Cadernos de Jornalismo n.° 5 2011

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O PROBLEMA DO ENVELHECIMENTO É TAMBÉM O DA SEGURANÇA SOCIAL O chanceler alemão Otto Bismarck foi, em 1889, o primeiro a definir um programa de segurança social para as pessoas idosas, estabelecendo os 70 anos como a idade da reforma. Só em 1916 é que esse tecto baixou para os 65. Para a psicóloga na área do envelhecimento Margarida Pedroso de Lima, “uma idade obrigatória de reforma é uma coisa estranha”, quando deveria “haver a possibilidade de alguém poder diminuir o tempo de trabalho ou até deixar de trabalhar”. As perspectivas, no entanto, são para que o aumento da esperança média de vida conduza ao adiamento da idade da reforma, dos actuais 65 para os 70 anos. Nas últimas décadas, a sustentabilidade do sistema de Segurança Social foi sendo ameaçada pelas tendências demográficas. Um estudo da Universidade Nova perspectiva que, em 2035, quem tiver 40 anos de carreira poderá ter de trabalhar mais 14 meses para além dos 65 anos, para receber a pensão na totalidade. Por outro lado, observa o responsável do Instituto do Envelhecimento, todos os Estados querem que façamos economias para além das reformas e isso, acredita, “em breve virá”, com a aplicação de um patamar no valor da reforma para todos os cidadãos. Junho de 2010 Reportagem

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