Jornal 360 _ ed.218 _ março2024

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giro 360 A arte circense pode ser o caminho para quem quer aliar prazer artístico de habilidades físicas entretendo a todos

acontece Santa Cruz reinaugura teatro perpetuando a presença de seu mais fiel cidadão e grande ator Umberto Magnani Newtto •p10

cidadania _ A Special Dog promove evento para disseminar suas práticas de inclusão social no campo da empregabilidade

Árvores nativas são atração turística em qualquer lugar do planeta

O plantio de mudas nativas, especialmente as que florescem de maneira magnífica, como os Ipês, traz um resultado muito positivo para toda a cadeia produtiva de uma cidade, de um lugar.

No campo, as árvores ajudam a formar barreiras para o avanço de pragas e insetos, por exemplo, também sendo muito útil para evitar a contaminação do ar quando se aplica defensivo químico em plantações. Moradias, hor-

tas e pomares ficam protegidos quando se possui uma barreira ecológica, que nada mais é do que a inserção intensa de árvores.

Além da utilidade agrícola, as árvores como os Ipês, nativas em todos os biomas brasileiros, têm uma floração que atrai e encanta todos os olhares. Então, se no caminho você encontra uma ou duas ou muitas delas, vai querer parar para admirar, fotografar.

Ipês têm diferentes colorações também potencial de crescimento, sendo bastante indicados para a arborização urbana, prova disso são cidades que ganham fama nas redes sociais e na grande imprensa por ostentarem centenas dessas árvores ao longo de ruas, avenidas, praças e jardins. Além deles, há outras muitas outras espécies nativas que podem contribuir para o desenvolvimento econômico das cidades brasileiras. É questão de colocar na agenda dos gestores públicos.

ANO 19
nº218 Grátis!
•p5 •p8 Jornal 360 foto: Flavia Rocha | 360 foto: Circênico MARÇO 2024 Jornal360_ Circulação: • Avaré • Bernardino de Campos • Canitar • Chavantes • Espírito Santo do Turvo • Ipaussu • Ourinhos • Piraju • Santa Cruz do Rio Pardo • São Pedro do Turvo Rodovias: • Graal Estação Kafé • Graal Paloma • RodoServ • RodoStar 360 online: issuu.com/caderno360 (com links + formato celular + download) facebook/jornal360
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Questionar

Do latim quaestionare, dignifica por em questão; fazer objeção a; controverter, rebater. Questiona-se quando se duvida de algo dito por alguém, especialmente com a apresentação de ideias contraditórias. Podemos questionar alguém, atos e nós mes-

A palavra deste mês talvez seja a que melhor represente o trabalho de um jornalista. Afinal, questionar os fatos em busca da verdade é a essência da imprensa. Com mais de 35 anos de atividade na área, penso que questionar, de fato, faz parte de minha vida desde sempre. “Por que não, pai?”, insistia eu diante das negativas do Sr. Carlito Manfrin, que não raras vezes bradava suas determinações.

Nunca tive medo dele, como a maioria das pessoas. Era um homem bravo sim, mas justo. E bom. E muito amoroso com sua gente, seus amigos, suas filhas e esposa. Por que razão eu deveria me contentar com um simples “Não!”, mesmo que em letras garrafais?

Por sorte eu tinha essa liberdade de questionar dentro de minha casa. E isso talvez tenha me valido muito a pena sempre que me vi diante de situações e pessoas que não me pareciam confiáveis. Certificar-me das coisas, colocando muitas questões em torno delas, me fazia também neta do Sr. José Rocha Syllos, afinal, mineiro é sempre meio desconfiado.

O questionamento, que é base da filosofia e de todo o conhecimento – questionando falhas ou possibilidades, evoluímos –, quem diria, parece ter caído em desuso. Sob a mira da patrulha do “relaxa” ou do “não estressa”, ou até do “sabe com quem você está falando”, questionar tornou-se algo que causa desconforto e, portanto, indesejável num mundo de muito chamego interpessoal, mantido na base de postagens felizes na internet sempre curtidas com comentários de “lindo”, “amei” por aí vai.

Felizmente, a imprensa, e muita gente também, afinal nem todos se tornaram “vacas de presépio”, como se usa dizer sobre quem só assiste a tudo sem questionar nada, se mantém livre e comprometida para questionar o que for necessário, oportuno ou simplesmente duvidoso, como vemos na reportagem sobre o lançamento de um programa focado na qualificação de jovens egressos do ensino médio para que possam ser bem recebidos no mercado de trabalho. Questionar a o desequilíbrio social expresso na formação escolar, certamente vai ajudar todos os envolvidos a uma solução positiva para essa demanda social, como vemos em CIDADANIA

Foi também questionando o equivocado plantio de mudas exóticas na minha cidade, por mais belas fossem, que descobri o que rege a lei, os acordos internacionais e o bom senso quando se trata de arborizar um local, que deve ser contemplado com espécies na-

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* Os Ipês Brancos fazem vista em Assaí, a cidade mais asiática do Brasil, repleta não só de descendentes japoneses, mas da tradição nipônica, inclusive em sua arquitetura. Para ornamentar sua cultura, centenas de árvores nativas do Brasil. e não “cerejeiras brancas”, como muitos chegam a supor *

tivas, para o bem de todos, vale dizer. E para o deleite dos olhos, como vemos nas fotos que aparecem aqui e em MEIO AMBIENTE, onde Ipês Brancos, a árvore símbolo do Brasil, nos fazem querer ir até Assaí, no norte do Paraná, para conferir de perto tanta beleza.

É também questionando as convenções e as leis da gravidade que o circo tantos nos encanta e ensina, como vemos em nossa reportagem sobre o Circênico, projeto de educação e arte circense de Jaú que tem um lugar cativo também na nossa região, veja em GIRO 360.

A edição traz também questões interessantes de nossos colunistas, em PONTO DE VISTA; pratos que resultam do questionamento de cozinheiros sobre as receitas tradicionais, em GASTRONOMIA; e o Pingo com mais uma boa questão, muito comum hoje em dia, sobre adoção de cães adultos, em MENINADA.

Boa leitura! E Feliz Páscoa!

Flávia Rocha Manfrin

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1 João 4

Ora ação!

“Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.”

xpediente e

O jornal 360 é uma publicação da eComunicação. Todos os direitos reservados. Distribuição: gratuita. Tiragem: 2 mil exemplares. Circulação: mensa. Redação-Colaboradores: Flávia Rocha Manfrin ˙editora, diagramadora e jornalista responsável -Mtb 21563˚, Fernanda Lira, Leonardo Medeiros, Angela Nunes e Maurício Salemme Corrêa ˙colunistas˚, Sabato Visconti ˙ilustrador˚, Odette Rocha Manfrin ˙receitas e separação˚. Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Endereço: R. Cel. Julio Marcondes Salgado, 147 - CEP 18900-007 - Santa Cruz do Rio Pardo/SP.

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2 • editorial
foto: Prefeitura de Assai/PR
VS8

Me lembro as vezes desse filme dos anos 80 que se chamava “O Turista Acidental”. Na época não achei nada especial, mas de um jeito furtivo, a trama ficou marcada a fogo no meu inconsciente. Por que será? É a história de um sujeito que viaja o mundo escrevendo essa coleção chamada “Turista Acidental”, nada mais nada menos que um guia dedicado a quem não gosta de viajar, mas o faz por obrigação profissional. O protagonista, um americano bolha, vai para Paris, a quintessência do destino turístico, em busca de hotéis, restaurantes e atividades; a procura de ambientes que façam ele se sentir numa cidadezinha de Ohio, como se Paris e os franceses não existissem. Ele não gosta de sair de casa e viaja o mundo atrás de uma sensação de nunca ter saído. Torci o nariz porque não compreendia como alguém poderia não gostar de viajar. Eu costumava vagar por aí de mochila nas costas em busca de praias e montanhas. Na primeira oportunidade levei minha mochila para o exterior.

De lá para cá viajei o mundo, estudei fora, passeei, trabalhei, mil carimbos no passaporte e, para sua surpresa… cansei. Demorei para compreender. A verdade é que sempre me senti no mesmo lugar, não importavam as coordenadas. E na maioria das vezes a sensação não era de uma miríade

Chicken or Pasta?

de destinos, apenas dois. Em casa, ou fora dela. Fui elaborando o sentimento até chegar à conclusão de que “o melhor lugar do mundo é aqui, e agora” (como dizia o poeta). Aqui entre nós, me sinto mais em casa em Santa Cruz do Rio Pardo do que em New York.

O turismo não me seduz. Naquela fila entre milhares de sujeitos que se aglomeram para entrar na Catedral de Notre Dame, entre as centenas de celulares apontados para a tímida Mona Lisa, entre assédios agressivos dos vendedores nas vielas de

Marrakesh vendendo bugigangas árabes (made in China), me sinto verdadeiramente desumanizado. Esses milhões de sujeitos, que na maioria esmagadora das vezes economizaram o ano inteiro pra sentar numa ínfima poltrona de avião em torturantes 20 ou 30 horas de viagem (“chicken or pasta?”); todos são conduzidos por um impulso consumista de predar o desconhecido sem antes terem visitado os recônditos da própria alma. Um impulso humano de conquista e exploração, mais uma anacrônica excrecência do mundo macho alfa, explorado pelos tubarões da indústria do turismo para tirar de você seus suados dólares. Preguiça. Prefiro ficar em casa. Prefiro usar meus dólares pra manter uma casa confortável, ter um belo jardim, um sofá confortável e um bom notebook para escrever bobagens como essa. Eu turista me sinto solitário competindo por um centímetro quadrado de Piazza Navona contra vorazes turistas japoneses, com seus indefectíveis celulares querendo fotografar tudo. Voltamos pra casa com milhares de imagens inúteis, de lugares e coisas já fotografadas a exaustão, frenéticos, mas sem boas histórias de grandes encontros ou aventuras.

Uma viagem deveria ser um caminho de evolução pessoal e abertura de horizontes.

Por isso me intrigou tanto aquele filme. Podia ter aproveitado aquela obra de arte (a arte faz isso com a gente) economizando viagens frígidas. Podia ter entendido o recado. O filme era uma esfinge que eu só decifrei décadas depois. Nem sei se o filme é exatamente assim do jeito que descrevi, vale a pena ver de novo. Mas ficou marca

AnsiedadeA vilania do dinheiro

Parece que essa é a doença que afeta muitas, mas muitas pessoas nos dias atuais, sim nunca se falou tanto nela. Dá para entender: tudo acontece de maneira imediata, na hora, ou melhor, em um segundo e acabamos caindo nessa arapuca das coisas da vida serem imediatas.

Há algum tempo, nem sei se você viveu isso, mas as pessoas esperavam que a sua música favorita, tocasse no rádio, inclusive para gravá-la e poder ouvir quando quisessem... Quando íamos a um restaurante, fazíamos o pedido e aguardávamos o prato escolhido, quase sempre com a boca salivando... E quando o assunto era o amor, seja de filhos, pais ou companheiros, também era assim. Aguardávamos a carta que levava dias até ser entregue pelo dedicado funcionário dos Correios, que com alegria, nos entregava, como se a felicidade fosse dele...

Sim, houve uma evolução. Hoje a música que você quer ouvir, basta colocar no seu celular e pronto... Para comer, basta entrar em um aplicativo, pedir ou, mais fácil, entrar em um restaurante e escolher o alimento sem nem antes se sentar e pensar, só vai pegando.... Para falar com alguém próximo, ou não, basta ter o contato e, em segundos, mandar o seu texto, áudio ou vídeo.... Muito bom né????

Mas por que a ansiedade está tão presente entre nós????? Mesmo com toda a tecnologia, dá para tentar ser menos ansioso: Vamos pensar juntos: quando for ouvir uma música que lhe agrada, procure ouvir o álbum inteiro do artista, para entender melhor como esse foi concebido.... Dê preferência, quando for se alimentar, a fazer com calma seu prato, de preferência, aguarde um pouco antes de se servir, sinta o aroma e as características do local onde você está. Quando for se comunicar com seus amores, faça com tempo e, principalmente, com ouvidos bem abertos e sem pressa, faça valer esse momento especial.

As tecnologias estão aí para nos ajudar e nos aproximar, porém, existem armadilhas que podem fazer uma coisa boa, acabar nos levando à ansiedade.

Aproveite o dia, sem pressa e sem correria... Vamos tentar?????

Barata quando cai no melado, se lambuza. Esse dito das antigas serve para ilustrar uma outra frase muito sábia: tudo que é demais, não é bom. O dinheiro que chega às mãos de talentos do esporte e do entretenimento é fora de contexto num planeta com tantas pessoas passando fome e com a maioria das pessoas vivendo com 1.550,00 por mês, valor do salário mínimo do Brasl.

Não há nenhum gol de placa ou performance em campeonato que justifique os valores hoje pagos a jogadores de futebol. Muito menos a artistas, sic, que conseguem sim ter milhões de seguidores em redes sociais outros milhares em suas aparições públicas, mesmo sem produzir arte que mereça ser conhecida. Nada justifica essa grana toda tão fácil e que eles usam da maneira mais ostensiva, espalhafatosa e cafona possível.

Daí para cair na vala de quem acha que está acima do bem e do mal ou, principalmente, das outras pessoas, podendo, inclusive, se valer delas para uso próprio e sem o devido consentimento, é um pulo. Muitas vezes, nem isso.

Esse universo de babacas de todos os gêneros, que vira e mexe se move dos noticiários tão ávidos quanto eles por atrair

público para a bandidagem de pior espécie, que inclui violência extrema como o estupro e assassinato, não existiria se todos ganhassem um salário justo, digno de seu talento. Nada além disso.

Senhores pais que sonham ter filhos bons de bola ou de lábia ganhando fortunas mundo afora, pensem bem. Vale a pena ir atrás de toda essa grana podendo ser um dia pai, mãe, irmão de alguém capaz de ser tão vil?

PS: Nosso repúdio à soltura de um estuprador mediante fiança milionária. Isso é o mesmo que colocar uma etiqueta de preço à dignidade, integridade e alma de uma mulher.

* jornalista paulistna que adora o interior

3 • ponto de vista
* Maurício Salemme Corrêa * Fernanda Lira imagem_canva.com imagem_canva.com imagem_canva.com *ator, escritor e vocalista de banda de rock

Variando o cardápio

Quantas vezes comemos nossas proteínas ou qualquer outro ingrediente favoritos com uma vontade oculta de uma nova receita?

É o que fomos buscar este mês, com um prato delicioso feito de tilápia, criação de minha irmã, que adora combinar delícias culinárias com vinhos. Ela misturou grelhado com molho agridoce e o resultado agradou em cheio os paladares.

Tilápia ao molho de Larajna e Tomates

criação e preparo: Aldine Rocha Manfrin

_Ingredientes:

• 500g de filé de tilápia

• 3 laranjas espremidas

• 15 a 20 tomatinhos cereja

• 1 colher sobremesa de manteiga

• 1 colheres sopa mel

• 1 punhado de cheiro-verde

• sal e pimenta a gosto

_Preparo: Tempere os filés de tilápia com sal.

É da cozinha dela, também, que veio a receita de uma panqueca de abobrinha, sem uso de massa para enrolar. Extraída da internet, a dúvida era se o resultado realmente aconteceria. E aconteceu. Está aí a foto do prato que ela fez. E o link do autor da receita.

Para com pletar, lançamos o desafio e ela preparou uma sobremesa, também “pescada” da internet. E deu muito certo, como ela mesma informou. Então mão na massa e bom apetite!

Panqueca de Abobrinha

preparo: Aldine Rocha Manfrin

Numa frigideira anti aderente, coloque um fio de azeite e grelhe os filés até ficarem dourados e reserve. Esprema as laranjas e junte o mel. Na mesma frigideira que fritou a tilápia, coloque a manteiga e deixa derreter. Adicione o suco das laranjas com o mel. Quando começar a ferver, junte os tomatinhos. Deixe no fogo até os tomates começarem a murchar e o molho reduzir. Ajuste o sabor do molho com um toque de sal e de pimenta. Coloque as tilápias e polvilhe com o cheiro verde. Serva com arroz branco ou um acompanhamento de sua preferência.

_Ingredientes:

• 1/2 abobrinha cortada em rodelas finas

• 1/2 xícara de queijo ralado grosso (mussarela, parmesão etc.)

• recheio a gosto

• sal e pimenta a gosto

_Preparo: Numa frigideira anti-aderente (ou untada com azeite), coloque o queijo ralado em forma de círculo. Adicione as fatias de abobrinha sobre o queijo e polvilhe sal e pimenta moída. Coloque o recheio de forma linear (comprido e central) sobre a abobrinha. Tampe a frigideira e deixe no fogo até dourar o queijo. Com uma espátula, enrole a panqueca e sirva!

PS: O Recheio pode ser variado, conforme o que tiver disponível: carne moída; tomate, queijo e manjericão (usado no preparo da foto); frango desfiado; palmitoi ou qualquer outro de sua escolha.

Mini Pizza de Arroz

preparo: Aldine Rocha Manfrin

fotos: Aldine Rocha Manfrin

_Ingredientes

massa:

PARA MASSA

•100g de arroz cozido (6 colheres sopa)

• 2 ovos de galinha

_Ingredientes recheio:

• molho de tomate

• mussarela

• Tomate

• Manjericão

• Azeitona preta

• Orégano

Ou o que você preferir!

_Preparo: Bata o arroz pronto e os ovos no liquidificador até formar uma massa bem homogênea. Unte uma frigideira já aquecida e coloque a massa como uma panqueca. Asse em fogo baixo. Vire a massa e coloque os ingredientes enquanto assa a parte de baixo. Tampe para o queijo derreter.

fonte das duas receitas: https://www.instagram.com/jarllesgois/

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• gastronomia
Flávia Rocha Manfrin

Árvores nativas são sustentáveis e somam pontos para governos

A sustentabilidade veio para ficar e para nos ensinar que nada deve ser feito no mundo sem garantir que a Terra seja perpetuada. É esse o propósito do novo século, depois de tanto estrago feitos pelos seres humanos no nosso planeta.

A sustentabilidade se aplica a tudo e exige que muitos conceitos, práticas e ensinamentos rejam revistos. Fica o que não extingue ou desequilibra o meio ambiente, onde estamos inseridos, vale dizer. Já o que é comprovadamento nocivo à preservação do planeta deve ser revisto e transformado, de modo a tornar-se inócuo. Ou seja, deixar de causar problemas.

O plantio de árvores é uma dessas questões que devem ser revistas e, inclusive, começar a aparecer em leis de todas as esferas: municipais, estaduais e federais. Afinal, o Brasil é comprometido com o Pacto Global, que compreende uma série de condutas que vêm sendo adotadas pela maioria dos países signatários. Também a nossa Constituição determina que a preservação das espécies e do equilíbrio ambiental sejam praticados por todos.

Apenas mudas nativas – Um dos pontos que torna-se fundamental na arborização urbana e rural, por exemplo, é o uso exlusivo de mudas nativas. Ou seja, aquelas que fazem parte do bioma de onde se vive. Vale dizer que o Brasil, por seu imenso tamanho, possui vários biomas. Ou seja, não basta ser uma espécie brasileira, deve ser nativa do lugar onde se pretende plantar.

Essa prerrogativa exclui muitas opções de espécies que foram introduzidas no país há muito tempo ou mais recentemente. Mesmo que não sejam consideradas “invasoras”, todas as espécies não nativas, que se usa chamar “exóticas”, devem ser evitadas, poius comprometem o equilíbrio ambiental. Vale lembrar, que

* Cidade com a maior população oriental do Brasil (11,5% dos quase 15 mil habitantes, Assaí (do japonês Assahi, que significa sol nascente), surgiu em 1932, com o assentamento de colonos japoneses, que vieram desenvolver a agricultura no norte do Paraná. A preservação das tradições nipônicas, presentes por toda a cidade com edificações e hábitos culturais, não interferiu na escolha das árvores que fortalecem o potencial turístico da cidade. Por muitas ruas e praças, a presença de Ipês Brancos predomina e cria um visual fora de série no final do inverno, anunciando com milhões de flores a chegada da Primavera *

além de frutos e flores, árvores atraem (ou repelem) insetos e aves. Adotar espécies exóticas jamais é adequado para a arborização urbana.

Beleza e utilidade – Seja para adornar uma rua ou jardim, seja para uma função mais complexa, como o consórcio agrícola, que envolve o plantio diversificado de espécies, o que não faltam são variedades nativas quando o assunto é arborização, paisagismo e cor-redor ecológico. Descobrir o que é nativo de onde se vive é um exercício divertido que, inclusive, pode ser usado nas esco-

Para quem se vale da internet, procure sempre espécies nativas do Brasil e aplique um filtro, colocando o local onde as mudas serão plantadas para garantir que sejam efeitvamente nativas da sua região. A procura deve ser criteriosa, pois há muitos sites com informações defasadas que podem levar ao erro.

Onde buscar – As mudas nativas são geralmente produzidas por viveiros locais, particulares ou municipais, que se valem de sementes coletadas em praças, matas e beiras d’água. Ou seja, além de garantir um plantio adequado, o custo costuma ser mais baixo.

Incentivo público - A adoção de espécies nativas é tão importante que somam pontos em ações públicas de fomento ambiental, como o Programa Município Verde Azul (PMVA), do governo de São Paulo. Criado em 2007 para mensurar e apoiar a eficiência da gestão ambiental nas cidades paulistas, o PMVA presta auxílio na elaboração de políticas públicas estratégicas para o desenvolvimento sustentável das cidades que alcançam pontuação suficiente para obter o selo programa, concedido anualmente.

las, pois é uma forma de ensinar que alia terioria e pesquisa prática, com o que há plantado perto de casa, resultando no verdadeiro aprendizado.

O livro “Paisagisno Sustentável para o Brasil”, do botânico Ricardo Cardim, traz dicas sobre espécies e os locais onde devem ser plantadas. Vale a pena pesquisar.

Na lista de conduta do programa, a prioridade às mudas nativas em projetos de urbanização garante 2 pontos. Assim como evitar o plantio de espécies exóticas invasoras (EEIs) garante outros 2 pontos. Sinal de que opção por espécies nativas não é apenas indicada, mas também necessária.

5 • meio ambiente
foto: Prefeitura de Assai/PR

Quando a arte alia realização profissional e utilidade pública

Casal de artistas do Circênico prova que a arte do circo permanece viva e pode ser um instrumento efetivo para para saúde, cultura e social

Hoje tem marmelada? Não tem não senhor. O trabalho de teatro circense e escola de circo realizado pelos atores Fernando Milani Rosella, Viviane Pelegrin Dias Rosella é muito sério e bem estruturado para atender demandas de pessoas de todas as idades interessadas em se desenvolver através da superação de desafios e também de empresas com demandas de parceria cultural e de eventos que devam entreter o público com emocação e alegria.

Sem deixar de lado os fundamentos do riso e da geração de inúmeros “Óhhhhh!”s, a dupla do Circênio, da cidade de Jaú, trabalha com um profissionalismo fora de série, deixando claro que esse é também um caminho profissional viável.

Em entrevista esclusiva ao 360, eles contam como tudo acontece no Circênio:

360: Como se tornaram artistas circenses? Eu, Fernando, comecei com o teatro, como ator. O circo entrou para mim como elemento de cena, depois tomou conta quase de tudo. O circo é muito rico. Um universo de possibilidades.

A Viviane começou dando aula de pole dance no Circênico e aos poucos também foi se entregando à sedução do circo. Veio o tecido aéreo, o malabarismo, a suspensão capilar e, de repente, lá estava a palhaça Casquinha, com todas essas habilidades, no centro do picadeiro.

* Técnico exibe uplanta de soja em Goiás. Ao retirar os frutos das vagens, é possível avaliar a qualidade das sementes, uma prática realizada pelos associados do GAAS *

360: Como surgiu o Circênico? O Circênico marcou a fusão do teatro e do circo na minha vida. Criamos em 2004, há 20 anos portanto, justamente com esse intuito: “Aproximar diferentes linguagens artísticas, artistas profissionais e amadores para o exercício da arte.

360: Qual o propósito do Circênico?

Tornar a vida mais bela! Ou melhor explicando: ser instrumento para que cada um perceba a beleza da vida da sua maneira, com sua própria verdade. O exercício e a função das artes cênicas e circenses de enfrentar seus medos, vencer seus obstáculos e limites, superar-se e descobrir-se além da mecanização humana e rótulos sociais já ajuda a fazer isso por si só. Depois é canalizar alegrias e sofrimentos para algo além. Para a beleza de criação e da expressão artística.

360: Quais objetivos vocês seguem? Muitos, principalmente o de continuar essa trajetória a todo custo, só para ver onde vai dar. Só para ser teimoso (risos). Quando digo continuar, é plantar e colher. E não deixar morrer. É tornar real no presente, algo que não fazia parte da história no passado.

360: Quantas pessoas já passaram pela escola e oficinas?

Puxa vida, nunca parei para contar. Sempre foram muitas frentes de ação. Em 2023, demos oficinas para quase 800 pessoas. Teve um ano, que apresentamos mais de 200 vezes um espetáculo para mais de 50 mil pessoas. Enfim são 20 anos. Faça a conta. É muita gente, muita gente mesmo.

360: Quais atividades vocês oferecem?

Todas as atividades do circo, como malabarismo, equilíbrio, acrobacias, perna de pau, teatro, ginástica artística, parkour, tecido aéreo e pole dance para pessoas de todas as idades!

360: Fale da parceria com a Special Dog. Foi um encontro do destino. Estávamos trabalhando na Feira do Livro do Colégio Camões e nossa programação tinha um cortejo pela cidade, mas chovia muito. Nesse mesmo horário, estava programada a apresentação do Coral do Centro Cultural no espaço de vivência do colégio. Ficamos ali escondidinhos só ouvindo, o plano era não atrapalhar o coral. Mas estávamos lá, prontos para ação e a música era contagiante. Com autorização não me lembro de quem, entramos em cena nas duas últimas músicas, de improviso, fazendo do pátio da

6 • giro 360
Circênico
fotos:

* A partir das esquerda, a oficina gratuita realizada na Vila Divineia, em Santa Cruz do Rio Pardo, parte da turnê contemplada pelo Proac; e

escola nosso picadeiro. Foi incrível!

Naquele mesmo ano, a Juliana, gerente do Centro Cultural, me procurou para fazermos uma participação na Cantata de Natal e no ano seguinte já estávamos dando oficinas em Santa Cruz. Nunca mais paramos. O resultado de tudo isso é muito gratificante.

360: Como você avalia a trajetória e atividades do Centro Cultural Special Dog?

A Special Dog é uma rara empresa desse nosso país. Através do Centro Cultural, proporciona um mais que excelente e expansivo cenário para o desenvolvimento cultural, social e artístico de sua comunidade. Permite que sejamos educadores sem deixar de lado nosso ofício de sermos artistas.

Somos muito gratos por nossa história ter se cruzado com a do Centro Cultural. Temos muito orgulho de estarmos crescendo e aprendendo juntos. É muito mágico na vida quando você encontra um ambiente favorável para a exploração e o desenvolvimento de suas potencialidades. Nessa parceria, encontramos isso.

360: Fale da montagem dos espetáculos. Sempre um caos criativo (risos), nem ouso tentar explicar. Meu processo criativo passa por muitos caminhos e se não estiver conectado com algo a mais, que hoje para mim revela: “O que precisa ser dito nessa montagem?”, a coisa não funciona.

Às vezes existe um conflito entre o que achamos que devemos fazer e o que temos que fazer. Para renunciar a um e perceber o outro precisa estar aberto, livre e atento. Precisa estar em movimento e se aquietar ao mesmo tempo.

360: Como uma cidade ou empresa pode contratar vocês?

Pelo Instagram do Circênico: @circenico

360: Como se sentem vivendo do Circo? Me sinto vivo! Acho que não me sentiria assim em outra profissão ou meio.

360: Qual sua estrutura de trabalho?

A sede de Jaú tem 1200m2 com diversos espaço de aulas e treinos, lanchonete e uma

sala de apresentações. Temos ainda uma estrutura de circo que fica permanentemente montada na Associação Desportiva da Polícia Militar , onde acontecem oficinas e espetáculos. E temos as tralhas e equipamentos no Grêmio Special Dog.

360: Vocês estão promovendo oficinas gratuitas na turnê do Circo Coquinho, feita pelo PROAC (lei de incentivo fiscal do Estado de SP). Como atuam na áera social? No setor cultural trabalhamos muito com as questões de democratização ao acesso. Vai um pouco de encontro a "o artista ter que ir aonde o povo está". As ações sociais tem a ver com isso, garantir o acesso às comunidades de baixa renda, às crianças com alto

alunos do Circênico de Jaú demos *

índice de vulnerabilidade social. Infelizmente são muitas no nosso país e temos muito pouco recurso destinado a isso. Se um dia vamos mudar esse cenário, é através da arte educação. Deveria ser obrigatório na gestão pública ter um centro cultural por bairro. Estamos fazendo algumas oficinas dessas no projeto com o governo estadual, com oficinas em seis cidades. É um grão de areia no deserto, mas pode ser também uma luz no fim do túnel. Vale dizer, que em Santa Cruz a realidade é bem melhor do que em qualquer lugar que conheço. O Centro Cultural Special Dog desempenha esse papel. Realizamos oficinas de circo e teatro de 5ª a sábado, gratuitamente, em uma estrutura exemplar.

360: Como faz para participar?

Basta se inscrever e ter um pouco de paciência, pois a fila de espera é uma realidade, mas todo ano zeramos essa fila.

360: Quais são seus planos e sonhos?

Acho muito perigoso esse negócio de ter sonhos. Sonho é algo que devemos ter, tenho muitos, mas acho que eles devem ficar lá longe, pairando no ar. Como algo que vemos se aproximar lentamente. Mas não devemos olhar direto para o sonho, pois ele ofuscará a visão da realidade presente e podemos perdê-lo. À medida que ele se aproxima, deixa de ser sonho e passa a ser realidade. O grande barato então é perceber que o que vivemos hoje já é um

sonho que sonhamos outrora, algo que criamos. Isso é mágico.

Temos que perceber isso para sermos felizes, senão ficaremos adiando a realização constantemente. É como diria o poeta:

“Compreender a marcha e seguir em frente.”, esse é meu sonho e objetivo: marchar

percebendo cada cor, sentindo cada aroma e a brisa do vento. Ah! E perceba que o verbo é marchar e não deslizar ou descer na banguela, envolve ação e protagonismo! (risos)

fotos: Circênico

Jovens aprendizes ganham apoio em formação adicional

A formação acadêmica continua sendo um grande desafio para o Brasil. Apesar de tantos se falar – e, de certo modo, praticar – na importância da educação para o desenvolvimento do país, ainda é esse o grande divisor de águas quando o assunto é a inserção de jovens no mercado de trabalho. A imensa diferença na formação educacional de acordo com a situação sócio-econômica dos candidatos, torna impossível que todos concorram em pé de igualdade a uma vaga dentro de programas como o Jovem Aprendiz, hoje inserido no organograma da maioria das empresas.

Conscientes desse abismo entre as vagas de emprego e a falta de qualificação dos jovens que conseguem terminar o ensino médio, mas apresentam uma formação deficitária, as empresas vêm se esforçando para qualificar os candidatos às suas vagas de jovens aprendizes. Essa é a prática da Special Dog, uma das mais ativas empresas no campo do desenvolvimento social, sediada em Santa Cruz do Rio Pardo. Com uma história de sucesso na qualidade do ensino infantil, a empresa criou o Futuro em Foco, que se dedica a prover jovens interessados em conseguir um emprego e uma profissão a se qualificarem para o início dessa jornada. “Uma das grandes dificuldades na inserção de programas como o Jovem Aprendiz é a adaptação da pessoa que chega para estas vagas sem o mínimo de preparo para o mercado de trabalho. O retorno esperado é que, com o projeto, estes jovens da região estejam aptos a enfrentar os desafios corporativos visando sua integração de forma adequada nas empresas”, afirma o gerente de sustentabilidade da empresa, João Paulo Camarinha Figueira.

Trabalho em grupo – Para realizar a ação, a empresa foi buscar especialistas que aplicam um sistema de ensino complementar criado para o desenvolvimento social através do trabalho. Com uma história de sucesso em todo o país, a Alicerce Educação, que desenvolvemos a base educacional de pessoas de qualquer idade e contexto social, assumiu a tarefa de apli-

* Acima, profissionais de empresas e de entidades da cidade e da região, o time de sustentabilidade da Special Dog e os palestrantes do Futuro em Foco. Abaixo, o público assiste às apresentações sobre formação e inclusão de jovens no mercado de trabalho, um desafio que atinge todos os setores de mercado *

car sua metodologia durante quatro meses em um grupo de 40 jovens, selecionados por uma escola estadual de ensino médio da cidade, o colégio Leônidas do Amaral Vieira, que também cede espaço para o projeto. A Special Dog entra com os recursos, em torno de 60 mil anuais, e o monitoramento do programa. “Os jovens foram selecionados com base em suas notas acadêmicas, assiduidade escolar, habilidades sócio-emocionais, vulnerabilidade social e diversidade racial e de gênero”, explica João Paulo.

Rede de oportunidades – Para fomentar a prática de formação complementar e inserção dos grupos formados

duzida pela CKZ Consultoria.

A presença das empresas ao evento superou a expectativa dos roganizadores e evidenciou que o assunto é recorrente a todo o mercado. “Gostei muito do projeto. O encontro aconteceu no momento certo, pois a gente já estava pensando em algo nesse sentido e não sabia por onde começar”, diz avalia Amanda Nobile, do departamento de gente e gestão da Cerealista Solimã. Segundo ela, a ideia do agradou bastante. “Eu já apresentei o projeto aqui na empresa e estamos avaliando uma forma de viabilizar algo semelhante ou entrar em parceria com o Futuro em Foco”, afirma Amanda, garantindo que o encontro foi muito produtivo.

Além de profissionais da Special Dog e da Solimã, estiveram presentes ao evento, representantes das empresas Cerealista Nardo, Sorvetes Beguetto, Tecmais, Santa Massa, Solito Alimento, Picinin Alimentos, Rede Graal, Usina São Luiz, Raízen e Café Jaguari, além de representantes da ACE-Santa Cruz, SEBRAE, Diretoria Regional Ourinhense, Prefeitura Municipalc Polícia Militar e da escola Leônidas do Amaral Vieira.

no mercado de trabalho, a Special Dog promoveu um evento que reuniu representantes mais de 20 de empresas da cidade e da região que atuam na contratação de profissionais.

O encontro incluiu a divulgação dos resultados alcançados com o grupo formado pela empresa em 2023, o lançamento de uma nova turma de 40 jovens para o segundo semestre de 2024 e também uma apresentação da metodologia adotada, a cargo da Alicerce Educação. A empresa também destacou a disponibilidade de 30 jovens que passaram pelo programa, já que 10 deles ingressaram em seu quadro funcional, e inclui na programação uma palestra sobre Diversidade e Inclusão con-

* Mais à esquerda, sala de aula do projeto Futuro em Foco, com a turma de 40 alunos, de 2023. Ao lado, Amanda Nobile, da Solimã, satisfeita com o que viu no evento da Special Dog *

Experiência aplicada – Com vários modelos de ensino complementar, a Alicerce Educação promove uma “abordagem pedagógica inovadora e disruptiva, buscando dar oportunidade para que todos se desenvolvam de maneira integral”, conforme consta em seu site e material promocional. Segundo informam, o processo de ensino-aprendizagem é personalizado e funciona com base em três grandes pilares – trilhas de conhecimento, habilidades para a vida e descoberta – que visam a constante evolução e a construção de um projeto de vida do aluno.

10 • cidadania
fotos: Flavia Rocha 360 foto: acervo Special Dog fotos: acervo Solimã

Afinal, Feliz!

Pingo estava brincando com os amigos border collie da Jacutinga quando ficou sabendo que o filhinho deles, Jack Junior precisava de um novo lar!

Para infelicidade do cãozinho, ele teve que deixar a fazenda onde morava para viver numa casa da cidade com um muro alto, onde ficava sozinho o dia todo, já que todo mundo saía para trabalhar logo cedo e só voltava à noite. Sempre alegre e festeiro, muito tranquilo e amoroso, Jack Jr. agora andava triste e até meio agressivo de tanta solidão. Ainda mais depois que seu companheiro de brincadeiras da fazenda tinha virado estrelinha.

Não demorou muito para que todos que amam demais o pequeno Jack se organizarem para encontrar um novo lar para ele, mesmo que isso deixasse os olhos de sua mãe humana rasos d’água.

A tristeza dela, porém, virou alegria com a grande família que veio buscar seu xodó de quatro patas.

Jack Jr. foi viver com Mônica e André, e Guita, e Chilli, sua irmãzinha trapezista que mora na capital, com direito a duas casas, incluindo um sítio, onde moram outras duas cachorronas. Nem deu tempo de Jack Jr. sentir saudade. Ele vive indo e vindo para o sítio, para parques e se enrola todo dengoso no edredom de sua nova mamãe.

Mas ele jamais vai esquecer da sua família original, que agora acompanha sua boa vida pelo Instagram. Moral da história: não devemos julgar quem coloca um animal para adoção. Muitas vezes, é para que ele continuar a ter uma vida feliz! Au au au!!

FENÔMENOS DA NATUREZA

•ABISMO •AURORA •ARCO-ÍRIS

•ALIMENTOS •ANIMAIS •AROMAS

•ÁRVORES •CACHOEIRAS •CALOR

•CAPIM •CÉU •CHUVA •CORES

•ESTRELAS •DIA •ECLIPSE

•FLORES •FOLHAS •FLORESTAS

•FRIO •FRUTAS •HORIZONTE

•ILHAS •LAGOS •LUA •LUZ •MARÉ

•MATAS •MONTANHAS •MORROS

•NEBLINA •NEVE •NOITE

•NUVENS •OCASO •OCEÂNOS

•ONDAS •ORVALHO •PAISAGEM

•PEDRAS •PESSOAS •PLANÍCIES

•PLANTAS •POEIRA •PRAIAS

•RAIOS •RAÍZES •RELÂMPAGO

•RIACHOS •RIOS •SABORES

•SOL •SONS •TEMPESTADE

•TERRA •TEXTURAS •TROVÃO

•VALES •VENTO

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11 • meninada
arte: Sabato Visconti

Teatro Municipal de Santa Cruz é reinagurado

Reabertura introduz painel da fama, antiga calçada, e figura do inesquecível ator Umberto Magnani Netto em escultura em bronze

O Palácio da Cultura Umberto Magnani Netto foi reinagurado em Santa Cruz do Rio Pardo, trazendo de volta o acesso a filmes selecionados, como a programação do Ponto MIS (do Museu da Imagem e do Som, de São Paulo), além de abrigar oficinas e espetáculos.

Na reabertura, o público foi surpreendido com uma escultura em bronze do ator brasileiro –e mais santa-cruzense que toda a população junta – que dá nome ao local, o Bertinho para os locais. Instalada num banco em frente ao teatro, a homenagem em tamanho natural já se transformou numa atração para moradores e visitantes, todos dispostos a registrar uma foto ao lado do saudoso amigo de toda a gente. “O banco, assim como o Umberto, é muito democrático, para todos, sem distinção”, comentou Roberto Magnani, irmão do artista.

A reforma promovida no teatro incluiu troca de poltronas e piso, reforma no palco e nas coxias, além de inaugurar uma área de acesso para pessoas com problemas de locomoção e uma galeria, que foi batizada com o nome do jornalista Sérgio Fleury Moraes.

O evento de reabertura teve a apresentação do Ballet Municipal da cidade, que estreou novo espetáculo nos dois dias seguintes à reabertura. Para ilustrar o evento, foram apresentados filmes em homenagem ao criador do jornal Debate, Sérgio Fleury, e ao ator Umberto Magnani, cuja crônica, de autoria de Maurício Salemme Corrêa, publicamos aqui:

* As novas instalações do Palácio da Cultura, sob a direção de Renata Sartori, secretária de cultura, com o prefeito Diego Singolani *

Umberto Magnani Netto Em 25 de abril de 1.941, nascia em Santa Cruz do Rio Pardo, o ator e produtor Umberto Magnani Netto. Filho de Firmino Magnani e Dona Loures, ele queria ser artista, e foi.

Formado na Escola de Arte Dramática em São Paulo nos anos 60 iniciou sua brilhante carreira no teatro, cinema e na televisão, conquistando diversos prêmios no cenário nacional, tais como: Troféu Mambembe, Prêmio Molière, Prêmio Governador do Estado, dentre outros tantos.

Atuou e encantou os espectadores com performances de tirar o fôlego em renomadas emissoras de Tv, nas telonas dos cinemas e nos teatros desse imenso Brasil e sempre que podia, incluía nos seus personagens, uma fala, uma referência à cidade que ele tanto amava, citando nomes de amigos, de peculiaridades nossas, sempre com um carinho especial e profundo. Ele nunca esqueceu de suas origens.

Para nós, ele era o Bertinho, cara de bem com a vida, sorriso fácil, generoso, brincalhão, simples, que estava sempre presente nos diversos eventos da cidade, seja em festivais de música, carnavais, festas de aniversário, em descidas de boia no Rio Pardo que ele tanto cultuava e cui-

dava e principalmente em dias comuns ao lado do seu povo.

O nosso Palácio da Cultura que leva seu nome, foi palco do último ato desse ilustre filho de Santa Cruz que nos deixou em 2.016, momento de profunda tristeza para todos os seus conterrâneos e para as artes do Brasil. Naquele dia o Palácio entristeceu, chorou, sofreu e se pronunciou assim:

“ Estou triste, mas só por hoje. Todos os dias antes e depois de hoje, foram e serão de alegria. Ter seu nome é algo que me envaidece, me faz sentir que sou diferente dos outros por aí. Quantas vezes veio aqui e me reverenciou, chorou e se alegrou comigo. Sei que por onde estivesse, sempre falava de mim para os amigos, parceiros e para todo o universo. Receberei os amantes da cultura, do teatro, da dança, da música e estes, levarão sua imagem e seu nome por toda a vida e para o mundo. Triste sim, mas Só por hoje.”

Mas, como foi muito bem explicado, todos os outros dias serão sempre de festa, de alegria, de cultura e que então, assim seja!!!

Parabéns Palácio da Cultura Umberto Magnani Netto.

* Maurício Salemme Corrêa

12 • acontece
fotos: Flavia Rocha 360 foto: redes sociais

Na melhor companhia

Todo mundo quer dar um alô, para o querido Bertinho!

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