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Por que centrais hidrelétricas s

Durante o 1ª Fórum de Defesa do Rio Pardo promovido pela prefeitura de Santa Cruz for hidrelétricas e de barragens no rio Pardo são nocivos para todos, inclusive para os pro

Por que dizer não às CGHs

1: As CGHs destroem fontes naturais de reposição de água no rio:

Devido ao seu local de instalação, as CGHs ocupam Áreas de Preservação Permanente (APPs), que ficam nas margens dos rios e por isso degradam o solo, eliminam as matas ciliares e as nascentes que existem ao longo das margens. Quando se degrada nascentes, automaticamente se reduz o volume de água que chega ao rio. Até mesmo para gerar energia depois das obras, essa água que deixa de chegar ao rio vai fazer falta.

2: Desequilibram o ecossistema ora – fauna:

A implantação de uma CGH compromete todo ecossistema local, inclusive, os corredores ecológicos, que são os locais por onde a fauna silvestre se desloca ao longo das margens dos rios. Além disso, durante a construção da obra com barramentos de qualquer natureza é preciso fazer o controle das águas, comprometendo o deslocamento de peixes e de outros animais e organismos aquáticos, o que compromete fortemente o ecossistema do rio e atividades como de pesca e observação, por exemplo.

3: Reduzem o abastecimento:

O controle das águas por qualquer empreendimento é extremamente danoso, tanto em termos ambientais como em termos econômicos, tanto da agricultura como de outros setores, incluindo as demandas dos municípios para uso doméstico e de todas as atividades urbanas, sejam industriais, comerciais, de serviços, saúde, educação, entre outras.

4: Envolvem barramentos:

Qualquer barramento no leito do rio Pardo pode comprometer o abastecimento às áreas agrícolas, principalmente em meses de estiagem. Inclusive isso já tem sido observado depois que foi construída a PCH em Águas de Santa Bárbara. Muitas CGHs também envolvem barramentos, como é o caso do projeto proposto para área conhecida como “Usina Velha”, em Santa Cruz.

5: Prejuízo à agricultura:

Para os proprietários das terras onde uma CGH é implantada, os principais prejuízos são geralmente a perda da autonomia sobre parte de suas propriedades, assim como a dificuldade ou impedimento de acesso ao rio e às nascentes que estão em suas margens. Além disso, na fase de construção há a concentração de pessoas e atividades nas propriedades, podendo trazer problemas das mais diversas formas. Há ainda que pensar que as CGHs precisarão implantar linhas de transmissão, que também trarão limitações nos usos das propriedades. Outra questão muito importante é que o rio já está no limite de uso de suas águas, que devem ser impactadas ainda mais devido à construção, em andamento, de um grande reservatório em Botucatu e com o uso crescente de pivôs para irrigação das plantações. Ou seja, as CGHs podem não conseguir gerar a energia e os lucros prometidos.

6: O rio pode entrar em colapso:

O Rio Pardo não tem mais água suficiente para atender às demandas PCHs que já existem em seu leito, como a de Santa Bárbara que em vários períodos dos últimos anos gerou menos de 20% de sua capacidade. Há ainda projetos aprovados e em andamento ao longo do rio que podem comprometer seriamente o potencial do rio Pardo, como construção do reservatório de Botucatu, que reterá milhões de metros cúbicos de água, e a possível construção de uma PCH em Iaras. Além disso, a irrigação por pivôs centrais, que é um mecanismo necessário à produção agrícola, tem aumentado demais em toda bacia do rio Pardo, e cada pivô usa dezenas ou centenas de metros cúbicos de água por dia. Todo esse uso já indica um limite e deverá ser um grande problema para o funcionamento das CGHs, pois não haverá água suficiente para funcionarem.

É importante saber:

A energia gerada não é acessível:

Toda energia gerada por centrais hidrelétricas segue para a transmissão nacional. Não é possível ter acesso a ela por conta de estar na região.

A região já tem muitas barragens:

Já existem 12 usinas hidrelétricas (UHEs), 18 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e 07 centrais geradoras hidrelétricas (CGHs) na bacia do Rio Paranapanema, da qual o Rio Pardo faz parte. Ou seja, 37 barragens, das quais, 4 estão no Rio Pardo. A região já arca com uma grande contribuição para o setor energético.

Dados de adequação estão muito desatualizados:

O inventário do potencial hidrelétrico do Rio Pardo foi feito pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) há mais de 20 anos, quando vivíamos um outro contexto de ocupação das águas na bacia, econômico e climático. Investir alto para gerar energia no rio Pardo, pode ser um péssimo negócio simplesmente porque ele não tem água para atender a toda demanda a que está submetido em determinados períodos do ano.

APOIO:

Por lei, prioridade da água é para consumo humano e animal:

A Lei 9.433/1997 determina em seu Artigo 1, Inciso III: “Em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais”. Ou seja, caso as populações ou qualquer de suas atividades sejam colocadas em risco, os gestores públicos e os representantes legais determinarão a interrupção de todas as demais atividades que usem intensivamente a água do rio Pardo, incluindo as centrais elétricas.

PCHs e CGHs não são sustentáveis:

Por colocarem em risco o volume de águas, por desmatarem matas nativas seculares, por provocarem a mortandade de peixes, por provocarem o êxodo de animais silvestres, por com-