Cinturao Negro Revista Portugues 318 Agosto 2016

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Un practicante de Kali ve un ataque como un puñetazo y no tanto como un ataque, sino como un objetivo ofrecido para ser atacado sistemáticamente, mediante la inmovilización del golpeo. Esto no está demasiado lejos de la forma de pensar del Kyusho, excepto en que las estructuras que se atacan son las internas, en lugar de las externas. Así que, mediante la adición de la técnica externa del Kali y el agarre, estamos afectando en una mayor medida, la capacidad del oponente. El Kyusho es un estudio de la anatomía humana, no un Arte Marcial. Sin embargo, su uso con o en un Arte Marcial, es natural y añade una mayor dimensión, así que se puede integrar con facilidad y eficacia en cualquier estilo de Arte Marcial. El practicante de Kali, armado con el conocimiento del Kyusho, puede llevar la práctica del Kali a una perspectiva verdaderamente profunda. En este segundo Volumen, os mostraremos los resultados de la combinación de los inherentes o posibles objetivos Kyusho en la cabeza, con los mismos agarres de brazo que se estudiaron en el primer DVD. Un trabajo resultante de la colaboración de los Maestros de Kali Raffi Derderian y el Maestro Evan Pantazi.

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“Só vemos bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.” Antoine De Saint-Exupéry

ão é a primeira vez que me vejo neste aperto, nem provavelmente seja a última. Resulta um pouco estranho tratar de explicar de maneira simples, do que falo quando digo espiritualidade, especialmente quando quero distinguir religião e mística. A espiritualidade, tal e como por mim concebida, é o conhecimento e a interacção positiva com o invisível. Por isso, o primeiro ponto a que devo enfrentar-me quando realizo uma palestra sobre a matéria, é o de situar as pessoas perante o invisível, com olhos de ver o invisível. Tarefa titânica, posto que o conceito da vida está modulado pelo mistério da percepção e esta é a base de todo o nosso Universo subjectivo. A través exclusivamente do raciocínio, ninguém será capaz de mudar um sistema completo de “sujeição” do mundo, que tenha sido estabelecido com pertinaz e contundente insistência, no consenso do grupo, dia após dia, desde a infância… e muito menos fá-lo-á alguém desde fora, com uma simples dissertação. Assim pois, sou consciente de que a única coisa que posso tentar, é abrir uma brecha no impenetrável e consolidado conceito da percepção; o resto do processo será, no melhor dos casos, como um conto de fadas, contado a uma criança, e no pior, como tentar explicar as cores a um cego. Não é que eu pretenda modificar ou impor a minha visão frente a outras, mas quando me pedem para falar em alguma coisa, entendo que a outra parte quer ou necessita escutar o que tenho a dizer, e dado que falamos “idiomas diferentes”, só posso estabelecer uma ponte questionando o próprio meio de comunicação. Gastamos toneladas de energia tratando de manter em pé o castelo dos nossos universos pessoais. Realmente, a única coisa capaz de desfazer esses muros, é uma iniciação espiritual em um caminho semeado de empirismo, uma vontade de ferro para continuar quando tudo cai, e uma ânsia de conhecimento extraordinária. Por tudo isso, não é então fútil o assunto da percepção, pois quando estudado pormenorizadamente, compreendemos como é pouco fiável e limitada o nosso conceito do mundo. Admitindo isto, é mais simples levar meus interlocutores até o autêntico paradigma de Matrix, um Universo de energias e tensões, que tão acertadamente descreveram os antigos sacerdotes Shizen, os Miryoku. Quando compreendemos que “a pele” da matéria é só um conceito criado pela nossa mente, é mais simples compreender que tudo é um fluir de vibrações associativas, frequências vibratórias e energias amalgamadas por leis de afinidade e repulsa. A matéria é só um grau vibratório mais denso, que possui pelo menos dois pontos para gerar uma frequência e que o que vemos ou sentimos pelos sentidos. Como consequência,

N

“Uma rã num poço, não pode conceber o oceano.” Zhuangzi (Chuang Tzu)

é só uma parte da gama de energias que constituem este mundo material e outros mundos paralelos. As leis que governam esses mundos, são o que os antigos xamãs Shizen estudaram no E-Bunto “a grande força comum a todos”. Se bem é verdade que os ditos conhecimentos são tan extensos e especiais, que não são esse tipo de conhecimento que podemos adquirir realizando um curso ou indo a uma Universidade. A maior parte deles resultam tão complexos e específicos, que não se explicam fora de um sistema de valores apropriado (a sua própria cultura) e em consequência, a través de uma iniciação, coisa que como dizia Shiniyuki Sensei era “para ser admirada por muitos, praticada por poucos e compreendida por ainda menos”… No entanto, essas experiências abriram a minha percepção a uma visão do Universo completamente diferente, e não só a uma opinião, ou a uma avaliação subjectiva, mas sim à possibilidade de interagir com essas potências, energias e tensões de maneira efectiva, empírica e palpável. O que quer isto dizer? Pois que uma coisa é o que cada um possa pensar, ou como cada um quer construir o seu Universo pessoal, e outra, muito diferente, comprovar explicitamente acções que vão mais além da normalidade ou do concensuado pelo raciocínio colectivo. O que os Miryoku conseguiram foi explorar o desconhecido sem enjuizamentos de valor, nem sequer do facto de se questionarem a existência do impossível, mas faze-lo empiricamente. O empirismo dos Miryoku surgiu da necessidade e fez-se forte na sua incomparável tenacidade. No Inverno de Hokkaido e a 40º abaixo de zero, não podemos enganar-nos duas vezes… Quando as aldeias estavam cercadas por forças muito superiores em número, os seus oráculos não podiam dar-se ao luxo de serem aproximativos ou maleáveis. Se o próprio Universo possui um ordenamento, como tudo o que o homem tem pesquisado parece mostrar-nos, esse ordenamento poderá ser compreendido. Estão a ver? A ciência como método leva uns poucos de séculos tentando isto. Não satisfeitos com compreender o ordenamento, os antigos Miryoku trataram de estabelecer uma inter-acção com ele e descobriram que impossível é só um estado mental. Espiritualidade não é mística, ainda que pode haver caminhos espirituais que o sejam; espiritualidade não é religião, ainda que para algumas pessoas isto seja uma necessidade respeitável.


“Uma cosa é o que cada um possa pensar ou como queira construir o seu Universo pessoal, e outra muito diferentes, constatar explicitamente acções que vão mais além da normalidade o do que está concensuado pelo raciocínio colectivo”




Grandes Mestres

Raúl Gutiérrez, “Alma de Guerreiro” Conheço o Mestre Raúl Gutiérrez desde muitos anos atrás. Sempre me tem parecido uma pessoa muito dotada para as AAMM. Por a s s i m d i z e r, u m a p e s s o a n a s c i d a c o m a s habilidades próprias de um guerreiro, mas o que ainda é mais de destacar, é que também nasceu com o espírito, com a alma de um guerreiro. Por tudo isso, os anos só vieram reafirmar o que já sabíamos. Tudo nele era claro, mas a maneira em que se desenvolvera e crescerá uma pessoa, sempre é uma incógnita, porque pertence ao âmbito do próprio livre alvedrio, esse que abre um porta em vez de outra, (ou que as fecha) e cada uma nos leva a um novo espaço, com um novo panorama, novos cenários, com difer entes pr otagonistas e actor es. Mas a maturidade do mi amigo chegou óptima, hoje é um homem mais sábio, ser eno e compassivo. É melhor pessoa e com a natural consequência, melhor Mestre. Sempre é bom momento para o trazer na capa porque já é uma lenda na história do Kenpo; admirado, seguido por centenas de pessoas em todo o mundo, a vida deste chileno universal, tem tocado a de muitíssimas pessoas e tocará a de muitas mais que ainda o esperam nas suas encruzilhadas, porque se o seu trabalho até agora tem sido grande, é nesta etapa onde brilha com mais força, iluminando os caminhos e a vida de muitos. Alfredo Tucci


Kenpo


Grandes Mestres

“Devemos saber sempre o valor do tempo. O tempo pode ser aproveitado da melhor maneira possível ou perder tempo da maneira mais estúpida. A decisão é nossa, mas lembremo-nos de que cada segundo, cada minuto da nossa existência, é um milagre que não se repete”

A minha História Pessoal Os meus começos no mundo das artes marciais foram motivados por uma simples “chamada interior”, em tempos em os que ainda só existia pouca informação a esse respeito. Ou mais especificamente de tudo só existia um pouco. Ainda a televisão era a branco e preto, utilizávamos “rádio de galena” e os primeiros aparelhos de rádio revolucionavam o mercado. A penas existiam alguns livros com informação acerca dos Grandes Mestres e das artes marciais, todos os quais continham alguma informação “errónea”, por falta de suficiente conhecimento e contraste das mesmas. A Internet ainda nem tinha aparecido e nem consequentemente, tudo o mais: CD, DVD, revistas especializadas, cinema, televisão… O motivo de um belo dia ter resolvido praticar Artes Marciais, nem eu próprio poderia explicá-lo. Talvez foi o facto de viver em um mundo de constantes confrontos pessoais entre os seres humanos, misérias, necessidades, incerteza do que poderia ser o nosso futuro; guerras, política dura e extremista, cinema bélico americano. Agora, tanto faz. Já não tem importância. O importante é que vivendo com um pai “Carabineiro ou Guarda Civil”, desde criança estive convivendo em um ambiente permanente de desafios, confrontos leves, graves e até mortais. Vendo como as pessoas, principalmente homens contra homens, e mesmo mulheres contra mulheres, ou mulheres contra homens. Frequentemente os homens se enfrentavam numa guerra sem quartel, como se de animais selvagens se tratasse. Vi muitas lutas desde a minha mais tenra infância! Lutas estúpidas, por razões estúpidas o razões estúpidas para cada um mostrar a sua “estúpida maldade extrema”. Conheci a morte de pessoas em minha volta, em circunstâncias diversas e a morte, nessa época chegou a ser considerada por mim como uma coisa completamente natural. Em ocasiões, quando a maioria dos adultos choravam a morte de um ser querido, a minha mãe me perguntava o motivo de “eu não chorar”. A minha resposta era sempre muito lógica e natural. “E porquê havia de chorar. Não me sai o choro, não posso chorar e além disso, já morreu e


Kenpo

“O motivo de um belo dia ter resolvido praticar Artes Marciais, nem eu mesmo poderia explicá-lo”




Grandes Mestres não podemos fazer nada a esse respeito. Todos vamos morrer um dia”. Então, a minha mãe deitava as mãos à cabeça e dizia: Este menino tem um coração de pedra! Talvez a impressão que sofri vendo morrer algumas pessoas, tenha provocado que a minha atitude fosse essa. Agora penso que foi bom que assim tenha sido. Vi morrer bastantes pessoas na minha infância. Algumas em acidentes de trânsito, em incêndios, suicídios nas linhas do comboio, confrontos à faca ou com armas de fogo, etc. Seja como for e vivendo nesse meio, “talvez tenha sido isso” o que me levou a me preparar para o que eu pensava que teria de enfrentar. Soube que um amigo chegado praticava Karate, outro fazia Judo, alguns praticavam Boxe e a maioria dos realmente perigosos, sem terem nenhum género de preparação a esse respeito, “eram realmente os duros da rua”, sempre sabiam como magoar e sem preocupação legal alguma nem das suas possíveis consequências. Tinham vivido sempre na miséria, em um mundo hostil, que muito pouco tinha a oferecer aos jovens e aos não tão jovens. Por isso, desde a mais tenra idade, tinham começado a delinquir para subsistirem, e assim, aos poucos, se habituaram a procurar o caminho fácil para obter tudo aquilo que necessitavam, no momento que queriam. Nas minha palestras sempre digo que é muito mais fácil destruir que construir. Quebrar um objecto com uma boa pancada, é simples, é só fazer! e em poucos segundos, já está destruído.

Mas, quanto tempo, esforço, sacrifício, dinheiro e habilidade tinha custado levá-lo até esse ponto ou lugar? Estes simples pensamentos nos levam a pensar, ou de veriam de levar, que o verdadeiramente importante nesta vida, é proteger, cuidar e admirar todas as coisas da criação divina e humana. Graças a Deus e aos meus pais, desde pequeno convivi em lares humildes, mas rodeados de uma bela natureza e de animais. Meu foi quem com sua infinita paciência e dedicação, construiu com suas próprias mãos, as casas nas que vivíamos, plantou arvores, frutas, hortaliças e criou animais diversos. Na época, eu era filho único e os meus amigos do dia a dia eram cães, gatos, porcos, galinhas, coelhos, patos, etc. Não há melhor maneira de viver e crescer, ainda quando lá fora, na rua, existiam muita maldade e riscos constantes. Comecei a participar do mundo marcial aos poucos, mas tudo aquilo que eu vivia no Dojo, apesar de ser “muito bonito”, jamais tinha visto que na realidade das ruas funcionasse, simplesmente porque não era aplicável o ninguém o tinha aplicado, porque nada disso funcionaria normalmente. Com a minha experiência nas ruas, adquirida desde a minha infância em confrontos c o n s t a n t e s , gostasse eu ou não, porque eu

“Comecei a me involucrar no mundo marcial aos poucos. Mas tudo aquilo que eu vivia no “Dojo”, apesar de ser “muito bonito”, nunca vira que na realidade da rua funcionasse, simplesmente porque não era aplicável ou por ninguém o ter aplicado”


Kenpo

“Sempre digo nas minhas palestras que é muito mais fácil destruir que construir. Quebrar um objecto com uma boa pancada, é simples e em segundos já está destruído. Mas, quanto tempo, esforço, sacrifício, dinheiro e habilidade custou faze-lo y levá-lo ate esse ponto ou lugar?”


“Ninguém é perfeito. Tudo chega no momento devido e portanto, devemos ser pacientes, tolerantes e humildes”


Grandes Mestres nunca fui agressivo nem violento, antes era tímido, tranquilo e procurando sempre ser um bom garoto. Toda vez que o meu “Professor” no Ginásio me mandava combater, não com ele, mas com aquelas bestas que ele pensava ter, o sangue corria, dentes fora, costelas partidas, joelhos magoados e outras lesões várias. Eram “outros tempos” e as artes marciais eram então consideradas como uma coisa especial, se tinha respeito pelos praticantes de Karate, Tae-kwon-do ou Kungfu. Também os treinos eram muito duros no aspecto físico e técnico. Como é lógico pensar, não existiam regras desportivas de combate, nem equipamentos ou protecções como as dos nossos dias. Na época, os combates eram ao knock out ou K.O., sem divisões de peso nem grau. Após alguns anos, resolvi “mudar de ares” porque depois das minhas primeiras experiências em Boxe, Judo, Shotokan Karate e KenpoKarate, comecei a viajar, a estudar e a descobrir certas realidades que até esse momento me tinham sido ocultadas. A partir de então, começou a escrever-se a minha a história pessoal. Na Europa e assente em Madrid desde o dia 30 de Agosto de 1976, iniciei uma série de viagens e toma de contactos com alguns grandes mestres e especialistas dos desportos de contacto. Assim tive grandes ocasiões de conhecer, treinar e compartilhar com personalidades como: Bernard Billicky, Dominique Valera e Bill Wallace, Benny Urquidez, Tadashi Yamashita, Johan Vos, Jan Plas, Pepe Legrá, Jon Fanning, Robert Trias, Thomas Mitose, Mazayuki Kukan Isataka, Masafumi Suzuki, Ed Parker, Tatsuo Suzuki, Yosuke Yamashita, etc. De todos eles tirei grande partido por suas preciosas ensinanças, histórias, conhecimentos e filosofia de vida. De facto, houve um momento na minha

“Não permitamos as pessoas nos trazerem suas tormentas a nós. É melhor trazer as pessoas à nossa paz”


história pessoal, em que forçado por diversas circunstâncias, pelo destino ou porque realmente e apesar de todos esses passos e contactos, me tinha tornado um autodidacta. Quando no meu país natal destaquei pelo meu entusiasmo, dedicação, criatividade e originalidade, o professor e por petição de alunos e instrutores da academia, me requeria para me encarregar de algumas aulas. As aulas chegavam a ter mais de 40 alunos por sessão. Assim estive uns dois anos até dar o salto à Europa, decisão esta que jamais lamentarei. Na Europa, tive a surpresa de não encontrar Mestres de Kenpo, mas sim outros muitos e muito bons nas suas diversas linhas. Nunca tive problema em treinar com nenhum deles. Isto marcou sempre em mim um enorme respeito, sem importar se eram chineses, coreanos, japoneses, filipinos ou americanos. Precisamente esta atitude e forma de vida, foi o que me levou, em outro momento da minha existência, a criar na Espanha a primeira associação aberta a



todos os estilos de artes marciais. E esta foi a histórica e polémica “Associação Espanhola de Karate e Artes Marciais”, SUSKA, em honra, com respeito e admiração do nosso já desaparecido Grão Mestre de Shuri-Ryu Karate, Robert A. Trias, Presidente da “United States Karate Association”, USKA. Trias foi o primeiro em me abrir as suas portas de par em par e de acreditar em mim. Ele me ensinou muitas coisas, foi um “Mestre e um Amigo”. Lamentei imensamente a sua prematura morte, causada por um câncer de ossos. Que descanse em paz!

RECONCILIAÇÃO Durante muitos anos tenho estado zangado, rebelde ou intransigente com algumas pessoas que no passado considerei que “me tinham magoado”. Pelo menos algum tentara! Aos poucos tenho ido compreendendo que não é necessário guardar rancor ou falar mal de alguém. “Fala da minha vida quando a tua seja um exemplo, e quando pensares que é um exemplo. Então vais saber que já te não necessário falar da vida de ninguém”. Percebi que muitas vezes, devido aos nossos próprios erros ou falta de compreensão, não nos apercebemos de que a atitude, o comportamento de alguns se deve precisamente






Kenpo a que por vezes queremos, desejamos ou esperamos uma resposta ou um resultado por parte de alguém em especial, mas esse alguém o não pensa da mesma maneira, está distraído em outras coisas o simplesmente não acha que seja assim. Por outras palavras. Ninguém é perfeito. Tudo chega em seu momento e portanto, devemos ser pacientes, tolerantes e humildes. Se bem é certo que há pessoas invejosas, negativas, más, obsessivas e que vivem com maldade permanente, “não permitas que a gente te leve à sua tormenta. Melhor traze-los à nossa paz”. Ao longo do percurso encontraremos caminhos de glória, êxito e satisfação. Mas também vai haver certos momentos cheios de espinhos, escolhos e dor. Não se assustem, os problemas quando aparecem, devem ser solucionados quanto antes, com atitude positiva e decisão. Nunca cair na dor e na tristeza, que nos podem levar à depressão e com isso, a um fracasso pior. Nem nos fazermos de vítimas e andar contando a toda a gente as nossas desgraças. Lembrem-se de que isto aborrece as pessoas, as afasta de nós e acabam por nos negar até uma saudação. Ninguém quer fracassados o chorões a seu lado, durante muito tempo. No entanto, se és um triunfador, te tornas uma espécie de “Imã”, do qual todos ou muitos vão querer estar perto, mas eles virão por própria vontade. “As mentes ocupadas, as almas limpas e os corações satisfeitos, nunca se metem na vida de ninguém”. Distanciar-se e afastar-se das

“As mentes ocupadas, as almas limpas e os corações satisfeitos, nunca se metem na vida de ninguém”


Grandes Mestres pessoas complicadas, problemáticas, melhora muito a saúde. Hoje resolvo perdoar a todos aqueles que no passado me feriram, se bem é certo que em seu momento, muitos deles me deram amor, apoio e compreensão. Mas, como tudo na vida, deve seguir seu próprio caminho, muitos dos que fomos amigos e companheiros, por essas coisas do destino, há momentos em que os nossos caminhos se separam, se afastam e talvez nunca tornem a encontrar-se. O importante é recordar sempre todo o melhor daquilo compartilhado e si com o passar dos anos nos tornarmos a encontrar, que seja com essas melhores recordações, um sorriso, um “mas que alegria nos vermos de novo”, um aperto de mãos e um apertado abraço.

O QUE ME TÊM PROPORCIONADO AS ARTES MARCIAIS Durante toda a minha vida, um perfeito equilíbrio em saúde mental, física e espiritual. Um motivo muito poderoso de acorda a cada manhã, agradecendo um novo dia e a oportunidade de melhorar em todos os aspectos. De saber que ainda sou vivo, que posso contemplar um novo amanhecer, que posso abraçar o Sol, respirar o ar que me dá vida o acariciar a chuva. Olhar para a montanha e admirar a sua grandeza. Sentir que posso correr, treinar, ver crescer as árvores e as flores. Contemplar a imensidão do mar e mergulhas na suas reconfortantes águas. Atender o telefone quando um amigo chama. Escutar música, cantar e dançar o que saiba. Em fim, tantas coisas simples, singelas e gratuitas, que nos oferece o nosso maravilhoso Mundo. As artes marciais, me têm permitido esculpir o meu corpo, mente e espírito. Me têm feito humilde, nobre e simples, ao mesmo tempo que forte física e emocionalmente. Têm

estado sempre a meu lado nos bons e nos maus momentos. Me têm levado a viajar por meio mundo e assim conhecer tantos lugares maravilhosos da nossa Terra e encontrar excelentes pessoas, fazer amigos, alcançar amizade e admiração. Também me servem para ajudar, iniciar, orientar e compartilhar os conhecimentos adquiridos. Sempre com a melhor disposição. E sentir-me útil, toda vez que com o passo dos anos, vou encontrando tantas e tantas pessoas dos diversos cantos do mundo, que me manifestam afeição, admiração e agradecimento por tudo aquilo que sentem que eu tenha podido fazer por eles, em alguma etapa de suas vidas. Isto reconforta o meu espírito, relaxa a mente e me faz sentir bem. Frequentemente digo que as artes marciais não só se devem praticar durante as horas de treino, tanto seja no tatame, no lugar da prática, ao ar livre ou em um lugar fechado, como também durante as 24 horas do dia, desde que acordamos de manhã. As nossas artes se praticam desde o momento de abrirmos os olhos, agradecendo voltarmos a acordar, pelas coisas boas que temos, pelos nossos filhos, família, amigos. Devemos de o fazer com atitude alegre e positiva. Cantando, se possível, quando entramos no duche. Olhar com amor os nossos seres queridos e iniciar as nossas actividades com a profunda disposição de ser os melhores em tudo. Sem passar por cima de ninguém, tentando ser um bom marido, pai, amigo, vizinho. O melhor no nosso emprego ou lugar de trabalho, na escola ou onde tivermos de passar o dia. Ajudando sempre a todos aqueles que requerem e necessitam cuidados. Isto é praticar artes marciais as 24 horas do dia. Não se trata de dar pontapés ou socos a um parceiro, saco ou inimigo. Trata-se de dar amor, exemplo e respeito à sociedade em geral. Se não és capaz de parar os teus medos, rancores, ódios inveterados ou insatisfação e ages com violência verbal ou física contra

“Frequentemente digo que as artes marciais não só se devem praticar durante as horas de treino, tanto seja no tatame, lugar de prática, ao ar livre ou em um lugar fechado”


Kenpo


Grandes Mestres

“É importante dizer que a cada dia sinto mais entusiasmo para continuar o caminho do guerreiro, sempre lutando e vencendo os próprios medos e dúvidas”


Kenpo alguém, isso então é que fracassamos como artistas marciais. Porque ser um bom artista marcial, é agir bem em todo momento. Sem ofender nem incomodar ninguém e quando perdemos um pouco o controlo, devemos logo nesse instante, pedir perdão, reconciliar-nos com os nossos semelhantes. Seremos mais respeitados sendo nobres, prudentes e boas pessoas, mas não sendo violentos, agressivos ou ofensivos, causando mal físico ou moral às pessoas. Kung-Fu, significa fazer as coisas bem. Ser bom no que se faz. E assim podemos ter um grande Kung-fu como pai, filho, amigo ou profissional. Não deixemos nunca a vaidade nos vencer. Quantos mais anos de treino ou graduações adquiridos possuirmos, mais nobres, humildes e paciente devemos ser. Nunca pensemos já saber tudo, nem ser melhores que os outros. Ou que o nosso estilo é o melhor. Cada dia é uma luta constante contra o nosso próprio ego. Uma luta constante contra os nossos próprios demónios e defeitos. Cada dia é uma procura constante da nossa paz interior. Dizse que praticar artes marciais é como contemplar o amplo mar. Podemos ver o seu início mas nunca o seu final. Quando

dedicamos tempo e procuramos alcançar o máximo nível em algum aspecto da arte ou da vida, há outros aspectos onde nos debilitamos o perdemos habilidade. É por isso que sempre devemos ser prudentes e nobres. Chegar é difícil, cair é fácil Finalmente, as artes marciais sempre têm constituído uma parte muito importante da minha vida. Me têm possibilitado conhecer muitas belas pessoas, viajar, compartilhar e sempre aprender. Duras etapas por vezes vividas, mas finalmente sempre cheguei à recompensa e o reconhecimento. Hoje, eu posso dizer que principalmente, as Artes Marciais têm formado parte dos meus melhores momentos, tendo sido companheiras de viagem e satisfação. É importante dizer que a cada dia sinto mais entusiasmo em continuar a via do guerreiro. Sempre lutando e vencendo os meus próprios medos o dúvidas. Obrigado a todos aqueles que tomaram parte do meu caminho. Meus respeitos e melhores recordações para aqueles que já partiram e espero dar o melhor de mim aos que ainda por cá estão e aos outros que um dia virão. “Sou vosso pela amizade e as artes marciais do mundo”

“Se não somos capazes de acabarmos com os medos, rancores, ódios ou insatisfação e agimos com violência verbal ou física contra alguém, isso então indica termos fracassado como artistas marciais” “Ser um bom artista marcial, é agir bem em todo momento. Sem ofender nem incomodar ninguém”




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Combat Hapkido

A ciência da defesa em 60 minutos pelo Mestre Mark S. Gridley Intitular este artigo é um desafio para qualquer instrutor de defesa pessoal ou profissional, para ajudar a se concentrarem no que eles sentem ser mais importante. O esquema que segue e os assuntos, não são absolutos e representam a minha opinião sobre a base de mais de 25 anos de experiência. Eu os convido a criarem seu próprio planeamento de estudos e experimentá-lo, pondo-o em acção. Devia ser óbvio que a aprendizagem e o desenvolvimento da competência na própria defesa, não se pode conseguir em apenas 60 minutos. Muitos leitores levam décadas dedicados ao estudo, a prática e á experiência nesta matéria e não me refiro a diluir a necessidade absoluta para a prática, dedicação e o estudo de uma vida inteira.


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Mas, e se só tivessem uns poucos minutos para ensinar a alguém com limitada ou nenhuma experiência, a defender-se ou proteger os seus seres queridos? O que compartilhariam com eles? O que pensam que seria crucial e eficaz? A minha esperança é que estas perguntas irão estimular pensamentos e criatividade. Esta é uma pergunta que escutei quando participávamos de um seminário com o GM Pellegrini, nosso fundador do Combate Hapkido. Pensei que era brilhante esta pergunta de um estudante: "O que acontece se só tem 10 minutos para ensinar a alguém, a defesa própria?" Pensei a resposta com a mentalidade do guerreiro e um número muito limitado de objectivos (pontos de pressão tácticos) para criar a lesão. Isso seria deter o ataque e oferecer a ocasião de escapar. No entanto, essa pergunta não foi respondida completamente pela minha mente e me deixou a pensar durante vários dias, em qual havia de ser uma melhor resposta. Tomei um pouco de licença criativa com a pergunta e resolvi que necessitávamos pelo menos uma hora. Claro está, a lição que se adapte a um estudante e não ao contrário. É importante sabermos o que estamos treinando e começarmos com os cenários que nos preocupam, antes de forçar a acção - mesmo quando isto se faz, é melhor sabermos. Isto ajudará a desenvolver a confiança e diminuir a ansiedade, para que os estudantes possam absorver a instrução e sentirem-se capacitados. Lição número um. Nos primeiros dez minutos (0: 10-0: 20) Conhecimento da situação e da mente do guerreiro Os leitores seguidores de Budo, devem ter lido um artigo completo que escrevi anteriormente acerca desta matéria e assim sendo, me desculpo por ser breve. Mas, o tempo corre e muitos incidentes críticos são o resultado de más decisões ou de estarmos alheios ao mundo que nos circunda. Estar presente e compreender o impacto físico, moral e legal de não estar a saber, pode levar a um


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longo caminho na defesa própria. Se estiverem ansiosos ou inseguros do vosso ambiente ou meio, simplesmente deixemno ou resolvam fazer uma rota mais segura, mesmo que seja mais longa e mais cara. Poucas coisas são tão custosas que um encontro violento. Nos Estados Unidos são obrigatórias as alarmes de incêndio em quase todas as zonas em que trabalhamos, aprendemos e brincamos. Mas é interessante observar que uma pessoa é três vezes mais propensa a ter um encontro violento que a ter que fugir de um incêndio. Reconhecer que a violência pode acontecer, é uma chave para a consciência da defesa pessoal. Tenham em conta, considerem, planejem e ponham em prática p que planejarem. A mente do guerreiro consiste na decisão à qual estamos dispostos, antes de qualquer altercado, assim como o que não estamos disposto a

fazer numa dada situação. Nós mesmos estamos a dar-nos licença para fazer o que é necessário, para proteger os nossos seres queridos e a nós mesmos. É uma promessa que devemos de manter com nós mesmos e com os outros. O nosso objectivo não é matar, o nosso objectivo é deter o ataque por qualquer meio, enquanto protegemos os nossos seres queridos e voltamos para casa com segurança. Não vamos deixar que qualquer obstáculo ou pessoas nos impeçam voltar para casa. Lição dois. Nos segundos dez minutos (0: 20-0: 30) Os objectivos para provocar lesões e escapar Mais uma vez, nos artigos precedentes de Budo, compartilhei as razões de usarmos os pontos de pressão tácticos na defesa própria. Entretanto, da maneira mais simples, estamos provocando uma lesão, ou a sensação de lesão. Tenham em consideração que o vosso aluno só tem dez minutos para aprender este segmento e deve de estar disposto a provocar uma lesão. Há grande número de objectivos perfeitamente válidos, que um instrutor pode escolher. O meu objectivo de autodefesa favorito é o Baço 6, situado justamente por cima do tornozelo, no interior da perna. Uma boa pisadela neste ponto, vai neutralizar a mobilidade do atacante, por lhe causar uma dor insuportável, que permite escaparmos rapidamente. Há uma série de motivos para utilizar este objectivo; os mais importantes

são que é difícil defender-se, que são de fácil acesso, muito eficazes e rápidas de aprender. Suponho que muitos dos leitores vai atacar olhos ou virilhas. Estou de acordo em que são moles sólidos, quando se pode ter acesso a eles, além de estarem mal defendidos. Assim, a minha seguinte opção é mostrar ao aluno como atacar o nervo etmoidal anterior, que se encontra na sutura nasal do nariz. Isto está geralmente pior defendido que os olhos e provoca uma visão pouco nítida, dor e interfere com a cabeça e o pescoço. Mais uma vez, o tempo é limitado e assim sendo, proporcionei um objectivo tanto na zona alta como na baixa e que conduzirá à eficácia, em vez de proporcionar uma dúzia de opções que levem à indecisão ou à confusão. Lição três. Os terceiros dez minutos (0: 30-0: 40): posições de protecção Com frequência, a importância da nossa posição ou situação é muito mal valorada e portanto, pouco treinada. No Combat Hapkido, mantemos uma posição escudo, que nos proporciona equilíbrio, mobilidade, protecção das zonas vitais e se pode utilizar na ofensiva. Começamos com as mãos abertas, estendidas a mais de 90 graus e os cotovelos perto dos nossos lados. Isto protege a cabeça e o torso, enquanto que permite ataques rápidos. Utilizamos um perfil ligeiramente plano - para reduzir ao mínimo a exposição do nosso corpo com os joelhos ligeiramente flexionados, para permitir a mobilidade rápida e a estabilidade. As variações da posição se podem fazer em pé, sentado e deitado. O nosso


Pontos de Pressão

objectivo principal é provocar uma lesão, com o fim de deter o ataque e que não nos lesionem durante o encontro, utilizando uma posição forte. Observem que o conhecimento da situação, estarmos comprometidos mentalmente e a provocação de lesões estão antes das posições de protecção. Este é um propósito para que um bom ataque seja com frequência, a defesa mais rápida. Também se situa o estudante perante a execução do seu planeamento com rapidez, em vez de concentrar-se numa posição estacionária. Todas estas são tácticas úteis para apoiar a fuga e devem ser construídas de maneira acumulativa. Lição Quatro. Nos quartos dez minutos (0: 40-0: 50): golpes básicos Conforme vão passando as páginas, é provável encontrar grande número de artigos de artistas marciais muito respeitados nos aspectos técnicos dos golpes importantes, além de uma série de ferramentas úteis para o praticante sério. Nesta lição, nos encontramos limitados pelas restrições de tempo e portanto se concentrará em não mais de dois tipos de ataques, talvez três como máximo, se o estudante é um estudioso rápido. Serão bons os equipamentos para bater, tais como os pads ou alguma coisa desse género, em que se possa bater com plena potência sem risco de lesões para o estudante ou o treinador. O primeiro batimento seria um pontapé baixo na primeira linha, com uma pisadela para baixo para acabar, a fim de manter o equilíbrio e a pressão em frente. Vamos praticar bem isto, com força, rapidez, equilíbrio, e o mais importante, com a distância correcta para bater em cheio no objectivo. O seguinte passo seria o punho martelo, em um movimento

rápido em círculo, visando a correcção biomecânica e a orientação. Por último, gostaríamos de trabalhar golpes com a palma, desde múltiplos ângulos, dirigidos a alguns dos objectivos vitais que podem ser explorados com os movimentos de motricidade, no pouco tempo que temos. Lição cinco. Os quintos e últimos dez minutos (0: 50-1: 00): a gestão após o conflito O tempo passa depressa e só temos uns poucos minutos para o final. Aqui nos concentraremos em como nos movermos tacticamente, para longe do assaltante ferido, mantemos o sujeito à vista e só viramos costas quando estiver a uma distância segura para corrermos. Uma vez que definimos "seguro" para o estudante ou para os que estão protegendo, estamos prontos para entrarmos no nosso estado de após o conflito.


Combat Hapkido



Combat Hapkido

Nos concentramos alguns momentos na respiração táctica, para ajudar a acalmar a mente primitiva do efeito da adrenalina, para o estudante poder pensar com claridade. Seguidamente, devemos ensinar a avaliar se alguém que não seja o mau da fita, está lesionado e precisa de atenção médica imediata, explicando ao estudante que talvez não nem tenha dado por isso, mas pode ter tido uma lesão durante a luta. Agora é momento de informar às autoridades do sucedido, começando pelo facto de que temíamos pelas nossas vidas e só queríamos parar o ataque. Eu aconselho estar em contacto com um advogado, para ajudar a enfrentar e dar solução a qualquer assunto legal. Por último, a través de um informe após a acção, recomendo falar com um instrutor, destacando o que correu bem e só umas poucas observações acerca do que poderia ter sido feito melhor. Quando se tem tempo, talvez mesmo fazer u m a re c r i a ç ã o segura de u m cenário, para que seja um exemplo motivador.

Quando concluída a aula, verifiquem terem oferecido outros recursos disponíveis para o estudante, enquanto dele se despedem desejando-lhe o melhor. Uma folha de conselhos, ou um rápida resumo geral da lição e um cartão de visita com a nossa informação, podem fazer deste estudante de 60 minutos, um praticante de vários anos. No Combat Hapkido, instruímos os estudantes em três objectivos principais, que são: mantê-los fora da morgue, fora do hospital e de estarem no lado errado do sistema legal. A nossa definição da vitória na própria defesa é voltar para casa em segurança e com a família e amigos. Afinal, se pelo menos fizemos bem o nosso trabalho, vai haver mais uma pessoa mais bem preparada, para se manter a salvo neste mundo. Aqui têm a ciência da auto-defesa em 60 minutos. Esperemos que sirva como introdução funcional a uma procura permanente do estudo. O meu objectivo é que tenham gostado deste artigo, não só como uma coluna de instrução, como mais ainda uma maneira de estimular os pensamentos, acerca de como se pode fazer melhor. Muitos dos segmentos de dez minutos foram ou podem ser artigos inteiros ou livros propriamente ditos. Por favor, mantenham a mente aberra na hora de criticar e criar. Claro está que neste artigo não se pode abranger este assunto em sua totalidade e os convido a aprofundarem para compreender mais plenamente estas importantes áreas da auto-defesa. Em próximos artigos vamos continuar ampliando conhecimentos acerca da Ciência da auto-defesa, a través das ensinanças do Combat Hapkido. Não precisam esperar. Roda esta informação se encontra nos livros da Universidade na Linha, e nas séries de instrução em DVDs do Combat Hapkido, que se podem pedir directamente nos Serviços de Defesa Internacional www.dsihq.com e a Budo International em www.budointernational.com. Por favor, treinem muito, vivam com honra e passem bem. Para obter informação de certidões, seminários, ou perguntas, por favor, entrem em contacto com: info@dsihq.com


RAÚL GUTIÉRREZ LÓPEZ, 9º DAN Kosho-Ryu Kenpo y 10º DanFu-Shih Kenpo www.raulgutierrezfushihkenpo.com www.feamsuska.com rgutkenpo@hotmail.com Teléfono: (0034) 670818199 Sensei Luis Vidaechea Benito Cinturón Negro 3º Dan Fu Shih Kenpo Delegado FEAM en Castilla y León Templo Segoviano de Fu-Shih Kenpo Pabellón Pedro Delgado - Segovia Tel.: 622 263 860 mailto: sensei.luis@cylam.es http://www.cylam.es/ Maestro Peter Grusdat, 8º Dan Wing Tsun Director General Departamento de Wing Tsun FEAM wtacademycanarias.com/es/sifu-grusdat Facebook: Sifu Peter Grusdat Email: inf@wtacademycanarias.com Las Palmas de Gran Canaria - ESPAÑA Teléfono: (00 34) 618 455 858 - 637 344 082 Informate de nuestros Cursos de Formación de Monitores Para ejercer a nivel nacional e internacional Avalados por FEAM CLUBE ESCOLA DE DEFENSA PERSOAL José Rodríguez López Fundador Hand Krav Fu System Instructor Nacional Defensa Personal Policial IPSA Escuela Defensa Personal y Policial de As Pontes Lg Petouto - Ribadeume 15320 As Pontes, A Coruña Tel: 670 770 004 escuela@handkravfu.es - www.handkravfu.es Instructor Luis F. A. Tavarez Cinturón Negro 2º Dan Fu-Shih Contact Instrutor de boxeo. Profissional de Segurança Privada. (00 351) 968 456 312 l_tavarez001@@msn.com Vitoria Recreativo Clube Olivais Avda. Cidade Luanda, 35 1800-096 Lisboa, Olivais-PORTUGAL Treinos Tercas e Quintas (19:15 as 21:00) ESCUELA DE ARTES MARCIALES KWANG GAE DO Felipe Alves Aniceto 2º Dan Tae Kwon Do Y Kick Boxing Representante Feam En Aragon Gimnasio Alfinden Tlf: 649 601 709 Kwanggaedo@Gmail.Com Kwanggaedo.Wix.Com/Kwangaedo-Eam Facebook//Kwang Gae Do Maestro Martín Luna Director internacional Krav Maga Kapap FEAM Instructor policial/militar IPSA Seguridad y escoltas /vip protección Representante IPSA y FEAM Canarias Maestro Cinturón Negro 5º dan Fu-Shih Kenpo Instructor kick Boxing / K-1/Full Contact Tel: 671 51 27 46.martin75kenpo@hotmail.com


Martín García Muñoz Maestro Internacional 7º DAN Instructor Internacional Policial, IPSA Instructor Internacional Tae-Kwon-Do ITF Vicepresidente Federación Andaluza de Tae-Kwon-Do ITF Representante FEAM e IPSA para GRANADA, ANDALUCÍA. Gimnasio Triunfo (Granada) Teléfono: 607832851opencleanmotril@hotmail.com Maestro Antonio Guerrero Torres C.N. 5º Dan Fu-Shih Kenpo Representante “Asociación Fu-Shih Kenpo”, AFK para Andalucía Teléfono: 678 449 585 Email: afkenpo@gmail.com Per Snilsberg: Consejero Personal, Patrocinador y Promotor FEAM, IPSA e International Fu-Shih Kenpo Association, IFSKA. c/ Løytnantsveien 8b, 7056 Ranheim - Norway. Tel: +47 930 09 006 – post@fiskeper.no Sensei Mario P. del Fresno C.N. 3er Dan Fu-Shih Kenpo Representante F.E.A.M. Madrid Centro Entrenamiento Profesional Box Everlast www.boxeverlast.es Club de artes marciales 78 www.artesmarciales78.com Gimnasio In Time MMA. www.intimemmamadrid.es Teléfono: 658 016 688 mario.fushihkenpo@gmail.com Frode Strom, Sifu en 3 estilos diversos de Kung-Fu Representante Oficial Fu-Shih Kenpo en Drammen, Noruega. Frode Strøm Fu-Shih Kenpo Drammen Tollbugata 98 3041 Drammen (+47) 90942428 Frodestrom1969@gmail.com Instructor Krzysztof Adamczyk Instructor Nacional para Polonia y Noruega. Grinnisvegen 611 ,7236 Hovin i Gauldal ,Noruega fushihkenponorge@gmail.com 0047 92520150 fushihkenpopolska@gmail.com 0048 783474760


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Faz alguns dias, no curioso mundo da Internet, pude ler em um blog de um conhecido Sifu de Wing Chun, um interessante artigo. Falava acerca da incontinência verbal de muitos praticantes que observando o trabalho de um ramal ou escola diferente à sua, afirmam, sem se envergonharem, ”isso não é Wing Chun” ou o tradicional: “Isso não é AUTÊNTICO Wing Chun!” Em ocasiões, este género de discussões surgem por falta de perspectiva e conhecimento da historia REAL do sistema. Se lerem com atenção, poderão constatar que JAMAIS existiu um autêntico Wing Tsun, ou pelo menos não há quem possa ter tal “responsabilidade”.

Estilos dentro de um Estilo “A arte das mil caras”


Sifu Salvador Sánchez “Yip Man foi um caso atípico na tradição do Wing Tsun. Teve dois Mestres: Chan Wah-Sum e Leung Bik. Este facto, que de início não parece relevante, mudou absolutamente a maneira de praticar e compreender o Wing Tsun do G.M Yip Man e a evolução deste sistema”


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Estilos dentro de um Estilo “A arte das mil caras” Em um sistema como o nosso, em que o método de aprendizagem tem padecido grandes modificações durante os últimos anos, unido a que a própria natureza deste sistema, insiste especialmente nas sensações pessoais, não é raro observar como existem diferentes formas de “FAZER”, diferentes ESTILOS dentro do ESTILO! É esta, sem dúvida, uma das características mais importantes do Wing Tsun. Por uma parte, os praticantes menos avançados, com menos critério a nível técnico, se atrevem a dizer: “Isso não é Wing Tsun”. Imagino que o leitor deste livro, independentemente do estilo que praticar, isto lhe será familiar... Evidentemente, nos fazemos esta pergunta para tentar esclarecer a questão e tentar unir em vez de separar. Para poder afirmar se é ou não Wing Tsun, a questão nos obriga a deitar a vista atrás e rever a história neste estilo. Para isso, gostaria de me referir ao Mestre de Mestres do nosso estilo: Yip Man. Ele mesmo se viu enfrentado a situações similares, na época que viveu. Finalmente, compreendemos que a história é cíclica…


Sifu Salvador Sánchez “Para poder afirmar se é ou não é Wing Tsun, a questão nos obriga a olhar para trás e revermos a história deste estilo. Para isso, devo de me referir ao Mestre de Mestres do nosso estilo: Yip Man”


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Estilos dentro de um Estilo “A arte das mil caras” e que os factos relativos aos seres humanos, se repetem uma e outra vez... Yip Man foi um caso atípico na tradição do Wing Tsun. Teve dois mestres: Chan Wah-Sum e Leung Bik. Este facto, que de entrada não parece relevante, mudou absolutamente a maneira de praticar e compreender o Wing Tsun do G.M Yip Man e a evolução deste sistema. Se diz que quando Yip Man conheceu de maneira quase fortuita, o G.M Leung Bik, não lhe foi possível reconhece-lo como praticante do seu próprio sistema. Sim, e é surpreendente! Quando lhe perguntaram qual o estilo que praticava, Yip Man, que afirmava praticar WingTsun, ficou surpreendido pela estética da prática do Mestre Leung Bik. Eram coisas absolutamente diferentes! A pergunta que hoje me atrevo a lançar é: Como é possível um estilo tão diferente, em dois alunos do mesmo mestre? Estudemos um pouco, a história do estilo… O famoso professor de Wing Chun, Dr. Leung Jan, de Foshan, escreveu três livros sobre o estilo. Estes livros estavam manuscritos e nunca foram publicados. Mas apesar disso não estar contrastado, se aceita de comum acordo



WingTsun na história deste sistema, que o Dr. Leung Jan marca um antes e um depois em relação à fama que tinha o Wing Tsun até esse momento. Portanto, é uma referência muito importante para tentar explicar com claridade, o assunto de hoje. Entre os alunos do Dr. Leung Jan estiveram, nem mais nem menos que Chan Wah Shun “o cambiante de dinheiro” e Leung Bik, filho do doutor. Yip Man aprende o seu Wing Tsun do Mestre Chan Wah Shun, em Foshan, mas um encontro fortuito e totalmente ocasional, provocará que pouco tempo depois, Leung Bik o aceite como aluno. De facto, Yip Man teve a honra de ser o único aluno de Leung Bik, durante os seus primeiros anos em Hong Kong. Yip Man chega a Hong Kong a com 15 anos de idade, em 1908, ano em que conhece Leung Bik, a quem havia de seguir durante anos, aprendendo dele todos os refinamentos e segredos do Wing Chun Kuen. Apesar disso, Yip Man sempre se referia a Leung Bik como Si Pak, o que é surpreendente nestes tempos, em que todo aquele que discute com seu Sifu, dele renega e procura outro novo SIFU… Leung Bik quase não tinha recursos económicos e em Hong Kong, vivia à beira da pobreza. De facto, vivia com um parente e quase não podia comer. Interessado por ele e pela sua situação, Yip Man convidou o mestre a ir morar com ele, facto sem dúvida, levou a um grande estreitamento dos laços marciais e pessoais. Leung Bik ensinou Wing Chun a Yip Man, até 1912. Durante esses anos, Yip Man aprendeu o sistema inteiro, guiado por Leung Bik e praticou diligentemente durante anos e todos os dias,


Sifu Salvador Sánchez “Yip Man aprende o seu Wing Tsun do Mestre Chan Wah Shun, em Foshan, mas um encontro ocasional e não combinado, vai provocar que pouco tempo depois, Leung Bik o aceite como aluno”


WingTsun os trabalhos mais subtis e avançados do sistema. Após o falecimento de Leung Bik, Yip Man voltou para Foshan, para ajudar seus irmãos do Kungfu, com o conhecimento que adquirira em Hong Kong. É precisamente nesse momento quando começam os problemas… Os dois mestres de Yip Man, apesar de terem sido alunos do mesmo Sifu (o Dr.Leung Jan), pareciam ter estilos e perspectivas absolutamente diferentes. Uma possível explicação para isto é que poderia ser devida à situação vital de cada um deles: Chan Wa Shun era um homem com pouco conhecimentos culturais, tosco nas suas maneiras e cujos conhecimentos e maneira de se expressar eram as de um homem comum. Por outro lado, Leung Bik era um homem culto e as suas ideais e maneira de praticar e mostrar o estilo, tinham muita influência da Filosofia. Os seus conhecimentos dos princípios do Wing Chun era muito mais profundo e altamente refinado, muito além dos que tinha seu irmão menor do Kung fu, Chan Wa Shun. Ainda que Yip Man aprendera tanto de Chan Wa Shun como de Leung Bik e apesar de ter manifestado que a linhagem de Leung Bik era tanto mais ampla, profunda e impressionante, Yip Man nunca disse que o seu Sifu fosse Leung Bik. Yip Man compreendeu o respeito que um estudante devia ter pelo seu professor. Muitos de nós, devíamos olhar em profundidade, esta lição de RESPEITO e Kung fu… Mas o assunto de hoje nos situa aí, nesse momento histórico, quando Yip Man volta a Foshan e quando mostra o que aprendeu com Leung Bik (lembremos que era da linha directa de Leung Jan) seus colegas de prática, irmãos mais velhos da escola e o resto da comunidade do Wing Tsun de Foshan, se alarmam e afirmam sem hesitar: ISSO NÃO É WING TSUN!!!



WingTsun Quero imaginar a profunda decepção que o Grão Mestre deve ter sentido quando, tentando melhorar o seu sistema e mostrar os aromas mais finos deste apaixonante estilo, foi reprimido por seus colegas, por não ter uma estética parecida àquilo que anos atrás praticava. Hoje, acontece exactamente o mesmo! Observemos com curiosidade. Apesar a superar a todos e cada um dos seus colegas de prática a nível técnico e combativo, a imensa maioria deles continuavam indicando o G.M Yip Man como um traidor do estilo, por treinar e fazer coisas diferentes àquelas que o seu sifu lhes tinha ensinado, mas ainda mais por praticar com um mestre da sua própria escola e do seu próprio estilo... É incrível! Mas, não acham que já ouviram falar disto? Sim… Hoje acontece exactamente o mesmo. São coisas do pêndulo da História… Anos depois, perguntado acerca do que era ou não era Wing Tsun, Yip Man utilizou umas sábias palavras que para mim sintetizam este sistema e nos resolvem qualquer dúvida. Ele afirmou: “Se cumpre os princípios, é Wing Tsun…” Os princípios do Wing Tsun, são a frequentemente recitados em voz alta, pelos praticantes deste estilo, mas raras vezes se estudam em profundidade para a sua prática. Gostaria de convidar os praticantes de Wing Tsun, a ver com olhos mais profundos o que fazem e a evitar julgar o estilo pessoal de outros. Acredito firmemente que o sistema tem criado - e continua a criar - excepcionais praticantes de Artes Marciais, e que

“Gostaria de convidar os praticantes de Wing Tsun a observarem mais profundamente o que fazem e a evitar julgar o estilo pessoal de outros”


Sifu Salvador Sánchez Anos depois, quando lhe perguntaram acerca do que era ou não era Wing Tsun, Yip Man utilizou umas sábias palavras, que para mim sintetizam este sistema e nos resolve qualquer dúvida. Ele afirmou: “Se cumprir os princípios, é Wing Tsun…”

o simples facto de que a estética do que fazem seja diferente à nossa, não nos dá “patente”. E ainda mais. Se observarem e pensarem, irão ver que em muitos casos, há pessoas que realizam movimentos com uma estética que se denomina Wing Tsun e que por detrás disso, não há nenhum princípio, só há coreografias. Dizem que quem esquece o seu passado, enterra o seu futuro. Vejamos a história deste estilo e muitos dos problemas que hoje nos preocupam, desaparecerão, compreendendo melhor que a única via do artista marcial é a prática do dia-a-dia. O que fazem ou deixam de fazer os outros, ou o estilo pessoal de cada um, pouco ou nada nos deve de importar, numa arte individualista por definição. A grande riqueza deste estilo, nos permite observar estilos pessoais tão diferentes como os do meu Sigung K. Kernspecht, o meu sifu Víctor, sifu Saly Avcy, Sifu Emin, Sifu Tasos, e um longo etc., que apesar de serem muito diferentes no aspecto, todos são extraordinários a nível marcial. Por isso não devemos julgar ninguém pela estética do que faz e sim tentarmos ver o bom de cada um deles, para tentar fazer melhor a nossa prática individual. Espero que isto nos sirva para compreender!


Las Filipinas poseen una larga historia en combates a vida o muerte. Desde la antigüedad hasta los tiempos modernos, las artes de lucha del archipiélago filipino han demostrado una y otra vez ser formas eficientes, eficaces y extremadamente letales en combate. Una infinidad de sistemas de artes marciales filipinas se extienden a través de los miles de islas en esta región. Muchas son artes “familiares” y ningún "extraño" llegue probablemente a aprenderlas, pero afortunadamente, otras muchas también se han puesto a disposición del resto del mundo. Desde la perspectiva de Kyusho, el estudio comienza con el aprendizaje de la reanimación y restauración, pero luego desarrolla una focalización de objetivos móviles con el brazo como fundamento Marcial. Al diseccionar un ataque, aparte de las patadas, todos los demás ataques comienzan con los brazos, y el reto es que los brazos son las partes más rápidas del cuerpo, con el mayor rango de movimiento y capacidad de ataque direccional. Por tanto, esta es una sección muy difícil del entrenamiento que debería integrarse en cada sesión, con numerosas variaciones. Hay otras formas de facilitar este nivel y una reside en la habilidad del “Arm Trapping”, o captura de brazo. Un trabajo de colaboración del Maestro de Kali Raffi Derderian y el Maestro Evan Pantazi.

REF.: • DVD/KYUSHO 24

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Isidro Sensei 8º Dan Aikido KENKIDO-HOMBU-DOJO C/ SAN MARIANO Nº 110 - MADRID - 28022 - ESPAÑA +34 655 92 11 37 +34 910 344 613 E-mail: jlisidro1717@hotmail.com


Aikido O essencial na Arte da Guerra é Eterno, por isso, desde tempos imemoriais, os especialistas procuraram o princípio comum subjacente na sua dinâmica, para poderem tirar conclusões que lhes permitissem antecipar-se, trazendo ordem e sentido ao caos resultante de toda a batalha. Ueshiba estabeleceu os ditos princípios aplicando chaves que finalmente cristalizaram em técnicas, mas por detrás delas havia o essencial, isto é, o Eterno. Os princípios do Aikido possuem, pois, uma vigência Universal, mas nem todos os seus praticantes sabem compreender a grandeza implícita nos delineamentos desta Arte, considerando a mesma uma sucessão de técnicas. Sensei Isidro demonstra isto mais uma vez, quando ensina a nobre arte das duas espadas, uma novidade técnica que no Budo japonês chegou pela mão de uma das suas maiores lendas, Miyamoto Musashi. Este magnífico trabalho, agora apresentado em DVD, não só ensina ao estudante a técnica das duas espadas, como também o leva a compreender que, por detrás de qualquer técnica, há sempre uma táctica, e por detrás desta, subjaz sempre um princípio estratégico que deriva de uma compreensão filosófica. Um livro acerca desta matéria está a ser preparado e esperamos poder oferecê-lo ao longo do próximo ano, para assim aprofundar ainda mais numa matéria tão pouco estudada como interessante. Este é, pois, um trabalho, como se indica nos kanjis de abertura, de Aikido, Iaido, inclusivamente de Kenjutsu, mas, resumindo, é puro Bushido, o que aqui é tratado.

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“Na hora de desembainhar nunca devemos superar com as nossas mãos a altura que compreende a parte superior do nosso Hara, caso contrário ficaríamos totalmente descobertos e a mercê do nosso adversário, sem esquecer que com um maior percurso, haverá maior tempo de reacção e execução na técnica”


Aikido Nito O Kenjutsu é uma antiga arte marcial japonesa, das denominadas tradicionais. Existem diversas escolas, em japonês denominadas Ryu, com o objectivo de instruir eficazmente no combate com Katana e Wakizashi, cujas variantes em madeira para o treino são o Bokken e o Kodachi. A prática pode desenvolver-se de muitas maneiras, dependendo do Ryu a praticar. Os estilos de Kenjutsu que conhecemos hoje em dia, foram-se forjando a partir da época ou período Muromachi, nos séculos XV e XVI. De entre as escolas mais destacadas da dita época encontram-se as seguintes: • Tenshin Shoden Katori Shinto Ryu • Kashima Shinto Ryu • Kasumi Shinto Ryu • Chujo Ryu • Nen Ryu • Shinkage Ryu A maior expansão do Kenjutsu teve lugar durante o período Edo (séculos XVI a XIX), registando mais de 500 estilos. Finalizado o dito período, alguns estilos começaram a utilizar a hindi, espada de bambu, assim como a armadura de protecção corporal, para proporcionar uma maior segurança na prática da disciplina. Esta moderna maneira de praticar a arte do tradicional sabre japonês, dá lugar ao nascimento do Kendo. Entretanto, surgiram novas escolas ou estilos de Kenjutsu no período Edo e os mais destacados foram os que seguidamente enumeramos, entre outros que, talvez por ignorância, não referimos: • Niten Ichi Ryu, fundada pelo mítico Samurai Miyamoto Musashi. • Shinkage Ryu, fundada por Yagyu Muneyoshi. • Itto Ryu, fundada por Ito Ittosai Kagehisa. • Suio Ryu, fundada por Mima Yochizaemon. Após a restauração Meiji, surgiu a proibição de transportar espadas, pelo que vários estilos acabaram por desaparecer, o que se repetiu depois da derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial. Não obstante, foram várias as escolas que sobreviveram até aos nossos dias. O treino do Kenjutsu varia dependendo do estilo a praticar. A maior parte das escolas fundamenta a sua prática nos katas (com movimentos préestabelecidos). Em algumas Ryu, a prática dos Katas complementa-se com treinos baseados no combate ou Randori múltiplo, utilizando armadura de protecção em algumas, para preservar os praticantes de lesões nunca desejadas.

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Nos treinos baseados em katas, basicamente utilizase uma espada de madeira semelhante à Katana, que se chama bokken ou bokuto. Habitualmente, cada estilo de Kenjutsu impõe medidas específicas de comprimento, de largura e de curvatura para o seu bokuto. Outras, em níveis superiores, optam pelo suburi Bokken, de maior peso e maior tamanho, para assim poder aumentar a destreza com tão pesada arma. O Kenjutsu é uma disciplina mais espiritual e mental que física e para a sua prática é necessário e imprescindível encontrar o equilíbrio entre corpo e mente, assimilando o aço empunhado como parte do próprio corpo e sentindo o contacto com o espírito; a força física fica relegada a um plano inferior. O ensino desta disciplina, assim como a do Kyudo, possui uma grande conotação físico-religiosa e espiritual, baseando

a sua força principalmente na influência do Sintoismo, do Confucionismo e do Zen. Muitas escolas de Kenjutsu conseguiram sobreviver após a desaparição da classe Samurai, conseguindo chegar até aos nossos dias, logicamente, evoluindo e bifurcando-se numa grande diversidade de estilos e escolas, pois o progresso é inevitável e necessário; assim surgiram novas Ryu como novas formas de expressão. Através do sabre podemos ser capazes de descrever no espaço a técnica justa e precisa no momento presente, como se de uma pena se tratasse, traçando no espaço, no vazio que tudo enche, o sentimento do aço que representa a vida e a morte, como rito imprescindível do guerreiro.


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Artes do Japão O Guerreiro Relativamente ao mítico Miyamoto Musashi muito se tem dito e escrito. Há quem diga que só usava um Wakizashi e uma Katana, ou seja, um sabre curto e um sabre comprido. Outros afirmam que isso não corresponde à verdade, visto que a maioria dos seus combates foi levada a cabo com espadas de madeira, ou seja, Bokken, dado o seu estilo ser tão refinado que não precisava de um gume cortante para derrotar os seus adversários. Coisa que, em determinada fase da sua vida, foi certa. Outros negam que Musashi criasse o estilo dos dois sabres, Nito-Ichi, talvez porque os mais ortodoxos da tradição japonesa não queiram aceitar que um Samurai pudesse aprender ou simplesmente se tivesse inspirado, para a evolução da sua arte e escola, nuns espadachins ocidentais que se batiam com uma destreza que nada tinha que invejar da dos nipónicos. As histórias contam que depois de ver um duelo de europeus na zona de Nagasaki, compreendeu a necessidade de desenvolver uma estratégia de combate com os dois sabres ao mesmo tempo, facto que parece ter mais de certo que as histórias daqueles que o negam. Recordemos que nessa época os duelos europeus empregavam uma espada comprida e uma curta, como Musashi iria desenvolver depois, e que a influência dos europeus era de grande importância no país do sol nascente. Musashi desenvolveria a Nito-Ichi, escola dos dois sabres. O trabalho que seguidamente apresentamos, foi feito compilando técnicas muito antigas e outras nem tanto. Técnicas que nada têm a ver com o estilo de Miyamoto Musashi, que apenas denominamos como arte da vantagem para assim nos referirmos ao trabalho dos dois sabres ao mesmo tempo.

Esta arte pode ser denominada como Koryu, palavra japonesa que se pode traduzir literalmente como escola antiga ou tradição antiga. É utilizada para denominar aquelas artes marciais que surgiram antes da restauração Meiji, sucesso político que acelerou o processo da modernização do Japão. As artes marciais surgidas posteriormente a este sucesso são as denominados Gendai, as quais podemos exemplificar através do Aikido, Iaido, Karaté, Kendo, Judo ou Kyudo, para referir apenas algumas, visto serem consideradas como desportos ou artes orientados para a evolução da pessoa, à diferença das artes classificadas como Koryu, que se referem ao ensino de uma cultura exclusivamente militar, visando a arte da guerra.

O Bokken O Bokken, tradicionalmente a arma básica por excelência, para o estudo e a prática da esgrima japonesa, independentemente do estilo ou da escola, é imprescindível para o duro trabalho de estudo no Dojo, o qual deverá prolongar-se durante anos, de forma a se conseguir um nível médio. Na antiguidade, durante o período Muromachi, o emprego do Bokken, também chamado Bokuto, fez-se muito popular devido aos Samurai terem começado a utilizar a arte do duelo em tempos de paz. Desta forma de combate nasceram as especializações das diferentes escolas ou Ryu, até chegar aos nossos dias. Como nos Dojos das diferentes Ryu começaram a ensinar a arte da esgrima aos seus alunos, tornou-se


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Aikido imprescindível substituir o sabre original em aço, pelo similar em madeira (o Bokken). A Katana é, por definição, uma grande obra de arte, nobre e inerte, que adquire vida própria ao ser empunhada pelo Budoka. O seu fio é frágil e afiado como o de uma navalha de barbear. O seu lombo lateral foi forjado para absorver a força do corte ou Kiri, estocada ou bloqueio. Mas a Katana poderia ter bocas ou mossas no gume, ou partir-se entrando em contacto com a antagonista transportada pelo oponente, e um manejo inexperiente seria prejudicial para tão considerada jóia. Através dos tempos, as diferentes Ryu especializaram-se na arte do Kenjutsu; à semelhança do que acontece no Iaido, praticamente todos eles utilizavam o Bokken para treinar e evitar ferir-se gravemente. Ao mesmo tempo que os estudantes, ao usarem o Bokken, se tornavam Mestres no manejo de tão nobre arma, obviamente fizeram-se sumamente perigosos com o instrumento de treino, ou seja, com o Bokken. Existem diversas crónicas japonesas que narram acerca de guerreiros que, por uma ou outra razão, utilizaram o Bokken contra inimigos que empunhavam sabres com folha de aço e que apesar disso foram derrotados. O Samurai mais famoso da história do Japão, e merecedor de elogios por tais façanhas, foi sem dúvida alguma o lendário Miyamoto Musashi.

Breve biografia de Musashi O seu verdadeiro nome era Shinmen Musashi No Kami Fujiwara No Genshin. Na verdade, não se sabe com absoluta certeza o seu local de nascimento, alguns historiadores dizem que nasceu na aldeia chamada Miyamoto, da antiga província Mimasaka, em 1584. “Musashi” é o nome de uma zona do sudeste de Tóquio e a denominação “No Kami” quer dizer pessoa nobre da área, enquanto “Fujiwara” é o nome de uma das primeiras famílias nobres do Japão de há mais de mil anos. O próprio Musashi diz de si mesmo: “Sou um Samurai da província de Harima”. Hirada Shokan, o seu avô, era um servidor de Shinmen Iga No Kami Sudeshige, o senhor do castelo de Takeyama. Julga-se que Hirada Shokan era um favorito do seu senhor, tendo acabado por casar com a sua filha. Quando Musashi contava sete anos, o seu pai, Munisai, morreu ou abandonou o menino, aproximadamente um ano depois da sua mãe Omasa ter morrido. Ben No Suke, como era conhecido Musashi durante a sua infância, ficou aos cuidados de um tio por parte da mãe, um sacerdote budista. Assim encontramos Musashi como um órfão filho de um samurai, durante as campanhas de unificação do Shogun Hideyoshi, numa terra infeliz e violenta. Era um jovem irrequieto, de forte força de vontade e fisicamente grande para a sua idade. Não se sabe se a sua inclinação para o Kendo foi incentivada pelo seu tio, ou se a sua natureza agressiva o levou a isso: “Desde a minha primeira juventude o meu coração inclinou-se para o Caminho do Guerreiro”, mas está registado que no primeiro combate em que matou um homem, contava só treze anos de idade. Não esqueçamos que a época da qual falamos, o século XVI, foi um período sangrento tanto no Japão como no Ocidente. Ainda assim, com 13 anos de idade, era muito jovem para matar alguém, especialmente num duelo. O rival foi Arima Kibei, um famoso samurai da zona da escola Shinto Ryu de Kenjutsu, versado com a espada e a lança, que tinha passeado pela povoação desafiando todos e tinha posto um anúncio que dizia: “Quem me quiser desafiar, verá o seu pedido aceite”. Quando Musashi leu o anúncio, escreveu por baixo: “Eu desafio-o amanhã” e escreveu o seu nome. Nesse mesmo dia à tarde,

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chegou um bilhete de Kibei a aceitar o desafio e a indicar o lugar do duelo. Na manhã seguinte, Musashi partiu para o lugar do duelo com uma espada de madeira na mão. O rapaz derrubou o homem logo que este desembainhou a espada, e bateu-lhe na cabeça quando tentava levantar-se. Kibei morreu a vomitar sangue. Originalmente, as escolas de Kenjutsu eram fundadas em volta dos templos Sinto. As mais antigas estavam situadas na região denominada Kanto, próxima de Tóquio, onde se encontravam os importantes templos de Kashima e Katori. O seguinte duelo registado ocorreu quando contava 16 anos. Derrotou um Samurai de nome Tadashima Akiyama, da província de Tajima. Foi mais ou menos nessa altura que ele abandonou a sua casa e começou a viajar em busca de experiência, encontrando todo o género de duelos e concursos dos quais sairia vencedor: “Percorri as províncias todas, lutando com guerreiros de todo o tipo e formação, mas nenhum pôde vencer-me

nos mais de sessenta duelos em que participei”. Por fim, com 50 anos de idade estabelece-se, tendo alcançado o fim da sua busca de conhecimentos. Houve muitos Ronin (Samurai sem amo) a viajar pelo país em expedições similares, alguns sozinhos, como Musashi, outros a desfrutarem do patrocínio de alguma escola ou senhor feudal, como o famoso Samurai Tsukahara Bokuden, criador da escola Mutekatsu Ryu que, no século anterior, viajara com um séquito de mais de cem homens. Este género de viagens de peregrinação em busca de experiência e aperfeiçoamento era chamado Musha Shugyo. Neste período da sua vida, Musashi vivia praticamente afastado da sociedade, consagrado com uma feroz mentalidade individualista, na exclusiva procura do esclarecimento no caminho da espada. Só se relacionava com aquilo que dizia respeito a aperfeiçoar a sua habilidade; viveu como um vagabundo, viajando pelo Japão e dormindo à intempérie, suportando os


Aikido

ventos frios do Inverno; não arranjava o seu cabelo, nunca arranjou uma esposa (apesar de haver algumas referências de que teve uma namorada de nome Otsu), nem se dedicou a alguma profissão. Diz-se que nunca entrou num banheiro para evitar ser surpreendido desarmado, e que a sua aparência era tosca e selvagem. Na batalha de Sekigahara (1600) entre os exércitos de Tokugawa Ieyasu e Ishida Mitsunari, pela sucessão ao trono como Shogun do Japão, Musashi, que na altura contava 19 anos, uniu-se às fileiras do exército de Ishida para lutar contra Tokugawa. Sobreviveu a três dias de terríveis combates, durante os quais morreram setenta mil pessoas, e também à caça e matança do exército vencido que se seguiram à batalha.

A lenda Com 21 anos viajou a Kyoto; este havia de ser cenário da sua vingança contra a prestigiosa família Yoshioka. Os Yoshioka tinham sido instrutores do Clã Ashikaga por gerações. Munisai, o pai de Musashi, fora convidado pelo Shogun Ashikaga Yoshiaka, para visitar Kyoto anos atrás. Munisai era um esgrimista competente e um especialista com o “jyutte”. A história diz que Munisai lutou contra três dos integrantes do Clã Yoshioka, vencendo em dois dos duelos e que talvez isto tenha tido alguma coisa a ver com a conduta de Musashi com esta família. Yoshioka Seijiro, o chefe da família, foi o primeiro a lutar com Musashi, num páramo fora da cidade. Desconhecem-se os motivos de Seijiro ter aceite este desafio, posto que ele pertencia a uma família Samurai de classe social alta e Musashi era um desconhecido Samurai de 21 anos, de uma classe inferior e que não lhe proporcionava mérito algum. Chegada a hora combinada para o encontro, Musashi não apareceu, mandaram criados buscá-lo e encontraram-no duas horas depois numa pousada, a dormir. Mandou apresentarem as suas desculpas, dizendo que iria rapidamente, mas demorou mais duas horas. Quando

finalmente chegou ao lugar marcado para o duelo, Seijiro, armado com uma espada autêntica, estava zangado e impaciente, e Musashi estava armado com uma espada de madeira. Musashi enfrentou Seijiro com um ataque feroz e bateu-lhe selvagemmente, derrubando-o e deixando-o inconsciente. Os criados levaram-no para casa, onde por vergonha cortou a trança de Samurai. Após esta façanha, Musashi resolveu permanecer na capital, com a sua presença contínua a incomodar ainda mais os Yoshioka. O segundo irmão, Denshichiro, desafiou Musashi para um duelo, tentando restaurar a honra da família. Musashi de novo se atrasou para chegar ao encontro. Quando finalmente apareceu, Denshichiro estava suficientemente desconcentrado e zangado. Um segundo depois de começar a luta, partiulhe o crânio com a sua espada de madeira. Denshichiro estava morto. O clã fez outro desafio, desta vez de Hanshichiro, o jovem filho de Seijiro. Hanshichiro era uma criança, ainda nem havia alcançado a adolescência. Isto quer dizer que, na verdade, era uma artimanha, pois embora o desafio tivesse sido lançado em seu nome, Musashi deveria enfrentar toda a sua guarda Samurai. O duelo seria debaixo de um grande pinheiro adjacente a um arrozal; este pinheiro é conhecido com o nome de Icfilhoji Sagari Matsu, “O pinheiro que desce de Icfilhoji”. Icfilhoji era um templo fundado pelo monge Tendai em 981, que já não existe, e do qual também toma o nome a zona. Já na antiguidade, o pinheiro era um marco para os viajantes, pois nele confluíam os limites das províncias de Shiga, Shiratori ou Imaji, a Leste das montanhas de Kyoto. Um pedaço dessa árvore conserva-se no vizinho templo de Hachidai. O pinheiro que ainda hoje ali se encontra, é a quarta geração daquele célebre. Por tudo isto, este duelo é conhecido na história como o Duelo de Icfilhoji. Desta vez, Musashi chegou ao lugar do encontro antes do tempo marcado e escondido, e esperou a chegada do inimigo. O menino chegou apropriadamente vestido com a sua armadura de guerra e rodeado do seu séquito de guardas bem armados, determinados a acabar com Musashi. Musashi esperou escondido nas sombras. Estavam a planear o que haviam de fazer quando ele aparecesse, pois de certo novamente chegaria tarde; nesse instante ele

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Artes do JapĂŁo


Aikido apareceu repentinamente no meio deles e atacou o garoto. Seguidamente, utilizando ambas as espadas, abriu caminho através deles, fugindo da cilada, seguido por uma chuva de flechas. Após aquele notável episódio deambulou pelo Japão, tornando-se uma lenda em vida. Encontram-se menções do seu nome e histórias das suas proezas em registos, jornais e monumentos de Tóquio até Kyushu. Com 29 anos, já tinha participado em mais de sessenta duelos, saindo vencedor de todos eles. A primeira compilação destes feitos aparece no Niten Ki ou “Crónicas dos Dois Céus”, um registo compilado pelos seus alunos, uma geração após a sua morte. No mesmo ano de 1605, dos sucessos com o Clã Yoshioka, visitou o templo Zen denominado Kofuku, a Sul da capital, em Nara. Aqui teve um duelo com Hozoin Kakuzenbo Inei (1521-1607), sacerdote da seita Nichiren e hábil guerreiro. O sacerdote era um versado com a lança (criador da escola de lança Hozoin Ryu, ainda no activo), mas Musashi derrotou-o duas vezes com a sua espada curta de madeira. Permaneceu no templo durante algum tempo, para estudar técnicas de luta e gozar das conversas sobre Zen com os sacerdotes. Actualmente, os monges de Hozoin continuam com a prática tradicional das formas de luta com lança. É interessante dizer que em tempos antigos a palavra “Osho”, que agora quer dizer sacerdote, queria dizer “mestre da lança”. Hozoin Inei era aluno de Kamiizumi Nobutsuna, mestre de Kendo e sintoista. As lanças usadas por estes sacerdotes tinham feitio de cruz e a sua autêntica denominação é Jumonji Yari. Quando transitava pela província de Iga enfrentou Shishido Baiken, um especialista no manejo do Kusarigama (uma espécie de foice em cuja pega está uma longa corrente que acaba numa pequena bola de metal). Fazendo uso da sua estratégia, Musashi foi levando o combate para um pequeno bosque e quando Shishido quis usar a sua corrente, ela emaranhou-se nas árvores e Musashi puxou de uma adaga e espetou-a no peito de Shishido Baiken. Os companheiros deste atacaram Musashi, mas ele obrigou-os a fugir nas quatro direcções. Em certa ocasião, Musashi estava em Akashi, província de Harima, a cortar madeira para confeccionar um arco, quando apareceu para desafiálo um samurai de nome Muso Gonnosuke Katsuyoshi. Este era um samurai versado nas escolas de Kenjiutsu Tenshin Shoden Katori Shinto Ryu e Jikishinkage Ryu, a sua habilidade era tal que nunca antes tinha sido derrotado, até este encontro com Musashi. Gonnosuke estava armado com um Odachi (sabre comprido) e nas lapelas do seu Haori (espécie de casaco grande que se vestia por cima do quimono), estava escrito: “Heiho Tenka Ichi” (o melhor artista marcial da terra). Apareceu rodeado por seis seguidores e começou a alardear acerca de que ninguém se lhe podia comparar. Disse: “Há muitos anos, nas minhas viagens, pude apreciar as técnicas do seu pai, Munisai, mas ainda não vi as suas”. Musashi, que começava a ficar irritado, respondeu: “Se já viu as técnicas do meu pai, as minhas não são diferentes”. Alardeando na frente dos seus estudantes Gonnosuke fez ainda mais pressão dizendo: “As minhas técnicas não são para mostrá-las a qualquer pessoa”. Musashi retorquiu: “Não

faz mal, qualquer que seja o seu ataque, eu paro, essa é a minha técnica. Faça o que quiser e como quiser”. Tomando uma espada de madeira de mais de 1,20m de comprimento, Gonnosuke iniciou sem cerimónia um ataque feroz, mas Musashi encaminhou-se directamente para ele e com uma vara que empunhava como se fosse uma espada, bateu-lhe ligeiramente num ponto no meio dos dois olhos. Gonnosuke fez uma rápida retirada. Numa das suas viagens chegou até a província de Izumo, visitou o senhor da zona de nome Matsudaira e pediu-lhe licença para lutar com o seu versado em Kendo mais forte. Em Izumo, havia muitos bons estrategas. A licença foi concedida para lutar contra um homem que usava um Bo de madeira hexagonal, de quase dois metros e meio de comprimento. Visto ser um desafio “amistoso”, não seria até à morte e o mesmo teve lugar nos jardins da residência do senhor. Musashi, utilizando duas espadas de madeira, encurralou em dois passos o samurai contra um pórtico e desarmou-o batendo-lhe em ambos os braços. Perante a surpresa dos criados ali presentes, o senhor Matsudaira pediu a Musashi que lutasse com ele. Quando Matsudaira começou a assumir uma posição de guarda, Musashi bateu com força na sua espada, partindo-a em dois pedaços, antes de acabar de se preparar. O senhor reconheceu a sua derrota e Musashi permaneceu com ele durante algum tempo, como seu mestre. O duelo mais famoso de Musashi foi levado a cabo em 1612, quando se encontrava na cidade de Ogura, antiga província de Buzen, Kyushu. O seu rival foi Sasaki Kojiro, um homem jovem, de uns 40 anos de idade, que havia desenvolvido uma forte técnica de esgrima conhecida como Tsubame-gaeshi, inspirado pelo movimento da cauda de uma andorinha em voo, e criador do estilo Ganryu Ryu, o qual se havia transformado no seu pseudónimo, pois todos se referiam a ele como Ganryu. Tal era a sua fama que este duelo ficou na história como “o duelo da ilha de Ganryu”, embora, na verdade, a ilha tivesse outro nome. Sasaki servia como instrutor de Kenjiutsu para o senhor da província, Hosokawa Tadaoki. Musashi pediu a Hosokawa licença para lutar com Sasaki, através de um dos seus oficiais de nome Nagaoka Sato Okinaga, que tinha sido aluno do pai de Musashi. A licença para o duelo foi concedida e deveria ser às oito da manhã do dia seguinte, 14 de Abril de 1612. O lugar seria a pequena ilha de Funa Shima, a alguns quilómetros de Ogura (perto do que hoje se conhece como Shimonoseki). Nessa noite, Musashi deixou o seu alojamento e foi dormir na casa de um antigo conhecido chamado Kobayashi Taro Zaemon. Isto fez correr o rumor de que tinha fugido, assustado pela técnica de Sasaki. No dia seguinte, às oito horas, Musashi dormia, pois tinha bebido muito na noite antes, e teve que ser acordado por um dos oficiais que tinham mandado da ilha. Levantou-se, bebeu e lavou a cara com água que lhe trouxeram, desceu para tomar o pequeno-almoço, sem pressa nenhuma. Depois foi directamente para o barco que devia conduzi-lo até ao duelo. Enquanto Sato remava em direcção à ilha, Musashi resolveu relaxar-se confeccionando um cordão de papel que usaria como Tasuki (cordão ou tira de tecido que se usa para atar as amplas mangas do

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Artes do Japão quimono e evitar que incomodem ou prejudiquem os movimentos), depois fez uma espada de madeira com o remo de reserva. “A verdadeira Arte da Espada não pode ser entendida nos estreitos confins do simples manejo da espada”. Quando o barco chegou ao sítio do duelo, Sasaki e os oficiais que esperavam não podiam acreditar, pasmaram vendo a estranha aparência de Musashi, com o seu cabelo desalinhado atado com uma toalha, as mangas do quimono atadas com tiras de papel, saltando do barco com um comprido remo de madeira nas mãos e saltando através das ondas a caminho da praia, ao encontro do seu inimigo. Chateado pelo espectáculo, Sasaki desembainhou a sua espada comprida, uma fina folha feita por Nagamitsu de Bizen, e atirou a bainha ao chão. Vendo isto Musashi disse: “O senhor já perdeu, fez isso porque já não vai precisar mais dela” (querendo indicar que, ao atirar a bainha ao chão, dava por assente a sua própria morte), o que encolerizou ainda mais Sasaki e provocou que lançasse o primeiro ataque. Musashi saltou para cima e para trás, utilizando provavelmente uma técnica conhecida em Kendo como Nuki Waza, e esquivando-se por muito pouco, bateu-lhe com o remo na cabeça. Quando Sasaki caiu morto, a sua espada tinha cortado a toalha da cabeça de Musashi e a bainha do seu Hakama. Cumprimentou os pasmados oficiais e voltou para o seu barco. A partir de então, jamais na vida voltou a usar as espadas verdadeiras em duelo algum. Era invencível e daí em diante consagraria a sua vida à busca da perfeita compreensão pela via do Kendo. Em 1614 e 1615 teve ocasião de adquirir mais experiência na arte da guerra e do assédio. Tokugawa Ieyasu cercou a fortaleza de Osaka onde se tinham resguardado os insurrectos partidários da família Ashikaga. Musashi uniu-se às forças de Tokugawa durante as campanhas do Inverno e do Verão, lutando agora contra aqueles que, na sua juventude, tinham lutado junto dele, na batalha de Sekigahara. Segundo o que escreveu, chegou a compreender a arte da estratégia à idade de 50 anos, em 1634. Nesse ano, ele e seu filho adoptivo Iori, um órfão que, nas suas viagens, tinha encontrado na província de Dewa,

instalaram-se em Ogura. Nunca voltou a deixar a ilha de Kyushu. A Casa de Hosokawa tinha-lhe confiado a chefia de um lugar estratégico da província de Higo, o Castelo de Kumamoto, e o novo senhor de Buzen era Ogasawara. Iori encontrou emprego sob as ordens de Ogasawara Tadazane; como capitão do seu exército, lutou contra os Cristãos no levantamento de Shimabara de 1638. Musashi tinha 54 anos. Os senhores das províncias do Sul sempre tinham sido inimigos dos Tokugawa e instigadores de intrigas com as potências estrangeiras e os Cristãos japoneses. Musashi era um membro do estado-maior do exército de Ogasawara em Shimabara, onde os Cristãos foram massacrados. Depois disto, Tokugawa fechou os portos do Japão à comunicação estrangeira, e assim haveriam de permanecer durante mais de 200 anos. Musashi escreveu: “Quando tiveres compreendido o Caminho da estratégia, não há-de haver coisa alguma que não possas perceber e hás-de ver o Caminho em todas as coisas”. De facto, ele tornou-se Mestre de artes e destrezas. Das suas mãos saíram obras-mestras de pintura em tinta, provavelmente mais valiosas para os japoneses que as pinturas em tinta de qualquer outro. Os seus trabalhos incluem cormorões, garças, o deus xintoísta Hotei, dragões, pássaros com flores, o pássaro numa árvore morta, Daruma (Bodhidharma), e outros. Era um calígrafo versado, facto evidenciado na sua obra “Senki” (Espíritu de Guerra). Há uma pequena escultura em madeira da deidade budista Fudo Myoo em mãos privadas. Uma escultura de Kwannon, recentemente perdida. Fez trabalhos em metal e fundou uma escola de fabricantes de “Tsuba” em que assinava “Niten” depois do seu nome (em alusão à sua escola Ni Ten Ichi Ryu) . Diz-se que escreveu poemas e canções, mas nenhum destes chegou até aos nossos dias. Também se diz que foi comissionado pelo Shogun Tokugawa Iemitsu para pintar a saída do Sol sobre do castelo de Edo. Musashi é conhecido pelos japoneses como “Kensei”, quer dizer, “Esgrimista Divino” ou “Santo da Espada”. Go Rin No Sho (Livro dos cinco anéis, em referência à Terra, Água, Fogo, Vento e Vazio, os cinco elementos do Universo do Budismo), primeiro na lista de cada bibliografia de Kendo, é o único entre os livros de artes


Aikido marciais que trata não só da estratégia militar ou do combate individual com espada, como também de qualquer situação na qual é preciso usar a táctica. Os homens de negócios japoneses usam o “Livro dos Cinco Anéis” como um manual de gestão empresarial, desenvolvendo campanhas de vendas como se fossem operações militares. Se funciona bem ou não, dependerá simplesmente de quão bem tenham sido compreendidos os Princípios da Estratégia.

“Quando cheguei aos trinta anos olhei para o meu passado. Compreendi que todas as minhas vitórias não se deviam exclusivamente à minha mestria no combate, que talvez só se devessem à minha habilidade natural, ou talvez os desejos do céu me fossem favoráveis, ou as estratégias das outras escolas fossem inferiores à minha. Após esta conclusão, estudei dia e noite para buscar os Princípios e só aos cinquenta anos cheguei a compreender o Caminho do Guerreiro. Desde então,

“A verdadeira Arte da Espada não pode ser entendida nos estreitos confins do simples manejo da espada”


Artes do Japão tenho vivido sem seguir nenhuma escola em especial e com a virtude do guerreiro pratiquei muitas artes e habilidades diferentes: tudo o que nenhum mestre me podia ensinar”. O livro não é uma tese de estratégia, segundo as suas palavras é “um guia para homens que querem aprender a estratégia”. Escreveu sobre os diversos aspectos do Kendo de tal maneira que cada um pode estudar consoante o seu nível. Um principiante pode tirar proveito a nível de principiante, assim como um versado pode captar subtilezas a nível de versado. Quanto mais se ler, mais se vai encontrar nas suas páginas. É o seu último legado, a chave do caminho transitado por ele. Quando, com trinta anos, se tinha tornado um versado lutador, não se estabeleceu nem fundou uma escola em pleno êxito, pelo contrário, ele dedicou-se ainda mais ao estudo. Nos seus últimos dias, também desdenhou a vida de comodidades junto do senhor Hosokawa e viveu dois anos absolutamente só, numa gruta das montanhas, dedicado à contemplação. Penso eu que a vida de Musashi esteve dedicada à busca de um objectivo, a fixar uma meta e persegui-la para além de contratempos e dificuldades. A ter convicções e a defendê-las. A acumular experiência durante a aprendizagem na vida, capitalizando e potenciando o que é bom, sem esquecer os erros, para não voltar a cometê-los. Os erros não existem para um Guerreiro, sempre e quando se tenha consciência deles, pois transformam-se numa porta aberta ao conhecimento. “As histórias não são mais que sucessos contados e escritos à conveniência dos autores, cheias de mentiras e verdades. Assim se escreve a história que nos ensinam”.

Kenjutsu ou Kumi-Tachi? Quando escutamos certos professores ou mestres de Aikido, ou inclusivamente lemos muitas das obras escritas acerca do manejo do Tachi ou Bokken por versados em Aikido, vemos que em muitas ocasiões se

lhes atribui um manejo ou uso que pouco ou nada tem a ver com o Aikido e o Kumi-Tachi que desenvolvemos nesta bela disciplina. Na maioria dos escritos que tratam esta matéria, refere-se habitualmente que são técnicas extraídas de diversas Ryu de Kenjutsu, dando assim a entender que em Aikido existe um grande vazio na dita matéria. O que nunca se aprendeu, jamais se poderá explicar, ensinar ou transmitir. O Aikido tem identidade própria nesta matéria e nada precisa de ir buscar a outras Ryu ou escolas para preencher esse vazio criado pela carência técnica na dita matéria. O manejo do Tachi ou Bokken em Aikido é tão simples como fazer Aikido com o Bokken. Quando trabalhamos com o sabre, entendemos o mesmo como uma simples extensão dos nossos braços, variando exclusivamente o nosso Ma-Ai, posto que o resto dos conceitos permanece inalterável. Quer dizer, realizamos com o sabre todas aquelas técnicas de Aikido que treinamos nas nossas aulas quotidianas, tanto em Tachi Waza, como em Suwari Waza, etc. O arsenal técnico em Kumi-Tachi que os aikidokas possuem é impressionante, só em Irimi-nage temos 20 variantes básicas diferentes em Sakate e 22 variantes básicas em Junte. Aquelas técnicas do nosso arsenal que empregamos nos nossos treinos de Aiki-ken, Tachi Dori, etc., serão trabalhadas em Kumi Tachi. O sentido que damos ao sabre é o mesmo que damos às nossas mãos no treino a mãos nuas. O objectivo primordial é cortar, tornando assim uma defesa num ataque e da mesma maneira um ataque numa defesa; ambos se fundem num único conceito. Isto denomina-se Tai No Sen. Tai No Sen é quando ataque e defesa se produzem ao mesmo tempo. Desta maneira, para Uke é absolutamente impossível a sua esquiva, quando a defesa e ataque se fazem um só, coisa muito comum em Aikido. Ai, união, unificação e assim, a violência gerada pelo sabre de Uke volta à fonte da origem, como feroz onda que bate na costa e por inércia regressa à

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Aikido

“O arsenal técnico em KumiTachi que os aikidokas possuem é impressionante, só em Irimi-nage temos 20 variantes básicas diferentes em Sakate e 22 variantes básicas em Junte”


Artes do Japão sua origem. Yin e Yan, positivo e negativo, violência e clemência. Devemos ter em conta o Kiri (Corte) que, por sua vez, se transforma em Uchi Waza (Arte de bater com o sabre ou qualquer outra arma). Quando trabalhamos com as mãos nuas, a técnica é sempre precedida por um corte, o qual executamos com o canto da nossa mão, como se de um sabre se tratasse. Este corte vai dirigido às articulações, pulsos ou antebraços. Este será o objectivo do nosso Kiri. Uchidachi ataca e Ukedachi defende cortando os seus antebraços, ao mesmo tempo que recebe o seu ataque. Uchidachi é quem ataca e Ukedachi é quem defende. Desta maneira, Uchidachi tem a decisão própria de ceder ou de se sacrificar ritualmente na morte, posto que o Kiri precede à técnica final que bem poderia ser qualquer técnica do herdado arsenal de O-Sensei, mas, isso sim, executada letalmente com o nosso sabre, e à diferença das Ryu de Kenjutsu, encurtaremos o nosso Ma-Ai. Recordemo-nos de que Ai quer dizer união. Portanto, a nossa defesa transforma-se em ataque, essa feroz energia agressora volta à sua fonte criadora, desarmando assim o Uchidachi e conduzindo-o ao cao final. Assim como em Tachi-Waza trabalhamos contra dois Uke, em Kumi-Tachi trabalhamos com duas armas nas nossas mãos, quer dizer, Ni To: “técnica de combate com duas espadas”, Bokken na nossa mão direita e Kodachi ou sabre curto na nossa mão esquerda. Aprenderemos a desembainhar ambos os sabres ao mesmo tempo, tanto em Junte como em Sakate. Também desenvolveremos todas as técnicas de Aikido com ambas as armas ao mesmo tempo, trabalho nada fácil mas sumamente grato e vistoso, com o qual desenvolvemos um magnífico equilíbrio no nosso corpo. Mas o Kodachi ou sabre curto tem o seu próprio uso como arma única, manejo similar ao do Tambo, com uma só mão e com uma única diferença, o Kodachi conserva esse sentido de Kiri ou corte, enquanto o Tambo modifica esse sentido pelo de bater nessas articulações para o desarme. Mas assim como no Tachi, as técnicas são inalteravelmente as mesmas que nos legou o nosso Fundador. Mediante o trabalho em Kumi-Tachi, o estudante assimila com uma maior compreensão e eficácia os

diversos conceitos de Kokyu, Ma-Ai, De-Ai, Tai-Sabaki e Te-Sabaki. Em conclusão, Kimusubi é a meta de qualquer Aikidoka, a meta de qualquer Budoka. “Se pensamos que ainda devemos aprender, aumenta a nossa graça; se pensamos que somos sábios, tornamo-nos néscios”. Logau

Técnica de desembainhar (Nukisuke) Seja qual for a técnica que empreguemos quando realizamos Nukisuke com a nossa Katana ou com ambas as armas ao mesmo tempo, ao realizarmos a técnica Nito teremos que ter em consideração a seguinte norma, sendo que, se esta não for cumprida, a técnica será apenas uma simples acção teatral. Na hora de desembainhar nunca devemos superar com as no s s as mão s a altura que co mpreende a parte superior do nosso Hara, caso contrário ficaríamos to talment e des co berto s e a mercê do no s s o adv ers ário , s em es quecer que co m um maio r percurso, haverá maior tempo de reacção e execução na técnica. A técnica de Nukisuke realiza-se mediante a abertura da nossa anca e peito e não por alongamento dos nossos braços. A prática de desembainhar um Jo desde o nosso cinto ou Obi, será um exercício idóneo para conseguir uma boa técnica com suma velocidade em Nukisuke. O sabre deve ser entendido como uma pena com a qual devemos desenhar no espaço delicados traços contínuos, sem pausas, fazendo a técnica num só movimento, como se de uma assinatura ou rubrica se tratasse; um princípio e um final, tornando defesa e ataque um mesmo conceito (Taino-Sen). Se a nossa técnica inicial se baseia na defesa, seremos vítimas da nossa ineficácia; se a nossa defesa é um ataque, possuiremos a vitória. “Tudo o que começa tem um fim. Assim reza o implacável mandato da lei natural. Esta sim, é uma verdade inconveniente, mas irrefutável premissa!” Alfredo Tucci

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Aikido “Se pensamos que ainda devemos aprender, aumenta a nossa graça; se pensamos que somos sábios, tornamo-nos néscios”

“O sabre deve ser entendido como uma pena com a qual devemos desenhar no espaço delicados traços contínuos, sem pausas, fazendo a técnica num só movimento”







Karaté qÉñíçW=p~äî~Ççê=eÉêê•áò cçíçëW=läÖ~=jì¥çò

O Mestre Tak Kubota, 10º Dan desde 1994, é sem dúvida uma lenda viva das Artes Marciais devido ao seu carisma e à sua provada dureza, e que também tem sabido combinar a tradição do Karaté ao mais puro estilo Samurai, com a participação em filmes de Hollywood. O nosso colaborador Salvador Herráiz tem-no visitado no seu Dojo na Califórnia, em várias ocasiões, e traz-nos hoje uma interessante reportagem acerca dele.

Lenda viva do Gosoku Ryu Takayuki Kubota nasceu a 20 de Setembro de 1934 em Kumamoto, a mesma cidade japonesa onde o famoso mestre de espada Miyamoto Musashi passou os seus últimos anos. O jovem Tak iniciou-se com 4 anos na prática do Karaté e do Jujitsu, nos começos com o pai e depois com dois okinawenses versados em To-de, de nome Terada e Tokunaga, que durante a II Guerra Mundial

tinham chegado à sua casa, em Kyusho: "Tive muitos mestres, alguns deles famosos. Por não poder falar em todos, prefiro, por respeito, não falar de nenhum." Eram tempos em que os treinos eram muito duros e não havia muito respeito pela integridade física. Não se praticava para campeonatos, praticava-se simplesmente para sobreviver. Da cabeça aos dedos dos pés, cada parte do corpo do Mestre Kubota transformou-se numa dura arma letal, enquanto o makiwara era uma parte fundamental da


Grandes Maestros sua vida: "Todo o meu treino de juventude estava encaminhado a como matar. Ensinaram-nos que quando lutávamos com os nossos inimigos estes deviam acabar mortos". Kubota chegou a estar durante algum tempo no dojo de Kangen Toyama, estudante directo de Anko Itosu e de Kanryo Higaonna. Com 13 anos de idade Kubota vai para Tóquio em busca de fortuna, mas a fome e o sofrimento foram ao começo os únicos resultados, tinha que dormir em templos e estações ferro v iárias e s o brev iv er nas violentas ruas dos subúrbios. Ali começou a desenvolver o seu estilo, o Gosoku Ryu: "Gostava do Goju Ryu devido à sua força e poder. A ele fui bus car a palav ra GO. O Shotokan é rápido e forte. A ele fui buscar SO. O meu estilo quer ser fo rt e mas ao mes mo tempo relaxado, desenvolvendo um poder

que se forma em triângulo. Escolhi o nome no Japão, em 1950." Os conhecimentos de Kubota sobre Taihojutsu (técnicas de aprisionamento policial) deram-lha a oportunidade de ensinar as técnicas de bengala que tinha aprendido do seu pai, a um polícia de Tóquio, em troca de comida e alojamento. Pouco depois começaria a ensinar artes marciais. De 1949 a 1959, Kubota treina a Polícia de Kamata, e de 1958 a 1964 faz o mesmo com a Polícia Militar dos Estados Unidos, em diferentes bases do Japão. A 2 de Agosto de 1964, Tak Kubota é convidado por Ed Parker para realizar uma demonstração durante o seu 1º Torneio Internacional, em Long Beach. Outro a fazer uma demonstração nesse mesmo dia, seria o próprio Bruce Lee. Apenas uns meses depois, Kubota volta a Los Angeles, desta vez para ficar e

ensinar artes marciais em diferentes agências do governo, incluindo o FBI, o Departamento de Polícia, o do Sheriff, a DEA, entre outros. Os mais tarde famosos Tonny Tulleners (campeão até então em torneios de Ed Parker), Harvie Eubank (Sargento da Polícia de Los Angeles) e Ben Otake (também polícia), puseram-se naquela época às ordens de Kubota em Los Angeles: "Já nos Estados Unidos, tive o patrocínio do Departamento de Polícia de Los Angeles (LAPD), onde ensinei as técnicas de bengala e defesa pessoal, além de técnicas de mim próprio. Faz já mais de 20 anos, fui o criador da tonfa policial para o Departamento de Polícia, desenhada para as necessidades policiais. Depois, muitos departamentos adoptaram-no. Também criei o chamado Kubotan, uma espécie de chaveiro de reduzido tamanho, muito útil para reforçar o


KaratĂŠ



Karaté

controlo de pessoas através da pressão em determinados pontos. Também serve como complemento no momento de algemar alguém", diz-me o Mestre enquanto me mostra um que leva na algibeira. Kubota, que em 1953 tinha fundado a Associação Internacional de Karaté (IKA), tem altos graus em várias artes marciais, destacando-se o seu 10º Dan em Karaté, 5º Dan em Aikido, 3º Dan em Judô e 1º em Kendo. Tak Kubota mora em Los Angeles, Califórnia, teve o seu primeiro dojo em pleno Hollywood e mudou-se mais tarde para Glendale. Quando Kubota ensinava no seu dojo de Hollywood Bvd., duas amigas começaram a frequentar as aulas de Karaté. Uma delas, com o tempo abandonaria, mas a outra, Thea, acabaria por ser a mulher do Mestre Kubota (disto já passaram mais de 35 anos) e a mãe do seu filho Tyler e das suas duas belas filhas. O Mestre Kubota participou em mais de 300 fitas, programas de televisão e anúncios publicitários. "Friamente…, sem motivos pessoais" ("The mechanic"), protagonizada em 1972 por Charles Bronson e Jan Michael Vincent, e "O Rei e Eu", junto a Yul Brinner, foram importantes filmes nos quais Tak Kubota participou como actor. Em 1975 interpretou o papel de Negato Toki em "Os aristocratas do crime" ("The Killer Elite") junto ao seu aluno James Caan, e três anos mais tarde fez "Bad News Bears go to Japan". Em "Pisa a fundo" ("Gun Ho") Kubota interpreta em 1986 um executivo fracassado. O filme tinha sido realizado por Ron Howard e protagonizado por Michael Keaton. Em 1987 Tak Kubota participa em "Justiça de aço" ("Steel justice"), realizada por Robert Boris e protagonizada por Martin Kove, Sela Ward, Joseph Campanella e Jan Gan Boyd. Participa também em "Black Rain" (com Andy Garcia, Michael Douglas, Toshishiro Obata, entre outros) e anos mais tarde, em

1993 interpreta o papel de Yakuza Nakamoto, junto a Fumio Demura e Tadashi Yamashita, em "Sol Nascente", filme protagonizado por Sean Connery e Wesley Snipes. Em 1995, "The Hunted" é uma interessante fita protagonizada por Cristopher Lambert e escrita e realizada por J.F. Lawton. Suspense e acção, tudo envolvido no atraente ambiente espiritual da cultura japonesa e das espadas, é a característica deste filme onde mais uma vez, o manejo da espada japonesa é vital. Junto a Lambert, John Lone, Joan Chen (companheira de Steven Seagal em "Em terra perigosa"), Yoshio Harada, Yoko Shimada, Mari Natsuki e Toshishiro Obata. No filme o Mestre Tak Kubota interpreta o importante papel de Oshima. Kubota participou depois, em 1996, em "The Bottle Rocket". Também aparece em "Power Rangers" e "Verdadeiras Mentiras" protagonizada por Arnold Schwazenegger e o aluno de sempre de Kubota, James Caan. Também o podemos ver como um simpático turista japonês assaltado, num dos episódios da série de televisão "Pacific Blue", protagonizada por uns polícias que andam de bicicleta e ambientada na praia de Venice, em Santa Mónica. Em 2001, na famosa película "Pearl Harbor", Kubota interpreta o Almirante Naguma. Actualmente, o mestre Kubota não tem muitas intenções de continuar com o cinema: "Na semana passada tive uma entrevista para uma fita, mas penso que não a farei. O que de verdade me interessa é o Karaté, não o cinema. Amo o Karaté. Há mais de 100.000 pessoas afiliadas ao Sindicato de Actores e só um 10% trabalha como tal. É do Karaté que realmente gosto, apesar de ter tido a sorte de também poder viver do cinema. No cinema há muitas coisas pouco positivas das que não gosto. Aquilo a que eu dou mais valor é o Karaté."



Karaté

Kubota e as suas famosas alunas Uma das actrizes importantes que é uma das alunas do Mestre Kubota é a loira Tammy Lauren, a qual pudemos ver, por exemplo, em alguns dos episódios de "Lei Marcial" e em dois episódios de "Walker, Ranger do Texas ". Anteriormente tinha trabalhado em "The music man" e depois em "Who has been watching the kids?" Para a TV trabalhou em "Mork and Mindy", "Out of the blue", "Wishmaster"… Tammy tem em Kubota muito mais que um mestre, segundo manifesta a actriz: "Quero dar os parabéns ao Mestre Kubota pelos seus 60 anos de distinto e insigne serviço ao Karaté, às Artes Marciais e à indústria do cinema. Tenho muita sorte por poder chamarlhe professor, sinto-me honrada por chamar-lhe colega no cinema e feliz por ser meu amigo." Também a protagonista de "O novo Karaté Kid", que ganhou um Oscar, Hillary Swank aprendeu Karaté com o Mestre Kubota. Mas outra actriz, praticante muito a sério de Karaté com Kubota, é a morena Nancy McKeon, a qual hoje se encontra no treino da manhã e que nos acompanha mais tarde no pequeno almoço e que se mostra interessada pelos meus anos no Karaté e pelos meus artigos e livros. É bonita e simpática, além de uma boa karateka que compreendeu perfeitamente os ensinamentos do seu Mestre Kubota. Nancy McKeon, conta 34 anos de idade e participou em mais de 40 fitas e episódios de televisão. Apesar de em Nova Iorque, a sua cidade natal, ter aparecido em numerosos anúncios publicitários, quando veio para Los Angeles teve que começar de novo:

"Passei um tempo muito desanimada. Era como começar de novo. Aqui não me conheciam." Depois, a sua boa sorte voltou e as suas primeiras aparições no ecrã foram em 1977, em "Férias no Mar", "Starsky e Hutch", "Alice" (na qual, por certo, também trabalhou o seu irmão Philip), e muitas outras, destacando-se depois na série "Facts of Life", série que se manteve durante mais de oito anos e com a qual gozou de grande popularidade. Os seus trabalhos têm sido contínuos, mas por falar nos seus trabalhos mais recentes, diremos que Nancy participou em "Style and Substanve" e em 2001 em "The Division", onde interpretava a Inspectora da polícia Jinny Exstead. Para Nancy, o Mestre Kubota é alguém muito importante, conforme ela própria reconhece: "Lembro-me perfeitamente do dia em que comecei o meu treino com o Mestre Kubota, porque foi uma importante mudança na minha vida. Não só tive a honra de aprender com um dos grandes mestres de Karaté como também tive o extraordinário presente da sua amizade. É um privilégio formar parte da sua família de Karaté." O dojo do Mestre Kubota tem um bom tamanho e está bem cuidado. Duas paredes com amplas janelas proporcionam-lhe luz abundante. O chão é em madeira e os grandes espelhos tornam-no mais amplo e luminoso. Junto a uma diminuta recepção (na qual apenas cabe uma mesinha e duas cadeiras) há uma pequena zona de espera para familiares e amigos. Uma parede alberga uma grande quantidade de troféus, lembranças de diversos departamentos policiais e fotos do Mestre Kubota com actores e actrizes com quem trabalhou ou aos quais

ensinou: Arnold Schwarzenegger, James Caan, Tammy Lauren, Christopher Lambert, Wesley Snipes, Nancy McKeon, Hilary Swank, Sean Connery, Pamela Anderson…, são alguns deles. Gostaríamos de saber como entendem a filosofia do Karaté os famosos e as estrelas de Hollywood, pelo que o Mestre Kubota nos fala disso: "Ensinei Karaté a muitos famosos. Alguns deles em aulas particulares, mas eu não gosto disso. Prefiro que mesmo que sejam estrelas tenham aula com o resto de estudantes e como mais um deles. Assim aprendem em equipa também outros valores. Costumo ajudar os actores nas cenas de luta dos filmes de acção. Tenho muita experiência no cinema e sei como preparar os ângulos, etc… A câmara funciona de maneira diferente do olho humano e os efeitos são diferentes." Quando dois anos atrás estive aqui, no seu dojo, lembro-me de que partia para o Japão com alguns alunos. Repetiu a experiência? "Não. Este ano não foi possível por falta de tempo. Efectivamente, isso foi há dois anos e talvez no ano que vem… Muita gente quer que eu vá dar cursos em muitos lugares, mas não quero, porque eu quero estar no dojo. Viajar muito não me deixa dar atenção ao dojo. Tenho instrutores muito qualificados, mas prefiro estar aqui para manter o misticismo e a filo s o fia. Quero manter es s a integridade." Um desse qualificados ins trut o res , que t ambém no s acompanha hoje, é Val Mijailovic, 6º Dan de Karaté, que apesar de ser nascido na ex-Jugoslávia cresceu nos Estados Unidos. Também está hoje no dojo Antonio Antonetti, um argentino afincado na Califórnia, que


Grandes Maestros colabora decisivamente connosco. Hoje não, mas em outras ocasiões temos tido ocasião de estar e conversar no dojo de Kubota com a lendária Carmen Kim, uma mulher já de idade avançada e cabelo branco (que por certo fala Espanhol bastante bem) e que vem ajudando K ubo t a no s eu do jo quas e des de o princípio . Curiosamente Carmen foi vítima de uma tentativa de roubo algum tempo atrás, e mandou os dois enormes assaltantes para o hospital, um deles para os cuidados intensivos. "Neste dojo temos muita gente a treinar, mas a maioria só pode assistir um dia por semana. Na minha organização temos gente de 52 países, de todo o

mundo. Um 30 % dos alunos são crianças", explica-nos o Mestre Kubota. Muitos sabemos do extremo endurecimento corporal que o Mestre Kubota desenvolveu no seu físico. Tenho visto demonstrações onde ele coloca a mão sobre uma mesa e bate repetidamente nela com um martelo. O que nos pode dizer-nos acerca disto? "Quando era jovem, o endurecimento era muito importante para mim, visto darme muito poder. Mas é melhor começar pouco a pouco. Do contrário, se fizeres o que eu fiz poderias ficar sem mãos. É importante o makiwara para desenvolver um pulso firme e endurecer os ossos. Eu tenho todo o corpo


Karaté

acondicionado. Sou como uma pedra." Agora Kubota pede-me para lhe tocar na sua mão direita, um autêntico martelo… "Dos pés à cabeça, todas as partes do meu corpo são autênticas armas". Brinco com Kubota perguntando-lhe se é capaz de tocar o piano, e ele, continuando com a brincadeira, imita estar a fazê-lo enquanto canta umas notas musicais. Todos rimos e depois pergunto-lhe se já partiu o piano… O Mestre Kubota mantém sempre a sua boa disposição. Durante parte da conversa que tivemos à hora do almoço num restaurante perto do dojo, não deixa de brincar com a jovem que atende a nossa mesa. Ambos se conhecem já muito bem. Apesar do Mestre Kubota ser o criador absoluto de algumas kata, como é o caso por exemplo de Tsuye no Kata (na qual se utiliza um garrote) ou o mais recente Ju Hachi no Tachi Kata, a maioria das suas kata são provenientes do Shotokan, com modificações: "As kata básicas vêm do Shotokan e depois temos outras quinze de Goso, com modificações. Quero uma certa fidelidade para não nos desviar, deformar nem desvirtuar o estilo. Seria um desastre. As kata de Shotokan são muito quadriculadas, muito geométricas e no Gosoku fizemo-las mais circulares e semicirculares. Se és atacado por um homem grande e forte não podes defender-te com formas directas. É preciso amoldar-se e procurar caminhos circulares em ângulos diferentes. Por isso o meu estilo é também tão flexível. É preciso fazer todas as kata com força e concentração e é importante conhecer a aplicação e saber de verdade quais as coisas que se podem aplicar à realidade." Tak Kubota, sem deixar de caracterizar-se pela potência do seu combate, tem vindo a experimentar uma transformação lógica na sua forma de praticar o Karaté e, o que talvez fosse impensável uns anos atrás, a Kata



Karaté

chegou a ser tremendamente importante para ele: "Quando estás na guerra ensinam-te a matar, a exterminar. Quando eu era jovem, em Tóquio, treinava socos, socos e socos… para matar! Não fazia muitas kata. Com a idade mudei e faço muitas kata para poder continuar em activo. É importante. A kata é movimento e concentração. Com a idade não podes andar por aí aos saltos. Tens que fazer kata, o que te permite continuar a praticar. Fazer técnicas é muito bom, mas a kata é tão bela! Se não puderes fazer uma coisa que fisicamente te custe muito, podes simular essa técnica ou fazê-la de maneira suave. Mas o importante é fazê-la. É um bom exercício. Quando és jovem podes fazer combate, combate, combate. Mas a maioria das

pessoas que em jovens só fazem combate, depois têm que deixar o Karaté por causa de lesões… Kata, técnicas e combate é a combinação perfeita, o equilíbrio perfeito." O Mestre Kubota organiza os seus torneios desde há muitíssimos anos, gozando estes de grande notoriedade em muitos países do mundo. Recordemos que já em 1970, os seus alunos Tony Tulleners e John Ghelson foram seleccionados para o I Campeonato Mundial WUKO. O primeiro deles ficaria medalha de bronze individual. O segundo, também vice-presidente da organização da IKA de Kubota, voltaria a competir também no seguinte mundial WUKO. Ghelson viria a morrer prematuramente em 1977, com apenas 36 anos.



Karaté

A visão do combate de competição para Tak Kubota mantém as características que já conhecemos quanto ao resto de facetas do Karaté: "Muitos competidores não têm potência. São débeis. Prefiro que os competidores sejam potentes. Prefiro que exista mais seriedade nos pontos concedidos (Wazari ou Ippon). Prefiro que sejam bem executados e não que sejam concedidos por nada. Antes era a um ponto e agora é a oito, portanto, são precisas muitas técnicas, mas devem ser concentradas e

fortes. Na minha organização (International Karaté Asociation, IKA) desde 1964 não modificamos as regras de competição, apenas a realização dos combates a três Ippons (Sanbon). Aos meus torneios vem gente de diferentes escolas e estilos, alguns competidores vão também a torneios da World Karate Federation. Mas a minha gente quer que as regras se mantenham fiéis, sem desvios." Muito obrigado Mestre Kubota.

ALGUMAS OPINIÕES ILUSTRES SOBRE O MESTRE KUBOTA "Elogio o trabalho do Mestre Kubota durante mais de 60 anos, de conservar e promover a cultura asiática e a s a rte s m a rcia is. C om o e le , e u com pre e ndo a importância dos desportos na sociedade. Os princípios do bom de sportivism o, jogo lim po e com pe tiçã o construtiva são importantes nos caminhos da vida, e aprecio os esforços que Kubota está a realizar para promover a amizade, a união e a disciplina através do estudo das artes marciais." Al Gore Ex Vice-presidente dos Estados Unidos "Desde o nosso primeiro encontro, já lá vão mais de 30 a nos, o M e stre Kubota te m - m e fe ito m uitos presentes e é difícil para mim decidir qual é o de maior valor. Talvez a paciência e tolerância que tem tido comigo, mas sem dúvida, o maior presente tem sido a sua amizade. Estou mais que agradecido por ter podido continuar a treinar Karaté sob a sua orientação. Sintome mais que honrado por ele me considerar seu pupilo e ser o seu soke-dai." James Caan, actor Los Angeles, Califórnia "O constante treino do Mestre Kubota à polícia e a gências é lendár io. Ta mbém adm ir áveis sã o as décadas que tem dedicado a inculcar nas crianças e adultos a disciplina e o respeito que implica o seu estilo de ensino. Foi um gr ande pra z er conhe cê- lo pessoalmente e tê-lo no "set" da minha fita "Eraser". James Caan, meu companheiro neste filme, costuma

falar-me dos 30 anos que leva a treinar com o Mestre Kubota." Arnold Schwarzenegger, actor Los Angeles, Califórnia "O Mestre Kubota tem sido durante muitos anos amigo, sócio e instrutor do nosso Departamento de Polícia. Como muitos de nossos oficiais da polícia podem testemunhar, a intensidade, dedicação e a e xce lê ncia do se u tre ino e filosofia e stã o a se r demonstradas através dos seus estudantes." Russell K. Silverling, Chefe da Polícia Glendale, Califórnia "O Mestre Kubota teve uma grande importância no ensino das técnicas de bengala, mas também no ensino da própria atitude quando se entra em contacto físico. Os nossos oficiais continuam agradecendo-lhe isso." Ted Cooke, Chefe da Polícia Culver City, Califórnia "Eu garanto que o ensino do Mestre Kubota tem salvo centenas de vidas através dos seus treinos e técnicas de auto-defesa, especialmente vidas dos nossos protectores da nação, os oficiais da Políca. O seu espírito pioneiro em criar tácticas e tecnologias defensivas policiais, jogou um grande papel na segurança dos polícias. Aprendi muito com ele, mas o maior presente que dele recebi foi a sua misade." Sargento Michael Gardner Divisão da Polícia de Cincinnati, Ohio.



O Pukulan Pencak Silat Serak é à vez, um sistema baseado em armas e mãos nuas. Incorpora numerosas armas de última geração, espadas, facas, kerambits circulares, barras, paus de diferente longitude e outras armas muito especiais. Também nos métodos de treino com mãos nuas, nos enfrentamos ao adversário que ataca com armas em ambas as mãos e a vários oponentes ao mesmo tempo. Este treinos fazem-nos mais conscientes de tudo quanto sucede numa discussão ou numa briga e o que se deve de fazer e não fazer quando nos enfrentamos a ataques com armas, contra um ou vários adversários. Neste segundo DVD, Maha Guru Horácio Rodrigues, herdeiro da linhagem de Pendekar Pak, Víctor De Thouars do Pukulan Pencak Silat Serak, aborda a maneira particular em que se treina e se utiliza o armamento, assentando as bases para futuros estudos mais avançados e a aplicação da técnica. Este vídeo inclui os princípios do trabalho, ângulos de aplicação, Sambuts, Jurus e exercícios com a espada curta “Pedang”, faca curta “Pissau”, pau curto “Tonkat Matjan”, Sarong, e aplicações de defesa pessoal com mãos nuas.

REF.: • DVD/SERAK-2

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A ira e o amor não têm limite

“O problema no mundo de hoje é que a gente é usada e os objectos são amados. Temos que aprender a amar a gente e a usar os objectos, não tratar a as pessoas como objectos e os objectos como pessoas.” Justo Diéguez


Keysi


Cinturão Negro: E onde começa tudo? Justo Diéguez: Como tudo na vida, começa com um pequeno passo, desde o momento mais romântico e belo de conhecer essa pessoa, desejar que nos preste um pouco de atenção, um olhar, poder cumprimentá-la e que nos sorria, combinarmos sair juntos, escutar as suas palavras, desejar fazermos parte da sua respiração, acariciar suas mãos... Como uma coisa tão bela, pode parecer só uma artimanha para chegar a possuir essa pessoa e fecha-la na masmorra da nossa insegurança! Este é o desprezo e a falta de respeito maior que o ser humano pode infringir na dignidade de outro ser humano e para isso, como antes disse, basta só um passo. C.N.: E como se pode evitar? J.D.: Não se pode evitar. Somos uma espécie que necessita magoar para nos sentirmos realizados. Sim! Somos educados de uma maneira superficial. Como diabos vamos ser conscientes de que dentro de nós há um ser humano! Somos educados para adorar os

objectos, não a respeitar-nos como pessoas. Adoramos o “isto é meu e me pertence só a mim”. Mas, o que acontece com o Homem? Quando consegue que a outra pessoa, essa pela qual suspirou e sonhou, caia nas suas redes, deixa de se interessar pelas suas conversas, o incomoda que lhe pegue nas mãos... Lembram-se de quando este homem teria dado tudo por uma carícia tua? E quando suspirava por respirar teu alento? Não se sente bem porque estás a dar-lhe calor? Onde ficou todo esse intenso e imenso romantismo? Pois saibam que a maior parte das vezes, está na garagem em forma de automóvel! C.N.: O instinto de uma mulher sabe isto? J.D.: Não reconheces quem tens na tua frente? Basta perguntares a ti mesmo, quem és e o que te impede ser feliz..., quem te faz duvidar de tudo quanto fazes ou dizes. Quem fez com que não te reconheças como mulher na vida, tirando-te todos os teus valores... Quem está sempre fazendo chantagem com as tuas emoções, com o que planejas fazer, tuas viagens, teus projectos, amizades e a tua família... Sim, tu o conheces muito bem. Se durante um segundo fechares os olhos, ali estará!...


Keysi C.N.: A auto-estima é um amigo ou um inimigo? J.D.: O maltrato psicológico e o medo ao maltrato físico, originam a perda desses valores e permite a passagem de outro inimigo, não menos perigoso e brutal, Sabes de quem estou a falar? Estou a falar da “Baixa Auto-estima”, neste caso uma grande inimiga, que constantemente te vai falar da tua pouca valia, te vai dizer onde nunca chegarás, o que nunca serás e o que não poderás conseguir, ou ter... O que tu pensares ser, é o que és! Sim, é mesmo assim! É o “modus operandi” de um mal-tratador, Manipula a vida dessa pessoa, para a fazer cair na mais baixa auto-estima, fá-la viver no inferno, fazendo-a acreditar que a sua vida não vale nada, que é desajeitada, que não é atraente, que ninguém vai gostar dela... O resto do trabalho será feito pela “Auto-estima”. Mas aqui vamos dar uma reviravolta na Auto-estima, que também se chama assim porque é a nossa melhor aliada. Quando eu era criança, meu pai me dizia: “Podes ser nesta vida o que tu queiras ser, só tens de manter a auto-estima bem alta. Eu quis ser quem sou. Quem queres ser tu?

C.N.: Se pode evitar a baixa auto-estima? J.D.: Para isso, o primeiro passo é reconhecer que está acontecendo e que estás permitindo que aconteça. O segundo passo é reconhecer que tu és responsável da tua vida, que o não é a tua mulher, nem a tua família, nem os teus amigos..., nem sequer as circunstâncias! A única pessoa responsável de quase tudo o que te acontecer e acima de tudo, de como tu sentes o que te acontece a cada momento, és TU. Isto é uma grande notícia, porque por vezes, não somos capazes de modificar as circunstâncias externas mas SIM podemos mudar a nossa maneira de reagir a elas. Assim pois, põe-te já a caminho, hoje mesmo, para começares a mudar a tua Vida. C.N.: Deve de fazer defesa pessoal uma mulher que foi mal tratada? J.D.: Uma mulher que foi mal tratada, não necessita aprender nenhuma técnica de defesa pessoal, porque não estamos falando de nada


físico, mesmo que a consequência final e aparente seja física. Aqui estamos falando de chantagem emocional, essa chantagem que faz a uma mulher perder a sua dignidade e o mais importante no ser humano, os seus valores. No Keysi procuramos uma coisa que está oculta, escondida no mais profundo do coração e temos de resgatar das garras de um mal tratador e isto são os valores, uns valores que talvez esta mulher, e como ela milhões de mulheres, têm ido perdendo ao longo da sua vida... E são esses valores com o que nos identificamos. Por isso, no Keysi o importante é recuperar o EU, voltar a ter sonhos, saber quem somos, onde estamos e para onde vamos. Para isto temos de deixar de “tentar”! No Keysi trocamos essa palavra por “temos de o fazer”. Nos comprometemos com nós próprios, para sentirmos que o temos de fazer. Planejamos e pomos em marcha. Seja o que for o que desejarmos, podemos faze-lo. O


Keysi caminho mais longo começa com um pequeno passo. Nos têm feito acreditar que somos incapazes... Confiemos em nós próprios porque é possível faze-lo. Pensemos como nos vamos sentir quando conseguirmos o que desejamos na nossa vida. Se nos visualizarmos, se o sentirmos, será, ou melhor, é inevitável.



Keysi


Como hemos documentado en los últimos 6 años, el Kyusho se traduce como “Punto Vital" y es el estudio de la condición humana y de su fragilidad. Aunque es similar en apariencia a la antigua Acupuntura y a los métodos de masaje sobre puntos de presión, el método Kyusho también puede tratar los problemas inmediatos y hacer desaparecer las dolencias comunes del cuerpo. En segundos podemos empezar a aliviar las molestias asociadas al dolor de cabeza, de espalda, los tirones musculares e internos, el hipo, el asma, las náuseas, la congestión nasal y otras muchas enfermedades comunes, tanto por causas naturales como provocadas. Estos efectos se consiguen rápidamente y de manera eficaz, sin necesidad de recurrir a pastillas o medicamentos que puedan tardar 20 minutos o más en hacer efecto y que pueden provocar graves efectos secundarios en otros órganos o funciones corporales. Las ramificaciones son muy amplias y creemos que merece la pena seguir investigando y logrando beneficios para la sociedad. Este tipo de enfoque holístico ha resultado eficaz durante muchos miles de años en diferentes culturas de todo el mundo y ahora hemos querido hacerlo posible para ti. Una vez que aprendas estos métodos simples de Kyusho Primeros Auxilios, tu también podrás ayudar a tu familia y amigos con muchas de estas dolencias comunes que todos sufrimos. Esto te servirá para tener un breve resumen histórico de cómo se desarrollaron estos métodos y otras posibilidades de salud que se necesitan en el día a día. Sin embargo y como cabría esperar, aquí no está el programa completo, pues los conceptos más profundos y complejos sólo pueden alcanzarse con las manos, aplicándolos y practicando bajo la atenta mirada de un instructor. La práctica regular de estos métodos no sólo aumentará tus habilidades para aplicar las fórmulas aprendidas, sino que te enseñará la aplicación intuitiva de muchas otras técnicas de salud. No deberían considerarse fórmulas aisladas, sino caminos para corregir ciertos problemas en el cuerpo humano, basados en los conceptos presentados. En los siguientes capítulos de Kyusho Primeros Auxilios veremos primero el origen inmediato o la necesidad de curar muchos problemas diarios. ¡Qué disfrutes del viaje!

Come abbiamo documentato negli ultimi 6 anni, il Kyusho si traduce come “Punto Vitale” ed è lo studio della condizione umana e della sua fragilità. Benché sia simile in apparenza all'antica Agopuntura e ai metodi di massaggio sui punti di pressione, il metodo Kyusho può t rat tare anche i problemi immediat i e far spar i re le problematiche comuni del corpo. In pochi secondi possiamo alleviare i disturbi associati al mal di testa, di schiena, gli stiramenti muscolari e interni, il singhiozzo, l'asma, la nausea, la congestione nasale e molte altre malattie comuni, sia per cause naturali che provocate. Questi effetti si ottengono rapidamente e in maniera efficace, senza la necessità di ricorrere a pastiglie o medicine che possono richiedere 20 minuti o più prima di fare effetto e che possono provocare gravi effetti indesiderati in altri organi o funzioni corporali. Le ramificazioni sono molto ampie e crediamo che valga la pena continuare a investigare ottenendo benefici diretti per la società. Questo tipo di impostazione olistica è risultata efficace per molte migliaia di anni in differenti culture di tutto il mondo ed ora abbiamo voluto fare il possibile per te. Quando impari questi metodi semplici di Kyusho Primo Soccorso, anche tu potrai aiutare la tua famiglia e i tuoi amici con molte di queste patologie comuni cui tutti sono affetti. Questo ti servirà per avere un breve riassunto storico di come si svilupparono questi metodi e altre possibilità di cura che sono necessarie nel quotidiano. Tuttavia, ovviamente, qui non c'è il programma completo, perché i concetti più profondi e complessi si riescono a capire solo con le mani, applicandoli e praticando sotto l'attento sguardo di un istruttore. La pratica regolare di questi metodi non aumenterà solo le tue abilità nell'applicare le formule imparate, ma ti insegnerà l'applicazione intuitiva di molte altre tecniche di salute. Non si dovrebbero considerare formule isolate, bensì vie per correggere determinati problemi del corpo umano, basate sui concetti presentati. Nei seguenti articoli sul Kyusho Primo Soccorso vedremo in primo luogo l 'or igine immediata o la necessi tà di curare mol t i problemi quot idiani . Godetevi questo viaggio!


Comme nous l'avons vu ces six dernières années, le Kyusho se traduit par « point vital » et est l'étude de la condition humaine et de sa fragilité. Bien que similaire en apparence à l'ancienne acupuncture et aux méthodes de massage sur les points de pression, la méthode Kyusho peut également traiter les problèmes immédiats et faire disparaître les douleurs physiques communes. En quelques secondes, nous pouvons commencer à soulager les troubles associés aux maux de tête, de dos, les crampes musculaires et internes, le hoquet, l'asthme, les nausées, la congestion nasale et de nombreux autres troubles communs, surgissant aussi bien pour des raisons naturelles que provoquées. Ces effets sont obtenus rapidement et efficacement, sans avoir besoin de faire appel à des médicaments qui peuvent prendre vingt minutes ou plus à faire de l'effet et peuvent provoquer de graves effets secondaires sur d'autres organes ou fonctions corporelles. Les ramifications sont très vastes et nous croyons que ça vaut la peine de continuer la recherche afin d'obtenir des bénéfices pour la société. Ce type de point de vue holistique a été efficace pendant de nombreux milliers d'années dans différentes cultures du monde entier et nous avons maintenant voulu le rendre possible pour vous. Une fois que vous aurez appris ces méthodes simples de Kyusho de Premiers Secours, vous pourrez également aider votre famille et vos amis et soulager beaucoup de ces maux communs dont nous souffrons tous.Cela vous permettra d'avoir un bref résumé historique de la manière dont ces méthodes se développèrent et d'autres possibilités de santé dont nous avons besoin au jour le jour.Cependant, comme on pouvait s'y attendre, le programme ici n'est pas complet car les concepts les plus profonds et complexes ne peuvent être atteint qu'avec les mains, en les appliquant et en pratiquant sous le regard attentif d'un instructeur. La pratique régulière de ces méthodes augmentera votre habileté à appliquer les formules apprises, mais encore vous enseignera à appliquer intuitivement beaucoup d'autres techniques de santé. Elles ne devraient pas être considérées comme des formules isolées, mais comme des voies pour corriger, certains problèmes affectant le corps humain, en se basant sur les concepts présentés. Dans les prochains chapitres de Kyusho Premiers Secours, nous verrons d'abord l'origine immédiate de la nécessité de guérir de nombreux problèmes quotidiens. Prenez plaisir à ce voyage !

As we have documented over the past 6 years, Kyusho translates as "Vital Point" and is a study of the human condition and it's frailties. Although similar in appearance to the ancient acupuncture and pressure point massage methods, the Kyusho method can also deal with immediacy for certain trauma as well as easily rid the body of common ailments. Within seconds we canm begin to relax and ease the pain associated with headaches, backaches, muscle and internal cramps, hiccups, asthma, nausea, sinus congestion and so many more common maladies both of natural causes as well as trauma inflicted. This is all performed quickly and efficiently without expensive pills or drugs that can take 20 minutes or more to work or have serious side effects on other organs or body functions. The ramifications are enormous and we believe to be of such worth for continued research and societal benefit. This type of holistic approach has been effective for many thousands of years in cultures throughout the world and we have added even more possibility and purpose to it for you. Once you learn these simple methods of Kyusho First Aide, you too can help your family and friends with many of these common ailments we each suffer through. Let this serve as an historical record of how these methods developed and the other health possibilities they hold for day-to-day living. However it is not the full curriculum, as one would expect, the depth and intricacies can only be conveyed with hands on application and practice under the watchful eye of an instructor. The consistent practice of these methods will not only increase your abilities to relieve the practiced formulas, but also instruct you in the intuitive application of many other health issues. They should not be considered standalone formulas, but rather ways to correct certain problems within the human body based on the foundation presented.

Wie wir in den letzten 6 Jahren dokumentiert haben, übersetzt sich Kyusho als „Vitalpunkt“, es ist das Studium der menschlichen Beschaffenheit und ihre Zerbrechlichkeit. Auch wenn es dem Anschein nach der alten Akupunktur und den Massagemethoden auf Druckpunkte ähnelt, so kann die Kyusho-Methode doch auch sofort Probleme behandeln und die normalen Leiden des Körpers verschwinden lassen. Innerhalb von Sekunden können wir anfangen, die Beschwerden im Zusammenhang mit Kopfweh, Schmerzen der Schulter, Muskel- und innere Zerrungen, Schluckauf, Asthma, Übelkeiten, Verstopfung der Nase und vielen anderen normalen Krankheiten lindern, egal ob sie natürlicher Ursache haben oder hervorgerufen sind. Diese Effekte werden schnell und effizient erreicht, ohne auf Pillen oder Medikamente zurückgreifen zu müssen, die 20 Minuten oder länger brauchen, um Wirkung zu zeigen, und die starke Nebenwirkungen in anderen Organen oder Körperfunktionen haben können. Die Verzweigungen sind sehr breit gefächert und wir glauben, dass es der Mühe wert ist, weiter zu forschen und so Nutzen für die Gemeinschaft zu erzielen. Dieser Typ der holistischen Zielsetzung war über viele tausend Jahre hinweg und in verschiedenen Kulturen auf der ganzen Welt wirkungsvoll, aber jetzt wollen wir es zugänglich machen. Wenn Du einmal diese einfachen Kyusho-Methoden der ersten Hilfe gelernt hast, kannst auch Du Deiner Familie und Deinen Freunden bei vielen der gewöhnlichen Leiden helfen, unter denen wir alle leiden. Es wird Dir dabei helfen, eine kurze historische Übersicht darüber zu erlangen, wie diese Methoden und andere Möglichkeiten der Gesundheit, die man Tag für Tag braucht, entstanden sind. Aber wie erwartet liegt darin nicht das komplette Programm, denn die tiefsten und komplexesten Konzepte können nur über die Hände erzielt werden, indem man sie unter dem aufmerksamen Bl ick eines Ausbi lders anwendet und übt . Das regelmäßige Ausüben dieser Methoden wird nicht nur Deine Fähigkeiten wachsenlassen, die gelernten Formeln anzuwenden, es wird Dir darüber hinaus auch die intuitive Anwendung vieler anderer Techniken der Gesundheit lehren. Sie sollten nicht als allein stehende Formeln betrachtet werden, sondern als Wege, um gewisse Probleme im menschlichen Körper zu korrigieren, auf der Basis der vorgestellten Konzepte. In den folgenden Kapiteln von „Kyusho - Erste Hilfe“ werden wir zuerst den unmittelbaren Ursprung der Notwendigkeit sehen, viele tägliche Probleme zu heilen. Genießt die Reise!


Wt Universe

Artigo acerca do Si-Mo do WTU: por Sifu Rosa Ferrante Bannera Por que motivo dizemos ser o WTU Wing Tsun uma Arte Marcial integral? Porque à diferença de muitos estilos e organizações de Artes Marciais, o WTU Wing TSUN se desenvolve fora do centro.



No centro há: • As forças / interacções que regem as pessoas. • Os princípios para enfrentar as forças e interacções e • As qualidades que são inerentes aos seres humanos e que são refinadas, actualizadas e ligadas entre si. Isto gera o movimento natural do corpo no campo gravitacional da terra. Outros estilos e organizações convencionais de Wing Tsun, se assemelham a incompletas e curiosas lojas de alimentos comestíveis...



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Isto se pode reconhecer por: • A procura permanente (em outros estilos, com outras organizações, intercâmbio com outros professores), porque sabem terem carências e isto se conhece como desenvolvimento e pesquisa. • Uma mistura de diferentes estilos juntos, entre eles mesmo se contradizem acerca dos conceitos. Por exemplo: Wing Tsun, Escrima, Grappling, Chi Kung, etc. Isto mostra não haver unanimidade nos seres humanos, o que provoca confusão e distracção (que depois se pode transformar em um muito claro desequilíbrio físico e mental).


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• Um ainda maior aumento em largura, para conseguir uma maior massa possível (grupo objectivo). Isto não quer dizer que tudo faça sentido, mas sim tudo pelo contrário. • Procuras de verificação nas organizações, instituições, estilo e professores


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estrangeiros das estruturas sociais gerais, que podem ser legitimadas. Voltando à WTU A WTU cria com as suas lições de movimento, novas redes neuronais no corpo. Há um treino de controlo e um esclarecimento dos antigos e antieconómicos padrões de movimento. Só então, um homem pode começar a movimentar-se livremente e adaptar-se às situações nesse





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momento. Ensinamos qualquer das técnicas melhorando as qualidades das pessoas, com o nosso ensino baseado em princípios. Ensinamos o corpo a se enfrentar às forças e situações de uma maneira económica e altamente eficaz. O efeito secundário positivo é uma capacidade de autodefesa muito rápida para as pessoas, em todas as áreas. Suprimimos elementos da confusão mais impenetráveis dos condicionamentos internos e externos. Dado que o praticante WTU sempre se movimenta e age da maneira mais natural, ele se move guiado pelos princípios:



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• Sem armas - ou seja, com as suas extremidades, • Com armas de todo tipo - pau, maça, faca, pau curto, pau comprido, espada, dupla faca..., que são vistas como uma extensão do corpo do praticante de WTU e que se integram em sua rede neuronal: • Em pé • Andando • No solo Na WTU se TREINAM os três centros do homem (em movimento, pensando e sentindo o centro. Só então, se pode falar de uma Arte Marcial integral. Graças a Rose, a WTU é um casulo que floresce neste momento. Saudações Si-Mo





Los grandes Maestros lo son no solo en virtud de sus conocimientos, también claro está de una trayectoria y en mi humilde opinión, desde luego, de una personalidad, de un carácter. Rene Latosa lo es y vuelve justamente a nuestras portadas, muchos años después de aquel primer encuentro, porque reúne todas estas cualidades. Gozoso reencuentro debo añadir, pues lo fue. Corto pero sabroso y suficiente para comprender como todo lo que uno había esbozado hace años, en aquella primera ocasión estaba ahí, maduro, firme y gentil a la vez. La razón de su viaje: Un nuevo video que verá la luz en breve. Una mañana de trabajo impecable, una grabación fluida y agradable, para un video que a buen seguro, hará las delicias de todos los amantes de las Artes filipinas. El Latosa Escrima, un estilo que un Maestro amigo de Wing Tsun definió con elógios como “anti espectacular”, donde la eficacia campa a sus anchas, marcando la diferencia. Contamos con la inestimable asistencia de su alumno Sifu Markus Goettel, al que agradecemos su gentileza y ayuda.

REF.: • LAT-3

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Em exclusiva, o DVD do Mestre Marco Morabito, acerca da defesa pessoal com mãos nuas, e a apresentação preliminar do Krav Maga Israelita Survial System. Las técnicas e o método que constitui o sistema, se ilustram sem segredos, de maneira clara, transparente e facilmente compreensível. Uma ocasião única para nos aproximarmos até o coração da defesa israelita e melhorar os nossos conhecimentos sobre a matéria. O autor é um dos grandes expoentes mundiais em defesa pessoal e conta em seu haver com experiência no âmbito militar e empresas de segurança; galardoado por várias nações, convidado a dar cursos e seminários em todo o mundo, desde o Japão aos E.E.A., a Polónia, a Espanha, Cabo Verde, Alemanha, Israel, França e Rússia, se tornou porta-voz internacional de diferentes sistemas de combate e defesa pessoal pouco conhecidos, ainda que extremamente efectivos. Morabito desenvolve uma pesquisa contínua, sem nunca parar na procura incansável de adquirir novos conhecimentos e nunca deixar de fazer perguntas. Krav Maga Israelita Survial System não é uma disciplina o um conjunto de regras rígidas, mas sim um método, um processo em evolução contínua e constante. Isto fá-lo adaptável a qualquer situação e circunstância, permeável a qualquer mudança e proporciona a capacidade de fazer um estudo dos erros e da sua experiência uma oportunidade para melhorar.

REF.: • KMISS-1

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Apresentamos o segundo trabalho do grupo KMRED. Este vídeo, denominado “Conceito y Pedagogia” tem como objectivo levar-nos a descobrir uma parte do conceito Krav Maga Pesquisa, Evolução e Desenvolvimento, assim como a pedagogia que se desenvolve no seio do nosso grupo. Os diferentes exercícios que aqui descobriremos, não têm como objectivo de “nos encherem os olhos”, nem o de mostrar as nossas aptidões combativas, porque a nossa prioridade é aqui explicar como preparamos os nossos alunos para se tor narem “guerreiros” capazes de “se adaptarem” às diferentes evoluções de um combate na rua.

REF.: • DVD/KMRED-2

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GM Sewer

Olhando para o futuro Em conversas com os meus alunos e com pessoas alheias à minha escola, mas que seguem a nossa mesma trajectória, me perguntam onde nos leva esta viagem. Os leitores mais interessados sabem que um dos meus maiores desejos é implantar e uma estrutura que garanta a sobrevivência e o crescimento da nossa arte. Neste ar tigo, desejo chegar mais longe nos pormenores e inspirar a outras pessoas, a pensarem mais além e assegurarem a sua própria arte.

Exames Desde os tempos do famoso claustro de Shaolin, os exames servem para avaliar os conhecimentos dos alunos e assegurar a qualidade da arte. Hoje, por agora, isto continua a ser assim e não poderia ser de outra maneira, visto oferecer periodicamente, a alguém na minha posição, a possibilidade de reconhecer o potencial da aprendizagem e agir consequente. Faz já muito tempo, quando a KUNG FU SCHULE MARTIN SEWER constava só de uma filial, eu próprio defini a aprendizagem até o cinturão negro e o deixei por escrito. Através de muitos anos de experiência, esse conceito se foi


“Desde tempos do famoso claustro de Shaolin, os exames servem para avaliar os conhecimentos dos alunos e assegurar a qualidade da arte�


GM Sewer

“Na minha escola, também o ensino se tem desenvolvido através dos anos e se tem tornado sempre mais eficiente em cada lição, desde o warmup até a parte teórica do final”


aperfeiçoando e hoje é o último nível que se exige ao aluno. No futuro, vamos aperfeiçoar o conceito ainda mais. Precisamente este ano, estamos preparando somarmos outros pontos na aprendizagem até Cinturão Negro, como por exemplo aplicações de adestramentos (drills) simples e previamente definidos, os quais podem ajudar o aluno mais rápida e eficientemente na auto-defesa e assegurar que o Cinto Preto seja um título de grau credenciado.

Ensino Na minha escola, também o ensino tem evoluído através dos anos e se tem feito sempre mais eficiente. Desde o “warmup” até a parte teórica do final, cada lição em todo o processo, faz sentido e leva a que as horas de treino se tornem o valioso ensino que hoje é. No futuro, o ensino propriamente dito, provavelmente se modificará muito pouco, posto que como já foi dito, está muito aperfeiçoado. No entanto, os meus instrutores e eu trabalhamos intensamente em apoiar cada instrutor individualmente, com meios de ajuda e profissionalizando o funcionamento das filiais. Onde anteriormente o nível dos alunos se documentava em dúzias de pesados livros, temos agora acesso à tecnologia moderna das computadoras, o que nos permite dirigir a nossa escola de maneira eficiente e talvez no futuro, preparar para cada aluno uma plataforma, na qual possa entrar, trocar impressões com outros alunos e controlar seus progressos.

Shaolin Masters Turnier Nos últimos anos, a minha equipa tem organizado mais de 20 vezes, o Shaolin Masters Tur nier. O que ao princípio foi um simples torneio infantil, com o tempo se tornou um evento completo para adultos, com categorias Lei Tai e ultimamente também Push Hands. Especialmente esta última, nos tem levado ainda mais que a Lei Tai, a nos aproximarmos da realidade e com isso reduzem ao máximo as possíveis lesões. Assim, não realizamos um desejo de muitos anos do meu Mestre, como também no futuro, estabeleceremos uma categoria sem precedentes. O apoio electrónico através do nosso “software” do torneio, desde faz tempo que é uma realidade. Também aqui pensamos ter de processos mais eficientes e formação de


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árbitros, e quem sabe, se estas conquistas, junto com outras, possam ser d i g i t a l m e n t e acessíveis para o aluno. Em todo caso, o potencial do Shaolin Masters é também grande no que diz respeito à participação de outras escolas e estilos e tem nas nossas intenções, um lugar muito preferente.

Mega Evento O que de início começou com os esforços dos meus alunos e nasceu como um evento para festejar o meu aniversário, evoluiu até tornar-se um MEGA evento, um grande sarau de gala, que cada aluno tem na sua agenda como importante. Mas agora, já não falamos só de um sarau... Reservamos a tarde do sábado para a encher com instrutivos seminários. Antes do grande sarau, os participantes podem conhecer melhor as nossas artes. No futuro, não só os nossos próprios instrutores como também mestres de outras escolas, serão convidados como VIPs no jantar de gala e vão enriquecer os seminários da parte da tarde. De que maneira o MEGA evento vai evoluir, não podemos ainda predizer. Ideias e planeamentos há em quantidade e se levarmos à prática apenas a metade, o MEGA evento no futuro, vai evoluir a uma autêntica Expo de Kung Fu.

World Kuoshu Federation Nas artes marciais tradicionais, as relações internacionais são hoje mais importantes que nunca. Especialmente no aspecto relativo ao


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fortalecimento do corpo, é muito importante encontrar-se regularmente em boa forma, para o intercâmbio de pontos de vista. Tanto os meus instrutores como eu, tentamos tanto como quanto possível – conforme os outros muitos projectos - tomar parte em eventos internacionais de alta qualidade, mostrar ao mundo o nosso Kung Fu e estabelecer novas amizades. Meu Sifu disse: Não serve de nada ser o mais grande e o mais forte, se ninguém vai querer ter nada a ver contigo! Neste sentido, com a participação em eventos, tentamos sempre compartilhar com a comunidade das Artes Marciais os nossos êxitos e apoiar nossos irmão do Kung Fu. E quem sabe? Talvez a nossa estrutura, a qual por agora encontra eco em diversas instituições e escolas, seja assumida algum dia.

Instrução do Monitor Uma base forte é importante para sobreviver numa arte como a nossa. Dar ao aluno a possibilidade de chegar a ser uma parte sólida do grupo, também o é. Desde sempre, temos apoiado os alunos especialmente diligentes, para chegarem a ser instrutores. Com a actual adaptação do programa de formação, demos um passo em frente, para que o aluno receba uma formação de primeiro nível. Ao princípio, era só eu, que com a empresa KUNG FU SCHULE MARTIN SEWER, podia viver disto. Hoje, já existe um primeiro aluno que ensina a tempo completo e isto virá a ser possível para cada aluno. Com o novo programa de formação, o aluno passa de ser aspirante a monitor, a instrutor e a instrutor sénior, para pôr ao alcance de todos, a profissão sonhada e reforçar e levar adiante a escola e a nossa arte. Resumindo: podemos afirmar que: A KUNG FU SCHULE MARTIN SEWER já é uma das mais êxito no ramo, é a mais grande escola da Suíça, no que respeita às artes marciais tradicionais. Como se pode ver nos nossos projectos, nos consideramos a nós mesmos como começando. Talvez a minha geração não chegue a viver isto, mas com a ajuda dos sempre mais numerosos alunos e com formação de primeiro nível, estou convencido de que a KUNG FU SCHULE MARTIN SEWER, tem potencial para chegar a ser uma das mais grandes escolas de artes marciais do mundo.

“A KUNG FU SCHULE MARTIN SEWER já é uma das mais bem sucedidas na sua especialidade. É a mais grande escola da Suíça, no que diz respeito às artes marciais tradicionais”







Jeet Kune Do

Bruce Lee, artista marcial e filósofo Falar em Jeet Kune Do é uma tarefa difícil, mas uma coisa é certa: não existe uma Arte Marcial ou sistema de combate que tenha suscitado tanta polémica, alterando toda a comunidade marcial. Se têm gasto rios de tinta escrevendo acerca do Jeet Kune do e apesar de terem passado mais de quarenta anos desde a morte do seu criador, ainda continua sendo o sistema de combate que mais tem interessado e continua interessando a um grande número de gente. Poucas pessoas sabem que Bruce Lee, depois de criar uma arte de combate total, tecnicamente quase perfeita, nova e em sintonia com os tempos, dotou o seu "estilo não-estilo" de princípios e conceitos filosóficos, ligados à antiga tradição da arte do Kung Fu, baseando-se em muitas correntes filosóficas de pensamento, como o Confucionismo, o Budismo Chan, o Taoismo. E foi exactamente deste último, de donde extraiu a estrutura filosófica do Jeet Kune Do, que se baseia no individualismo, na procura da auto-liberação e no anti-autoritarismo, valores que, com toda a honestidade, tentou introduzir nas Artes Marciais, através de um projecto seu, que denominou Jeet Kune Do. Por esse motivo foi tão crítico com os tradicionalistas, denunciando a hierarquização das escolas, a sua rigidez e a sua uniformidade.

“Falar do Jeet Kune Do é tarefa difícil, mas uma coisa é certa: não existe uma Arte Marcial ou sistema de combate que tenha suscitado tanta polémica, alterando toda a comunidade marcial”




Jeet Kune Do ortanto, o JKD derivou essencialmente da filosofia taoista, ainda tendo sido grandemente influenciado pelo positivismo científico ocidental (que se plasmou no conceito científico do treino) e no sentido prático norte-americano, na busca da eficácia e a economia de movimento. Uma máxima que caracteriza e identifica a filosofia taoista do JKD é: “Using no way as Way, Having no limitation as Limitation” (Usar a Não Forma como Forma, não ter nenhuma Limitação como Limite). É uma típica frase taoista que brinca com as contradições, os opostos, o Yin e o Yang e os paradoxos, envolvendo tudo em um mundo de sabedoria. O facto de que os taoistas puros fossem essencialmente individualistas e liberais, é coisa que Bruce Lee nos lembra e deixa entrever na primeira parte do seu princípio, posto que quando fala da Não Forma, se refere ao facto de não ter vínculos com nenhuma instituição ou sistema fixo, codificado, previamente determinado, e portanto, com nenhum estilo ou sistema de combate, posto que a liberação e a plena evolução pessoal só são determinadas pelo indivíduo, pois cada indivíduo é único e irrepetível. Em quanto à segunda parte da máxima, Bruce postula que não é necessário deixar-se limitar pelas tradições, enjuizamentos, dogmas, ritos e tudo aquilo que pode dar lugar à cristalização de um sistema. Muitos não conhecem o Bruce Lee filósofo, mas é precisamente este aspecto o que fez do JKD um sistema realmente especial. O meu encontro com Patrick Strong (aluno de primeira geração de Bruce Lee, a que chamam "O Senhor da Velocidade"), além de melhorar as minha habilidades técnicas, me foi de grande utilidade, posto que me levou a conhecer em profundidade, os aspectos filosóficos do Jeet Kune Do, até então desconhecidos para mim, mostrando-me como tinha sido profundo o trabalho que Bruce Lee realizou a nível interior. Não em vão aprendera do seu pai a arte do Tai Chi (Arte do Grande Punho Supremo) que o iniciou no estudo dos textos clássicos alquimistas, até chegar a um profundo conhecimento do funcionamento do corpo humano a nível energético (união de corpo e mente), tanto assim que uma das sua máximas filosóficas que mais chama a atenção, é a sua constante referência ao elemento água. "Sê água, meu amigo" - "Gosto da água", acostumava a dizer, insistindo no Elemento Água que, na realidade das coisas, representa os fundamentos e a natureza de Kung Fu tradicional, do qual Bruce Lee obteve grande parte do seu conhecimento filosófico marcial. Conceitos e princípios como afundar-se e flutuar, submergir-se e emergir como o um rio que corre para o mar, combater sem combater, trabalhar com intenção sem intenção, a mente nãomente, o princípio do vazio Wu Wuei, o esvaziar a chávena, etc. Como podemos ver, a sua propensão à filosofia oriental, foi uma peça importante na construção do seu sistema ecléctico de combate e há poucas pessoas que tenham tido esta informação. Eu tive a sorte e o prazer de conhecer, estudar e aprofundar nestes conhecimentos com Patrick Strong, que aprendeu de Bruce este

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Jeet Kune Do aspecto, aspecto que acredito seja o mais desconhecido no mundo do JKD, mas na minha opinião, o mais importante. Meus amigos, o Jeet Kune do, não é mais que um grupo de elementos e princípios extrapolados principalmente do Kung Fu e em especial, do estilo Wing Chun de Yp Man. Alguns elementos também foram tomados de diferentes disciplinas, tais como o Taiji, o Tang Lang, a Esgrima Ocidental, etc. Há uma máxima do Tao Te Ching, o Evangelho do Taoismo, que acostumava recitar: "Quando está vivo, o homem é flexível, suave; quando está morto é inflexível, rígido. Também todas as outras criaturas, a erva e as árvores, quando vivas são maleáveis e flexiveis, e quando mortas estão secas e caindo aos pedaços. A rigidez inflexível é a companheira da morte e a maleabilidade dúctil é a companheira da vida! Os soldados inflexíveis não conseguem a vitória; a árvore mais rígida é a que está mais pronta para o machado. Os fortes e poderosos caem dos seus lufares e os humildes e submissos se elevam por cima de todos eles". A maneira de mover-se e usar o corpo no Kung Fu, está estreitamente relacionada com o movimento da mente. "Mente que se move, corpo que pensa", é o significado profundo do processo interno que se utiliza no Jeet Kune Do. As referências ao Yin e ao Yang, princípios universais taoístas, que Bruce Lee extrapolou do Taiji e que estudara a fundo com o seu pai, o acompanharam durante toda a sua vida, dandolhe a energia adequada para poder enfrentar o percurso da sua breve mas tortuosa e atormentada vida. O princípio Yang (representado pelo branco) é o positivismo, o dia, o céu, o sol, a luminosidade, o calor, etc., enquanto que o principio Yin é a negatividade, a noite, a escuridão, o frio… e assim sucessivamente. Bruce Lee tinha compreendido perfeitamente como se regulava e equilibrava o corpo com estas leis universais e sabia utilizá-las com sabedoria. E aqui ressurge de novo o Elemento Água, que para desenvolver o JKD de Bruce Lee, foi fundamental: “A água, meus amigos, é o fenómeno natural que está mais perto de Wu Wei: Nada é mais débil que a água, mas quando a água ataca alguma coisa dura que opõem resistência, então nada pode resistir-se a ela e nada pode alterar o seu curso”. Estes versículos nos dizem que a natureza da água, sendo tão ligeira, não se pode agarrar, se a cortamos não a ferimos, se a perfuramos não podemos magoa-la, se a separamos nunca se divide, não tem uma forma específica, mas se adapta em função do contendor, se manifesta poderosa e impetuosa como as Cataratas do Niágara, para depois permanecer tranquila em um tanque. Na minha opinião, o elemento dominante do universo, sem dúvida é a água. "Na interceptação defende-te, controla e ataca ao mesmo tempo, tornando o teu corpo um tsunami imparável!”












Hwa Rang Do

As Raízes MISSÃO - DECLARAÇÃO DA MISSÃO DA ASSOCIAÇÃO MUNDIAL DO HWA RANG DO®) HWA RANG DO®: Um legado de LEALDADE, de PROCURA incansável da verdade, de Fortalecimento de vidas, de Serviço à humanidade.

O Grão Mestre de Hwa Rang Do®, Taejoon Lee (8ºDan e Presidente de a Associação Mundial de Hwa Rang Do®) faz uma reflexão sobre as raízes dos nossos problemas e a relação entre eles e o conceito do seu "significado" no que fazemos e queremos: "Venho ensinando desde faz mais de 35 anos e tenho ensinado a dezenas de milhares de pessoas em todo o mundo. No processo, cheguei a conhecer pessoalmente os meus alunos, por eles me terem narrado muitas das suas lutas na vida. Isto me levou a verificar que todos eles pensam que os seus problemas são únicos e por isso, quando tentamos dar um conselho, é muito comum as pessoas reponderem com uma pergunta: “E como sabe que eu tenho vivido, se nunca se meteu nos meus sapatos?, etc.


“E por grande ou pequena que seja a magnitude da sua dor, todos eles também sofrem. Seja a escala da própria experiência pequena ou grande, cada um só pode ver o mundo a partir da sua percepção e da de mais ninguém”

D

epois de escutar tanta gente, penso que a maioria dos problemas têm raízes comuns. Mesmo que possam variar em aparência, na sequência dos acontecimentos, nas diferentes circunstâncias, tudo se deriva dos mesmos problemas fundamentais e por grande ou pequena que seja a sua dor, todos sofrem da mesma maneira. Seja pequena ou grande a própria experiência, cada um só pode ver o mundo a partir da sua percepção e da de mais ninguém. Na catalogação da dor, se o grau de experiência de uma pessoa é só a dor causado pelo impacto de um lápis, então poderá não conhecer a dor causado por ter sido atropelado por um carro… e quando se argumentar que não há comparação possível entre a dor causado a partir de um lápis, com a dor causada pelo impacto de um carro, o que descobrimos é que a dor é dor e contínua a ser muito pessoal. Fundamentalmente, é uma questão de bom senso, de propósito, e isto se tem mantido assim em tudo, através das




“Portanto, a resposta não está no que podemos ver e que é evidente; a verdade está no que não é visível ou aparente, no imaterial, no etéreo, na consciência, no que é mais difícil de adquirir”


Hwa Rang Do

idades em que o homem chegou a adquirir a inteligência e o conhecimento, desde que Adão e Eva comeram do fruto da árvore proibida do conhecimento. Mas, como já foi dito, o que se faz para modificar e transformar uma árvore? Se só nos concentrarmos no que vemos e o que é evidente, então teríamos de tocar, modificar, transformar cada rama, cada folha, cada flor, cada pétala. Mas há uma maneira de transformar toda a árvore, tocando apenas numa coisa - as raízes. Através das raízes é como se pode transformar toda a árvore de uma só vez, por assim dizer. Como Einstein disse: "A definição de loucura é fazer a mesma coisa repetidas vezes, mas esperando resultados diferentes". Portanto, a resposta não está no que podemos ver e no que é evidente; a verdade está no que não é visível ou aparente, no imaterial, no etéreo, na consciência, no que é mais difícil de adquirir". Acerca do Autor: Instrutor chefe de Hwa Rang Do®, o Tenente Coronel da Policia militar italiana (Carabinieri) e Engenheiro Marco Mattiucci, é o chefe do ramal italiano da Associação Mundial de Hwa Rang Do® e um dos principais discípulos do Grão Mestre Taejoon Lee.











Histรณria


Brazilian Jiu Jitsu Jiu Jitsu Brasileiro VACIRCA BROTHERS JIU-JITSU Origens e Evolução do Jiu-Jitsu © 2016 Franco Vacirca, Sandra Nagel

Ascensão do Jiu-Jitsu brasileiro Mesmo se assumirmos que o grupo Kodokan, com os mestres Tokugoro Ito, Mitsuyo Maeda, Shutaro Ono e Nobushiro Satake, chegou a Manaus já em 1914, a primeira escola oficial de Jiu-Jitsu e Judo em São Paulo não abriu até 1918, fundada pelos mestres Sada Miyake e Takaharu Saigo. Onze anos depois, em 1929 e também em São Paulo, outro Mestre japonês, Geo Omori, fundou a sua escola de Jiu-Jitsu, que foi o primeiro pilar do estilo brasileiro deste método de luta. Algumas fontes locais afirmam que o Mestre Omori foi aluno dos Mestres Miyake e Saigo, outros dizem que vinha do Instituto Kodokan de Tóquio. Eu acredito que são bastante difíceis de confirmar ambas histórias, após de tantos anos. Naqueles tempos do passado, se podiam encontrar Dojos nos pátios traseir os das casas, mas o Mestre Omorio foi um dos primeiros a estabelecer uma academia profissional de JiuJitsu, na sua nova pátria.


Brazilian Jiu Jitsu

O

primeiro contacto de Carlos Gracie com o Jiu-Jitsu teve ocasião quando se tornou o ajudante do Mestre Donato Pires dos Reis, um oficial da Polícia e instrutor de auto-defesa, que a sua vez tinha aprendido a “ Arte suave” pessoalmente do mestre Mitsuyo Maeda. Em essa época, o Mestre Pires era o representante do Jiu-Jitsu nas Forças Especiais da Polícia e Carlos Gracie entrou e completou com êxito o curso de três meses do Mestre Pires, em Belo Horizonte, em os anos 1928/1929. Em Abril de 1929, o jovem Carlos Gracie, que vivia outra vez com sua família, em São Paulo, após ter estado três meses sozinho em Belo Horizonte, tinha pedido o lugar de professor de auto-defesa na Guarda Civil, que estava baixo a direcção do Mestre Geo Omori. Mas estes lugares se ocupavam principalmente por Mestres japoneses de Jiu-Jitus e outros especialistas, principalmente estrangeiros. Quando foi entrevistado pelo chefe da Polícia das forças especiais, Carlos tentou fazer entender que tinha aprendido o Jiu-Jitsu de vários Mestres japoneses, mas também do Mestre Pires, mas foi rejeitado. O mestre Omori, que estava impressionado pelo jovem brasileiro e sua habilidade para o Jiu-Jitsu, tentou ajudá-lo mas o emprego foi concedido a um sueco com mais experiência no ensino e um excelente contacto com o comandante em chefe. Geo Omori lamentou esta decisão e viu no jovem Gracie muito potencial e ofereceu a Carlos um combate combinado, para que pudesse mostrar suas habilidades no Jiu-Jitsu, perante uma grande audiência. Os dois combinaram que nenhum venceria e que a luta devia terminar em um claro empate. Essa foi a oportunidade que finalmente Carlos Gracie poderia utilizar para avançar em sua carreira de JiuJitsu. Mas o pai de Carlos, Gastão Gracie, queria ver o seu filho vencendo o combate. Entretanto, como o mestre Omori era um lutador de grande habilidade e experiência, que com a sua oferta só queria ajudar o jovem Gracie com, não se modificou o acordo. Mas também havia um outro problema, porque até esse momento, Carlos não tivera uma experiência realista de combate no Ringue; aprendera as técnicas de auto-defesa do Jiu- Jitsu, mas não para uma luta no ringue. Assim sendo, Omori também teve de preparálo para esta luta. Além do Carlos, também seu irmão mais novo, George Gracie (por vezes também chamado Jorge) se juntou ao treino. George era uns poucos de anos mais novo que Carlos, mas o mestre japonês depressa descobriria que Jorge possuía todas as qualidades para ser um grande lutador. Contando de 29 anos, sem experiência anterior no combate, Carlos sobe ao Ringue a 5 de Janeiro de



Histรณria


Brazilian Jiu Jitsu 1930, para a sua estreia na luta, contra seu novo Mestre Omori. Nesse mesmo dia, George também sobe ao ringue, para lutar com o amplamente experiente pugilista John Tones, em um combate que não tinha sido combinado. O combate de Jiu-Jitsu entre o campeão Omori e Carlos Gracie, acabou em um empate, mas George Gracie lutou incrivelmente bem contra o experiente pugilista e venceu na sua estreia na Arena do Vale-Tudo. Pouco depois, nesse mesmo ano de 1930, o Mestre Donator Pires faz uma oferta aos dois irmãos Gracie, o Carlos e o George. Tendo conseguido um novo lugar de instrutor no Rio de Janeiro, o Mestre Pires aproveita a ocasião abrir a sua própria escola e Carlos e George poderiam ajudá-lo como seus assistentes, no Rio de Janeiro. A escola Pires foi nessa época a segunda escola oficial de Jiu-Jitsu no Rio de Janeiro, sendo a primeira a aberta em 1925, pelo mestre Angenor Morerira Sampaio, um aluno do mestre Sada Miyake de São Paulo. O Mestre Sampaio já era famoso pela sua escola de Jiu-Jitsu e dirigia com êxito, o treino da Polícia Civil no Rio de Janeiro. Infelizmente, viria a falecer na sua cidade, ainda jovem, a 8 de Agosto de 1962. A reputação do Mestre Pires como professor de JiuJitsu e o seu trabalho com a Polícia local do Rio de Janeiro, eram bem conhecidos e os meios de comunicação locais falaram muito da abertura da sua escola de Jiu-Jitsu. Um ano depois, a 27 de Junho de 1931, o mestre Pires recebe outra vez uma oferta de trabalho e se instala em Santa Catarina. Esta foi a oportunidade para os Gracies começarem com a sua própria escola, na rua Marques de Abrantes 106, no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Muito impressionado pelo espírito de luta de George Gracie, o mestre Geo Omori oferece ao jovem Gracie lutar com ele. A 10 de Abril de 1933, finalmente ambos estão prontos para se enfrentarem no ringue, em um combate oficial. Muitos jornais informaram do facto, incluindo o jornal “A Noite”. Ambos atletas lutaram mais de 80 minutos, sem que finalmente houvesse um nítido vencedor. No dia seguinte, nos jornais se escrevia que o Jiu-Jitsu já não era só japonês, posto que o brasileiro (George) que aprendeu o estilo de luta em sua pátria, era tão bom quanto o mestre. O irmão mais novo de Carlos, o Hélio Gracie, que agora também estava involucrado com o Jiu-Jitsu, fez a sua estreia na luta em 1932 (segundo consta na informação que temos) e diz-se que lutou em 19 combates até 1955, com a batalha final contra o seu antigo aluno, Waldemar Santana. Mas George Gracie, a quem desafortunadamente hoje poucos conhecem, tinha conseguido um incrível recorde de 40 combates no ringue. A sua carreira no combate começou em 1930, contra o boxeador Tohannes e finalizou em 1950, contra o melhor aluno de Hélio Gracie, Hemetério, meu professor de Jiu-


Jitsu, tendo lugar em São Paulo. A meu entender, quiseram mandar uma mensagem clara a George Gracie, pois ele tinha a sua própria escola independente de Jiu-Jitsu, em São Paulo. Nesse momento, o Mestre Pedro Hemetério, que estava dando aulas no Rio de Janeiro, na escola Gracie, foi enviado para lutar com ele no ringue. Durante várias conversas que mantive com o professor Hemetério acerca deste acontecimento, ele me disse que este combate foi a maior e a mais difícil tarefa do Jiu-Jitsu. Eu percebi que não

se referia só ao desafio físico, posto que George estava muito bem preparado, mas também do ponto de vista emocional e mental, porque lutar contra o irmão do seu professor, não era certamente, tarefa fácil, independentemente de se vencia ou perdia o combate. Sempre tive a impressão de que este facto em especial, modificara o relacionamento com os irmãos Gracie. Mas Hemetério seguiu até seu falecimento, as ensinanças do Mestre Hélio Gracie e também respeitou todas as suas decisões.

Estes são os combates do Grão Mestre Hélio Gracie, ou pelo menos, aqueles que eu conheço: 1932: Vitória sobre António Portugal 1932: Empate contra Takashi Namiki 1932: Empate contra Fred Ebert 1934: Empate contra Wladislaw Zbysko 1934: Vitória sobre Miyake (não Taro Miyake, mas sim um estudante dos irmãos Ono) 1935: Vitória sobre Orlando “Dudu” Américo da Silva 1935: Empate contra Yassuiti Ono 1936: Empate contra Takeo Yano



Brazilian Jiu Jitsu 1936: Vitória sobre Massagoichi 1936: Empate contra Yassuiti Ono 1937: Derrota perante Orlando “Dudu” Américo da Silva 1937: Vitória sobre Erwin Klausner 1937: Vitória sobre Espingarda 1950: Vitória sobre Landulfo Caribe 1950: Vitória sobre Azevedo Maia 1951: Empate contra Kato (o combate terminó depois de 30 minutos) 1951: Vitória sobre Kato 1951: Derrota perante Masahiko Kimura 1955: Derrota perante Waldemar Santana A seguir, o resultado dos combates do Mestre George Gracie: 1930: Vitória sobre Johannes Tones 1931: Vitória sobre Coronel 1931: Vitória sobre Jaime Ferreira 1931: Vitória sobre Mario Alexio 1933: Empate contra Geo Omori (Jiu-Jitsu match) 1933: Vitória sobre Tito Soledade 1933: Vitória sobre Manuel Fernandes 1933: Empate contra Geo Omori (Vale-Tudo match) 1934: Empate contra Orlando “Dudu” Américo da Silva 1934: Vitória sobre Shigeo 1934: Vitória sobre Jack Conley 1934: Derrota perante Wladek Zbyszko 1935: Vitória sobre Ary Martins 1935: Empate contra Takeo Yano 1936: Vitória sobre Geroncio Barbosa 1936: Vitória sobre Roberto Ruhmann 1937: Empate contra Orlando “Dudu” Américo da Silva 1937: Derrota perante Yassuiti Ono 1937: Vitória sobre Naoti Ono 1937: Derrota frente Grillo 1937: Vitória sobre Grillo, Revanche 1938: Derrota frente Jack Russel 1938: Vitória sobre Jack Russel, Revanche 1938: Vitória sobre Campbell 1938: Vitória sobre Takeo Yano 1938: Derrota perante Takeo Yano 1939: Vitória sobre Naoti Ono 1939: Derrota perante Roberto Ruhmann 1939: Vitória sobre Benedicto Perez 1939: Vitória sobre Fritz Weber 1939: Empate contra Takeo Yano 1939: Empate contra Takeo Yano, Revanche 1940: Empate contra Takeo Yano 2ª Revanche 1940: Vitória sobre Fritz Weber 1940: Vitória sobre Budip 1940: Vitória sobre Naoti Ono 1942: Derrota ante Mestre Tatu 1948: Vitória sobre Oka



1948: Vitória sobre Oka, Revanche 1950: Derrota frente a Pedro Hemetério (combate de Jiu-Jitsu) Em 1941, os Gracie do Rio de Janeiro atravessaram uma grande crise. Diz-se que o Mestre Hélio teve de tomar conta da escola do Rio sozinho. Carlos teve que abandonar Rio de Janeiro porque tinha alguns problemas com a lei e só voltaria oito anos depois. Vários jornais nacionais e locais falaram deste caso, que é conhecido pelo público até nos nossos dias. Nos anos 60, Carlos Gracie de novo comparecia perante um tribunal, desta vez por um suposto facto. Carlos denunciava que o Dr.

Santa Maria, o postulante e anterior aluno de Carlos, por lhe roubar mais de 400.000CR$ (cruzeiros). O Dr. Santa Maria disse depois no tribunal, ser ele o verdadeiro dono do edifício da escola de Jiu-Jitsu. Nessa época, várias histórias magoaram muito a imagem dos Gracie, incluindo a tão falada “verdadeira” história da chamada dieta Gracie. Muitos jor nais, que ainda hoje se podem ler, informaram extensamente que Carlos Gracie tinha supostamente um “Mestre secreto” ao qual conhecera quando vivera no Peru. Também se dizia ter sido este misterioso mestre quem dera a Carlos uma nova maneira de ver a vida, mas afinal, ninguém tinha visto esse


Brazilian Jiu Jitsu mestre espiritual e ainda houve mais..., os jornalistas informaram que Carlos tinha copiado um livro de nutrição e que o tinha vendido como a “dieta Gracie”, apesar de ser de um argentino, especialista em nutrição, chamado J.P.Dourado. Tem-se dito de tudo e ainda mais..., entre outros jornais no “O Diário”, de 5 de Novembro de 1963: “O Jiu-Jitsu brasileiro nunca foi um negócio de uma sola família, apesar de nos anos 90, se ter vendido isso como tal. Como realmente havia só uma fonte, numerosas revistas de artes marciais dos Estados Unidos e da Europa, copiaram as notícias entre si. Eu até penso que esta era realmente a verdadeira história. Importantes escolas do Japão, como a famosa BUDOKAN, fundada em vários países e cidades do mundo, para promover o Judo e o Jiu-Jitsu durante muitos anos antes, levou a que o nome Jiu–Jitsu “brasileiro” começasse a ser conhecido. No fim da década dos 50, a BUDOKAN fundou escolas no Rio de Janeiro e São Paulo. O mestre Augusto Cordeiro foi um dos que lideraram nessa época a organização dos campeonatos de Jiu-Jitsu. Em Agosto de 1959, competiram mais de 800 jovens atletas na 21ª Copa de Jiu-Jitsu.

O u t ro g r a n d e e s p e c i a l i s t a , q u e e s t e v e b e m representado no Rio de Janeiro nos anos 50, assim como em outros países da América do Sul tem sido muito activo, é o Mestre Oswaldo Fadda, um graduado superior dos alunos de Luiz França Lineage, que por sua vez foi formado pelo Grão Mestre Mitsuyo Maeda em pessoa. Muitos dos alunos de Fadda vinham do Exército e da Polícia e quando se retirou, após vários anos de serviço militar, fundou a sua própria escola de Jiu-Jitsu, que surgiu a finais dos anos 30, na parte norte do Rio de Janeiro. Graças a seus esforços, o Jiu-Jitsu esteve também disponível na parte norte da cidade, onde habitava muita gente com menos recursos. O Mestre Fadda também desenvolveu um programa especial de treino para pessoas fisicamente incapacitadas. Finalmente, os jor nais e revistas do Brasil começaram a falar do lado positivo do Jiu-Jitsu e não só das lutas e campeonatos. Franco Vacirca www.vacircajiujitsu.ch





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En este primer trabajo instruccional, Andreas Weitzel, fundador y jefe instructor de la Academia SYSTEMA Weitzel (Augsburg, Alemania) y uno de los principales instructores de SYSTEMA en Europa, explica los fundamentos de combate más importantes. Primero define claramente la forma natural de caminar, centrandose en la ejecución correcta de los pasos, para a continuación, mostrar cómo emplear este trabajo en aplicaciones de combate. Una variedad de diferentes temas se explican en este DVD, incluyendo: Cómo desequilibrar a un atacante; Cómo golpear y patear correctamente; Cómo defenderse frente a agarres, derribos, golpes y patadas. Las explicaciones de este vídeo son sencillas pero claras, con el objetivo de facilitar la comprensión y el aprendizaje para todos. Durante su explicación Andreas siempre incluye y se centra en los principios y fundamentos más importantes del SYSTEMA, mostrando cómo los diferentes temas están estrechamente vinculados entre sí. Asímismo se muestra trabajo libre y espontáneo contra diferentes ataques de mano vacía y con armas, en condiciones realistas y a máxima velocidad de ejecución. En este video Andreas es asistido por Michael Hazenbeller (Rastatt) y Thomas Gössler (Augsburg), dos experimentados instructores de Systema.

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“Talvez uma das melhores representações de assuntos Marciais em Teatro” Magnífica representação no teatro “A Rambleta” de Valência (Espanha) de “Os Shizen, o povo de Tengu”, um espectáculo audio-visual justamente integrado no ano dual Espanha-Japão, uma grande iniciativa da embaixada do Japão na Espanha e que festeja o estabelecimento de relações entre ambos países. O espectáculo criado para a ocasião, formava parte também da festa pública pela graduação na escola Kaze no Ryu, de 6 novos Shidoshi, ou Joho, tal como se diz en Shizengo. Um documentário sobre esta representação, está sendo produzido com seu making off, back stage, entrevistas, etc. e que incluirá grande parte do espectáculo, para que todos os interessados na cultura Shizen de todo o mundo, que não puderam assistir, possam gozar do mesmo. “O povo de Tengu” foi pensado como uma presentação ao público da tradição Shizen, situando-a histórica e culturalmente e destacando os seus dois aspectos mais interessantes: por um lado, a sua tradição Marcial, o Bugei, e por outro lado, a sua cultura espiritual, o e-bunto.


Novo

“A magia, o encanto, o sabor do que é autêntico. A força de uma cultura e um povo, e seus costumes”

Seis novos Shidoshi festejaram a sua graduação de acordo com a tradição Shizen, com todas as suas cerimónias, com os ritos e as velhas danças em volta da fogueira, o tiro cerimonial e em companhia de seus seres mais queridos. Com, generosidade e abundância festejaram e honraram todos os mundos visíveis e invisíveis, à antiga maneira do poderoso povo de Tengu, numa noite mágica e inesquecível. Quem disse que não ficavam cosas autênticas? Festa de graduação dos novos Joho (Shidoshi) da linhagem de Kawa, escola Kaze no Ryu Ogawa Ha, dirigida por Shidoshi Jordan Augusto Oliveira.


O que acontece quando duas pessoas praticam ChiSao? Qual é o sentido da sua prática e quais os objectivos? Neste 3º DVD, "Chi Sao desde a base até o nível avançado", Sifu Salvador Sánchez aborda o aspecto talvez mais importante do sistema Wing Chun, o Chi-Sao, a própria alma do sistema, que lhe dota de umas características completamente diferentes dos outros, e proporciona grandes virtudes ao praticante. Este trabalho trata alguns aspectos em princípio muito básicos, mas que conforme vamos aprofundando neles, nos parecem surpreendentes. É um rasgo muito claro da cultura tradicional chinesa, o que é muito óbvio à primeira vista, encerra uma segunda ou terceira leitura, que de certeza modificará a nossa maneira de ver, a prática e a compreensão. Analizamos como praticar o Chi Sao mediante os nossos “drills” de trabalho e como aplicar esses drills, essa habilidade, em um sparring, vinculando alguns conceitos, talvez não tão ligados ao Kung Fu tradicional, tais como bio-mecânica, estruturas, conhecimentos de física, etc..., a fim de obter melhores resultados na prática.

REF.: • DVD/TAOWS3

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