «O mundo de Vasco é o mundo todo com o seu mistério e o seu enigma insondáveis, mas sobretudo um palco, um teatro – mundo de configuração barroca e iluminista ao mesmo tempo, onde tem cumprido o destino singular de um Segismundo por conta própria, equilibrado milagrosamente entre o polo luminoso da vida e o da sombra que o acompanha»1

1 Homenagem A Vasco Graça Moura, Gulbenkian, 2014

Sobre as ORIGENS
Vasco Navarro da Graça Moura nasceu a 3 de janeiro de 1942, na freguesia de Foz do Douro, no Porto, sendo o primeiro de cinco filhos. Em 1995 contava ao Expresso: «Tive uma relação com os meus pais sem crises. Tive um crescimento tranquilo»
Reflexo de uma educação familiar culturalmente cimentada, a sua formação académica culminou numa licenciatura em Direito na faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, numa época em que o interesse pelas artes plásticas se manifestava já latente, um diálogo que de resto manifestaria no seu percurso literário.

Ainda durante o período estudantil, entre 1958 e 1962, colaborou na publicação “Quadrante”, revista promovida pela Associação Académica da Faculdade que constituía um lugar de debate e discussão entre estudantes universitários, numa época de grande tensão e repressão política.

Neste mesmo espaço e através da poesia, Vasco Graça Moura ensaiava os primeiros passos no domínio das letras apresentando-se com títulos como “Modo Mudando” (1963), “Semana Inglesa” (1965) ou “Mês de Dezembro” (1976), obras que a lente do tempo cunharia de clássicos.
Concluídos os estudos universitários e numa altura em que era já casado e pai, cumpriu três anos e três meses do serviço militar. A partir de 1968, assumiu o exercício da advocacia, atividade que desempenhou até 1979. Graça Moura teve quatro filhos, fruto dos seus três matrimónios.
O POLÍTICO E GESTOR CULTURAL
Após o 25 de Abril de 1974, tornou-se militante no Partido Social Democrata. Foi eleito à Assembleia Constituinte, cargo que não exerceu pelo facto de ter sido nomeado Secretário de Estado da Segurança Social no IV Governo Provisório e Secretário de Estado dos Retornados no VI Governo.
Integrou a comissão nacional para a reeleição do General Ramalho Eanes (1980) e a comissão política de candidatura de Cavaco Silva (1995). Já no final dos anos 90, integrado nas listas do PSD, tornar-se-ia deputado no Parlamento Europeu, cargo que exerceu ao longo de dez anos.
Na sua faceta de gestor e programador cultural, Vasco Graça Moura contou igualmente com o desempenho de um conjunto assinalável de cargos públicos. Foi Diretor de Programas do Primeiro Canal da RTP (1978), Administrador da Imprensa Nacional – Casa da Moeda (1979-1989) e responsável pela edição de obras completas dos maiores vultos da história e da literatura portuguesas, edições da obra de poetas consagrados e a versão portuguesa da Enciclopédia Einaudi.
Graça Moura foi também Comissário Geral da Exposição Universal de Sevilha (1988-1992), Presidente da Comissão Executiva do Centenário de Fernando Pessoa2 (1988), Presidente da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (1988-1995), Diretor da Revista Oceanos até 1995 e Diretor do Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian (1996-1999).
Foi ainda Diretor da Fundação Casa de Mateus, Vice – Presidente do PEN Clube, Membro do Conselho Geral da Comissão Nacional da UNESCO, Membro do Conselho Consultivo da Fundação Luso –Americana, tendo presidido já por fim à Fundação Centro Cultural

2 O escritor Fernando Pessoa foi homenageado na toponímia lisboeta pela publicação dos editais de 19/07/1948 e 16/09/2009, com a atribuição do seu nome a uma Rua e a uma Avenida nas freguesias de Alvalade e Parque das Nações respetivamente.
de Belém a partir de 2012, substituindo António Mega Ferreira3, o homem com quem vinte anos antes partilhara, num almoço, a ideia de candidatura de Portugal à Expo 98.
O ESCRITOR


Fruto do reconhecimento do seu estatuto de intelectual, proferiu dezenas de conferências, quer em Portugal, quer no estrangeiro. Destaca-se nesse âmbito, o convite do medievalista francês Michel Zink, professor do Collège de France, prestigiada instituição francesa onde realizou duas conferências dedicadas a Luís de Camões4 e à correspondência trocada entre Saint – John Perse e Calouste Gulbenkian.
Vasco Graça Moura foi também regente de um curso de pós – graduação subordinado ao tema dos Descobrimentos Portugueses, na Universidade Lusíada, em Lisboa (1996); orientou um seminário sobre o Maneirismo Europeu e o poeta quinhentista Pedro da Costa Perestrelo, na Faculdade de Letras de Lisboa (2006); foi membro do Conselho Geral da Universidade de Évora (2013); tendo recebido também o Doutoramento “Honoris Causa” da Universidade do Porto, já em 2014.

◊ Universidade do Porto, 7 Março 2014
3 O escritor e comissário da Expo98 António Mega Ferreira foi homenageado na toponímia lisboeta pela publicação do edital de 11/05/2023 com a atribuição do seu nome a uma Rua na freguesia do Parque das Nações
4 O poeta Luís de Camões foi homenageado na toponímia lisboeta pela publicação do edital de 12/10/1860 e pela deliberação camarária de 20/05/1880 com a atribuição do seu nome a uma Praça e a uma Rua nas freguesias da Misericórdia, Santa Maria Maior e Alcântara respetivamente

Para Gaspar Martins Pereira5, «Na obra literária do Dr. Vasco Graça Moura conflui, atrevo-me a dizer, toda a literatura portuguesa, desde a poesia trovadoresca a Gil Eanes6, de Camões a Camilo7, a Eça8 e a Jorge de Sena9, de Vitorino Nemésio10 a David Mourão – Ferreira11, Aquilino12, Sophia de Mello Breyner135 e Eugénio de Andrade14, passando por Bernardim Ribeiro15, Sá de Miranda16, Garrett 17, Herculano18, Cesário Verde19 e tantos outros, numa longa travessia que busca, simultaneamente, a defesa da língua como património maior da cultura portuguesa e a reflexão sobre a sua evolução».
5 Reitoria da Universidade do Porto, 2014
6 O navegador Gil Eanes foi homenageado na toponímia lisboeta pela publicação do edital de 15/06/1960 com a atribuição do seu nome a uma Rua na freguesia de Belém
7 O escritor Camilo Castelo Branco foi homenageado na toponímia lisboeta pela publicação do edital de 24/07/1890 com a atribuição do seu nome a uma Rua na freguesia de Santo António.
8 O escritor Eça de Queirós foi homenageado na toponímia lisboeta pela publicação do edital de 16/05/1913 com a atribuição do seu nome a uma Rua na freguesia de Santo António.
9 O escritor Jorge de Sena foi homenageado na toponímia lisboeta pela publicação do edital de 20/11/1978 com a atribuição do seu nome a uma Rua na freguesia de Santa Clara.
10 O escritor e professor universitário Vitorino Nemésio foi homenageado na toponímia lisboeta pela publicação do edital de 20/11/1978 com a atribuição do seu nome a uma Rua na freguesia de Santa Clara.
11 O escritor David Mourão – Ferreira foi homenageado na toponímia lisboeta pela publicação do edital de 22/07/2005 com a atribuição do seu nome a uma Rua na freguesia do Lumiar.
12
13
14
O escritor Aquilino Ribeiro foi homenageado na toponímia lisboeta pela publicação do edital de 04/11/1970 com a atribuição do seu nome a uma Rua na freguesia de Marvila.
A poetisa Sophia de Mello Breyner Andersen foi homenageada na toponímia lisboeta pela publicação do edital de 03/11/2008 com a atribuição do seu nome a uma Rua na freguesia de São Vicente.
O escritor Eugénio de Andrade foi homenageado na toponímia lisboeta pela publicação do edital de 06/10/2005 com a atribuição do seu nome a uma Avenida nas freguesias do Lumiar e Olivais.
15 O escritor Bernardim Ribeiro foi homenageado na toponímia lisboeta pela publicação do edital de 05/12/1901 com a atribuição do seu nome a uma Rua nas freguesias de Santo António e Arroios.

16 O escritor Sá de Miranda foi homenageado na toponímia lisboeta pela publicação do edital de 03/11/1892 com a atribuição do seu nome a uma Rua na freguesia de Alcântara.
17 O poeta Almeida Garrett foi homenageado na toponímia lisboeta pela publicação do edital de 14/06/1880 com a atribuição do seu nome a uma Rua na freguesia de Santa Maria Maior.
18 O escritor Alexandre Herculano foi homenageado na toponímia lisboeta pela publicação do edital de 06/05/1882 com a atribuição do seu nome a uma Rua na freguesia de Santo António.
19 O escritor Cesário Verde foi homenageado na toponímia lisboeta pela publicação do edital de 18/07/1933 com a atribuição do seu nome a uma Rua na freguesia da Penha de França.
Sobre a visão da Europa na obra poética de Vasco Graça Moura, parece haver consenso relativamente à preocupação do autor com o que designa de «uma identidade cultural partilhada, nas suas limitações, influências e evolução»20. No poema, “Da Europa”, o autor sugere a existência implícita e de difícil definição de uma certa consciência comum entre europeus, que tem perdurado ao longo dos tempos.

◊ Lançamento
Furiosa Paixão pelo Tangível, 1987

Vasco Graça Moura foi naturalmente um acérrimo defensor da língua enquanto património maior da cultura portuguesa e um manifesto opositor ao Acordo Ortográfico. No seu estudo, reflexão e evolução, sobressaem os seus prodigiosos ensaios camonianos “Luís de Camões: alguns desafios” (1980), “Camões e a Divina Proporção” (1985) e “Sobre Camões, Gândavo e Outras Personagens” (2000), sem esquecer a extraordinária e original obra pedagógica “Os Lusíadas para gente nova” (2012), publicação em que se propôs reescrever a obra épica com o intuito de promover a obra e a leitura junto dos mais jovens.
Estreou-se no romance em 1987, com a evocação das “Quatro Últimas Canções”, de Richard Strauss. Regressou ao género com títulos como “Naufrágio de Sepúlveda” (1988), “Partida de Sofonisba às seis e doze da manhã” (1993), “A morte de ninguém” (1998), “Meu amor, era de noite” (2001), “O Enigma de Zulmira” (2002), “Por detrás da magnólia” (2004), “Alfreda ou a Quimera” (2008), entre tantos, tantos outros.
Traduziu peças de Racine, Molière e de Corneille, “Alguns amores” de Ronsard, “Os testamentos” François Villon, “Sonetos” de Shakespeare, “Rimas” de Petrarca, “A Vida Nova” e “A Divina Comédia”, de
20 Cunha, Ana (2019), “Vasco Graça Moura”, in A Europa face à Europa: poetas escrevem a Europa.
Dante, clássicos a que juntou Seamus Heaney, Hans Magnus Enzensberger ou Gottfried Benn.
O professor e critico literário Óscar Lopes enaltece a «agilidade com que, por exemplo, tanto retoma a sextina renascentista como constrói um rigoroso e virtuoso contraponto poético a partir de um simples tema de lenga – lenga infantil»21. Já Eduardo Lourenço enfatiza a conquista de uma «nova discursividade aleatória» que dialoga com «a História, o mito, a crónica, a poesia dos outros».
O RECONHECIMENTO
De entre os numerosos prémios que recebeu ao longo da extensa e fecunda carreira são incontornáveis o Prémio de Poesia do PEN Clube (1994), o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio Pessoa (1995), o Prémio Vergílio Ferreira (2007), o Grande Prémio de Romance e Novela (2004), o Prémio Europa David Mourão – Ferreira (2010), o Prémio Literário Município de Lisboa (1984 e 1987), entre inúmeros outros de honroso significado.
A nível nacional, Vasco Graça Moura foi condecorado Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada de Portugal (1983) e agraciado com a Grã – Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e Portugal (2010) e a Grã – Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada de Portugal (2014). Também no estrangeiro foi condecorado Oficial da Ordem do Rio Branco do Brasil (1989), recebeu a Medalha da Marinha Brasileira (1990), a Grã – Cruz da Ordem do Mérito Cívico e Cultural do Brasil (2005) e a Medalha de Ouro da Cidade de Florença de Itália (1998), pelas traduções de Dante.


21 Vasco Graça Moura , Centro de Documentação de Autores Portugueses 5/2013

A 31 de Janeiro de 2014 teve lugar na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, uma homenagem ao seu percurso, uma cerimónia onde, entre outros, estiveram presentes Eduardo Lourenço, Nuno Júdice, Maria Alzira Seixo, Artur Santos Silva e o então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
Aquando da data de sua morte, o então Primeiro – Ministro, Pedro Passos Coelho, enalteceu o trajeto político de Vasco Graça Moura e o seu trabalho como «divulgador das letras portuguesas», dizendo que o autor deixara um «vasto legado literário, marcado pela inspiração e pela dedicação à língua portuguesa, que enriqueceu como poucos, uma constante procura da identidade nacional e um clarividente pensamento sobre as raízes, a herança política e filosófica e o futuro da Europa», concluindo que Portugal, naquele dia, perdera «um dos seus maiores cidadãos».

A 1 de Abril de 2016, a Faculdade de Letras da Universidade do Porto e a Família de Vasco Graça Moura, firmaram o contrato de depósito naquela Faculdade, em regime de “comodato”, da Biblioteca e Arquivo do autor, com vista à valorização e divulgação da sua obra que integraria o Centro de Estudos da Cultura em Portugal.
Vasco Graça Moura, o homem para quem a poesia era «a forma verbal de estar no mundo» 22 , faleceu em Lisboa, a 27 de Abril de 2014.
OBRA RESUMIDA

Na Poesia
“Modo Mudando” (1963);
“Semana Inglesa” (1965);
“O Mês de Dezembro e Outros Poemas” (1976);
“Instrumentos para a Melancolia” (1980);
“A Sombra das Figuras” (1985);
“A furiosa paixão pelo tangível” (1987);
“O Concerto Campestre” (1993);
“Uma Carta no Inverno” (1997);
“Nó cego, o Regresso” (2000);
“Antologia dos Sessenta Anos” (2002);
“Variações Metálicas” (2004);
“Os nossos tristes assuntos” (2006);
“O Caderno da Casa das Nuvens” (2010);
“Poesia Reunida, vol. 1” (2012);
“Poesia Reunida, vol. 2” (2012);
No Ensaio
“Luís de Camões: Alguns Desafios” (1980);
“Caderno de Olhares” (1983);
“Camões e a Divina Proporção” (1985);
“Os Penhascos e a Serpente” (1987);
“Cristóvão Colombo e a floresta das asneiras” (1991);
“Sobre Camões, Gândavo e Outras Personagens” (2000);
“Páginas do Porto” (2001);
“Fantasia e Objectividade nos Descobrimentos Portugueses” (2006);
“Acordo Ortográfico: A Perspectiva do Desastre” (2008);
“Amália Rodrigues: dos poetas populares aos poetas cultivados” (2010);
“Os Lusíadas para Gente Nova” (2012);
“A Identidade Cultural Europeia” (2013);
“Discursos Vários Poéticos” (2013);
“Retratos de Camões” (2014).
Novela
“O pequeno-almoço do Sargento Beauchamp” (2008)
“Os Desmandos de Violante” (2011)
Diário e Crónica
“Circunstâncias Vividas” (1995);
“Contra Bernardo Soares e Outras Observações” (1999).
Romance
“Quatro Últimas Canções” (1987);
“Naufrágio de Sepúlveda” (1988);
“Partida de Sofonisba às seis e doze da manhã” (1993);
“A Morte de Ninguém” (1998);
“Meu Amor, Era de Noite” (2001);
“O Enigma de Zulmira” (2002);
“Por detrás da magnólia” (2008);
“Alfreda ou a Quimera” (2008);
“Morte no Retrovisor” (2008);
Traduções
“O Cid”, de Corneille
“A Divina Comédia”, de Dante
“Cyrano de Bergerac”, de Edmond Rostand
“O misantropo”, de Molière
“A Vida Nova”, de Dante Alighieri
“Alguns amores”, de Ronsard
“Elegias de Duino e Os Sonetos a Orfeu”, de Rainer Maria Rilke
Antologias
“As mais belas Histórias Portuguesas de Natal”;
“366 Poemas que Falam de Amor”;
“Visto da Margem Sul do Rio o Porto”
“O Binómio de Newton e a Vénus de Milo”.

Pela personalidade ímpar, pelo caráter marcante da obra e pelo contributo para o enriquecimento da língua e da cultura portuguesas, a cidade de Lisboa evoca e perpetua a memória de Vasco da Graça Moura, atribuindo o seu nome a uma Rua da freguesia de Alcântara.
LXFACTORY
GRAÇARUAVASCOMOURA
AV.DAÍNDIA
ESCRITÓRIOS ALLO
AV. DA ÍNDIA
AV. DE CEUTA CALVÁRIO
CUF TEJO
U.Porto - Doutores Honoris Causa pela Universidade do Porto - Vasco Graça Moura _up.pt Consultado em 8 de novembro de 2023
Vasco Graça Moura, o poeta do presente _comunidadeculturaearte.com Consultado em 8 de novembro de 2023
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Vasco Graça Moura | Antena 1 - RTP
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FICHA TÉCNICA
EDIÇÃO_ Câmara Municipal de Lisboa
PRESIDENTE _ Carlos Moedas
PELOURO DA CULTURA_ Diogo Moura
DIREÇÃO MUNICIPAL DE CULTURA_ Laurentina Pereira
DEPARTAMENTO DO PATRIMÓNIO CULTURAL_
Jorge Ramos de Carvalho
TÍTULO_ Vasco Graça Moura
COORDENAÇÃO_ António Adriano
TEXTOS_ Jorge Luís
DESIGN_ Ana Filipa Leite
TIRAGEM_ 200
DEPÓSITO LEGAL_ 527888/24
EXECUÇÃO GRÁFICA_ IMPRENSA MUNICIPAL DE LISBOA