Saindo do cativeiro alcione emerich

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11 As Etapas Para uma Libertação Pessoal ... e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. João 8.32

Em simples palavras, eu acredito que posso definir o ministério de libertação como o processo onde levamos as pessoas a fecharem todas as portas que abriram, no seu passado como no presente, para a invasão de forças demoníacas. Essas portas são pecados que ainda não foram devidamente confessados a Deus, nem mesmo renunciados. São também essas alianças que ainda podem estar nos prendendo no mundo espiritual. Temos que tapar todas essas aberturas espirituais em nossa vida. O alvo de tudo isso seria impedir que os demônios expulsos não mais retornem. Caso assim tentem, não conseguirão, pois não haverá mais espaço para qualquer penetração. Não adianta, então, só tirarmos em nome de Jesus os demônios das pessoas, mas, sim, viabilizar meios de impedi-los de retornar. Isso é o que foi ensinado por Jesus em uma de suas parábolas: Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra. Por isso, diz: voltarei para minha casa donde saí. E, tendo voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim também acontecerá a essa geração perversa (Mt 12.43-45). Veja o que o espírito maligno diz: "voltarei para a minha casa donde saí"; isso quer dizer, em outras palavras, que enquanto atuam nas pessoas, sentem-se realmente seus donos. E como se as tais fossem realmente sua moradia, pois era também por meio delas que conseguiam expressar toda a sua maldade. Mas, então, quando esses demônios são confrontados e expulsos, diz o texto acima, andam por aí buscando, possivelmente, outros corpos. Não conseguindo lograr seu intento, voltam, trazendo mais sete espíritos piores, na expectativa de reaverem seus antigos súditos. Mas o que pode possibilitar o retorno desses demônios? A situação interna da casa. Aqui, vemos Jesus dizer que esse homem, após ser aparentemente liberto, não toma qualquer providência quanto ao preenchimento do seu coração com a presença divina e, além disso, não procura em nada acertar sua vida, nem mesmo confessar seus pecados, para que assim haja uma mudança no seu interior. O que ocorre aqui é apenas um exorcismo, ou seja, o espírito é retirado, mas não há na verdade a libertação. Eu creio que o ministério de libertação deve primar pela retirada dos invasores espirituais, mas munir-se de meios espirituais que visem a manter tais forças distantes da pessoa liberta. Isso se faz fechando portas, ou seja, arrumando a casa por dentro. Neste capítulo, deparamo-nos com as seguintes perguntas: Como pode alguém que está preso e perturbado por demônios ser liberto? Há esperança para aqueles que estão encadeados às mais diversas compulsões sexuais? Como lidar com alguém que está amarrado a vários parceiros sexuais do seu passado? E como tratar também com aqueles que vieram do espiritismo, da Nova Era, da maçonaria e das mais diversas práticas ocultistas, que os colocaram em contato direto com os demônios? Aqui, neste texto final, em vez de ser sucinto na tarefa de demonstrar em termos práticos como uma pessoa pode ser livre das alianças que estabeleceu em seu passado, assim como dos mais diversos cativeiros, estarei ampliando nossa discussão e descrevendo como se pode organizar um ministério de libertação em uma igreja local. Sendo assim, os tópicos que serão desenvolvidos poderão tanto servir de ajuda individual como lançar luz sobre como desenvolver esse ministério


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