Cinturao Negro Revista Portugues 302 Dezembro parte 2 2015

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REF.: • DVD/SERAK-1 Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.


rtes Marciais”. Estamos tão habituados a dizer isto que nem paramos para pensar no que quer dizer Arte. Fazemos Artes Marciais, falamos da Arte, com maiúscula, das Artes, dos artesanatos, do artístico e dos artistas, mas, saberíamos definir o seu significado, se algum indiscreto e curioso aluno, (que sempre os há), nos abordasse com semelhante pergunta? Tudo o que é artístico está rodeado de um halo de encanto e transcendência que frequentemente desconcerta e, por vezes, até provoca rechaço nos leigos na matéria. Isto gera um certo elitismo, frequentemente mal entendido; um elitismo ao qual não se deveria corresponder com qualquer distinção a nível social, mas sim a nível pessoal. A Arte não é uma questão de estatuto nem de berço, é, em todo o caso, uma aristocracia de espírito; entretanto, as linguagens obtusas, fechadas, a ostentação atrás da qual se ocultam os discursos pretensiosos dos críticos, essa metalinguagem com a qual envolvem este fenómeno, afastaram-nos da sua verdadeira dimensão, do seu espaço natural. Um espaço acessível a qualquer pessoa, (não necessariamente intelectual!), que se aproxime, isso sim, com o coração na mão, com a pele e os cinco sentidos abertos à experiência. Para mim, a Arte é a expressão do mistério do invisível. O invisível, por o ser, não quer dizer que não exista; também não quer dizer que o não percebamos de um modo ou de outro, todos os seres que participam do seu mistério. Simplesmente quer dizer que não está à vista, que permanece oculto atrás de cada coisa, de cada Ser, do próprio conjunto que forma o Universo. A Arte pertence ao mundo do mistério na medida em que é capaz de ultrapassar definições restritivas que a querem avaliar em função de recursos estéticos, filosóficos e desde já, técnicos. A Arte não é sinónima de técnicas; estas podem ser as ferramentas com as quais nos aproximamos a ela, mas conhecer o abecedário árabe, não quer dizer necessariamente saber escrever em árabe, e muito menos poder escrever uma poesia em tal idioma. Como tudo aquilo concernente ao mistério, a Arte é, em si mesma, uma via de consciência superior. Penetrar na sua linguagem é, sem dúvida alguma, uma maneira de transcender, de ir além dos nossos limites da percepção e navegar através desses belos mares onde tudo é possível, um privilégio até tal momento património só dos deuses. Em tal singradura aprendemos a usar a criatividade, essa maneira de tirar alguma coisa do nada, ou simplesmente de misturar tudo, em que o resultado final seja novo e supostamente superior ao valor das partes que a constituem. O artista nasce, mas também se faz. Nasce, na

A

medida que nem todos estamos por igual dotados das ferramentas, da sensibilidade e da força necessárias para primeiro perceber, e depois poder expressar com a mesma intensidade, o mistério do invisível. No entanto, dado que todos somos partes dele, (do mesmo modo em que a gota o é do Oceano), podemos perfeitamente gozar da expressão de outros como referências no nosso caminho, como emergências da nossa própria percepção do mistério. O artista é, pois, de algum modo, um hierofante, um emergente do colectivo. Ele recebe com as suas antenas aquilo que está a ser emitido, “aquilo que inunda o ar” num momento dado, num lugar determinado, e é capaz de o plasmar, sendo depois exibido através da sua pessoal reprodução. Este exercício acontece não tanto fruto das virtudes do artista como dos seus defeitos, apesar de a maioria poder pensar o contrário. Bem é certo que o artista possui a habilidade para plasmar a sua maneira de “sentir”, mas isto costuma alimentar-se antes das suas “deficiências” que dos seus “excessos” como indivíduo. O artista é, frequentemente, um ser especialmente desequilibrado, e é precisamente no seu esforço por alcançar um certo equilíbrio pessoal como consegue, usando, claro está, as suas partes em excesso (habilidades), que a balança se equilibre através do seu trabalho expressivo, da sua pugna por dar forma à intensa perturbação vital que altera continuamente a natural tendência à inércia que todos levamos dentro. Sempre se tem falado do sofrimento dos artistas no acto de criação, mas o certo é que o sofrimento é realmente anterior, conjura-se realmente através desse mesmo acto. Este é, desde já, como todo o nascimento, um acontecimento que requer esforço, que implica uma certa dose de dor, com certeza de consciência, e de uma mistura estranha de vontade e abandono. Entretanto, a sua resultante final não só equilibra como também e acima de tudo é capaz de proporcionar um tranquilo gozo que não conhece comparação. Seja qual for a Arte em questão, a Arte está aí para servir o artista e não ao contrário. A finalidade não é a obra, o resultado, mas sim o caminho que implica a sua realização. A verdadeira conquista do artista está em si mesmo; o que fica fora dele é o fruto materializado da sua conquista, não a finalidade da mesma. Se além disso, o que fica possuir essa rara qualidade da beleza e for capaz de comover outros, pois… ouro sobre azul! Em poucas Artes como nas Marciais, o fruto da conquista é mais evanescente e fugaz que na nossa maneira de nos expressarmos. Como Artes de Marte, as nossas práticas manifestam-se intempestivamente, no imediato, e apesar de atenderem a assuntos absolutamente tangíveis e básicos, como a defesa pessoal, o seu resultado


artístico é imaterial, como no caso da dança ou da música; nós somos a própria tela sobre a qual pintamos o quadro. Como no caso de outras formas artísticas, há muitos níveis de manifestação, uma imensidão de fórmulas para nos aproximarmos do acto criativo e transcendente de alcançar e expressar o mistério. Nos seus mais elevados conceitos, as Artes Marciais possuem a entidade e a força de um caminho de vida que implica todo o nosso Ser, física, emocional e mentalmente na busca do mistério, na realização da Verdade derradeira. Neste sentido, há um livro que, na minha opinião, descreve maravilhosamente, como nenhum outro, esta busca e as suas implicações, “O Zen na Arte do tiro com Arco” (Bungaku Hakusi), de Eugen Herriguel. Gostaria de finalizar este editorial citando algumas das suas muitas maravilhosas frases, cheias do mais profundo sentido da via do guerreiro. Espero que gostem e que as mesmas os intriguem tanto que não possam deixar de o ler todo, como a mim me aconteceu, faz agora quase trinta anos. “A aranha “dança” a sua rede sem saber nada da existência das moscas que ficarão presas nela. A mosca, dançando despreocupadamente num raio de sol, fica presa sem saber o que lhe espera. Através de ambas danças “Isso” e o interior e o exterior são um nessa dança. Da mesma maneira o arqueiro acerta no alvo sem apontar exteriormente.” “Se se sentir irresistivelmente levado a essa meta (a suprema liberdade…) Tem que se encaminhar mais uma vez, pelo sendeiro da Arte sem artifício. Tem que dar o salto à origem (e proveniência) para que viva a partir da Verdade, como quem se identificou integramente com ela. (…) Se sair airoso desta aventura, então o seu destino consumar-se-á no confronto com a Verdade não refractada, a Verdade que está por cima de todas as verdades, a amorfa origem de todas as origens: O Nada que é tudo, o Nada que o devorará e do qual voltará a nascer.”

Alfredo Tucci BUDO INTERNATIONAL PUBLISHING CO. e-mail: budo@budointernational.com

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Entrevista “Nós acreditamos que as artes chinesas têm muitíssimas possibilidades de serem completa e totalmente eficazes, respeitarem por completo a tradição e a origem do estilo e ta,bém enriquecer-nos com todos os valores que formam parte da prática global do Kung Fu”


“A maneira como eu vejo a minha procura, se concentra em conseguir a eficiência do sistema. Jamais conseguiremos isto sem compreendermos os motivos e os como do conhecimento técnico, táctico e estratégico que nos transmite a tradição ancestral do Wing Tsun” Nos últimos anos, Sifu Salvador Sánchez se tornou a referência do mundo do Wing Tsun na Europa. O crescimento da sua Instituição, TAOWS Academy, não deixa indiferente a ninguém e são muitos os seguidores das artes marciais, que se interessam pelo seu trabalho. Os acasos não existem em nenhum âmbito profissional e este, não é uma escepcção… O trabalho sempre dá os seus resultados. Sifu Salvador e a sua equipa de professores são um claro exemplo de que com constância, honestidade e amor por uma arte, se pode crescer como Instituição, “cuidando da arte”, como gosta de dizer este amigo de Budo International. Para aqueles que ainda não conheçam Sifu Salvador Sánchez, diremos que provavelmente seja um dos estudantes mais conhecidos e com um nível mais avançado de Sifu Víctor Gutiérrez, da linhagem Leung Ting Wing Ts u n . E s t u d o u d u r a n t e m a i s d e v i n t e a n o s directamente com Sifu Víctor. Fas agora quatro anos, Sifu Salvador criou a TAOWS Academy (The Art Of War Society) que actualmente é uma instituição de referência do WingTsun na Espanha e que não deixa de crescer por todo o mundo. Este mês anunciamos o lançamento de um novo DVD, que de certeza fará as delícias dos amantes do estilo da “Eterna Primavera”: Wing Tsun Kuen


Cinturão Negro:. Em primeiro lugar, queremos agradecer-lhes pela atenção de aceitar esta entrevista. É um prazer tê-lo de novo aquí, nas nossas páginas. Para começar, gostaríamos de lhe perguntar por uma coisa que, de certeza, já lhe perguntaram muitas vezes… O que o levou a criar a TAOWS Academy?, Por que motivo não continuou com o projecto do seu mestre? Salvador Sánchez:. Fiz-me adulto… (ri). Chegado um certo momento na vida de um praticante de Artes Marciais, é obrigatório começar a pôr em marcha as próprias ideias. É a vida!… Muitos o não perceberam e de facto, ainda hoje o não percebem, mas acredito ter sido esta a decisão mais acertada da minha vida, marcialmente falando. Sempre disse, digo e direi que não tenho palavras para agradecer tudo quanto Sifu Víctor Gutiérrez fez comigo. Sempre se portou excepcionalmente em todos os sentidos, especialmente no aspecto pessoal, e marcialmente falando, devo dizer que é o mais grande mestre que tive e o que mais influência teve em mim. Poderia dizer que mais do oitenta por cento do que eu pratico hoje, é o que aprendi directamente do meu mestre e por tudo isso, eu me sinto profundamente grato e orgulhoso. Há quem me diz que o meu estilo se parece muito ao seu… e isso para mim, constitui um autêntico orgulho. Hei-de reconhecer o excelente trabalho que o meu Sifu tem feito na sua Instituição, Wing Revolution, e a nível técnico, me parece um conceito realmente interessante. “O meu caminho” vai hoje em outra direcção completamente diferente e que é a de conseguir uma verdadeira evolução do estilo, para tentar faze-lo melhor que a geração precedente. Sei que é uma missão complicada, porque é difícil melhorar o trabalho de mestres como Sifu Víctor Gutiérrez ou Sifu Keith Roland Kernspecht, mas é o que eu vou tentar. Certamente poderá parecer presuntuoso apresentar tais objectivos, mas eu sou assim, sou um perfeccionista. Sempre vou tentar melhorar pouco a pouco, o que fazemos e para isso, aquilo que planejo vai numa direcção diferente daquela em que os meus antigos colegas de escola vão actualmente. Cinturão Negro:. E qual é essa direcção? Salvador Sánchez:. Para explicar isto, eu utilizo de novo, um pensamento que o meu mestre usava faz agora uns quinze anos: “O primeiro passo para toda evolução, deve ser o conhecimento total do estilo…” Esta frase ficou em mim gravada a fogo e com ela comecei o meu trabalho. A minha preocupação foi, em primeiro lugar, conhecer cada “canto” do sistema.



“O conceito evolução ou involução sempre é muito relativo neste mundo das artes marciais, porque vai depender sempre do ponto de vista de quem observa”


Para mim era um assunto fundamental, completar as formas do sistema, trabalhar com elas durante um tempo e estudá-las em profundidade. Só depois, com uma visão muito mais nítida, pude começar a pensar numa evolução. Mas esta progressão JAMAIS pode esquecer a origem do estilo, a sua história e a menira de pensar. Quer dizer: “a essência de toda evolução está na sua tradição!”

Cinturão Negro:. O que quer dizer quando diz ir de mão dada com a evolução e a tradição? Salvador Sánchez:. Durante grande parte da minha vida estudando Wing Tsun, sempre existiu uma contínua discussão entre os defensores da evolução, em busca da eficácia e os que defendiam que o Wing Tsun devia de permanecer tal qual lo explicara o Grão Mestre Yip Man. Jamais estive de acordo com uns nem com os outros, e isto por uma razão: se falarmos dos que defendem a tradição, devo dizer que compreendo perfeitamente os motivos pelo que o fazem. Para muitos deles, é fundamental que o estilo se mantenha o mais puro possível, mas eu deixar-lhes-ía um pensamento que tenho tido em muitas ocasiões e que me agrada compartilhar com alguns amigos e que é: Pensam que o Wing Tsun não tem mudado nos últimos vinticinco anos? E nos últimos cinquenta? E nos últimos dozentos? O Wing Tsun é um estilo de Boxe chinê que tem padecido mudanças constantes desde a sua origem, faz agora uns quinhentos anos. Mas nem é preciso ir muito atrás… Se virmos os alunos directos de Yip Man, veremos como entre eles existen já diferenças numa mesma geração. Se vamos a uma ou duas gerações atrás, vamos perceber que evidentemente, há grandes mudanças. Por tudo isto, tentar permanecer ou manter um estilo sem se produzirem mudanças e sem evolução, é realmente uma quimera… Por outro lado, estão aqueles que afirmam que “as formas não servem”, que o “Chi Sao não serve”, etc… “Que o que se tem de procurar é a eficácia,

fundamentando o estilo nos conceitos”, etc... Que o Wing Tsun deve procurar única e exclusivamente a validez ou a aplicação à defensa pessoal... Há até quem afirma que o Wing Tsun não é um sistema de Kung Fu, mas sim um simples sistema de defesa pessoal. Não tenho tempo para discutir com muitos dos que têm estas ideias. No entanto, tento situar-me em seu lugar, para compreender como chegaram a tais afirmações... Mas, o certo é que para mim, actualmente, o WingTsun é além de tudo isso, também FILOSOFIA, HISTÓRIA, MEDICINA, GEOMETRIA, ETC... Quer dizer: uma autêntica pérola da cultura tradicional chinesa, que já é património da humanidade. Esse é o ponto de vista que eu quero transmitir na TAOWS Academy! Gostaria de que aqueles que vierem às minha escolas para praticar, possam experimentar o que eu tenho podido fazer nestes mais de 20 anos. Convidá-los a constatarem como o WT influi em seus praticantes de tal maneira que chega a tornar-se um autêntico “caminho de vida”. Não quero ficar com só uma das suas partes e claro está não quero fazer dele um simples sistema de defesa pessoal. Isso pode ficar muito bem em alguma revista ou em qualquer texto sensacionalista que tratar de artes marciais, mas se afasta e muito, do que é o verdadeiro Kungfu.

Cinturão Negro:. Há quem diga que o Mestre está caminhando para a origem…, para o tradicional… Salvador Sánchez:. O conceito evolução ou involução sempre é muito relativo neste mundo das artes marciais, porque vai depender sempre do ponto de vista de quem o observa. Quando alguns dizem que o meu estilo está indo para um estilo mais clássico, têm razão. No entanto, posso dizer jamais me ter sentido tão seguro, e não só eu como também a minha equipa de Instrutores, que temos adquirido nos últimos anos, uma capacidade combativa fundamentada nesse ponto de equilíbrio entre o estudo da arte mais clássica, mas sempre sem esquecer a perspectiva ou a focalização da eficácia total. Nós acreditamos que as artes marciais chinesas têm muitíssimas possibilidades de ser completa e totalmente eficazes, respeitar por completo a tradição e a origem do estilo e também enriquecer-nos com todos os valores que formam parte da prática global do Kung Fu. Actualmente não penso se sou mais “clássico ou mais


moder no” ou para onde vai o meu Wing Tsun, simplesmente estudo com paixão e tento transmitir essa mesma paixão aos meus instrutores e escolas. Nesse sentido, estou muito satisfeito e espero poder continuar assim, no futuro.

Cinturão Negro:. Como avalia a Evolução da TAOWS Academy como Instituição? Salvador Sánchez:. Devo reconhecer ter recebido interessantes ofertas para me unir a instituições muito importantes, mas resolvi começar o meu próprio caminho partindo do zero, ou desde praticamente zero, e tentando fazer as coisas à minha maneira e da melhor maneira que acredito seja possível.

Cometi erros e espero continuar cometendo-os, mas são erros meus. Não dão os erros de mais ninguém, nem vão ser os erros de uma grande instituição, onde existem milhares e milhares de praticantes a quem nunca vi na minha vida. Mesmo que a TAOWS tenha crescido muito, conheço a maioria dos alunos das escolas, porque os tenho visto em seminários, porque têm assistido a alguma das minhas formações ou simplesmente por ter contacto com eles por diversos motivos. Isso me agrada muito e afiança a decisão que naquele momento tomei. A TAOWS Academy é uma pequena Instituição que não tem a intenção de crescer, mas que curiosamente cresce constantemente! e por uma questão que para mim é clara desde faz bastante tempo e que é “o trabalho bem feito”.


Não vai agradar a todos mas vai ser atraente para aquelas pessoas que têm ideias parecidas às nossas. É justo esses, que eu quero ver caminhando a meu lado, praticando a meu lado artes marciais. O resto, com todos os meus respeitos, desejo-lhes o melhor e que façam aquilo que os fazem felizes, mas eu sei muito bem qual é a minha direcção e qual é a direcção da Instituição TAOWS Academy. Para avaliar a evolução como Instituição, direi que me sinto FELIZ. Feliz porque faz uns poucos meses, na nossa convenção internacional, pude sentar-me para comer com os meus instrutores e mestres e gozar! Como mais um grupo de amigos e seguidores das AAMM, rimos, treinamos e gozamos juntos e essa é para mim, a melhor direcção de uma escola de AAMM

Cinturão Negro:. Como define o seu WingTsun? Em que é diferente a outras escolas? Salvador Sánchez:. Realmente, o meu Wing Tsun é diferente porque todas as escolas de Wing Tsun são diferentes. Se observarmos dez escolas de Wing Tsun de

diferentes linhagens, veremos que todas são diferentes. Na minha última viagem a Hong Kong, perguntei a muitos dos mestres que entrevistei, o motivo das diferenças entre as escolas de Wing Tsun. Os motivos dessa desigualdade a nível técnico e mesmo de conceitos. A resposta de alguns deles me surpreendeu muito. Um deles teve uma reflexão muito interessante…: "Eu penso que as diferenças são normais, porque cada pessoa tem uma opinião e um conceito diferente. No fundo, a diferença entre as escolas está na interpretação do Kuen Kuit”. O meu Wing Tsun é diferente porque é o que eu faço. Devo até afirmar que certamente, daqui a dez anos será diferente, por fortuna! Acredito que a evolução é MUDANÇA e os estilos, como as pessoas, mudam conforme o tempo vai passando... O que eu procuro com a minha prática, é a eficiência do sistema e jamais conseguiremos isto sem compreender os motivos, os para quê e os como, do conhecimento técnico, táctico e estratégico que nos transmite a tradição ancestral do Wing Tsun. Por isso, talvez o meu estilo é um pouco diferente de outros, mas para ser sincero, não estou nada


interessado em saber ao que se parece ou se é diferente de outros… A penas gozo com a sua prática e ensinando-o da melhor maneira que sei!

Cinturão Negro:. Neste último ano passado, viajou muito e realizou muitas entrevistas a muitos e grandes mestres em Hong Kong. Como foi esta experiência? Salvador Sánchez:. Essa viagem foi a nível pessoal, muito interessante porque me permitiu conhecer algumas das figuras mais importantes do Wing Tsun em Hong Kong. Na minha opinião, o Wing Tsun do Ocidente e do Oriente perderam essa conexão por diferentes motivos e a mim me parece que é bastante triste. Juntos, somos capazes de muitas mais coisas. Me agradou muitíssimo conhecer muitos dos mestres que agora já são meus “amigos” e aos quais penso voltar a visitar todos os anos e apresentar meus respeitos àqueles que têm servido como “guardas da tradição”. Graças a muitos deles, hoje podemos praticar este autêntico tesoiro. Já falamos do passado e do presente, mas quais são os seus projectos para o futuro na TAOWS Academy? Salvador Sánchez:. A TAOWS Academy surgiu sendo um grupo muito pequeno de seguidores do Wing Tsun. A imensa maioria deles actualmente continua na TAOWS Academy. Conforme fomos avançando, alguns deles não puderam, ou não quiseram seguir o ritmo da Instituição. É uma pena, mas somos consequentes e devemos continuar o caminho, mas entendemos não ser um caminho para qualquer pessoa, mas devemos de agradecer por tudo quanto fizeram pela Instituição. É produto da própria evolução da Instituição. Se hei-de ver um problema, direi que em ocasiões penso termos crescido demasiadamente rápido. Na actualidade estamos em um processo de consolidação a nível institucional. De tentar que as nossas escolas estejam convenientemente formadas, que os professores passem por constantes reciclagens e que exista um sentimento de unidade nos métodos e entre os directores das escolas. E ainda o que talvez seja o mais importante! Que aqueles que representam a Instituição, sintam um profundo AMOR pelo que praticamos. Para o futuro, os nossos projectos passam por continuar fazendo o mesmo: PRATICAR! Não seríamos justos se agora tivéssemos grandíssimos projectos de crescimento, porque realmente, do que nós gostamos é de praticar artes marciais e é o que vamos a continuar fazendo no futuro; praticar artes marciais com toda a nossa paixão, com todo o nosso respeito à tradição e ao estilo que tanto nos tem na nossa vida. A partir daí, tudo o que vier… bem vindo seja! Pero o que não é negociável sob nenhum conceito, é o nosso motivo fundamental para fazer o que fazemos, para fazermos Wing Tsun!

Cinturão Negro:. Lançaram recentemente, uma plataforma de fo rmação on-line denominada TAOWS University. Qual é o motivo? Poderia falar-nos acerca disto? Salvador Sánchez:. O crescimento das nossas escolas, não só na Espanha como a nível mundial, nos obrigava a criar uma ferramenta que pusesse em comunicação as escolas de todo o mundo, a tempo real. A TAOWS University é uma plataforma de formação on-line, desenvolvida com um grande esforço e muito trabalho da nossa associação. Na sua origem, o motivo principal era facilitar o acesso à informação aos nossos professores e escolas, onde quer que estivessem e em tempo real. Por exemplo: às 2as


feiras acostumamos a termos um encontro com a minha equipa de instrutores em Múrcia, onde resido, para falarmos dos aspectos em que estamos trabalhando. É habitual gravarmos algumas das ideias que surgem para trabalhar essa semana ou para durante o mês que tivermos por diante. Essas ideias são as que subimos à plataforma de formação e transmito a todas as escolas de todo o mundo. Assim, todos podem estar trabalhando na mesma linha que nós e portanto, todos vamos numa direcção muito parecida. Isto facilita muito as coisas, quando vou dirigir um seminário a qualquer lugar do mundo, porque todos treinam na mesma linha, exactamente igual onde queira que estiverem. Quando a plataforma esteve em marcha, vimos a possibilidade de abrila não só às escolas, como também a seguidores e praticantes de Wing Tsun, que querem aprender e que em muitas ocasiões, por diferentes motivos, não podem assistir tudo quanto gostariam de treinar. Começamos então a subir à nossa plataforma, cursos de formação sobre diferentes aspectos do estilo e a aceitação foi enorme! Hoje, a TAOWS University é sem dúvida alguma, a plataforma de formação on-line para artes marciais mais importante da actualidade, não tendo dúvidas acerca disto. Como também não duvido que será ainda muito mais grande e importante nos próximos anos. Em breve, toda a nossa plataforma, que actualmente está só em Espanhol, estará disponível em Inglês e isso nos permitirá podermos chegar a muitas mais pessoas. Com a TAOWS University tivemos, sem dúvida alguma, uma grande ideia e estamos muito convencidos de que em um futuro será uma parte muito importante da TAOWS Academy, como via para dar a conhecer a nossa filosofia e os nossos métodos de trabalho em todo o mundo. Cinturão Negro:. Como é uma aula ou uma formação de Sifu Salvador Sánchez? Refirome a isto, porque muitos dizem que o segredo de todo o crescimento da sua Instituição, reside em como organizam o ensino… Salvador Sánchez:. Não sei se é assim…. O que é claro é que actualmente ensino como eu gostaria que me tivessem


Entrevista


ensinado… Quer dizer, compreendo que o sistema tradicional chinês de ensino um por um, fazia sentido quando as escolas eram muito pequenas, os grupos muito pequenos ou até em privado mestre/aluno, mas quando se tem um grupo que anda perto dos mil estudantes, isso é impossível. Portanto, a primeira coisa que pretendi após conhecer o estilo do A ao Z, foi organizá-lo de uma maneira lógica e progressiva, para que qualquer pessoa pudesse aprender o estilo do A ao Z. Deixemos que o aluno só tenha que dispor do seu tempo e da sua paixão pelas AAMM. Demos-lhe um sistema em ordem e de treino lógico. Cada programa tem seis partes e essas partes estão muito claramente definidas em todas as nossas guias de formação e também na nossa plataforma de formação TAOWS University. • Todo programa começa com "a ideia a desenvolver". Quando vou ensinar alguém, a primeira coisa que digo é o que pretendo conseguir dele, o que vamos trabalhar nesse programa... • O segundo dos pontos são as "formas". Para mim, as formas são exercícios de meditação, nos quais trabalho aspectos técnicos e acima de tudo, as ideias com as quais vou praticar. O terceiro ponto são "os deslocamentos". Na minha opinião, no sistema mais tradicional de treino do Wing Tsun, este aspecto é uma carência importante, porque pouco se trabalham os deslocamentos do estilo, que são muitos e muito interessantes. Por isso, insisto especialmente neste capítulo, realmente importante. • O quarto é "não contacto / não aderência". Estando de acordo em que o Chi Sao é a “alma” do sistema, é importante a capacidade de estar colado às extremidades do inimigo, para notarmos a direcção da sua força, os vazios na mesma, a distância, etc... Mas quando, pelo motivo que seja, isto não se produz, isto não seja possível, surge uma situação na qual não temos contacto. Para nós, esta é uma parte muito importante dentro da prática. • O capítulo número cinco é o "Chi Sao". Como disse anteriormente, é a parte mais importante do sistema. Temos a certeza que vinculando alguns conceitos, talvez não muito ligados ao Kung Fu tradicional, tais como biomecânica, estruturas, conhecimentos sobre física, etc..., poderemos obter melhores resultados na


“Com a TAOWS University tivemos, sem dúvida, uma grande ideia e estamos muito certos de que em um futuro, será uma parte muito importante da TAOWS Academy, como caminho para dar a conhecer a nossa filosofia e os nossos métodos de trabalho em todo o mundo”



“O meu Wing Tsun é diferente porque todas as escolas de Wing Tsun são diferentes. Se vamos ver dez escolas de Wing Tsun de diferentes linhagens, veremos que todas são diferentes”

“Estou comprometido com todo aquele que se aproximar da minha escola! Prometo ensinarlhe tudo quanto sei! Não tenho segredos!


prática. Sabemos que a grande maioria das escolas de Wing Tsun se concentram no Chi Sao quase em um noventa por cento da sua prática. Para nós, sendo esta a parte mais importante, constitui aproximadamente um sessenta por cento. O outro quarenta por cento o dedicamos a outros aspectos que consideramos realmente fundamentais, como já dissemos, os deslocamentos, as formas ou o capítulo não contacto / não aderência. • E finalmente o capítulo número seis, que é o Lat Sao (ou sparring). Pensamos que no Da Lat Sao vamos tentar, do ponto de vista do combate, que cada praticante compreenda os porquês, os para quê e o como de cada uma das técnicas e estratégias e que assim possam desenvolver ao máximo seus próprios limites. Por isso, o capítulo número seis, sempre encerra todos e cada um dos programas e o teste do exame de cada um, que é constatar se o aluno é capaz de aplicar esses princípios, essas ideias de cada programa, em um sparring controlado com um colega não colaborador, ou pelo menos que não colabora em excesso. Estou comprometido com todo aquele que se aproximar da minha escola, em que lhe ensinarei TUDO AQUILO QUE SEI! Não tenho segredos!

Cinturão Negro:. A instituição TAOWS Academy utiliza a frase: "Discover your Greatness". Pode falar-nos acerca dela? Salvador Sánchez:. Os líderes de escolas coincidimos em que esta frase "Discover your Greatness" resume de uma maneira bastante exacta, aquilo que nós estamos fazendo. “Descobrir” é um desafio e mostra as de intenções que lançamos aos nossos seguidores e adeptos. Apresentamoslhes o desafio de voltar a descobrir todo o potencial existente dentro de cada indivíduo. “Descobre a tua grandeza” é um convite a cada um dos que se aproximam das nossas escolas, para descobrirem quantas coisas fantásticas podem chegar a realizar, com apenas algumas horas de treino, de estudo e de esforço numa sala praticando e compartilhando com outros colegas. Estou completamente certo de que na maioria dos casos, as artes marciais chinesas, e neste caso o Wing Tsun, mudará a vida de muitos deles e irá levá-los a descobrir o grandíssimo potencial que existe em cada um


Entrevista E finalmente… Há um NOVO DVD!!! Pode falar-nos acerca dele?… Salvador Sánchez:. Este é o terceiro dos DVD que filmamos para a revista Budo Internacional. Para nós é um orgulho, uma grande alegria continuar trabalhando com Budo, porque consideramos que é essencial para a nossa Instituição poder transmitir o que fazemos. A revista sempre nos tratou excelentemente bem e nos sentimos muito felizes de continuar caminhando agora com Alfredo Tucci e com a Revista Cinturão Negro - Budo International, e espero que por muitos anos... Neste DVD vamos a tratar aspectos relativos ao Chi Sao.

O DVD se intitula, "Chi Sao, da base até o nível avançado" e vai tratar de aspectos em linha com a formação de praticantes do Chi Sao, mediante os nossos “drills” de trabalho e como aplicar esses drills, essa habilidade, em um sparring. Pensamos que o Chi Sao deve de proporcionar grandes virtudes a um praticante e queremos que ambas coisas se possam ver, como treinar essas virtudes e como aplicá-las. Por isso, este DVD pode ser realmente interessante para muitos seguidores do Wing Tsun e esperamos que lhes sirvam.


Wing Tsun “Se querem organizar um seminário em qualquer país do mundo, favor contactar com os nossos correios de informação corporativa info@taows-academy.com www.taows-academy.com www.wingtsuneurope.com”






José Manuel Reyes Pérez, 7ºDan de Hapkido pela World Hapkido Federation (WHF), membro da Junta Directiva da WHF, Director Internacional para a Europa Ocidental e Presidente da Federação Espanhola de Hapkido (FEH), nos apresenta no eu primeiro DVD, um completo tratado acerca das técnicas que fazem grande esta Arte Marcial tradicional Coreana, mediante o legado que lhe transmitiu directamente o Grão Mestre Kwang Sik Myung, 10ºDan de Hapkido. O Hapkido é a Arte da Defesa Pessoal Dinâmica por excelência, onde se conjugam velocidade e fluidez, junto com a preparação física, a técnica, a respiração, a meditação e o cultivo da energia interna. Uma arte que contempla uma grande variedade de técnicas com e sem armas, combina defesas e ataques, entre as quais se incluem técnicas de perna, joelho, punho, cotovelo, projecções, estrangulamentos e acima de tudo, as técnicas de luxação. Neste trabalho, o Mestre Reyes nos mostra os exercícios de respiração Danjon Hop, os ataques com o braço Gonkiok Sul, as técnicas de perna duplas e triplas Jok Sul, a defesa pessoal Ho Shin Sul, as técnicas de ataque e defesa com pau curto Dan Bong e a defesa contra faca. Um completo trabalho sobre uma Arte, o Hapkido, o caminho para harmonizar a energia, cuja prática ajuda a melhorar em grande medida, a nossa saúde, tanto física como mental, proporcionando ao praticante vitalidade, energia, autoconfiança, carácter e personalidade.

REF.: • DVD/FEH-1

Todos os DVD's produzidos porBudoInternational são realizados emsuporteDVD-5, formato MPEG-2multiplexado(nunca VCD, DivX, osimilares) e aimpressão das capas segueas maisrestritas exigências de qualidade(tipo depapel e impressão). Também,nenhum dosnossos produtos écomercializado atravésde webs de leilõesonline. Se este DVD não cumpre estasexigências e/o a capa ea serigrafia nãocoincidem com a que aquimostramos,trata-se de uma cópia pirata.




Farang Desenvolvendo velocidade Nas artes marciais, desenvolver velocidade é de suma importância quando se desejar ter êxito. A velocidade dos golpes e ataques permitiria bater ao oponente primeiro, utilizando combinações devastadoras e efectivas. Bruce Lee, como outros grandes e famosos artistas marciais, trabalharam arduamente em seus treinos do dia-a-dia, procurando desenvolver a velocidade. Para isso conseguir, devemos utilizar os exercícios apropriados para alcançar resultados óptimos. Na minha experiência pessoal como mestre e treinador de lutadores não profissionais e profissionais, utilizo o sistema de treino do Boxe, para desenvolver velocidade. n dos exercícios mais utilizado por mim, para desenvolver a velocidade, são os exercícios de ombros. Os exercícios de ombros são altamente efectivos no treino dos movimentos rápidos e nervosos, para aumentar a resistência muscular. O exercício supõe desempenhar vários exercícios individuais sequencialmente, sem descanso entre eles. Se pega numa barra comprida, que pese aproximadamente 40 libras (de 14kg a 18kg) e se mantém à altura dos ombros com as mãos afastadas à largura dos ombros. Se puxa da barra para a frente, rapidamente. Se repete este movimento até os ombros ficarem cansados. O movimento deve ser paralelo ao chão. Depois se pega em uns pesos de mão de 8 libras (3,62kg) e se realizam combinações de golpes rectos ao queixo, até se ficar completamente exausto. Finalmente, alternativamente fazemos os levantamentos com os ombros de frente e para os lados, com os mesmos pesos. Esta série de exercícios construirá uma tremenda resistência muscular nos braços e ombros e melhora enormemente a velocidade manual. Na maioria dos casos, reparamos no uso limitado da “pêra maluca” no treino diário dos artistas marciais. Utilizar a pêra maluca é um grande exercício para melhorar a velocidade das mãos e a resistência muscular. O exercício nos força a manter um ritmo enquanto lançamos golpes rápidos. A rotina treina os movimentos rápidos nervosos no corpo superior, os quais são responsáveis pela velocidade e pela potencia explosiva. Quando batemos na pêra, nos movemos em um círculo para imitar os movimentos reais de Boxe. Chegando a ser mais aptos para controlar a pêra, misturamos deslizamentos e ganchos para obtermos os benefícios completos deste trabalho de treino. Da mesma maneira é possível melhorar a velocidade, juntando pesos nas mãos ou nos tornozelos para os exercícios tradicionais marciais. Por exemplo, é altamente efectivo melhorar a velocidade das mãos com o Boxe de sombra com pesos ligeiros, possivelmente de 5 a 8 libras (2,26 ou 3,62kg ). Notar-se-ia imediatamente o aumento do cansaço nos

U


braços e ombros. Após umas semanas de treino, vemos uma notável melhoria na velocidade das mãos, quando nos desfazemos dos pesos. Também, utilizando pesos nos tornozelos durante o trabalho de Boxe e as luvas, melhoramos os movimentos laterais quando construímos força nas barrigas das pernas e aumentamos a rapidez. Os pesos nunca devem ser tão pesadas que nos evitem fazer os movimentos em maneira apropriada, a través dos exercícios. A pêra dupla se tornou o meu aliado mais importante à hora de trabalhar velocidade com os meus estudantes e lutadores. Utilizar a pêra maluca é um grande exercício para melhorar a velocidade das mãos e a resistência muscular. O exercício nos força e ajuda a manter um ritmo enquanto lançamos golpes rápidos. A rotina treina os movimentos rápidos nervosos no corpo superior, os quais são responsáveis pela velocidade e o poder explosivo. Quando batemos na pêra, misturamos deslizamentos e ganchos para obtermos os benefícios completos deste trabalho de treino do Boxe. Outro aditamento importantíssimo é saltar à corda. Saltar à corda ajuda a desenvolver os músculos que se usam para dar golpes rápidos; cujas fibras musculares de contracção rápida, se localizam na parte alta das costas e nos ombros. Mover os joelhos para cima e pata baixo rapidamente, enquanto movemos os pulsos saltando à cora. Incorporar treino de intervalos à rotina de saltar à corda; por exemplo, alternativamente fazer saltos rápidos com a durante uns 30 segundos, à velocidade de 10 segundos. Este método poderia concentrar-nos mais na velocidade durante a parte acelerada do intervalo. Utilizando estes exercícios, veremos uma melhoria significativa desenvolvendo a velocidade e no desempenho marcial. Assim sendo, vamos treinar!



“Bruce Lee, à semelhança de outros grandes e afamados artistas marciais, trabalharam arduamente em seus treinos quotidianos, para desenvolverem a velocidade. Para conseguir isto, devemos utilizar os exercícios apropriados para alcançar resultados óptimos”


Farang






Iaijutsu… A espada e a outra margem!... "Três de dez, se apegam aos prazeres da vida e com isso, se entregam ao poder da morte" Lao Tsé Sempre que limpo a minha espada, percebo algo diferente; ou ela está mais suja, menor, maior, bonita, feia... É curioso, mas, certamente que ela nada tem a ver com minhas rejeições actuais. Percebemos que nossa mente está em movimento quando algo que gostamos deixar de representar sua importância, deixa de brilhar. Muitos que praticam o caminho da espada começam a perceber isso quando já não sentem mais a necessidade de realizar nada para ninguém. Explico: Quando iniciamos nossas práticas, realizamos nossos movimentos para uma satisfação pessoal que pode ser chamada de busca, sonho... Em seguida, para sermos elogiados por nossos mestres; logo, pelas pessoas, até que tudo isso perde o brilho. É onde realmente nos tornamos poderosos com a espada. Este poderoso processo de integração entre mente e momento, verdade e ilusão, realmente nos faz reflectir que existe algo a mais. Em meu caso, meu percebimento e despertar foi acerca do desapego; da necessidade que temos da conservação do imutável. Os grandes mestres usaram de suas grandes sabedorias para iluminarem seus interiores, quebrarem as paixões e, por conseguinte, colocar um fim a todos os sofrimentos para sempre. Isto conduz à eliminação completa dos dois tipos de morte [natural e violenta] e a saltar do oceano de misérias para a


Bugei

“É o estado de vazio que proporciona o saque rápido e preciso! Muitos não conseguem”


realização do despertar. Portanto, é chamada de a outra margem. Contudo, através da luta imaginária realizada nos “kata”, sentimos que é o todo que amadurece, sobretudo de maneira involuntária. Podemos dizer que os pensamentos se sucedem um ao outro em sua cadeia incessante, até que um único deles se volta para si mesmo: para o “auto-reconhecimento.” O saque (desembainhar) deixa de ser somente um saque, tal os movimentos subsequentes como o corte, o “chiburi”, o “not”... Portanto, neste momento, e creio que muitos, certamente, já sentiram estas sensações, entre elas a que devem saltar da aparência e alcançar a outra margem; cruzando, assim, o oceano amargo que faz da espada um objecto de vaidade. É o vazio da sabedoria; do encontro! A forma não difere do vazio, nem o vazio da forma. A forma é idêntica ao vazio e o vazio é idêntico à forma. É simples, certa vez, estávamos, eu e um amigo, frente a frente, ambos com a Iaito, pronta para ser desembainhada. O ponto era: através da velocidade, buscar o vazio do oponente. Em um dado momento, percebi que a certeza é um freio para o movimento quando este está diante de outro movimento. A busca pela certeza estabelece apenas uma via como a correcta. Ou seja, se você acalmar a sua mente detendo seu movimento, essa quietude fará movê-la ainda mais; isso, explica que enquanto estiver nesse dualismo, será impossível conhecer a unidade. É certo que o pensamento sintético do momento,

principalmente quando este possui um objectivo, deve possuir, senão nos detalhes, pelo menos em seus últimos resultados; há de se elevar todo o conhecimento vazio, aquele que não se sustenta, mas flui. Quem nunca viu um bêbado se livrar de uma queda iminente? Desajeitado, desequilibrado, mas, mesmo assim, sem saber, realiza seus movimentos? Estes ramos do saber humano, estas disciplinas, em verdade, aparecem-nos em circunscritas que atendem ao âmbito restrito do particular, fragmentarias, e mesmo divergentes; por conseguinte, não devemos esquecer que existe um ponto que dissipa as idéia da fragmentação: o objecto é único; é o mesmo universo unitário, em que todos os caminhos conduzem ao mesmo centro. Principalmente nas técnicas de espadas mais rápidas, executadas com primor, os desvios e as curvas do vazio surgem das visões iludidas do oponente; não há necessidade de buscar a verdade do movimento, apenas cesse essas visões e siga o fluxo normal. Esta é a razão pela qual poderá haver discrepância, por exemplo, entre a revelação do momento do saque da espada, do corte, da esquiva, da filosofia que se ensina através das histórias, antropologia, ciência etc. "Um" vazio é como o "dois"; e cada vazio contém todas as coisas; quando não há diferenciação entre isso e aquilo, como poderia preferir uma ou a outra? É esse o ponto em que dissolver a certeza favorece o vazio do momento, da oportunidade, da espada enquanto objecto de extensão do corpo.


Bugei “A perfeição da forma está na aceitação e na contemplação, até que chegue o dia em que seu interior se sentirá satisfeito com a forma executada”



Bugei


É simples: no vazio fluímos... Na fluidez, obtemos a certeza... Eliminados todos os temores e dúvidas, a confiança verdadeira é fortalecida; absolutamente, não resta mais qualquer coisa, nada para se pensar, nada para se lembrar. Por outro lado, é certo, pois, que a prática em “Seiteigata” favorece o bom entendimento da técnica como ferramenta de guerra em uma situação corriqueira de um passado já distante. Todavia, há de se lembrar que o oponente, possivelmente, não seguiria (em uma batalha real) as formas por você treinadas em diversas sequências; haja vista que, em cada confronto existe uma história diferente; um local, uma técnica. Assim sendo, há de se ter consciência acerca de uma prática esclarecida enquanto ao exercício e a dependência destas formas. Pode ser fácil se observarmos que a prática, por sua vez, atende as necessidades da alfabetização marcial; a consciência é a utilização desta alfabetização. O tão buscado “Mushin” pelos mestres nos remetem à ideia de não procurar o momento. Não tentar escutar os fenómenos ilusórios que imaginamos através do caminho da espada. Diversos alunos que tentei explicar tal conceito, diziam-me: “não entendo!” É como se falarmos que no momento do confronto

verdadeiro, diante do Mushin, a sabedoria não existe. Na hora da sua morte, ela não desaparecerá. É o estado de vazio que proporciona o saque rápido e preciso! Muitos não conseguem; estabelecem uma ligação com o universo externo e ilusório. Desenvolvem, neste momento, uma raiva e um ódio que se mesclam com a frustração de um êxito imaginado, mas não alcançado. É relevante lembrar que o “vazio nos pensamentos” também significa a não obstrução das vias de entendimento e exteriorização destas. Em outras palavras, diante da frustração, quando esta se manifesta no vazio da prática como forma, não odeie os pensamentos que surgirão, nem os ame, e, sobretudo, não os guarde. De qualquer maneira, pratique o “tadaima” - aqui e agora. Se você não guardar o pensamento, ele não voltará por si só. Se você se entregar à expiração e deixar a inspiração enchê-lo, em um vaivém harmonioso, nada mais restará do que o momento que se manifestou em sua exacta forma. A perfeição da forma está na aceitação e na contemplação, até que chegue o dia em que seu interior se sentirá satisfeito com a forma executada.


Bugei

“É simples: no vazio fluímos... Na fluidez, obtemos a certeza... Eliminados todos os temores e dúvidas, a confiança verdadeira é fortalecida; absolutamente, não resta mais qualquer coisa, nada para se pensar, nada para se lembrar.” “Quando iniciamos nossas práticas, realizamos nossos movimentos para uma satisfação pessoal que pode ser chamada de busca, sonho... Em seguida, para sermos elogiados por nossos mestres; logo, pelas pessoas, até que tudo isso perde o brilho. É onde realmente nos tornamos poderosos com a espada.”











Em exclusiva, o DVD do Mestre Marco Morabito, acerca da defesa pessoal com mãos nuas, e a apresentação preliminar do Krav Maga Israelita Survial System. Las técnicas e o método que constitui o sistema, se ilustram sem segredos, de maneira clara, transparente e facilmente compreensível. Uma ocasião única para nos aproximarmos até o coração da defesa israelita e melhorar os nossos conhecimentos sobre a matéria. O autor é um dos grandes expoentes mundiais em defesa pessoal e conta em seu haver com experiência no âmbito militar e empresas de segurança; galardoado por várias nações, convidado a dar cursos e seminários em todo o mundo, desde o Japão aos E.E.A., a Polónia, a Espanha, Cabo Verde, Alemanha, Israel, França e Rússia, se tornou porta-voz internacional de diferentes sistemas de combate e defesa pessoal pouco conhecidos, ainda que extremamente efectivos. Morabito desenvolve uma pesquisa contínua, sem nunca parar na procura incansável de adquirir novos conhecimentos e nunca deixar de fazer perguntas. Krav Maga Israelita Survial System não é uma disciplina o um conjunto de regras rígidas, mas sim um método, um processo em evolução contínua e constante. Isto fá-lo adaptável a qualquer situação e circunstância, permeável a qualquer mudança e proporciona a capacidade de fazer um estudo dos erros e da sua experiência uma oportunidade para melhorar.

REF.: • KMISS-1

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Reportaje

Os sistemas pr ofissionais de autodefesa estão entrelaçados com as Artes Marciais desde tempos imemoriais. De facto, nos alvores da civilização, ambas coisas eram uma só. Sem dúvida, o facto de se diferenciarem foi fruto da especialização das nossas sociedades, quando e onde esta teve lugar. Alguns artistas marciais reagem negativamente a este parentesco, mas se é verdade que os conhecimentos das AAMM nutr em cada dia mais os pr ofissionais da segurança, não é menos certo que nas últimas décadas, uma espécie de mútua inter -acção está tendo lugar entre ambas actividades. A experiência daqueles que quotidianamente devem enfrentar a violência criminal, proporciona-nos uma visão que aqueles que estamos interessados na defesa pessoal não podemos ignorar. Neste contexto de inter -acção criativa, deve ser entendido o artigo que hoje trazemos a estas nossas páginas. Antes foi a espada, mas quem pode hoje ignorar as armas de fogo? Ninguém melhor para ilustrar esta matéria que um oficial com experiência e um magnífico artista marcial: Omar M. Sesto. Participando de ambas dimensões, ele tem sabido oferecer-nos uma visão integral de um assunto que em primeiro lugar vai dirigido a especialistas, mas que pode fascinar a todos aqueles r ealmente inter essados nos cenários da autodefesa, nos quais, cada vez com mais frequência e a qualquer momento nos podemos encontrar qualquer de nós. Alfredo Tucci


Autodefesa profissional


Autodefesa profissional

“A melhor defesa é um bom ataque”. Esta declaração é habitualmente uma grande verdade em quase todas as áreas da vida diária: quando praticamos o nosso desporto favorito; controlamos a direcção de um debate pessoal; enfrentamos uma luta na rua… ou no momento de sobrevivermos a um confronto armado. Enquanto que o “equipamento material” de que dispomos no momento da agressão, pode resultar a olhos do neófito, como um factor básico, essencial e até vital para a consecução do nosso êxito ou sobrevivência, realmente, a autêntica variável determinante para tal finalidade, é a “mentalidade táctica”. Por outras palavras: a nossa sobrevivência como profissionais da Lei, depende não só de como estamos preparados psicológica e tecnicamente para enfrentarmos a premente realidade que implica ser objecto de um violento, selvagem e letal ataque criminoso, mas fundamentalmente de como educamos o nosso “instinto predador” através do treino diário, para activar uma capacidade de resposta defensiva superior, ao serviço da Justiça. A “mentalidade táctica” é um conceito que inclui todos os aspectos relativos à predisposição interna de um indivíduo guerreiro, para: • Detectar qualquer factor à sua volta, que revele uma intenção de agressão. • Avaliar velozmente as principais características presentes. • Responder de maneira rápida e decisiva, neutralizando o núcleo da ameaça, de maneira imediata e contundente.



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Autodefesa profissional

É importante assinalar que estas acções são o fruto ou a manifestação física de habilidades adquiridas por parte do profissional. Quer dizer, não importa o nível de “talento natural” que se possa chegar a ter: sem a correcta dose de esforço pessoal e uma certa qualidade no sistema ou método de instrução profissional escolhido, tais atributos, por si mesmos resultarão insuficientes na hora da verdade. Mal momento para saber o que funciona e o que não funciona no mundo real!

Acerca deste novo Vídeo

Os ataques e agressões que um oficial da Polícia pode chegar a enfrentar durante o seu serviço, frequentemente são: • Repentinos, • Violentos, • Inesperados, • Extremamente dinâmicos. Por tudo isto, a experiência tem demonstrado repetidas vezes, que só aqueles oficiais que com anterioridade se tenham preparado a si próprios para este género de confrontos, são os que devido ao seu treino, com mais frequência contam com as ferramentas necessárias que permitem a sua sobrevivência a estes selvagens ataques. A maior parte destes profissionais que se têm visto implicados em confrontos reais, acostumam destacar como os mesmos são repentinos, violentos e diferentes, comparados com o que eles esperavam que fossem. Este género de “surpresa” constitui um factor muito grave, quando não mortal, para o oficialvítima. Os nossos programas de treino em pistola táctica, estão baseados numa informação estatística actualizada de incidentes policiais onde devido à gravidade das circunstâncias, os oficiais se viram forçados a empregar a sua arma regulamentar, em defesa das suas próprias vidas ou da vida de terceiras pessoas inocentes. O Grupo KOKKAR tem analisado exaustivamente aqueles casos dos últimos dez anos, nos quais, oficiais da polícia acabaram assassinados por armas de fogo ou armas pontiagudas e de gume, com o objectivo de determinar, sem lugar a dúvidas, as verdadeiras circunstâncias e cenários em que estes oficiais perderam a vida. Esta linha de novos vídeos realizados com Budo Internacional, é o resultado final do compêndio de estas experiências de campo, de numerosos oficiais de ontem e hoje; aqueles que frequentemente, na linha do dever pagaram o preço deste conhecimento com o seu próprio sangue. Se bem a maior parte das manobras e tácticas expostas neste primeiro volume, foram desenvolvidas partindo da zona habitual de porte de pistola (ancas) e com jaqueta, contemplando a realidade e a necessidade operativa de agentes federais, agentes especiais encobertos, oficiais de Serviço de Alta Protecção e oficiais da polícia vestindo de civil; a possibilidade de extrapolar estas acções e conceitos para o campo policial regular (uniforme) ou táctico (S.W.A.T.), resulta plena e natural. Os conceitos operativos subjacentes nestas tácticas, são de universal aplicação e verificada eficácia, em situações reais de confronto armado. O programa foi delineado para rapidamente proporcionar aos oficiais, os princípios tácticos essenciais e as habilidades operativas necessárias, para sobreviver àqueles ataques reais estatisticamente mais usuais em zona C.Q.B. e para neutralizar de maneira decisiva, os criminosos mais violentos e combativos.


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Adicionalmente, foram incluídos neste material instrutivo audiovisual, exemplos de resolução de ameaças em cenários de actuação de baixa visibilidade (low light conditions) e defesa frente a dois oponentes armados. Por que falhar, NÃO É UMA OPÇÃO!

Sobrevivência profissional no mundo real

As agressões mais perigosas e difíceis de sobreviver, são aquelas que ocorrem na curta distância. E esta perigosidade inerente à extrema proximidade corporal com o atacante ou atacantes, aumenta dramaticamente quando o oficial se encontra desprevenido no momento de ser atacado. Entretanto, para além do profissional se encontrar prevenido (S.W.A.T., por exemplo) ou não (oficial de patrulha, por exemplo), deve preparar o seu pensamento para reagir o mais rápido e eficazmente possível, sob a tensão provocada por níveis extremos de estresse.


Autodefesa profissional Portar uma arma não é suficiente para um oficial da lei que cada dia põe em risco a sua vida. Resulta apenas “nada”, caso não se disponha da preparação mental, técnica e física adequada, para responder correctamente nestas situações e obter assim uma maior oportunidade de sobreviver. Chegados a este ponto, é essencial assinalar que neste género de emprego, não existe um procedimento igual a outro. Não existe a rotina. Inúmeros profissionais estão hoje nos cemitérios, por assumir erroneamente que se encontravam numa operação de rotina, um “dia qualquer”. A sua arma poderia tê-los salvo, mas a sua “mentalidade táctica” falhou. Acontece que uma sem a outra, não funcionam. São inúteis para o oficial que as “porta”…, são nada. Precisam uma da outra. Ambas se complementam. Se as vossas funções os situarem na “primeira linha de acção” (as ruas, a selva, o deserto) no violento mundo actual, a dita atitude representará a única diferença entre viver mais outro dia, ou morrer hoje. O tipo de treino que deve ser realizado de maneira habitual, não deve ser só aquele referido às diferentes posições, técnicas e métodos de tiro táctico. Para que realmente possa proporcionar-nos a “vantagem decisiva”, deve incluir: • Tácticas de reconhecimento (antecipação ao acto hostil): isto inclui aprender a interpretar a linguagem corporal humana e adquirir um domínio básico sobre a psicologia e comportamento criminoso. • Condições de baixa luminosidade: um dos mais usuais cenários de confronto em zona C.Q.B. • Tiro de combate a muito curta distância. Sempre que possível, com alvos realistas imitando em detalhe o rosto humano, as mãos, etc. • Tiro de combate contra alvos que reagem. Para habituarse ao nível de exigência física e estresse mental, que

comporta a dinâmica de um confronto armado nas distâncias assinaladas. Este nível de exigência é devido a que sempre que um criminoso mata um oficial em distância C.Q.B., consegue faze-lo não por ser um exímio atirador, mas sim por que a proximidade entre ambos é tão extrema (68% das vezes, a distância média de separação é de apenas um braço), que resulta fisicamente impossível falhar o disparo, corte ou punção!

Distância e velocidade de reacção

Como já vimos, em caso de sermos agredidos na curta distância, a vantagem sempre é do agressor, por dois factores: • Proximidade Corporal. • Velocidade de Reacção. A proximidade corporal é uma variável fora do nosso domínio, visto ter sido determinada pelo agressor e constituir a principal fonte de perigo letal para o oficial. O outro factor é a velocidade de reacção. Os ataques em zona C.Q.B. são especialmente perigosos, visto “quase” não proporcionarem materialmente tempo para avaliar a ameaça e a magnitude da mesma (letal ou não letal), para agir em consequência e proporcionalidade (pirâmide em uso da força). Uma avaliação errada pode resultar fatal, tanto para o oficial implicado como para qualquer civil que se encontrar na cena. Por isso, é especialmente importante treinar sempre o “reconhecimento da condição” no trabalho do polígono de tiro, com alvos de papel representando figuras humanas determinadas e tridimensionais, e que incluam tanto o porte de arma com ameaça directa (hostil), como não (civil-vítima). Esta acção permite desenvolver rápida e efectivamente,


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um modelo de resposta nervosa e neuro-muscular, absolutamente adaptável à situação real que um profissional deverá enfrentar em combate C.Q.B.

Tiro Instintivo (Point Shooting) para sobrevivência policial

O sistema de Tiro Instintivo tem demonstrado repetidas vezes e ao longo do tempo, ser uma autêntica “chave de sobrevivência” para todo profissional que se tenha visto obrigado a defender a sua própria vida, enfrentando criminosos armados em distâncias e cenários C.Q.B.

É um método de tiro de combate de tipo “natural”, muito rápido, automático e preciso. Pode ser utilizado eficazmente sob qualquer condição de luminosidade (normal ou baixa), pelo que resulta de grande precisão tanto em confrontos diur nos como nocturnos. Adicionalmente, a sua técnica geral de execução permite efectuar com relativa facilidade e grande velocidade, disparas múltiplos tiros sob movimentos de acção dinâmica. Todos estes detalhes tão surpreendentes, destacam ainda mais quando se tem em conta que seu desenvolvimento e “acondicionamento”, se realizaram no mundo militar, nos extremamente duros

campos de batalha da Segunda Guerra Mundial. Actualmente, constitui o principal método de treino em tiro de combate, de grande número de forças especiais, diferentes tipos de policiais e agências do governo (como o F.B.I) de todo o mundo. O motivo principal que dá origem aos diferentes métodos de tiro instintivo, é a análise determinada e específica dos considerados universalmente como os dois cenários básicos de confronto C.Q.B.: 1) Cenário A / Pré-Determinado: existem circunstâncias específicas, onde um oficial sabe antes de entrar na zona C.Q.B., que o contacto com o inimigo é iminente (oficiais de unidades


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especiais, agentes encobertos, etc.). Consequentemente, o seu estado mental e preparação física permitem-lhe empunhar a sua arma e assumir posições de tiro "semiapontado", antes de dar entrada na “Hot Zone”, estando assim em condições de responder veloz e eficazmente, a um criminoso que surja do nada e dispare repentinamente. 2) Cenário B / Surpreendente: no outro extremo da equação, temos o cenário onde um oficial encontra fogo hostil quando caminha na rua, enquanto multa uma infracção de trânsito ou quando está realizando uma aula elucidativa para escolares. Não existe margem de tempo que possibilite algum género de preparação para optimizar as margens de sobrevivência. Numa fracção de segundo, o oficial se encontra imerso na Hot Zone, recebendo tiros… e com a sua arma ainda no estojo. O segredo da eficácia do sistema de Tiro Instintivo vem constituído pelo facto de que sob os efeitos do estresse provocado por um ataque violento e repentino (principalmente de origem não anunciada e portanto, surpreendente), em distâncias muito curtas resulta fisiologicamente impossível valer-se de habilidades motrizes "finas" para nos defendermos eficazmente. A solução reside então em desenvolver MÉTODOS NATURAIS E INSTINTIVOS DE DEFESA BASEADOS EM HABILIDADES MOTRIZES "GROSSEIRAS".

Resumindo, o conceito tão distintivo de não empregar as miras para apontar com a nossa arma pessoal em zona de combate C.Q.B. e de empregar principalmente o agarre a uma mão, se sustenta em: a. A experiência directa de campo, que mostra convincentemente que em muito poucas ocasiões se dispõe nestes cenários, do tempo material para o fazer. b. A proximidade dos agressores, que praticamente assegura a precisão dos nossos tiros. c. O facto de que se um oficial pega na sua arma com um duplo grip (agarre com as duas mãos) e é surpreendido por qualquer de seus flancos, em um rádio de acção hostil compreendido entre os 200° e 180°, a sua capacidade de reacção defensiva nestas posições, encontrar-se-á como mínimo, severamente comprometida. Em todos estes casos, a experiência tem mostrado repetidamente, que a melhor opção que o profissional pode ter para sobreviver, é o método de tiro instintivo, a uma mão ou com grip simples.

Primeira falange sobre o gatilho de disparar? Grave erro!

Se você estiver habituado a empregar a primeira


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falange de seu dedo indicador para fazer pressão no gatilho disparador da sua arma, você está assumindo um grave risco. As funestas consequências provocadas por este mau hábito, não são facilmente apreciáveis durante as aprazíveis e controladas práticas de tiro usualmente realizadas pegando na arma com as duas mãos; mas fazem-se imediatamente evidentes quando o oficial deve responder rapidamente a uma situação potencialmente letal, devendo atirar a imensa maioria das vezes, pegando na arma com uma mão. Esse será o pior momento para constatar se a sua pontaria é boa, ou é mais ou menos questionável, se o treino o preparou para disparar empregando a pressão da primeira falange dos seus dedos no gatilho de disparar. Neste caso, poderá ver como os seus tiros têm tendência a se juntarem nos lados e na zona inferior do objectivo. Porquê? A resposta reside na biomecânica e no desenho da estrutura dos dedos humanos: quando você puxa do gatilho disparador, o extremo do seu dedo não se desloca directamente para trás contra o disparador, ele se move em um arco curvo. Isso é assim devido ao desenho específico dos músculos e dos tendões dos dedos, que entram em jogo toda vez que estes são flexionados ou estendidos. A porção central de um dedo dobra sempre primeiro e o nó médio é a sua “dobradiça

fundamental”. Consequentemente, o movimento inicial da primeira falange de qualquer dedo da mão, será sempre um arco com um ponto de origem localizado sobre o nó médio desse dedo. Só depois que a porção central do dedo se dobrou, o extremo superior deste (primeira falange) pode começar a pressionar mais directamente para trás, contra o gatilho disparador. De tudo quanto anteriormente exposto, podemos facilmente concluir que as melhores opções no momento de situar o dedo índice e reduzir o tamanho do “arco”, “ângulo curvo” que se forma quando o dedo se dobra para puxar do gatilho disparador, são: • Situar a dobra compreendida entre a primeira e segunda falange do dedo sobre o gatilho disparador. • Situar a segunda falange sobre o gatilho disparador. Recordemos que nos enfrentamos aqui a situações de agressão com evolução em distâncias tão curtas que a maior parte das vezes não teremos materialmente tempo para realizarmos um agarre com as duas mãos sobre a nossa arma e podermos corrigir assim qualquer erro por pressão incorrecta. O grau de gravidade da situação se desvela quando observamos por própria experiência, que não existe neste género de agressões tempo adicional ou “segunda oportunidade”, para corrigir qualquer erro. Lembre-se bem: quando se trata de sobreviver, FALHAR NÃO É UMA OPÇÃO!

“Se você pode escolher, porte sempre uma arma secundária de apoio ou “back-up”. Ao longo do tempo, esta ferramenta tem demonstrado ser um autêntico seguro de vida para milhares de polícias e profissionais do mundo todo”



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DEZ REGRAS PARA SOBREVIVER A UM CONFRONTO COM ARMAS DE FOGO 1. Confira sempre que a sua arma pessoal está funcionando bem. 2. NUNCA perca o estado de “alerta passiva” sobre o meio que o rodeia. O principal e mais perigoso factor que você deve evitar nestes cenários, é ser tomado por surpresa. 3. Numa agressão na curta distância (do corpo a corpo a 12 metros - Zona C.Q.B.), empregue EXCLUSIVAMENTE sistemas de Tiro Instintivo ou “Point Shooting”. O pior erro que se pode cometer sob estas circunstâncias, é perder vitais fracções de segundo, tentando apontar com as miras da arma a um agressor que já está disparando ou que muito em breve o fará. 4. Se executar uma posição de Tiro Instintivo de maneira dinâmica e correcta, as

“Em um confronto armado na zona C.Q.B., perder a capacidade de fogo quase sempre é equivalente a morrer.”


Defensa Policial suas possibilidades de sobrevivência serão estatisticamente maiores, ainda quando a sua acção não seja muito veloz e possa carecer de zonas de protecção estrutural perto de si. 5. Depois de reconhecer a ameaça, mantenha sempre um estado de alerta máxima, ainda depois da ameaça ter sido neutralizada. Tenha no ser pensamento a ideia de que pode haver um segundo ou terceiro agressor nas redondezas. 6. Se você pode escolher, porte sempre uma arma

secundária de apoio ou “back-up”. Ao longo do tempo, esta ferramenta tem demonstrado ser um autêntico seguro de vida para milhares de polícias e profissionais do mundo todo. 7. Utilize SÓ TÁCTICAS NATURAIS DE MOVIMENTO no seu treino diário, em contraposição a técnicas específicas de tiro. Lembre-se de que no fragor do combate, só as habilidades motrizes “grosseiras” funcionam. É um facto constatado na realidade do dia-a-dia de qualquer profissional.

“NUNCA perca o estado de “alerta passiva” sobre o meio que o rodeia. O principal e mais perigoso factor que você deve evitar nestes cenários, é ser tomado por surpresa.”



8. Em um confronto armado na zona C.Q.B., perder a capacidade de fogo quase sempre é equivalente a morrer. Lembre-se deste postulado: se você tem de correr, faça-o disparando sempre contra o seu agressor. Se você tem de recarregar munição, faça-o sempre antes de esgotar o último cartucho da sua arma. Assim, a sua capacidade de resposta se mantém plena em todo momento, durante o confronto. 9. Em combate CQB, a proximidade do agressor aumenta notavelmente os requerimentos de velocidade defensiva reactiva por parte da vítima, para poder sobreviver. Por tal motivo, é muito importante recordar sempre estes aspectos: • Frente a um agressor situado em zona 0-3 metros, não eleve a sua arma mais além da altura da sua anca. Tentar uma elevação maior, constitui um consumo de tempo adicional vital, com respeito a um objectivo que já nos está agredindo em zona de perigo letal. • Frente a um agressor situado em zona 0-12 metros, execute como mínimo o primeiro disparo defensivo da sua arma, com um agarre (grip) simples. Tentar aqui realizar um agarre duplo, não é uma ideia inteligente, nem uma acção necessária por duas razões: a. A extrema proximidade com o objectivo, garante a nossa precisão. b. A extrema proximidade com o objectivo/agressor, requer da nossa parte, a eliminação de movimentos secundários desnecessários, que comprometam a nossa velocidade de resposta e sobrevivência, nestes cenários de confronto. 10. JAMAIS descuide desenvolver eficazes Tácticas de Combate Corpo a Corpo, Defesa contra faca e retenção da Arma Pessoal, no seu treino quotidiano! Pense sempre na crua e dura realidade que implica que o género de confronto que você está treinando, é para se enfrentar e sobreviver. O combate C.Q.B. enterrou milhares de profissionais, que foram assassinados com suas próprias armas pessoais, ou por estrangulamento, quebra do pescoço ou por um selvagem ataque de faca. Um treino global e intensivo nestas áreas, permitirá enfrentar com certas garantias, o que de letal é inerente a estas situações de combate.

“JAMAIS descuide desenvolver eficazes Tácticas de Combate Corpo a Corpo, Defesa contra faca e retenção da Arma Pessoal, no seu treino quotidiano!” “Em combate CQB, a proximidade do agressor aumenta notavelmente os requerimentos de velocidade defensiva reactiva por parte da vítima, para poder sobreviver.”


Defensa Policial









Técnicas Policiais

O capacete policial: Uso e defesa O capacete policial parece intimidar muito quando se está numa equipa táctica, mas em algumas delegacias da polícia chamavam-te de tudo se fosses um agente de patrulha e andasses a passear com um; ou pior ainda, podia acontecer nem te permitirem usá-lo, claro está, até que se produzisse um tiroteio, em cujo caso, o bom senso indica a necessidade de utilizar um.


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Técnicas Policiais a meia manhã de 28 de Fevereiro de 1997, Larry Phillips e Emil Matasareanu “varreram” a polícia com o disparo automático de uns rifles de assalto, após roubar num banco, no norte de Hollywood, Califórnia. Aquele facto foi um impacto para as autoridades da lei e ordem de todos os Estados Unidos. Uma das imagens memoráveis daquele acontecimento horrível, foi a dos agentes de patrulha da delegacia da polícia de Los Angeles, polícia da rua, pondo os seus capacetes Kevlar, do seu equipamento regular de “Go Bags” (um saco de desporto cheio do equipamento essencial, necessário para este tipo de confrontos: munição extra, luzes tácticas, joelheiras, etc.).

N

Depois deste sucesso, muitas delegacias americanas da polícia, abriram os olhos e dotaram os seus agentes de patrulha com rifles de assalto, para aumentar o seu “poder de detenção”. Era lógico, porque foram necessários 300 agentes da polícia para deter os dois gatunos de banco bem armados, que empregavam tácticas militares aprendidas por eles mesmos. Por desgraça, a maioria das delegacias não fez entrega de capacetes antibalas, junto com essas armas mais poderosas. Depois, também estão aquelas delegacias da polícia que não aprenderam nada daquele sucesso, nem sequer das novas ameaças do terrorismo, e continuam a negar a entrega aos seus agentes de rifles de assalto, por razões de “responsabilidade legal”. Mesmo que não


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confiem no uso que os seus agentes possam fazer de estas armas mais poderosas, não existe razão para não lhes entregarem capacetes que podem salvar-lhes a vida. Apesar da maioria dos agentes tácticos usarem capacete, ainda não está tão difundido como o uso dos coletes antibala, entre os agentes da polícia, os de trânsito e outros serviços “rotineiros” – todos usam armadura corporal. Porquê proteger o coração, os pulmões, o fígado e outros órgãos do tronco e da cavidade abdominal, e não o cérebro? Quantos agentes da polícia em moto usam capacete? A resposta é todos e cada um deles. No caso da moto virar ou receber uma pancada, a cabeça está protegida. No pior dos casos, um impacto na cabeça terá lugar a alta velocidade. Ainda assim, são incontáveis os agentes da polícia que passarão por situações de alto risco, com a probabilidade de receber uma bala subsónica ou supersónica na cabeça se não estiver a usar protecção alguma. É uma loucura meter-se nestas situações sem um capacete. É como se também tirassem o colete. Tenho estado a adestrar milhares de agentes da polícia nas armas de fogo, tácticas e tácticas defensivas, durante os últimos 12 anos: polícia federal, estadual, local e militar. Sempre me surpreende o facto de ver agentes da polícia que não usam capacete. Aparecem com o resto do seu equipamento, mas sem capacete. Pensam talvez, que as balas não voam tão alto ou coisa parecida? O problema não está baseado na ignorância. Quando presenciamos nos agentes uma falta patente de segurança como esta, a política costuma estar por detrás. Muitos responsáveis da polícia não deixam os seus agentes usar capacete, porque parecem muito “militares”. Não sugiro que os usem em todos os avisos, apesar de que isso seria o mais seguro para eles, mas pelo menos nos avisos que sabem que são de alto risco. Estes mesmos responsáveis que não entregam capacetes aos seus agentes, são os


Técnicas Policiais mesmos que dedicam ao polícia assassinado um funeral “militar”: féretro coberto com a bandeira, escolta uniformada, banda de música, continência e toda a parafernália. Quando as balas voam, que importância tem o que possa parecer ou como a gente sinta esta peça do equipamento. A única preocupação que um supervisor da polícia deveria ter, é se a sua gente está adequadamente protegida ou não. Não pode ser o preço, porque os capacetes são relativamente baratos. Outra razão pela qual não se entregam capacetes aos agentes da polícia, é porque os encarregados do adestramento ou da função do equipamento, dão muita importância aos aspectos negativos de usar capacete: visão da periferia reduzida, audição

reduzida, e são incómodos de usar. É certo que estas são todas desvantagens de usar esta peça do equipamento, mas antes dizia-se o mesmo dos coletes antibala. Com referência aos agentes policiais de patrulha, a última desculpa apresentada por alguns responsáveis, para não usar capacete, é que não é “tradicional”. Este mesmo motivo foi mantido durante muitos anos por muitas delegacias da polícia, quando não queriam entregar os seus velhos revólveres para os trocar por pistolas semiautomáticas. Então, a morte de muitos agentes levou-os a perceber que estavam mal armados. Hoje em dia, muitos criminosos usam capacete e também colete, para cometer crimes violentos. De novo, temos a clássica situação onde o criminoso tenta ir à frente da polícia. Se és agente da polícia e na tua delegacia não entregam capacete, não quer dizer que não possas ter um à mão no teu próprio saco de equipamento. Sim, são volumosos, mas na realidade não ocupam tanto espaço. Guardem-no no vosso saco, para emergências ou para operações de alto risco. Estou ciente de que em algumas delegacias podem ridiculizar aqueles agentes que usam capacete num incidente onde há armas, ou pior ainda, que os proíbam de o usar. Podemos imaginar o que poderão dizer alguns dos nossos colegas. Apareces num “stop” de trânsito de alto risco e és o único a usar capacete e todos começam a chamar-te “Rambo”, ou o supervisor diz que o tires. Esta é uma questão que não podemos ignorar. Se não podes convencer a tua delegacia para implantar os capacetes nas situações de alto risco e até se os proíbe, usa-o por tua conta em situações de alto risco; sugiro pedi-lo por escrito, explicando as razões. Depois, assegura-te de que a tua família tem uma cópia dessa carta, para o caso de seres ferido na cabeça. Serão as balas disparadas em Los Angeles menos letais que no teu lugar de trabalho? Então, na tua delegacia deveriam juntar o capacete ao equipamento regular, comum a todos os agentes que ainda não disponham dele. Também não esqueçamos que a maioria dos maus já sabem que usamos colete antibala. Então,


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Técnicas Policiais o que andam a aprender no mundo criminoso? Isso mesmo, disparar à cabeça! Com isso em mente e sem querer fazer demagogia, todos devíamos estar a pedir capacetes aos gritos, para os usar em todas as situações de alto risco. Mas, como de costume, farão falta muitas mais mortes por disparo na cabeça, antes de os capacetes estarem na moda.

Algumas razões para usar capacete antibalas:

1. Protege contra as balas das pistolas, a fragmentação das balas, incluindo a munição dos rifles, fogachos, objectos pungentes, armas de gume. 2. É um factor de intimidação, protege contra os elementos e dá uma maior sensação de segurança. Sigamos. Agora passaremos em revista, algumas das técnicas de Tácticas Defensivas Reality Based para a Polícia, utilizando o capacete como ferramenta, para aqueles que o usam. Qualquer criminoso que tenha lido algum manual militar, evidentemente, terá encontrado a parte do combate mão contra mão, onde se mostra passo a passo, como partir o pescoço de um soldado inimigo, utilizando o próprio capacete contra eles. Estas mesmas técnicas podem ser empregadas contra nós, pelos agentes da polícia, por um criminoso ou por um terrorista. Infelizmente não existem livros nem vídeos onde se ensinem as contramedidas a estas técnicas mortais. Nos cursos “Combates de Entradas com Equipamento e Combates de Cárcere e Prisão, que dou ao pessoal militar e policial em todo o mundo, e onde os capacetes formam parte do equipamento regular, preparo os meus alunos para que saibam reconhecer quando se vão empregar estas técnicas contra eles e como se defenderem delas. Vou proporcionar esta informação aos leitores. Mas

antes de o fazer, permitam-me umas palavras de cautela. Sempre que praticarem técnicas relativas ao pescoço, VÃO DEVAGAR E COM CUIDADO!

Exercício de agarre frontal e afastamento

Se o indivíduo te agarrar pela parte da frente do capacete, só dispões de um segundo para afrouxar o seu

agarre ou utilizará o teu próprio capacete para te partir o pescoço. Este exercício ensina a afastar as mãos do adversário do teu capacete. Pode parecer um exercício simples, mas se não o praticares, não estará na tua “memória muscular”. 1. Um sujeito hostil lança-se contra o capacete de um agente da polícia. 2. Se o sujeito agarra o capacete do agente antes de este ter oportunidade de o interceptar com a sua arma, o agente da polícia deve passar da sua arma ao uso de tácticas defensivas, para proteger o pescoço. Apesar desta situação justificar a força letal, um disparo não pararia o sujeito a tempo, para que este não retorcesse a cabeça do agente. 3. O agente da polícia deve segurar imediatamente a parte superior do seu capacete, para o estabilizar, descer o queixo em direcção ao peito e descer o seu centro de gravidade. 4. O agente de polícia deve separar as mãos do sujeito do capacete, com um batimento forte para baixo. Mesmo que o sujeito tenha o capacete bem agarrado, o queixo baixo do polícia irá evitar que a sua cabeça se mexa. 5. Não há tempo para brincar às lutas. Trata-se de um sujeito que agarrou o capacete de um agente da polícia para lhe partir o pescoço. O agente deve bater para evitar que o sujeito continue a agressão. 6. O agente da polícia utilizará a sua arma de fogo como advertência, ou disparará ao sujeito, conforme as acções que o sujeito possa fazer seguidamente.

Defesa da parte de atrás do capacete

1. Quando um sujeito faz o agarre do capacete por detrás, é mais perigoso para o agente da polícia que quando faz o agarre frontal, e só uma reacção rápida, que se consegue com o treino, poderá salvar o pescoço do agente. 2. O sujeito consegue agarrar o capacete do agente e começa a

puxar para trás. 3. O agente, rapidamente, tem de segurar na parte da frente do seu capacete, para o estabilizar, e rapidamente, deve inclinar-se para a frente, para o sujeito largar o capacete. Inclinando-se para a frente, também muda o centro de gravidade do sujeito. 4. O polícia fará uma imediata rotação na direcção do sujeito, com uma cotovelada. Isto obrigará o sujeito a largar o capacete. 5. De novo, a força letal está justificada nesta situação, mas primeiro, o agente deve prevenir futuros ataques, batendo no sujeito. 6. O agente da polícia utilizará a sua arma de fogo como aviso, ou para disparar ao sujeito, conforme as acções que o sujeito possa fazer seguidamente.


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RAÚL GUTIÉRREZ LÓPEZ, 9º DAN Kosho-Ryu Kenpo y 10º DanFu-Shih Kenpo www.raulgutierrezfushihkenpo.com www.feamsuska.com rgutkenpo@hotmail.com Teléfono: (0034) 670818199 Sensei Luis Vidaechea Benito Cinturón Negro 3º Dan Fu Shih Kenpo Delegado FEAM en Castilla y León Templo Segoviano de Fu-Shih Kenpo Pabellón Pedro Delgado - Segovia Tel.: 622 263 860 mailto: sensei.luis@cylam.es http://www.cylam.es/ Maestro Peter Grusdat, 8º Dan Wing Tsun Director General Departamento de Wing Tsun FEAM wtacademycanarias.com/es/sifu-grusdat Facebook: Sifu Peter Grusdat Email: inf@wtacademycanarias.com Las Palmas de Gran Canaria - ESPAÑA Teléfono: (00 34) 618 455 858 - 637 344 082 Informate de nuestros Cursos de Formación de Monitores Para ejercer a nivel nacional e internacional Avalados por FEAM CLUBE ESCOLA DE DEFENSA PERSOAL José Rodríguez López Fundador Hand Krav Fu System Instructor Nacional Defensa Personal Policial IPSA Escuela Defensa Personal y Policial de As Pontes Lg Petouto - Ribadeume 15320 As Pontes, A Coruña Tel: 670 770 004 escuela@handkravfu.es - www.handkravfu.es Maestro José Domingos Cinturón Negro 3º Dan “Sandan” Fu-Shih Kenpo 1º Dan Kosho-Ryu Kenpo Representante de FEAM y la “International Fu-Shih Kenpo Portugal”. Entrenador de Lucha Libre, Musculación y Cultura. Física y Fitness – Preparador Físico, Socorrista de Emergencia Médica www.facebook.com/jose.domingos.37 <http://www.facebook.com/jose.domingos.37> jomanegos@gmail.com Tel: 00351 965713463.Dojo: XL GYM Avda. 25 de Abril nª 45, 1675 -185 Pontinha, Portugal ESCUELA DE ARTES MARCIALES KWANG GAE DO Felipe Alves Aniceto 2º Dan Tae Kwon Do Y Kick Boxing Representante Feam En Aragon Gimnasio Alfinden Tlf:649 601 709 Kwanggaedo@Gmail.Com Kwanggaedo.Wix.Com/Kwangaedo-Eam Facebook//Kwang Gae Do Maestro Martín Luna Director internacional Krav Maga Kapap FEAM Instructor policial/militar IPSA Seguridad y escoltas /vip protección Representante IPSA y FEAM Canarias Maestro Cinturón Negro 5º dan Fu-Shih Kenpo Instructor kick Boxing / K-1/Full Contact Tel: 671 51 27 46.martin75kenpo@hotmail.com


Martín García Muñoz Maestro Internacional 7º DAN Instructor Internacional Policial, IPSA Instructor Internacional Tae-Kwon-Do ITF Vicepresidente Federación Andaluza de Tae-Kwon-Do ITF Representante FEAM e IPSA para GRANADA, ANDALUCÍA. Gimnasio Triunfo (Granada) Teléfono: 607832851opencleanmotril@hotmail.com Maestro Antonio Guerrero Torres C.N. 5º Dan Fu-Shih Kenpo Representante “Asociación Fu-Shih Kenpo”, AFK para Andalucía Teléfono: 678 449 585 Email: afkenpo@gmail.com Per Snilsberg: Consejero Personal, Patrocinador y Promotor FEAM, IPSA e International Fu-Shih Kenpo Association, IFSKA. c/ Løytnantsveien 8b, 7056 Ranheim - Norway. Tel: +47 930 09 006 – post@fiskeper.no Sensei Mario P. del Fresno C.N. 3er Dan Fu-Shih Kenpo Representante F.E.A.M. Madrid Centro Entrenamiento Profesional Box Everlast www.boxeverlast.es Club de artes marciales 78 www.artesmarciales78.com Gimnasio In Time MMA. www.intimemmamadrid.es Teléfono: 658 016 688 mario.fushihkenpo@gmail.com Frode Strom, Sifu en 3 estilos diversos de Kung-Fu Representante Oficial Fu-Shih Kenpo en Drammen, Noruega. Frode Strøm Fu-Shih Kenpo Drammen Tollbugata 98 3041 Drammen (+47) 90942428 Frodestrom1969@gmail.com Instructor Krzysztof Adamczyk Instructor Nacional para Polonia y Noruega. Grinnisvegen 611 ,7236 Hovin i Gauldal ,Noruega fushihkenponorge@gmail.com 0047 92520150 fushihkenpopolska@gmail.com 0048 783474760



Fu-Shih Kenpo OS PONTAPÉS NAS ARTES MARCIAIS, 3ª Parte OS MÚSCULOS ABDOMINAIS A função básica dos músculos abdominais é, por exemplo, que sem eles não poderíamos andar direitos. São os antagonistas directos da musculatura páravertebral e agem contra a lordose lombar. Uma musculatura abdominal bem trabalhada, provoca admiração e garante uma boa posição corporal. É também responsável do movimento do tronco e a pelve e com isso ajuda a respirar melhor. Directamente, em relação às artes marciais, é fundamental no equilíbrio força e estética, na execução de técnicas de pernas. Devemos para isso treinar bem toda a musculatura abdominal, não só a recto abdominal, como também os oblíquas e transversais.


A coluna de Raúl Gutiérrrez Abdominais hipopressivos. Os abdominais hipopressivos são um novo tipo de treino abdominal, que reduz o tamanho da cintura, melhora a posição das costas, ajuda a estender as vértebras, faz lento o processo de envelhecimento e é bom para as mulheres que recentemente foram mães. Quando se fazem estes abdominais, a pressão do abdome se reduz, a protecção dos órgãos internos e o regresso dos mesmos aos seus lugares, melhora significativamente. Uma das coisas boas fazendo este tipo de abdominais, é que os podemos fazer enquanto estamos sentados ou em pé. Devem ser feitos em jejum e não se devem considerar um substituto do exercício abdominal tradicional mas sim que são um treino complementar. O método de abdominais hipopressivos é realmente, um sistema baseado nas técnicas criadas nos anos 80, pelo Dr. Marcel Caufriez, as quais proporcionam benefícios para a saúde, tais como: • Tonificação dos abdominais e a redução do tamanho da cintura (redução média de um 8%). • Tratamento e prevenção do prolapso de órgãos (útero, bexiga, recto). • A correcção posicional e o tratamento da tensão muscular. • Tratamento e prevenção das hérnias (inguinal, umbilical, disco). • Redução da congestão da pelve e aumento da circulação sanguínea da pelve, portanto, uma melhor função sexual. • Tratamento e prevenção da incontinência urinária. • A recuperação após o parto. • Aumento do tom muscular do solo pélvico e abdominal (aumento médio de um 58%). • A activação do metabolismo (aumento médio de 15%).

• Melhora do rendimento desportivo. Os abdominais hipopressivos são também a base tanto para pessoas que se iniciarem no exercício físico, com o objectivo de melhorar a sua aparência estética e a sua saúde, como para os profissionais do desporto. A base deste método é a ginástica abdominal hipopressiva. Enquanto se realizam os exercícios, a pressão dentro do abdome diminui significativamente, ao contrário do que sucede com todos os outros métodos e exercícios abdominais. Os exercícios que se utilizam estão pensados para poder criar uma adequada linha progressiva, útil para cada um de nós. Para realizar os exercícios convém estar em apneia “expiratória”, expulsar o ar e fazer os exercícios sem ar nos pulmões, pois assim se consegue uma importante diminuição da pressão intro-abdominal e se reduz muito mais eficazmente o diâmetro da cintura, posto que o diafragma toráxico está relaxado e em posição elevada. Fazendo os exercícios em apneia, convém ter em consideração que podem ser problemáticos para pessoas hipertensas.

Exercícios para trabalhar a parte baixa do Abdome.

Sem dúvida, a zona abdominal situada debaixo do umbigo, é a mais difícil de tonificar e marcar, pois o recto maior do abdome, por sua anatomia sempre tem mais força na sua porção superior. No entanto, podemos fortalecer a parte inferior do abdome. Sem equipamento algum e contra o chão, podemos realizar os seguintes quatro exercícios, que facilitam o trabalho do recto maior do abdome, concentrando o esforço na parte inferior do mesmo. Desde uma posição de decúbito supino, ou seja, de boca para cima, podemos realizar quatro exercícios


Fu-Shih Kenpo


A coluna de Raúl Gutiérrrez para trabalhar a porção inferior do recto abdominal, que tanto desejamos tonificar. Um primeiro exercício consta de levar as pernas estendidas para cima, até ficarem perpendiculares ao tronco e desde aí, desce-las lentamente, até ficarem paralelas ao chão, (descer por exemplo, em 10 tempos) sem tocar no chão ou deixa-las cair totalmente. Repetir de 3 a 6 vezes este exercício, dependendo da própria capacidade, mas sem dúvida, ao princípio e para aqueles que não possuem uma força abdominal específica, podem faze-lo uma ou duas vezes. Este movimento exige uma grande contracção abdominal em todo momento e é necessário não arquear a zona lombar durante o percurso. Realizar aos poucos mais repetições, subindo de ser possível, de 3 em 3; 3, 6, 9, 12, etc.… Um segundo exercício podemos realizá-lo com as pernas paralelas ao chão, mas despegadas do mesmo, abrindo e fechando as pernas, enquanto cruzamos alternadamente um pé por cima de outro. Também começamos contando entre ambos movimentos de pernas, até 30, e ir aumentando de dia para dia em 3, a ser possível. O terceiro movimento é similar ao segundo, mas d vez, subindo e descendo as pernas de maneira alterna e simultânea. Se pode realizar a menor velocidade, para um trabalho mais intenso e controlado. (12/15/18 vezes…, etc.).

Por último, podemos realizar elevações de pernas e pelve, situando as pernas ligeiramente flexionadas, em perpendicular ao tronco. Com estes quatro exercícios se pode trabalhar a parte inferior do abdome em casa, ou onde queira que nos

encontremos, para conseguir um abdome firme e forte até nas suas zonas mais rebeldes.

ABDOMINAIS SUPERIORES

Os músculos conhecidos como six-visível forte, definem em especial os músculos relativos ao recto do abdome bem definido. Enquanto que os oblíquos, como o serrato (os músculos diagonais em forma de dedo, que se formam por debaixo dos peitorais), abdominais inferiores e transversais, são também fundamentais para ter um núcleo forte e bonito. No entanto, é realmente a dieta o que ajuda os abdominais serem vistos como se estivessem sempre recentemente pressionados por uma prancha de gofres e cinzelados como os de uma estátua da Grécia clássica. A maneira mais segura para adicionar substancia, estrias, e densidade ao recto abdominal e em último termo, é com uma forte dose de efectivo e duro treino para os abdominais superiores. A nossa lista dos 5 melhores exercícios abdominais superiores, são uma selecção feita à consciência. É fundamental para que os abdominais se vejam perfeitamente, eliminar a gordura da nossa barriga o máximo possível. Com trabalho bem feito, em 1 ou 2 meses, podemos ver bons resultados.

Exercícios para abdominais superiores – Abdominais de Crossfit. Os abdominais de Crossfit são um efectivo exercício para trabalhar todas as zonas do recto abdominal, incluídos os abdominais superiores. É claro que quanto


Fu-Shih Kenpo mais insistirmos na fase escêntrica, mais estimularemos a musculatura dos abdominais superiores. O CrossFit é um tipo de treino de exercícios funcionais, constantemente variados, executados a alta intensidade. CrossFit é um programa de força e condição física total, baseado no incremento das dez capacidades físicas mais reconhecidas pelos especialistas para o treino desportivo com pesos. Durante os exercícios se procura desenvolver a força e o tom muscular e aumentar a funcionalidade dos músculos, para repetir os movimentos em diferentes situações da vida real. • O crossfit é uma técnica de treino, que concatena diferentes exercícios físicos de maneira intensa, sem tempo e sem pausa e de maneira continuada. O principio deste tipo de exercício é o de treinar o corpo exercendo diferentes disciplinas ao mesmo tempo, tais como a halterofilia, o atletismo, a ginástica e acima de tudo, a resistência. Este programa consta de desporto de resistência e de diferentes actividades físicas. • É baseado no trabalho de diferentes capacidades e habilidades: resistência cardio-vascular e respiratória, resistência muscular, força, flexibilidade, potência, velocidade, agilidade, psicomotricidade, equilíbrio e precisão. Todas estas actividades intervêm energicamente para se estar eficazmente em forma. • Os clássicos exercícios focando o tronco em geral e o abdomen em especial, estão sendo substituídos progressivamente, por exercícios totalmente diferentes. No

crossfit também se aplicam movimentos destinados à dita parte do corpo, focados desde um modo funcional. Talvez o mais conhecido seja o “sit up”, também conhecidos como “abdominais de crossfit”. Apesar da variação ser mínima, o trabalho difere dos clássicos crunch, sendo necessário um conhecimento técnico correcto, que não acabe em lesões importantes. De certeza o leitor há-de estar pensando quais as vantagens que têm os “sit up”, frente aos agrupamentos habituais da vida toda. A principal é que se substitui a intensidade pela funcionalidade, sem variar excessivamente nos músculos que intervenientes (recto abdominal, oblíquos, tensor da fascia lata…)

• Posição inicial para o SIT UP. • Nos deitamos numa esteira, ou na superfície em que estivermos. Pomos uma toalha na zona lombar, para esta manter a curvatura natural. Flexionamos os joelhos e juntamos as plantas dos pés, ficando os joelhos em rotação externa. Há duas opções para situar os braços, conforme o próprio nível de condição física. Para os que se iniciam neste movimento, os braços devem estar estendidos para a frente e que passem entre as pernas. Para os mais avançados, o trabalho aumenta pondo os braços estendidos para trás, para aumentar o braço de alavanca. • Movimento concêntrico. • Dois esclarecimentos acerca do movimento. O primeiro, dizer que deve ser totalmente controlado, nada de movimentos bruscos ou rápidos, pois só estaremos agravando o risco de sofrer lesões. O segundo tem a ver com a coordenação, posto que o conjunto do movimento tem que ser coordenado, subindo o tronco e os braços simultaneamente. Subiremos até as nossas costas estarem na vertical e possamos tocar os pés com as mãos. • Movimento excêntrico • Quando se tiver chegado acima, manter a posição uns


A coluna de Raúl Gutiérrrez 2 ou 3 segundos. É então o momento de descer de novo. A única coisa à qual se deve de prestar atenção neste movimento, é ao controlo corporal, de maneira que desçamos com uma velocidade adequada. Quanto mais alargarmos esta fase, mais trabalharemos.

Exercícios para abdominais superiores Crunch com pernas encolhidas O Crunch com pernas encolhidas, é um exercício para os abdominais superiores que deve ser incluído em qualquer tabela que se desenhar, se realmente queremos trabalhar a fundo esta secção. Trabalhá-los em 3 ou 4 séries de 10-20-30 repetições, faria possível congestionar e estimular a definição abdominal.

Exercícios para abdominais superiores – Abdominais em V Os abdominais em V, são uma aposta arriscada mas necessária se queremos ver resultados rapidamente. São um tipo de exercício que foi pensado para que todos os desportistas o possam realizar, posto requerer uma formação física relativamente elevada. Mas todos aqueles que os possam fazer, sem dúvida devem incluí-los nas suas rotinas de exercícios.

Exercícios para abdominais superiores – Abdominais pés à barra. Os abdominais pés à barra, são um movimento típico de metodologias de treino funcional. Mas isto não obsta para que este tipo de exercício seja muito efectivo para ajudar-nos a formar um six pack tremendo. Como exemplo estão aqueles que praticam calistenia nos parques, que por regra geral, acostumam ter um ventre escultural e bem definido, sem necessitar utilizar máquinas nem barras.

Exercícios para abdominais superiores – Crunch com roldana. O crunch com roldana, contrasta com o exercício anterior, posto ser necessário utilizar uma roldana das clássicas que podemos encontrar em centros desportivos e/ou ginásios. Resolvemos incluí-lo, por ser um dos melhores exercícios para definir e trabalhar os abdominais superiores. Crunch em Roldana Alta: Para realizar correctamente o crunch em roldana alta, devemos ajoelhar-nos debaixo de uma roldana que esteja unida a uma corda ou soga. Seguramos com as duas mãos a corda e a desceremos até as mãos estarem ao lado de nossa cara. Flexionaremos as ancas um pouco e deixaremos que o peso da hiper-extensão abaixe as costas. Esta seria a nossa posição inicial. Com a cadeira imóvel, flexionaremos a cintura enquanto contrairmos os abdominais, para que os cotovelos se desloquem para o centro dos coxas. Exalamos conforme realizamos esta parte do movimento e mantemos a dita contracção por um segundo, para melhorar a congestão. Lentamente, voltamos à posição inicial, enquanto inalamos. Devemos assegurar-nos de que mantemos uma tensão constante no abdome, através do movimento realizado. Não se deve de escolher um peso muito pesado, para as nossas lombares se encarregarem de realizar a maior parte do trabalho.


















O Mestre Shaolin Shi Yanti é monge da 34ª geração do Templo Shaolin de Songshan e discípulo directo do Venerável Abade Shi Yong Xin. Neste primeiro trabalho para Budo International, ele nos apresenta Luohan Shibashou, uma das formas básicas de mão nua mais antigas e representativas do Templo Shaolin. Segundo o livro “Shaolin Quan Pu”, na Dinastia Sui, os monges guerreiros de Shaolin desenvolveram uma série de movimentos simples, escolhidos de acordo com as “18 Estátuas de Luohan”, daquí o nome de Luohan Shi Ba Shou (18 mãos de Luohan). O estilo deste Taolu é especial e em seus movimentos contínuos, se apreciam nitidamente combinações de movimentos reais e irreais, de defesa e contraataque, e grande variedade de movimentos ocultos. As principais técnicas de mão neste Taolu, são as de palma e sua aprendizagem exige uma muito boa agilidade e coordenação, assim como o domínio das posições Xubu, Dingbu, Gongbu e Mabu, e suas características.

REF.: • DVD/YANTI-1

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“O que dá a beleza ao deserto é que em alguma parte, esconde um poço de água” Antoine de Saint-Exupery “O que sabemos é um pingo de água; o que ignoramos é o oceano” Isaac Newton Fluir não quer dizer ser descuidado; a água o não é. Não deixa canto sem cobrir, a tudo chega! Dizem os Asturianos que a água tem “um focinho muito fino”. Sem presa, adaptando-se às circunstâncias, a água é a metáfora da persistência e da adaptabilidade extremas. O paradigma da mydança na forma, sem transformar a essência. O água cataliza a vida, sem ela, a terra seca e fica ermo, o fogo sem controlador, tudo inunda e o ar, transformado em tormenta de areia, não pode levar a fertilidade das nuves, nem a força das mudanças. Até o metal é torneado com seu uso nas forjas! A água nos conforta, nos limpa, nos abençoa. Molhados nos rios do momento, nadamos, lutamos, naufragamos. Fluir, adaptarse às barreiras, correr para baixo, não se opôr a nada, a água é a perfeita analogía da humildade, da adaptação e do não conflicto. A água vence sem objectivo; seguindo a sua natureza, rodeia qualquer obstáculo e nos ensina a como vencer, mas com sabedoria, sem desgaste, sem perder de vista o objectivo. O que é uma rocha no caminho? O que é uma montanha? Até quando não há saída, ela se filtra ou se evapora. Nada detém o seu destino. O río da vida me deixou nas minhas margens estos textos, que hoje compartilho como livro. E digo que “deichou”, porque toda autoría é quando menos confusa, pois todos devemos àqueles nos precederam, aos que nos inspiraram e inspiram, as flutuantes nuvens do inconsciente colectivo e até, quem sabe!, os espíritus e consciencias que nos rodeiam. Não tenho nada que ensinar, porque nada sei, pero a quem quizer escutar as minhas palavras, lhe deixo aquí sinceras reflexões, sentidas, cada día mais sentidas e menos pensadas, porque o pensamento nos engana vendo o que quer ver e dele aprendi a suspeitar.










Combat Hapkido


GM John Pellegrini DIPLOMACIA E ALIANÇAS Quando vemos na televisão as notícias, ficamos a saber de nações que formam ligações e alianças para se ajudarem mutuamente em situações difíceis ou perigosas. Também vemos os esforços diplomáticos infindáveis, para negociar tratados, lidar com as crises e facilitar o comércio e se formos agudos observadores dos assuntos internacionais, também vemos alianças atraiçoadas, armadilhas nos tratados, acordos que se não cumprem e atitudes arrogantes, hipocrisia, desinformação, estratégias erradas e desapiedados jogos de poder. Pois bem, isso é a política. A Intriga e a Hipocrisia sempre fizeram parte da história humana e a menos que a nossa espécie, de repente, alcance a iluminação espiritual universal, nunca vai mudar! Mas isto, nem sempre é uma grande perda de tempo. Por vezes, as alianças, os acordos e a diplomacia honesta, realmente funcionam, o que dá como resultado a paz, o aumento da prosperidade e a segurança para as partes envolvidas.

Autor: Grão Mestre John Pellegrini



GM John Pellegrini Tendo sido um estudioso da história e dos assuntos internacionais durante a maior parte da minha vida, não deve ser uma surpresa que frequentemente tenha tratado de aplicar alguns dos princípios construtivos da diplomacia, nos meus esforços nas Artes Marciais. Especificamente, tenho visto boas oportunidades em "alianças" entre líderes de diferentes Artes e estilos. Enquanto que a maioria só via a rivalidade, a competência, o ego e com excessiva frequência, a insegurança, eu me concentrei numa cooperação, amizade, crescimento e intercâmbio com mútuos benefícios. Nesse processo, y apesar de nunca ter sido a minha intenção, me tor nei um reconhecido "pioneiro" das alianças nas Artes Marciais, por ter criado várias que são êxito (e umas poucas que, infelizmente, não têm ido bem). Mas antes de que eu falar dos detalhes do que exactamente se conseguiu, vamos deitar uma vista de olhos ao que se necessita para prever e formar uma aliança. Em primeiro lugar, eu estava motivado por vários motivos honestos:

1. Nenhuma Arte Marcial tem absolutamente tudo para todos. 2. Os estudantes dos nossos dias, estão interessados no treino cruzado. 3. A cooperação entre líderes de organizações das Artes Marciais, oferece aos estudantes recursos e oportunidades adicionais. 4. Os Grandes Mestres de diferentes Artes trabalhando juntos, projectam uma imagem positiva de honorabilidade, que mostra sabedoria, confiança e respeito.

Desde o inicio percebi que não seria produtivo formar alianças com outros Grandes Mestres da mesma Arte (Hapkido). Os problemas do ego, interesses financeiros, lealdade dos estudantes, o estilo pessoal, a antiguidade, etc... seriam muito difíceis de superar. A Aliança com um estilo diferente mas


Combat Hapkido


GM John Pellegrini “As verdadeiras alianças necessitam trazer frescas e interessantes oportunidades e um toque de emoção para ambas partes. É por isso que resolvi expor os nossos estudantes a Artes e Sistemas muito diferentes do Combat Hapkido” da mesma técnica, seria repetitivo, inútil e até confuso para os estudantes. As "Relações diplomáticas" cordiais e respeitosas com os Grandes Mestres, seriam suficientes. As verdadeiras alianças necessitam proporcionar frescas e interessantes oportunidades e um toque de emoção para ambas partes e é por isso que resolvi expor os nossos estudantes, a Artes e sistemas muito diferentes do Combat Hapkido. Queria complementar e enriquecer a nossa formação, não modifica-la o torna-la outra coisa. Devido aos riscos inerentes e os perigos potenciais, tive de escolher com cuidado, para proteger os nossos estudantes e a nossa reputação e por fortuna, na sua maior parte, os nossos esforços têm sido bem sucedidos. Nos últimos 20 anos, tenho sido capaz de formar várias alianças produtivas e de

prestígio, com alguns dos melhores líderes no planeta das Artes Marciais. Neste ponto, gostaria de fazer menção de alguns deles: O Grão Mestre Remy Presas, Fundador do Modern Arnis. O Grão Mestre George Dillman, autoridade mundial em pontos de pressão. O Grão Mestre Bill "Superfoot" Wallace, o melhor kickboxer de todos os tempos. O Grão Mestre Marcos Shuey, Senior., o principal especialista mundial em bastão. O Mestre Carlson Gracie, Jr., um dos melhores lutadores de BJJ em todo lugar. Com os anos, eles e outros pioneiros de Artes Marciais famosos e eu, tivemos a sorte de sermos amigos, tendo contribuído todos, directa ou indirectamente, ao meu crescimento filosófico e técnico e ao crescimento da minha Arte, o Combat Hapkido. Devido a que essas alianças têm

“Nos últimos 20 anos, tenho sido capaz de formar várias alianças produtivas e de prestígio, com alguns dos melhores líderes no planeta das Artes Marciais”


Combat Hapkido sido tão produtivas, seu continuo procurando forjar outras novas. De facto, faz a penas uns meses, a minha mulher Trina e eu, passamos quatro dias em Las Vegas como convidados em um evento emocionante, organizado pela lenda das Artes Marciais e estrela de cinema Jeff Speakman. O Grão Mestre Speakman, (que recentemente lutou e venceu uma batalha contra o câncer) está mantendo a tradição do seu Mestre, o falecido Ed Parker, Fundador do Kenpo Americano, com a sua organização internacional de grande êxito. Jeff e eu nos conhecemos desde faz mais de 15 anos, mas nunca tínhamos colaborado em um projecto! Isto vai mudar, porque já combinamos pôr em marcha uma nova aliança, em benefício dos nossos estudantes, apoiar os eventos de cada um e intercambiar conhecimentos especializados em

determinadas áreas. Mais uma vez, o verdadeiro espírito das artes marciais, a humildade, o respeito e a honestidade, triunfou sobre a cobiça, os ciúmes, a desconfiança e o ego arrogante. Esperamos que outros líderes das Artes Marciais de todo o mundo, sigam o nosso exemplo e comecem uma nova era de amizade e cooperação na nossa indústria. É com esta ideia, espero com sumo interesse, poder me unir a muitos Grandes Mestres, Mestres e Especialistas, que irão assistir ao Salão da Fama de BUDO, em Roma, Itália, a 16 de Abril de 2016. Fazer novos amigos e reencontrar alguns dos antigos, e o que é uma oportunidade para alguns, a diplomacia e as alianças possíveis! Daqui incentivo a todos os nossos membros a assistirem e serem parte deste emocionante e histórico evento das Artes Marciais. Também espero lá os encontrar! .


GM John Pellegrini “Espero com sumo interesse, poder me unir a muitos Grandes Mestres, a Mestres e Especialistas, que irão assistir ao Salão da Fama de BUDO, em Roma, Itália, a 16 de Abril de 2016. Fazer novos amigos e reencontrar alguns dos antigos, e o que é uma oportunidade para alguns, a diplomacia e as alianças possíveis! Daqui incentivo a todos os nossos membros a assistirem e serem parte deste emocionante e histórico evento das Artes Marciais”




Los grandes Maestros lo son no solo en virtud de sus conocimientos, también claro está de una trayectoria y en mi humilde opinión, desde luego, de una personalidad, de un carácter. Rene Latosa lo es y vuelve justamente a nuestras portadas, muchos años después de aquel primer encuentro, porque reúne todas estas cualidades. Gozoso reencuentro debo añadir, pues lo fue. Corto pero sabroso y suficiente para comprender como todo lo que uno había esbozado hace años, en aquella primera ocasión estaba ahí, maduro, firme y gentil a la vez. La razón de su viaje: Un nuevo video que verá la luz en breve. Una mañana de trabajo impecable, una grabación fluida y agradable, para un video que a buen seguro, hará las delicias de todos los amantes de las Artes filipinas. El Latosa Escrima, un estilo que un Maestro amigo de Wing Tsun definió con elógios como “anti espectacular”, donde la eficacia campa a sus anchas, marcando la diferencia. Contamos con la inestimable asistencia de su alumno Sifu Markus Goettel, al que agradecemos su gentileza y ayuda.

REF.: • LAT-3

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