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Sensatez

Do latim SENSUS, “percepção, sentimento, significado”, de SENTIRE, “sentir” e do latim SERIUS, “importante, grave” , significa bom senso, equilíbrio, ponderação ao tratar de assunto delicado ou difícil, prudência, precaução, cautela, sabedoria.

Por mais que a gente sonhe, por mais que a gente deseje e por mais que a gente acredite que as coisas possam ser da maneira que a gente quer, ou do modo que aprendemos, muitas vezes fatores externos, que fogem do nosso controle, exigem que apelemos para a sensatez. Do mesmo modo, quando você não consegue abrir sua mente e seu coração para aquilo que está diante dos seus olhos, clamando por uma mudança, muitas vezes drástica de atitude, de negócio, você está perdendo de vista a sensatez.

Sensatez, afinal, a gente usa o tempo inteiro se quer agir da melhor forma possível. Você precisa ser sensato para poder lidar com as pessoas e com a situações se quer o seu próprio bem e o dos outros também. Quando se trata de um negócio ainda mais. A sensatez é essencial.

Há mais de 30 anos, numa atitude bastante sensata, especialistas em clima e meio ambiente foram ouvidos por quase todas as nações porque havia sinais evidentes de que a Terra, esse planeta onde vivemos e morremos, demonstrava sinais de exaustão e de um processo progressivo de aquecimento que poderia levar as condições de vida do planeta ao extremo da catástrofe.

De lá para cá, não faltaram foram pactos globais tendo como meta a busca por um equilíbrio entre ações poluentes, de desgaste, e ações de mitigação, de recomposição do que vinha sendo perdido por conta dos constantes avanços do capital, da produtividade. Sabia-se, lá atrás que só assim, recompondo o planeta, esses sistema de ganho progressivo do mundo dos negócios poderia se manter ativo.

Ocorre que pouco se fez deste então. Pouquíssimo. Em todo o planeta, muito menos do que o necessário foi feito, numa total ausência de sensatez em decisões importantes e em atitudes recorrentes.

No Brasil, onde ainda resiste a maior fonte de biodiversidade do planeta, onde se encontra o chamado “pulmão do mundo”, a Amazônia, muito menos do que o necessário tem sido feito. Independentemente de governos, de ideologias, de situações, de oportunidades ou necessidades, muito, mas muito menos vem sendo feito. Ao contrário, seja por incentivo, seja por vistas grossas, nossas riquezas naturais, que poderiam representar um incrível ganho global de recursos pela importância que têm, estão sendo devastadas a cada dia. E cada vez mais.

Essa aceleração no processo de aquecimento global, que já é sentido e não mais aguardado, é natural depois de tanto tempo sem o suficiente ter sido feito. Não se trata de 4 ou 8 ou 12 anos. São mais de 30 anos de pouca atividade. E isso é muito tempo. A conta começa a chegar e ela não é nada fácil de ser paga. Saúde, economia, futuro, tudo está sendo posto à prova com a atual onda de incêndios e queimadas, muitos deles, inacreditavelmente, criminosos.

Tentar entender o que passa pela cabeça insensata de governantes e empresários desmedidos em termos ambientais não ajuda em nada. O que nos cabe é combater a situação adotando medidas de recuperação. O mais rápido e em maior volume possível.

Soluções existem e estão ao alcance de todos. Do ser humano isolado em sua casa às grandes corporações. Esta edição traz uma medida muito simples, básica, que todos podem adotar. O plantio de árvores, de todas as espécies e nativas, como vemos na nossa seção MEIO AMBIENTE – AGRONEGÓCIO – CIDADANIA. Sim, porque é um tema que atravessa várias abordagens.

Uma atitude sensata, atualmente, é conter a progressiva derrubada de árvores no campo a fim de aumentar áreas de plantio. A sensatez prega que é melhor diminuir um pouco a ganância de ganhos maiores a curto prazo e garantir que a médio e longo prazos o que se ganha hoje se mantenha e possa aumentar sem colocar em risco a sobrevivência do negócio, a qualidade do solo, a estabilidade do clima. Algo óbvio, porém pouco praticado.

Em casa, na vida pessoal, são inúmeras as atitudes que podemos tomar de modo a não contribuir para o caos climático que já estamos vivendo. Atitudes individuais que, se tomadas por todos, respondem por um volume de mudança gigante, afinal, somos bilhões em todo o globo e mais de 200 milhões de pessoas no Brasil. Imagine tudo isso em árvores?

A sensatez também se faz imprescindível quando se trata da relação com os clientes. Seja por insatisfação, para elogiar ou dar uma sugestão, eles devem ser ouvidos. Afinal, sem eles, ninguém se estabelece. Veja em ACONTECE, o valor desse tipo de postura, que levou duas empresas da região a à indicação de Melhores no Atendimento ao Consumidor.

É na base da sensatez que a gente muitas vezes transforma uma ideia e em algo grandioso como fez o casal que criou o Raul Rock Reunion, um evento que nasceu de maneira muito despretensiosa para reunir amigos e entrou para o calendário cultural da cidade e da região, como se vê em GIRO 360

Nesta edição, trazemos de volta que o nosso querido Pingo e o passatempo que é aguardado por dona Odette e muitos outros leitores, veja em MENINADA. Aproveite nossas deliciosas receitas para um lanche da tarde, em GASTRONOMIA, e os pensares de nossos colunistas em PONTO DE VIST

Boa leitura!

Flávia Rocha Manfrin

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Salmos 67 _ vs6

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