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são ameaças para o rio Pardo

ram apresentadas as razões pelas quais qualquer projeto de instalação de centrais oprietários rurais que estão sendo procurados para investir em projetos de CGHs

Áreas de centrais hidrelétricas são restritas:

Engana-se quem pensa que uma represa significa mais uma área para lazer, turismo e atividades aquáticas. Toda central hidrelétrica, seja uma PCH ou CGH tem área restrita e, portanto, inacessível aos moradores, turistas e até mesmo proprietários rurais que se associem a elas.

Outras interferências:

Cuidados para repor a água do rio Pardo

O rio Pardo tem potencial para produzir água em quantidade adequada e suficiente para atender a todas as demandas atuais se tiver toda sua bacia manejada adequadamente, de maneira integrada. Esse manejo deve partir das prefeituras e demais órgãos públicos da área, mas pode ter a participação de toda população.

Aumentar a infiltração de água para recarregar as nascentes m 2021, comprova o efeito nocivo da PCH de roar se projetos de CGHs forem em frente prometerem nascentes, por restringirem o fluxo de água durante a estiagem, por promoverem uvariações no volume de água nos meses de chuva, as PCHs e CGHs não são consideradas fontes seguras e sustentáveis de energia.

PCHs e CGHs são obsoletas:

Por não contribuirem para a preservação ambiental, a energia hidrelétrica hoje ocupa um papel secundário e até mesmo desconsiderado em projetos de geração de energia. Principalmente com o advento de diversas fontes geradoras de energia que são sustentáveis e ecológicas, como a energia solar, a energia eólica, a energia de biomassa (que se vale dos restos da cana-de-açúcar e inclusive são várias na região do Rio Pardo), a energia das marés.

As demais interferências nos córregos, riachos, ribeirões e rios que formam a bacia do rio Pardo, estão em geral, difusas em todo território. Isso, num primeiro momento reduz seu potencial de degradação, mas que se não forem conduzidas dentro de limites sustentáveis ampliam os riscos à segurança hídrica dos moradores de Santa Cruz do Rio Pardo e de Ourinhos, além de comprometer suas atividades sociais e econômicas.

Cuidados necessários para quem utiliza água em larga escala:

Quem utiliza água em larga escala precisa ter clareza sobre sua fonte de abastecimento e monitorar sua capacidade de fornecimento de água. Por exemplo: quem usa água de um córrego precisa saber o que está acontecendo em toda a sua bacia para não ser pego de surpresa com a falta repentina de água devido ao aumento do uso em algum ponto ou à implantação de algum barramento. Já quem usa água subterrânea (de poços) precisa saber como está se comportando o aquífero ou o lençol freático de onde retira a água, pois se não houver recarga, a água reduzirá de volume até se extinguir. E, neste caso, a atividade econômica pode ser inviabilizada. Existem muitos exemplos de problemas como este pelo mundo, nos Estados Unidos, China, Índia, Austrália e entre outros países.

Você pode cuidar das nascentes em casa ou no campo

O Rio Pardo é formado por 3.281 nascentes. Cada uma contribui com um pouquinho de água para que ele chegue na cidade com o volume que ele tem, mas para continuar existindo, as nascentes precisam que a água das chuvas chegue até elas. E essa água das chuvas para chegar nas nascentes precisa infiltrar no solo. Ela não pode correr direto para o rio.

Quem deixa parte do quintal de casa, da calçada, sem concretar, contribui para que parte da água das chuvas infiltre, siga para o lençol freático e volte à super cie pelas nascentes, que vão formar os córregos que alimentam o rio Pardo.

Nas áreas urbanas deve ser incentivada a implantação de estruturas como: coleta de água das chuvas para uso menos nobres no dia a dia; jardins filtrantes; pavimentos permeáveis; calçadas permeáveis e pisos permeáveis; bacias de infiltração e praças e áreas verdes; valos de infiltração ao longo de ruas, estradas e estacionamentos; poços de infiltração; melhorar a arborização urbana; melhorar a gestão de resíduos sólidos e efluentes, entre outras.

Nas áreas rurais os produtores devem implantar terraços em nível, matas ciliares, reservas legais, sistemas mistos de produção como agroflorestas e integração lavoura pecuária, adubação verde, promover controle do fogo, plantio direto na palha, construir bacias de retenção de água ao longo de estradas rurais e carreadores, criar cordões de vegetação, entre outras técnicas e estruturas.

Fonte:

Prof. Dr.Piroli , autor do livro “Água e Bacias Hidrográficas”, distribuído gratuitamente pela editora UNESP. Link para baixar: h ps://editoraunesp.com.br/catalogo/9786557142981,a gua-e-bacias-hidrograficas

Margem desmatada do rio Pardo. Requer ser reflorestada para que não haja assoreamento. Ou seja, que a terra desça para o rio e comprometa seu fluxo

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