Cinturao Negro Revista Portugues 319 Setembro parte 1 2016

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Un practicante de Kali mira a un ataque como un puñetazo, no tanto como un ataque, sino como un objetivo ofrecido para ser atacado sistemáticamente, mediante la inmovilización del golpeo. Esto no está demasiado lejos de la forma de pensar del Kyusho, excepto en que las estructuras que se atacan son las internas, en lugar de las externas. Así que mediante la adición de la técnica externa del Kali y el agarre, estamos afectando en una mayor medida, la capacidad del oponente. El Kyusho es un estudio de la anatomía humana, no un Arte Marcial, sin embargo su uso con o en un Arte Marcial es natural, y añade una mayor dimensión. Así que se puede integrar con facilidad y eficacia en cualquier estilo de Arte Marcial. El practicante de Kali armado con el conocimiento de Kyusho puede llevar la práctica del Kali a una perspectiva completamente profunda. En este segundo Volumen os mostraremos los resultados de la combinación de los inherentes o posibles objetivos Kyusho en cabeza con los mismos agarres de brazo que se estudiaron en el primer DVD. Un trabajo de colaboración del Maestro de Kali Raffi Derderian y el Maestro Evan Pantazi.

REF.: • DVD/KYUSHO 25

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“A liberdade, Sancho, é um dos mais preciosos dons que aos homens deram os céus; com ela não se podem comparar os tesoiros que encerram a terra e o mar: pela liberdade, assim como pela honra, se pode e deve aventurar a vida” Miguel de Cervantes

emos tido um Verão quente, em muitos sentidos. A soma de acontecimentos aparentemente sem conexão, mostra no entanto, como atrás da cena se está escrevendo uma obra coerente, que incorpora, a través de mensagens repetitivas, uma bem definida linha argumental. Eclipses por meio, desafios de Urano, Plutão varrendo o estabelecido… A climatologia energética está densa. As energias andam à solta e à vontade nos extremos. Maus tempos para a valentia, a coragem, a sensatez e o bom senso, o bom juízo e a prudência, bons para o populismo, a ignorância e a violência. As “cascas mortas” se têm de partir, para nascer alguma coisa nova e isto sempre é doloroso, por vezes até atroz, descontrolado, funesto. Populismos baratos pela esquerda e pela direita, esfregam as mãos na confusão, para ver quem fica com mais parte do “bolo”; as pessoas estão fartas e as soluções aparentemente fáceis, do género “vamos construir um muro com o México”, encontram audiência, porque o Ocidente não vê saída à sua proposta e modos de vida; as classes médias deixam de o ser e enquanto 99% delas cai inexoravelmente, só um 1% salta para cima, para o grupo da abundância obscena, ali onde as vacas engordam como hipopótamos, no paraíso, (definitivamente fiscal)… E ninguém pode amansar esse gato, porque esse gato arranha e defende muito o que é seu! São sinais dos tempos: A corda se tensa, porque tudo se está polarizando e porque ninguém quer dizer a verdade, porque ela é funesta e longe de aparentar estar incentivada e iluminada pela força de si mesma, ela encontraria não só ouvidos surdos, como também avestruzes que escondem a cabeça debaixo da terra. O Ocidente e a sua cultura caem tal como eram e no melhor dos casos se desdobram em algo novo, que ainda não nasceu, mas que já não será o que foi. O eixo central da terra gira para a China, porque o “vale tudo” que agora está em marcha e está no ADN dos tempos, ali já está instalado porque vem de série. Séculos de mandarins escravistas, imperadores e tiranos fazem escola… A tudo se habitua o homem!… Mal momento é este que passamos nessa terra de ninguém, onde como avisa o sábio “não convém permanecer por muito tempo”; aí reinam os piratas, os aproveitados e os mentirosos, os vendedores de fumo, os que sabem dizer às pessoas o que as pessoas querem escutar, e não o que pode ser, e isto é simples como o

T

“Aquele que não quer raciocinar é um fanático; aquele que não sabe raciocinar é um néscio; aquele que não se atreve a raciocinar é um escravo” William Drumond

asa de um balde: que ninguém dá, nem dará nunca “euros a dois milreis”…, mas debilitadas como estão as massas no berço, no opiáceo sonho do BEM ESTAR (em vez de no do BEM FAZER, ou no BEM SER), pouco mais podemos pedir ao rebanho, excepto dar balidos de queixa, a caminho do matadouro. Faz tempo que não falo das minhas opiniões acerca do que acontece socialmente. Anos atrás eu fi-lo nos meus livros e devo dizer que sinceramente lamento ter tido razão em tudo. Gastei então as minhas pilhas avisando, assinalando, chamando à “Ordem”, a ter critério… Era muito mais jovem… mas não idiota! Já então vi a batalha perdida; necessariamente, tudo teria de ir muito a pior, antes de melhorar; desde então me tenho concentrado no que é tangível e está ao meu alcance, no que a mim e àquilo que me diz respeito, assim como no que é importante, que é sempre invisível, ou seja, o que está oculto e o que é espiritual. Este há-de ser o meu caminho e nele me hão-de encontrar. Não obstante me posso resistir, (velhos hábitos nunca morrem totalmente), sem mais nenhuma intenção que a de conversar, como quem fala do tempo..., a compartilhar com os leitores a tempestade que nos alcançou este Verão… Houve um tempo em que fui esse meteorologista que avisa do que vem; agora sou como o agricultor que se senta em lugar seguro, à espera da tempestade, atento simplesmente a que o não surpreendam em lugar desabrigado, as nuvens que trazem águas e gelo. Não posso evitar e avisar: Cuidado com o “canto das sereias”, com os falsos profetas, das saídas fáceis, porque não só “não há atalho sem trabalho”, como também “nem todos os caminhos vão dar a Roma”… Alguns vão direitos ao inferno e acreditem, existe e está aqui muito perto… A frágil virtude das nossas conquistas, pode desabar com apenas um passo em falso. A liberdade é uma conquista muito preciosa, um caldo de cultivo sem igual, a pedra de toque que faz possível que tudo mude. O que temos não será perfeito, mas olhem em volta e vão ver as alternativas… Simplesmente cheiram mal!… Tudo se está globalizando, começando pelo pior. Em qualquer caso, os vasos comunicantes, uma vez retiradas as comportas que os separavam, fazem com que os que estavam por cima desçam e os de baixo subam. Mas, no primeiro momento em que os limites se quebrarem, o que teremos? Ondas! Sim!… Pois é isso aí… Quê Verão que estamos vivendo!… e já lá vão vários anos!


“Cuidado com os dos cantos de sereia, com os falsos profetas, as saídas fáceis, porque não só não há atalho sem trabalho como também nem todos os caminhos vão a Roma…” “A frágil virtude das nossas conquistas, pode vir abaixo com um só passo em falso. A liberdade é uma conquista muito preciosa, um caldo de cultivo sem igual, a pedra de toque que faz possível que tudo mude. O que temos não será perfeito, mas olhem em volta e vejam as alternativas… Simplesmente cheiram mal…”





Grandes Figuras SIMPLESMENTE O MAIOR “Na sexta-feira 3 de Junho, após de 32 anos de luta contra a doença de Parkinson, Cassius M a r c e l l u s C l a y, m a i s c o n h e c i d o c o m o Muhammad Alí, faleceu com 74 anos de idade". Este foi o simples comunicado do seu portavoz, Bob Gunnell. O funeral do pugilista mais famoso do mundo, se r ealizou na sua cidade natal, Louisville (Kentucky), na sexta-feira 10 de Junho. "A família de Muhammad Ali quer agradecer a todos aqueles que nos acompanham com os seus pensamentos, orações e apoio e exige também respeito à sua intimidade", concluía o comunicado. Muhammad Ali faleceu em um hospital em Phoenix (Arizona) aos 74 anos, tendo dado entrada no hospital, em dias precedentes. U m m e io m u ito c h e g a do à fa m ília , tin h a confirmado horas antes, à agência de notícias AFP, que Ali se encontrava em “estado muito grave”. Um dia antes do do falecimento, o excampeão era internado em um hospital de Phoenix, após sofrer problemas respiratórios. Esta era a informação oferecida por Bob Gunnel, através de um comunicado oficial. Explicou que Ali tinha dificuldades para respirar e que os médicos já o estavam tratando. Desde fazia anos, Muhammad Ali passava a maior parte do tempo na sua residência em Phoenix, onde as condições climatológicas eram as mais apropriadas para a sua frágil saúde. Após a sua hospitalização, o porta-voz da família indicou que recebia a atenção médica como precaução, pelo que se esperava que a sua permanência no centro hospitalar, fosse muito breve. “Está sendo tratado pela sua equipa de médicos e se encontra em bom estado”, matizava Gunnell. Nas suas aparições em público, Ali se mostrava cada vez mais débil. A última delas foi a 9 de Abril, em Phoenix, no jantar anual de Celebridades do Boxe, entidade que obtem meios para o tratamento da doença de Parkinson. Texto e fotos: Pedro Conde

O Maior!


Apesar dos seus problemas de saúde, ninguém pressagiava um final tão trágico e a tão curto prazo de tempo. Inquestionavelmente, Muhammad Ali foi para o Boxe o que Bruce Lee foi para a artes marciais, a sua grande imagem. Um campeão com tal carisma e técnica que marcou uma geração e não só por sua maneira de lutar, também por ser um líder indiscutível para a sua raça. A sua vida foi tão apaixonando como os seus combates. Sirva este artigo biográfico como homenagem, porque como dizia o próprio Ali… “Estou cansado de te dizer que sou o maior. A partir de agora, deixarei que sejas tu a dize-lo!…” Muhammad Ali nasceu em Louisville (Kentucky), a 17 de Janeiro de 1942. Foi baptizado com o nome de Cassius Marcellus Clay, nome que depois trocaria por outro, devido às suas crenças religiosas. Teve uma boa infância, decorrendo este período da sua vida em um bairro de classe média. A família Clay possuía alguns veículos para transporte. Talvez a grande diferença entre ele e o resto dos pugilistas radicasse em que Cassius Clay entrou neste desporto por gosto, não por necessidade, apesar de que não desdenhasse obter fama e dinheiro com ele.



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Biografia

Joe Martin, um de tantos polícias que patrulhavam em Louisville, era proprietário do ginásio Columbia, onde os jovens da cidade treinavam com os poucos meios disponíveis, batendo em sacos cheios de remendos e realizando lutas com umas luvas que pelo seu tamanho e peso (onças) os faziam parecer ainda mais pequenos. Este agente da lei foi fundamental para a carreira do pugilista, possivelmente uma das poucas pessoas a quem Ali deve parte de seu êxito. Martin lembra com todo detalhe aquele dia do Verão de 1954, quando um garoto magrizela de 12 anos de idade, entrou no seu ginásio. O pequeno Cassius Marcellus Clay estava em pranto, chorava porque alguém lhe roubara a sua bicicleta de 60 dólares, que o pai tinha comprado apenas dois dias antes. Martin deixou o que estava a fazer e ajoelhou-se perto do garoto para o consolar. O pequeno acabou de contar a sua história dizendo uma coisa que o impressionou: "Se apanho o garoto que roubou a minha bicicleta, vou dar-lhe uma boa sova!" Martin respondeu que antes de tentar bater em alguém, devia aprender a lutar… Este foi o começo de uma relação que iria durar seis anos, entre Cassius Clay e Joe Martin. Cassius passou a ser um garoto do ginásio Columbia. Joe Martin era muito exigente no seu ginásio, suas palavras eram lei: "Se eu dizer que na rua está a chover, não quero ver ninguém indo à janela para ver se é verdade!" Cassius comia e dormia em casa de seus pais, onde recebia amor e carinho, mas praticamente morava no ginásio, onde dava atenção ao que lhe diziam e aprendia… "Eu fiz com que ele e o seu irmão Rudy aprendessem o que é a disciplina", lembra Martin. O jovem pugilista participava em todos os saraus da categoria amador que organizava o seu treinador todas as semanas. Em breve seria conhecido nas ruas de Louisville como "o garoto das mãos rápidas". As suas vitórias nos ringues proporcionaram-lhe uma certa fama, mas isso não modificou a sua relação com o treinador. "Esse garoto estava sempre a falar – lembra Martin – por vezes tinha de gritar com ele para que se calasse. Se não se calava, apanhava um bofetão. Precisava que alguém estivesse sempre a lembrar-lhe o que era disciplina…” Anos depois, quando Cassius estava prestes de obter o Campeonato do Mundo na categoria dos Pesos Pesados, Martin se encontrava em Miami assistindo aos treinos. Nesse momento o treinador de Ali era Angelo Dundee e em dado momento, tentou pôr o roupão nos ombros de Clay, mas este empurrouo. Martin disse: "Se me tivesse feito isso a mim, a


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pistola teria estado encostada na sua cabeça" Martin podia falar assim porque o certo é que além de ajudar Cassius a ser disciplinado, o preparara conscienciosamente para a Jogos Olímpicos realizados em Roma em 1960, onde conseguira a medalha de Oiro na categoria de semi-pesados. Clay se sentira comovido com tudo aquilo. Tinha ganho o máximo prémio, escutara o hino americano tocado em sua honra e recebera os aplausos, parabéns e outras demonstrações de adesão por parte de seus compatriotas. Clay percebeu de que se encontrava em um momento óptimo para poder conseguir o que se quisesse, tinha obtido fama e êxito inesperados, sentia que havia um monte de gente que o apoiaria de maneira incondicional. Tudo em sua volta eram expressões de patriotismo pelo que alcançara… Quando regressou aos Estados Unidos, o recebimento foi apoteótico, grandioso. Mas quando chegou a Louisville as coisas mudaram. Um dia foi com uns amigos a um restaurante e foi-lhe negada a entrada por ser negro. Este facto, junto com alguns outros, levaram-no a perceber a realidade; uma tão grande decepção não tinha nele precedentes…, acreditara que com a medalha de oiro, os problemas raciais tinham acabado para ele. Tinha sido uma ilusão!


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Quando ganhou a medalha prometeu a si mesmo que sempre a levaria consigo; mas quando descobriu esta série de acontecimentos, sentiu vergonha. Tinha representado um país que ele pensava que era diferente, um país onde existia a igualdade de raças e credos, mas aquilo só era uma ilusão. Por isso, atirou a sua medalha ao rio Ohio… Ele não tinha representado os Estados Unidos para isso! Além deste apreciado troféu, também conseguira o título de Golden Gloves, máximo galardão da categoria amador e todos prognosticavam que o aguardava um brilhante futuro na categoria profissional. Martin pensava que quando passasse a essa categoria continuaria sob a sua tutela, mas levou uma decepção, pois Clay se integrou em um sindicato formado por 11 homens de negócios por 10.000 dólares, um salário garantido de 4.000 dólares anuais durante os primeiros dois anos e 6.000 durante os seguintes seis anos. William Faversham, executivo de uma importante companhia de álcool, era o chefe do sindicato. Homem perspicaz e compreensivo, Faversham queria que Cassius tivesse uma certa segurança financeira. "Não queremos que acabe como Joe Louis, uma parte de tudo quanto ganhar será destinada a um fundo de pensão que não poderá usar até ter 35 anos ou quando deixar o Boxe e cuidaremos de que se lhe seja pago devidamente". Para o seu antigo preparador foi um golpe baixo, o seu critério distava muito do que pensava Clay. Martin só via uma dúzia de homens de negócios que pensavam que Clay era um bom investimento e que aplicando nele alguns dólares podiam fazer-se milionários, uns intrusos que vinham aproveitar o suor do seu trabalho. Certamente, era

preciso descartar qualquer ideia de altruísmo… Bill Faversham, que conhece Clay melhor que ninguém, declarou uma vez: "Em geral, tem medo do mundo, mas em especial, o facto de ser Cassius Clay é do que tem mais medo. Devem saber que nele não há maldade alguma, para ele, para passar um momento agradável bastam umas bolas de gelado e um sumo de laranja". Já consagrado como pugilista abandonou aquele sindicato e também abandonou Bill. Converteu-se ao Islamismo, passando a chamar-se Muhammad Ali. Desde então não quer ouvir falar no nome de Cassius Clay, por considerar que é um nome de "escravo". As suas



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estranhas ideias, ou o nome com que seja chamado, pouco importa, o importante é a inacreditável marca que deixou no desporto profissional. Este jovem fanfarrão que chamava a atenção do público recitando as suas poesias e predizendo o assalto em que ia nocautear o seu rival, era chamado palhaço e desapareceria tão rápida e fugazmente como surgira no mundo do Boxe. Mas o fanfarrão nunca perdeu uma luta e seus rivais habitualmente acabavam nocauteados exactamente no momento que tinha anunciado. Acertando quase sempre suas "predições" formou-se em seu redor um certo ambiente de invencibilidade e começou a dizer-se que Muhammad Ali era melhor que qualquer dos campeões que já eram lenda: Johnson, Dempsey, Louis, etc. Ali era qualificado como o melhor pugilista da história, o que ele não desmentia. Bill Favershan e o sindicato contrataram um treinador experiente para que treinasse Ali, que não era outro que o já legendário, Angelo Dundee. As directrizes deste eram muito específicas: "Fazer dele um campeão e mantê-lo longe de qualquer género de problemas”. Dundee não recebia um grande salário porque esperava obter grandes ganhos no futuro; mas até estes chegarem, recebia apenas 125 dólares semanais. Quando o lutador não estava treinando, não recebia nada, mas os dias das grandes remunerações acabaram por chegar, tal como Dundee esperara. Era um bom negócio para um pequeno treinador, que tinha uma certa reputação de manter seus lutadores contentes, inclusivamente durante os árduos treinos. Angelo e Clay já se conheciam com anterioridade a se unirem no grupo Faversham. Dundee lembra-se bem do primeiro encontro: “Em 1957, eu estava em Louisville com Willie Pastrano. Willie era campeão do mundo dos pesos semi-pesados. Estávamos no quarto do hotel e telefone tocou. Respondi e do outro lado escutei uma voz que parecia ser de uma criança. Disse-me chamar-se Cassius Marcellus Clay e que ganhara a medalha de oiro nas Olimpíadas. Perguntou se podia ir até o quarto para eu a ver. Não parava de falar, dizia


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um monte de coisas sobre mim e sobre todos os meus lutadores, juntando que me conhecia por me ver a televisão. Mandei aquele garoto calar-se durante um minuto, então disse a Pastrano que um maluco estava lá em baixo e queria subir, ao que ele respondeu: Deixa-o subir. Cassius subiu com seu irmão Rudy. Ficaram umas três horas e durante todo esse tempo perguntava a Pastrano: Quantas milhas corres por dia? O que comes à refeição antes de uma luta? Quanto sumo de laranja bebes quando treinas? e coisas deste género… Clay e Pastrano embirraram um com o outro logo de entrada. Cassius me pediu que o deixasse combater com ele e eu disse que perguntasse a ele. Willie aceitou e no dia seguinte se enfrentaram no ginásio Columbia, de Joe Martin. Clay parecia imenso e Willie muito mal. Só se enfrentaram durante um assalto, porque não os deixei continuar. Disse a Willie que não estava em forma, que era melhor parar, para justificar a que tinha acontecido. Mas ele não aceitou nenhuma das minhas desculpas e disse-me: Angie, este garoto é realmente bom.” Sob a atenta vigilância de Angelo Dundee, Clay aprendeu todos os pormenores do Boxe, do treino e do negócio que existente em redor. Dundee estava surpreso pela inacreditável rapidez deste jovem, mas ainda mais por sua grande ambição por chegar a ser rico e famoso. "Não podia tirá-lo do ginásio - assinalava Dundee. Inclusivamente depois de apagar as luzes ele ficava fazendo sombra. Queria fazer Boxe com toda a gente do ginásio. Não se importava se era um peso mosca ou um pesado, dizia que precisava treinar." Nenhum lutador em toda a história treinou mais e mais duro que Clay. Chegou a fazer uma média de 160 assaltos com sparring, quando preparava um combate de 8 assaltos. A maioria dos lutadores faziam uma média de 50 assaltos por cada combate de 10. A 29 de Outubro de 1960, Clay fazia a sua estreia como profissional, combatendo com o jovem Tommy Hunsacker, que era





Grandes Figuras como uma rocha. O encontro teve lugar em Louisville. Nos seguintes seis meses combateu e dançou enquanto se encaminhava às suas seis vitórias consecutivas, cinco delas por K.O. Em Junho de 1961, Cassius e Dundee se encontravam em Las Vegas para realizar um combate a 10 assaltos com Duke Savedom. O facto de Cassius vencer aos pontos não foi um desmérito na sua carreira, o que realmente marcou a sua aparição foi a entrevista que deu antes do combate. Com ele apareceu o famoso lutador de Luta-Livre Georgeous George. Esta seria a última vez que Cassius deixaria que alguém lhe tirasse o protagonismo. Estava fascinado pela maneira em que George falava, como se vestia, como pintava de louro os cabelos e acima de tudo pelo seu comportamento em geral e foi vê-o lutar no dia seguinte. Ficou fascinado ainda mais pela gente que ia ver o homem dos cabelos dourados. A experiência com George mudou radicalmente a personalidade de Clay e também a sua vida. Começou a imitá-lo. Nunca parava de falar e de alardear da sua grandeza. Modelou a sua figura e começou a surgir o novo Cassius. O mundo nunca voltaria a ser o mesmo.


Biografia Continuou vencendo os combates com margens muito amplas. Os organizadores de todo o país começaram a reparar neste jovem das mãos rápidas de Louisville, apesar de que falava muito. Não obstante, existiam certas dúvidas, um factor desconhecido e imprevisível. Poderia encaixar um golpe na mandíbula? Continuaria a bater depois de tocado ou procuraria a primeira saída para correr longe? Até aquele momento ninguém o tinha tocado… As respostas chegaram no combate contra Alex Miteff, um sul-americano duro e depois com Sonny Banks, o do golpe de serpente. Miteff, conhecido por seu brutal corpo a corpo, deixou cheias de nódoas as costelas de Clay, mas ele encaixou os golpes e continuou, abatendo-o no sexto assalto. A especialidade de Sonny era manter a distância com o adversário batendo-lhe com o punho direito. Sonny enganou Cassius, pois em vez de bater-lhe com a direita, batia com a esquerda, Cassius caiu. Na opinião de Angelo Dundee e outros especialistas em Boxe, tinha chegado o momento da verdade. Iria levantar-se Clay ou esperaria o arbitro acabar de contar? Mas logo que Clay tocou o chão, voltou imediatamente em pé. Dundee não só se



tranquilizou como também ficou espantado. "Foi fantástico", lembrava Angelo. O alívio de Dundee tornouse alegria quando no 4º assalto Cassius tombou Banks. 1962 foi um bom ano para Cassius. Conseguiu seis K.O. em seis combates. Antes de lutar com Archie Moore recitou um dos seus famosos versos: "I'll say it again, I've said it before. Archie Moore will fall in four" (“Direi outra vez o que já antes disse: Archie Moore vai cair em quatro”). O idoso Archie gozava de grande reputação apesar da sua avançada idade; como curiosidade podemos dizer que este pugilista já lutava na categoria de profissional sete anos antes de Clay nascer. Por isto, para os detractores de Cassius, este combate era só uma montagem, onde um profissional com grande prestígio, mas já acabada a sua carreira pugilista, serviria de lançamento a esta jovem promessa.

Os prognósticos se cumpriram sem surpresas. Archie Moore caiu no quarto. A quantia arrecadada no Arena de Los Angeles foi recorde na Califórnia, 182.599 dólares, mais um adicional de 223.455 dólares por direitos de transmissão na televisão a cabo. Na terceira fila estava o Campeão dos pesos pesados Sonny Liston. Quando o vitorioso Cassius se dirigia para o vestiário, parou diante dele e assinalando com um dedo para o nariz de Sonny, disse "Tem cuidado pequenino. Preciso de ti, vou dar-te uma surra como se fosse teu paizinho". Liston levantou seu punho e gritou: "Vai dormir criança, antes de eu te dar uns açoites no rabo". Cassius concentrava na sua pessoa todas as atenções sempre que ia combater. Todos riam com os seus versos mas ficavam realmente surpreendidos quando acontecia o que ele dizia. No entanto, Clay não tinha a certeza de


Os desportos de contacto em geral e em especial o Boxe, têm com ele uma dívida impagável. Pelo menos enquanto viver na lembrança de todos, vai continuar vivo… Longa vida ao maior, ao mais grande!



quando iria cair Doug Jones. Desde que pisou o Madison Squear Garden na noite do 13 de Março de 1963, mudou de opinião três vezes. Primeiro disse que seria no terceiro assalto, depois no sexto e mais tarde diria que no oitavo. Esta incerteza não era do agrado a Angelo Dundee. Precisavam sair disso. Angelo deu com a resposta: "Pus-lhe um adesivo na boca - lembra Dundee - e fizeram-lhe muitas fotografias que apareceram em todos os jornais. Zangou-se comigo por não poder anunciar o assalto, mas penso que fiz bem". Jones ainda se mantinha em pé no final do décimo assalto, mas Clay venceu aos pontos. Cassius marcou outro recorde de público em Junho de 1963, em Londres, Inglaterra. Mas teria de se levantar da lona antes de nocautear o melhor pugilista inglês Henry Cooper, no quinto assalto. O gancho da esquerda que derribou Clay foi um dos golpes mais duros que teve de encaixar durante toda a sua carreira. Foi o golpe do qual Dundee o vinha avisando. "Eu tinha dito para se manter fora do alcance da mão esquerda de Cooper - lembra Angelo - mas teve de aprender isso da maneira mais dura". De volta nos Estados Unidos, Clay mudou suas críticas a Sonny Liston para uma maneira que chamava muito mais a atenção. Tentou saltar ao ringue em Las Vegas, antes de que Sonny Liston nocauteasse Floyd Patterson, como numa tentativa de atacar o campeão. Sonny quis responder a Clay mas quatro polícias impediram isso. Então Cassius pegou no


Grandes Figuras

20/10/1960 Louísville, KY. Alí vs T. Hunsaker. (G.D.) 19/04/1961 Louisvílle, KY. AJí vs L. Clark. (K.O.) 22/07/1961 Louisville, KY. AJí vs A. Jhonson. (G.D.) 26/06/1961 Louisville, KY. AJí vs "Duke" Savedon g. (G.D.) 07/10/1961 Louísville, KY. AJí vs A. Miteff. (K.O.) 29/11!1961 Louísville, KY. Alivs W. Besmanoff. (T.K.O.) 10/02/1962 NewYork,NY. AJí vs S. Banks. (T.K.O.) 28/02/1962 Miami Beach, FLA. AJí vs D. Warner. (K.O.) 23/04/1962 Los Angeles, CA. Ali vs G. Logan. (K.O.) 19/05/1962 New York, NY. AJí vs B. Daníels. (T.K.O.) 20/07/1962 Los Angeles. CA. Ali vs A. Lavorante. (K.O.) 14/11/1962 Los Angeles, CA. Ali vs A. Moore. (K.O.) 24/01/1963 Píttsburgh, PA. Ali vs C. Powell. (K.O.) 13/03/1963 New York, NY. AJí vs D. Jones. (G.D.) 08/06/1963 London, Inglaterra. AJí vs H. Cooper. (T.K.O.) 25/02/1964 Míami Beach, CA. Ali vs S. Líston. (T.K.O.) 25/05/1965 Lewiston, ME. Ali vs S. Liston. (G.A.) 22/11/1965 Las Vegas, NEV. Alí vs F. Patterson. (K.O.) 29/03/1966 Toronto, ONT. Alí vs G. Chuvalo.(G.D.) 21/05/1966 London,Inglaterra. Ali vs H. Cooper. (K.O.) 06/08/1966 London, Inglaterra. AJí vs B. London. (K.O.) 10/09/1966 Frankfurt, Alemania. AJí vs K. Míldenton. (K.O.) 14/11/1966 Houston, TEX. AJí vs C. Williams. (K.O.) 06/02/1967 Houston, TEX. AJí vs E. Terrell. (G.D.) 22/03/1967 New York, NY. AJí vs Z. Folley. (K.O.) 26/1 0/1970 Atlanta,GA. Ali vs J. Ouarry. (T.K.O.) 07/12/1970 New York, NY. Alí vs O. Bonavena. (K.O.) 08/03/1971 New York, NY. Ali vs J. Frazier. (P.D.) 26/07/1971 Houston, TEX. Alí vs J. Ellís. (K.O.) 17/11/1971 Houston, TEX. Ali vs B. Mathís. (G.D.) 26/12/1971 Zurich, Suiza. Ali vs J. Blin. (K.O.) 01/04/1972 Tokyo, Japón. Ali vs M. Foster. (G.D.) O 1/05/1972 Vancouver, BC. Ali vs G. Chuvalo.(G.D.) 27/06/1972 Las Vegas, NEV. AJí vs J. Ouarry. (T.K.O.) 19/07/1972 Dublin, Irlanda. Ali vs "Biue" Lewis. (K.O.) 20/09/1972 New York, NY. AJí vs F. Patterson. (T.K.O.) 21/11/1972 South Lake Tahoe,NEV. Ali vs B. Foster. (K.O.) 14/02/1973 Las Vegas, NEV. AJí vs J. Bugner. (G.D.) 31/03/1973 San Diego,CA. Ali vs K. Norton. (P.D.) 10/09/1973 lnglewood, CA. Ali vs K. Norton. (G.D.) 20/10/1973 Jakarta, Indonesia. AJí vs R. Lubbers. (G.D.) 28/01/1974 New York, NY. Alí vs J. Frazíer. (G.D.) 30/10/1974 Kínshasa, Zaire. Alí vs G. Foreman. (K.O.) 24/03/1975 Ríchfíeld, OH. Ali vs C. Wepner. (T.K.O.) 16/05/1975 Las Vegas, NEV. Ali vs R. Lyle. (T.K.O.) 01/07/1975 Kuala Lumpur,Malasia. Ali vs J. Bugner. (G.D.) 01/10/1975 Ouezon City, Filípínas. AJí vs J. Frazíer. (T.K.O.) 20/02/1976 San Juan, PR. Alí vs J. P. Coopman. (K.O.) 30/04!1976 Landover, MD. Ali vs J. Young. (G.D.} 24/05/1976 Muních, Alemania. AJí vs R. Dunn. (K.O.) 26/09/1976 New York, NY. Ali vs K. Norton. (G.D.) 16/05/1977 Landover, MD. AJí vs A. Evangelista. (G.D.) 29/09/1977 New York, NY. Ali vs E. Shavers. (G.D.) 15/02/1978 Las Vegas, NEV. AJí VS L. Spinks.(P.D.) 15/09/1978 New Orleans,LA. Ali vs L. Spínks. (G.D.) 02/10/1980 Las Vegas, NEV. Ali vs L. Holmes. (P.A.) 11/12/1981 Nassau, Bahamas. AJí vs T. Berbick. (P.D.)



Grandes Figuras microfone do ringue e insultou Liston, tratando-o de covarde e urso feio e velho. Tudo isto pertencia ao espectáculo anterior ao combate que todos esperavam. Caso se pensasse que Liston era o homem que devia fechar a boca desse garoto, não se apostaria tanto por Cassius. Finamente chegou o grande momento. Tudo aquilo pelo que Cassius Marcellus Clay tinha trabalhado e sonhado desde que pela primeira vez bateu no saco do ginásio de Joe Martin, em Louisville, ia tornar-se realidade. Cassius estava pronto para a grande prova. Estava perfeitamente preparado: 1,95m de altura, 100kg de peso, longos e definidos músculos e nem uma grama de gordura no corpo. Ficou combinado que a grande luta teria lugar na noite de 25 de Fevereiro de 1964, no Convention Hall, em Miami Beach, Florida. Antes do início da noite, Clay teve um comportando um tanto histérico, a tal ponto que Alexander Robins, o médico encarregado do reconhecimento antes da luta, esteve a pontos não deixar que Clay participasse do evento, devido ao pulso acelerado que mostrava ter nesses momentos. Enquanto seu irmão Rudy e seu amigo Sugar Ray Robinson, que tinham viajado até Miami para estar com Clay, tentavam acalmar o aspirante, Liston se encontrava confortavelmente sentado como se fosse uma estátua de pedra, assistindo ao que mais tarde chamaria "o melhor espectáculo de circo que jamais tinha visto". Uma nuvem de jornalistas chegados a Miami vindos de todo o Mundo, esperavam ansiosos à porta do vestiário de Clay, quando faltavam segundos para as dez da noite. O momento tinha chegado. O que viram quando se abriu a porta, deixou-os atónitos, Clay aparecia com uma expressão de absoluta calma e a sua cara não mostrava estar nada inquieto. Um de tantos repórter disse: "De certeza tomou alguma coisa para sair assim calmo do vestiário". Clay esquivava os golpes de Liston e chegava com suma facilidade à cintura quando Liston tentava o corpo a corpo. No segundo assalto, a esquerda de Cassius começou a impactar no rosto de Sonny, no nariz e nos olhos. Mas no quarto assalto, Clay começou a esfregar seus próprios olhos, dava a impressão de que nenhum dos dois pugilistas podia ver bem. Quando Cassius voltou para o seu canto finalizado o assalto, disse a Dundee que pensava que devia abandonar: "Não consigo ver". Dundee respondeu que se acalmasse. Lavou os olhos de Clay e quando o sinal anunciava o quinto assalto, Dundee levantou Cassius e empurrou-o para que saísse da esquina. Clay se manteve em movimento até a comichão nos seus olhos desaparecer. O árbitro Barney Felix explicaria depois que esteve a pontos de desqualificar Clay: "Quando tocou o


Grandes Figuras sinal para dar início ao quinto assalto, Clay parecia não querer sair. Eu gritei: “Com os diabos Clay, sai daí". Felix também diria depois: "Se nesse momento não tivesse saído, eu teria dado por finalizado o encontro". Menos de 10 minutos mais tarde Sonny Liston estava acabado. Entretanto, Clay estava pletórico e com vontade de lutar, mas o campeão, ciente de que se tinha magoado em um ombro lançando um soco, resolveu não sair e abandonar no sétimo assalto. Depois disto, Clay se dirigiu ao público dizendo: "Sou o maior". Talvez levada pela imprensa, surgiu uma campanha contra Clay, que naquela época estava muito influenciado por um predicador de nome Malcom X, que era um Muslim (homem que se entrega por inteiro a Ala e à doutrina do Islão). A sua oratória girava em torno à opressão que padecia a raça negra nos Estados Unidos. Para muitos

grupos, todas estas declarações atentavam contra o sentir patriótico dos norte-americanos, mas Malcom X encontrou em Cassius Clay um dos seus mais ferventes admiradores. Tão influenciado estava que um dia, depois do seu combate com Sonnv Liston, confirmou ao mundo o que até então era um rumor, se tinha convertido em um Muslim negro e o seu "autêntico" nome era Muhammad Ali. "Não quero que, nunca mais alguém me torne a chamar por meu nome de escravo". Malcom X morreu assassinado, tendo-se sentido Clay um pouco desorientado até encontrar outro predicador chamado Elijah Mohammad, último mensageiro do “Found Nation of Islam”. Depois do combate com Liston lutaria em Las Vegas com Floyd Patterson durante doze assaltos, até que o seu adversário caiu por K.O. A 29 de Março de 1966, em Toronto enfrentaria George Chuvalo, a quem venceu por


Biografia decisão unânime após 15 assaltos. Depois do combate Ali declarava: "A cabeça de Chuvalo é a coisa mais dura em que jamais bati". No dia 21 de Maio do mesmo ano, em Londres, combatia contra Henry Cooper, ao qual venceu no sexto assalto e que acabou com um olho em sangue. Brian London seria outro pugilista que iria cair sob o peso dos punhos de Ali, em 6 de Agosto de 1966, no terceiro assalto. Em turné que o levou pela Europa, em Setembro do mesmo ano, teve ocasião de combater contra Karl Mildenberger, a quem nocauteava no 12º assalto. Em Novembro, no dia 14 em Houston (Texas), mandaria à lona Cleveland Williams no terceiro assalto. "Talvez agora me considerem como um bom lutador" - disse Clay. A 6 de Fevereiro de 1967, também em Houston, lutaria contra Ernie Terrell, Campeão da WBA. Este pugilista não reconhecia o mudança de nome de Muhammad Ali e chegou a realizar várias declarações irónicas acerca de suas crenças. Isto irritou muitíssimo Ali, pelo que durante todo o combate, enquanto não deixava de bater-lhe humilhá-lo no ringue, ia perguntando: “Qual é o meu nome?" É geralmente aceite o facto de Clay não ter querido forçar o K.O. para poder espancar Terrel. Pouco tempo depois, Ali foi requerido para fazer o Serviço Militar, ao que se negou, sendo chamado a um tribunal militar onde a 15 de Maio de 1967 foi acusado de insubmisso. Ali declarou: “O que me podes dar, América? Pretendes que eu faça o que os homens brancos mandam fazer, que vá lutar contra gente que não conheço? Queres que consiga um pouco de liberdade para outra gente, enquanto que a minha gente não tem liberdade na sua própria casa? Queres que tenha medo do homem branco, que pegue em fuzis, que dispare e mate e então me darão dez medalhas, me darão umas palmadinhas nos ombros e dirão: "Bom garoto, lutaste pelo teu país…" Devido a esta sua negativa, os Presidentes das diferentes associações de Boxe tiraram-lhe o título de Campeão Mundial. Naquela época foi a única maneira de lhe tirar o título, pois não existia pugilista nenhum que pudesse derrotá-lo. Por Sentença do Tribunal Militar foi condenado a cinco anos de cadeia, o que o afastou do Boxe por algum tempo. Três anos depois saía da prisão pagando uma fiança, voltando a preparar a sua carreira pugilista, para muitos já acabada. Clay tinha o firme convencimento e propósito de voltar a conseguir o que lhe tinham tirado. Para isso teve de vencer Jerrv Quarrv e Oscar Bonavena, para disputar o Campeonato do Mundo contra Joe Frazier, no dia 8 de Março de 1971, que Ali perdeu devido a um gancho dado por Frazier nos últimos instantes do combate. Depois se sucederam uma série de combates em que cabe destacar seu encontro com Ken Norton, quando Ali teve de retirar-se com a mandíbula partida, devido de um terrível soco de Ken Norton. Esta foi uma das poucas derrotas da carreira de Ali. Com o tempo teria um desquite com o mesmo lutador, a qual só conseguiu vencer por pontos. Foreman tirou o título mundial a Frazier, pelo que o desquite entre este e Ali teve de ser adiado por um tempo. O objectivo principal de Clay era conseguir o título. O encontro entre ambos teve lugar em Kinshasa, capital do Zaire, a 30 de Outubro de 1974, sendo este o primeiro Campeonato do Mundo de Boxe que se realizava num país africano de raça negra. Este combate tinha um matiz político que beneficiaria enormemente Mobutu, Presidente daquele país, sendo o objectivo deste e Ali, chamar a atenção de milhões de pessoas para os problemas do terceiro mundo. Depois de desta luta ser adiada um mês, devido a um corte que Ali sofreu em seu olho esquerdo e com um Foreman em plena forma, as apostas estavam três a um a favor de Foreman. O combate foi provavelmente o mais


Grandes Figuras difícil da carreira de Ali, o qual venceu devido à sua táctica. Sendo ciente de que não tinha a fortaleza física de Foreman, levou-o a se esgotar com o que ele descreveu como “as cordas envolventes". Ali se deixava empurrar pela elasticidade das cordas realizando esquivas e descansando sobre elas, enquanto Foreman lançava continuadamente seus punhos, o que aos poucos o levou ao cansaço, momento que aproveitaria Ali para mandar seu adversário à lona. Já vencedor e em posse do Campeonato Mundial, o público ansiava ver o desquite contra Joe Frazier. Ali se preparou para lutar contra o único homem com quem tinha lutado e não tinha vencido. O combate suscitou grandes expectativas em todo o mundo e teve lugar a 1 de Outubro de 1975, em Quezon City, Filipinas. O encontro foi denominado "A Comoção de Manila” (“Thrilla in Manila"). Neste combate, Ali tomou a iniciativa nos primeiros assaltos, parando os ataques de Frazier com séries de rápidas combinações à cabeça; mas nos assaltos intermédios Frazier pareceu despertar e começou a atacar utilizando seu gancho de esquerda ao queixo. Estes ataques, junto com o calor reinante e a grande humidade do ambiente, levaram Ali a pensar na retirada. Entretanto, reagiu e utilizou ao máximo toda a sua habilidade, dominando claramente nos últimos assaltos, até que o treinador de Frazier, Eddie Futch, parou o combate nos começos do 15° assalto. Depois do combate Frazier

declararia: “Dei-lhe socos que teriam derribado paredes". Por sua vez Ali diria: “Isto foi o mais perto que estive da morte". A partir de então, Ali não voltaria a ser o mesmo, a sua carreira foi declinando. No dia 2 de Outubro de 1980 enfrentou o Campeão Larry Holmes, mas teve de retirar-se no 11º assalto dizendo: "Parem já este homem, parem". Holmes tinha acabado com quem fora seu grande ídolo. Para todos foi o melhor de todos os tempos. Faz anos que este campeão vem lutando no mais difícil de seus combates, frente um rival que não tem cara, nem corpo mas que magoa muito mais que os socos de qualquer outro, o "Parkinson", com o qual realiza o combate mais difícil da sua vida. Segundo a opinião de muitos e de quem isto escreve, Mohamed Ali é o maior da história do pugilismo. Poder-seá estar o não de acordo com esta valoração, mas o certo é que no Boxe há um antes e um depois de Ali; se ele não tivesse existido, o Boxe não seria o que hoje é, pois Ali mudou muitos dos registos do pugilismo, criando em seu momento uma expectação pelo Boxe até então desconhecida. Os desportos de contacto em geral e em especial o Boxe, têm com ele uma dívida impagável. Pelo menos enquanto viver na lembrança de todos, vai continuar vivo… Longa vida ao maior, ao mais grande!





A Técnica O JOGO DE PERNAS - O ADN da maneira de lutar

Quando o grande Muhammad Ali pronunciou a famosa frase: “Voa como uma borboleta e pica como uma abelha”, muitos pensaram que era uma frase divertida do controverso Campeão do Mundo dos pesos pesados, uma frase poética e engenhosa de um pugilista também conhecido por suas polémicas declarações, mas naquela época, poucos se preocuparam em analisar o significado daquela frase. Nela estava encerrado todo o ADN da maneira de lutar de um dos melhores pugilistas da história. É uma frase que exemplifica à perfeição, uma estratégia única e inteligente de não ser magoado durante um combate e conseguir a vitória. O ataque mais devastador e brutal se pode tornar um leve roce se lançado na distância errada. Texto: Ricardo Diez Sanchis



A Técnica jogo de pernas não só consta de mover-se de um lado para outro sem nenhum critério, mas sim em tentar aproveitar esta mobilidade para impor o ritmo da luta, além de conseguir uma estabilidade contínua, para aumentar a contundência dos golpes e manter a distância que mais nos convier. A precisão de um ataque vai intimamente ligado a um correcto jogo de pés. Em combate, as distâncias são continuadamente variáveis, por isso, manter a distância que mais nos interessa, tem um efeito decisivo sobre o resultado final do combate. Para isso fazemos que o nosso lutador tenha um correcto analise da distância, que as suas acções sejam explosivas e que tenha uma noção clara do que estiver acontecendo em cada um dos momentos do combate. Os preparadores de Boxe, para destacar a importância do jogo de pernas, gostam de dizer esta máxima, que se pode aplicar para qualquer desporto de combate. “O Boxe se realiza primeiro com as pernas, depois com a cabeça e finalmente, com os punhos” Uns bons deslocamentos vão potenciar tanto o nosso sistema de ataque como o nosso sistema defensivo. A origem do jogo de pernas no Boxe, é atribuído ao campeão Bob Fitzsimons. Abrir e fechar o espaço entre o nosso adversário e nós, é importantíssimo. Ficarmos muito tempo na distância curta, tem muitos perigos. Na distância corpo a corpo só podemos termos o luxo de ficarmos mais tempo se superarmos claramente o nosso rival em velocidade e potência. De não ser assim, temos justamente as mesmas possibilidades de recebermos um golpe decisivo como o nosso rival e esse jogo não nos interessa. O segredo do combate está em bater e que não nos batam...

O


A medida do combate é a distância que um lutador mantém em relação com o seu contrário. É aquela em que não pode ser alcançado pelo golpe, a menos que o contrário se lance contra ele. É importantíssimo que cada lutador aprenda a sua própria medida de combate. Uma norma muito simples e eficaz que não devemos esquecer, é mover a perna que se corresponde com a direcção onde queremos ir. Ou seja, se quero avançar, moverei a perna dianteira, se quero ir à esquerda moverei a minha perna esquerda e assim sucessivamente. Se o que pretendemos é avançar para fechar o espaço que há entre o nosso adversário e nós, deveremos dar primeiro um golpe, bem de punho ou de perna. Em primeiro lugar, o movimento para dar o golpe, vai imprimir velocidade ao nosso

“A medida do combate é a distância que um lutador mantém em relação com o seu contrário”

deslocamento, pela própria inércia gerada pelo ataque. Em segundo lugar, o próprio golpe nos vai manter mais protegidos, e por último, conseguiremos que o nosso rival esteja ocupado defendendo este ataque e ser-lhe-á muito complicado fazer uma contra. Um bom jogo de pernas necessita que os nossos calcanhares nunca se apoiem no chão. Se o fizermos assim, teremos a sensação que o nosso adversário vai descalço, enquanto que nós temos uns excelentes patins em linha. É importante saber transferir correctamente o peso do corpo de uma perna para outra (vascular o corpo), de essa maneira sempre estaremos numa posição favorável para lançar um ataque. Um excelente exercício para melhorar os deslocamentos, além da



A Técnica nossa resistência, os músculos das pernas e o equilíbrio, é saltar à corda. Para começar, podíamos realizar assaltos de dois ou três minutos, com um minuto de descanso de assalto a assalto, para depois ir aumentando o tempo. Dez minutos de saltar à corda, são equivalentes a trinta minutos de correr. Um erro muito comum no momento de lançar um ataque, é faze-lo onde está nesse momento o nosso adversário, porque assim, o nosso ataque fica fora de distância, devido a que o nosso rival instintivamente realizará algum movimento defensivo. Portanto, tem de se lançar o ataque com maior profundidade, para poder impactar com precisão. A mobilidade é também muito importante no nosso sistema defensivo, porque um alvo em movimento sempre é mais difícil de alcançar que um alvo fixo. Um bom jogo de pernas nos pode ajudar a esquivar os ataques do nosso rival. Mas de qualquer maneira, também se não entusiasmem e passem o combate todo a saltar de um lugar para outro, como malucos. Lembremse do princípio de economizar os movimentos. A ideia é simplesmente estarmos onde estivermos seguros e o nosso rival não! “O movimento se utiliza como meio de defesa, um meio de engano, um meio de nos assegurarmos a distância adequada para atacar e um meio para conservar a energia. A essência do combate é a arte de mover-se” Bruce Lee O jogo de pernas permite ceder terreno e escapar do castigo, sair de uma esquina, fazer que o adversário se canse em vão tentando alcançar-nos com um golpe definitivo e também põe “pimenta” no nosso ataque. No filme “O furor do Dragão”, o mítico Bruce Lee faznos uma espectacular exibição de um fabuloso jogo de pernas, durante a legendária luta que mantém com Chuck Norris, no Coliseu Romano. Como têm podido apreciar, estou dando suficientes argumentos para que tentem melhorar os vossos deslocamentos, com o claro objectivo de melhorarem o combate, mas não cometam o erro de muitos lutadores que têm excelentes jogos de pernas e que descuidam a guarda. Isso pode levar-nos a ter sérios problemas. No combate, a preocupação e a desconfiança sempre têm de estar muito presentes. Não se trata de fazer as coisas bem ou mal, não há bem ou mal, trata-se de não receber golpes. Tu sabes que receber golpes é mau para ti, então tens de evitar recebe-los! Se Bruce Lee e Muhammad Ali deram importância ao jogo de pernas, é hora de incorporá-lo ao nosso treino diário. Por isso animo a todos a faze-lo e “pés, para quê vos quero!”

“Se Bruce Lee e Muhammad Ali deram importância ao jogo de pernas, é hora de incorporá-lo ao nosso treino diário”




























A Era do Boxe com Luvas


Raúl Gutiérrez As reglas de Queensberry Em 1867 foi inaugurado em Londres o centro polidesportivo Lillie Bridge Grounds. Ali, por iniciativa de John Graham Chambers, se estabeleceu a sede do “Amateur Athletic Club”, or g anização qu e ne sse ano or g anizar ia os pr ime ir os campeonatos de Boxe amador da história, estabelecendo também por primera vez, três categorias conforme o peso dos púgeis: peso ligeiro, peso médio e peso pesado. O torneio foi patrocinado por John Douglas, 9ºMarqués de Queensberry e se utilizou um conjunto de doze regras, que Chambers escrevera dois anos antes e que seriam publicadas nesse momento com o nome de “Regras de Queensberry para o desporto do Boxe”, ou como são agora universalmente conhecidas, “Regras de Queensberry”. As Regras de Queensberry originaram o Boxe moderno. Ali se estabeleceu que os pugilistas usariam luvas, que os assaltos deviam durar três minutos, com um minuto de descanso entre eles, a conta de dez segundos ao pugilista caído e a proibição de agarrar, empurrar ou abraçar-se ao asversário.


Raúl Gutiérrez primeiro púgil que ganhou um título mundial segundo estas regras, foi o estado-unidense Jim Corbett, que derrotou a John L. Sullivan em 1892, no Clube Atlético “O Pelicano”, de Nova Orleans, Estados Unidos. Com a aceitação gradual das regras do Marqués de Queensberry, surgiram dois ramais do Boxe claramente diferenciadas: o profissional e o amador. Cada um deles tem produzido seus próprios organismos reguladores locais, nacionais e internacionais, com suas próprias variantes das regras. Nos Jogos Olímpicos de São Luís, em 1904, nos Estados Unidos, se incluiu o Boxe como desporto olímpico, estabelecendo-se sete categorias clássicas: peso pesado, peso meio pesado, peso welter, peso ligeiro, peso pena, peso galo e peso mosca. Chegados a este ponto e na minha opinião é bom saber que a sociedade avança constantemente a favor de melhorar as nossas diversas formas de convivência e respeito à humanidade, em todas as suas manifestações. Lamentavelmente vejo difícil que algum dia consigamos a paz mundial, a harmonia e o amor a todos e a todas as coisas do nosso maravilhoso mundo. Mas o incentivo que temos em certo aspecto, é a investigação e evolução constantes, para conseguir “viver melhor”, esta passagem nossa pela vida. O desporto deve analisar profundamente até que ponto o é e em que ponto começa a deixar de o ser. Onde se perde o respeito e a humildade, e onde começa o ódio, a maldade, o rancor, a agressividade e atropelo dos nossos semelhantes. E agora, continuando com as nossas ensinanças Fu-Shih Kenpo e apreciando o enorme valor do Boxe como desporto, defesa pessoal e sistema de combate moderno, começaremos a analisar os primeiros 4 golpes fundamentais do mesmo, por sua vez conseguindo com eles, muitos benefícios físicos e mentais. Se consegue um trabalho bastante completo do corpo, uma musculatura definida e um bom trabalho cardiovascular.

O

4 GOLPES BOXÍSTICOS FUNDAMENTAIS • Jab: Dos básicos, é o golpe com maior alcance. Se refere ao golpe directo adiantado, que normalmente se utiliza para tentear as reacções do oponente. Não tem a potência do golpe atrasado, mas com treino, uso de pernas, ancas, tronco e ombros, se pode conseguir um grande efeito e potência. Também é um dos mais utilizados, posto


Jab: Posição Inicial.

Jab: Directo de Esquerda com rotação de Pé adiantado, cadera e hombros.

que nos permite distanciar-nos do oponente, à vez que mantemos bem a guarda. • O Jab ou directo de esquerda ou direita - isto depende de se somos ou não canhotos - consiste em aplicar um soco com a mão esquerda (se somos destros) estendendo o cotovelo rapidamente em forma paralela ao chão e retraindo-o rapidamente á sua posição inicial. Ao mesmo tempo que estendemos o cotovelo, devemos realizar uma ligeira rotação de ancas e pé adiantado, que nos ajudará a imprimir mais força ao golpe e que este se realize de frente. É o uso da minha “arma débil” em preparação ou abertura, para depois lançar “a mi arma forte”, ou seja, o golpe de punho atrasado, conhecido como Cross ou directo (atrasado). A rotação do corpo deve ser perpendicular ao chão. A rotação nos dará maior profundidade ou alcance de varrimento. Mas não devemos perder o nosso equilíbrio tentando ir mais além. Quer dizer, se pode fazer e muitos fazem-no ou fazemos, mas corremos certos riscos por essa perda momentânea de equilíbrio, que dependendo da agilidade ou da destreza do nosso oponente, poderia ele aproveitar em contra de nós. Quando se lançar este golpe, procuremos levantar o ombro do mesmo braço protegendo a mandíbula esquerda e manter o braço e o punho direito protegendo as nossas costelas e a mandíbula do lado direito.

“A rotação do corpo deve ser perpendicular al chão. A rotação nos dá maior profundidade ou alcance de batimento”


A seguir, vista frontal • Cross ou directo: É o golpe mais utilizado, porque é mais potente que o jab, pois se executa com a mão direita, sendo destros e portanto, a perna direita está apoiada atrás. A

1) Guarda frontal. 2) Vista meio corpo. 3) Jab Esquerdo. 4) Vista meio corpo.

técnica é muito similar à do jab, só que neste caso, o golpe parte desde detrás. À vez que estendemos o braço para bater, transferimos o peso da perna atrasada para a adiantada, o que nos permite girar o pé direito sobre a ponta e realizar assim uma pequena rotação de ancas, aprofundando o impacto e conseguindo uma maior potência. 1) Guarda frontal. 2) Rotação do pé atrasado e ancas no sentido do golpe “Cross ou Directo Atrasado). 3) Cross, vista lateral. 4) Vista a meio corpo. Pôr a mandíbula direita colada al ombro de batimento e proteger o lado esquerdo. • Crochet: Se pode realizar com ambas mãos (a adiantada ou a atrasada), mas normalmente se


Raúl Gutiérrez

realiza com a mão direita, no caso de se não ser canhoto. É um golpe lateral dirigido à cabeça do adversário, um golpe forte mas mais lento que o jab ou o cross, devido à trajectória do braço. Como todos e como sempre, deve ir acompanhado por uma rotação das ancas. Também pode realizar-se dirigido à zona baixa do corpo (dirigido aos rins), sendo importante flexionar os joelhos, mas não inclinar-nos para a frente. 1) Crochet: Vista lateral. 2) Meio Corpo. 3) Crochet: Vista Frontal. 4) Vista a meio corpo.



Raúl Gutiérrez • Uppercut ou Upper: É uno dos golpes mais espectaculares, se realizado com a força adequada. Aproveitamos a propulsão na rotação das ancas e o peso do nosso corpo na inércia. Neste caso, o golpe parte da mão direita e desde baixo. Se executa um batimento em direcção vertical, que vai directamente à mandíbula do oponente. Para realizar este golpe devemos ajudar-nos de uma ligeira extensão de joelhos, batendo assim com toda a força do nosso torso. • Por favor, devem recordar sempre, que a mão que não bate deve manter-se sempre em guarda (protegendo-mos a cara aproximadamente à altura do queixo). Os golpes devem ser rápidos e a mão que bate deve voltar rapidamente à posição inicial de guarda em protecção. Pugilistas como Mohammad Ali (QEPD) dava-se ao luxo de fazer Boxe a diversas distâncias, dançando e com os braços pendurados... Mas ele era “único”!

1) Guarda Inicial lateral. 2) Uppercut ou Upper: Vista lateral meio corpo. 3) Corpo inteiro. 4) Guarda frontal. 5) Uppercut ou Upper frontal. 6) Vista frontal a meio corpo.

“Lembrar-se sempre de que a mão que não bate deve manter-se sempre em guarda, protegendo-nos a cara aproximadamente à altura do queixo”


RAÚL GUTIÉRREZ LÓPEZ, 9º DAN Kosho-Ryu Kenpo y 10º DanFu-Shih Kenpo www.raulgutierrezfushihkenpo.com www.feamsuska.com rgutkenpo@hotmail.com Teléfono: (0034) 670818199 Sensei Luis Vidaechea Benito Cinturón Negro 3º Dan Fu Shih Kenpo Delegado FEAM en Castilla y León Templo Segoviano de Fu-Shih Kenpo Pabellón Pedro Delgado - Segovia Tel.: 622 263 860 mailto: sensei.luis@cylam.es http://www.cylam.es/ Maestro Peter Grusdat, 8º Dan Wing Tsun Director General Departamento de Wing Tsun FEAM wtacademycanarias.com/es/sifu-grusdat Facebook: Sifu Peter Grusdat Email: inf@wtacademycanarias.com Las Palmas de Gran Canaria - ESPAÑA Teléfono: (00 34) 618 455 858 - 637 344 082 Informate de nuestros Cursos de Formación de Monitores Para ejercer a nivel nacional e internacional Avalados por FEAM CLUBE ESCOLA DE DEFENSA PERSOAL José Rodríguez López Fundador Hand Krav Fu System Instructor Nacional Defensa Personal Policial IPSA Escuela Defensa Personal y Policial de As Pontes Lg Petouto - Ribadeume 15320 As Pontes, A Coruña Tel: 670 770 004 escuela@handkravfu.es - www.handkravfu.es Instructor Luis F. A. Tavarez Cinturón Negro 2º Dan Fu-Shih Contact Instrutor de boxeo. Profissional de Segurança Privada. (00 351) 968 456 312 l_tavarez001@@msn.com Vitoria Recreativo Clube Olivais Avda. Cidade Luanda, 35 1800-096 Lisboa, Olivais-PORTUGAL Treinos Tercas e Quintas (19:15 as 21:00) Sifu Jeroni Oliva Plans, Director Nacional del Departamento de TAI CHI CHUAN y CHI KUNG SIFU 3º Grado de Tai Chi Chuan y Chi Kung Terapeuta Manual Tel.: +34 659 804 820 E-mail: jopsanestudi@gmail.com C/València, 345, Barcelona C/Indústria, 110, Malgrat de Mar Maestro Martín Luna Director internacional Krav Maga Kapap FEAM Instructor policial/militar IPSA Seguridad y escoltas /vip protección Representante IPSA y FEAM Canarias Maestro Cinturón Negro 5º dan Fu-Shih Kenpo Instructor kick Boxing / K-1/Full Contact Tel: 671 51 27 46.martin75kenpo@hotmail.com


Martín García Muñoz Maestro Internacional 8º Dan Instructor Internacional, IPSA Instructor Internacional Tae-Kwon-Do ITF Vice-Presidente Federación Andaluza Tae-Kwon-Do ITF Director de Operaciones y Coordinador de IPSA para España Gimnasio Triunfo (Granada) Teléfono 607 832 851 opencleanmotril@hotmail.com Maestro Antonio Guerrero Torres C.N. 5º Dan Fu-Shih Kenpo Representante “Asociación Fu-Shih Kenpo”, AFK para Andalucía Teléfono: 678 449 585 Email: afkenpo@gmail.com Luis Díaz Estay, Maestro Internacional de Kick-Boxing y Full-Contact 6º Dan, Creador del Stay Fitness System, SFS, Instructor Policial, Defensa Personal y Muay Thai. Villanueva de la Cañada – Madrid Teléfono: 639 505 217 – luisdiazestay@hotmail.com Sensei Mario P. del Fresno C.N. 3er Dan Fu-Shih Kenpo Representante F.E.A.M. Madrid Centro Entrenamiento Profesional Box Everlast www.boxeverlast.es Club de artes marciales 78 www.artesmarciales78.com Gimnasio In Time MMA. www.intimemmamadrid.es Teléfono: 658 016 688 mario.fushihkenpo@gmail.com Maestro Luis Pedro Rojas Torres, 7º Dan Fu-Shih Kenpo, Instructor Internacional de Defensa Personal Policial, IPSA – Centro de Osteopatía y Terapias Naturales. Calle Industria 110, 08.380 Malgrat de Mar, Barcelona Tel: 937 654 598.kitorojas8@hotmail.com Instructor Krzysztof Adamczyk Instructor Nacional para Polonia y Noruega. Grinnisvegen 611 ,7236 Hovin i Gauldal ,Noruega fushihkenponorge@gmail.com 0047 92520150 fushihkenpopolska@gmail.com 0048 783474760






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"Satisfação" e "Avareza" Uma não leva à outra. A avareza é um desejo que nunca pode ser satisfeito. Frequentemente se fala dos efeitos secundários positivos da cobiça. Não os tem! Excepto como um exemplo de repulsa a um beco sem saída do comportamento humano. Muitas vezes, o que se apresenta como um efeito secundário positivo, é a visão limitada das circunstâncias gerais. Se só se tiverem em consideração as consequências da cobiça a meio e longo prazo, as


WT Universe quais geralmente se transmitem ao público, então não há efeitos secundários positivos, devido às coisas que se destruem devido a ela e a que as potenciais e silenciosas alternativas são evitadas completamente. O problema não é só que se destruam maneiras de fundo, mas que também se destruam as oportunidades de evolução humana ou se incluam no benefício privado. Por esta razão, o poder e a cobiça são gémeos inseparáveis. A

través do



poder da cobiça, surgem novas áreas de operações. Não alcança a inventiva, ela alcança a própria vida! Alcança as leis da natureza e todas as pessoas têm direito à vida e aos recursos que gerem o curso da vida humana. Antigamente, isto acontecia com as pessoas do serviço, com a escravatura, estar ao serviço de alguém por dívidas, etc.


WT Universe Quantas pessoas procuram agora a satisfação por meio da cobiça? Ela é um fragmento da "Ignorância"! Perdidos na sua ignorância, tratam de encontrar a segurança e a sua própria identificação aferrando-se a "possuir", como um náufrago que se aferra firmemente a uma tábua... A avareza não é uma característica única da gente rica. Não! Ricos e pobres podem ser avaros.


É uma atitude que se usa como uma marca na testa, que brilha através de todo o mundo. Tudo o que um homem faz, pensa, planeja, leva o seu selo. É o selo do egoísmo total e dos seguidores que dele participam, através de todas as cosmo-visões e perspectivas, para satisfazer todas as estratégias, simplesmente diferentes à cobiça, de uma espécie humana especial. A gente encontra satisfação no que podem fazer e em como o fazem. Por esta razão, avaliam


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os seus semelhantes, inclusivamente, depois do externo e descrevem a outros sobre a base destas opções externas. Impõem as aparências, porque eles mesmos são só aparências. Sem as suas "poses" e o "poder baseado na posse" ou o poder emprestado, que se baseia na adequação de uma estrutura interior, não são nada mais que VAZIO. A sua visão é que o inconformismo e a maximização do benefício, tenham a maior importância. Não sabem nada, só raspar um pouco as questões da vida. A avareza é também que outras pessoas queiram impressionar com as sua próprias limitações, com as denominadas boas práticas. Que estas pessoas não sejam realmente felizes, acreditam elas que se deve a que nem todas as pessoas compartilham seus pontos de vista! A sua “viagem ao ego” é financiada na maior parte, pelo público em geral. Estas pessoas possuídas pela cobiça colectiva, geralmente não se apercebem de o estar e que trabalham levadas pela cobiça insaciável dos outros. Uma


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WT Universe coisa leva a outra coisa. A pose; primeiro se finge que tudo é imediatamente acessível, quando só se pode conseguir isso. Nada de valor real se pode conseguir desta maneira e a verdadeira habilidade não se pode aprender assim. O benefício leva a optimizar as estruturas, mas assim, não se pode arranjar nem operar. Nem sequer é uma verdadeira “cenoura”. A pessoa acredita que se pode correr atrás dela, mas se trata de uma cenoura imaginária! Agora bem. E o que é real? Hoje, muitas pessoas trabalham e acham que tudo e em todo lado deve ser sempre divertido. Nada é sempre divertido! A maior parte do trabalho não tem nada a ver com a diversão. Mas o homem pode alcançar a satisfação com as suas acções. A satisfação não tem nada a ver com as coisas materiais mas sim com a acção. Uma actividade satisfatória não só se faz com fins de lucro. O benefício razoável é bom. Não obstante, é o efeito secundário de uma acção e não um meio de vida. Se perdemos este equilíbrio, o caminho conduz directamente à cobiça e à interior insatisfação, que depois se trata de encher com coisas externas. Quando fazemos alguma coisa só por diversão ou benefício, então a maioria das coisas continuam sem fazer. Então, o melhor continua sem ser conseguido e ficamos a meias de todas as coisas!… Quando se conseguem


posses humanas graças à cobiça, se permanece sendo um “amador” nas coisas da maturidade e da cultura humanas. Muitas pessoas estão presas à sua infância! Pratiquem o WTU Wing Tsun! É o processo de equilíbrio, o ajuste permanente das circunstâncias, sem nos termos de identificar com uma posição ou situação. Há um movimento constante como a própria vida. Tudo se quiser fixar, atar, manter, etc., vai estar muito perto da morte e não da vida. Isso não leva à evolução da consciência mas sim ao estancamento e à morte. Todas as cadeias da mente humana, condicionadas em seu sentimento, pensamento e comportamento, tudo quanto nos obrigue a realizar funções que sirvam à avareza, destruem todo o potencial humano!


WT Universe Ao sumo, enfeita os barrotes da sua jaula de hamster… De acordo um belo adágio dos índios americanos: "O homem nasce sem possessões, a pessoa continua sem possessões, mas justamente isto significa ser dono de alguma coisa!" Este texto se refere não só aos bens materiais; estão incluídas as suas "noções e identificações", da quais não resta nada. Isto não quer dizer que não haja nada mas sim que a vida humana não se aferra a nada!











Para a Defesa Pessoal, Fora é Melhor Posição Reactiva que Dentro Zaratustra foi um personagem inteligente e sábio, criado por Friedrich Nietzsche, o filósofo alemão que no que escreveu tratou de fazer conscientes os seres humanos e de que abrissem os olhos, mas na época, ninguém compreendeu as suas palavras... Ele estava adiantado ao seu tempo mas compr eendeu que o mundo ainda não estava preparado para isso!... Nikoa Tesa é um grande exemplo de um homem que se adiantou ao seu tempo. Só nos últimos anos seu nome obteve o reconhecimento geral! Tesa é agora conhecido por seus trabalhos com a electricidade, as suas patentes de rádio e muitas outras ideias que mostram bem sua genialidade e que era realmente um homem que estava adiantado ao seu tempo. Agora, somos muitos que nos beneficiamos das suas ideais e inventos e patentes.



"É difícil dar um poder ilimitado a mentalidades limitadas” Nikoa Tesa Falando com um amigo e grande artista marcial, um jovem talento, ele me disse que quando assistiu ao meus cursos com Sensei Hanshi Patrick McCarthy, foi quando finalmente, conseguiu compreender realmente. Isso o levou a perceber, que por vezes, os Mestres podem perder seus estudantes por esquecerem que esses estudantes não contam com as ferramentas adequadas: o conhecimento e/ou a sapiência. Enquanto nós tratamos de os empurrar para a frente, eles necessitam de mais bases e conhecimentos. Isto pode ser muito óbvio e de bom senso mas importante ensinarmos isto e que como acostumamos a dizer, "devagar se vai mais longe!...” Quando ensinamos demasiadamente rápido, podemos perder os estudantes por usarmos termos Marciais que não compreendem suficientemente, para saberem o que queremos dizer. O ensino dos conceitos nas Artes Marciais, é bem mais difícil de ensinar e estudar do que ensinar técnicas. Quando compreendemos uma técnica, conhecemos uma técnica e quando percebemos um conceito, sabemos técnicas sem fim...

Os Mestres contam com uma vantagem injusta, sobre a maioria das pessoas - eles estão dispostos a falar, e de qualquer das maneiras, tentam isso sempre! A maioria das pessoas nem sequer deseja tratar de obter o seu cinturão branco, porque o seu ego os impede de o fazer. Mas no entanto, preferem aceitar a 'Certidão de Mestre' de um fim de semana…, ou de programas com as fardas militares de Soldados, de 'Mestres' de YouTube, do género Rambo! Tenham isto em consideração: um cinto branco é de um mais alto nível de aprendizagem, que jamais alcançarão as pessoas que se sentam em um sofá para ver o vídeo! Um faixa branca mostra o seu respeito e vontade, estudando com um verdadeiro Sensei. No combate temos 3 dimensões: frontal, posterior e lateral. Também temos 3 formas em que nos movemos para diante, para trás ou para um lado. Só podemos reagir de três maneiras: de maneira linear, em circular ou em triangular, e o conceito disto constitui a "posição reactiva" do Kapap. Utilizamos a posição do agressor e o conhecimento da situação, o que também inclui o uso e o conhecimento do meio ambiente. A melhor posição reactiva é não estar aí! Evitar a luta! Se não podemos escapar, a seguinte posição reactiva melhor, seria estar nas costas dos agressores ou ao seu lado. Uma


posição reactiva má, seria a de estar na sua frente, posto que então, ele teria todas as “ferramentas” para bater com as pernas, os joelhos, os cotovelos, a cabeça, o corpo e as mãos. É por isso que sempre se tem de tratar de chegar a um ponto cego, no qual podemos controlar melhor o centro e a criação da 'Guarda' - Kamae, em Japonês. Também é a melhor posição para nós atacarmos e defender-nos. Também, quando em algumas situações não podemos retroceder e devemos estar firmes, necessitaríamos saber como transferir as nossas forças contra ele e controlá-lo desde um lado o desde as suas costas. Como sistema de combate e defesa pessoal, este deve ser o nosso primeiro passo, o nosso objectivo prioritário: estar "fora" do alcance do seu corpo e não "dentro" do alcance do seu corpo. Diz-se estar 'Dentro' do alcance do seu corpo, quando falamos de uma posição reactiva. Significa que se está entre as suas mãos e as pernas e isso também significa que ele pode bater-nos, assim mesmo que nós lhe podemos bater e que o mais forte vai vencer. Mas, se damos um passo para o exterior do seu corpo, teremos a vantagem da alavanca e o controlo do

centro do seu corpo e também um aumento de potência! Isto é realmente um problema importante na defesa pessoal. Vamos pensar que não somos tão fortes como o nosso agressor e portanto temos de aproveitar qualquer ponto do processo que nos seja possível. Assim, vamos ter a vantagem de aumentar a nossa força. É por isto que preferimos o exterior o lado da "sombra cega" e não o interior, entre os seus braços. Também temos que estudar como agir no interior, mas como uma segunda prioridade, para aqueles momentos em que não há maneira de nos movermos para o exterior. Se resolvemos lutar só desde o interior, o oponente pode defender-se dos nossos movimentos e obter vantagem. Se pode obter uma vantagem mediante usar o que é inesperado - a posição reactiva é só um conceito. Usar a posição reactiva em reacção ao adversário, significa obter vantagem mediante o uso dos nossos conhecimentos e do treino especial para finalizar o conflito a nosso favor. Pela maneira de situarmos o nossos corpo e os "sistemas de armas'' em prejuízo do adversário, é o que automaticamente faz com que se obtenha vantagem. Agora estamos lutando com o ajuste a uma sensação nada confortável




- uma situação com a qual não estamos familiarizados - são ângulos estranhos, talvez mais perto e o pensamento ficará atrás na sua tentativa de adaptar-se a uma situação desconhecida. Modificamos o ataque para termos vantagem, mediante o uso de uma táctica diferente à que jamais se poderia ter antecipado ou alguma vez treinado. Agora, o oponente tem seu pensamento ocupado e distraído suficientemente, para nós ganharmos tempo - esta é uma muito boa perspectiva. O seu pensamento ficou atónito e não podemos perder se agora aproveitamos e detemos a sua agressão, mediante o nosso próprio ataque. Indo para o seu lado ou para as suas costas, lhe tiramos a "visão", tiramos-lhe o seu foco. Agora, ele está trabalhando arduamente, para se adaptar ao novo posicionamento e tem que reduzir a velocidade, para compreender essas mudanças, avaliar e responder, - o que nos proporciona muitas novas opções. Em Kapap também utilizamos o conceito “Rega PLUS Um”: Se ele tem uma arma, que pode ser uma faca, teremos de manter a mentalidade aberta e sempre esperar o inesperado... Nunca se pode assumir nada acerca de um conflito - todas as coisas são possíveis e aqueles aspectos e possibilidades, com os quais não contemos, serão uma desvantagem. Podemos levar o ser humano ao conhecimento, mas não podemos provocar que pense.






Como hemos documentado en los últimos 6 años, el Kyusho se traduce como “Punto Vital" y es el estudio de la condición humana y de su fragilidad. Aunque es similar en apariencia a la antigua Acupuntura y a los métodos de masaje sobre puntos de presión, el método Kyusho también puede tratar los problemas inmediatos y hacer desaparecer las dolencias comunes del cuerpo. En segundos podemos empezar a aliviar las molestias asociadas al dolor de cabeza, de espalda, los tirones musculares e internos, el hipo, el asma, las náuseas, la congestión nasal y otras muchas enfermedades comunes, tanto por causas naturales como provocadas. Estos efectos se consiguen rápidamente y de manera eficaz, sin necesidad de recurrir a pastillas o medicamentos que puedan tardar 20 minutos o más en hacer efecto y que pueden provocar graves efectos secundarios en otros órganos o funciones corporales. Las ramificaciones son muy amplias y creemos que merece la pena seguir investigando y logrando beneficios para la sociedad. Este tipo de enfoque holístico ha resultado eficaz durante muchos miles de años en diferentes culturas de todo el mundo y ahora hemos querido hacerlo posible para ti. Una vez que aprendas estos métodos simples de Kyusho Primeros Auxilios, tu también podrás ayudar a tu familia y amigos con muchas de estas dolencias comunes que todos sufrimos. Esto te servirá para tener un breve resumen histórico de cómo se desarrollaron estos métodos y otras posibilidades de salud que se necesitan en el día a día. Sin embargo y como cabría esperar, aquí no está el programa completo, pues los conceptos más profundos y complejos sólo pueden alcanzarse con las manos, aplicándolos y practicando bajo la atenta mirada de un instructor. La práctica regular de estos métodos no sólo aumentará tus habilidades para aplicar las fórmulas aprendidas, sino que te enseñará la aplicación intuitiva de muchas otras técnicas de salud. No deberían considerarse fórmulas aisladas, sino caminos para corregir ciertos problemas en el cuerpo humano, basados en los conceptos presentados. En los siguientes capítulos de Kyusho Primeros Auxilios veremos primero el origen inmediato o la necesidad de curar muchos problemas diarios. ¡Qué disfrutes del viaje!

Come abbiamo documentato negli ultimi 6 anni, il Kyusho si traduce come “Punto Vitale” ed è lo studio della condizione umana e della sua fragilità. Benché sia simile in apparenza all'antica Agopuntura e ai metodi di massaggio sui punti di pressione, il metodo Kyusho può t rat tare anche i problemi immediat i e far spar i re le problematiche comuni del corpo. In pochi secondi possiamo alleviare i disturbi associati al mal di testa, di schiena, gli stiramenti muscolari e interni, il singhiozzo, l'asma, la nausea, la congestione nasale e molte altre malattie comuni, sia per cause naturali che provocate. Questi effetti si ottengono rapidamente e in maniera efficace, senza la necessità di ricorrere a pastiglie o medicine che possono richiedere 20 minuti o più prima di fare effetto e che possono provocare gravi effetti indesiderati in altri organi o funzioni corporali. Le ramificazioni sono molto ampie e crediamo che valga la pena continuare a investigare ottenendo benefici diretti per la società. Questo tipo di impostazione olistica è risultata efficace per molte migliaia di anni in differenti culture di tutto il mondo ed ora abbiamo voluto fare il possibile per te. Quando impari questi metodi semplici di Kyusho Primo Soccorso, anche tu potrai aiutare la tua famiglia e i tuoi amici con molte di queste patologie comuni cui tutti sono affetti. Questo ti servirà per avere un breve riassunto storico di come si svilupparono questi metodi e altre possibilità di cura che sono necessarie nel quotidiano. Tuttavia, ovviamente, qui non c'è il programma completo, perché i concetti più profondi e complessi si riescono a capire solo con le mani, applicandoli e praticando sotto l'attento sguardo di un istruttore. La pratica regolare di questi metodi non aumenterà solo le tue abilità nell'applicare le formule imparate, ma ti insegnerà l'applicazione intuitiva di molte altre tecniche di salute. Non si dovrebbero considerare formule isolate, bensì vie per correggere determinati problemi del corpo umano, basate sui concetti presentati. Nei seguenti articoli sul Kyusho Primo Soccorso vedremo in primo luogo l 'or igine immediata o la necessi tà di curare mol t i problemi quot idiani . Godetevi questo viaggio!


Comme nous l'avons vu ces six dernières années, le Kyusho se traduit par « point vital » et est l'étude de la condition humaine et de sa fragilité. Bien que similaire en apparence à l'ancienne acupuncture et aux méthodes de massage sur les points de pression, la méthode Kyusho peut également traiter les problèmes immédiats et faire disparaître les douleurs physiques communes. En quelques secondes, nous pouvons commencer à soulager les troubles associés aux maux de tête, de dos, les crampes musculaires et internes, le hoquet, l'asthme, les nausées, la congestion nasale et de nombreux autres troubles communs, surgissant aussi bien pour des raisons naturelles que provoquées. Ces effets sont obtenus rapidement et efficacement, sans avoir besoin de faire appel à des médicaments qui peuvent prendre vingt minutes ou plus à faire de l'effet et peuvent provoquer de graves effets secondaires sur d'autres organes ou fonctions corporelles. Les ramifications sont très vastes et nous croyons que ça vaut la peine de continuer la recherche afin d'obtenir des bénéfices pour la société. Ce type de point de vue holistique a été efficace pendant de nombreux milliers d'années dans différentes cultures du monde entier et nous avons maintenant voulu le rendre possible pour vous. Une fois que vous aurez appris ces méthodes simples de Kyusho de Premiers Secours, vous pourrez également aider votre famille et vos amis et soulager beaucoup de ces maux communs dont nous souffrons tous.Cela vous permettra d'avoir un bref résumé historique de la manière dont ces méthodes se développèrent et d'autres possibilités de santé dont nous avons besoin au jour le jour.Cependant, comme on pouvait s'y attendre, le programme ici n'est pas complet car les concepts les plus profonds et complexes ne peuvent être atteint qu'avec les mains, en les appliquant et en pratiquant sous le regard attentif d'un instructeur. La pratique régulière de ces méthodes augmentera votre habileté à appliquer les formules apprises, mais encore vous enseignera à appliquer intuitivement beaucoup d'autres techniques de santé. Elles ne devraient pas être considérées comme des formules isolées, mais comme des voies pour corriger, certains problèmes affectant le corps humain, en se basant sur les concepts présentés. Dans les prochains chapitres de Kyusho Premiers Secours, nous verrons d'abord l'origine immédiate de la nécessité de guérir de nombreux problèmes quotidiens. Prenez plaisir à ce voyage !

As we have documented over the past 6 years, Kyusho translates as "Vital Point" and is a study of the human condition and it's frailties. Although similar in appearance to the ancient acupuncture and pressure point massage methods, the Kyusho method can also deal with immediacy for certain trauma as well as easily rid the body of common ailments. Within seconds we canm begin to relax and ease the pain associated with headaches, backaches, muscle and internal cramps, hiccups, asthma, nausea, sinus congestion and so many more common maladies both of natural causes as well as trauma inflicted. This is all performed quickly and efficiently without expensive pills or drugs that can take 20 minutes or more to work or have serious side effects on other organs or body functions. The ramifications are enormous and we believe to be of such worth for continued research and societal benefit. This type of holistic approach has been effective for many thousands of years in cultures throughout the world and we have added even more possibility and purpose to it for you. Once you learn these simple methods of Kyusho First Aide, you too can help your family and friends with many of these common ailments we each suffer through. Let this serve as an historical record of how these methods developed and the other health possibilities they hold for day-to-day living. However it is not the full curriculum, as one would expect, the depth and intricacies can only be conveyed with hands on application and practice under the watchful eye of an instructor. The consistent practice of these methods will not only increase your abilities to relieve the practiced formulas, but also instruct you in the intuitive application of many other health issues. They should not be considered standalone formulas, but rather ways to correct certain problems within the human body based on the foundation presented.

Wie wir in den letzten 6 Jahren dokumentiert haben, übersetzt sich Kyusho als „Vitalpunkt“, es ist das Studium der menschlichen Beschaffenheit und ihre Zerbrechlichkeit. Auch wenn es dem Anschein nach der alten Akupunktur und den Massagemethoden auf Druckpunkte ähnelt, so kann die Kyusho-Methode doch auch sofort Probleme behandeln und die normalen Leiden des Körpers verschwinden lassen. Innerhalb von Sekunden können wir anfangen, die Beschwerden im Zusammenhang mit Kopfweh, Schmerzen der Schulter, Muskel- und innere Zerrungen, Schluckauf, Asthma, Übelkeiten, Verstopfung der Nase und vielen anderen normalen Krankheiten lindern, egal ob sie natürlicher Ursache haben oder hervorgerufen sind. Diese Effekte werden schnell und effizient erreicht, ohne auf Pillen oder Medikamente zurückgreifen zu müssen, die 20 Minuten oder länger brauchen, um Wirkung zu zeigen, und die starke Nebenwirkungen in anderen Organen oder Körperfunktionen haben können. Die Verzweigungen sind sehr breit gefächert und wir glauben, dass es der Mühe wert ist, weiter zu forschen und so Nutzen für die Gemeinschaft zu erzielen. Dieser Typ der holistischen Zielsetzung war über viele tausend Jahre hinweg und in verschiedenen Kulturen auf der ganzen Welt wirkungsvoll, aber jetzt wollen wir es zugänglich machen. Wenn Du einmal diese einfachen Kyusho-Methoden der ersten Hilfe gelernt hast, kannst auch Du Deiner Familie und Deinen Freunden bei vielen der gewöhnlichen Leiden helfen, unter denen wir alle leiden. Es wird Dir dabei helfen, eine kurze historische Übersicht darüber zu erlangen, wie diese Methoden und andere Möglichkeiten der Gesundheit, die man Tag für Tag braucht, entstanden sind. Aber wie erwartet liegt darin nicht das komplette Programm, denn die tiefsten und komplexesten Konzepte können nur über die Hände erzielt werden, indem man sie unter dem aufmerksamen Bl ick eines Ausbi lders anwendet und übt . Das regelmäßige Ausüben dieser Methoden wird nicht nur Deine Fähigkeiten wachsenlassen, die gelernten Formeln anzuwenden, es wird Dir darüber hinaus auch die intuitive Anwendung vieler anderer Techniken der Gesundheit lehren. Sie sollten nicht als allein stehende Formeln betrachtet werden, sondern als Wege, um gewisse Probleme im menschlichen Körper zu korrigieren, auf der Basis der vorgestellten Konzepte. In den folgenden Kapiteln von „Kyusho - Erste Hilfe“ werden wir zuerst den unmittelbaren Ursprung der Notwendigkeit sehen, viele tägliche Probleme zu heilen. Genießt die Reise!


Kung Fu


Importante para principiantes Apesar da moder na tecnologia, nem sempr e é simples para principiantes, ter toda a informação necessária para poder ter um bom começo. Precisamente nas artes marciais tradicionais e falando numa relação aluno-mestre, não em vã tenho constato nas minha longas décadas de ensino, que para a povoação do Ocidente ou de outras culturas, nem sempre é fácil de se entender imediatamente. A minha escola oferece aos principiantes interessados, junto com as aulas práticas, numerosas ferramentas e um perfeito início na nossa arte e família. Para isso, existem na parte técnica, diversos DVDs de aprendizagem (que também se podem adquirir através de BudoInternational.com); para a alimentação apropriada, dos livros sobre alimentação; e para maior compreensão da cultura.


Hung Gar


Kung Fu O nosso clássico “Kung Fu sem segredos” (em diversas línguas e que também se podem comprar através de BudoInternational.com). A missão deste artigo é ajudar o aluno a ter um bom começo, esclarecendo coisas que até agora não têm sido tratadas. Constantemente são pedidos esclarecimentos acerca das seguintes matérias:

Calçado Por vezes nos perguntam, a mim e aos meus instrutores, o motivo de no Kung Fu se treinar com sapatos, posto que em outras artes asiáticas, ma maioria se treina descalço. A resposta é como a nossa, simples e pragmática. A possibilidade de em um caso de emergência estar calçado é muito alta, por isso, o caso da emergência se deve de treinar com sapatos. Sem deixar de lado o aspecto da higiene, o Kung Fu, se tem treinado sempre com sapatos. Ainda que o uniforme esteja pensado para o treino (calças de tecido com elástico na cintura, camiseta de algodão e sapatos de Kung Fu) o desenho original vem da roupa que de maneira habitual era antigamente usada na China.

Mo Kwoon Com frequência, laicos e alunos novos falam do dojo quando se referem à escola. No entanto, Dojo é uma expressão japonesa. Nós, como praticantes de uma arte marcial chinesa tradicional, falamos de “Mo Kwoon” (pronunciado “Mo Gwun”), o que significa muito aproximadamente “um lugar de batalha”. A salutação no limiar da porta, indica a entrada na Mo Kwoon e o início iminente do treino ou da lição

Sifu No Ocidente conhecemos como “treinador” aqueles que nos dão aulas relativas ao


Hung Gar “Na Escola de Kung Fu tradicional, acostumamos a ter entre nós um tratamento famíliar e utilizar diversos conceitos, como por exemplo: aos alunos avantajados, por cima do Cinturão Negro, nos dirigimos a eles como “Sihing” (irmão mais velho) ou “Sije” (irmã menor)”


Kung Fu movimento. Nenhuma palavra pode estar mais longe do que significa. Como alunos numa escola, temos “o mestre”. Também no caso de se usar um nome, indica ser alguém familiar. Denominações que encaixem para este mestre, seriam também “Mestre” ou “Professor”. Quando nos dirigimos verbalmente a ele, o tratamento deve ser

“Sifu”. Este pode ser representado a través de instrutores (Sihin /Sije). Para os principiantes é especialmente importante Sifu, que é um título, o que quer dizer que também se tem de dirigir a palavra a outros mestres tratando-os por Sifus. Mas como só um Sifu é o nosso, nos dirigimos a outros Sifus em combinação com o seu nome (por exemplo: Sifu Peter Müller).

Sihing / Sije Como escola de Kung Fu tradicional acostumamos a termos entre nós um tratamento familiar e utilizar diversos conceitos. Por exemplo: aos alunos avantajados, por cima do Cinturão Negro, quando falamos com eles, os tratamos por “Sihing” (irmão mais velho) ou “Sije” (irmã menor). Isto não é só um gesto de respeito, também mostra aos outros, a nossa própria posição dentro da família. Mas muito raramente escutamos o termo de irmão ou irmã mais novo ou menor, em Chinês “Sidaiquot e “Simui”, porque na cultura asiática, se pretende dentro do possível, não tratar ninguém como inferior, quando se fala directamente com alguém.

Primeiros graus Quando se começa com as aulas, o principiante deve adquirir experiência o mais rapidamente possível, naquilo que tem de aprender tecnicamente, nos primeiros graus, O Cinto branco é conseguido pelo principiante, assistindo com regularidade às aulas e mostrando nestas o seu esforço e força de vontade, tanto dentro como fora das aulas. O Cinturão Branco. ou Faixa Branca também se considera hoje como o primeiro “Bai Si” (pedir, rogar ao mestre) e por isso, aprovar o exame é o rito da admissão oficial. Depois do Branco seguem-se o Cinturão Amarelo e o Laranja, com os quais o principiante mostra ter compreendido as cinco formas básicas da nossa arte, as quais domina e sabe usar com do trabalho passo por passo. Por ordem ascendente, todos os graus desde principiante, são: Branco, Amarelo, Laranja, Verde, Azul, Castanho, Vermelho, Violeta, Preto (ou Negro) (1°Dan).

Dan / Grau de Mestre Quando se alcança o Cinturão Negro (a Faixa Preta) se chega ao mesmo tempo, a ser portador do 1ºDan


Hung Gar (1ºGrau de Mestre). Com isto se é considerado como um recentemente graduado da escola básica. No nosso sistema há dez Graus de Mestre, que como elevado é e será quem mais experiência tiver. Mas a prioridade de critérios por um determinado Grau, com numeração ascendente, também se considera por aspectos não técnicos. Assim, por exemplo, para alcançar o 5ºGrau de Mestre não só se avaliam níveis técnicos como também o número de alunos que sob a sua direcção tenham evoluido. Basicamente, os Graus de Mestre se podem dividir em três categorias: de 1º a 3ºDan (bom aluno), de 4º a 6ºDan (Mestre – Sifu) e de 7º a

9ºDan (Grossmeister). O 10º Grau de Mestre só o tem uma pessoa, precisamente o principal do estilo. Neste caso é o meu Mestre, o Grão Mestre Dr. Chiu Chi Ling, que me honrou nomeando-me seu sucessor.

Seminários Nas aulas normais, se começa pelo básico e pelas lições fundamentais para o primeiro nível. A nossa arte é rão extensa que estas lições por vezes, não são suficientes para transmitir todos os conhecimentos necessários. Por isso, construimos uma estrutura em forma de seminários,

que oferece aos alunos um incentivo extra. Estes seminários não são obrigatórios mas proporcionam um rápido e eficiente progresso para os alunos. Como aluno em programa de Blackbelt, o principiante aproveita o dobro (e também o avançado). Não só pode participar em cada lição da sua filial, como também ter diversas vantagebs e descontos. Os esfuerços extra são de uma forma ou de outra, sempre recompensados, sempre!

Equipameento Além margen do uniforme regular e algumas camisetas extras, o aluno,


Kung Fu mais tarde ou mais cedo necessitará o especial equipamiento, como: luvas de boxe ou de Lei Tai. Também de vez em quando, são interessantes soportes ou sistemas completos de treino. O que o principiante geralmente menudo não sabe, são coisas se podem organizar a través do instrutor, ou seja, encarregar. Depois de décadas de experiência nas artes marciais, os meus instrutores e eu, sabemos os produtos se podem recomendar. Aconselhamos os nossos alunos com gosto, antes e depois da compra e organizamos o desejado com os nossos provedores de confiança. Junto com o meu livro “Kung Fu sem segredos”, estas matérias devem de pôr as informações mais importantes à mão do principiante, para possibilitar um começo na nossa escola sem atritos.

Junto com todos os livros e artigos, é naturalmente também as conversas com o Instrutor ou Mestre, que nos proporcionarão ao principiante, novos conhecimentos, com os quais vai contnuar avançando. Em todo caso, na minha escola, um instrutor está sempre de ouvido aberto para o aluno, a fim de indicar-lhe as soluções aos seus desafios e dúvidas. Não é em vão nossas artes marciais tradicionais possibilitam o acesso a uma estrutura famíliar, que se oferece prestativo aos principiantes. Uma “irmã mais velha” ou um irmão mais velho ou Sije. Muita energia para todos os principiantes e um muito bem sucedido começo na nova carreira de Kung Fu!

“Em combinação com o meu livro “Kung Fu sem segredos”, estas matérias devem pôr as informações mais importantes à mão do principiante, para possibilitar um começo na nossa escola sem atritos”






O KMRED em plena evolução


O Grupo KMRED continua desenvolvendose na França e no resto da Europa. Esta evolução se deve, entre outros, à organização de eventos anuais específicos, como o seminário INTENSO


"COMBATE", que se realiza todos os anos no mês de Junho e começos de Julho. Mais uma vez, a edição de 2016 foi


um êxito absoluto! Este seminário, limitado a 30 participantes, esteve, como é habitual, completo, com alunos vindos de toda a França e do resto da Europa. Três dias intensos, com quase 18 horas de treino e


para finalizar, uma síntese do combate no meio urbano. Este evento tem sido possível devido à experiência e a profissionalidade dos membros do grupo, que permitem que os


participantes vão até "o limite das suas forças", com segurança! Christian Wilmouth, director técnico e chefe instrutor do grupo de KMRED, quer "agradecer a todos e todas aqueles que confiam em nós desde faz muitos anos,


vindo viver e comparticipar destes três dias de loucura!”. Ya foi programada a edição do Seminário KMRED intensivo no Verão


2017! O encontro ĂŠ nos dias 30 de Junho e 1 e 2 de Julho de 2017.


(Imagens do Seminรกrio de Verรฃo)



O grupo KMRED também está em plena evolução em toda a Europa e especialmente na Itália. Após ter sido convidado pelo Sr. Aissandro Do Pia, Presidente da Organização Federkravmaga, para assistir em Roma


como colaborador, ao "13º Seminário Internacional de Verão de Auto-defesa”, Christian Wilmouth viajou à ilha da Cerdanha para o último Seminário de Verão na Europa. De facto, por iniciativa do Sr.Carlo Erriu e


dos seus amigos, houve dois dias de seminรกrios em Senorbi. O primeiro dia foi dedicado aos Instrutores e o segundo a um seminรกrio "em aberto", que recebeu mais de 50 participantes.


Sem dúvida, em breve o grupo terá representantes e instrutores na Itália e na Cerdanha. O grupo KMRED deseja agradecer a todos os amigos e sócios, a sua confiança.


Contactaremos em breve, para a nova programação de seminários KMRED e para novas aventuras.


(Fotografias do KMRED da Cerdanha)





“O que dá a beleza ao deserto é que em alguma parte, esconde um poço de água” Antoine de Saint-Exupery “O que sabemos é um pingo de água; o que ignoramos é o oceano” Isaac Newton Fluir não quer dizer ser descuidado; a água o não é. Não deixa canto sem cobrir, a tudo chega! Dizem os Asturianos que a água tem “um focinho muito fino”. Sem presa, adaptando-se às circunstâncias, a água é a metáfora da persistência e da adaptabilidade extremas. O paradigma da mydança na forma, sem transformar a essência. O água cataliza a vida, sem ela, a terra seca e fica ermo, o fogo sem controlador, tudo inunda e o ar, transformado em tormenta de areia, não pode levar a fertilidade das nuves, nem a força das mudanças. Até o metal é torneado com seu uso nas forjas! A água nos conforta, nos limpa, nos abençoa. Molhados nos rios do momento, nadamos, lutamos, naufragamos. Fluir, adaptarse às barreiras, correr para baixo, não se opôr a nada, a água é a perfeita analogía da humildade, da adaptação e do não conflicto. A água vence sem objectivo; seguindo a sua natureza, rodeia qualquer obstáculo e nos ensina a como vencer, mas com sabedoria, sem desgaste, sem perder de vista o objectivo. O que é uma rocha no caminho? O que é uma montanha? Até quando não há saída, ela se filtra ou se evapora. Nada detém o seu destino. O río da vida me deixou nas minhas margens estos textos, que hoje compartilho como livro. E digo que “deichou”, porque toda autoría é quando menos confusa, pois todos devemos àqueles nos precederam, aos que nos inspiraram e inspiram, as flutuantes nuvens do inconsciente colectivo e até, quem sabe!, os espíritus e consciencias que nos rodeiam. Não tenho nada que ensinar, porque nada sei, pero a quem quizer escutar as minhas palavras, lhe deixo aquí sinceras reflexões, sentidas, cada día mais sentidas e menos pensadas, porque o pensamento nos engana vendo o que quer ver e dele aprendi a suspeitar.










Jeet Kune Do Jun Fan Jeet Kune Do Academy 2001 O ano de toda uma vida Ano 2001... e finalmente, a Jun Fan Jeet Kune Do Academy emerge do silêncio do anonimato, para entrar por direito próprio, nas filas das grandes academias italianas de Artes Marciais. Após um longo período de sacrifícios, reflexões e um sério compromisso por parte de toda a organização, agora vemos com orgulho, esta nova era plena de promessas, de consolidação, de problemas resolvidos, o ano que confirmou sem dúvida, a já conhecida "Jun Fan Jeet Kune Do Academy", o estatuto e a força sonhada durante 30 anos. "Jun Fan Jeet Kune Do", ésta é a inconfundível marca da Academia. Nascida da minha longa experiência, com a dedicação, a paixão e abnegação de quem como eu, está sempre atento à evolução do sistema, através de uma intensa busca de novidades e de Espírito Guerreiro, a Academia pode hoje fazer gala de um programa técnico amplo e geral, orientado à eficácia e ao combate real. Na convicção absoluta de que o Jeet Kune Do não é um Arte Marcial codificada, mas sim uma gama de conceitos e estratégias em contínua evolução, a Academia tem procurado, nos últimos anos, seguir o caminho marcado por Bruce Lee, aumentando com rigor científico, o número de técnicas eficazes, para serem utilizadas nas diversas distâncias de combate. Este é o objectivo perseguido pela escola nos últimos anos, através dos duros campos de treino em todo o mundo (Estados Unidos, China, Tailândia, Rússia, etc.), durante os quais, temos aperfeiçoado as técnicas através das ensinanças dos melhores mestres do Panorama Marcial, no âmbito mundial do JKD.



Isto tem permitido à escola estabelecer importantes relações para a organização de seminários para conhecer as diferentes especialidades da luta na rua. Um dos exemplos mais significativos foi o encontro com Larry Hartsell, aluno directo de Bruce Lee, de primeira geração, com o qual manteve uma relação de especial colaboração, durável, constante e contínua, até a morte do Pequeno Dragão. Larry Hartsell foi para mim um mentor, foi ele que formou as minhas ideias sobre o Jun Fan Jeet Kune Do, fazendo-me compreender a verdadeira essência da luta na rua. Nunca poderei agradecer-lhe tudo o que me tem dado, especialmente a nível afectivo. Logo a seguir, a chegada de uma verdadeira lenda da luta no chão, John Machado, um autêntico especialista do Grappling com e sem quimono, que assombrou a todos os participantes nos seus seminários. finalizando-os praticamente a todos. John Machado permaneceu na Itália para dirigir o primeiro curso de instrutores de Brazilian Jiu Jitsu, exclusivamente europeus, realizado no norte e no centro do país e ao qual se uniram centenas de jovens, que admiraram a precisão técnica na explicação em pormenor das estratégias de combate, tanto no âmbito desportivo como na luta realista. Descobrimos que o Jiu Jitsu Brasileiro era o definitivo sistema por excelência, que nos situa em posição de defender-nos atacando, usando a força do oponente, através de uma manipulação perfeita das capacidades corporais. E se isso não tivesse sido suficiente, chegou a vez de Erik Paulson, "The Viking", sempre convidado pela Jun Fan Jeet Kune Do Academy, onde nos




ofereceu um seminário memorável. Los Ángeles, 1999: uma visita de cortesia na casa de Sifu Guru Larry Hartsell. Um día para dedicar a uma amisade de anos e a evidência de que o Jeet Kune Do já está no futuro. Larry Hartsell não estava sozinho quando entramos em sua casa. A seu lado também nos esperava um joven ainda desconhecido para mim. Tratava-se de Erik Paulson, de sorriso amável e olhar de guerreiro. Os brotes que nascem das plantas são a promeasa de um fruto maduro... Isto significa que Erik Paulson é a demonstração de que as raízes do Jeet Kune Do penetraram sem demora, no terreno preparado das novas gerações e que a voz de Bruce Lee atrevessou o limiar do terceiro milénio, em mãos de grandes lutadores. De aspecto nórdico, potente e completo em todas as suas técnicas, Erik Paulson é o "Vikingo do JKD", herdeiro legítimo de Larry Hartsell, instrutor completo com Dan Inosanto, aluno dos Gracie e dos Machado, campeão de Brazilian Jiu Jitsu das Américas, campeão do mundo de Shooto e invicto durante cinco anos. Estas são as credenciais do Vikingo, que depois de uma amigável torca de correspondência, aceirou o convita da Academia, para dirigir uma série de seminários para principiantes e avançados. Foi uma extraordinária ocasião para todos os seguidores do Grappling e das Artes Marciais Mixtas, especialmente para os membros da Jun Fan Jeet Kune Do Academy. Foi uma semana com o lema de combate real e desde a sempre principal artéria do Jeet Kune Do. A maravilhosa aventura da nossa Academia continua sem parar e em nome de uma atirude


“O meu propósito neste artigo étransmitir a funcionalidade de um sistema de combate para que evitar as mesmas frustrações que eu tive que suportar, nos inícios da minha prática nas Artes Marciais”



Jeet Kune Do sempre orientada à evolução da Arte do Pequeno Dragão, através de experiências encaminhadas à consecução de um conhecimento marcial, mistura infalível de técnicas ligadas gradualmente, ao longo dos anos. Pensando nos dias dos meus começos nas Artes Marciais, lembro-me perfeitamente da frustração que senti durante o combate. Por muito que tentasse aplicar a grande quantidade de técnicas que eu pensava conhecer, afinal, em certo sentido, sempre acabava com a sensação de ser “um cão que mordia o próprio rabo... Quando a situação se tornava inpredizível, todos os meus conhecimentos técnicos desapareciam... O meu subconsciente não recebera um mapa claro para me orientar, quando se tratasse de enfrentar uma situação de combate real. Tudo o que fazia era oôr em prática um exercicio intelectual e conceitual, mas sem uma compreensão mental visceral, livre de todo pensamento, que me permitisse aproveitar o momento. Os meus reflexos, constantemente presos, enjaulados, não podiam mover.se livremente quendo eu tratava de reagir, mas sucedeu que, como por arte de magia, que os conhecimentos adquiridos no JKD me abriram os olhos, entrando em profundidade na livre expressão da Arte, i que finalmente me permitiu expressar todas as minha experiências. Meu propósito neste artigo é transmitiro a funcionalidade de um sistema de combate, para evitar as mesmas frustrações que eu tide de soportar no início da minha prática nas Artes Marciais. Y agora, meus amigos, não resta senão que pôr mãos à obra...

A caminho da Liberação Pessoal Um homem educado visitou um mestre do Zen, para conhecer esta disciplina. Enquanto falava o Mestre, o hombre culto o interrompia constantemente, para dar a sua opinião acerca disto ou daquilo. Finalmente, o mestre do Zen deixou de falar e começou a servir o chá ao homem culto, até encher a cháveana, mas em vez de parar, continou vertendo o líquido fazendo com que o chá se entornasse... "Já basta!" - disse o homem culto - "A chávena já está cheia!... Já não cabe mais chá!". O Mestre Zen respondeu: "Se antes não esvaziar a sua chávena, como poderia deitar o meu chá?". A verdadeira observação começa auqndo podemos libertar-nos dos modelos previamene estabelecidos; a liberdade de expresxão se obtém quando se vai mais além do sistema.








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