Cinturao Negro Revista Portugues 312 Maio Parte 2 2016

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O Pukulan Pencak Silat Serak é à vez, um sistema baseado em armas e mãos nuas. Incorpora numerosas armas de última geração, espadas, facas, kerambits circulares, barras, paus de diferente longitude e outras armas muito especiais. Também nos métodos de treino com mãos nuas, nos enfrentamos ao adversário que ataca com armas em ambas as mãos e a vários oponentes ao mesmo tempo. Este treinos fazem-nos mais conscientes de tudo quanto sucede numa discussão ou numa briga e o que se deve de fazer e não fazer quando nos enfrentamos a ataques com armas, contra um ou vários adversários. Neste segundo DVD, Maha Guru Horácio Rodrigues, herdeiro da linhagem de Pendekar Pak, Víctor De Thouars do Pukulan Pencak Silat Serak, aborda a maneira particular em que se treina e se utiliza o armamento, assentando as bases para futuros estudos mais avançados e a aplicação da técnica. Este vídeo inclui os princípios do trabalho, ângulos de aplicação, Sambuts, Jurus e exercícios com a espada curta “Pedang”, faca curta “Pissau”, pau curto “Tonkat Matjan”, Sarong, e aplicações de defesa pessoal com mãos nuas.

REF.: • DVD/SERAK-2

Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.


ontinuo neste número mostrando estas pequenas reflexões epistolares, inspiradas a partir da leitura dos textos que Shidoshi Jordan situa a cada dia, em seu Facebook. Sem outra pretensão que a de ver um assunto que tenha tocado no seu texto e assim, oferecer aos leitores algum ângulo de reflexão acerca assuntos eternos. Não pretendo assentar cátedra, nem dizer a última palavra, mas em um mundo em que a reflexão é uma espécie em extinção, espero que estas décimas de sabedoria sirvam para que a quem aprouver e queira, sejam lidos e se necessário, as utilizem e porque não?, os faça seus.

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A evolução pessoal

Que mistério tão grande é a evolução pessoal! Mudamos tudo, sem mudarmos na nossa essência, porque o que mudamos, essencialmente é só o encaixe. No entanto, minúsculas mudanças no centro, são enormes mudanças na periferia (o arqueiro apontando), a mentalidade, a emoção e acima de tudo o espírito, quanto mais ao centro (e quanto mais identificados estivermos com o verdadeiro centro), maior será o efeito. A massa essencial da nossa personalidade, marca o diferencial de transformação: a maior massa, maior mudança (a tensão do arco). Por isso, quem somos "intensos de nascença", nos movemos aparentemente milímetros e o mundo treme (para bem ou para mal). Daí a importância e a responsabilidade cada vez maior da sobriedade, a temperança, a reflexão… E ao mesmo tempo…, nada importa…, porque não somos responsáveis de termos massas críticas…, só do que façamos com elas, porque os premiados primeiros e últimos, os castigados primeiros e últimos, só seremos nós…, por nós mesmos… Todo o resto é só um espelho que nos reflecte, uma parede para ricochetear… Que mistério tão grande é a evolução pessoal!... Somos… o que somos…

É verdade! Somos o que somos! É verdade! O movimento só o produzem as dificuldades..., mas muitas vezes também nos bloqueiam quando nos ultrapassam… e quem não tenha sido derrotado, que levante a mão! É verdade… e no entanto, a facilidade conduz inexoravelmente à dificuldade. Um equilíbrio que devemos gerir com sabedoria; o valente, medindo-se no seu atrevimento…, o covarde, no seu medo…, o preguiçoso, na sua preguiça… Muito "do que quer que seja", até de gozo!, produz dor… Ficar quieto é apodrecer, mas se nos mover-nos em demasia, tarde ou cedo perdemos o centro.

É necessário sofrer tanto? O rio sempre chega ao mar tranquilo… A velhice também tem as sua vantagens! Aceleração

Um dos aspectos mais interessantes e menos considerados da aceleração sobre os humanos, é a de tirar a máscara aos seus artifícios. Se partimos da ideia de pessoa (em latim máscara do actor), estas caem a toda velocidade, empurradas pelos ventos da aceleração. As pressas são sempre más conselheiras; como diz o povo e Benito Perez Galdós atribui ao rei Fernando VII, quando o seu ajuda de câmara atribulado, não acertava a vesti-lo bem: "Veste-me devagar, que tenho pressa". A sabedoria popular está cheio de frases encantadoras a este respeito: "As pressas são coisa de gatunos e de maus toureiros". A parsimónia, a temperança, requerem sempre de uma gestão da aceleração que nos invade e nos envolve. O mundo corre e quem é incapaz de se abster de tal ritmo, cai invariavelmente escravo das circunstâncias. As pressas, quando não existe a justa moderação, nos tiram de dentro as nossas naturezas primordiais, porque não dão tempo à ocultação, ou à impostura. Mas para todos existe um limiar de pressão e de aceleração (que são duas caras da mesma moeda) onde a força nos vence. Então, a única arma é ter trabalhado profundamente a nossa consciência. Crise e mudança

Crise, do grego “κρίσις”, significa decisão; define um momento de culminação ou ruptura de um processo, que define as coisas, daí ser traduzido também como "julgamento". A acumulação de energias em volta de um eixo central, gravitando em um cenário específico, seguem pautas nunca aleatórias que, ou se liberam por falta de força do eixo central e ficam em nada, ou se condensam aumentando sua solidez e se precipitam para alguma coisa. Em qualquer caso, tudo o que começa, termina. Por isso não é entre os sábios a menor das virtudes, a virtude do desapego. O dorso da inteligência é a arrogância

Existe uma mecânica próprio dos humanos e da maneira em que se organiza o seu pensamento, na qual trabalha o seu cérebro, que é a analogia. Com grande êxito, a analogia nos tem levado a triunfar como espécie, apesar de não sermos realmente um exemplo de virtudes, nem de talentos físicos.


“Que grande mistério é a evolução pessoal; mudamos tudo sem mudarmos na nossa essência, porque o que mudamos, essencialmente é só o encaixe”

Com a analogia conseguimos, a partir de alguma coisa conhecida, inferir por semelhança conclusões, para responder perante o desconhecido. Depois, aplicamos o raciocínio para constatar a descoberta e a passamos à seguinte geração. Um grande sistema. No entanto, este aspecto positivo da nossa peculiar maneira de sermos animais pensantes, leva no fundo e escondido, um dorso terrível, que constitui a própria raiz da arrogância. Forçados pelo imperativo da necessidade, o dito processo de saber por comparação o que não sabemos e de termos de posicionar-nos continuadamente perante o desconhecido, através de desafios, levava implícito no seu abuso, essa terrível tendência a julgar-nos detentores da verdade, de sentir-nos donos de um trono que não nos pertence, porque sempre será mais o que não sabemos, que aquilo que sabemos... Conforme os desafios reais sejam menores que os imaginários, é fácil inverter o positivo do dito procedimento e cair na sua contraparte escura. Por isso, as gerações mas protegidas, menos contrastadas com as dificuldades, acusam muito mais este defeito. Por isso também, as certezas e a segurança na história pessoal, são frequentemente fortes pontos de um carácter onde se tenha instalado a arrogância. Só quem tiver caído, sabe dos seus limites, mede a sua pequenez; se bem nada é melhor antídoto para a arrogância que a derrota, outra cosa muito diferente é aprender dela. Os que temos tendência à arrogância, nos https://www.facebook.com/alfredo.tucci.5 apercebemos da mudança quando os anos nos fazem maduros, porque nos tornamos temperados, (que não tíbios) e olhamos para o mundo e as nossas reacções com perspectiva. A tolerância é um primeiro sintoma, a compreensão é um ainda melhor, a compaixão é o definitivo. Esses são os sinais inequívocos de que alguma coisa mudou, modulando a nossa natureza, mas sem esquecer que cada um é o que é. A cabra foge para o monte…




No passado si 24 de Dezembro, foi a estreia na Ásia de "lp Man 3", chegando posteriormente, em Janeiro, aos cinemas dos Estados Unidos, de maneira limitada. De novo e como sucedeu nas versões anteriores, o realizador foi W i l s o n Y i p Wa i - S h u n e interpr etada por Donnie Yen. A produção contou com um excelente elenco de actores e especialistas, entre os quais são de destacar Mike Tyson, que partiu um dedo durante a rodagem; Danny Chan, que interpreta Bruce Lee, um papel para ele já

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posto ter familiar, interpretado o rei das artes marciais na série “A lenda de Bruce Lee” (2008) e o imitou em “Shaolin Soccer”; Liang Chia-Jen, bem conhecido para os amantes do cinema de Hong Kong, com 139 fitas em sua filmografia; Kent Cheng com 132 filmes e Max Zheng ("The Grandmaster") entre outros. A coreografia foi encomendada ao possivelmente melhor coreografo de Hong Kong, Yuen Woo Ping, que lançou à fama a Jackie Chan, com "A serpente e a sombra da águia” e “O mestre ébrio no olho do tigre” e é reconhecido a nível mundial por seu trabalho na série “Matrix” e “Tigre e Dragão”. Dado o interesse que está suscitando o filme e a biografia do Grão Mestre Ip Man, Cinturão Negro nos traz este mês, um artigo biográfico do Sifu. Sob o seu aspecto inconfundível de encantador velhinho, sempre sorridente, alto, magro e careca, se oculta um homem extraordinário, cuja legendária biografia o consagr ou como um dos "imortais" das Artes Mar ciais. A maioria das pessoas conhecem-no como "o Mestre de Bruce Lee", mas Yip Man foi muito mais que isso. Foi um excepcional artista marcial, mestre de mestres e indiscutivelmente, o difusor do Wing Chun a nível mundial. ob seu inconfundível aspecto de amável velhinho sempre sorrindo, alto, magro e careca, se ocultava um homem extraordinário cuja legendária biografia consagrou como um dos "imortais" das Artes Marciais. A maioria das pessoas conhecem-no como "o mestre de Bruce Lee", mas

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Grandes Mestres


Grandes Mestres Yip Man foi muito mais que isso, foi um excepcional artista marcial, mestre de mestres e sem dúvida alguma, o difusor do Wing Chu a nível mundial. Afigura de Yip Man (Ip Man & Ye Wen) é inquestionável. Não gozaria da projecção internacional que na actualidade possui, de não ser pelo facto de que ter sido Mestre e mentor de Bruce Lee. Apesar do que se tem escrito e difundido, Bruce Lee só foi "mais um aluno" de Yip Man. O Pequeno Dragão nunca chegou a ter um nível superior dentro do estilo. Quando Bruce Lee partiu para a América, na escola havia muitos alunos muito mais avançados que ele. Além disso e em contra do que se tem dito, Bruce pouco tratou e treinou com Yip Man. O Sifú era muito tradicional, ensinava seguindo o hábito da China. Como "Patriarca" da escola apenas treinava directamente com os alunos mais avançados (os "Irmãos mais velhos") e estes por sua vez ensinavam os outros alunos. Isto explica que a maior parte do Wing Chu que Bruce aprendeu, foi pela mão de outros alunos, como William Cheung ou Wong Shun Leung. Por tanto, o contacto entre Bruce Lee e Yip Man foi efémero e muito esporádico. Entretanto, vida de Yip Man possui os ingredientes necessários para se tornar uma lenda por méritos próprios. Mas antes de entrarmos na narração de sua atribulada vida, convém conhecer os antecedentes da sua arte e de seus mestres. Conta a lenda que o Wing Chu foi criado lá pelo século XIV, por uma freira budista de nome Ng Mui, que inventou um sistema de combate muito peculiar, após observar como lutavam um grou e uma raposa. A arte foi transmitindo-se em segredo ao longo dos séculos, como exigia a tradição. Nos inícios do século XIX, o 5º Guardião do Estilo era Leung Jee, um ervanário grande adepto das Artes Marciais. Este morava em Fatshan, uma cidade situada na província de Kawantung, no Sul da China. Em toda a província este pacato ervanário era conhecido por sua extraordinária eficácia em combate. Aqueles que se atreveram a desafiá-lo (que não foram poucos) foram invariavelmente derrotados pela sua endiabrada maneira de mover-se e por sua técnica favorita, a Palma de Ferro. Leung Jee era na realidade muito pacífico, mas conforme aumentava a sua reputação, se multiplicavam os lutadores que o desafiavam para descobrir os seus segredos. Chan Wah Sun, outro destacado mestre e lutador da época, desejava fervorosamente aprender sob tutela de Leung Jee; mas este, fiel ao hermetismo característico das Artes Marciais nessa época, não queria partilhar seus conhecimentos com Wah. Leung reservava as suas mais preciosas ensinanças para o seu filho Leung Bik, que estava destinado a ser o 6º Guardião



Grandes Mestres do Estilo. Chegado a certa idade avançada, decidiu ensinar a sua arte a Bik, mas à porta fechada. Todas as noites se juntavam os dois no ervanário, para treinar. Chan Wah Sun, resolveu mudar o seu negócio de câmbio de dinheiro para um local adjacente ao ervanário de Leung e continuar trabalhando no seu ganha-pão, mas também para poder espiar o mestre e aprender os seus segredos. Desta maneira, todas as noites Wah se escondia no escuro e foi assimilando todas as ensinanças de Leung. Este, que mesmo idoso não tinha perdido nem um ápice da sua lucidez, depressa constatou a presença do não convidado espectador, mas fingiu não ter descoberto nada e começou a ensinar todos os conceitos e deslocamentos de maneira errónea, para confundir Wah. Depois, durante o dia e enquanto Wah trabalhava, corrigia o que ensinara a seu filho para este poder aprender o verdadeiro Wing Chu. Assim sendo, Wah aprendeu uma versão incorrecta, adulterada, sem quase ter deslocamentos e cheia de conceitos errados. Apesar disso, Chan Wah Sun, sendo uma pessoa muito esperta e especialmente dotada para a luta, continuou progredindo, modificando o que aprendia, adaptando-o à realidade de combate. O resultado é que não aprendeu o Wing Chu genuíno mas modificou o que "aprendia" de Leung Jee mas que não fazia sentido, até chegar a ser realmente eficaz em combate. A prova disso é que após o falecimento de Leung Jee, Wah desafiou Leung Bik para pôr em jogo a sucessão de Guardião do Estilo em um duelo, e venceu o combate. Wah estava convencido de ter ganho devido às técnicas de Wing Chu aprendidas em segredo, quando realmente venceu apesar das mesmas. Sem dúvida, Leung Bik era ainda muito inexperiente para ser bem sucedido em um confronto com um lutador forjado em mil batalhas, como era Chan Wah Sun. Bik, com sua alma mortificada e sentindo-se esmagado na sua honra, desapareceu da região e Wah se tornou a nova cabeça do estilo Wing Chu, arte que na realidade desconhecia! No entanto, por sua conta continuou pesquisando outras Artes Marciais. A vitória de Wah e a sua nova condição de Guardião do Estilo conferiram-lhe tal reputação que finalmente abriu uma escola de Artes Marciais e abandonou o ofício de cambista de dinheiro, que tanto detestava. Enterrou a alcunha de "o cambista Wah" e começou a ser conhecido como "o homem de madeira", com motivo de uma exibição que realizou, na qual despedaçou com seus punhos um sólido boneco de madeira de treino. Mas o "negócio" das Artes Marciais não era realmente lucrativo nessa época, visto que se instruíam grupos de discípulos muito reduzidos. Por isso, Chan Wah Sun procurou a protecção de um "mecenas" que lhe cedia gratuitamente

“Em 1968, Yip Man, com 70 anos, foi operado de um câncer de estômago e depois anunciava abandonar o ensino. Esta decisão foi um duro golpe para a comunidade do Wing Chu, pois Yip Man se retirava sem ter ensinado todos os segredos da sua arte”



uma parte da sua casa para abrir a sua escola. Foi precisamente a família Yip, uma das mais ricas da cidade de Fatshan, que o recebeu na sua mansão. O patriarca dos Yip, Yip Oi Do, resolveu albergar artista marcial tão afamado, para assegurar a protecção da sua casa e das suas propriedades. A família Yip contava entre seus filhos com um jovem fraco e doentio chamado Yip Man, o qual nasceu a 14 de Outubro de 1893. Desde muito pequeno seguira a educação tradicional que reservava a todo filho homem da alta burguesia chinesa estudos de filosofia, literatura e poesia clássica chinesa e ocidental, assim como determinadas artes nobres, como a caligrafia e a pintura. O destino de Yip Man já parecia sentenciado: estudar posteriormente comércio e dirigir parte dos negócios da família. Entretanto, o pai não levara em consideração que o seu macilento filho gozava de uma vontade própria e muito forte. Desde muito criança, logo que podia fugia da vigilância dos tutores, para ir ver como treinavam os discípulos do "protegido" de seu pai. Aquilo era uma coisa que o fascinava! Já com nove anos, finalmente resolveu ir falar com o velho mestre Wah (que já contava 60 anos) e pediu-lhe ser aceite nas suas aulas. Wah não levou a proposta a sério; só se tratava de um garoto e ainda por cima de origem acomodada, pelo que (pensava o mestre) seria caprichoso e inconstante. A situação era complicada. Por um lado, Wah não teria tido inconveniente em aceitá-lo se não fosse porque já tinha sérios problemas de espaço com 16 discípulos que assistiam às aulas. Por outro lado, não podia rejeitar Yip Man por se tratar de um dos filhos do seu "protector", da pessoa que o albergava. Para sair desta encruzilhada, Wah resolveu aceitar Yip Man com uma condição: receber 300 moedas de prata. Isto era uma quantia muito elevada, por isso o mestre pensava que Yip Man, com apenas 9 anos, só a poderia juntar passados vários anos. Wah julgava ter dado solução ao problema, mas no dia seguinte apareceu Yip Man com a quantia pedida. Levava anos economizando das mesadas que recebia dos pais. O velho mestre não teve então outra solução que aceitá-lo como aluno, sem aceitar a quantia, como é lógico. No que respeita ao pai de Yip Man, este não via com bons olhos que o filho se iniciasse no Wing Chu. O futuro que lhe reservara era muito diferente e além disso, as Artes Marciais não estavam muito bem vistas nas classes burguesas chinesas, desde a rebelião dos Boxers. Mas Yip Oi Do cometeu o mesmo erro que Chan Wah Sun, pensou que só se tratava de um súbito capricho do seu filho, que logo que sofresse em car ne própria os duros treinos, abandonaria suas pretensões marciais. Por outro lado, também considerou o tremendo benefício físico


Grandes Mestres


Grandes Mestres que as Artes Marciais poderiam proporcionar a seu doentio filho. Assim e com o escepticismo de todos os que estavam em seu redor, Yip Man se introduzia no mundo do Wing Chu, com apenas nove anos. Se alguma coisa caracterizava o jovem Man era a sua extraordinária força de vontade e constância. Wah, que de início não o levava nada a sério, para desanimar o jovem burguês impôs-lhe uma disciplina de treino extremamente rigorosa. Mas quanto mais difícil era, mais se entregava Yip Man ao treino. Depois de uns duríssimos meses, o mestre, admirado da excepcional determinação de seu pupilo mais jovem, resolveu aceitá-lo como o mais novo da sua família de Wing Chu. Com os anos, Yip Man conquistou o respeito de seu mestre e dos "Irmãos mais velhos", até tal ponto que Wah chegou a pensar seriamente na conveniência de o formar para ser seu futuro sucessor. Em 1911, Chan Wah Sun, mestre de Yip Man, morre subitamente. Yip Man só conta 13 anos idade e 4 de prática do Wing Chu. Continua treinando durante mais três anos, tutelado por alunos avantajados da escola, os denominados "Irmãos mais velhos". Quando faz 16 anos, seu pai manda-o interno ao St. Stephen College, uma instituição católica situada em Hong Kong, para aprender Inglês e adquirir conhecimentos ocidentais para a sua educação. Ali, a dura vida do internado e a competitividade de seus colegas forjaram em Yip Man um carácter de ferro e permitiram-lhe por primeira vez pôr à prova as suas habilidades marciais nas numerosas brigas entre alunos. A sua eficácia em combate chegou a tais cotas que logo ficou sem adversários na escola e nas vizinhanças. Entretanto, o impulsivo Yip Man procurava constantemente confrontos com os quais melhorar sua eficácia marcial. Um dos seus amigos falou-lhe de um excêntrico praticante de Gung Fu que trabalhava numa fábrica de seda do porto e que tinha fama de ser invencível em combate. Uma dia Yip Man se dirigiu ao porto em busca da barcaça onde lhe tinham dito que habitava o famoso lutador. Quando finalmente o encontrou, desafiou-o gritando desde a doca. Não teve resposta pelo que, ultrajado, lançou uma pedra contra a barcaça. Então, uma profunda voz perguntou calmamente o que queria. Yip Man respondeu com um tom seco e desafiante: "Dizem que és invencível em combate. Gostaria de lutar contigo." Um homem, que andava pelos cinquenta anos, apareceu na borda, olhou para Man de cima para baixo e disse: "És muito jovem e magrizela. Não me apetece perder tempo, mas vou dar-te uma oportunidade: executa um Tao (forma ou kata de Gung Fu) e veremos se vale a pena". Yip Man não se deixou amedrontar pelo soberbo desdém do lutador e executou com agilidade e vigor o Sil Lum Tao, forma de Wing Chu. "De acordo, - disse o desafiado com um sorriso - vou conceder-te uma oportunidade, mas o combate será na minha barcaça…" Yip Man subiu à embarcação e ambos se puseram em guarda. De repente, Man se abalançou como uma exalação sobre o adversário, lançando uma fulgurante sucessão de socos. O homem interceptou todos os seus golpes com uma naturalidade pasmosa

e atirou o jovem à água. Man nadou até a barcaça, trepou pela borda e voltou a atacar o adversário com ainda mais fúria. Todos os seus ataques foram interceptados com uma facilidade endiabrada e Man voltou a mergulhar nas frias águas do porto. Yip Man finalmente compreendeu encontrar-se perante um excepcional mestre de Gung Fu, pelo que, molhado até os ossos, pediu humildemente ser aceite como aluno. O homem, sem responder nem uma palavra, virou costas e começou a preparar o jantar. A partir de então, Yip Man começou a ir todas as noites até a barcaça do mestre levando presentes, inclusivamente lavava a sua roupa e fazia o jantar. Apesar de tudo isto, o homem nem sequer lhe dirigia a palavra. Mas passados mais de dois meses e perante a respeitosa insistência do jovem Man, o mestre finalmente perguntou: "Quem te ensinou Artes Marciais?" - "O mestre Chan Wah Sun, do estilo Wing Chu." Com esta resposta, os aprazíveis rasgos do mestre atraiçoaram-no por uma intensa emoção que Yip Man não atinou a interpretar. O enigmático lutador permaneceu longo tempo contemplando o horizonte e quando se virou, olhou directamente para os olhos de Man e disse: "De acordo, vou ensinar-te a minha arte. Vou ensinar-te a verdadeira arte do Wing Chu." Yip Man ficou petrificado. O que era aquilo? Pensava que só existia um estilo de Wing Chu, o que ele aprendera directamente pela mão do Guardião da Escola. Vendo a expressão estupefacta do jovem, o mestre prosseguiu: "Meu nome é Leung Bik e sou filho de quem o teu mestre aprendeu. Sou o 6º Guardião do Estilo e o único praticante vivo do verdadeiro Wing Chu." Bik explicou a Yip Man os motivos e como seu pai tinha enganado Wah, pelo que este nunca aprendeu o Wing Chu original. Yip Man não tinha praticado até esse momento mais que uma peculiar amálgama de Wing Chu completamente adulterado e misturada com muitas outras artes marciais que Chan Wah Sun tinha ido pesquisando ao longo da sua existência. Apesar de tal híbrido ser, sem dúvida, muito efectivo em combate, não se tratava do Wing Chu original, pois este só tinha sobrevivido na pessoa de Leung Bik, que nunca o ensinara a ninguém nem nunca pretendera faze-lo. Neste sentido, podemos afirmar que o verdadeiro Wing Chu se teria perdido para sempre após a morte de



Grandes Mestres Leung Bik, se não tivesse sido porque a fortuna quis que, casualmente, um teimoso jovem chamado Yip Man se atravessasse no caminho de Bik e se tornasse depositário desta extraordinária Arte Marcial. Yip Man tornou-se assim discípulo de Bik e aprendeu o genuíno Wing Chu de maneira íntegra, quer dizer, com técnicas secretas incluídas. Leung Bik faleceu poucos anos depois, mas esses anos foram suficientes para que Yip Man, com determinação e entrega, aprendesse tudo quanto sabia o seu sifú. Yip Man voltou a Fatshan, a sua cidade natal onde como sucessor oficial do Wing Chu original, começou a dar aulas a 4 ou 5 estudantes, na década dos 40. Mas não se estancou em seu estudo das Artes Marciais, ele continuou intercambiando técnicas e conhecimentos com seus antigos colegas da prática, os alunos de Chan Wah Sun. Era ainda um homem jovem, pelo que não gostava da rígida hierarquia que caracterizava as escolas de Gung Fu da época. Desde o início estabeleceu por norma autênticas relações de amizade com seus alunos. Não queria que estes o chamassem "Patriarca", preferia ser chamado "Man-Sok", ou seja, "Tio Man". Mais adiante, com o decorrer dos anos, Yip Man se voltaria muito mais rígido e tradicionalista, implantando pouco a pouco na sua escola o típico esquema hierárquico de Patriarca - Irmãos mais velhos - Principiantes. Mas nos anos 40 estabeleceu outra norma que, à diferença da primeira, jamais quebrantaria até o fim de seus dias: nunca recebeu dinheiro algum pelas suas aulas, ensinava por prazer e não queria que os assuntos económicos perturbassem a sua escola. Naquela época começou a trabalhar apenas por prazer, como chefe da esquadra da polícia de Fatshan. Depressa a sua fama começou a precede-lo, todos conheciam a sua estranha habilidade para reduzir e prender os “fora da lei”. Suas façanhas eram famosas na região. Entre elas destacava o facto de ter reduzido sozinho, um bando de oito perigosos delinquentes. Também se enfrentou a numerosos versados em Gung Fu, os quais, muitos deles eram uns desordeiros. Quando em 1949 triunfou a Revolução Popular Chinesa, Yip Man fugiu para Macau, mas não chegou a deitar “raízes” nesta cidade. Depois de um curto espaço de tempo, se mudou para Hong Kong, onde se estabelece para o resto da sua vida. Logo que chega à colónia britânica, Lee Man, que era secretário do sindicato dos trabalhadores de restaurantes, autoriza-o a utilizar as instalações para implantar suas ensinanças. Neste local, Yip Man começa a treinar o seu primeiro grupo de alunos. As suas ensinanças começaram em Julho de 1950. Rapidamente se torna o máximo expoente de Wing Chu de Hong Kong, obtendo reputação de mestre extraordinário, ainda que um pouco excêntrico. Isto era devido ao facto de não realizar nenhuma publicidade da sua escola (apesar do qual era muito conhecida), não recebia dinheiro pelas suas aulas e nunca aceitava alunos à ligeira (conta-se que quando alguém pretendia entrar na sua escola, Yip Man o pesquisava durante meses, antes de o aceitar definitivamente). Se por qualquer razão rejeitava um pretendente ou expulsava um aluno, nada o fazia mudar de opinião. Foi na década de cinquenta quando começaram a destacar na escola de

“Em 55 a escola já contava com cerca de 30 alunos, apesar de que a maioria abandonou as aulas quando Yip Man se mudou para o Kwoon (dojo) na rua Lee Tat, em Kowloon” Yip Man uma série de extraordinários artistas marciais. Nomes como Tsui Sheung Tin, Ho Kam Ming ou Wong Shun Leung já estão escritos em letras douradas na história do Wing Chu e das Artes Marciais. Todos eles se formaram sob a tutela do "sifú sorridente". O mais conhecido deles, Wong Shun Leung chegou por primeira vez à escola de Man um dia de 1954, pedindo que lhe demonstrassem a eficácia do Wing Chu contra o Boxe, disciplina em que ele era especialista. A prova foi tão convincente que a partir desse dia se integrou na "família" de Yip Man. Pouco depois passaria a ser um dos alunos mais destacados da escola, conhecido pelos praticantes de outros estilos de Gung Fu como "o broncas", pois qualquer desculpa era boa para desafiar quase todos os artistas marciais relevantes de Hong Kong. De facto, a fama que depressa adquiriram os estilistas do Wing Chu em geral, foi a de serem uns autênticos "rude boys" (rudes, pendenciadores, brigões) que não paravam de desafiar e de lutar para constatar e afinar as suas habilidades e publicitar o estilo e a escola. Em 55 a escola já contava com cerca de 30 alunos, apesar de que a maioria abandonou as aulas quando Yip Man se mudou para o Kwoon (dojo) na rua Lee Tat, em Kowloon. A nova localização estava situada nos bairros baixos de Hong Kong, pelo que Yip Man teve de negar o acesso a muitos aspirantes um tanto inquietantes e suspeitos; mas também recebeu algumas pérolas de



Grandes Mestres categoria, como William Cheung e Bruce Lee. Estes eram dois autênticos arruaceiros de bairros baixos que no entanto, demonstraram muita mais paixão e entusiasmo que muitos veteranos. Bruce, que na época era irreverente e indomável, demonstrava no entanto um tremendo respeito por Yip Man, como lembra Jesse Glover, primeiro aluno de Bruce Lee: "Bruce sempre falava de Yip Man com muito respeito e acredito que sentia muito orgulho em ser um dos seus estudantes. Lembro-me que acostuma a contar que apesar de Yip Man não pesar nem sequer 50 quilos, tinha uma potência de pegada muito superior à de qualquer dos seus estudantes, superior inclusivamente à de William Cheung, que media 1'75 e pesava mais de 80 quilos. Contava também que Yip Man, com 65 anos, ainda conservava tanta habilidade que em combate ninguém o podia tocar." Pouco tempo depois de começar as aulas, Bruce soube de uma história onde Yip Man teria matado recentemente outro mestre de Gung Fu com um só batimento, porque este se negou a sair da escola depois de insultar o Wing Chu e o próprio sifú. Bruce Lee acreditava na autenticidade da história, pois conhecia a extraordinária eficácia do seu mestre. O Pequeno Dragão era na escola uma figura prometedora, mas abandonou-a prematuramente para emigrar para os Estados Unidos. Durante os primeiros anos da sua "aventura americana", Bruce intercambiava periodicamente cartas com Yip Man, onde contava seus progressos e explicava que estava dando aulas de Wing Chu a vários alunos americanos. De facto, pediu-lhe para aceitar na família do Wing Chu o seu aluno mais avançado, o afro-americano Jesse Glover. Segundo parece, Yip Man se zangou muito, pois nessa época era da opinião que o Wing Chu só devia ser ensinado a gente de raça chinesa; era como ter uma vantagem sobre os ocidentais. Mas em 1965 mudava radicalmente de maneira de pensar, admitindo publicamente que o Wing Chu devia ser ensinado sem distingo de raça nem de nacionalidade. Em 1968, Yip Man, com 70 anos, foi operado de um câncer de estômago e depois anunciava abandonar o ensino. Esta decisão foi um duro golpe para a comunidade do Wing Chu, pois Yip Man se retirava sem ter ensinado todos os segredos da sua arte. Por esta razão, um de seus alunos chamado Kwok Keung foi falar com ele quando ainda estava convalescente da operação, para o convencer que ensinasse "à porta fechada" a um aluno seu muito prometedor, de nome Leung Ting. Inesperadamente, Man aceitou e passando por cima de todas as regras hierárquicas (muitos Irmãos mais velhos ou seus próprios filhos deveriam ter sido prioritários na sucessão), ensinou a um muito jovem Leung Ting o Wing Chu na sua integridade, o que só ele conhecia. Yip Man faleceu no dia 1 de Dezembro de 1972, à idade de 79 anos. Leung Ting se tornou o máximo expoente do Wing Chu e o sucessor do "Sifú sorridente". Na actualidade, o Wing Chu é uma das Artes Marciais mais praticadas em todo o mundo e Yip Man é por próprio direito, um dos mestres mas emblemáticos das Artes Marciais, até o ponto de a sua vida ter sido levada ao cinema.

“Conta a lenda que o Wing Chu foi criado lá pelo século XIV, por uma freira budista de nome Ng Mui, que inventou um sistema de combate muito peculiar, após observar como lutavam um grou e uma raposa”










Apresentamos o segundo trabalho do grupo KMRED. Este vídeo, denominado “Conceito y Pedagogia” tem como objectivo levar-nos a descobrir uma parte do conceito Krav Maga Pesquisa, Evolução e Desenvolvimento, assim como a pedagogia que se desenvolve no seio do nosso grupo. Os diferentes exercícios que aqui descobriremos, não têm como objectivo de “nos encherem os olhos”, nem o de mostrar as nossas aptidões combativas, porque a nossa prioridade é aqui explicar como preparamos os nossos alunos para se tor narem “guerreiros” capazes de “se adaptarem” às diferentes evoluções de um combate na rua.

REF.: • DVD/KMRED-2

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O tradicional e o representativo!... "O importante da educação é o conhecimento não dos factos, mas dos valores." (Dean William R. Inge ) Seria estupidez querermos equiparar as necessidades que impulsionaram as artes marciais de um período Sengoku, a uma evolução e crescimento de suas formas, com a necessidade real dos dias de hoje. O bom senso que sugere uma visão histórica das partes que sempre exemplificam através dos “Kata”, ou formas pré-estabelecidas, possui uma busca especial; contudo, em tempos modernos, pode ser - e isso depende de cada um - que a visão superficial pode salientar um pouco de falta de conhecimento, daqueles que estabelecem uma comparação de maneira nua e crua.

O

mundo actual está recheado de ideias inovadoras, de sistemas, de formas, de exemplos que em um tempo antigo teriam feito a sua diferença nos campos de batalha. Logo, a própria ideia de tempo, tradição, conservação, e etc., remetenos à ideia de “arte”. Tal conceito só

pode ser mesurado pela mente que contempla, que se sente atraída pelas imagens que lhes são transmitidas... Perder-se em meio a comparações é o mesmo que irmos a uma peça teatral de Sheakspeare e a compararmos com o filme Matrix! Todavia, o conflito é normal para os que estão acostumados com uma visão simples e moderna das artes

marciais em geral. O conflito implica, sem dúvida nenhuma, contradição: contradição no sentimento, no pensamento e na conduta. Existe contradição quando desejamos fazer uma coisa e somos forçados a fazer o contrário. Para a maioria de nós, quando existe admiração, existe também ciúme, ódio; e isso é também


Bugei


contradição. No apego, há angústia e dor, portanto contradição, conflito. A observação além das possibilidades do sim e do não, da verdade e da mentira, é, sem, dúvida alguma, uma forma saudável de chegarmos ao profundo das coisas. Poderíamos dizer que dentro da etiqueta habitual, a postura é fundamental; costas rectas, queixo erguido, mas o bom senso é o melhor caminho para não se cometer exageros. É desagradável alguém assistir a uma exibição e tentar falar de seu mestre, demonstrar suas impressões em público, como faz a sua escola, coisas assim. Por muitas vezes estamos em um determinado local para admirar, não para fazer propaganda de outra pessoa. As artes tradicionais possuem um factor histórico de incomensurável valor; valor este que determina os que são e os que não são. Tal como dizia Louis Bonald: "A cultura forma sábios; a educação, homens". Explico: Diferentes regimes mentais, ou quem sabe costumes diários, revelam-se em alguns casos, como prazeres fictícios que subtraem a possibilidade de uma estagnação. A cultura, sem dúvida alguma, é um destes pontos maravilhosos que leva o ser a se permitir estar inserido em outros mundos criados por outras pessoas. Esta forma de visão, analisada desde perto, usurpa em diferentes padrões, aquilo que alimenta a ignorância. É simples, o mínimo feito de permitir que a ideia do outro penetre e me capte a atenção, ou que prenda o meu "mirar", já é um ponto de expansão das nossas medidas individuais de observação. Dado o facto de que a vida que observamos em um cenário exterior reage e se desenvolve em meio à forma com que a permitimos se evidenciar, a mente em comunhão com o factor “integração”, indubitavelmente, explora novos universos em versões mais utilitárias - seja em níveis espirituais ou materiais. Durante minha estada como estudante da Universidade Católica, eu percebi, através de um querido professor, que as razões que empregamos em diferentes instantes, nada mais são que projecções determinadas de verdades anteriormente semeadas. Dentro das tantas perspectivas que descobri através do hábito da leitura (e espero que as ferramentas que proporcionam a manutenção deste hábito como livros, revistas,


Bugei “O aprender, o querer aprender, cede espaço à facilidade de se “re-inventar” através de um “facebook”, redes sociais... Já não há volta atrás! Estamos fadados a ter que respeitar essa lei inexorável, à custa do menor dano e com a maior vantagem, se possível…”


jornais, e etc., sigam em vias panorâmicas para alternar a mesmice que nos consome a realidade cansativa e maltratada de nossos quotidianos), uma delas me chamou a atenção: o Eu e o Outro! Como estabelecer um tipo de medida de observação quando, em nossa realidade interna, já existem proporções adquiridas através de outras experiências? O que passa, ou passará, pela cabeça de cada um de nós, quando, por exemplo, escutamos Bach? Recordo-me de um garoto que, ao escutar Bach, sua reacção foi: ...Isto é horrível! A geração de agora, mais tecnológica, transita em ritmos e sons adjacentes às próprias tribos que dividem toda uma sociedade mutante – para desespero de muitos dinossauros de épocas anteriores. Ainda assim, e em meio a tal velocidade, reordenamo-nos em um processo de adaptação que busca, através de uma via normal, estilizar nossas ideias; por mais vanguardistas que sejam. Quiçá, no caso deste garoto, a sua primeira impressão tenha sido gritante aos seus ouvidos tão afinados ao actual “Tum... Tum... Tum...”, que é remanescente dos tempos da “Disco”, dos tantos sons de “discotecas” como os estilos “house”, ou mesmo Hip Hop... A realidade é que em cada cabeça milita um tipo de cultura, que se identifica com algum tipo de panorama exterior.


Bugei




Se observarmos com profundidade, veremos que é o ser quem deve, para si mesmo, encontrar o seu significado e a sua sublimação; é o ser quem estabelece para si, a medida de um “gostar” ou não, do que lhe apresenta a sociedade. Por outro lado, como tudo passa e tudo se transforma, concordo com François La Rochefoucauld, quando este diz que “A ausência apaga as pequenas paixões e fortalece as grandes”. Um aluno me pergunta: “...Mas, e se a reflexão for somente imaginação, ilusão?” Somos parte de uma realidade que obedece a princípios que não resiste a ascensão. Blaise Pascal dizia que “A imaginação tem todos os poderes: ela faz a beleza, a justiça, e a felicidade, que são os maiores poderes do mundo”. Estamos todos em um momento de trânsito, de mudanças internas e externas; a tecnologia parece oferecer um painel de realidades virtuais que pelo pontiagudo interesse, já irreversível, “pré-supõe” que dentro de pouquíssimos anos já não seremos nada mais que uma imagem construída através dos nossos traumas e complexos. O aprender, o querer aprender, cede espaço à facilidade de se “re-inventar” através de um “facebook”, redes sociais... Já não há volta atrás! Estamos fadados a ter que respeitar essa lei inexorável, à custa do menor dano e com a maior vantagem, se possível…


Bugei “O mundo actual está recheado de ideias inovadoras, de sistemas, de formas, de exemplos que em um tempo antigo teriam feito a sua diferença nos campos de batalha”



Las Filipinas poseen una larga historia en combates a vida o muerte. Desde la antigüedad hasta los tiempos modernos, las artes de lucha del archipiélago filipino han demostrado una y otra vez ser formas eficientes, eficaces y extremadamente letales en combate. Una infinidad de sistemas de artes marciales filipinas se extienden a través de los miles de islas en esta región. Muchas son artes “familiares” y ningún "extraño" llegue probablemente a aprenderlas, pero afortunadamente, otras muchas también se han puesto a disposición del resto del mundo. Desde la perspectiva de Kyusho, el estudio comienza con el aprendizaje de la reanimación y restauración, pero luego desarrolla una focalización de objetivos móviles con el brazo como fundamento Marcial. Al diseccionar un ataque, aparte de las patadas, todos los demás ataques comienzan con los brazos, y el reto es que los brazos son las partes más rápidas del cuerpo, con el mayor rango de movimiento y capacidad de ataque direccional. Por tanto, esta es una sección muy difícil del entrenamiento que debería integrarse en cada sesión, con numerosas variaciones. Hay otras formas de facilitar este nivel y una reside en la habilidad del “Arm Trapping”, o captura de brazo. Un trabajo de colaboración del Maestro de Kali Raffi Derderian y el Maestro Evan Pantazi.

REF.: • DVD/KYUSHO 24

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MAIS PROS E CONTRAS DOS PONTAPÉS pelo Grão Mestre John Pellegrini

Alguns meses atrás, tive ocasião de passar algum tempo com meu bom amigo o Grão Mestre Bill "Superfoot" Wallace. Conheci Bill faz quase 30 anos. Nos fizemos amigos depois dele fazer parte do jurado de qualificação para a minha prova de 6ºDan de Chang MOO Kwan Taekwondo. Até foi ele quem assinou a minha qualificação! Com os anos, temos realizado muitos seminários e campos de treino conjuntos, inclusivamente, viajamos juntos à Irlanda e à Finlândia. Também temos sido convidados VIP em muitos eventos de Artes Marciais e em Salões da Fama. Em 2006, Bill se uniu à junta directiva da Associação i n d e p e n d e n t e d e Ta e k w o n d o , u m a organização por mim fundada, faz mais de 25 anos. Portanto, quando recentemente o vi realizar um dos seus seminários sobre pontapés, não deveria eu me ter surpreendido da sua capacidade para lançar pontapés à cabeça sem esforço e com uma velocidade que não dá para ver como é!. Eu o tinha visto fazer isso muitíssimas vezes! No entanto, o que me levou desta vez a pensar acerca da sua habilidade excepcional foi o facto de que, apenas dois meses atrás, eu telefonara para o Bill, para lhe desejar um feliz aniversário. "Superfoot" contava 70 anos!


Combat Hapkido “Mesmo quando estava no meu melhor estado de forma em Taekwondo, (faz uns 25 anos) nunca cheguei a ser tão bom dando pontapés, como Bill... Nem eu, nem ninguém!...”


M

esmo quando eu estava no meu melhor estado de forma em Taekwondo, (faz uns 25 anos) nunca cheguei a ser tão bom dando pontapés, como Bill. Nem eu nem ninguém!... No entanto, eu era respeitado pela minha excelente técnica de pontapés e rotineiramente, eu podia alcançar um estudante de tipo médio na cabeça, partir múltiplas tábuas de madeira com poderosos pontapés em salto e lançar golpes precisos e muito rápidos, com pontapés altos em rotação. Portanto, se agora eu desejar saber se posso ou não posso ainda fazer isso, a resposta é... já não posso! Durante os últimos 10 anos, tenho perdido uma grande parte da minha flexibilidade e as minhas articulações (joelhos e ancas) se têm endurecido e estão com problemas de artrite leve. Parte do motivo é também o facto de eu já não passar duas horas por dia a fazer estiramentos, como fazia quando dava 15 aulas de Taekwondo por semana. Quando mudou a motivação da minha carreira de Artes Marciais para a defesa pessoal realista, senti que a habilidade de dar pontapés na cabeça não era necessária e que, mesmo sendo capaz de realizar os ditos pontapés em um confronto na rua, esta seria uma táctica perigosa. Portanto, quando comecei a estruturar as matérias de estudo do meu sistema Combat Hapkido, resolvi incluir um arsenal de pontapés limitado, mas de grande alcance, que seriam as mais importantes e eficazes em uma situação realista de auto-defesa. Uns pontapés que a maioria das pessoas, homens


Combat Hapkido e mulheres de todas as idades, seriam capazes de executar de maneira relativamente fácil. Depois de meses pesquisando e experimentando, seleccionei uma dezena de pontapés, para formarem parte das nossas exigências técnicas. Acredito que os pontapés seleccionados para o nosso sistema, são mais que suficientes para enfrentar a maioria das situações. Assim sendo, vejamos como chegamos à base da nossa filosofia de pontapés do Combat Hapkido! Primeiro, tivemos de analisar algumas das realidades da vida quotidiana: • As pessoas usam roupas e sapatos normais, não concebidos para dar pontapés acrobáticos (á diferença da maioria das Artes Marciais o desportos de combate). • A maioria das pessoas não são muito flexíveis por natureza e não começam o dia com exercícios de estiramento, antes de saírem de casa. • O terreno em que um ataque pode suceder, poderia ser escorregadio devido à geada ou à chuva, desigual, rochoso, barrento, etc.…, o que não é o ideal para os pontapés vistosos. • os pontapés altos demoram mais em chegar ao seu destino e são mais fáceis de bloquear ou de esquivar. • os pontapés altos deixa o corpo exposto e mais vulnerável a contra-ataques. • os pontapés altos e os pontapés em rotação fazem que o corpo perca o equilíbrio. • As pessoas já de uma certa idade, as pessoas idosas e as pessoas com limitações físicas (lesões do passado, cirurgias, doenças, acidentes, etc.), não são capazes de lançar pontapés altos. Assim, depois de considerar e avaliar os factores e outras observações necessárias, tomamos para o nosso sistema umas decisões técnicas simples: • Eliminamos todos os pontapés em salto (e voadores). • Eliminamos todos os pontapés em rotação. • Todos os pontapés se dirigem à parte inferior do corpo (abaixo do umbigo).



Combat Hapkido E agora poderão perguntar: E isso é tudo bom para o Combat Hapkido, uma Arte dedicada exclusivamente à defesa própria? E o ITA, a vossa organização de Taekwondo, aplica a mesma filosofia acerca dos pontapés? A resposta é não! O Taekwondo é uma Arte fundamentalmente de pontapés e não se podem modificar um 80% dos seus pontapés e ainda o denominar Taekwondo! O Taekwondo atrai um grande número de crianças (que são muito mais flexíveis!) e é um elemento importante no desporto das Artes Marciais. Pontapés, pontapés altos, pontapés em rotação, em salto, pontapés voadores e todo género de pontapés acrobáticos, que desafiam a lei da gravidade, formam parte do desafio, da emoção e do atractivo perdurável desta bela Arte. É por isso que o meu amigo Bill ainda é tão chamado para organizar seminários, até um ano antes! Mas eu também..., só que com um público diferente! Os nossos seminários conjuntos, sempre têm sido um êxito, devido a que juntam a ambos grupos de estudantes e instrutores, aqueles que procuram grandes técnicas de pontapés e os interessados na prática da auto-defesa. Nos complementamos um ao outro e para aqueles que pensarem que tenho inveja das habilidades para dar os pontapés de Superfoot e o facto dele parecer sempre ser da mesma idade! Simplesmente direi, têm razão! E após todos estes anos, ainda trato de me convencer a mim próprio, de que tudo se deve à genética! Altos ou baixos…, mas continuem a dar pontapés!



RAÚL GUTIÉRREZ LÓPEZ, 9º DAN Kosho-Ryu Kenpo y 10º DanFu-Shih Kenpo www.raulgutierrezfushihkenpo.com www.feamsuska.com rgutkenpo@hotmail.com Teléfono: (0034) 670818199 Sensei Luis Vidaechea Benito Cinturón Negro 3º Dan Fu Shih Kenpo Delegado FEAM en Castilla y León Templo Segoviano de Fu-Shih Kenpo Pabellón Pedro Delgado - Segovia Tel.: 622 263 860 mailto: sensei.luis@cylam.es http://www.cylam.es/ Maestro Peter Grusdat, 8º Dan Wing Tsun Director General Departamento de Wing Tsun FEAM wtacademycanarias.com/es/sifu-grusdat Facebook: Sifu Peter Grusdat Email: inf@wtacademycanarias.com Las Palmas de Gran Canaria - ESPAÑA Teléfono: (00 34) 618 455 858 - 637 344 082 Informate de nuestros Cursos de Formación de Monitores Para ejercer a nivel nacional e internacional Avalados por FEAM CLUBE ESCOLA DE DEFENSA PERSOAL José Rodríguez López Fundador Hand Krav Fu System Instructor Nacional Defensa Personal Policial IPSA Escuela Defensa Personal y Policial de As Pontes Lg Petouto - Ribadeume 15320 As Pontes, A Coruña Tel: 670 770 004 escuela@handkravfu.es - www.handkravfu.es Maestro José Domingos Cinturón Negro 3º Dan “Sandan” Fu-Shih Kenpo 1º Dan Kosho-Ryu Kenpo Representante de FEAM y la “International Fu-Shih Kenpo Portugal”. Entrenador de Lucha Libre, Musculación y Cultura. Física y Fitness – Preparador Físico, Socorrista de Emergencia Médica www.facebook.com/jose.domingos.37 <http://www.facebook.com/jose.domingos.37> jomanegos@gmail.com Tel: 00351 965713463.Dojo: XL GYM Avda. 25 de Abril nª 45, 1675 -185 Pontinha, Portugal ESCUELA DE ARTES MARCIALES KWANG GAE DO Felipe Alves Aniceto 2º Dan Tae Kwon Do Y Kick Boxing Representante Feam En Aragon Gimnasio Alfinden Tlf:649 601 709 Kwanggaedo@Gmail.Com Kwanggaedo.Wix.Com/Kwangaedo-Eam Facebook//Kwang Gae Do Maestro Martín Luna Director internacional Krav Maga Kapap FEAM Instructor policial/militar IPSA Seguridad y escoltas /vip protección Representante IPSA y FEAM Canarias Maestro Cinturón Negro 5º dan Fu-Shih Kenpo Instructor kick Boxing / K-1/Full Contact Tel: 671 51 27 46.martin75kenpo@hotmail.com


Martín García Muñoz Maestro Internacional 7º DAN Instructor Internacional Policial, IPSA Instructor Internacional Tae-Kwon-Do ITF Vicepresidente Federación Andaluza de Tae-Kwon-Do ITF Representante FEAM e IPSA para GRANADA, ANDALUCÍA. Gimnasio Triunfo (Granada) Teléfono: 607832851opencleanmotril@hotmail.com Maestro Antonio Guerrero Torres C.N. 5º Dan Fu-Shih Kenpo Representante “Asociación Fu-Shih Kenpo”, AFK para Andalucía Teléfono: 678 449 585 Email: afkenpo@gmail.com Per Snilsberg: Consejero Personal, Patrocinador y Promotor FEAM, IPSA e International Fu-Shih Kenpo Association, IFSKA. c/ Løytnantsveien 8b, 7056 Ranheim - Norway. Tel: +47 930 09 006 – post@fiskeper.no Sensei Mario P. del Fresno C.N. 3er Dan Fu-Shih Kenpo Representante F.E.A.M. Madrid Centro Entrenamiento Profesional Box Everlast www.boxeverlast.es Club de artes marciales 78 www.artesmarciales78.com Gimnasio In Time MMA. www.intimemmamadrid.es Teléfono: 658 016 688 mario.fushihkenpo@gmail.com Frode Strom, Sifu en 3 estilos diversos de Kung-Fu Representante Oficial Fu-Shih Kenpo en Drammen, Noruega. Frode Strøm Fu-Shih Kenpo Drammen Tollbugata 98 3041 Drammen (+47) 90942428 Frodestrom1969@gmail.com Instructor Krzysztof Adamczyk Instructor Nacional para Polonia y Noruega. Grinnisvegen 611 ,7236 Hovin i Gauldal ,Noruega fushihkenponorge@gmail.com 0047 92520150 fushihkenpopolska@gmail.com 0048 783474760









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Grande conhecedor do Jeet Kune do, extraordinário referente, indispensável professor, Tim Tackett escreveu este livro, produto de inteligentes reflexões acerca da revolução que o pequeno Dragão abriu e deixou sem fechar quando passou brevemente por este mundo. Um livro essencial para compreender esse legado. Hoje, oferecemos aos nossos leitores, um extracto desse trabalho, agora acessível em descarga, a muito baixo custo. Não o deixe passar!... Alfredo Tucci

O JKD: Ainda é importante? Nos últimos anos venho escutando em diferentes meios e instituições, que o JKD já não é importante. Ouvi dizer que aprender JKD é como conduzir um carro de 40 anos, quando a lógica seria trocá-lo por um novo. O que me estranha é que as técnicas que conforme dizem é preciso aprender (o Silat, o Thai-Boxing, ou algum tipo de Jiu-Jitsu), são muito mais antigas que o JKD. Dizem que estas técnicas se concentram no trabalho “no holds barred”, um tipo de Luta Extrema e que é preciso treinar as técnicas em pé, tanto como as técnicas no chão e os agarres. No JKD, isto é assim tão certo? Se conhece suficientemente esta disciplina? Devo de admitir que se o objectivo é lutar no UFC e só treinamos JKD, provavelmente não seja suficiente para enfrentar este tipo de combates. O JKD é uma Arte que se pratica em pé e sem

regras, e pessoalmente, acredito que é uma das Artes Marciais mais efectivas que existe, para combater em pé, talvez seja a mais efectiva. Sempre nos oferece a possibilidade de que quando o oponente carregue contra nós e tente derribar-nos, podemos interceptar o seu movimento com um soco directo e preciso, para derribá-lo; se bem também existe a possibilidade de que a distância e a coordenação não sejam correctas e acabemos no chão, antes de podermos dar por isso... Para aprender a sobreviver no ringue, também temos de aprender a sobreviver no chão; posto que apesar do jogo de pé, o batimento em movimento e os pontapés podem tirar-nos de muitos problemas, talvez nem sempre funcionem. Em um combate de UFC é possível constatar quantas vezes o lutador lança socos, apenas para abrir o espaço necessário para poder aplicar uma chave e derrubar o adversário. Parece lógico que


Jeet Kune Do


um lutador acostumado a combater em pé, deva aprender a derribar o seu oponente, caso queira lutar no ringue. Mas da mesma maneira, tem de aprender a bater e a mover-se no chão, trabalhar para submeter o adversário, ou para voltar a ficar em pé, se estiver deitado de boca para cima. Dito de outra maneira: caso se queira lutar no ringue, o JKD não será suficiente, será também necessário praticar outro tipo de treino. E, o que acontece na rua? Tenho escutado muitos praticantes de JKD afirmarem que ninguém os pode levar ao chão... Sinceramente, não tenho a certeza de que isto seja tão evidente. Se bem é bem mais frequente aplicar o JKD na rua, sempre há possibilidades de acabarmos no chão. Uma vantagem do JKD é que não tem regras. De facto, duas das suas ferramentas mais efectivas, como são o ataque aos olhos e o pontapé lateral ao joelho ou à tíbia, não são autorizadas no ringue. Desde já, eu nunca vi ninguém continuar lutando depois de que lhe terem metido os dedos nos olhos. No JKD também se usam os sapatos para atacar; de facto, muitos dos nossos pontapés foram pensados para serem lançados com sapatos. Além do mais, um pontapé lateral ao joelho não resulta demasiadamente efectivo quando se luta descalço em um ringue. Pelo contrário, na rua podemos acabar qualquer briga soubermos como lançar pontapés. Mesmo que 90% das lutas não acabam no chão, basta o 10% restante, para que seja necessário aprender o que se tem de fazer no chão. Assim sendo, também para aprender a sobreviver na rua, se têm de treinar outras coisas.


Jeet Kune Do “Se perguntássemos a dez alunos de Bruce Lee diferentes, é muito provável que obtivéssemos dez respostas diferentes, ainda que similares”


Temos de aprender o que Lloyd Kennedy denomina “agarres da rua”, cuja aplicação será muito diferente daquela que devemos dominar, no caso de querermos combater no ringue e com regras. Os agarres na rua seguem o princípio básico de que não queremos agarrar. Há tendência a pensar que estar no chão não é tão mau em um ringue, mas eu afirmo que na rua, pode ser fatal! Estar rolando no chão com um atacante, enquanto os seus “colegas” tratam de nos pontapear a cabeça, não é a melhor estratégia para sobrevivermos!... Bert Poe sempre nos aconselhava que se estávamos no chão com alguém que nos quisesse magoar, lhe partíssemos alguma coisa e rapidamente, voltássemos a ficar em pé. A nossa ideia de um treino completo é trabalhar o nosso JKD para conseguirmos que, no caso de nos levarem ao chão, sejamos capazes de alcançar o oponente com um pontapé lateral, para seguidamente, executarmos uma obstrução de perna e depois lançar o nosso ataque aos olhos, antes de tentar o agarre. Além disto, antes de acabar no chão, é possível termos o recurso de muitos golpes, joelhadas e cotoveladas. Agora bem, se nos defendermos de tudo isso, então talvez ainda exista a possibilidade de acabar no chão, em cujo caso, entraria em jogo o treino completo. Como na rua não há regras, adquirimos a maioria das nossas técnicas de Lloyd Kennedy e Bert Poe. A nossa ideia é trabalhar para não

acabar no chão, mas se o não podermos evitar, trataremos de “partirlhe alguma coisa e voltarmos a nos pormos em pé” o mais depressa possível.

O que é o Jeet Kune Do que praticamos? Desde a trágica e prematura morte de Bruce Lee, a questão do que é exactamente o Jeet Kune Do, tem sido muito discutida. Se perguntamos a dez alunos de Bruce Lee diferentes, é muito provável obtermos dez respostas diferentes, ainda que similares. Isto provoca uma grande confusão em volta do Jeet Kune Do e é fácil confundir-se com tantas versões de JKD existentes! Para chegarmos a compreender verdadeiramente o JKD, temos primeiro que conhecer a sua evolução. Antes da morte prematura de Bruce Lee, pouca gente ouvira falar do Jeet Kune Do. Só se ensinava a uma selecta minoria. Depois da morte de Bruce, não houve nenhuma intenção de comercializar o JKD. Não se pensou em organizar seminários de JKD ou em escrever livros da matéria. No entanto, pouco depois começaram a surgir muitas escolas de Jeet Kune Do por todo o mundo. Bruce Lee era famoso e muita gente sem escrúpulos, aproveitava a sua fama com fins comerciais. a única coisa que estas falsas escolas tinham em comum, era que aquilo que ensinavam, estava mais perto das técnicas que Bruce mostrava em seus filmes, que do

verdadeiro JKD. Ainda que haja elementos de JKD nas fitas de Bruce, o que nelas se mostra é muito diferendo do que Bruce ensinava. Uma das principais razões para começar a organizar seminários de JKD foi mostrar ao público o que era o autêntico Jeet Kune Do. Assim, apesar disto ter acabado com o mal entendido entre o JKD das fitas e o JKD da realidade, ainda se manteve uma certa confusão, porque alguns dos que ensinavam nos seminários, chamavam Jeet Kune Do ou Conceitos de Jeet Kune Do àquilo que se estavam ensinando, enquanto que outros preferiam chamá-lo Jun Fan Gung Fu. Por isto, ainda ficam sem resposta muitas e variadas perguntas acerca do JKD. Por exemplo: O que é o Jeet Kune Do? Era simplesmente a expressão pessoal de Bruce Lee no combate? É um estilo? É um sistema? É um processo ou é um produto? Se pode ensinar? É uma simples mistura de outras técnicas de artes marciais? Quando eu estudava com Dan Inosanto, nos inícios da década dos 70, não existia tal confusão. Bruce Lee estava em Hong Kong, trabalhando no seu primeiro filme. Naquela época, só éramos doze estudantes, que nos juntávamos duas vezes por semana, no pátio de Sifu Inosanto. O que aprendemos no pátio daquela escola, se chamava Jeet Kune Do. O nome da escola era “Instituto Jun Fan Gung Fu”. Jun Fan era parte do nome em Chinês de Bruce. O nome significava “A escola de Bruce Lee”. Naquela época, era um dos poucos


Jeet Kune Do “Depois de trabalhar e observar todas as pessoas que têm sido nomeadas professores de JKD, uma coisa é clara, nenhum instrutor está em posse de toda o arte de Bruce”


lugares do mundo onde se aprender Jeet Kune Do. Por isso sentíamos que era uma arte especial e que não o devíamos ensinar a qualquer um que por ali passava. Nos disseram que como “o conhecimento é poder”, devíamos ter cuidado com a quem o transmitíamos. Havia determinas coisas que não podíamos compartilhar com mais ninguém. Parecia que a maioria dos instrutores de JKD sentiam que estavam ensinando o “verdadeiro” Jeet Kune Do. Depois de trabalhar com estas pessoas o de observar todas as que foram nomeadas professores de JKD, compreendi claramente que nenhum instrutor está em posse de toda a arte de Bruce. Tudo quanto têm é uma peça do quebra-cabeças. Alguns têm peças mais grandes que outros, mas nenhum as tem todas, porque Bruce ensinou coisas diferentes a pessoas diferentes, em momentos diferentes e em lugares diferentes. Podemos dividir o JKD que se ensina, em duas aulas básicas diferentes. Normalmente são conhecidas como “Conceitos de Jeet Kune Do” e “Jeet Kune Do original. Os conceitos de Jeet Kune Do começaram com Dan Inosanto. Ele prometeu a Bruce Lee que não ensinaria JKD a toda a gente. Quando Bruce foi para Hong Kong a trabalhar na sua fita “Karate à morte em Banguecoque”, a escola de Chinatown fechou e Dan Inosanto seleccionou a um grupo de alunos para organizar uma aula reduzida de JKD, em seu jardim. Quando Bruce morreu, Dan começou a receber convites para dar aulas em acampadas de Verão. Como Dan não queria que ninguém obtivesse nessas acampadas,

diplomas onde aparecesse escrito Jeet Kune Do, insistiu em que os alunos que participavam recebessem diplomas de participação do Jun Fan Gung Fu. Dan pensava que realmente não se podia aprender JKD a sério, em só uma semana e não queria que ninguém acabasse o acampamento pensando que podia ensinar JKD. Mas apesar de Dan Inosanto não querer que os participantes pudessem dizer que iam ensinar Jeet Kune Do, eles insistiram em usar o Jeet Kune Do para melhor se publicitarem. Dan queria que se utilizasse o nome Jun Fan Gung Fu, mas como muito pouca gente sabia o que isso era, continuaram a usar Jeet Kune Do. Então, Dan começou a dizer que não estava ensinando Jeet Kune Do propriamente dito, mas sim Conceitos de Jeet Kune Do. Na sua ensinança ele os definiu como “o uso de princípios do JKD”, mas nunca definiu de que constavam esses princípios. A maioria dos que praticam os conceitos de JKD, não vêem o Jeet Kune Do como um sistema ou um estilo, antes sim como uma interpretação filosófica, onde cada aluno desenvolve uma expressão pessoal da arte de Lee. Vêem o JKD como um ponto de partida para a sua interpretação individual da luta. Utilizam uma frase de Bruce Lee que diz: “Cada um teria de empreender a busca da sua própria experiência, absorver o que lhe resultar útil, rejeitar o que lhe não servir e somar o que seja da sua colheita”. Os seguidores dos Conceitos incentivam os artistas marciais a observarem todas as artes marciais que possam e a escolher de todas elas, as que lhes são mais propícias. Utilizando esta maneira de ver dos Conceitos, um aluno pode aprender a defender-se de um ataque com um movimento de Kali, continuar com a união do Silat e terminar com um movimento de Jiu Jitsu. Os defensores do que se chama JKD Original, pensam que os defensores dos conceitos de JKD levaram o público à confusão, nos aspectos do JKD que estão utilizando. Pensam que o JKD é mais do que “praticar a própria arte”. Para os


Jeet Kune Do



Jeet Kune Do

“Bruce estava interessado em experimentar constante, mas não experimentava à toa...”


defensores do JKD original há uma estrutura definida, que tem de ser ensinada e utilizada como JKD “Real”, mas até dessa maneira, há confusão, pois como já dissemos, Bruce Lee ensinou coisas diferentes, a gente diferente, em momentos diferentes. Podemos dividir a arte de Bruce em quatro momentos fundamentais. Uma das principais razões da aparição da Fundação Educativa Bruce Lee, foi promover a unidade e a frater nidade entre as pessoas pertencentes às quatro épocas na evolução da arte marcial de Bruce Lee. Infelizmente, nem sempre tem sido assim. Um possível motivo é a falta de entendimento do que Bruce Lee tentou fazer na sua evolução pessoal. Bruce estava interessado em experimentar constante, mas não experimentava ao acaso. O intenso estudo de Bruce em outras artes marciais e a análise apaixonada de vários métodos de treino moder no, tinham um único propósito: melhorar como artista marcial. Com este objectivo em mente, Bruce Lee utilizou as suas escolas como laboratórios, onde podia experimentar uma técnica nova durante uma sessão de treino, por exemplo, e analisar depois a sua eficácia. Os diferentes instrutores que se uniram para formar o denominado "Nucleus", decidiram chamar a arte de Bruce, Jun Fan Jeet Kune Do. Este nome definiria a arte de Bruce só pelo que ensinou em vida. Muitos alunos de Bruce aprenderam com ele antes de que criar o Jeet

Kune Do. Alguns deles chamaram esta arte Jun Fan. Outros a denominam Wing Cheng Do e outros ainda Core JKD. Assim, até entre os seus alunos “originais”, também encontramos certa confusão. O seminário anual JFJDK deu aos participantes a oportunidade de experimentarem as quatro etapas da arte marcial de Bruce. Como disse James Demile numa entrevista, com motivo do falecimento de Ed Hart, segundo aluno de Bruce, resultou muito gratificante que as pessoas pudessem observar estas quatro etapas, pois era importante que percebessem que A se tornava B, B em C e C em D. Como foi possível ver no seminário de Seattle, é óbvio que existem enormes diferenças nestes quatro períodos. Penso que James Demile explicou isto melhor, durante a sua intervenção no terceiro seminário em Seattle (Washington). Aludindo às diferenças que observara entre a primeira etapa, na qual ele foi uma figura relevante, e a quarta etapa (Chinatown), disse que era como se tivesse tido professores diferentes. À primeira vista parece que a primeira e a última etapa são duas artes marciais completamente diferentes, unidas apenas pela pessoa que os ensinava, Bruce Lee. Mas se observamos brevemente a trajectória do crescimento da arte marcial de Bruce Lee, veremos que em vez de observá-la como quatro artes separadas, deveríamos vê-las como simples etapas do desejo de um homem extraordinário, de se tornar o melhor artista marcial do mundo.

Não devemos esquecer que quando Bruce Lee foi para os Estados Unidos, em 1959, contava só 18 anos. A arte marcial que mais praticava era o Wing Chun, que tinha estado estudando desde que tinha 13 anos. O seu primeiro aluno foi Jesse Glover, que foi seu colega de estudos no Liceu Edison, em Seattle. Graças a Jesse, Bruce começou a treinar o seu segundo aluno, Ed Hart. Posteriormente, também começou a ensinar a James Demile e a Taky Kimura. Naquela época, Bruce Lee ensinava principalmente, uma versão modificada de Wing Chun, com algumas técnicas de outros sistemas de Gung Fu. Após um ano, cansado de trabalhar como ajudante de cozinha no restaurante de Ruby Chow, abriu uma escola, tendo a Taky como ajudante. Jesse Glover, Ed Hart e James Demile, que não queriam começar de novo, o não seguiram. Em 1962, Bruce começou a ensinar a James Lee e a Alan Jo. Em 1963 se mudou com a sua família para Oakland, deixando a escola de Seattle em boas mãos, sob a supervisão de Taky Kimura. Em Oakland, Bruce começou a se desfazer de algumas das técnicas antigas e adicionou novos elementos à sua arte marcial pessoal. Destacou mais à preparação física. Também adicionou o trabalho de pés do Boxe ocidental, para dar mobilidade à sua arte, e os punhos do Boxe ocidental para dotar a seu repertório de punhos desde mais ângulos e mais variedade. Nesse momento, Jun Fan Gung Fu, que é como Bruce Lee denominou a sua


Jeet Kune Do arte, se constituía de agarres de Wing Cheng e socos directos com bloqueios e golpes simultâneos nas “quatro esquinas”, uma mistura de técnicas de pontapé do Norte e do Sul da China, com ângulos de soco e técnicas de pé d Boxe. Em 1964 Bruce se deslocou a Los Angeles para participar no programa de televisão Green Hornet e deixou James Lee encarregado da escola de Oakland. Enquanto esteve em Los Angeles, fez muitas viagens a Oakland e a Seattle, para trabalhar com James e com Taky. Em 1967 abriu a escola de Chinatown, com Dan Inosanto como instrutor principal. Naquela época, Bruce começou a adicionar a teoria da Esgrima à sua arte marcial. O golpe com o dedo da mão se utilizava de maneira similar ao florete da Esgrima Ocidental. Adaptou os ataques da

Esgrima às cinco formas de ataque. Mas, o que é mais importante, adoptou a técnica da defesa mais eficaz, que consiste em interceptar o ataque do adversário com um golpe seco. Bruce Lee pensava que ser capaz de interceptar com um golpe um ataque era tão importante, que chamou a sua arte Jeet Kune Do, que significa “O Caminho do Punho Interceptor”. Considerando tudo quanto até agora foi dito, como alguém da época de Taky, havia de poder ver, por exemplo, uma técnica da época de Chinatown, que parece contradizer as ensinanças de Bruce Lee na época de Taky? Primeiro temos que pôr de lado a ideia do que está bem e o que está mal! Na minha opinião, as técnicas de todas estas




épocas têm o seu valor e estão bem à sua maneira. Também não podemos esquecer que as quatro épocas não estão completamente separadas, posto umas desembocaram nas outras. Tendo estudado com vários alunos de Bruce Lee da época de Chinatown, posso afirmar com segurança, que existem também variações na maneira em que Bruce Lee ensinou uma técnica em especial. Um estudo pormenorizado dos apontamentos de Bruce, da época de Chinatown, mostra que apesar de que parecia que ensinava as mesmas coisas a pessoas diferentes, no fundo ele as fazia treinarem da maneira mais beneficiada para a constituição física de cada um. Depois de trabalhar com vários alunos de Chinatown, ficou bem esclarecido que Bruce Lee adaptou suas ensinanças de uma maneira individualizada, a cada um dos seus alunos. Podia ser simplesmente um pequeno matiz no golpe com punho em diagonal, em vez de em vertical, ou grandes variantes, como o pontapé estático e a sua sequência mais comum. Ensinava a pessoas de menos altura, a fazerem um pontapé lateral joelho-tíbia, seguida de um golpe de dedo às pessoas mais altas, como Bob Bremen, para quem era mais eficaz quebrar a linha e a ele ensinou uma intercepção de perna, seguida por um soco diagonal brusco. Neste caso, nenhuma das técnicas é correcta ou incorrecta, simplesmente são diferentes. Há uma coisa que posso dizer com certeza e é que Bruce Lee não havia de andar à procura de uma maneira imperfeita de fazer as cosas! A ideia de que uma técnica da época de Chinatown é inferior a uma técnica de uma época anterior, estaria contradizendo tudo quanto sabemos acerca de Bruce Lee. Ele tinha valentia mais que suficiente para escrever em uma revista um artigo, onde convidava a quem quer que fosse que o lesse, a passar na escola de Chinatown e praticar Full Contact. Bob Bremer me disse que mais de uma pessoa foi lá para treinar, observou o

treino durante um bom bocado e depois, mudou de opinião e foi embora. Um exemplo para ilustrar as mudanças entre a primeira época de Bruce Lee e a escola de Chinatown, é o “straight blast” (ataque recto). Bruce disse a Bob Bremen que realmente há dois “straight blast”. Lhe disse que utilizasse o ataque quadrado de ombro do Wing Chung, quando o adversário se encontrasse justamente diante, para o afastar e aturdir. Isto permite conseguir a distância adequada para realizar o soco de uma polegada. Quando se conseguiu uma distância suficiente, se remata o adversário com um “straight blast”, que se serve do peso do corpo para dar força aos punhos desde os ombros e desde o resto do corpo. Isto é o que Bruce Lee denominaria um “no-crispy attack” (ataque forte), no que também se podem utilizar ganchos de Boxe e socos rectos. Mas só deve utilizar-se esta técnica quando o adversário está ferido e não pode contra-atacar de maneira eficaz. Pode ver-se um exemplo em um vídeo gravado no pátio de Bruce Lee, no qual está dando socos ao saco com ganchos fortes. Obviamente, ele nunca teria atacado desta maneira, se não houvesse sido seguro faze-lo. No caso de se querer ver este tipo de “straight blast” ao vivo, observe o ataque de Jack Dempsey a Jess Willard, na sua luta estelar. Me consta que Bruce Lee viu! Penso que todos os alunos de Bruce Lee deviam de fazer um esforço para aprender o mais possível, ou pelo menos experimentar as técnicas e as ensinanças de cada fase das artes marciais de Bruce Lee. Devíamos tentar perceber o motivo de Bruce ter eliminado determinadas coisas, o motivo de ter mudado algumas e adicionado outras. Precisamos de saber, por exemplo, se o facto de não se concentrar nos bonecos de madeira, em Chinatown, se devia a que já tinha extraído todo o seu valor, ou se foi por ter encontrado outros métodos de treino mais produtivos. Não podemos saber, só deduzir... Se milagrosamente Bruce Lee pudesse voltar por uns instantes, eu perguntar-lhe-ia: “Sifu, de todas as técnicas que aprender, de todos os treinos realizados, de todos os exercícios que realizou, quais foram os mais importantes?, Quais pensa que foram



uma perda de tempo e quais foram fundamentais para se tornar o grande artista marcial que chegou a ser?”. Apesar de não podermos saber a resposta, acredito que os alunos de todas as épocas da vida de Bruce Lee, se deviam de unir ao espírito de cooperação e de paixão pelo legado que ele nos deixou e tentar por todos os meios, responder a estas questões. Sei que todos poderíamos chegar a ser melhores artistas marciais e mestres, se o pudéssemos fazer. Se o não fizermos, ninguém “vai saber” realmente o que é o Jeet Kune Do e daqui a dez anos, se perguntarmos a dez mestres de JKD diferentes “qual o JKD está praticando”, vamos obter dez respostas diferentes.

Afinal, não podemos saber com certeza como seria o JKD se Bruce Lee ainda por cá estivesse, para descobrir a maneira mais eficaz de utilizar o corpo humano no combate. Provavelmente, se um aluno de Bruce tivesse visto o que estávamos fazendo em 1973, havia de dizer que é como se tivéssemos tido mestres diferentes. O que temos de fazer é realizar bem o programa básico e utilizá-lo como guia na nossa própria pesquisa da maneira mais eficaz para utilizar o corpo humano no combate. Acredito que sendo fiéis aos princípios de combate de Bruce Lee, ao mesmo tempo que aprendemos e desenvolvemos o nosso próprio JKD, honramos a memória de Bruce de uma maneira em que ele sentiria orgulho.




En este primer trabajo instruccional, Andreas Weitzel, fundador y jefe instructor de la Academia SYSTEMA Weitzel (Augsburg, Alemania) y uno de los principales instructores de SYSTEMA en Europa, explica los fundamentos de combate más importantes. Primero define claramente la forma natural de caminar, centrandose en la ejecución correcta de los pasos, para a continuación, mostrar cómo emplear este trabajo en aplicaciones de combate. Una variedad de diferentes temas se explican en este DVD, incluyendo: Cómo desequilibrar a un atacante; Cómo golpear y patear correctamente; Cómo defenderse frente a agarres, derribos, golpes y patadas. Las explicaciones de este vídeo son sencillas pero claras, con el objetivo de facilitar la comprensión y el aprendizaje para todos. Durante su explicación Andreas siempre incluye y se centra en los principios y fundamentos más importantes del SYSTEMA, mostrando cómo los diferentes temas están estrechamente vinculados entre sí. Asímismo se muestra trabajo libre y espontáneo contra diferentes ataques de mano vacía y con armas, en condiciones realistas y a máxima velocidad de ejecución. En este video Andreas es asistido por Michael Hazenbeller (Rastatt) y Thomas Gössler (Augsburg), dos experimentados instructores de Systema.

REF.: • DVD/SYSWEITZEL1

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O que acontece quando duas pessoas praticam ChiSao? Qual é o sentido da sua prática e quais os objectivos? Neste 3º DVD, "Chi Sao desde a base até o nível avançado", Sifu Salvador Sánchez aborda o aspecto talvez mais importante do sistema Wing Chun, o Chi-Sao, a própria alma do sistema, que lhe dota de umas características completamente diferentes dos outros, e proporciona grandes virtudes ao praticante. Este trabalho trata alguns aspectos em princípio muito básicos, mas que conforme vamos aprofundando neles, nos parecem surpreendentes. É um rasgo muito claro da cultura tradicional chinesa, o que é muito óbvio à primeira vista, encerra uma segunda ou terceira leitura, que de certeza modificará a nossa maneira de ver, a prática e a compreensão. Analizamos como praticar o Chi Sao mediante os nossos “drills” de trabalho e como aplicar esses drills, essa habilidade, em um sparring, vinculando alguns conceitos, talvez não tão ligados ao Kung Fu tradicional, tais como bio-mecânica, estruturas, conhecimentos de física, etc..., a fim de obter melhores resultados na prática.

REF.: • DVD/TAOWS3

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Kyusho Jitsu


Evan Pantazi

Autêntico Kyusho Recuperação e reanimação Kyusho International sempre tem estudado os mecanismos mais profundos que estão por detrás do Kyusho. Não estávamos satisfeitos com a teoria dos pontos de pressão e os aspectos da Acupunctura como o modelo prático e agora se demonstrou não estarem relacionados). Trata-se de não se descartar a Acupunctura como um programa viável, relacionado com a saúde, mas que simplesmente não está relacionado com o Kyusho. O facto de que muitos "pontos de pressão" estarem sobrepostos aos objectivos reais anatómicos mais profundos do Kyusho, é só uma coincidência, posto que nem sempre se sobrepõem, nem estão abrangendo toda a estrutura subjacente viável. A nossa investigação não parou nas correlações científicas e médicas, ainda que não revelemos facilmente ao público, as nossas descobertas. Esta é uma breve descrição da mecânica que está por detrás das recuperações Kyusho (reanimações é o termo mais popular, usado por muitos) mas não é uma explicação totalmente correcta).

O que realmente sucede Na teoria da Arte da Luta do Kyusho Jitsu (luta contra objectivos vitais) e o uso da recuperação (reanimação) das estruturas vitais que tenham sido atacadas no corpo humano, é importante perceber o que sucede ao corpo durante o ataque a uma estrutura vital. Para compreender este processo é importante ter em consideração a Anatomia, a Kinesiologia e a Biomecânica, para ver o processo dos acontecimentos que decorrem no corpo e o que sucede a cada estrutura. Primeiro, o cérebro está dividido em uma função consciente dos sistemas do crânio e periféricos do nervo. Isto permite ao cérebro controlar mediante o pensamento, um 20% da função do corpo. O sistema subconsciente; nervo craneal e autónomo, controla um 80% do cérebro e a função involuntária do corpo. O cérebro manda um sinal bioeléctrico, que se regista como sinal eléctrico de 0,05 de voltio, que vai desde o cérebro ao corpo e do corpo de novo ao cérebro. São estes 0,05 voltios o que os orientais consideram energia interna (Chi) que se executam através do corpo humano. Uma estrutura vital é um ponto quente de múltiplas reacções, que causam muitíssimas reacções no corpo, no momento do ataque. Vejamos as reacções e os efeitos de conseguir uma estrutura vital para o corpo humano.

A pele (esta é a primeira capa) * Estrutura e receptores. A. Cabelo (terminações nervosas estimuladas pelo movimento do cabelo). B. Glândula sudorípara (sentido do tacto à superfície da pele). Estes dois receptores são os primeiros do sistema sensorial do corpo, de contacto inicial. Estes são o sentido imediato da sensação do tacto.


Kyusho Jitsu Epiderme (esta é a segunda capa) A. capa córnea, ou seja, onde a glândula sudorípara se estende desde a derme, através da epiderme e chega à superfície da pele. Este é o segundo monitor sensorial, justamente depois do cabelo ter tomado contacto. Derme (esta é a terceira capa) A. terminações nervosas livres (meridianos, estrutura vital / nervos / periférica, e estrutura extraordinárias). Os nervos autónomos (estrutura fundamental) sensíveis ao tacto e à dor. B. corpúsculo Krause - terminação nervosa sensível ao frio. C. corpúsculo Pacini - terminação nervosa muito sensível. Reage com as terminações nervosas livres. Terminações nervosas que são sensíveis ao calor - corpúsculo de Ruffini. D.

Discos Merkle - que se encontram dentro da derme e constituem a bainha que encerra um disco biconvexo, ligado a uma terminação nervosa, que são sensíveis à estimulação táctil contínua. Corpúsculo Meissner - que se encontram na superfície exterior da derme, estão constituídos por um conjunto de terminações nervosas, fechados por uma coberta e são sensíveis ao tacto. Todas estas fibras nervosas sensoriais e receptoras, partem da superfície da pele; passam através da medula espinhal e chegam ao tronco cerebral em “molhos”. Se cruzam através do tálamo e terminam no cortex cerebral. Estes sinais produzem um movimento reflexo extensor cruzado, durante menos de um segundo, desde a medula

espinhal, antes de que o cérebro sinta a sensação de dor. Quando se bate na superfície de uma estrutura vital (representada em muitos antigos quadros, pergaminhos e escritos) todas as estruturas antes ditas, estão involucradas. Como exemplo, quando se bate no antebraço superior interno, há um ramal da artéria radial e a veia. O nervo radial é uma área das fibras musculares de contracção lenta (nervos periféricos), isto afecta ao controlo que uma pessoa teria conscientemente; uma quinta parte de um segundo depois, afecta à fibra muscular de contracção rápida. Tudo isto afecta aos nervos autónomos do cérebro, o que faz com que o receptor perca o controlo das articulações e dos músculos e não suporte o seu peso, o que o leva a


Evan Pantazi

cair ao chão. A acção cruzada do extensor reflexo, provoca que a pessoa gire 45 graus, o braço oposto se estenda por detrás deles e a cabeça se vire na direcção desse mesmo braço. A rápida rotação da cabeça interfere no cérebro pela interrupção do sinal dos nervos e o contacto do cérebro com o interior do crânio. O rotação da cabeça sobre estimula a artéria cervical ascendente, o nervo auricular maior, o nervo cutâneo, nervo occipital menor e os nervos acessórios. Isto sucede em um lado do pescoço, entre a 3ª e 4ª vértebra cervical e aqui é onde no lado direito o no lado esquerdo do cérebro, se

cruzam numa comunicação para o lado oposto do corpo. Esta incidência sobre o nervo, causará o KO de uma estrutura vital. Este estado inconsciente é causado por uma falta de comunicação eléctrica desde o cérebro ao corpo e do corpo de novo ao cérebro, que agora necessita ser reanimado e recuperado. A fibra muscular de contracção rápida e a fibra de contracção lenta, se verão afectadas no músculo de contracção, o que fará que o não tenha um fluir bio-eléctrico normal. O uso da diferente estrutura fundamental de reanimação, é necessário para que uma


Kyusho Jitsu pessoa recupere a consciência. Também é necessário que se aplique para a reactivação da cabeça, o coração e a estrutura do pulmão. Para a reanimação da cabeça se utiliza o nervo acessório espinhal. Este nervo se encontra no espaço do pescoço, a ambos lados da coluna vertebral. Está implicado com as fibras musculares de contracção rápida, no sistema nervoso involuntário e nos nervos voluntários do cérebro. Dando suaves massagens nestes nervos, se reanima a cabeça involuntariamente, e conscientemente também restaura a normalidade na função bio-eléctrica. Se trata dos mesmos nervos massageados na esquina, enquanto aplicam gelo aos pugilistas, nos tempos entre os assaltos. Para a constrição do peito, se implica ao nervo espinhal associado ao pulmão, o terceiro nervo Toraxico. Alguns preferem referir-se a ele como BL-13) e o quarto nervo Toraxico espinhal / Nervo pericardio Associado

“Na constriccão do peito, se implica o nervo espinhal associado ao pulmão, o terceiro nervo Toráxico (alguns se referem a ele como BL-13) e o quarto nervo Toráxico espinhal / nervo pericárdio associado (denominado por alguns como BL-14)”

(denominado por alguns como BL14). O quinto nervo Toraxico espinhal, está associado ao coração e é conhecido como BL-15. Estas estruturas são afectadas pela constricção dos músculos associados com os nervos do dermatoma do diafragma. O diafragma e a constricção dos nervos Toráxicos, têm que ser liberados para a reanimação. Quando se dão palmadas nestes três nervos, se repara o curto circuito do sinal eléctrico com o músculo de contracção rápida e se soltam os músculos de contracção lenta que se contrairam. Isto permitirá ao diafragma libertar-se da sua constricção. Também se torna a ligar a comunicação do cérebro voluntária e involuntariamente e os nervos associados restabelecem os interruptores positivos (transferências de comunicação). Os nervos autonómicos pólo negativo (o inconsciente) reajustam o sistema de interruptores negativos. Estes nervos


Evan Pantazi

inconscientes e os conscientes, voltam a ligar o sinal eléctrico dos órgãos, de novo com o cérebro. Então, o cérebro volta a ligar-se ao corpo e depois, cérebro e corpo restituem a comunicação eléctrica e restauram a função do órgão afectado. Outra área vital comum, se encontra em redor da zona que os acupuncturistas chamam SP-17 (a 2 centímetros de cada mamilo e a mais de 2 do lado do corpo), e é na realidade o Quinto nervo intercostal. Se utiliza para a recuperação e/ou a reanimação do pulmão Intermédio. Esta área vital se encontra dentro da fibra muscular de contracção rápida e causará uma constrição, que faz com que o diafragma das pessoas evite que respirem normalmente. Quando se bate nesta estrutura com as mãos abertas e em ambos os lados do torso ao mesmo tempo, se libera a constricção do músculo do torso. Se

ligará de novo a sinal entre o cérebro voluntário e involuntário e se restabelecerá o sinal eléctrico do cérebro ao corpo e do corpo de novo ao cérebro. Por sua vez, isto restabelece a respiração normal e os receptores que controlam o calor e o frio. Esta é uma breve explicação de como batendo uma zona vital, se afecta ao corpo e ao cérebro. Também a reactivação / restauração da zona vital, corrigirá a interrupção eléctrica do corpo e levará o mesmo à função normal. Este estudo foi realizado por uma equipa de profissionais da Medicina, constituída pelos seguintes médicos doutores: Prof. Dr. Joe Sheppard, Gary Rooks 9ºDan de Kyusho Jitsu, Kyusho International, A Doutora Jessica M. S. Kestler, e Jeff Wyatt. Foi por eles escrito e apresentado conjuntamente com Evan Pantazi, Fundador do Kyusho International e do www.kyusho.com.


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“Talvez uma das melhores representações de assuntos Marciais em Teatro” Magnífica representação no teatro “A Rambleta” de Valência (Espanha) de “Os Shizen, o povo de Tengu”, um espectáculo audio-visual justamente integrado no ano dual Espanha-Japão, uma grande iniciativa da embaixada do Japão na Espanha e que festeja o estabelecimento de relações entre ambos países. O espectáculo criado para a ocasião, formava parte também da festa pública pela graduação na escola Kaze no Ryu, de 6 novos Shidoshi, ou Joho, tal como se diz en Shizengo. Um documentário sobre esta representação, está sendo produzido com seu making off, back stage, entrevistas, etc. e que incluirá grande parte do espectáculo, para que todos os interessados na cultura Shizen de todo o mundo, que não puderam assistir, possam gozar do mesmo. “O povo de Tengu” foi pensado como uma presentação ao público da tradição Shizen, situando-a histórica e culturalmente e destacando os seus dois aspectos mais interessantes: por um lado, a sua tradição Marcial, o Bugei, e por outro lado, a sua cultura espiritual, o e-bunto.


Novo

“A magia, o encanto, o sabor do que é autêntico. A força de uma cultura e um povo, e seus costumes”

Seis novos Shidoshi festejaram a sua graduação de acordo com a tradição Shizen, com todas as suas cerimónias, com os ritos e as velhas danças em volta da fogueira, o tiro cerimonial e em companhia de seus seres mais queridos. Com, generosidade e abundância festejaram e honraram todos os mundos visíveis e invisíveis, à antiga maneira do poderoso povo de Tengu, numa noite mágica e inesquecível. Quem disse que não ficavam cosas autênticas? Festa de graduação dos novos Joho (Shidoshi) da linhagem de Kawa, escola Kaze no Ryu Ogawa Ha, dirigida por Shidoshi Jordan Augusto Oliveira.


A Coluna de Raul Gutiérrez

Durante os meses precedentes, temos estado estudando os diversos exercícios físicos prévios à execução dos pontapés, exercícios esses que se desenvolvem nas artes marciais em geral. A partir de agora, começamos a realizar um estudo e pesquisa em volta do COMBATE. Para isso, antes de mais nada devo assinalar quais são as modalidades que se estudam no Fu-Shih Kenpo.



A Coluna de Raul Gutiérrez m primeiro lugar temos o Combate Tradicional Kenpo, no qual está autorizado tanto o uso de punhos em todos os seus ângulos e modalidades, como assim também os golpes de mão aberta; tais como: Seiken Tsuki, Uraken, Tettsui, Tatte Tsuki, Shuto, Teisho, Haito, etc., e também o uso dos diferentes pontapés; frontal, lateral, circular, redondo, descendente, para trás (MaeGeri, Yoko Geri, Mawashi Geri, Name Ashi Geri, Ura Mikazuki Geri, Ushiro Geri e outras manobras). Também se permitiriam os Low Kicks e os diversos varrimentos e até projecções. O Combate Tradicional Fu-Shih Kenpo é a livre peso e grau. É também de contacto e só são proibidos os golpes a zonas vitais, a saber: Olhos, Ouvidos, Tabique Nasal, Coluna Vertebral, Genitais e Articulações. Além disto, também se realiza sem

E

protecções em mãos e pés. Por ser um encontro demasiadamente perigoso, só se pratica dentro do próprio Dojo e com uma redução e controlo do excesso de contacto. É espectacular e requer de um alto nível em preparação física, técnica e psicológica de ambos competidores. E por falar em preparação física..., todos aqueles artigos que anteriormente tenho estado oferecendo através da minha coluna mensal, devem ser estudados e revistos constantemente, posto ser fundamental a preparação física geral, para depois dispormos da técnica e da estratégia adequadas, nos possíveis confrontos na rua, em torneios, campeonatos e inclusivamente nos exames de passagem de grau e exibições. Por outras palavras: devemos prestar muita atenção e dedicar bastante tempo à nossa preparação física em geral. Tendo em vista que as artes

marciais são os desportos que mais completos se consideram, isto é muito fácil de compreender. Qualquer outro desporto, mesmo que também exija grandes esforços e constância, nunca chegam a exigir-nos cobrir tantos elementos, para conseguirmos executá-los com êxito. As artes marciais requerem de nós Força, Coordenação, Velocidade, Estética, Equilíbrio, etc. E ainda, cada técnica deve ser realizada por ambos lados (direito/esquerdo). Por isso são chamadas ARTES. Com frequência, eu as comparo com a arte musical, porque na música devemos sentir e expressar cada nota, depois surgem os acordes, a melodia, etc.…, e cada elemento deve de estar no seu justo lugar, tempo e duração. Sem tudo isto, simplesmente não há música que tenha um bom som… Da mesma maneira, um artista marcial deve chegar a sentir o movimento, realizá-lo


Kenpo “O Combate Tradicional Fu-Shih Kenpo, é à livre escolha, mas são proibidos os golpes a zonas vitais, a saber: Olhos, Ouvidos, Tabique Nasal, Coluna Vertebral, Genitais e Articulações”



com elegância, força, velocidade e precisão. Do contrário, também não seria capaz de comunicar o seu estilo ou arte. A actual modalidade do Combate FuShih Kenpo, pode assemelhar-se ao Kick-Boxing, o qual, sendo um estilo de Contacto em todas as suas manifestações, procura isso, a vitória demonstrada em base a procurar o Nock-Out (K.O.) do adversário e onde para p ro t e g e r- s e mutuamente, se utilizam protecções em pés, mãos, genitais e por vezes, também na cabeça, estando assim autorizadas as técnicas de punho fechado, pontapés, lowkicks e varrimentos. Honrando a memória do Grão Mestre do Kenpo, Choki Motobu (1923), no Fu-Shih Kenpo procuramos aproximarnos o mais possível à “realidade” do combate e portanto perseguimos a eficácia. Meu próprio pai, que em Paz descanse, foi boxeador e desde muito cedo me iniciou no uso das luvas. Mas por outra parte, sempre me senti muito atraído pelo espectacular uso das pernas, de tal maneira que ao longo da minha trajectória já demonstrada e registada nos anais da historia das artes marciais, sempre estive perto daqueles grandes mestres, especialistas ou profissionais, que encontrei no meu caminho. O meu prestigioso amigo e parceiro marcial, o Mestre de Karate e Kobudo, Sérgio Hernández Beltrán, em um determinado momento, assinalou o seguinte: “Pessoalmente, o meu primeiro contacto com o Kenpo, através do

Mestre Raul Gutiérrez, em 1986, me introduziu numa visão muito diferente da defesa pessoal e claro está, do combate. O Mestre Raul Gutiérrez, tanto nas suas exposições em técnicas de defesa pessoal do seu estilo, como em combate, contempla o “contacto” real com um certo grau de controlo, mas sem evitar demonstrar o realismo da técnica. Devido á sua bagagem tradicional no sistema Kenpo, foi um dos primeiros na Espanha, a se aproximar do então nascente desporto de combate que era o Full-Contact, quando finalizava a década dos anos setenta. Calçar umas luvas e levar o combate a uma situação de contacto mais próxima da realidade, sempre foi para o Mestre Gutiérrez uma coisa sumamente natural e um campo importante a pesquisar. Assim sendo, Gutiérrez tem treinado o contacto com Mestres da categoria de Dominique Valera, Bill Wallace, Joe Lewis, James Sisco, Tony Palmore, Johan Vos, Jan Plas, Benny Urquidez, José Vicente Eguzkiza, Danny Lane, Chuck Norris, Pepe Legra, Evangelista, etc. Do ponto de vista desportivo, o posterior “boom” dos sistemas de desportos de contacto, especialmente o Kick Boxing e a aproximação ao combate com contacto, por parte de algum sistema “tradicional”, por primeira vez conhecido na Espanha como o Koshiki Karate-Do, levaram Gutiérrez a ser fundador e presidente da "World Karate Koshiki and Kick Boxing Assn", WKA e da "Associação Espanhola de Koshiki", AEKO. Em 1987, Raul Gutiérrez viajou a Irvine, Califórnia, para pela primeira vez, participar com a sua Selecção Espanhola em uns Mundiais de Koshiki Karate-Do, organizados pelo desaparecido Grão Mestre Robert A. Trias e o Mestre Masayuki Kukan

Hisataka. No dito evento, Gutiérrez e a sua equipa conseguiram vários títulos individuais, Campeões em Amadores e Terceiros em Profissionais. Em 1994, durante os dias de 3 a 9 de Novembro, se realizou o 9ºWorld Koshiki Karate Championship, no Japão, onde participou uma representação presidida pelo Mestre Gutiérrez, obtendo também muitos bons resultados. O encontro entre o Presidente e Fundador do sistema de


A Coluna de Raul Gutiérrez

combate Koshiki, Mestre Masayuki Kukan Hisataka 9ºDan e o Mestre Raul Gutiérrez, teve como resultado o reconhecimento deste, como 6ºDan de Koshiki Karate-do, dado publicamente na cidade de Tóquio, durante o dito Campeonato Mundial, recebendo também altos encargos na Federação Mundial. (Membro do Comité Internacional e Representante para a Espanha, junto com Luis Pérez Santiago, aluno directo espanhol de Isataka. Táctica e estrategicamente, após conseguirmos uma boa preparação física e técnica, os aspectos que começam a ser importantes, são: A dança frente ao oponente, tanto para quebrar como pata ganhar ângulos de evasão ou ataque. As distâncias, o arsenal técnico do qual dispomos. Análise acerca do comportamento do oponente perante as nossas fintas, esquivas ou ataques realistas. Tempo de estudo, principalmente durante o primeiro round. Descobrir o tipo de competidor é: de pressão, circular, forte, ágil, batedor, etc.… O objectivo, após estas considerações, é ser eficaz e isto deve de se conseguir através de um trabalho que permita o progresso sem causar traumatismos graves. Um bom competidor será limpo e prudente. Não perderá o controlo em benefício próprio e em protecção, também com respeito ao próprio oponente. Os diferentes exercícios devem prover o competidor do máximo de recursos técnicos, tácticos e das sensações adequadas, que lhe permitam controlar a distância do objectivo e a mobilidade que o mesmo possui. Sem agressividade

aparente, deve deixar cair a sua contundência em cada impacto, com uma técnica eficaz e a ser possível, definitiva. Deve ser capaz de combinar o seu arsenal técnico de maneira adequada, com aparente serenidade e frialdade. Isto causa impressão no seu oponente. Deve também tentar levar adiante o seu próprio jogo ou estratégia e não deixar-se arrastar pela estratégia do adversário. Em um encontro, deixar de lado todas aquelas técnicas que não sejam suficientemente da sua confiança. Aquelas que não o não façam gastar um excesso de energia, ou lançar golpes ao acaso. Procurar esconder ao máximo possível o cansaço, o nervosismo e a dor, frente aos impactos recebidos. Aprender a bater concatenando dois ou mais níveis com técnicas simultâneas. Conseguir não “telegrafar” o ataque, fazendo com que o mesmo seja mais rápido que a vista humana, o que impedirá a sua defesa. Trabalhar à vontade, com agilidade e lançar os impactos o mais directamente possível. Ter em consideração que estamos perante um adversário tão treinado como nós ou talvez mais do que nós e que também está tentando alcançar a vitória nesse encontro. Existem diversas modalidades e regras de Combate, tais como: Karate Desportivo, Light-Contact, SemiContact, Full-Contact, Kick-Boxing, Muay-Thai, MMA, Tae-Kwon-Do Mundial, Tae-Kwon-Do Tradicional, etc. Todas elas requerem de uma elevada preparação física e técnica, mas também é de vital importância ter pleno conhecimento e



A Coluna de Raul Gutiérrez domínio das regras do torneio ou do evento em questão. Conhecer as regras e combater tirando o máximo à combinação da técnica, táctica e valores de pontuação, pode evitar muitos desgostos e decepções. Há competidores que se limitam a realizar as suas técnicas e tácticas favoritas, para assegurar o seu êxito e isto pode ser pouco vistoso ou pouco espectacular, mas para ele é não arriscar com outras técnicas menos seguras ou de mais risco.

Quando nasceu o Full-Contact, era obrigatório executar um mínimo de pontapés em cada round, porque do contrário, os competidores se limitavam a “fazerem Boxe”, e muitos até de má maneira… O uso dos pontapés, mesmo sendo mais efectivas em relação ao peso e à contundência, pelo contrário cansam muito mais o competidor. Em outros torneios, onde se autoriza o Low-Kick, muitos competidores se concentram neste efectivo pontapé de tíbia


Kenpo à coxa. Assim, os tor neios perdem muito em espectacularidade e chegam por serem muito aborrecidos. Mas também existem magníficos profissionais com uma elevada gama técnica, vistosa, espectacular, contundente e de execução limpa em todas as suas manobras. No Kyokushinkai Karate, K1, Sabaki Karate, por exemplo, tenho podido gozar de excelentes encontros desportivos que nos deixam “carne de galinha”. Dois profissionais frente a frente,

proporcionam um espectáculo surpreendente e apesar da aparente dureza, o seu alto nível de preparação faz com que as lesões sejam menores, porque estão suficientemente treinados para dar e receber golpes, com elegância e estética. No próximo capítulo entraremos a fundo no treino de punhos e outros conceitos de grande importância para o COMBATE.




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AS PESSOAS, QUANDO CHEGAM AO FIM DA SUA VIDA Não se arrependem de não terem realizado os seus sonhos, se arrependem sim, de não terem tido a coragem de lutar por isso conseguir! Cinturão Negro: O que é o Instinto? Justo Dieguez: O Instinto é a nossa herança de milhões de anos de evolução; é o nosso passado animal numa longo viagem, até chegarmos ao que nos nossos dias conhecemos como a humanidade, uma humanidade intelectual, toda a ciência, os negócios, as profissões, tudo quanto acontece no mundo, a política, a religião, a filosofia, tudo está baseado na compreensão, na inteligência. O Instinto é mais antigo, é a raiz da evolução, é o antes, o durante e o depois da humanidade. C.N.: Como funciona o cérebro? J.D.: Compreender o funcionamento básico do cérebro, é fundamental para nos conhecermos a nós mesmos e compreendermos as nossas reacções e comportamentos, perante determinados estímulos ou situações e não faço tensões de os aborrecer com complicadas explicações. O nosso instinto é a herança de milhões de anos de evolução e precisamos todo esse tempo para se ter desenvolvido até o que é nos nossos dias. Em poucas palavras, é tremendamente maravilhoso e à vez, incompreensível. Ao princípio, o nosso cérebro se desenvolveu no seu estado mais primitivo, como o de um réptil, que se encarrega das funções básicas que nos mantém com vida. Quando o ser humano evoluiu, o cérebro reptiliano evoluiu para sistema límbico, que requer das emoções, das recordações, é rápido instintivo, reage imediatamente perante o perigo e age sem esforço.



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Mas o grande salto, o que nos diferencia dos animais, foi a evolução do cortex cerebral, o neo cortex prefrontal. Esta terceira parte é a que diferencia o ser humano dos animais. Graças a ela podemos falar. É o nosso cérebro racional, é muito mais lento, é lógico, calculador e consciente, C.N.: O ser humano pode viver sem Instinto? J.D.: Nem por um só minuto poderíamos depender de nós mesmos sem o nosso instinto. Esta experiência de milhões de anos é primitiva, mas é infalível, não comete erros e produz no ser humano milagres dos quais nem a ciência nem toda a inteligência do mundo é consciente, nem chegará a perceber. Fazer com que qualquer coisa que comamos - e não só me refiro à comida natural, posto que hoje, isso sim havia de ser praticamente um milagre! Sem entrarmos em pormenores, como é possível que seja o que for que comamos, o nosso corpo o transforma em sangue? Como separa o oxigénio do nitrogénio? Como distribui a cada parte do corpo o que necessita? Como o corpo pode saber a quantidade de oxigénio que necessita o cérebro, ao mesmo tempo que elimina toda a quantidade de lixo que introduzimos no nosso organismo? Pois tudo isto, é feito pelo Instinto!



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C.N.: Falemos do Instinto e da Meditação... J.D.: As grandes descobertas científicas, desde Arquímedes a Albert Einstein, são sempre fruto da meditação, não da inteligência. A relaxação é a base da meditação. Albert Einstein acostumava a passar horas meditando na banheira, brincando com as bolhas de água do sabão. Quando nos relaxamos, abandonamos todas as tensões. A meditação consta de focalizarmos o presente, esquecermos o passado e o futuro; consiste em praticar a atenção para ser mais conscientes dos nossos sentimentos. C.N.: Falemos do Keysi, da Técnica e o Instinto…



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J.D.: O Instinto jamais poderá ser erradicado, é pelo Instinto que o ser humano Sobrevive e Evolui. O estresse social faz com que as nossas mentes sejam limitadas e que procuremos na limitação as nossas referências. Analisando a técnica, tenho observado que ela nos permite desenvolver uma acção com o menor tempo e dispêndio de energia possível, fazendo mais eficaz o movimento. Mas também tenho observado que a técnica é o exterior, o que mostramos fisicamente e que isto, aplicado numa situação real, não é funcional. Aqui é onde desaparece o termo “conceito técnico” e aparecem os “Princípios”, em busca do que para mim é o mais importante, o Instinto. Através da técnica se pode chegar a desenvolver uma grande habilidade. A técnica se pode ensinar, o Instinto não! O Instinto nasce com cada pessoa e em cada pessoa tem de voltar a ser acordada a astúcia primitiva. São necessários técnica e conhecimento para ter um controlo realista do nosso físico, mas para ter uma resposta imediata numa situação realista, necessitamos ter uma percepção directa com a realidade, sem haver nenhuma interferência dos julgamentos anteriores e da ideologia da mente. No Keysi trabalhamos para despertar e reconhecer esse estado. É um “conhecimento que vai mais além da lógica”, criando cenários onde mediante a meditação e a acção, transcendemos as limitações da lógica e da análise, para responder de uma maneira Instintiva e criativa às situações cambiantes e espontâneas de cada situação. Se a Técnica, o Conhecimento e a Teoria consistem em saber alguma coisa, o Instinto consiste em faze-la! O Instinto permite realizar as coisas quando outros ainda continuam a indagar se seria possível faze-las. Quando se consegue, se sabe e se sente!




O Vovinam Integral é simplesmente voltar ao Fundador. A meta do Fundador era clara e abertamente declarada: “Adquirir técnicas eficazes, assimilar as essências destas técnicas e transformá-las em técnicas de Vovinam”. Este conceito está vigente anda hoje e é OBRIGATÓRIO para todos os mestres de Vovinam no mundo. O Vovinam é assim um conceito de investigação, para alcançar um estilo superiormente eficaz. No entanto, actualmente 90% dos professores de Vovinam esquecem isto e se inclinam perante um programa demasiadamente carregado, demasiadamente fixo, demasiadamente estético e por vezes, completamente ineficaz para numerosas técnicas. O Vovinam integral é, simplesmente, voltar a encontrar a essência original da arte de Mestre Nguyen Loc. Para isso, temos os princípios, as técnicas de base e só temos que voltar a trabalhar a forma eficaz de cada técnica, assim como aplicar o princípio fundador. Neste DVD, pela mão do Mestre Patrick Levet, estudamos os fundamentos do Vovinam Integral, as ameaças e ataques com faca, contraataques integrais e a defesa frente a Dam Thang (punho directo), Dam Moc (gancho), Dam Lao (soco azabaia), assim como as chaves básicas de perna.

REF.: • DVD/VIET6

Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.














Wing Tsun O Legado Yip Man Ve n h o p r a t i c a n d o A r t e s Marciais quase toda a minha vida. Comecei com 5 anos de idade e nunca deixei de praticar até hoje. Os últimos 20 anos os dediquei ao estudo e a prática do estilo W i n g Ts u n K u e n . P o s s o a f i r m a r, s e m m e d o a m e e n g a n a r, q u e o d i a q u e conheci o meu mestr e de Wing Tsun, tudo mudou na minha vida (profissão, paixão, amigos, estudos, tempo livr e). De qualquer ponto de vista, de uma ou de outra maneira, tudo acaba sempre no mesmo: paixão pelo Wing Tsun e pelas Artes Marciais. Além do meu trabalho como profissional do ensino e promoção das Artes Marciais, o Wing Tsun Kuen e tudo o que envolve este fantástico estilo de Kungfu, tem transformado a minha maneira de v e r, de compreender e caminhar na vida.



Wing Tsun Durante todos estes anos, como podem imaginar, tenho conhecido milhares de praticantes de Wing Chun, por todo o mundo. Especialmente nestes últimos anos, em que sou Director Técnico do Depar tamento de W ing Tsun, da Federação Espanhola de Lutas Olímpicas e Disciplinas Associadas, tenho tido ocasião de conviver com muitos diferentes mestres de famílias e linhagens diferentes. Muitos deles eram completamente desconhecidos para mim. A alguns deles agora os chamo AMIGOS. Este é o meu depoimento, a minha experiência, mas tenho a certeza de que muitos dos meus leitores dos artigos, ou aqueles seguidores das nossas actividades, conhecem bem estas palavras. Podíamos mudar o nome de quem contar a experiência e de certeza que tudo o mais, é similar. Permitam-me lançar esta reflexão pessoal, para introduzi-los no artigo deste mês, que intitulamos: “O Legado de Yip Man…” Para aqueles que não tiveram a fortuna de viver a prática deste sistema, talvez se perguntem a si mesmos: porquê? O que tem este sistema e têm os estilos de Kungfu Chinês em geral, que muda por completo a vida das pessoas? Porque motivo um pequeno homem falecido faz já mais de 40 anos, continua a ser uma figura tão importante na memória colectiva dos praticantes de Wing Chun? Vamos a isto… Talvez sirva para que outros possam mudar a sua vida e encontrar o melhor aspecto de si mesmos. De certeza que um dia compreenderão a grandeza do Legado do Grão Mestre Yip Man!



Wing Tsun Por que motivo o Wing Tsun? Primeiro: Possui uma progressão pedagógica, perfeitamente desenhada passo por passo, para qualquer pessoa normal poder chegar ao mais alto, si perseverar e trabalhar. Estou convencido que este é o ponto mais atraente deste sistema. Como uma máquina perfeita, cada exercício desenvolve uma capacidade até um certo ponto, no grau seguinte, os novos exercícios (especialmente nas secções de Chi Sao), nos levam a outro nível passo por passo, degrau a degrau. Isto é difícil de explicar com palavras e são necessários alguns anos de prática e ter progredido até os graus técnicos, para o apreciar. Pessoalmente, quanto mais estudo, pratico e ensino, mais admiração me produz como estão bem desenhados os diversos graus, até o 3º Grau Técnico. Capacidades como: relaxar, treino, aprender a ceder, potência explosiva, energia elástica, adaptabilidade e muitas outras, são habilidosamente desenvolvidas gradualmente, para que todo aquele que continuar aprendendo, chegue a obter os seus resultados. Este inteligente desenho chama a atenção daqueles alunos que praticaram outros estilos, especialmente os estilos inter nos, porque encontram instruções claras e muito precisas e acima de tudo, resultados rápidos e verificáveis. Segundo: É um método saudável e com muito baixo risco de lesões. No treino das AAMM, as lesões podem surgir por três causas: 1.- Acidentais. Uma queda, tropeçar, escorregar, etc. Este tipo de lesões são fortuitas e sucedem tanto fora como dentro da sala de treino.


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Wing Tsun 2.- Por traumatismos no combate livre. Quer dizer, por um golpe ou uma chave, realizadas durante uma troca livre (tanto seja com contacto pleno, semi-contacto, etc.). Fundamentalmente, esses traumatismos acostumam a ser: olhos negros, nariz partida, ruptura de peças dentais, costelas partidas, contusões e luxações. No WT, este tipo de lesões são pouco frequentes (salvo se os alunos treinam por sua conta, sem direcção nem controlo) porque habitualmente o combate livre só é praticado um certo nível. A grande diferença entre o trabalho técnico e o combate livre, tem uma solução bastante inteligente e lógica, utilizando um degrau intermédio, denominado “Da Lat Sao”, onde tentamos aplicar o nosso arsenal técnico, deslocamentos, ângulos, etc., sobre um adversário em movimento (à diferença de muitos dos estilos que fazem as

técnicas sobre adversários que não estão em movimento e colaboram “em excesso”). No caso de se fazer Chi Sao Livre, devido ao controlo dos batimentos, que proporciona este exercício, é muito raro o traumatismo. Muito provavelmente, os detractores do nosso sistema podem pensar que não se pode chegar a fazer combate se não se praticar o batimento a pleno contacto, mas não é assim. A minha experiência no mundo das AAMM, me diz que é precisamente essa maneira “suave” e flexível de treinar, o que atrai um maior número de praticantes e acima de tudo, que esses praticantes se “perpetuem” no seu treino pessoal. Finalmente, com um correcto treino, a eficácia, aparece como consequência da prática e de uma maneira sumamente curiosa, nos níveis avançados existem praticantes com um


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“No caso de se fazer Chi Sao Livre, graças ao controlo dos batimentos que proporciona este exercício, é muito raro o traumatismo”


Wing Tsun altíssimo nível em combate e um altíssimo nível de potência de batimento, apear de não terem praticado golpes a pleno contacto, em combate livre, durante a sua aprendizagem. É outra das grandes virtudes que este sistema formativo tem conseguido ao longo dos anos e a sua evolução constante. Terceiro: Um profundo estilo que entusiasma e apaixona. Uma coisa que tenho podido constatar, é que o WT cria autênticos entusiasta, por não dizer “que cri adição!”. Muita gente começa por acaso e conforme vai passando o tempo, cada vez se sente mais interessada, chegando a ser um aspecto principal na sua vida. Este é para mim um aspecto fundamental. O WingTsun entusiasma

pessoas que nunca tinham pensado em se dedicarem a uma actividade como esta, pouco mais que umas duas horas por a semana, e que acaba fazendo delas verdadeiros Artistas Marciais, que procuram a mestria e o conhecimento neste apaixonante estilo. Quarto: No WT há muitos elementos para abranger: a arte marcial, a filosofia (Confucionismo, Budismo, Taoismo), o ensino, as aplicações para a saúde, a psicologia, a cultura chinesa, etc. Uma só vida parece curta para dominar tudo, mas isso não nos retrai, pelo contrário, nos incentiva. De todas as maneiras, esse entusiasmo pode ser problemático. A nossa família, provavelmente não nos compreenda e teremos que nos organizarmos bem e agirmos inteligentemente, para não descuidar

outros aspectos da vida (família, trabalho, amizades, etc.) e acima de tudo, não nos tor narmos uns “wingtsuneiros” chatos, a falarmos o tempo todo do assunto ou que não temos outros interesses. Quinto: É uma actividade não competitiva, que favorece a colaboração entre pessoas. No WT, ajudar o parceiro a melhorar, nos ajuda a melhorarmos nós. Quanto mais alto for seu nível, maior será também o nosso. Esta interdependência é muito boa; permite eliminar a competitividade e cria um ambiente de ajuda mútua e bom humor. Se bem isso não evita querer saber quem é melhor, essa questão se neutraliza pelo desejo de progredir. Mais do que ver quem é o número 1, procuramos avançar sempre!



Wing Tsun A vaidade não se dá bem com a nossa evolução no WT, pelo menos durante o treino... Sexto: Uma habilidade que se mantém longo tempo, mesmo quando se deixa de treinar. Este é um aspecto curioso e que chama muito a atenção. O tenho contrastado com alunos que por motivos familiares, profissionais ou geográficos, deixaram totalmente de treinar durante 4 ou 5 anos e quando voltei a praticar com eles,

observei que não tinham perdido praticamente nada das capacidades anteriormente desenvolvidas. Alguns têm comparado isto com a habilidade de andar de bicicleta. Mesmo que passem muitos anos sem tocar na bicicleta, logo que subimos nela, somos capazes de pedalar sem cairmos. Talvez seja um tipo de memória neuro-muscular, mas isso, eu ignoro. O caso é que é muito motivador, sabermos que aquilo que se adquire não se perde, à diferença de outros desportos ou actividades.


Coluna “A vaidade não casa bem com a nossa evolução em WT, pelo menos durante o treino” “Um profundo estilo que entusiasma e apaixona”


Sétimo: Uma capacidade que pode aplicar-se inconscientemente. Outra curiosidade é que quando se adquiriu um nível alto em WT, parece poder funcionar inconscientemente. Alguém nos empurra ou nos agarra, e mesmo que seja a brincar e nosso corpo reage procurando o espaço, antes de nos apercebermos do que sucede. Conheço colegas que mesmo a dormir, se lhes tocarem nos braços, reagem como se fizessem Chi Sao. Esta é uma habilidade muito importante, para o combate real, onde não há tempo para pensar, nem preparar-se. Oitavo: O WingTsun é uma interessante ferramenta para compreender a cultura Chinesa. Com uma história de mais de 300 anos, o WT se desenvolveu durante um dos períodos mais convulsos e decisivos da história da China: a invasão dos Manchures, o nascimento das Tríadas, a Revolução Tai Ping, a



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pressão das potências estrangeiras, a queda do Império, a República, a Invasão Japonesa, a II Guerra Mundial, a chegada ao poder de Mao, o Comunismo e a posteriormente a abertura. Quando estudamos a história do WT, estamos contemplando o caminho seguido pela civilização chinesa. O cinema chinês também tem mostrado a linhagem de mestres do WT. Assim, encontramos filmes cujos protagonistas são: Ng Mui, Yim WingTsun, Wong Wah Bo, Leung Yee Tai, Leung Jan, Bruce Lee e recentemente se fizeram vários filmes acerca de Yip Man (com notáveis exageros!). O WingTsun também é uma excelente maneira de ter acesso à cultura Chinesa tradicional. Encontrando elementos Taoistas, Budistas e Confucionistas na sua teoria e terminologia, nas relações familiares de discípulos e mestres, nas estratégias e princípios técnicos, etc.… É uma interessante coincidência! Na minha opinião, as coisas boas e as outras “não tão boas” do WingTsun, são as mesmas que tem a cultura Chinesa. Por outras palavras: podemos ver absolutamente reflectida a maneira de pensar do povo e a cultura chinesa no WingTsun e ao contrário! Já anteriormente temos falado acerca dos defeitos do nosso sistema, mas pessoalmente, gostaria de ficar com as virtudes: respeito, paciência, humildade e perseverança. Acredito que o Kungfu é um dos melhores, quando não o melhor dos instrumentos para conhecer a cultura chinesa. Uma cultura que está chamada a ser líder mundial no Século XXI, por sua riqueza, sua influência, sua povoação e sua pujança. E depois de isto tudo, acredito que seja muito fácil compreender a importância do Legado do Grão Mestre Yip Man. Talvez não tenham pensado nisso, mas os queridos leitores, estão agora lendo esta



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Coluna “Acredito que o Kungfu é um dos melhores, quando não o melhor dos instrumentos para conhecer a Cultura Chinesa” coluna do Wing Tsun da Revista Budo International, porque são movidos por uma paixão. A mesma paixão que nos move a mim e a outras muitas pessoas em todo o mundo: o Wing Tsun / Ving Tsun /Wing Chun (escrevam como preferirem...) Para tomar consciência da importância do legado de Yip Man, basta olhar atrás e ver como desde a chegada de Yip Man a Hong Kong e o ensino a estudantes (até esse momento só existia a escola do seu mestre Cham Wa Shum, em FotShan) o crescimento do sistema em todo o mundo, é simplesmente espectacular. De uns 20 praticantes a meados do Século XX, passamos para mais de meio milhão em todo o mundo, em apenas uns poucos anos. Se podemos julgar o legado de uma pessoa pelo que deixou aos seus sucessores, aos que “herdaram” o seu legado, então podemos afirmar que Yip Man é uma das pessoas mais importantes na história das Artes Marciais. Daqui, desde esta coluna, gostaria de reconhecer a sua GRANDEZA e reclamar o RESPEITO máximo para a sua figura e o que a sua obra tem influído nas nossas vidas. Hoje tenho amigos em todos os continentes. Pessoas que vivem e praticam a nobre arte do Wing Tsun Kuen, os quais de certeza nunca teria conhecido, de não ser por este apaixonante estilo de Kungfu. Estão de acordo? Sifu Salvador Sánchez Fundador da TAOWS Academy





“O que dá a beleza ao deserto é que em alguma parte, esconde um poço de água” Antoine de Saint-Exupery “O que sabemos é um pingo de água; o que ignoramos é o oceano” Isaac Newton Fluir não quer dizer ser descuidado; a água o não é. Não deixa canto sem cobrir, a tudo chega! Dizem os Asturianos que a água tem “um focinho muito fino”. Sem presa, adaptando-se às circunstâncias, a água é a metáfora da persistência e da adaptabilidade extremas. O paradigma da mydança na forma, sem transformar a essência. O água cataliza a vida, sem ela, a terra seca e fica ermo, o fogo sem controlador, tudo inunda e o ar, transformado em tormenta de areia, não pode levar a fertilidade das nuves, nem a força das mudanças. Até o metal é torneado com seu uso nas forjas! A água nos conforta, nos limpa, nos abençoa. Molhados nos rios do momento, nadamos, lutamos, naufragamos. Fluir, adaptarse às barreiras, correr para baixo, não se opôr a nada, a água é a perfeita analogía da humildade, da adaptação e do não conflicto. A água vence sem objectivo; seguindo a sua natureza, rodeia qualquer obstáculo e nos ensina a como vencer, mas com sabedoria, sem desgaste, sem perder de vista o objectivo. O que é uma rocha no caminho? O que é uma montanha? Até quando não há saída, ela se filtra ou se evapora. Nada detém o seu destino. O río da vida me deixou nas minhas margens estos textos, que hoje compartilho como livro. E digo que “deichou”, porque toda autoría é quando menos confusa, pois todos devemos àqueles nos precederam, aos que nos inspiraram e inspiram, as flutuantes nuvens do inconsciente colectivo e até, quem sabe!, os espíritus e consciencias que nos rodeiam. Não tenho nada que ensinar, porque nada sei, pero a quem quizer escutar as minhas palavras, lhe deixo aquí sinceras reflexões, sentidas, cada día mais sentidas e menos pensadas, porque o pensamento nos engana vendo o que quer ver e dele aprendi a suspeitar.







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Em exclusiva, o DVD do Mestre Marco Morabito, acerca da defesa pessoal com mãos nuas, e a apresentação preliminar do Krav Maga Israelita Survial System. Las técnicas e o método que constitui o sistema, se ilustram sem segredos, de maneira clara, transparente e facilmente compreensível. Uma ocasião única para nos aproximarmos até o coração da defesa israelita e melhorar os nossos conhecimentos sobre a matéria. O autor é um dos grandes expoentes mundiais em defesa pessoal e conta em seu haver com experiência no âmbito militar e empresas de segurança; galardoado por várias nações, convidado a dar cursos e seminários em todo o mundo, desde o Japão aos E.E.A., a Polónia, a Espanha, Cabo Verde, Alemanha, Israel, França e Rússia, se tornou porta-voz internacional de diferentes sistemas de combate e defesa pessoal pouco conhecidos, ainda que extremamente efectivos. Morabito desenvolve uma pesquisa contínua, sem nunca parar na procura incansável de adquirir novos conhecimentos e nunca deixar de fazer perguntas. Krav Maga Israelita Survial System não é uma disciplina o um conjunto de regras rígidas, mas sim um método, um processo em evolução contínua e constante. Isto fá-lo adaptável a qualquer situação e circunstância, permeável a qualquer mudança e proporciona a capacidade de fazer um estudo dos erros e da sua experiência uma oportunidade para melhorar.

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José Manuel Reyes Pérez, 7ºDan de Hapkido pela World Hapkido Federation (WHF), membro da Junta Directiva da WHF, Director Internacional para a Europa Ocidental e Presidente da Federação Espanhola de Hapkido (FEH), nos apresenta no eu primeiro DVD, um completo tratado acerca das técnicas que fazem grande esta Arte Marcial tradicional Coreana, mediante o legado que lhe transmitiu directamente o Grão Mestre Kwang Sik Myung, 10ºDan de Hapkido. O Hapkido é a Arte da Defesa Pessoal Dinâmica por excelência, onde se conjugam velocidade e fluidez, junto com a preparação física, a técnica, a respiração, a meditação e o cultivo da energia interna. Uma arte que contempla uma grande variedade de técnicas com e sem armas, combina defesas e ataques, entre as quais se incluem técnicas de perna, joelho, punho, cotovelo, projecções, estrangulamentos e acima de tudo, as técnicas de luxação. Neste trabalho, o Mestre Reyes nos mostra os exercícios de respiração Danjon Hop, os ataques com o braço Gonkiok Sul, as técnicas de perna duplas e triplas Jok Sul, a defesa pessoal Ho Shin Sul, as técnicas de ataque e defesa com pau curto Dan Bong e a defesa contra faca. Um completo trabalho sobre uma Arte, o Hapkido, o caminho para harmonizar a energia, cuja prática ajuda a melhorar em grande medida, a nossa saúde, tanto física como mental, proporcionando ao praticante vitalidade, energia, autoconfiança, carácter e personalidade.

REF.: • DVD/FEH-1

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Los grandes Maestros lo son no solo en virtud de sus conocimientos, también claro está de una trayectoria y en mi humilde opinión, desde luego, de una personalidad, de un carácter. Rene Latosa lo es y vuelve justamente a nuestras portadas, muchos años después de aquel primer encuentro, porque reúne todas estas cualidades. Gozoso reencuentro debo añadir, pues lo fue. Corto pero sabroso y suficiente para comprender como todo lo que uno había esbozado hace años, en aquella primera ocasión estaba ahí, maduro, firme y gentil a la vez. La razón de su viaje: Un nuevo video que verá la luz en breve. Una mañana de trabajo impecable, una grabación fluida y agradable, para un video que a buen seguro, hará las delicias de todos los amantes de las Artes filipinas. El Latosa Escrima, un estilo que un Maestro amigo de Wing Tsun definió con elógios como “anti espectacular”, donde la eficacia campa a sus anchas, marcando la diferencia. Contamos con la inestimable asistencia de su alumno Sifu Markus Goettel, al que agradecemos su gentileza y ayuda.

REF.: • LAT-3

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