Revista Empresa Brasil 92

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Empresa

Brasil

Ano 10 l Número 92 l Março de 2013

FRANQUIAS

Uma boa opção para quem quer empreender Apesar das incertezas sobre a economia, o crescimento do setor deve se manter em dois dígitos neste ano

DIRETORIA DA CACB PARA TRIÊNIO 2013-2015 TEM 30% DE RENOVAÇÃO


Federações CACB Acre – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Acre – FEDERACRE Presidente: George Teixeira Pinheiro Avenida Ceará, 2351 Bairro: Centro Cidade: Rio Branco CEP: 69909-460

Paraná – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná – FACIAP Presidente: Rainer Zielasko Rua: Heitor Stockler de Franca, 356 Bairro: Centro Cidade: Curitiba CEP: 80.030-030

Alagoas – Federação das Associações Comerciais do Estado de Alagoas – FEDERALAGOAS Presidente: Kennedy Davidson Pinaud Calheiros Rua Sá e Albuquerque, 302 Bairro: Jaraguá Cidade: Maceió CEP: 57.020-050

Pernambuco – Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Pernambuco – FACEP Presidente: Jussara Pereira Barbosa Rua do Bom Jesus, 215 – 1º andar Bairro: Recife Cidade: Recife CEP: 50.030-170

VICE-PRESIDENTES Antônio Freire (MS) Djalma Farias Cintra Junior (PE) Jésus Mendes Costa (RJ) Jonas Alves de Souza (MT) José Sobrinho Barros (DF) Rainer Zielasko (PR) Reginaldo Ferreira (PA) Sérgio Roberto de Medeiros Freire (RN) Wander Luis Silva (MG)

Amapá – Associação Comercial e Industrial do Amapá – ACIA Presidente: Nilton Ricardo Felgueiras Faria e Sousa Rua General Rondon, 1385 Bairro: Centro Cidade: Macapá CEP: 68.900-182

Piauí – Associação Comercial Piauiense - ACP Presidente: José Elias Tajra Rua Senador Teodoro Pacheco, 988, sala 207. Ed. Palácio do Comércio 2º andar - Bairro: Centro Cidade: Teresina CEP: 64.001-060

VICE-PRESIDENTE DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS Sérgio Papini de Mendonça Uchoa (AL)

Bahia – Federação das Associações Comerciais do Estado da Bahia – FACEB Presidente: Clóves Lopes Cedraz Rua Conselheiro Dantas, 5. Edifício Pernambuco, 9° andar Bairro: Comércio Cidade: Salvador CEP: 40.015-070

DIRETORIA DA CACB TRIÊNIO 2013/2015 PRESIDENTE José Paulo Dornelles Cairoli (RS) 1º VICE-PRESIDENTE Rogério Pinto Coelho Amato (SP)

VICE-PRESIDENTE DE COMUNICAÇÃO Alexandre Santana Porto (SE) VICE-PRESIDENTE DA MICRO E PEQUENA EMPRESA Luiz Carlos Furtado Neves (SC) VICE-PRESIDENTE DE SERVIÇOS Pedro José Ferreira (TO) DIRETOR–SECRETÁRIO Jarbas Luis Meurer (TO) DIRETOR–FINANCEIRO George Teixeira Pinheiro (AC) CONSELHO FISCAL TITULARES Jadir Correa da Costa (RR) Ubiratan da Silva Lopes (GO) Valdemar Pinheiro (AM) CONSELHO FISCAL SUPLENTE Alaor Francisco Tissot (SC) Itamar Manso Maciel (RN) Kennedy Davison Pinaud Calheiros (AL) CONSELHO NACIONAL DA MULHER EMPRESÁRIA Avani Slomp Rodrigues (PR) CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO JOVEM EMPRESÁRIO Eduardo Machado SUPERINTENDENTE Antônio Chaves Barcellos GERENTE ADMINSTRATIVO/FINANCEIRO César Augusto Silva COORDENADOR DO EMPREENDER Carlos Alberto Rezende COORDENADOR CBMAE/INTEGRA Valério Souza de Figueiredo COORDENADOR DO PROGERECS Luiz Antônio Bortolin COORDENADORA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Neusa Galli Fróes COORDENADORA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS Luzinete Marques EQUIPE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Neusa Galli Fróes Rejane Gomes Thais Margalho SCS Quadra 3 Bloco A Lote 126 Edifício CACB 61 3321-1311 61 3224-0034 70.313-916 Brasília - DF Site: www.cacb.org.br

Amazonas – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Amazonas – FACEA Presidente: Valdemar Pinheiro Rua Guilherme Moreira, 281 Bairro: Centro Cidade: Manaus CEP: 69.005-300

Ceará – Federação das Associações Comerciais do Ceará – FACC Presidente: João Porto Guimarães Rua Doutor João Moreira, 207 Bairro: Centro Cidade: Fortaleza CEP: 60.030-000 Distrito Federal – Federação das Associações Comerciais e Industriais do Distrito Federal e Entorno – FACIDF Presidente: José Sobrinho Barros SAI Quadra 5C, Lote 32, sala 101 Cidade: Brasília CEP: 71200-055 Espírito Santo – Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropastoris do Espírito Santo – FACIAPES Presidente: Amarildo Selva Lovato Rua Henrique Rosetti, 140 - Bairro Bento Ferreira Vitória ES - CEP 29.050-700 Goiás – Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Goiás – FACIEG Presidente: Ubiratan da Silva Lopes Rua 143 - A - Esquina com rua 148, Quadra 66 Lote 01 Bairro: Setor Marista Cidade: Goiânia CEP: 74.170-110 Maranhão – Federação das Associações Empresariais do Maranhão – FAEM Presidente: Domingos Sousa Silva Júnior Rua Inácio Xavier de Carvalho, 161, sala 05, Edifício Sant Louis. Bairro: São Francisco- São Luís- Maranhão CEP: 65.076-360 Mato Grosso – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Mato Grosso – FACMAT Presidente: Jonas Alves de Souza Rua Galdino Pimentel, 14 - Edifício Palácio do Comércio 2º Sobreloja – Bairro: Centro Norte Cidade: Cuiabá CEP: 78.005-020 Mato Grosso do Sul – Federação das Associações Empresariais do Mato Grosso do Sul – FAEMS Presidente: Antônio Freire Rua Quinze de Novembro, 390 Bairro: Centro Cidade: Campo Grande CEP: 79.002-917 Minas Gerais – Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerais – FEDERAMINAS Presidente: Wander Luís Silva Avenida Afonso Pena, 726, 15º andar Bairro: Centro Cidade: Belo Horizonte CEP: 30.130-002 Pará – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Pará – FACIAPA Presidente: Olavo Rogério Bastos das Neves Avenida Presidente Vargas, 158 - 5º andar Bairro: Campina Cidade: Belém CEP: 66.010-000 Paraíba – Federação das Associações Comerciais e Empresariais da Paraíba – FACEPB Presidente: Alexandre José Beltrão Moura Avenida Marechal Floriano Peixoto, 715, 3º andar Bairro: Bodocongo Cidade: Campina Grande CEP: 58.100-001

Rio de Janeiro – Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Rio de Janeiro – FACERJ Presidente: Jésus Mendes Costa Rua do Ouvidor, 63, 6º andar - Bairro: Centro Cidade: Rio de Janeiro CEP: 20.040-030 Rio Grande do Norte – Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Norte – FACERN Presidente: Itamar Manso Maciel Júnior Avenida Duque de Caxias, 191 Bairro: Ribeira Cidade: Natal CEP: 59.012-200 Rio Grande do Sul – Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul - FEDERASUL Presidente: Ricardo Russowsky Rua Largo Visconde do Cairu, 17, 6º andar Palácio do Comércio - Bairro: Centro Cidade: Porto Alegre CEP: 90.030-110 Rondônia – Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado de Rondônia – FACER Presidente: Gerçon Szezerbatz Zanatto Rua Dom Pedro II, 637 – Bairro: Caiari Cidade: Porto Velho CEP: 76.801-151 Roraima – Federação das Associações Comerciais e Industriais de Roraima – FACIR Presidente: Jadir Correa da Costa Avenida Jaime Brasil, 223, 1º andar Bairro: Centro Cidade: Boa Vista CEP: 69.301-350 Santa Catarina – Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina – FACISC Presidente: Alaor Francisco Tissot Rua Crispim Mira, 319 - Bairro: Centro Cidade: Florianópolis - CEP: 88.020-540 São Paulo – Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo – FACESP Presidente: Rogério Pinto Coelho Amato Rua Boa Vista, 63, 3º andar Bairro: Centro Cidade: São Paulo CEP: 01.014-001 Sergipe – Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropastoris do Estado de Sergipe – FACIASE Presidente: Alexandre Santana Porto Rua Jose do Prado Franco, 557 Bairro: Centro Cidade: Aracaju CEP: 49.010-110 Tocantins – Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado de Tocantins – FACIET Presidente: Pedro José Ferreira 103 Norte Av. LO 2 - 01 - Conj. Lote 22 Prédio da ACIPA Bairro: Centro Cidade: Palmas CEP: 77.001-022

• O conteúdo desta publicação representa o melhor esforço da CACB no sentido de informar aos seus associados sobre suas atividades, bem como fornecer informações relativas a assuntos de interesse do empresariado brasileiro em geral. Contudo, em decorrência da grande dinâmica das informações, bem como sua origem diversificada, a CACB não assume qualquer tipo de responsabilidade relativa às informações aqui divulgadas. Os textos assinados publicados são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores.


PALAVRA DO PRESIDENTE José Paulo Dornelles Cairoli

A força da CACB

A

posse da diretoria da CACB, eleita em AGE no dia 24 de janeiro, em Brasília, para o triênio 2013-2015, foi marcante. Para nós, da presidência da entidade, é uma honra contarmos com um grupo de vice-presidentes e diretores da estirpe da nova administração. Com a renovação de mais de um terço dos dirigentes, a CACB comprovou a qualidade de seu quadro de líderes, fato de grande relevância dada a importância, cada vez maior, dessas pessoas em todo o mundo, seja na política, no ambiente corporativo ou na sociedade. Os grandes líderes têm visão e olhar voltados para o futuro. Eles devem ter uma ideia clara de para onde estão indo e o que eles estão tentando realizar. Além da coragem de enfrentar riscos, os grandes líderes primam pela integridade, o que consideram valor inarredável. Para nós, da CACB, foi também motivo de satisfação a anunciada formação de duas novas Federações, a do Amapá e a do Piauí – os dois únicos estados que ainda não contavam com essas entidades. Com essas iniciativas, a CACB avança mais em sua representatividade em todo o país, o que fortalece a importância da instituição como interlocutora da categoria empresarial na cena nacional. De fato, além do engajamento em bandeiras como da reforma tributária e trabalhista, como fatores de incentivo ao desenvolvimento das MPEs, a CACB atua em uma série de programas de alta relevância para o meio empresarial a quem destina, de forma prioritária, as suas ações. O Programa de Geração de Receitas e Serviços (Progerecs), por exemplo, tem a nobre missão de proporcionar sustentabilidade para todas as Associações Comerciais, Empresariais, Industriais e de Serviços que fazem parte de nossa rede. A Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial (CBMAE) – que tem servido de referência para várias instâncias do Judiciário – é um órgão criado por meio de uma parceria com o Sebrae para a disseminação dos Métodos Extrajudiciais de Solução de Controvérsias (MESCs). Outro grande programa é o Empreender, que incentiva a busca de novos mercados e tecnologias, procura sensibilizar os empresários para adoção de posturas frente aos desafios atuais e futuros e desenvolver lideranças empresariais. Já o Integra, a caçula de nossa instituição, constitui-se em uma grande ideia voltada para a qualificação não somente do empreendedor com vistas à Copa 2014, mas também no sentido de abrir caminho para aqueles que pretendem sair da informalidade. A CACB é hoje um sistema de ampla capilaridade. Reúne mais de duas mil associações comerciais e empresariais de norte a sul do país, congregando mais de 2 milhões de empresários. Diferentemente de outros sistemas, as Associações congregam empresários de todos os setores da economia: indústria, comércio, agricultura, instituições financeiras, serviços e até mesmo profissionais liberais, com o diferencial de que todos são reunidos de forma espontânea e sem nenhum vínculo obrigatório com a contribuição sindical. Empreendedores gostam de investir onde têm retorno, e isso norteia a forma de trabalho da CACB.

José Paulo Dornelles Cairoli, presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil

Março de 2013

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ÍNDICE

8 CAPA

3 PALAVRA DO PRESIDENTE

18 DESTAQUE CACB

A solenidade de posse da diretoria

Posse coletiva de

da CACB, no dia 24 de janeiro, em

presidentes das associações

Brasília, para o triênio 2013-2015,

do Mato Grosso.

foi marcante. Com a renovação de

20 ESPECIAL

mais de um terço dos dirigentes, a

20 ESPECIAL

CACB comprovou a qualidade de

CACB elege diretoria para

seu quadro de líderes.

triênio 2013-2015.

5 PELO BRASIL

22 PROGERECS

CACB dá posse às novas

Rede de Certificação

diretorias das federações do

Digital apresenta planejamento

Maranhão, Pará, Pernambuco e

para 2013.

Rio Grande do Norte.

24 RECURSOS HUMANOS

8 CAPA

Por que você precisa tirar férias.

Franquias. Um negócio para chamar de seu.

Criação de empregos formais

12 CASE DE SUCESSO

em 2012 foi a pior dos últimos

Núcleo automotivo

três anos.

regional muda a história de

24 RECURSOS HUMANOS

empreendedores do noroeste

28 INTEGRA

paulista.

Programa supera metas em Belo Horizonte.

14 FEDERAÇÕES Caminho do desenvolvimento

30 LIVROS

passa pelo fim do Custo Brasil.

Jornalista John A. Byrne escreve

Entrevista com Kennedy Calheiros,

sobre ideias milionárias em

presidente da Federação das

Empreendedores Extraordinários.

Associações Comerciais do Estado

EXPEDIENTE

de Alagoas. Coordenação Editorial: Neusa Galli Fróes fróes, berlato associadas escritório de comunicação Edição: Milton Wells - mwells@terra.com.br Projeto gráfico: Vinícius Kraskin Diagramação: Kraskin Comunicação Foto da capa: Peter Atkins/Fotolia.com Revisão: Flávio Dotti Cesa Colaboradores: Thaís Margalho e Rejane Gomes Execução: Editora Matita Perê Ltda. Comercialização: Fone: (61) 3321.1311 - comercial@cacb.org.br Impressão: Arte Impressa Editora Gráfica Ltda. EPP

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Empresa Brasil

26 TRABALHO

31 ARTIGO O franchising como alavanca

17 CONJUNTURA

para a economia do país.

A inflação volta a incomodar.

Por Cláudia Bittencourt.

SUPLEMENTO ESPECIAL

Sebrae ajuda empresários a conquistar novos clientes


PELO BRASIL

Parceria apoia capacitação para setor hoteleiro Uma nova parceria vai facilitar o acesso das empresas do setor de hotéis, pousadas, restaurantes e bares aos cursos de capacitação oferecidos pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), por meio do programa Integra. A entidade firmou um acordo de cooperação com a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) no último dia 7 de fevereiro. A CACB deverá fornecer os cursos online, com a infraestrutura tecnológica via web, tutoria, suporte e certificação necessárias. Em contrapartida, a FBHA será responsável pela divulgação e acompanhamento das capacitações ministradas em sua rede. Todos os cursos serão gratuitos.

Quatro federações dão posse a novas diretorias Entre o final de 2012 e o início de 2013, quatro federações da rede da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) deram posse a novos presidentes e diretores: Maranhão, Pará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Os novos presidentes são: no Maranhão, Domingos Sousa Silva Junior; no Pará, Olavo Rogério Bastos das Neves; em Pernambuco, Jussara Pereira Barbosa; e no Rio Grande do Norte, Itamar Manso Maciel Junior. Entre os novos presidentes, o estado de Pernambuco traz a primeira mulher à representação estadual.

Impostômetro da ACSP alcança R$ 200 bi O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) alcançou, em fevereiro, R$ 200 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais pagos por todos brasileiros desde o 1º dia do ano. O painel chegou aos R$ 200 bilhões este ano, com seis dias de antecedência na comparação com o mesmo período do ano passado. Para o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações

Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato, os números do painel continuam crescendo, prova disso são os R$ 200 bilhões, marcados seis dias antes do registrado em 2012. “Apesar das desonerações concedidas pelo governo e do ritmo moderado da economia, os números continuam impressionantes. A expectativa é de que haja uma melhoria no controle do gasto corrente para viabilizar os investimentos.” Março de 2013

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PELO BRASIL

ACCG adere à campanha SOS Seca A fim de apoiar a população da Paraíba, a Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande (ACCG) aderiu à campanha SOS SECA, de iniciativa da Assembleia Legislativa do estado. A Campanha tem como objetivo coletar assinaturas da comunidade em um documento “abaixo-assinado”, que será encaminhado à Presidência da República cobrando soluções urgentes e duradouras para amenizar a situação de calamidade enfrentada pela população paraibana em decorrência da estiagem. Para o presidente da Associação Comercial, Álvaro Barros, “pela sua história e poder de representatividade, a Associação Comercial não po-

deria ficar ausente desse movimento, que pretende levar ao governo federal diversos pleitos que possam minimizar o sofrimento da população castigada pela longa estiagem que atinge o estado da Paraíba”.

Associação lança campanha para valorizar comércio local A Associação Comercial de Campina Grande (ACCG) lançou a campanha ‘Compre Aqui’, com intuito de valorizar o comércio local. A iniciativa é uma ação conjunta da entidade com a Câmara dos Dirigentes Lojistas, o Sebrae, a Federação das Associações Comerciais da Paraíba (FACEPB) e Federação das Indústrias. A campanha também conta com o apoio institucional do governo do estado,

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prefeitura municipal e empresas. De acordo com o presidente da ACCG, Álvaro Barros, a campanha pretende conscientizar a população para consumir na cidade. “Comprando nas empresas de nossa cidade, o consumidor valoriza as empresas, que por sua vez geram mais empregos e impostos, que se transformam em benefícios sociais e em melhorias para o município”, destacou.

Peça publicitária destaca importância econômica das empresas de Campina Grande

Abaixo-assinado será encaminhado à Presidência da República


Diretor financeiro da CACB, George Teixeira, em entrevista durante o lançamento do Integra

CACB amplia rede de certificação de origem

Projeto Integra é lançado na Bahia A Bahia pode contar com mais um projeto da CACB – o Integra, realizado em parceria com o Sebrae. A CACB definiu metas do Integra para 2013 e inicio de 2014, como capacitar 50 mil pessoas e certificar 15 mil estabelecimentos empresariais. Para isso, a confederação criou o selo Excelência em Gestão, concedido aos estabelecimentos que seguirem uma série de regras. Está prevista também a formalização de 6 mil empreendedores individuais e a capacitação de 3 mil empresários desse segmento.

Somente na Bahia, o Integra pretende capacitar empreendedores individuais e os funcionários e proprietários de 3,6 mil micro e pequenas empresas; além de formalizar 500 empreendedores individuais e certificar 1.080 empresas com o Selo Excelência em Gestão. Além disso, a CACB irá articular com instituições financeiras públicas e privadas o acesso mais facilitado a financiamentos e outros serviços. Caberá à CACB levar o programa às federações estaduais que irão disseminar as ações do Integra junto às associações comerciais.

A partir de fevereiro, a Federação das Associações Comerciais do Estado da Bahia (Faceb) passa a emitir os certificados de origem pelo sistema ECO da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB). A Faceb é uma das entidades autorizadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Além da Faceb, a Associação Comercial da Bahia (ACB) também está autorizada a emitir certificados de origem. A Faceb deve ainda expandir a rede de unidades emissoras para as associações comerciais do interior do estado.

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CAPA

Um negócio para chamar de seu Mercado de franquias, que vem crescendo a dois dígitos por ano desde 2005, consolida-se como uma das alternativas mais seguras para o empreendedor no Brasil

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Q

uem quer empreender e ter um negócio para chamar de seu não tem mais desculpas. Hoje, no Brasil, existem oportunidades no mercado de franquias em vários setores e diversas faixas de investimento. Por meio desse sistema, o empreendedor, além de garantir uma rede própria de distribuição, recebe orientação e treinamento do franqueador, além de uma série de outras vantagens, conforme determina a lei de franchising, sancionada pelo ex-presidente Itamar Franco, em 1994. De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Franchising

(ABF), Maria Cristina Franco, investir em franquia tem se tornado cada dia mais viável porque o empreendedor encontra no sistema mais segurança para o seu investimento. “Hoje, no Brasil, mais de 60% dos negócios independentes fecham nos cinco primeiros anos. No franchising, esse percentual não chega a 3%, porque o franqueado, ao adquirir o knowhow da marca, entra em um negócio já estruturado com sistema e cultura de marketing”, assinala. De fato, uma prova da pujança desse mercado são os números apresentados pelo setor, que desde 2005, vem crescendo a dois dígitos por ano.


Em 2012, segundo a ABF, a franquia teve um faturamento de R$ 102,2 bilhões, o que representou um aumento de 16% sobre o ano anterior, quando o faturamento foi de R$ 88,8 bilhões. Quanto ao número de redes de franquias, a estimativa é de uma expansão de 8,9%, passando de 2.031 para 2.213. Já o número de pontos de venda deve ter um crescimento de 10,6%, saindo de 104 mil unidades para 115 mil lojas, correspondendo a cerca de um milhão de empregos diretos. O perfil de quem busca uma franquia, segundo Cláudia Bittencourt, presidente do grupo Bittencourt, é bem diversificado. Em geral são os que querem empreender, e se sujeitam a entrar em um negócio com re-

Maria Cristina Franco: “Os que querem empreender se sujeitam a entrar em um negócio com regras predefinidas e têm tempo para se dedicar integralmente ao negócio”

gras predefinidas e têm tempo para se dedicar integralmente ao negócio. Além disso, têm consciência de que é preciso disciplina para atuar de acordo com as regras definidas pela franqueadora – empresa dona da marca e detentora do know-how de operação do negócio. No caso de requisitos de formação profissional, não há exigências predefinidas, elas são particulares de cada negócio. Vão desde o ensino médio até o superior. O maior volume de empreendedores tem entre 25 e 45 anos, mas não se limita a esta faixa. O investimento médio varia de negócio para negócio, sendo que para a mesma marca pode variar em relação aos tamanhos das operações e modelos formatados. Além de uma série de novos negócios nos segmentos de saúde e bem-estar, alimentação saudável, fitness, cuidados com idosos, reforço escolar, entre outros, as microfranquias estão cada vez mais disseminadas e já respondem por 260 marcas e 12 mil unidades espalhadas pelo Brasil, correspondendo a 5% do mercado de franquias. O fenômeno é explicado, em parte, pela participação crescente da classe C no negócio de franchising. Quanto à receita média por franqueado, não há garantia por parte da empresa franqueadora. O que existe é uma projeção de resultados que o franqueado deve atingir cuja referência são as próprias operações em funcionamento. “É importante frisar que mesmo com as vantagens proporcionadas pelo franqueador, o franqueado deve trabalhar muito para obter os resultados, que tem riscos como qualquer negócio”, ressalta Cláudia.

Há espaço para crescer Por conta da economia morna, 2013 deve ser mais devagar para o setor de franchising no Brasil. A ABF calcula um crescimento de 15% para este ano, com um total de 2,4 mil marcas, enquanto o número de pontos de venda deve crescer 10% – um incremento de 11 mil unidades sobre o total de 2012. Entre as maiores dificuldades enfrentadas hoje no setor de franquias estão a escolha do franqueado ideal e as dificuldades em se encontrar o ponto comercial adequado ao negócio, quando se trata de operações de varejo e alimentação. Atualmente, segundo a presidente da ABF, há uma grande demanda reprimida de pontos de vendas, o que ela atribuiu à falta de shopping centers e, em segundo plano, devido à bolha imobiliária existente no país. “Há grande espaço para o crescimento das franquias no Brasil, haja vista o fato de que existem somente 115 mil pontos, em comparação a 800 mil dos Estados Unidos, país líder no ranking de franchising”, ressalta.

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CAPA

O Boticário e McDonald’s são as líderes em faturamento As redes O Boticário e McDonald’s, de segmentos distintos, são as líderes em faturamento no setor de franquias no Brasil. A rede de perfumaria e cosméticos encerrou 2012 com 3.550 unidades e faturamento de aproximadamente RS 6,6 bilhões, com um crescimento de 20% sobre o ano anterior. Empresa de capital aberto, o McDonald’s não divulga as projeções de faturamento. Conforme o demonstrativo financeiro, de janeiro a setembro de 2012, a receita global das unidades franqueadas foi de US$ 118,5 milhões (R$ 247,14 milhões), com um crescimento de 5,24% sobre 2011. No Brasil, a marca está presente em 23 estados, além do Distrito Federal.

Boticário teve faturamento recorde em 2012

Em 2012, Brasil abriu 30 novas franquias por dia Uma pesquisa divulgada em janeiro pela Rizzo Franchise, empresa de consultoria de São Paulo, mostra que as redes de franquias no país alcançaram, em 2012, o número de 2.579, correspondendo a mais de 2 milhões de empregos diretos e mais 2 milhões indiretos. Somente em 2012, as franquias abriram mais de 102 mil novas vagas de trabalho – um crescimento de 5,3% em relação a 2011 e o

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equivalente a 281 novas vagas por dia. A pesquisa mostra, ainda, que as franquias foram responsáveis por quase um décimo de toda a riqueza gerada no país em 2012, representando 8,35% do PIB, com um faturamento de R$ 303 bilhões. O mercado brasileiro também ganhou novos franqueadores em 2012: foram 162 novas empresas, representando um crescimento de 6,7% em relação a 2011. “Para ter

uma ideia do tamanho deste mercado, mais de 195 milhões de brasileiros deixaram em 2012 mais de R$ 4,00 por dia no caixa das franquias, que geraram uma receita diária de mais de R$ 830 milhões por dia”, explica Marcus Rizzo, autor da pesquisa. Diferentemente da ABF, a Rizzo Franchise inclui como franquias atividades como postos de combustíveis e empresas concessionárias de serviços.


Kumon é a terceira maior rede do país Um das redes de franquias que mais crescem no Brasil é a Kumon. Desde 1977 no Brasil, é considerada a terceira maior rede do país, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Presente em 47 países, a Kumon completou 35 anos de atuação na América do Sul em 2012. Desde quando chegou ao Brasil, em 1977, o método oferece as disciplinas de Matemática, Português, Inglês e Japonês de uma forma autoinstrutiva que desenvolve a capacidade de estudo dos alunos. “Nossa forma de estudo promove o desenvolvimento de habilidades básicas de estudo em cálculo, leitura e interpretação, além de formar pessoas autodidatas e mentalmente sãs que contribuam ativamente para a comunidade global”, diz o diretor-presidente do Kumon América do Sul, Naoya Kitagawa. Quando foi criado, em 1954, pelo professor Toru Kumon, o intuito era o de ajudar seu filho mais velho, Takeshi Kumon, a aprimorar seus estudos. Desta forma, ele começou a desenvolver uma série de exercícios de cálculos, direcionando a criança a estudar de maneira autodidata, todos os dias, para superar seu nível de aprendizado. Percebendo as mudanças do garoto, os pais de outros alunos começaram a se interessar pela ideia do docente. Assim, nascia a primeira unidade do Kumon, em 1956, no Japão, tendo como orientadora a senhora Teiko, sua esposa. Em 1958 foi fundado o Kumon Instituto de Educação, que começou a desenvolver um grande número de alunos. Algum tempo depois, em 1974, a empresa

começava sua expansão pelo mundo, chegando a Nova Iorque (EUA). A primeira unidade latino-americana foi inaugurada em Londrina (PR). Atualmente, a Kumon conta com o ensino das disciplinas de Matemática, Inglês e Japonês, além de materiais de línguas pátrias para os idiomas de cada país onde atua – Português, no Brasil, e Espanhol, nos países da América do Sul. São 25 mil unidades ao redor do mundo, com mais de 4 milhões de alunos.

Investimento inicial, faturamento e royalties: ■

Investimento inicial: a partir de R$ 15.000; ■ Taxa de franquia: de R$ 1.740 a R$ 2.820, conforme a região de abertura; ■ Capital de giro: em torno de R$ 5.000; ■ Área para o ponto: a partir de 40m²; ■ Número de funcionários por unidade: um para cada grupo de 40 alunos, aproximadamente; ■ Faturamento bruto mensal (estimado): R$ 14.100 (exemplo de unidade com 100 alunos, localizada na região metropolitana das grandes cidades); ■ Royalties sobre o faturamento por mensalidade: 40% (ou 45% até o alcance de requisitos predeterminados) – Inclusos taxa de publicidade e material didático; ■ Material didático: não é cobrado; ■ Taxa de publicidade: não é cobrada; ■ Lucratividade média sobre o faturamento: de 20% a 30%; ■ Prazo de retorno do investimento: de 18 a 24 meses; ■ Prazo de contrato de franquia: 2 anos, com renovação automática.

Método criado em 1954 pelo professor Toru Kumon direciona a criança a estudar de maneira autodidata, todos os dias, para superar seu nível de aprendizado

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CASE DE SUCESSO Alexandre e a esposa Elaine estão à frente de duas oficinas

Núcleo automotivo regional muda a história de empreendedores do noroeste paulista Programa Empreender mudou a realidade dos empreendedores da região, proporcionando a troca de experiências e a melhoria dos negócios

A

dauto Trinca, de 48 anos, começou a trabalhar com mecânica de carros aos 13 anos. Em 1990, realizou um sonho e abriu a própria oficina no município de José Bonifácio, em São Paulo. Ele lembra que o início não foi fácil. “Antes, mal dava para reparar dois carros de clientes por vez na oficina. E, além disso, não sabia se estava ganhando ou perdendo dinheiro.” Agora, o empreendedor só tem bons resultados para contar. A oficina

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Empresa Brasil

cresceu e hoje conta com 20 funcionários. Além da oficina, o empreendedor também tem uma loja de autopeças e fornece produtos para os demais donos de oficina de José Bonifácio. E para agilizar as entregas das peças, ele contratou dois motoboys. As mudanças na vida de Adauto começaram depois que ele passou a integrar o Núcleo Automotivo Regional Noroeste Paulista (NAR/NP). Criada em 2005, a iniciativa tem mudado, com os recursos do Projeto Empreen-

der, a realidade dos empreendedores da região, uma vez que proporciona a troca de experiências e, claro, melhorias dos negócios locais. Segundo o consultor regional da Facesp e coordenador do Núcleo Automotivo Regional Noroeste Paulista, Carlos Dezan, são visíveis as mudanças nas empresas após a participação no Empreender. “As empresas se organizaram de uma forma geral, aumentaram o número de atendimentos e o faturamento, além de terem contrata-


do novos colaboradores. Hoje o segmento automotivo representa uma grande fatia das MPEs do Noroeste Paulista e contribui consideravelmente com a economia da região. Prova disso é que, na última década, o PIB regional cresceu 127%, sendo a prestação de serviços um dos principais responsáveis por esse crescimento.” O Núcleo Automotivo Regional Noroeste Paulista é formado por nove municípios, num total de cem empresas localizadas nas cidades de José Bonifácio, Penápolis, Birigui, Guararapes, Mirandópolis, Votuporanga, Fernandópolis, Buritama e São José do Rio Preto. Carlos Dezan destaca ainda que antes do Empreender Competitivo as ações eram executadas com 100% de recursos dos próprios empresários, com resultados positivos, porém em ritmo mais lento. “Com os recursos do Empreender Competitivo, houve uma ‘turbinada’ nas ações, o que se refletiu nos resultados.” Em 2012, os principais resultados foram o aumento de 30% no número de atendimentos, aumento de 20% no número de colaboradores e acréscimo de 25%, em média, no faturamento das empresas em relação a 2011. “Também conseguimos padronizar 20 oficinas, informatizar 70% das empresas e a preparação e certificação de 60 empresas seguindo as normas do IQA/Inmetro.” Mas, segundo Dezan, as empresas ainda têm muito mais a fazer em 2013. “Vamos concluir a padronização das empresas, que começou no ano passado, além de preparar mais 60 novas empresas para a certificação IQA/Inmetro (60 já foram certificadas entre 2010 e 2012).”

“O Empreender deu um novo rumo à empresa” “Abrir um negócio é igual a casar. Chega uma hora em que não se pode mais evitar isso”, brinca Alexandre Ferreira, de 35 anos, proprietário da Xandy Autos, localizada em Fernandópolis (SP), um dos municípios que integram o Núcleo Automotivo Regional Noroeste Paulista (NAR/NP). Há três anos, Alexandre comprou a oficina do ex-patrão e buscou suporte para crescer no núcleo setorial da cidade. Ele conta que desde então participa das reuniões do grupo, que ocorrem uma vez por mês. “O núcleo dá uma base para a gente trabalhar, dá um rumo. Assim a gente não fica fazendo as coisas às escuras. Gosto de estar por dentro das novidades e encontro isso no núcleo. Tanto que foi dentro do grupo que nasceu a ideia de fazer um evento anual na cidade para mostrar nossos serviços. O evento, chamado Pit Stop, mobiliza os clientes que levam os carros para serem avaliados gratuitamente. São atendidos, em média, 400 carros em dois dias.” O empreendedor conta que as ações do núcleo o ajudaram a crescer. Hoje, ao lado da esposa Elaine, ele comanda duas oficinas. “Há seis meses, comprei a segunda oficina, localizada em São José do Rio Preto. Sem dúvida alguma, estou crescendo e hoje tenho mais experiência gerencial.” Alexandre diz ainda que, com os recursos do Empreender, foi possí-

vel padronizar a fachada da oficina em Fernandópolis e investir em um sistema informatizado. “Neste ano, vamos investir na capacitação da nossa mão de obra, porque o mercado sempre tem novidades. Essa é nossa principal necessidade agora.” Segundo a consultora do projeto Empreender em Fernandópolis, Ana Carolina Cestari, os principais resultados alcançados pelo núcleo no ano passado são o aumento do faturamento e a ampliação dos postos de trabalho. “Hoje o núcleo aqui em Fernandópolis tem 17 oficinas. Conseguimos melhorar a gestão para aumentar o faturamento, além de padronizar as fachadas das oficinas. Também tivemos a preocupação de implantar ações para melhorar o meio ambiente, como, por exemplo, fazer a separação dos resíduos produzidos pelas oficinas.”

Em 2012, a Xandy Autos teve um aumento de 25% em suas receitas

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FEDERAÇÕES

Caminho do desenvolvimento passa pelo fim do Custo Brasil Há um ano à frente da Federação das Associações Comerciais do Estado de Alagoas (Federalagoas), o empresário Kennedy Calheiros, nesta entrevista, fala sobre os desafios, os projetos da entidade e a importância do associativismo

Empresa Brasil: Na sua opinião, quais devem ser as prioridades na agenda empresarial do país? Kennedy Calheiros: As prioridades, na minha avaliação, são: eliminar o chamado Custo Brasil e ter formas objetivas para trabalhar o relacionamento entre o setor empresarial, que produz a riqueza, e o setor público, que é quem administra as riquezas geradas no país. O Custo Brasil é nefasto à produção, portanto temos que remover esse custo para que possamos ter um outro horizonte para o Brasil.

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Empresa Brasil

Como está a implantação da lei Geral da MPE em Alagoas? Dos 102 municípios, só faltam dois municípios, ou seja, temos 98% de cobertura em todo o estado de Alagoas. Quais ferramentas podem ser usadas para sanar as lacunas ainda existentes na aplicação da lei? Temos que utilizar as ferramentas que a Confederação, as Federações dos estados e as associações têm e identificar problemas pontuais, porque cada município é único e tem

suas características, suas vocações naturais produtivas. É indispensável identificar o que está emperrando o processo. E, se for necessário, discutir mudanças na lei junto com o poder público para que possa ser feito um aperfeiçoamento. A vigilância da CACB, das Federações e das Associações nos municípios é constante para sanas as lacunas ainda existentes na aplicação da lei. As maiores forças da economia em Alagoas são os setores de


serviço e turismo? Como a Federação apoia esses segmentos? O setor de serviços e turismo é realmente muito forte. Mas Alagoas é um estado que tem algumas áreas caracterizadas por uma depressão econômica grande. Nós, da Federalagoas, temos trabalhado tanto nos municípios com riqueza como também naqueles considerados mais pobres, mas que têm vocações para o turismo, por exemplo. Em Marechal Deodoro, desenvolvemos um grande trabalho com os vendedores ambulantes da Praia do Francês, por meio do Empreender. Nessa região, existia um grande problema de atendimento e qualidade dos serviços oferecidos, o que gerou muitas reclamações por parte dos turistas. Ou seja, faltava capacitação para os vendedores. Identificado o problema, a Federalagoas e a Associação Comercial de Marechal Deodoro, com o apoio da prefeitura, desenvolveram um projeto para resolver esse problema. Houve uma redução de 1.000 para 460 vendedores ambulantes nessa área. Esses vendedores foram treinados e continuarão se aperfeiçoando em 2013, porque a qualificação tem que ser constante. E quem ganha é o turismo alagoano, que estará sempre bem preparado para receber o público do Brasil e o do exterior também. Mesmo com grande potencial turístico, o estado desenvolveu também a agropecuária e indústrias mistas. Quais as perspectivas para estes outros setores? O trabalho tem que ser contínuo em todos os setores, porque, às vezes, há uma preocupação voltada

apenas para a vocação natural e os demais setores ficam descobertos. Posso afirmar que temos no estado de Alagoas boas perspectivas também para a agropecuária e para a indústria. Um exemplo é a produção de própolis vermelha, que hoje é um sucesso. A produção é exportada para o Japão graças a todo um trabalho de qualificação que fizemos. A própolis vermelha é produzida só no entorno da grande Maceió. As raízes das árvores dessa área e a polinização das abelhas resultam nesse tipo único de própolis. Como o nome diz, é uma substância de cor vermelha,

micro e pequenas empresas por uma gestão de qualidade com foco na produtividade e competitividade. Como exportador de cana e álcool, Alagoas está bem servido de infraestrutura? Quais são os gargalos? O porto de Maceió precisa ser ampliado. O calado precisa ser aumentado também. Há a dificuldade que enfrentamos com a seca, mas estamos fazendo um trabalho imenso para resolver esse gargalo. Alagoas exporta todo o açúcar consumido na Rússia. Além disso, temos uma grande pro-

“Precisamos remover o Custo Brasil. O salário não pode crescer sem produtividade. E para isso temos que qualificar cada vez mais nossa mão de obra” com diversas propriedades que não tinham sido identificadas em outra própolis do mundo. O produto está sendo muito cobiçado no mercado internacional. Todo o trabalho de qualificação ocorreu devido à ação conjunta desenvolvida entre Empreender, Federação das Associações Comerciais, Associação Comercial e Sebrae. O interesse é tão grande que o produto já saiu na revista Pequenas Empresas Grandes Negócios e no programa Globo Rural. Outro case de sucesso que temos é o da empresa alagoana Delfino Centro Automotivo Ltda, que venceu a etapa nacional do Prêmio MPE Brasil 2010, na categoria Comércio. Esse prêmio reconhece as

dução de álcool. Com a elevação da mistura de etanol na gasolina dos atuais 20% para 25%, acho que teremos uma recuperação de preços, que não sofrem alterações há sete anos. Isso pode gerar mais postos de trabalho no estado. Estamos avançando e com a estabilização econômica do país precisamos ainda agregar valor. Os salários precisam melhorar, mas precisamos remover o Custo Brasil. O salário não pode crescer sem produtividade. E para isso temos que qualificar cada vez mais nossa mão de obra. Como a Federalagoas se posiciona em relação à transposição do Rio São Francisco? Março de 2013

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FEDERAÇÕES Se você leva água para o semiárido e o alto sertão, é bom, é excepcional, porque a água modifica a vida das pessoas e a produção de cada região. A pergunta é: o Rio São Francisco resistirá à transposição? Essa pergunta é muito técnica e os especialistas do setor devem responder. É indiscutível que a água tem que chegar naquelas regiões. A água gera riqueza e segura o homem no campo, evita o êxodo rural. Como a guerra fiscal tem afetado o estado? A guerra fiscal afeta todos os estados. Na minha avaliação, é uma guerra inócua. Um estado oferece daqui, o outro de lá e fica nisso para atrair investimentos e, consequentemente, mais riqueza e geração de renda para cada região. Mas é necessário rever isso. E é aí que entra a necessidade da reforma fiscal e da tributária também para que o Brasil possa equacionar todos esses problemas. Depois das reformas, se o estado ainda necessitar de investimentos maiores, cabe ao poder público fazer políticas de ação que não são aquelas que dão o peixe, mas aquelas que ensinem a pescar. Cabe ao governo federal ajudar os estados mais necessitados. Não podemos esquecer que somos uma federação. Quais as perspectivas para a atuação da Federalagoas como Autoridade de Registro da rede de Certificação Digital da CACB? Estamos trabalhando fortemente com a certificação digital no estado de Alagoas, principalmente em Maceió. A Federalagoas já é uma auto-

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Empresa Brasil

ridade de registro. E agora estamos abrindo um escritório da federação no segundo município do estado, que é Arapiraca, com o objetivo de levar a certificação para essa região. A federação e associação de Maceió vão assumir esse investimento e, posteriormente, repassar o percentual devido à associação de Arapiraca. Mas o que precisamos é levar essa certificação para o município, que está em franca expansão. A mineradora Vale Verde, por exemplo, está naquela região para explorar cobre e zinco. E nós não podemos deixar de acompanhar esse crescimento do entorno de Arapiraca e levar o serviço de certificação digital.

conseguido alcançar os resultados desejados. Tentamos, portanto, fazer o melhor possível. E com esse repasse podemos conseguir mais, desde que o recurso seja aplicado com responsabilidade técnica e financeira. Como é a relação da Federalagoas com o governo do estado? Quais são as principais demandas para a agenda política? O governo tem sido um bom parceiro. Precisamos estreitar cada vez mais esse relacionamento. O governador ouve e conversa conosco. Com a prefeitura de Maceió, onde está a principal associação comercial

“A guerra fiscal afeta todos os estados. Na minha avaliação, é uma guerra inócua. Um estado oferece daqui, o outro de lá e fica nisso. Mas é necessário rever isso. E é aí que entra a necessidade da reforma fiscal e da tributária também” No estado, o Empreender está em 23 municípios, organizado em 81 empresas. O que vocês estão planejando para a próxima chamada do Empreender competitivo? Estamos alvissareiros com a notícia de um novo edital do Empreender Competitivo. Já temos cases de sucesso que participaram dessa iniciativa. Nossa entidade tem poucos recursos, mas vem fazendo um bom trabalho com os empreendedores. Todos os nossos projetos primam pela qualidade. Não temos quantidade, mas temos qualidade. Nossas prestações de contas são muito bem feitas e temos

do estado, fazemos o mesmo. Temos portas abertas com o governo e a prefeitura. Estamos trabalhando muito com o poder público para mudar algumas concepções, para fazer com que os governos entendam que estão ali para equacionar os problemas do setor privado e também promover políticas públicas para todos, com igualdade. O Brasil tem que oferecer oportunidades iguais para todos. Mas temos que entender que quem produz a riqueza é a iniciativa privada. Posso afirmar que vamos implantar as políticas da entidade conforme foi traçado para 2013.


CONJUNTURA

Inflação volta a incomodar Um dos dados mais preocupantes que se repetem nos relatórios do IBGE mostra forte difusão da alta de preços

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m janeiro, a inflação acumulada em 12 meses alcançou 6,15%, afastando-se ainda mais do centro da meta perseguida pelo governo, de 4,5%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação oficial subiu 0,86% – a maior alta de preços desde abril de 2005 – e repercutiu imediatamente no mercado, elevando as apostas em uma elevação da taxa básica de juros (Selic) ainda este ano. Nada menos do que 75% dos itens pesquisados registraram aumento de preços em janeiro, também a maior proporção observada desde 2003, sugerindo, segundo o economista Alexandre Schwartsman que – ao contrário da história oficial – a aceleração da inflação não está ligada à evolução de uns poucos preços, mas se trata de fenômeno disseminado. Os alimentos ficaram 1,99% mais caros, o que correspondeu a 56% da inflação do mês. As chuvas prejudicaram a oferta de produtos como o tomate, batata-inglesa, cebola, hortaliças e cenoura, mas os aumentos foram generalizados. A farinha de mandioca voltou a subir, atingindo um aumento de 111,85% em 12 meses, o que pressionou mais o IPCA em estados consumidores no Norte e Nordeste. Os automóveis novos e os eletrodomésticos ficaram mais caros em janeiro por causa do retorno escalonado do IPI.

Nada menos do que 75% dos itens pesquisados registraram aumento de preços O preço do automóvel novo subiu 1,41%, o terceiro maior impacto sobre a inflação do mês, atrás apenas das influências do cigarro (em primeiro lugar, com impacto de 0,09 ponto porcentual), tomate e aluguel (dividindo a segunda posição, com 0,06 ponto porcentual cada). Já os eletrodomésticos, também beneficiados pela redução de IPI, subiram 1,59%. O índice de difusão no IPCA, que indica a proporção de itens com aumento de preços, alcançou 75,07% em janeiro, o maior patamar desde meados de 2003. De acordo com o economista, a inflação mensal é, em geral, mais alta no começo e no final do ano e perde força no período de maio a julho. Seria, portanto, despropositado tomar o resultado do mês de janeiro como valor representativo de todo o ano de 2013. Ainda assim, a inflação medida em 12 meses (portanto livre de sazonalidade) superou os 6%, “o que deve ter o dom de sacudir, aparentemente, o torpor que tem caracterizado a atuação do Banco Central nos últimos anos”, acrescenta.

“Não é caso de descontrole inflacionário” A projeção de inflação medida pelo IPCA para 2013 subiu pela sexta semana consecutiva, de 5,68% para 5,71%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada em 13 de fevereiro pelo Banco Central. “A inflação nos preocupa no curto prazo, está mostrando uma resiliência forte, mas não é o caso de descontrole inflacionário”, afirmou o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. “No entanto, a nossa expectativa é de que ela continue pressionada neste primeiro semestre, ficando em 6% em 12 meses.”

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Luiz Prado/Luz

MARÇO/2013 – SEBRAE.COM.BR – 0800 570 0800

MERCADO E CRIATIVIDADE Sebrae ajuda empresários a conquistar novos clientes José Joaquim Camilo de Mendonça, da Soft Mania, de Franca (SP) setembro de 2011

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MER C AD O

EXPOSITORES BUSCAM COMPRADORES INTERNACIONAIS Sebrae apoiou participação de 172 pequenos negócios na Couromoda

PAULO FORTUNA AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS

O Luiz Prado/Luz

Produtos da Soft Mania

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EMPREENDER / SEBRAE

empresário José Joaquim Camilo de Mendonça é dono da Soft Mania em Franca (SP). O ponto forte de sua linha é a fabricação de produtos de E.V.A. – Etileno Acetato de Vinila, material usado na indústria de transformação - como sapatilhas e calçados de segurança, utilizados em hospitais e cozinhas profissionais. Mendonça participou pela terceira vez da Couromoda, realizada em janeiro deste ano, e admite que é difícil concorrer com produtos asiáticos no fator preço, mas tem suas estratégias para continuar competitivo nos mercados que disputa. “Nossos calçados de segurança têm a mesma tecnologia do solado das botas usadas nas plataformas de petróleo. Isso faz uma grande diferença para os consumidores”, diz Mendonça. O empresário lembra ainda que em linhas como a de artigos femininos a empresa pode responder rapidamente às demandas dos clientes, o que é um diferencial no mercado. “Temos flexibilidade para atender de

acordo com as mudanças da moda. Ao menos por enquanto, isso ainda é muito difícil para quem fabrica em escalas gigantescas e exporta para o mundo todo, como os chineses”, ressalta. A indústria brasileira de couro e calçados ainda é fortemente baseada na produção dos pequenos negócios, destaca o diretor Administrativo e Financeiro do Sebrae, José Claudio dos Santos. Segundo ele, hoje 86% do setor no Brasil é formado por micro e pequenas empresas, empregando 337,5 mil pessoas, com um faturamento de R$ 21,8 bilhões. Veterano da Couromoda, José Rubens de Lima, proprietário da Meli Calçados Infantis, de Birigui, no interior paulista, já tem clientes em todo o Brasil. Mas, de acordo com ele, o evento também é uma oportunidade para conhecer novos compradores do mercado internacional. “O custo de enviar um representante para outros países seria muito alto, mas na Couromoda temos a oportunidade de manter contato com esses compradores”. Logo no início da feira, o empresário recebeu consultas de importadores do Uruguai e Bolívia. E


AMB IENTE LE G A L

LEI GERAL REPRESENTA OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO Sebrae e Tribunais de Contas atuarão juntos para que municípios apoiem as empresas de pequeno porte com base no que está na legislação

ANA CANÊDO

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m 2006, as vendas das micro e pequenas empresas para o setor público somaram R$ 2 bilhões em todo o Brasil, ou 15% do total. Cinco anos depois, este percentual chegou a 30%, somando R$ 15,2 bilhões. O crescimento da participação dos pequenos negócios nas compras governamentais é um dos efeitos positivos da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, já aprovada em 3.931 municípios, mas implementada em apenas 854. Para buscar mudar esse quadro, o Sebrae e a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas (Atricon) promoverão, no dia 13 de março, encontros simultâneos nos 26 estados e no Distrito Federal. Os encontros - denominados “Os tribunais de contas e o desenvolvimento local”-, são direcionados a prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e servidores públicos. “Os Tribunais de Contas são parceiros estratégicos porque garantem segurança jurídica aos gestores públicos para a aplicação da legislação. Juntos, conseguiremos avançar no desenvolvimento local

dos municípios utilizando o potencial dos pequenos negócios”, afirma o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto. O resultado almejado é tirar do papel e tornar realidade nos municípios a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa em seus principais eixos, com especial atenção ao tema das compras governamentais, parte da realidade diária dos Tribunais de Contas. Também serão promovidas ações de sensibilização a respeito de outros assuntos importantes como o desempenho dos agentes de desenvolvimento, o apoio ao Microempreendedor Individual e a desburocratização. “A democracia exige controle”, afirma o presidente da Atricon, Antonio Joaquim, ao apontar que identificou a falta de informação como um dos principais motivos da não efetivação da Lei Geral na maioria dos municípios brasileiros. Daí porque, na avaliação dele, orientar, num primeiro momento, e depois fiscalizar a aplicação dessa legislação significa “contribuir decisivamente com o desenvolvimento econômico nacional”. A Atricon congrega os 34 Tribunais de Contas de estados e municípios do Brasil. E

R$ 2 BILHÕES FORAM VENDIDOS PELAS MPE, EM 2006, PARA O GOVERNO FEDERAL (15% DO TOTAL)

R$ 15,2 BILHÕES FORAM VENDIDOS EM 2011. UM AUMENTO PARA 30% DO TOTAL

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C R ESC IMEN T O

CONSULTORIA AJUDA EMPRESÁRIO A MONTAR REDE DE LOJAS A Dom Manuel começou com a venda de porta em porta e hoje é uma referência no mercado de Cuiabá

MARIA TERRADAS AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS/MT

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trajetória empresarial de Manoel Benedito de Barros, proprietário da Dom Manuel Moda Masculina, uma rede que hoje tem quatro lojas em Cuiabá, é bem parecida com a de muitos empresários que iniciaram no mercado de forma simples e com trabalho duro. Em companhia de um amigo, ele começou como sacoleiro, vendendo roupas no Norte de Mato Grosso, especialmente em Alta Floresta, região de garimpo, e nas proximidades do rio Teles Pirespercurso geralmente feito por meio de balsa. “O dinheiro circulava nessa região e as pessoas não tinham opções para comprar roupas. Nós atendíamos a essa demanda”, lembra. Manoel observa que na época em que começou a vender roupas, em 1982, juntamente com o amigo Aylon

Neves, a forma de negócio ainda era bastante simples. “O produto atendia apenas a uma necessidade básica, sem compromisso com a moda. Tempos depois essa realidade mudou significativamente”, analisa o empresário, frisando que mais tarde o nome de Aylon deu origem à marca Aylon’s Jeans. A grife exclusiva da primeira loja aberta pelos sócios, no tradicional Centro Histórico de Cuiabá, se firmou na década de 1980. A sociedade durou até 1992. “Aylon resolveu seguir outras atividades, pois o auge das vendas havia passado e a loja já não ia muito bem. Mesmo assim, vi naquela decadência a oportunidade de reinvestir no negócio com uma proposta diferente”, conta. Manoel explica que o objetivo não era apenas vender roupas, mas também conceitos, com serviços personalizados e marcas importantes da moda para homens.

O empresário conta que foi orientado pelo Sebrae desde o início, mas que passou a buscar informações sobre como melhorar o negócio quando a empresa começou a atrair um público mais exigente. Segundo ele, uma das capacitações que assumiram um papel estratégico foi a Consultoria Integrada de Gestão (CIG) – programa voltado para a organização financeira, comercial e de planejamento da empresa. Em 2004, com ampla rede de clientes, a empresa ampliou também as instalações, com filiais nos principais shoppings da capital. Com mais de 20 mil peças entre vestuário e acessórios de marcas importantes, a empresa investiu ainda em alfaiataria própria para consertos e ajustes, com sistema de atendimento vip em casa e hotéis. A equipe é treinada em etiqueta e preparada para dar dicas. E

O EMPRESÁRIO CONTA QUE FOI ORIENTADO PELO SEBRAE DESDE O INÍCIO, MAS QUE PASSOU A BUSCAR INFORMAÇÕES SOBRE COMO MELHORAR O NEGÓCIO QUANDO A EMPRESA COMEÇOU A ATRAIR UM PÚBLICO MAIS EXIGENTE

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EMPREENDER / SEBRAE


OP OR TUNI D A D E

ARTESÃS GAÚCHAS EXPORTAM PRODUTOS PARA A FRANÇA Coleção do grupo Redeiras, de Pelotas, ganha reconhecimento internacional

DA REDAÇÃO DO SEBRAE NO RIO GRANDE DO SUL

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scamas, couro de peixe e redes de pesca transformados em colares, pulseiras, brincos, bolsas, carteiras e nécessaires. Nas mãos das dez artesãs do grupo Redeiras, os materiais descartados pelos habitantes da Colônia de Pescadores São Pedro Z-3, em Pelotas (RS), são matérias-primas. Orientado pelo Sebrae no Rio Grande do Sul, o grupo ganha espaço fora do país: os produtos da coleção serão exportados para a França. O planejamento estratégico das Redeiras foi executado com o apoio do Sebrae, que, desde 2009, auxilia o grupo por meio de consultorias na criação de peças e também na gestão do empreendimento. Atualmente, as artesãs são integrantes do Projeto Estadual de Artesanato Expoart, também desenvolvido pela instituição. Conforme a gestora dos projetos de Artesanato no Sebrae no estado, Vânia Fernandes, “a ideia é preparar esses trabalhadores para produzir e comercializar artesanato de qualidade e com identidade para os turistas que virão ao Brasil no período dos grandes eventos

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como Copa das Confederações, Copa do Mundo da FIFA 2014 e Olimpíadas”. Capacitação em gestão, oficinas de desenvolvimento de novos produtos e ações de acesso a mercado, assim como a participação em grandes eventos do segmento, fazem parte do plano de ação desenvolvido com as artesãs. Em dezembro de 2012, o grupo participou da Feira Nacional de Artesanato, em Belo Horizonte. “Os organizadores trouxeram compradores de vários países para conhecerem o artesanato brasileiro e o interesse pela coleção Redeiras foi imediato”, completa Vânia. As criações originais aliadas à sustentabilidade chamam a atenção e, em breve, estarão em prateleiras de lojas francesas. Para o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae no Rio Grande do Sul, Vitor Augusto Koch, o desempenho do grupo gaúcho é resultado do trabalho realizado pela instituição junto a essas profissionais. “Atuamos para profissionalizar o que já era feito com qualidade e dedicação pelas artesãs. Nossa tarefa é melhorar a gestão do negócio com vistas à abertura de mercado e, consequentemente, à venda de produtos diferenciados”, relata. E

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AS CRIAÇÕES ORIGINAIS ALIADAS À SUSTENTABILIDADE CHAMAM A ATENÇÃO E, EM BREVE, ESTARÃO EM PRATELEIRAS DE LOJAS FRANCESAS

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MOD A

Fernando Leite

Nadima Chalup aposta em novos conceitos para se diferenciar no mercado

PEQUENO NEGÓCIO DE CONFECÇÃO APOSTA EM INOVAÇÃO A grife Nadima Chalup deve lançar pequenas coleções durante o ano, ao contrário do que é feito pelas grandes marcas

WANESSA DE ALMEIDA AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS/GO

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jeito pode até parecer de menina, mas o pensamento foi sempre à frente de sua idade. Aos 10 anos, Nadima Chalup ganhou de uma tia uma caixa de materiais para fabricar bijuterias e começou a fazer colares. A diversão agradou às pessoas mais próximas e virou um pequeno negócio, que despertou na empreendedora a vontade de ter a própria marca e estudar Design de Moda.

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EMPREENDER

Hoje, aos 23 anos e com pós-graduação em Marketing, ela realizou o sonho. A grife Nadima Chalup foi lançada em novembro, com direito a ensaio fotográfico e loja virtual. Na visão da empresária, é o momento ideal para mostrar o seu ponto de vista sobre a moda. “Percebo que nunca se falou tanto de moda quanto agora. Só que o assunto começou a ficar tão banalizado que ninguém mais fala de estilo, mas sim de tendência e consumismo desenfreado. Aposto em um público que gosta de

novidades, mas que não depende disso para fazer as escolhas. Acima de tudo, é o estilo que manda”, assegura. Para impulsionar seu negócio, Nadima espera continuar contando com o apoio do Sebrae em Goiás, parceiro que ela cultiva desde os tempos de faculdade. “Participei de projetos como o Arranjo Produtivo Local (APL) de Confecção Feminina, de várias palestras, workshops e até viagens. Todo empresário tem sempre algo a mais para aprender com o Sebrae”, finaliza. E

INFORME SEBRAE. Presidente do Conselho Deliberativo Nacional: Roberto Simões. Diretor-Presidente: Luiz Barretto. Diretor-Técnico: Carlos Alberto dos Santos. Diretor de Administração e Finanças: José Claudio dos Santos. Gerente de Marketing e Comunicação: Cândida Bittencourt. Edição: Ana Canêdo, Antônio Viegas. Fone: (61) 3348- 7494


DESTAQUE CACB

Posse coletiva de presidentes das associações do Mato Grosso Líderes das associações comerciais do interior do estado participam de ato solene conjunto, fortalecendo o poder associativista no estado

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Empresa Brasil

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Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Mato Grosso (Facmat) reuniu os presidentes eleitos nas associações comerciais do interior do estado para uma cerimônia de posse coletiva, na capital do estado, Cuiabá. A solenidade aconteceu em janeiro e contou com o presidente da CACB, José Paulo Dornelles Cairoli. No evento, Cairoli ressaltou a importância das associações comerciais para a economia do país e também como a Confederação une as forças dessas associações. “As associações comerciais são protagonistas

de ações que ajudam a reforçar os alicerces da economia brasileira, e, felizmente, o governo dá mostra de entendimento mais correto do desafio que temos à frente.” Cairoli disse ainda: “Como presidentes, temos desafios e com missões relevantes neste ano que é véspera de Copa do Mundo e que, para o país, define uma série de estratégias de crescimento com o foco em infraestrutura, um dos assuntos mais relevantes das bandeiras da CACB”. Também representaram a CACB o diretor-secretário e o diretor financeiro da entidade, Jarbas Luiz Meurer e George Teixeira Pinheiro, respectivamente.


Jonas Alves de Souza, presidente em exercício da Facmat, lembrou da participação das associações comerciais e empresariais na história de Mato Grosso. “Sempre estivemos nas discussões políticas e administrativas de forma marcante, buscando sempre preservar os interesses da classe empresarial.” O presidente licenciado da Facmat e secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, fez um breve relato sobre a trajetória das associações comerciais do estado, além de destacar a importância dessas entidades no desenvolvimento empresarial. Capacitação Os novos executivos estão passando por uma capacitação sobre técnicas de gestão das associações comerciais. O treinamento é realizado em plataforma online e tem como objetivo esclarecer as dúvidas sobre serviços, como o banco de dados SCPC, administrado pela Boa Vista Serviços, sem que os gestores das associações precisem sair de suas bases. Esse formato de treinamento foi a solução encontrada para reunir vários gestores de forma simples e econômica, possibilitando a capacitação com uma hora de duração, sendo necessário apenas um computador com acesso à internet, sem necessidade de deslocamento de grandes distâncias. O treinamento também pretende aproximar as associações comerciais e empresariais da Federação, buscando solucionar problemas independentemente da distância da entidade na ponta.

O presidente da Facmat, Jonas Alves de Souza, e o presidente da CACB, José Paulo Dornelles Cairoli, participaram do evento

Sobre a Facmat Fundada em 30 de outubro de 1984, a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Mato Grosso (Facmat) nasceu dos anseios das associações do estado em unir forças para obter conquistas coletivas junto aos governos. Nos quase 30 anos, de existência a Facmat esteve presente em momentos de grande importância na economia de Mato Grosso, buscando integrar a classe empresarial do estado e oferecer serviços com alto valor agregado. São 61 associações em pontos estratégicos do estado, que garantem o banco de dados com maior abrangência em Mato Grosso, por meio do Sistema e Informação de Apoio à Concessão de Crédito, o Crediconsult. A última conquista da Facmat foi a nomeação de um representante para o Conselho de Contribuintes Pleno, garantindo a representatividade perante a Secretaria de Estado de Fazenda no julgamento dos processos administrativos tributários.

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ESPECIAL – ELEIÇÃO

CACB elege diretoria para triênio 2013-2015 Entidade reúne mais de 2.300 filiadas em 26 estados e no Distrito Federal. As federações do Amapá e Piauí são as mais recentes

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Assembleia Geral Extraordinária da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) elegeu, no dia 24 de janeiro, em Brasília, a nova diretoria da entidade para o triênio 2013-2015. Foram eleitos presidente e primeiro vice-presidente, respectivamente, José Paulo Dornelles Cairoli e Rogério Pinto Coelho Amato. A nova diretoria foi renovada em mais de um terço. Durante a posse, o presidente José Paulo Cairoli destacou a necessidade de, cada vez mais, a CACB envolver os associados das mais de 2.300 entidades filiadas dos 26 estados e Distrito Federal. Segundo ele, a entidade visa ao fortalecimento de todos. “Queremos fortalecer o conjunto e consolidar a visão federativa. Para isso, vamos envolver todos os estados e mostrar o que cada Federação ou Associação tem de melhor.” Ele também falou sobre as principais metas para o triênio 2013-2015, com destaque para o fortalecimento de programas da entidade, como o Programa de Geração de Receitas e Serviços (Progerecs), e de iniciativas como a Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial (CBMAE), o Empreender e

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Quadro de dirigentes foi renovado em mais de um terço o Integra. Cairoli ressaltou ainda que a chapa eleita é formada por representantes de todos os estados e do DF elegíveis, o que demonstra “a intenção de realizar um trabalho em conjunto”. Durante a primeira reunião de 2013, a diretoria eleita reforçou as bandeiras da entidade, como as reformas tributária e trabalhista, e anunciou a formação de duas novas federações, a do Amapá e do Piauí – únicos Estados que ainda não as criaram. Para isso, uma comissão liderada pelo presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Amazonas (Facea), Valdemar Pinheiro, prepara a criação da entidade no Amapá. Resultados dos projetos Ainda na reunião, foram apresentadas as principais ações da entidade para 2013, entre elas o Empreender Competitivo, que divulgou o edital 2013-2015 no mês passado. A expectativa é apoiar projetos de cem núcleos setoriais, com mais de dois anos de atividades.

A nova diretoria também conheceu os resultados e metas do Programa de Geração de Receitas e Serviços (Progerecs), do Integra e da Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial (CBMAE). O Progerecs, por exemplo, promoveu o primeiro encontro nacional de gestores entre os dias 4 e 6 de fevereiro, em São Paulo. No evento, foram apresentados os resultados de 2012 e as metas para 2013, bem como foi desenvolvido o planejamento do calendário de ações da sua plataforma de serviços para 2013. Já o Integra, realizado em parceria com o Sebrae, iniciou as ações na Bahia. O lançamento ocorreu em Feira de Santana, no interior do estado, no dia 31 de janeiro, na Associação Comercial de Feira de Santana. A iniciativa tem o objetivo de qualificar pequenos negócios e formalização de empreendedores individuais em cidades que receberão a Copa do Mundo de 2014.


Conheça a diretoria da CACB Presidente José Paulo Dornelles Cairoli (RS)

1º Vice-Presidente Rogério Pinto Coelho Amato (SP)

Vice-Presidentes:

Antônio Freire (MS)

Djalma Farias Cintra Junior (PE)

Jésus Mendes Costa (RJ)

Jonas Alves de Souza (MT)

José Sobrinho Barros (DF)

Rainer Zielasko (PR)

Reginaldo Ferreira (PA)

Sérgio Roberto de Medeiros Freire (RN)

Wander Luis Silva (MG)

Vice-Presidente de Assuntos Internacionais Sérgio Papini de Mendonça Uchoa (AL)

Vice-Presidente de Comunicação Alexandre Santana Porto (SE)

Vice-Presidente da Micro e Pequena Empresa Luiz Carlos Furtado Neves (SC)

Vice-Presidente de Serviços Pedro José Ferreira (TO)

Diretor-Secretário Jarbas Luis Meurer (TO)

Diretor-Financeiro George Teixeira Pinheiro (AC)

Ubiratan da Silva Lopes (GO)

Valdemar Pinheiro (AM)

Itamar Manso Maciel Junior (RN)

Kennedy Davison Pinaud Calheiros (AL)

Conselho Fiscal - Titulares:

Jadir Correa da Costa (RR)

Conselho Fiscal - Suplentes:

Alaor Francisco Tissot (SC)

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PROGERECS Líderes empresariais e gestores das ARs reuniram-se em São Paulo para debater a Rede CACB de Certificação Digital

Rede de Certificação Digital apresenta planejamento para 2013 Gestores debatem modelos de negócios para fortalecer a certificação digital como um caminho para a sustentabilidade financeira da rede

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Programa de Geração de Receitas e Serviços da CACB (Progerecs) apresentou as ações para 2013, durante encontro nacional realizado em São Paulo, entre os dias 4 e 6 de fevereiro. De acordo com o coordenador do Progerecs, Luiz Antonio Bortolin, o objetivo é proporcionar cada vez mais sustentabilidade para todas as Associações Comerciais e Empresarias que fazem parte da Rede CACB. O presidente da CACB, José Paulo Dornelles Cairoli, também participou do evento. Cairoli destacou a importância do Progerecs e da Rede CACB de Certificação Digital para as asso-

ciações e federações. Hoje, 10% dos certificados emitidos no Brasil passam pela Rede CACB. “O mais importante neste trabalho é fazer com que as associações tenham renda. O programa é um grande modelo e este evento mostra a dimensão e a importância que a CACB dá a cada associação.” A parceria entre a CACB e a Certisign – líder do mercado de certificação digital no Brasil – gerou, nos últimos cinco anos, mais de R$ 30 milhões em receita para todo o sistema CACB, tornando-se fonte essencial de recurso para a manutenção dos projetos e para a sustentabilidade das entidades.


Meta A sustentabilidade financeira é um dos objetivos de todas as associações comerciais. Atrair e fidelizar filiados são trabalhos que vão além do associativismo e do comercial. É preciso dar atenção às reais necessidades do mercado nacional e local, e oferecer benefícios institucionais e comerciais que reforcem a importância do associativismo. O coordenador do Progerecs, Luiz Antônio Bortolin, afirma que a CACB deve servir como ponta de apoio para as federações e associações comerciais conseguirem sua sustentabilidade. “Precisamos apresentar a importância do sistema associativo, em que a gente só marca presença dentro da nossa comunidade empresarial com serviços que geram benefícios, com preços diferenciados entre os não associados e os associados.

Somos líderes comunitários, voluntários, escolhidos pela sociedade para que tenhamos uma atitude servidora. Os serviços que oferecemos são uma forma que todos têm de gerar sustentabilidade para que possamos, com a receita obtida dos serviços que beneficiam nossos associados, prestar cada vez mais e melhores serviços”, explica o coordenador. O programa O Progerecs foi criado em 2006 e desde então oferece para toda a rede diversas oportunidades de negócios a serem exploradas. Funcionando como um alicerce para associações que estão estruturando seus serviços, a CACB possui opções como a certificação digital, certificação de origem, nota fiscal eletrônica, cartões corporativos, clube de vendas – algumas com modelos de

negócios prontos, que podem ser adaptados e gerenciados de acordo com as especificidades locais. Bortolin explica, ainda, que “quando a entidade não conhece os serviços oferecidos pela federação e pela confederação, acaba procurando parcerias paralelas, que nem sempre são vantajosas. A CACB oferece serviços que só são possíveis a tal preço por causa da escala. Conhecer a potencialidade da própria entidade tem a oferecer é fundamental”. Para não cair neste tipo de erro, o empreendedorismo, aliado a um conhecimento das oportunidades, é a melhor solução. Manter os gestores cientes dos produtos e serviços oferecidos fortalece a rede e beneficia os associados, criando a base para a sustentabilidade financeira da entidade e melhorando os serviços oferecidos à sociedade empresarial. Março de 2013

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RECURSOS HUMANOS

Por que você precisa tirar férias Segundo pesquisas, as férias são fundamentais para a saúde. Apesar de ainda não haver dados sobre a quantidade ou duração ideal, nem mesmo quanto a sua qualidade, seus benefícios são incontestáveis

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e você é daqueles empreendedores com dificuldades para encontrar alguém para substituí-lo, durante a sua ausência, pense duas vezes antes que passe mais um ano sem férias. Isso porque tirar férias é muito mais do que um simples prazer. Segundo o jornal Psychosomatic Medicine, órgão oficial da American Psychosomatic Society, dos Estados Unidos, as férias protegem a saúde reduzindo o estresse, fator de risco conhecido para muitas doenças. Além da remoção do estresse, dão oportunidade para o engajamento em comporta-

mentos restauradores, tais como a interação com a família e os amigos, além de propiciarem mais tempo para exercícios físicos, a leitura e a diversão. “As férias podem não ser apenas prazerosas, mas também estimulantes”, diz Brooks B. Gump, Ph.D., do Departamento de Psicologia da Universidade Estadual de Nova York. Gump e a coautora Karen A. Matthews, Ph.D., do Departamento de Psicologia da Universidade de Pittsburgh, avaliaram dados de um estudo de nove anos envolvendo mais de 12 mil homens sob risco de doenças do coração.


Os participantes completaram um questionário a cada ano, respondendo a questões sobre suas férias nos 12 meses anteriores. Aqueles que tiravam descansos anuais regulares apresentavam menor risco de óbito quando comparados àqueles que não paravam de trabalhar. Os resultados se mantiveram mesmo quando a situação econômico-social era considerada. O momento das férias é o período considerado de grande importância por psicólogos para equilibrar o estado psicológico do ser humano. É nessa fase que a sensação de paz é estabelecida, assim como há o descanso da mente e a renovação das emoções. Independentemente do tempo que a pessoa irá reservar para suas férias, o importante é que aproveite cada minuto e tente se desligar dos problemas cotidianos. Tirar férias em duas etapas, janeiro e julho, por exemplo, é uma tática que dá muito certo e os resultados obtidos são visíveis. O indivíduo se desenvolve profissionalmente, o aproveitamento acadêmico aumenta e os relacionamentos familiares e do casal melhoram. Isso se deve ao fato de a pessoa estar mais aliviada das constantes pressões do dia a dia. As falsas férias De acordo com os pesquisadores, é importante deixar claro para aqueles que não gostam de viajar ou não possuem condições financeiras, e preferem ficar em casa descansan-

do: não se deixem enganar por uma falsa sensação de descanso. O ser humano necessita frequentar outros ares no seu momento de descanso, sair da rotina que, muitas vezes, pesa e o desgasta. A pessoa no período de férias deve se aproximar da família e amigos, realizar atividades que não se encaixavam nos horários de trabalho. Vivenciar a mesma rotina não abre espaço para arejar o cérebro. A pessoa acaba vivendo uma situação de estresse diário em seu período de férias, potencializando os problemas. O período de férias é justamente a tentativa de conseguir enxergar quais as deficiências diárias enfrentadas. Por meio dessa visão, o indivíduo consegue promover mudanças em sua vida, diminuir o estresse e mudar a sua rotina para melhor.

Dicas para que você possa planejar suas férias com segurança e tranquilidade: Quando: No período de menos demanda da sua empresa. Quem deve substituí-lo na gestão do negócio: Escolha os funcionários de confiança e com mais experiência. Deixe um telefone para contato com algum de seus colaboradores, e não se esqueça de avisar sobre quais assuntos ele deve consultá-lo. Tempo de férias: Dividir as férias de um mês em quatro semanas aleatórias em um ano pode ser a solução. O que fazer: Use esse tempo para relaxar. Quem deve arcar com as despesas: Quem sai de férias é a pessoa física do empreendedor, e não a jurídica. Planeje seu dinheiro. (Orientações do consultor do Sebrae Ronaldo Messias)

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TRABALHO

Criação de empregos formais, em 2012,

foi a pior dos últimos três anos Ministério do Trabalho aponta a crise da economia mundial como a principal responsável pelo desempenho

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criação de empregos em 2012 teve o pior desempenho em três anos, com a geração de 1,30 milhão de postos formais (com carteira assinada). Em 2011, 1,94 milhão de vagas foram criadas. Antes de 2012, o pior desempenho foi registrado em 2009, ano da crise financeira internacional, quando 1,39 milhão de vagas foram abertas. Os dados, divulgados em janeiro, são referentes à série histórica ajustada do Cadas-

tro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A queda na geração de empregos formais, segundo o ministro do Trabalho, Brizola Neto, decorreu dos efeitos da crise financeira internacional, que gerou um desaquecimento no mundo inteiro. “Mesmo assim, ainda que não como nos anos anteriores, atendemos ao crescimento da População Economicamente Ativa (PEA)”, afirmou o ministro.


Dos oito setores pesquisados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sete apresentaram criação menor de novos postos de trabalho em 2012, na comparação com 2011. Agricultura, indústria de transformação e administração pública tiveram as baixas mais expressivas, de acordo com o Ministério do Trabalho. A agricultura respondeu por 4,9 mil novos postos em 2012. Em 2011, foram 85,5 mil vagas. A queda foi de 94,2%. Já a indústria de transformação – alvo de várias medidas de incentivo do governo ao longo do ano, como a desoneração da folha de pagamento – criou 61% menos empregos em 2012. Foram 86 mil, ante 224 mil em 2011, em dados ajustados. A administração pública abriu 1,4 mil novos postos em 2012, ante 15,7 mil vagas em 2011. A queda foi de 91%.

Serviços foi o que mais gerou empregos O setor de serviços, o que mais gerou empregos em 2012, criou 666 mil novos postos de trabalho no ano passado, 30% a menos do que os 958 mil empregos líquidos gerados de 2011. Em segundo lugar na geração de novos empregos, o comércio registrou 372 mil novos postos no ano passado, ante 477 mil em 2011. Nesse caso, a geração de empregos caiu 22%. A construção civil, com 149 mil admissões líquidas (queda de 36,6% ante os 235 mil em 2011), veio em seguida. A indústria extrativa mineral contribuiu com 10,9 mil admissões líquidas em 2012. Em 2011 o setor havia criado 19,6 mil. A queda foi de 44,3%. O único que apresentou aumento na abertura de novos postos de trabalho foi o setor de serviços industriais de utilidade pública. Foram 10,2 mil em 2012, ante 9,6 mil em 2011, crescimento de 6,25%. Os empregos gerados em 2012, 1,3 milhão, foram resultado da contratação de mais de 21,6 milhões de pessoas e da demissão de 20,3 milhões. Em dezembro de 2012, 1,2 milhão de pessoas foram admitidas e 1,7 milhão demitidas. Os estados com mais desligamentos nesse mês foram São Paulo (551,7 mil), Minas Gerais (57 mil) e o Paraná (43,2 mil). Para este ano, o ministro Brizola Neto espera a criação de pelo menos 2 milhões de empregos formais.

Salário médio teve aumento real O salário médio de admissão teve aumento real de 4,69% em 2012, na comparação com 2011, atingindo R$ 1.011,77 no ano passado. Em 2011 a média havia sido de R$ 966,45. O número é deflacionado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta sextafeira pelo Ministério do Trabalho. O aumento foi maior para as mulheres. Enquanto elas tiveram alta média real de 4,94% ao longo de 2012,

os homens tiveram crescimento salarial de 4,74%. Apesar do maior avanalários ço, as mulheres ainda têm salários de admissão menores que os dos o de homens. Eles têm salário médio e admissão de R$ 1.067,66, ante R$ 917,87 das mulheres. os Em termos geográficos, todos os Estados tiveram aumento no m salário médio de admissão. Em m primeiro lugar vem o Acre, com do crescimento de 12,5%, seguido pe por Paraíba (10,53%), Sergipe %). (7,13%) e Rio de Janeiro (6,32%).

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INTEGRA

O Mirante das Mangabeiras oferece uma visão panorâmica da capital mineira por ser considerado o ponto mais alto da cidade

Programa supera metas em Belo Horizonte Em Minas Gerais, a iniciativa da CACB, em conjunto com o Sebrae Nacional, também contempla os municípios de Ipatinga, Araxá, Uberlândia, Juiz de Fora, Diamantina e cidades da região metropolitana

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coordenadora regional do Integra em Belo Horizonte, Duda Torres, é puro entusiasmo. Quando começa a falar sobre os primeiros resultados do projeto na capital mineira, faz questão de destacar que a meta de formalizar 250 empreendedores individuais foi largamente ultrapassada, o que demonstra por si só o grau de receptividade da iniciativa. Na metade de fevereiro, haviam sido formalizados mais de 500, o que superou qualquer previsão mais otimista. “Vamos agora direcionar nossas prioridades para a capacitação de 7 mil microempresários dos setores de serviço e turismo”, diz. “Também nesse segmento, a demanda está bastante alta.”

O trabalho do Integra, na capital mineira, teve início em abril de 2012. O objetivo é levar a capacitação a empreendedores individuais e MPEs, com a oferta de cursos de formação gerencial e idiomas. As empresas que operam com um segundo idioma receberão o selo ‘’Excelência em gestão’’, o que irá identificá-las como aptas e preparadas para a Copa 2014. A ideia é concluir todas essas ações até o final de 2013. Além de Belo Horizonte, o Integra também contempla os municípios de Ipatinga, Araxá, Uberlândia, Juiz de Fora, Diamantina e cidades da região metropolitana. Em outubro de 2012, o Integra firmou parceria com a Junta Comercial do estado de Minas Gerais (Jucemg) a fim de oferecer aos


Os trabalhos do Integra, na capital mineira, iniciaram-se em abril de 2012 empresários das cidades incluídas no programa cursos na modalidade EAD. Até o momento, mais de 300 empresas foram inscritas. Em 2013, essa parceria continua com novas ações de mobilização e atendimento. Também foi realizado um trabalho de capacitação dos empresários do grupo FeiraShop, composto por lojas espalhadas em Belo Horizonte, que comercializam bijuterias, acessórios, roupas, sapatos, entre outros produtos relacionados a moda, beleza e estilo. “Há muito por fazer e pouco tempo para executar. Isso porque todas essas ações envolvem um trabalho inicial de

mobilização das empresas para conscientizá-las sobre os benefícios da melhor capacitação em suas atividades”, diz Duda Torres. “Elas precisam se dar conta de que as oportunidades iguais à da Copa 2014 jamais irão se repetir.” Em Minas Gerais, o Integra da CACB / Sebrae Nacional opera com o apoio da Associação Comercial de Minas Gerais (ACMinas) e a Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Minas Gerais (Federaminas). “Além da capacitação gerencial e a formalização de empreendedores, o Integra também incentiva práticas do associativismo e de inserção mercadológica do micro e pequeno empresário”, assinala o coordenador nacional do programa, Valério Figueiredo. O diretor financeiro da CACB, George Teixeira, diz que a obrigação da CACB é fazer o pequeno empresário crescer, para atender melhor o turista, capacitar o empreendedor e melhorar a empresa. “Nossa estratégia unifica o potencial de inovação do Sebrae à capilaridade da CACB. Esse projeto é da CACB, das Federações e de cada Associação”, ressalta.

Metas do programa Com duração de dois anos, o Integra será adotado, inicialmente, nas capitais dos 12 estados, que serão cidades-sede da Copa 2014: Amazonas, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. O programa pretende capacitar 50 mil pessoas e certificar 15 mil estabelecimentos empresariais até setembro de 2014. Para certificar as empresas, a CACB criou um selo que será concedido aos estabelecimentos que seguirem uma série de regras voltadas à excelência em gestão. Esse trabalho será feito em parceria entre a Federação e Associação Comercial local. Também é meta do Integra a formalização de 6 mil

Belo Horizonte vai receber investimentos de R$ 1,4 bilhão O efeito econômico da Copa 2014 em Belo Horizonte deverá gerar 14,3 mil empregos diretos somente no segmento de serviços. No caso das pequenas e microempresas (MPE), pelo menos 11 setores serão favorecidos, entre eles o de turismo e hotelaria. Ao total, o setor hoteleiro investirá R$ 1 bilhão em melhoramentos e na construção de 53 novos hotéis. Em Belo Horizonte, os investimentos previstos nas obras de infraestrutura urbana e no estádio do Mineirão somam R$ 1,4 bilhão. Esse valor representa 3,7% do PIB municipal ou 0,5% do PIB do estado.

empreendedores

individuais

e a capacitação de 3 mil empresários desse segmento. A intenção é permitir que esse empresário tenha, principalmente, acesso a crédito para investir e melhorar o seu negócio. O Integra vai preparar o empreendedor individual para aproveitar as oportunidades de negócios da Copa 2014.

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LIVROS

Ideias milionárias

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magine ter a chance de conversar e aprender com Steve Jobs, John Mackey ou Fred Smith sobre as lições mais importantes que eles aprenderam com suas experiências criando a Apple, a Whole Foods Market e a Federal Express. Imagine poder ter uma envolvente conversa com Bernie Marcus e Arthur Blank sobre como eles tiveram a ideia de abrir a The Home Depot e como conseguiram fazer a empresa decolar. Ou ter a chance de ouvir as reflexões de Howard Schultz, que, como Jobs e Michael Dell, teve de voltar à empresa que originalmente criou para reinventar a empresa e a si mesmo. Pois foi exatamente o que o jornalista John A. Byrne, fundador da C-Charge Inc. e ex-editor da Businessweek.com, tentou fazer. O resultado pode ser constatado no livro Empreendedores Extraordinários (Editora Campus/Elsevier, 2012, 264 páginas). Ao todo são 25 entrevistas com as chamadas ‘celebridades do empreendedorismo moderno,’ que contam ‘suas façanhas.” Como essas 25 pessoas extraordinárias foram escolhidas?

“Empreendedores Extraordinários”, do jornalista John A. Byrne, reúne o resultado da conversa com 25 homens e mulheres que conseguiram escrever uma história de sucesso com seus negócios 30

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Em grande parte, segundo o autor, com base no impacto que causaram no mundo. A partir daí, Byrne procura mostrar até que ponto a ideia deles foi original. E em qual extensão elas foram influentes. Serviram para promoveu mudanças na vida pessoal e profissional das pessoas. Mesmo que as respostas para essas questões sejam totalmente subjetivas, o fato é que todos os empreendedores que fazem parte do livro, segundo o autor, contribuíram para mudar o mundo com produtos e serviços que hoje fazem parte do nosso cotidiano. São exemplos o telefone celular, a alimentação de maneira mais saudável devido à concretização do sonho de um homem que acreditava, muito antes da popularização dos alimentos orgânicos, que alimentos naturais e orgânicos fazem bem à saúde. E até mesmo viajar pelos céus pagando menos porque uma pessoa percebeu que a arquitetura das companhias aéreas foi mal concebida por um bando de burocratas corporativos que esqueceram que tinham clientes para satisfazer. As organizações que esses empreendedores criaram também são importantes. Diferentemente de outras, essas empresas não isolam os tomadores de decisão da realidade do mundo. Não são organizações conduzidas por líderes que se cercam de pessoas que nunca os contradizem. Embora tenham levado ao mercado produtos e serviços de extrema importância, esses empreendedores também ficaram famosos por criar ambientes de trabalho exemplares.


ARTIGO

O franchising como alavanca para a economia do país Claudia Bittencourt*

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uito tem se falado sobre o desenvolvimento do franchising no mundo, um sistema que cresce utilizando a capacidade empreendedora dos indivíduos, e, diga-se de passagem, tem de sobra em nosso país, nos demais países emergentes e nos que estão no ranking do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Muito também se lê sobre a miopia do governo em determinados temas, como, por exemplo, sustentabilidade e carga tributária, entre outros. De tudo o que tenho visto, existe uma grande miopia do governo no sentido de incentivar segmentos que contribuem e que podem contribuir ainda mais com o desenvolvimento do país. O franchising é um grande exemplo. Salvo os bancos governamentais, que têm (re)criado alguns programas com nomes incluindo o termo “franquias” para programas que já existiam no seu portfólio, é pífia a atuação no sentido de desenvolver ou criar programas para incentivar os empreendedores a investirem no varejo, em serviços, saúde e educação com recursos próprios, fazendo muitas vezes o papel que o governo não tem sido capaz de fazer para atender a demandas e carências da população. Para o novo empreendedor, aquele que pretende abrir o seu negócio próprio, também o país engatinha.

Existem as linhas de crédito e os financiamentos oriundos de verbas do BNDES, o Proger, por exemplo, porém poucos conseguem ter acesso a estes recursos. As exigências de garantias e de situação cadastral eliminam muitos já na primeira triagem ou tentativa. No sistema de franquias acontece algo a que infelizmente os governantes no Brasil não têm dado atenção: o Brasil é um dos países com o maior número de empreendedores iniciantes do mundo, pessoas que sonham em abrir o seu negócio próprio. Investem e ficam pouco tempo, pois lhes falta toda a experiência de empreender necessária para sustentar o negócio. Já no sistema de franquias o quadro é diferente: este mesmo empreendedor poderia ter investido o mesmo valor em uma franquia, receber todo apoio e suporte para alavancar o seu negócio, ganhar dinheiro, pagar o investimento realizado e ter sucesso. Resumindo, o franchising no Brasil cresce a duras penas e há um mundo de oportunidades para o governo trabalhar e incentivar mais e mais empresários a utilizarem o sistema de franquias para replicarem seus negócios em vários mercados e criar barreiras para a concorrência nacional e internacional.

“Existe uma grande miopia do governo no sentido de incentivar segmentos que contribuem e que podem contribuir ainda mais com o desenvolvimento do país. O franchising é um grande exemplo”

*Claudia Bittencourt é diretora-geral do Grupo BITTENCOURT, especializado no desenvolvimento de redes de franquias e negócios. Março de 2013

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