A presente edição apresenta os trabalhos de conservação e restauro da Estátua Equestre a D. José I, desde a investigação histórica sobre o seu autor, Joaquim Machado de Castro (1732-1823), sobre o processo de encomenda, sobre a sua execução, sobre os diversos elementos constantes no monumento até à metodologia da intervenção. Metodologia essa que passou por uma caracterização exaustiva dos diversos materiais e das patologias existentes, assim como da discussão científica das opções a tomar nas ações de conservação e restauro.
Monumento impar no contexto nacional de Setecentos, a estátua equestre de D. Jose I reveste-se de uma dupla importância face a cidade e a sua memória. Por um lado, obra-prima da estatuária portuguesa, por outro lado, marco de uma cidade que, se reerguia dos escombros do grande terramoto de 1755. Simbolicamente erguida no centro da nova Praça do Comércio, que substituiu o Terreiro do Paço destruído pelo sismo, a escultura representa o monarca glorificado