Parque das Dunas Guará: Centro de Educação Ambiental e Parque Ecológico

Sampaio, Bruna Costa Parque das Dunas Guará: Centro de Educação Ambiental e Parque Ecológico / Bruna Costa Sampaio - São Paulo (SP), 2021 Orientador(a): Prof. Artur Katchborian Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) - Centro Universitário Senac - Santo Amaro, São Paulo, 2021.

1. Educação Ambiental 2. Arquitetura 3. Conscientização 4. Sustentabilidade 5.Parque 6. Katchborian, Artur (Orient.)

CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC BRUNA COSTA SAMPAIO

Trabalho de Conclusão de Curso para a obtenção do título de graduação em Arquitetura e Urbanismo apresentado ao Centro Universitário Senac São Paulo.

Orientador: Prof.º Artur Forte Katchborian

SÃO PAULO 2021

Primeiramente aos meus pais, Tania e Hamilton, e ao meu irmão Lucas, por incentivarem meus sonhos, pelo apoio em todos os momentos e por sempre permanecerem ao meu lado nessa jornada. Vocês são minhas maiores inspirações.

Aos meus amigos, em especial Laura, Eduardo e Bruno, não só por toda a parceria e cumplicidade durante o período mais desafiador de nossas vidas acadêmicas, mas por todos os momentos compartilhados ao longo destes anos. Obrigada por terem tornado tudo isso mais leve e memorável.

Aos professores que estiveram ao meu lado nesses últimos 5 anos, cada um de vocês foi essencial para chegar aonde estou hoje, serei eternamente grata.

E por fim, um agradecimento especial ao meu professor e orientador, Artur Katchborian, pelo incentivo, paciência e dedicação semana após semana ao longo desse último ano.

Foi uma honra projetar ao seu lado.

O trabalho apresentado traz a proposta de projeto arquitetônico para um centro de educação ambiental e parque ecológico na Área de Proteção Ambiental (APA) situada no município litorâneo de Ilha Comprida - SP. O projeto propõe uma solução para aumentar a conscientização local sobre a importância da preservação e proteção do bioma da região, unindo a pesquisa, educação e lazer, através de um edifício público integrado à paisagem do entorno, fortalecendo o vínculo do visitante com a natureza ao entrar e experimentar o espaço.

Palavras-chaves: Educação Ambiental. Arquitetura. Conscientização. Sustentabilidade.

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The work presented brings an architectural project proposal for an environmental education center and ecological park in the Environmental Protection Area (EPA) located in the coastal city of Ilha Comprida - SP. The project proposes a solution to increase local awareness about the importance of preserving and protecting the region’s biome, uniting education and leisure, through a public building that integrates with its landscape’s surroundings, strengthening the visitor’s bond with nature when entering and experiencing the space.

Keywords: Environmental Education. Architecture. Awareness. Sustainability.

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Atualmente, vivemos no contexto de uma crise socioambiental no planeta que vem crescendo cada vez mais. O aumento de emissões de gases poluentes à atmosfera, derretimento de geleiras, desmatamento florestal, a diminuição e destruição dos recursos e ecossistemas naturais e outras inúmeras práticas insustentáveis são os principais causadores de tantos desastres ambientais, e é imprescindível que lutemos por mais ações, hábitos e soluções que são capazes de desacelerar esse processo de degradação.

Pesquisas como a do Instituto Akatu realizada em 2018, afirmam que mais de 70% da população brasileira não possui hábitos sustentáveis, e que o maior nível de consciência tem viés de idade, qualificação social e educacional. Outro estudo, realizado desta vez pelo Ministério do Meio Ambiente, afirma que mais de 50% da população do nosso país não possui conhecimento sobre “Desenvolvimento Sustentável”, mesmo que quase todos que fizeram parte da pesquisa disseram acreditar que o cuidado com o meio ambiente é importante. O que se pode concluir, a partir desses estudos, é que o que falta para atingirmos um número maior de pessoas com

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hábitos conscientes e mais sustentáveis é o acesso à educação e oportunidades para o consumo verde.

Pensando assim, a proposta do trabalho é abrir um debate sobre quais seriam as formas de colocar soluções do âmbito socioambiental em prática e o papel fundamental que o Arquiteto e Urbanista possui para realizá-las, apresentando através do Parque das Dunas Guará um projeto que contribua para a educação e conscientização ambiental da população local de Ilha Comprida - SP, e que ao mesmo tempo fortaleça o vínculo com o espaço no qual estão inseridos.

Em Ilha Comprida, município brasileiro cuja totalidade de seu território corresponde a uma Área de Proteção Ambiental (APA), há sobreposição de algumas Unidades de Conservação: I- APA Ilha Comprida, II- APA -CIP Cananeia – Iguape – Peruíbe, III- APA Marinha do Litoral Sul, IV- ARIE dos Guarás e V- ARIE da Zona V. Silvestre da APA Ilha Comprida. Segundo a lei, nessas unidades não devem ocorrer nenhum tipo de atividade degradante ou potencialmente causadora de degradação ambiental, como também o porte de qualquer instrumento que possa causar danos ou destruir a natureza presente na APA. Entretanto, ao longo dos anos vem se notando a grande quantidade de crimes ambientais que são cometidos na região, como a retirada de solo, extração de areia, queimadas, depósito de lixo e despejo de esgoto no canal do Rio Candapuí, pesca ilegal, caça e destruição de dunas.

E que mesmo existindo reconhecimento por parte de órgãos responsáveis, há uma grande dificuldade em autuar esses praticantes. Isso vem acontecendo por diversos motivos, seja pela elaboração recente do processo de gestão da APA de Ilha Comprida, a dificuldade de articulação

entre os gestores, a grande extensão territorial ou mesmo pela inexistência de uma base de alguma instituição ambiental em Ilha Comprida.

A partir dos fatos apresentados, a escolha do tema se deu em decorrência do meu interesse pelo assunto no aspecto ambiental, que foi despertado pela minha convivência ao longo dos últimos 10 anos com a cidade. Esse foi o principal fator que me impulsionou a pesquisar sobre o tema, o que contribuiu para que fosse possível compreender a situação atual em que a APA Ilha Comprida se encontra, de uma maneira mais completa e aprofundada, onde fica claro a não valorização da cultura e do meio ambiente, fatores que estão diretamente ligados a ausência de conscientização e a degradação ambiental causada por diversas ações. Isso tem feito com que a população desconheça as potencialidades da sua região e contribua, mesmo que indiretamente, para a sua degradação.

A ideia de criar um Centro de Educação Ambiental e Parque Ecológico vem como uma proposta complementar as condições socioambientais, não exatamente como uma forma de resolver de-

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finitivamente os problemas, tendo em mente de que seria necessário uma reestruturação social muito maior para isto, visto que a inserção de centros de educação ambiental vem contribuindo com a conscientização da população ao seu redor.

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O objetivo geral do trabalho é projetar uma complexo dedicado ao apoio de pesquisas ambientais, criando novos espaços educativos e de lazer no município litorâneo de Ilha Comprida -SP. Mais especificamente com a proposta de conscientizar a população local sobre a proteção e preservação do bioma da região, criar um espaço público de lazer e educação através de uma arquitetura sustentável e convidativa que se integre à paisagem do local.

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O conceito de “desenvolvimento sustentável” surgiu na década de 1980, na Comissão de Brundtland com a elaboração do relatório Our Common Future e a ministra norueguesa, Gro Harlem Brundtland sugeriu a seguinte definição: “É a forma como as atuais gerações satisfazem as suas necessidades sem, no entanto, comprometer a capacidade de gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades” (BRUNDTLAND, 1988).

Apesar de considerado recente, o conceito vem ganhando força e se tornando indispensável quando o assunto são os nossos impactos no planeta.

A sustentabilidade envolve, de acordo com BOFF (2012), todos os processos relacionados à vitalidade do planeta como a preservação e conservação de recursos naturais, tornando possível a continuidade da vida de todas as espécies, junto ao desenvolvimento da humanidade, para atender a atual e as futuras gerações.

Pode-se considerar que a sustentabilidade é composta por três pilares de acordo com ALMEIDA (2002), sendo eles: econômico, ambiental e social. No primeiro estão incluídas atividades econômicas formais e informais que decorrem serviços para indivíduos e grupos,

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gerando um aumento na sua renda monetária.

Atualmente já existem diversos conceitos no que se refere à educação ambiental. Na sua definição legal, da constituição brasileira, conta como aparato nacional, a lei 9.795 sancionada em 27 de Abril de 1999. No artigo 1° da Lei da Educação Ambiental destaca o seguinte conceito: “Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.” (lei 9.795/99)

Até há alguns anos, não havia tanta preocupação em relação ao meio ambiente no Brasil.

Nos anos da década de 1950, já existiam normas que eram limitadas apenas a assuntos relacionados a saneamento e soluções para secas e enchentes, mas que, no entanto, levou ao surgimento de alguns órgãos públicos como por exemplo o Departamento de Obras Contra as Secas (DNOCS) em 1945, o Código de Águas em 1934 e a Patrulha Costeira em 1955 (IBAMA, 2007).

E a partir da década de 1990, a preocupação com nossos recursos começou a aumentar ao surgir a Secretaria de Meio Ambiente da Presidência da República – SEMAN, tendo o IBAMA como seu órgão gerenciador. Mas foi somente a partir de 1992, com o Rio-92 que se deu início as compreensões e preocupações das questões que encaminham ao processo de atividades de desenvolvimento sustentável como um padrão a ser seguido.

Com a criação da Agenda 21 - um plano de ações para a sustentabilidade humana – a Educação Ambiental foi reconhecida como um processo estratégico a ser seguido. Nessa mesma conferência, muitos documentos foram produzidos e aprovados por diversos países espalhados pelo mundo,

, o que gerou uma temporada de eventos internacionais para a divulgação da Agenda 21. (ONU, 1992) Após a sua criação, em 1993 algumas sugestões da Agenda 21, foram implantados projetos, nacionais e regionais, de CEAs - Centros de Educação Ambiental pelo MEC - Ministério da Educação e Cultura. Logo em seguida, no ano de 1994, o PRONEA - Programa Nacional de Educação Ambiental foi aprovado com o intuito de instrumentalizar politicamente o processo de Educação Ambiental no Brasil. (BRASIL, 1997) Segundo OLIVEIRA (2007), no ano de 2000, com incentivo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o Ministério do Meio Ambiente estabeleceu o documento Cidades Sustentáveis, propondo quatro estratégias que tinham como prioridade alcançar uma maior sustentabilidade nas cidades brasileiras em um período de 10 anos, sendo elas: 1- Uso e Ocupação do Solo Urbano.

2 - Promover o Desenvolvimento Institucional.

3 - Mudanças nos padrões de Produção e Consumo da Cidade.

4 - Instrumentos Econômicos .

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Alguns anos depois em 2012, ocorreu a Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, que não foi de grande sucesso e foi alvo de críticas pelas organizações não governamentais referentes ao documento “O Futuro que Nós Queremos”. Não se obteve muitos avanços em propostas voltadas ao Desenvolvimento Sustentável durante um período de 20 anos, e apesar disso o documento foi assinado por todos os governantes e ONGs presentes, nos quais houve o comprometimento a utilização de recursos naturais de forma responsável.

Já no que se diz respeito a legislação, segundo a PEACE (2017), já existiam iniciativas de Educação Ambiental em textos legais desde a década de 1960. O Código Florestal instituído pela lei 4.771 de 1965, onde estabelece a obrigatoriedade da Semana Florestal a ser comemorada nas escolas e estabelecimentos públicos, pode ser um exemplo disso. Mas somente em 1981, a Educação Ambiental se torna parte da legislação Brasileira, com a lei 6.938 que institui de acordo com o artigo número 2: “Art. 2º A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preser20

preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios: I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso

racional e a proteção dos recursos ambientais; VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; VIII - recuperação de áreas degradadas; IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.” (lei 6.938/81)

Em 1999 a Constituição estabelece a Lei Federal nº 9.795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental (PENEA), ela estabelece que a Educação Ambiental compreende os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitude e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso

comum do povo, essencial para à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade podendo assumir um caráter formal ou informal. (PEACE, 2017) A lei 9.795/99 define em seu artigo Art. 3º, que como parte do processo educativo mais amplo, todos tem direito a educação ambiental, incumbindo: “I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente; ” (lei 9.795/99) Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 225. Todos têm direito ao meio 21

ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

Em 2002 o Decreto nº4.281/02 regulamenta a Lei nº 9.795/81, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental.

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Após o seu surgimento, com o incentivo de ações governamentais a partir da década de 1970, o movimento dos Centros de Educação Ambiental obteve o estabelecimento dos primeiros centros em âmbito nacional, como o Núcleo Perequê em São Paulo e o Centro de Estudos Costeiros Imunológicos e Marinhos no Rio Grande do Sul. De acordo com a REDE CEAS (2004), após anos de expansão desse movimento é possível observar o crescimento desses centros em território nacional, que se distribuem em 13% na região Sul, 54% no Sudeste, 10,5% no Centro-Oeste, 14,5% no Nordeste e 8% na região Norte do Brasil. Na região com maior porcentagem, o Sudeste, destaca-se pela quantidade de CEAs implantados, no qual São Paulo é o estado com 58% das unidades dessa região.

De acordo com o Manual de Implantação do Centro de Educação Ambiental no Brasil: “O Centro de Educação Ambiental tem como finalidade imediata reunir, sistematizar informações e experiências em educação ambiental e disseminá-las ao público em geral. Além disso, deve apoiar e

promover programas e projetos de Educação Ambiental de âmbito regional, atendendo, principalmente, alunos das escolas públicas e particulares dos vários níveis, disponibilizando recursos disponíveis, como biblioteca, videoteca e exposições temáticas itinerantes.” (SÃO PAULO: SMA/CEA, 2013. P. 07) A REBEA - Rede Brasileira de Centros de Educação Ambiental, define como Centro de Educação Ambiental toda iniciativa que contemple as seguintes dimensões: 1 - Espaço Físico, Equipamentos e Entorno.

2 - Equipe Educativa formada de profissionais em número suficiente para a implementação das atividades propostas pelo CEA, com desejável caráter multidisciplinar e que busque atuar sempre de forma interdisciplinar; 3 - Projeto Político-pedagógico, no qual esteja explicitado qual a missão, objetivos e princípios do CEA, descrição das atividades realizadas, delimitação do público, procedimentos metodológicos, formas de avaliação da equipe e do próprio CEA, dentre outros pontos a serem contemplados no 23

no projeto do CEA. 4 - Estratégias de Sustentabilidade: considerando que não bastam apenas dispor das três primeiras dimensões, mas o delineamento de um plano de sustentabilidade para qualquer iniciativa que se proponha um CEA nos parece fundamental.

De acordo com PAULO FREIRE (2001), tendo isso como foco, a importância da disseminação da educação ambiental, somente uma educação, fruto da construção de uma consciência a crítica, poderá transformar a sociedade, onde as relações sociais e destas com meio natural atendem às necessidades humanas, entretanto buscando uma formação socioambiental.

Com as informações aqui apresentadas é possível observar que podemos acreditar na educação ambiental como uma ferramenta capaz de intervir nas relações homem, sociedade e natureza, de maneira a visar a conscientização a preservação do meio ambiente como um todo, assegurando a sua existência também para gerações futuras.

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Ilha Comprida é um município litorâneo no sul do Estado de São Paulo e um dos poucos municípios cuja sua totalidade é uma área de proteção ambiental. Em 1987, foi criada a APA Ilha Comprida pela necessidade de proteger o ecossistema que está espalhado por toda a Ilha, a Mata de Restinga, Dunas, Praias e Manguezais.

Em 2015 se deu início ao processo da elaboração do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental Ilha Comprida, baseado em um diagnóstico socioambiental do território, que foi possível a partir da participação da população local junto a outros instrumentos de gestão do território e disciplinando o processo de uso e ocupação local, com o intuito de estimular a sustentabilidade do uso dos recursos naturais e a proteção da diversidade biológica da região.

Figura 01: Diagrama localização Ilha Comprida.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 02 (p. 29): Imagem aérea Ilha Comprida.

Fonte: Acervo da autora com base Google Earth.

Figura 03 (p. 30): Imagem aérea: Ampliação terreno 01.

Fonte: Acervo da autora com base Google Earth.

Figura 04 (p. 31): Imagem aérea: Ampliação terreno 02.

Fonte: Acervo da autora com base Google Earth.

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Existem controvérsias quando se trata do zoneamento da Ilha Comprida, visto que os estatutos do âmbito estadual, federal e municipal não possuem as mesmas informações. Para este trabalho, no entanto, foi levado em consideração o estatuto municipal, onde na lei 1419/17, é instituído os seguintes zoneamentos: Zona de Expansão Urbana Zona Urbana Zona Rural

Figura 05: Mapa de Zoneamento Ilha Comprida.

Fonte: Acervo da autora.

O terreno se encontra na Zona de Expansão Urbana.

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No aspecto de normas a serem seguidas, o projeto levará em consideração o artigo nº 228 do Código de Obras do Município de Ilha Comprida, que institui: “Art. 228 - As edificações independentemente dos fins a que se destinam poderão ter no máximo dois pavimentos, sendo térreo e mais um e atender ao que segue: I- a taxa de ocupação máxima será de 50% (cinquenta por cento), salvo o artigo 237. Do restante do terreno não ocupado pela edificação, 50% (cinquenta por cento) deverá ser mantido sem pavimentação ou calçamento para permitir condições de permeabilidade do solo, sendo permitido ajardinamento desta área. A projeção do beiral não é computada como taxa de ocupação; II- o pilotis será sempre computado na contagem do número de pavimentos; III- será permitido o acesso entre dois blocos de edificação com utilização

do método de pavimento a meio piso; IV- quando houver mais de 2 (dois) prédios no mesmo terreno, estes têm que observar um distanciamento mínimo de H/2 entre os mesmos, onde “H” representa a altura total, em relação ao piso térreo, da unidade mais alta; V- qualquer complementação de obra ou benfeitoria pública para atender as necessidades das edificações, de caráter da iniciativa privada, ficará a cargo e ônus do(s) investidor(es) ou do(s) proprietário(s) dos empreendimentos correspondentes.” (lei 092/94) Assim como os artigos do capítulo XV - Hotéis e Congêneres do Código de Obras do Município de Ilha Comprida, que institui: “Art.140- As edificações destinadas a hotéis e congêneres, além das disposições do presente Código que lhes forem aplicáveis, deverão:

I- ter, além dos compartimentos destinados a habitação (apartamentos ou quartos) mais as seguintes dependências: a) vestíbulo com local para instalação de portaria; b) sala de estar geral; c) entrada de serviço; II- ter local para coleta de lixo situado no primeiro pavimento com acesso pela entrada de serviço; III- ter vestiário e instalação sanitária privativa para o pessoal de serviço, com área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados); IV- ter, em cada pavimento, instalações sanitárias separadas por sexo, na proporção de um vaso sanitário, um chuveiro e um lavatório, no mínimo, para cada grupo de 6 (seis) hóspedes que não possuam sanitários privativos; V- ter reservatório de acordo com as exigências da A.B.N.T e Código Sanitário Estadual; VI- ter instalação preventiva contra incêndio de acordo com o que 33

dispuser a A.B.N.T.;” (lei 092/94) “Art.141- Os dormitórios deverão possuir uma área mínima de 12,00m2 (doze metros quadrados).” (lei 092/94)

Figura 06 (p. 35): Mapa do Terreno.

Fonte: Acervo da autora.

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OCEANO ATLÂNTICO 35

O uso predominante no entorno imediato do terreno é o de uso residencial, seguido pelo de habitação e lazer, devido a pousada existente em frente a Avenida Beira Mar. Os domicílios são atendidos pelos serviços e comércios locais do bairro, assim como os serviços e comércios do centro da cidade, que ficam a 10 minutos de carro da área de intervenção. Uma ocupação irregular está implantada ao norte do terreno, é uma obra embargada há anos que não foi finalizada e que não foi demolida também. As edificações do recorte possuem um gabarito baixo de altura, com alguns edifícios térreos e outros de no máximo 2 pavimentos.

Os principais eixos viários estruturantes da área de intervenção são a Avenida Beira Mar, a Rua Machado de Oliveira e a Rua João Izídio. A Avenida Beira Mar se estende por quase toda a Ilha em paralelo a praia, apenas quebrando o fluxo retilíneo ao se encontrar com a Rua João Izídio, visto que há alguns anos a maré tomou conta do asfalto nessa região, tornando impossível a passagem de veículos. As ruas que permitem acesso direto ao terreno são a Rua Machado de Oliveira, à esquerda do terreno e a Rua João Izídio, à direi36

ta do terreno.

Ao longo dos anos, a rua que atravessa o terreno foi criada para facilitar o acesso de um lado para o outro entre os moradores. Como a rua não é pavimentada e não é de tão fácil acesso quanto a Avenida Beira Mar, o fluxo de veículos é muito baixo. A linha de ônibus da Ilha percorre toda a Avenida Beira Mar, desviando a rota pela Rua João Izídio até encontrar novamente a Avenida Beira Mar.

Figura 07 (p. 37): Planta Situação Atual.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 08 (p. 38): Planta Viário Atual.

Fonte: Acervo da autora.

área: 294.000 m²

Situação Atual 37

área: 294.000 m²

Viário Atual 38

Considerando a extensa área do terreno de 294.000 m², dividi-lo em 2 partes foi necessário para facilitar a compreensão e setorização do programa mais à frente do trabalho. O terreno possui dunas espalhadas em todo o seu perímetro, assim como resquícios da mata de restinga e manguezal em toda a extensão do terreno paralelo ao canal do Mar Pequeno.

As dunas existentes no terreno, possuem diferentes alturas. As mais altas, que chegam até aproximadamente 7 metros, estão localizadas na parte inferior do terreno A e as mais baixas estão localizadas na parte superior do terreno B, junto a outras áreas cobertas por areia, mas que não chegam a altos desníveis. Apesar do alto desnível das dunas o terreno não possui grandes desníveis, apenas diferenças de 0,5 a 1m na parte da mata.

Figura 09: Planta divisão do terreno.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 10 (p. 40): Planta Topográfica.

Fonte: Acervo da autora.

Setorização

Figura 11 (p. 41): Modelo do Terreno.

Fonte: Acervo da autora.

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Área de Dunas:

Área de Vegetação Rasteira:

+ 7m

-0,5m

+4m

0m

+0,5m +0m

+0,5m +1m

Planta Topográfica 40

Modelo do Terreno 41

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Figura 12 (p. 42): Levantamento fotográfico: Terreno 01.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 16 (p. 46): Levantamento fotográfico: Terreno 05.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 20 (p. 50): Levantamento fotográfico: Terreno 09.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 13 (p. 43): Levantamento fotográfico: Terreno 02.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 17 (p. 47): Levantamento fotográfico: Terreno 06.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 21 (p. 51): Levantamento fotográfico: Terreno 10.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 14 (p. 44): Levantamento fotográfico: Terreno 03.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 18 (p. 48): Levantamento fotográfico: Terreno 07.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 22 (p. 52): Levantamento fotográfico: Edificação irregular.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 15 (p. 45 ): Levantamento fotográfico: Terreno 04.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 19 (p. 49): Levantamento fotográfico: Terreno 08.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 23 (p. 53): Levantamento fotográfico: Dunas Entorno 02 .

Fonte: Acervo da autora.

Figura 24 (p. 54): Levantamento fotográfico: Dunas Entorno 02 .

Fonte: Acervo da autora.

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Arquitetos: SANAA Tipo de projeto: Educacional Localização: Lausanne, Suíça Ano: 2004 Os arquitetos buscaram criar uma estrutura aberta para as pessoas, além de proporcionar áreas sociais e um auditório, propondo ao estabelecimento zonas sossegadas e silenciosas, acusticamente separadas criadas por alterações de altura. As encostas, vales e planaltos do edifício, assim como as formas dos pátios, contribuem para estas delimitações do espaço sem barreiras.

Figura 25 : Rolex Learning Center Fachada.

Fonte: Iwan Baan.

O centro de aprendizagem abriga uma biblioteca, espaços de trabalho para alunos, escritórios, um restaurante e um café espalhados pelo edifício em um nível aberto e móvel, além de um nível de subsolo que contém o estacionamento e pilhas adicionais. Os pátios servem como áreas de estar externas e também para trazerem luz natural para todas as áreas internas, e os maiores funcionam como as entradas para o edifício onde suas formas inclinadas encontram o solo. Para acessá-los, os visitantes passam pelas fachadas de vidro e deslizam sob um dos picos do edifício.

Entre o piso e o teto é um espaço - híbrido de ambiente construído e natural - que remete aos Alpes próximos, visíveis de dentro.

O edifício, que possui uma paisagem fluida, não é interrompido por paredes, o que permite vistas através do seu interior e dos pátios; acima da cabeça é um plano contínuo. A ausência de partições dentro do edifício dá lugar a métodos alternativos

de separação de funções. Os cubículos circulares, que parecem bolhas, delimitam os escritórios, espaços de trabalho e estudos privativos dentro do edifício.

Os principais materiais estruturais são aço e madeira, com concreto despejado em formas tão precisas que a parte inferior do edifício parece polida. O piso é uma estrutura de concreto, o telhado de aço e madeira; o chão e o telhado correm paralelos um ao outro. Graças à utilização de um tabuleiro de aço da ArcelorMittal com perfil baixo de profundidade e redução dos vãos, a construção da cobertura adapta-se perfeitamente à sua forma curva. Seguir a geometria das conchas exigiu 1.400 moldes diferentes para concreto.

Essencialmente, o edifício é composto por duas conchas de concreto tridimensionais.

- No interior das duas conchas existem 11 arcos sublinhados.

- A concha menor assenta em quatro arcos, com 30-40 metros de comprimento, enquanto a concha maior assenta em sete arcos, com 55-90 metros de comprimento.

- Os arcos são sustentados por 70 cabos subterrâneos protendidos.

Para o meu projeto, estudar e analisar o processo criativo do escritório e suas justificativas foram essenciais. Tanto a fluidez, quanto os fluxos e a paisagem do entorno tiveram grande valor para a finalização da forma final do edifício. Além do programa, que me guiou a primeiro momento a identificar alguns setores, como a biblioteca, restaurante, auditório e áreas de estudo coletivo espalhados por todo o projeto e como o fluxo entre eles pode funcionar.

Figura 26 : Rolex Learning Center Interior.

Fonte: Iwan Baan.

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Figura 27 : Planta de Ambientes, Cheios x Vazios; Rolex Learning Center.

Fonte: Alfirevic, Djordje & Simonovic Alfirevic, Sanja. (2016). Interpretations of Space Within Space Concept in Contemporary Open-Plan Architecture [Primena koncepta prostor u prostoru u savremenoj arhitekturi otvorenog plana]. Arhitektura i urbanizam. 2016. 24-40. 10.5937/a-u0-9913.

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Figura 28: Rolex Learning Center – Experience mapping.

Fonte: Morphogenesis16 | Rolex Learning Center – Experience mapping.

Arquitetos: Renzo Piano Tipo de projeto: Educacional Localização: Califórnia, EUA Ano: 2004 O museu que conta com um aquário, um planetário, um museu de história natural e instalações de pesquisa e educação, possui um telhado “verde” e várias características sustentáveis. O edifício representa a missão da Academia de Ciência da Califórnia de explorar, explicar e proteger o mundo natural. O projeto trabalha lado a lado com a iniciativa da Academia, que aprofunda seu compromisso com o avanço da alfabetização científica, en-

Figura 29 : Academia de Ciências da Califórnia | Foto Aérea.

Fonte: Archdaily | Academia de Ciências da California / Renzo Piano.

volvendo o público e documentando e conservando os recursos naturais da Terra. É um dos 10 projetos piloto de “construção verde” do Departamento de Meio Ambiente de São Francisco, que faz parte de uma iniciativa para desenvolver modelos de arquitetura pública sustentável e viável. O edifício otimiza o uso de recursos, minimiza os impactos ambientais e serve como um modelo educacional, demonstrando como podemos viver e trabalhar de maneiras ambientalmente responsáveis e conscientes.

Além disso, o projeto integra arquitetura e paisagem e ajuda a definir um novo padrão para eficiência energética e sistemas de engenharia ambientalmente responsáveis em um edifício público com arquitetura distinta.

O telhado inclui um deck de observação, permitindo aos visitantes admirar o paraíso da vida selvagem que habita o telhado e aprender sobre os benefícios desse recurso sustentável. O telhado é cercado por uma 61

vidro contendo células fotovoltaicas, que não só contribuem com a energia do projeto, mas também proporcionam sombra e interesse visual para os visitantes que passam abaixo delas.

Para o meu projeto, o programa e partido da Academia de Ciências da California foram utilizados como referências indispensáveis. Como a ala exclusiva de pesquisa e educação e as áreas de museu, aberturas e pátios internos, e o partido da cobertura, que Renzo Piano projetou como se fosse um pedaço do parque que foi cortado e erguido 10 m acima do solo, trazendo movimento e elementos do entorno no edifício.

Figura 30 : Croqui Academia de Ciências da Califórnia.

Fonte: Archdaily | Academia de Ciências da California / Renzo Piano.

Figura 31 : Cortes Academia de Ciências da Califórnia.

Fonte: Archdaily | Academia de Ciências da California / Renzo Piano.

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Figura 32 : Cobertura Academia de Ciências da Califórnia.

Fonte: Archdaily | Academia de Ciências da California / Renzo Piano.

Arquitetos: Manuel Herz Architects Tipo de projeto: Hospitalar Localização: Senegal Ano: 2021 O projeto do novo conjunto Maternidade e Hospital Pediátrico tem a intenção de melhorar o conforto dos pacientes e de suas famílias visitantes, além dos funcionários. O edifício possui dois andares e possui uma forma curvilínea que abriga duas alas, a ala de pediatria e a ala de maternidade. O comprimento do

edifício permite a circulação fluida da equipe e dos pacientes, e também acomoda diversos espaços comunitários tanto entre os quartos como nos pátios. E sua forma, em S curvilíneo, é uma reação direta aos edifícios circulares existentes do hospital, os envolvendo no novo projeto e criando novos pátios externos.

O projeto inclui várias inovações de design de clima passivo para combater os desafios impostos pelas características do clima da região, trazendo mais conforto ambiental para os usuários. O edifício possui uma largura estreita de sete metros, o que permite com que todas as salas sejam arejadas e resfriadas naturalmente por ventilação cruzada. Além disso, o uso de tijolos com aberturas contribui para bloquear o sol e facilitar a circulação do ar.

Figura 33: Hospital Tambacounda | Foto Aérea.

Fonte: Archdaily | Tambacounda Hospital / Manuel Herz Architects.

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Para o meu projeto, o processo criativo e projetual para a forma do edifício foi muito importante. Estudar um projeto em que o principal foco era trazer mais conforto e funcionalidade para os usuários através de conforto ambiental e sustentabilidade, e em uma forma em que o mesmo esteja imerso em um ambiente local, se mesclando com o entorno imediato, que neste caso, eram os edifícios circulares já existentes.

Figura 34: Hospital Tambacounda | Diagrama Circulação.

Fonte: Archdaily | Tambacounda Hospital / Manuel Herz Architects.

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Arquitetos: M arquitetos Tipo de projeto: Parque/Paisagístico Localização: Vila do Porto,Portugal Ano: 2021 É um projeto de requalificação da Pedreira do Campo, que atualmente é considerado monumento natural regional. Levando isso em consideração para projetar, os arquitetos consideraram a necessidade de implementar uma solução paisagística que permitisse uma utilização consciente do lugar, sem pôr em risco a sua identidade. Assim, foram considerados dois percursos distintos mas ao mesmo tempo complementares.

Um deles projetado pelos arquitetos, destinado à interpretação e contemplação do fenômeno geológico “Pedreira do Campo” e o outro integrado num percurso pedestre já existente na área de intervenção.

No primeiro, o percurso acontece sobre uma passarela elevada no terreno, construído em elementos de madeira maciça, evitando assim uma ocupação indistinta do local e reduzindo ao máximo a impermeabilização do terreno. O objetivo era que o

percurso proposto pudesse constituir um motivo adicional de interesse, bem como pela diversidade de abordagens visuais que proporciona a forma orgânica da sua estrutura, atingindo um ponto de observação sobre o mar ao fim do percurso.

Figura 35: Paisagística da Pedreira do Campo.

Fonte: Archdaily | Pedreira Do Campo Urban Planning / M - Arquitectos.

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Ao longo da passarela foram construídas guardas laterais executadas também em madeira, de modo a garantir a segurança física dos visitantes, sobre as quais se fixam pontualmente um conjunto de painéis informativos sobre o tema em pauta, de acordo com orientações científicas específicas.

Para o meu projeto foi levado em consideração o partido da Paisagística da Pedreira do Campo de projetar um percurso onde fosse promovido a utilização qualificada do espaço público, numa perspectiva integrada de valorização do patrimônio presente e que, tirasse partido do potencial paisagístico da mesma. E também a ideia de criar

Figura 36: Deck Paisagística da Pedreira do Campo.

Fonte: Archdaily | Pedreira Do Campo Urban Planning / M - Arquitectos.

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espaços onde é possível “sair” do percurso principal e usufruir e explorar os caminhos já existentes da paisagem, de forma consciente sem pôr em risco a preservação do local.

Figura 37: Implantação Paisagística da Pedreira do Campo.

Fonte: Archdaily | Pedreira Do Campo Urban Planning / M - Arquitectos.

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Integrar o projeto do edifício ao entorno imediato.

Criar um espaço público e de lazer através do Parque das Dunas Guará.

Preservar o bioma do terreno, tornando-o um parque ecológico e consequentemente contribuindo com a conscientização da população local.

Promover a educação ambiental através do projeto.

Criar acessos e trajetos que tragam maior funcionalidade e uso para o projeto, que funcionem como um processo educativo e não apenas de lazer.

Acolher e proporcionar um espaço dedicado a órgãos e organizações do âmbito ambiental.

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Disponibilizar áreas de estar e convívio que integrem edifício ao paisagismo do parque.

Proporcionar um espaço para pesquisas e preservação do bioma da região.

Propor um novo viário para qualificar os acessos ao parque.

O programa levou em consideração alguns setores identificados nos projetos de referência estudados e o Manual de Implantação do Centro Municipal de Edução Ambiental (Secretaria do Meio Ambiente, 2013).

Para o setor administrativo foram propostas salas que abrigarão a diretoria, secretaria, salas de reunião, depósitos e uma ala de apoio a funcionários, como copa, banheiros e vestiários. O setor de pesquisa e educação abrigará salas de aula para cursos e workshops de sustentabilidade e outros assuntos do âmbito ambiental, uma sala multiuso com computadores e acesso a internet, e laboratórios com espaços dedicados a pesquisas biológicas e geológicas com acervos e depósitos exclusivos para cada um. Áreas destinadas à exposição fixa do centro e as temporárias próximas ao restaurante e auditório para que possam ser contempladas ao caminhar e usufruir dos espaços de estar do edifício.

Uma biblioteca de acesso público com um amplo espaço de acervo e leitura, assim como um espaço para receber livros e tratá-los antes de serem expostos. Um auditório para abrigar e receber pessoas para apresentações, palestras e reuniões importantes e área exclusiva para preparação dos convidados.

Um alojamento para que o centro tenha um espaço para abrigar pesquisadores e alunos de longa estadia, com tipologias de quartos compartilhados ou individuais, disponibilizando toda a infraestrutura necessária para isso. Cozinha, lavanderia, espaços de reuniões e estudos compartilhados, além de áreas de convivência e recepção.

Foi proposto também um centro de acolhimento ao visitante (CAV) logo na entrada do parque, com recepção, sala de monitoramento e sala de reunião, a fim de proporcionar um espaço para direcionar e preparar grupos de visitantes que chegarem ao parque. Além do programa dos edifícios é muito importante considerar também o espaço do parque, que conta com áreas de estar e contemplação, trajetos educacionais e de lazer espalhados por todo o terreno, um observatório de pássaros próximo a área de manguezais e um mirante em frente as dunas.

O programa proposto para o projeto pretende não só atender a necessidade de mais pontos de lazer na cidade e proporcionar educação ambiental para a população local, como também atrair mais turistas e pesquisadores, contribuindo para o crescimento econômico do Município.

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Após a definição do programa foi possível dar início as primeiras especulações de fluxogramas, possibilidades de implantação e desenhos dos edifícios e parque. Logo de início foi proposto um novo viário para delimitar os acessos, barreiras e fluxos do projeto. Para que o projeto não possua nenhum muro de casas existentes nos lotes ao redor do terreno, a criação de 3 novas ruas foi imprescindível. Pensando em facilitar o acesso de veículos ao parque foi proposto mais duas ruas que servirão como conexão da Avenida Beira Mar até a nova rua horizontal proposta anteriormente, evitando tráfegos ao entrar e sair do estacionamento, além de trazer mais segurança aos visitantes.

Tendo isso em mente, os possíveis acessos e fluxos ficaram muito mais claros. Eles ocorrem nas novas ruas propostas, mais especificamente na parte inferior do terreno e nas laterais ao centro dele também. O estacionamento foi proposto nas laterais inferiores do terreno, necessitando de duas portarias, a do lado direito recebendo a entrada de veículos de visitantes e de serviços ao parque.

Já o acesso de pedestres ocorre bem ao centro da rua da parte inferior do terreno e nas laterais do centro do terreno também.

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Como forma de evitar barreiras nas partes sem portaria e ao mesmo tempo garantir a segurança do parque, foi proposto um gradil entre as novas árvores e vegetações implantadas nos limites do terreno, com o intuito de impedir a circulação não autorizada no local.

O polo de edifícios será implantado no centro do terreno denominado de B no estudo da área de intervenção do trabalho, parte inferior do terreno, já que após os levantamentos feitos no local foi notado a ausência de dunas altas e vegetação intensa, não sendo necessário uma grande intervenção no bioma para construir edifícios nessa parte, com trajetos que interliguem todos estes edifícios, proporcionando um passeio e áreas de estar ao longo do percurso também.

No terreno anteriormente denominado de A, está a maior concentração do parque. Trajetos de lazer e educacionais, nomeados de “estações”, estão espalhados pelo terreno junto a áreas de estar, contemplação e infraestrutura para melhor atender os visitantes, proporcionando maior conforto e lazer a todos. Além disso, o parque contará com um mirante a lateral direita do terreno, para que se possa contemplar as Dunas do Araçá que

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está localizada a direita do terreno, além de proporcionar uma bela visão do Mar Pequeno, Iguape e até mesmo o mar, levando em consideração que o Mirante está em uma cota de nível elevada a fim de permitir tudo isso. E por fim, foi proposto também um observatório de pássaros bem próximo ao mangue, local propício para observar algumas espécies de pássaros da região, em especifico a migração do Guarás-Vermelhos, pássaros cujo nome serviu como inspiração ao trabalho, que a partir de setembro são avistados nos manguezais da ponta norte da Ilha.

Para os edifícios, foi proposto projetar um único edifício que abrigasse todos os elementos necessário para o Centro de Educação Ambiental e mais 2 edifícios de apoio separados, o Alojamento e o Centro de Acolhimento ao Visitante.

Figura 38 (p.73): Fluxograma Parque das Dunas Guará.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 39 (p. 74): Viário Proposto.

Fonte: Acervo da Autora.

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O projeto procura criar um ambiente de imersão à natureza através do parque e dos edifícios, gerando um sentimento de que são um único elemento. O principal objetivo é criar conexões entre os diferentes usuários, mas também entre o usuário e o espaço, fortalecendo o vínculo da população com a natureza existente no entorno. Para isso, foi muito importante os estudos de projetos de referências para a criação do conceito arquitetônico do edifício. Como o principal objetivo, antes mesmo da criação do programa e fluxograma do terreno, sempre foi integrar o edifício ao seu entorno imediato, buscar elementos do terreno para utilizar como inspiração foi a principal ferramenta utilizada na criação do projeto. Escritórios como o SANAA, evidenciam em seus projetos através de formas orgânicas, o conceito da fluidez e natureza como principal inspiração para suas criações.

As dunas possuem uma enorme presença no terreno, logo, utilizá-las como diretriz para o formato do edifício foi essencial para trazer uma primeira especulação da forma e volumetria.

formas foram surgindo até chegar na forma final, onde todos os aspectos levados em consideração ao longo do trabalho chegaram ao equilíbrio: a funcionalidade, conceito, circulação, fluxos, cheios e vazios e a forma.

Figura 40: Estudo de Volumetria Preliminar.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 41: Estudo de Volumetria Preliminar 02.

Fonte: Acervo da Autora.

Após alguns estudos de croquis e especulações, foi definido que o edifício que abrigaria os principais setores do CEA seria único, portanto, outras Figura 42 (p.77): Diagrama Parque das Dunas Guará.

Fonte: Acervo da Autora.

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Figura 43: Implantação Parque das Dunas Guará.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 44: Tipos de Piso e Vegetação.

Fonte: Acervo da Autora.

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A proposta para o CEA é um edifício com 3 módulos em meia lua, que evidenciam a fluidez e formas orgânicas do projeto. No pavimento térreo foram implantados os setores de livre acesso ao público, como o auditório, áreas de exposição temporária e fixa, restaurante e recepção. Assim como o setor administrativo no módulo central do edifício, possibilitando um fácil acesso a todos os setores caso seja necessário e trazer mais conforto aos funcionários, tornando o percurso até o local de trabalho menos cansativo. Além de espaços destinados aos depósitos de exposições e de infraestrutura do edifício. Praças internas no centro de cada módulo para aproximar o visitante à natureza mesmo estando dentro do edifício, além de contribuir para a iluminação natural do edifício e conforto térmico. O pavimento térreo também conta com os polos de circulação vertical e de banheiros para os visitantes, que se repetem no 1º pavimento.

as salas de aula e laboratórios se encontram no mesmo. À direita do primeiro pavimento, estão os 3 laboratórios do projeto, que possuem depósitos e acervos exclusivos para cada um, à esquerda estão as salas de aula, sala multiuso e depósitos do primeiro pavimento. Espaços de estudos e convivência estão espalhados pelo mezanino de cada módulo, como tentativa de fazer o usuário usufruir de todos os espaços disponíveis do edifício.

Para acessar o 1º pavimento, duas grandes escadas acompanham em paralelo a abertura do mezanino até a chegada do pavimento superior.

Ao sair da escada, está o segundo andar da biblioteca, com áreas de leitura e acervos acadêmicos, com a finalidade de atender melhor os alunos e pesquisadores presentes no andar, já que

O edifício do alojamento possui uma geometria retangular, diferentemente dos outros dois edifícios do projeto, contará com 3 pavimentos (térreo + 2) que abrigarão os quartos, recepção e áreas de infraestrutura compartilhadas. No pavimento térreo, estará a recepção e as áreas compartilhadas, como a cozinha, lavanderia, salas de estudos

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Para o edifício do centro de acolhimento ao visitante escolhi utilizar o mesmo módulo meia lua como sua forma, mas dessa vez espelhado. Além de conectar os dois edifícios no que refere a forma, devido a duna presente próximo a seu local de implantação ser quase que um círculo, essa forma se tornou muito propícia. Em seu programa está a recepção, onde os primeiros atendimentos e central de informações estarão localizados, para os visitantes ao chegarem ao parque.

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com acesso a computadores e internet e sala de estar. Os quartos terão 2 tipologias, quartos individuais e quartos compartilhados, todos com banheiros exclusivos, camas, mesa para estudo e espaço para armazenamento de pertences e estarão no primeiro e segundo pavimento.

Os trajetos e áreas de convivência ao longo do terreno foram propostas levando em consideração os estudos de fluxo feito no trabalho assim como a topografia do terreno, usufruindo ao máximo das áreas que possuem menos desnível e áreas de dunas.

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Figura 45 (p.81): Implantação Ampliada.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 47 (p.84): CEA | Planta 1º Pav. Fonte: Acervo da Autora.

Figura 49 (p.86): CEA | Detalhe Típico Uglass 01.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 46 (p.83): CEA | Planta Térreo.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 48 (p.85): CEA | Cortes.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 50 (p.87): CEA | Detalhe Típico Uglass 02.

Fonte: Acervo da Autora.

CEA

CA: 13.469 m² TO: 9.097 m²

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CEA

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CEA

CEA

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Detalhe típico fachada Uglass | CEA

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Para o projeto foi proposto vigas de Madeira Laminada Colada (MLC) para a estrutura da cobertura.

A MLC ou Glued Laminated Timber é um derivado estrutural da madeira que consiste em tábuas coladas paralelamente, afim de proporcionar uma peça com maior diversidade de uso. A MLC é um produto muito amplo que pode ser destinado para muitos usos, como por exemplo: vigas, pilares, cruzetas, revestimentos, dormentes, decks, entre outras utilizações.

O maior uso da MLC está nos projetos estruturais, os quais podem admitir uma infinidade de tamanhos, seções e formas. Essas características fazem com que a MLC vença grandes vãos, sendo limitados apenas pelo transporte e o custo dessas peças. As curvas em MLC somente são possíveis devido ao processo de colagem das lamelas com adesivo estrutural.

Para o cobertura do CEA foi proposto utiilizar uma camada de membrana de EVA (Evalon V), nova opção sintética no mercado que

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substitui as telhas e que funciona como impermeabilizante também. O telhado convencional, mesmo quando bem construído, pode ter frestas por onde a água escorre e, com o tempo, danifica a estrutura. Já a manta sintética forma uma superfície contínua e, portanto, estanque e proteje. Além disso, o material permite criar coberturas com traços mais orgânicos, valorizando a arquitetura e respeitando a proposta do projeto. Junto ao Evalon V foi proposto um isolante térmico e uma lona de polietileno para contribuir para que a vedação e impermeabilização ocorra corretamente, é necessário que as lonas e mantas sejam colocadas em cada módulo de 2.5 x 2.5m da cobertura, evitando assim qualquer tipo de vazamento e infiltração após a construção.

Figura 51 (p.89): CEA | Malha Estrutural.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 52 (p.90): CEA | Cortes Estrutura.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 53 (p.91): CEA | Detalhe Típico Cobertura.

Fonte: Acervo da Autora.

CEA

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Estrutura CEA

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Para cada módulo da coberura, de baixo para cima: Vigas de madeira laminada colada (A) – fixadas a cada 2.50 m; Ripas de madeira para auxiliar na sustentação da cobertura curva (B); Forro de cumaru (C), sem emendas aparentes; Lona de polietileno (D); Isolante térmico EPS de 5 cm (E); Manta Evalon V (F). Fixador e parafusos a cada 50 cm, ambos de aço galvanizado, para travar as camadas(G); e por fim outra camada de Forro de cumaru (H).

Ampliação

Detalhe Típico Cobertura | CEA Corte esquemático

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Alojamento

CA: 2.202 m² TO: 734 m²

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Alojamento

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Alojamento

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Alojamento

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CAV

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CA: 455 m² TO: 455 m²

CAV

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CAV

CAV

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Figura 54 (p.92): Alojamento | Planta Térreo.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 57 (p.95): Alojamento | Cortes.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 55 (p.93): Alojamento | Planta Pav. Tipo.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 58 (p.96): CAV| Planta Térreo.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 56 (p.94): Alojamento | Planta Cobertura.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 59 (p.97): CAV| Planta Cobertura.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 60 (p.98): CAV| Cortes.

Fonte: Acervo da Autora.

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Figura 61: Perspectiva Parque das Dunas Guará 01.

Fonte: Acervo da autora.

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Figura 62 : Perspectiva Parque das Dunas Guará 02.

Fonte: Acervo da autora.

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Figura 63 : Perspectiva Parque das Dunas Guará 03.

Fonte: Acervo da autora.

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Figura 64: Perspectiva Parque das Dunas Guará 04.

Fonte: Acervo da autora.

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Figura 65: Perspectiva Parque das Dunas Guará 05.

Fonte: Acervo da autora.

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Figura 66: Perspectiva Parque das Dunas Guará 06.

Fonte: Acervo da autora.

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Figura 67: Perspectiva Parque das Dunas Guará 07.

Fonte: Acervo da autora.

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Figura 68: Perspectiva Parque das Dunas Guará 08.

Fonte: Acervo da autora.

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O que se pretende com este trabalho é, primeiramente, apontar a arquitetura como instrumento indispensável no desenvolvimento e crescimento de uma sociedade, através de propostas arquitetônicas e paisagísticas.

Como cada escolha projetual possui uma intenção muito clara e única, e como é possível construir uma sociedade melhor a partir delas.

Foi possível concluir que o projeto do Parque das Dunas Guará possui um importante papel para o Município de Ilha Comprida, com a proposta de novos espaços que unem o lazer e a educação em um único projeto, gerando um convívio e (re)aproximação com o meio ambiente natural da região para que esta relação se torne cotidiana para a população, a fim de melhorar sua qualidade de vida e, consequentemente, contribuir para a qualidade de vida das gerações que estão por vir.

Além de trabalhar diretamente com a natureza como entidade e forma durante todo o processo, buscando evidenciar sua magnitude própria através da volumetria dos edifícios, aproximando o indivíduo ainda mais com o local.

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Por fim, conclui-se que este trabalho é uma alternativa dada a realidade atual da APA Ilha Comprida, que se demonstra aplicável e que pode de fato, contribuir para uma nova mentalidade da população local quando o assunto diz respeito à Educação Ambiental e Sustentabilidade.

Figura 69: Dunas Ilha Comprida.

Fonte: Acervo da autora.

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REFERENCIAL TEÓRICO

SÍTIOS VIRTUAIS

ALMEIDA, F. O bom negócio da sustentabilidade.

Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.

Rolex Learning Center / SANAA” 22 Mar 2010. ArchDaily. Accessado 24 Abr 2021. <https://www.archdaily.com/53536/rolex-learning-center-sanaa-by-iwan-baan> ISSN 0719-8884

BOFF, Leonardo. Sustentabilidade: o que é e o que não é. Petrópolis, RJ: Vozes 2012, 180p.

BRASIL - Lei 9.795 de 27 de Abril de 1999 - Política Nacional de Educação Ambiental.

BRUNDTLAND, Gro Harlem. Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - 1988. Nosso Futuro Comum (Relatório Brundtland).

Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1988.

CAPRA, Fritjof et al. Alfabetização Ecológica: a educação das crianças para um mundo sustentável.

São Paulo: Cultrix, 2006.

FREIRE, Paulo; ARAÚJO, Ana Maria (org.). Pedagogia dos sonhos possíveis. São Paulo: Editora UNESP, 2001.

OLIVEIRA, Lívio Luiz Soares de e PORTO JÚNIOR, Sabino da Silva. O desenvolvimento Sustentável e a Contribuição dos Recursos Naturais para o Crescimento Econômico. Revista Econômica do Nordeste – BNB. Fortaleza, 2007.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU. Agenda 21. Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, 1992.

PEACE – PROGRAMA DE EDUCAÇÃO DO CEARÁ / Ambientagro Soluções Ambientais. Edição Revisada e ampliada, 2017.

SÃO PAULO (2013) Manual de Implantação do Centro Municipal de Educação Ambiental.

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Academia de Ciências da California / Renzo Piano” 23 Mai 2012.

ArchDaily Brasil. Acessado 24 Abr 2021. <https://www.archdaily.com. br/br/01-50160/academia-de-ciencias-da-california-renzo-piano> ISSN 0719-8906 Requalificação Paisagística da Pedreira do Campo / M - Arquitectos” [Pedreira Do Campo Urban Planning / M - Arquitectos] 17 Nov 2014.

ArchDaily Brasil. Acessado 24 Abr 2021.<https://www.archdaily.com. br/br/757229/requalificacao-paisagistica-da-pedreira-do-campo-m-arquitectos> ISSN 0719-8906 Tambacounda Hospital / Manuel Herz Architects” 07 May 2021. ArchDaily. Accessado 27 Set 2021. <https://www.archdaily.com/961242/ tambacounda-hospital-manuel-herz-architects> ISSN 0719-8884

Figura 01: Diagrama localização Ilha Comprida.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 13: Levantamento fotográfico: Terreno 02.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 02: Imagem aérea Ilha Comprida.

Fonte: Acervo da autora com base Google Earth.

Figura 14: Levantamento fotográfico: Terreno 03.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 03: Imagem aérea: Ampliação terreno 01.

Fonte: Acervo da autora com base Google Earth.

Figura 15: Levantamento fotográfico: Terreno 04.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 04: Imagem aérea: Ampliação terreno 02.

Fonte: Acervo da autora com base Google Earth.

Figura 16: Levantamento fotográfico: Terreno 05.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 05: Mapa de Zoneamento Ilha Comprida.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 17: Levantamento fotográfico: Terreno 06.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 06: Mapa do Terreno.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 18: Levantamento fotográfico: Terreno 07.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 07: Planta Situação Atual.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 19: Levantamento fotográfico: Terreno 08.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 08: Planta Viário Atual.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 20: Levantamento fotográfico: Terreno 09.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 09: Planta divisão do terreno.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 21: Levantamento fotográfico: Terreno 10.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 10: Planta Topográfica.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 22: Levantamento fotográfico: Edificação irregular.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 11: Modelo do Terreno.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 23: Levantamento fotográfico: Dunas Entorno 02 .

Fonte: Acervo da autora.

Figura 12: Levantamento fotográfico: Terreno 01.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 24: Levantamento fotográfico: Dunas Entorno 02 .

Fonte: Acervo da autora.

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Figura 25 : Rolex Learning Center Fachada.

Fonte: Iwan Baan.

Figura 26 : Rolex Learning Center Interior.

Fonte: Iwan Baan.

Figura 27 : Planta de Ambientes, Cheios x Vazios; Rolex Learning Center.

Fonte: Alfirevic, Djordje & Simonovic Alfirevic, Sanja. (2016). Interpretations of Space Within Space Concept in Contemporary Open-Plan Architecture [Primena koncepta prostor u prostoru u savremenoj arhitekturi otvorenog plana]. Arhitektura i urbanizam. 2016. 24-40. 10.5937/a-u0-9913.

Figura 28: Rolex Learning Center – Experience mapping.

Fonte: Morphogenesis16 | Rolex Learning Center – Experience mapping.

Figura 29 : Academia de Ciências da Califórnia | Foto Aérea.

Fonte: Archdaily | Academia de Ciências da California / Renzo Piano.

Figura 30 : Croqui Academia de Ciências da Califórnia.

Fonte: Archdaily | Academia de Ciências da California / Renzo Piano.

Figura 31 : Cortes Academia de Ciências da Califórnia.

Fonte: Archdaily | Academia de Ciências da California / Renzo Piano.

Figura 32 : Cobertura Academia de Ciências da Califórnia.

Fonte: Archdaily | Academia de Ciências da California / Renzo Piano.

Figura 33: Hospital Tambacounda | Foto Aérea.

Fonte: Archdaily | Tambacounda Hospital / Manuel Herz Architects.

Figura 34: Hospital Tambacounda | Diagrama Circulação.

Fonte: Archdaily | Tambacounda Hospital / Manuel Herz Architects.

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Figura 35: Paisagística da Pedreira do Campo.

Fonte: Archdaily | Pedreira Do Campo Urban Planning / M - Arquitectos.

Figura 36: Deck Paisagística da Pedreira do Campo.

Fonte: Archdaily | Pedreira Do Campo Urban Planning / M - Arquitectos.

Figura 37: Implantação Paisagística da Pedreira do Campo.

Fonte: Archdaily | Pedreira Do Campo Urban Planning / M - Arquitectos.

Figura 38: Fluxograma Parque das Dunas Guará.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 39: Viário Proposto.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 40: Estudo de Volumetria Preliminar.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 42: Diagrama Parque das Dunas Guará.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 43: Implantação Parque das Dunas Guará.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 44: Tipos de Piso e Vegetação.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 45: Implantação Ampliada.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 46: CEA | Planta Térreo.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 47: CEA | Planta 1º Pav. Fonte: Acervo da Autora.

Figura 59: CAV| Planta Cobertura.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 48: CEA | Cortes.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 60: CAV| Cortes.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 49: CEA | Detalhe Típico Uglass 01.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 61: Perspectiva Parque das Dunas Guará 01.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 50: CEA | Detalhe Típico Uglass 02.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 62 : Perspectiva Parque das Dunas Guará 02.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 51: CEA | Malha Estrutural.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 63 : Perspectiva Parque das Dunas Guará 03.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 52: CEA | Cortes Estrutura.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 64: Perspectiva Parque das Dunas Guará 04.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 53: CEA | Detalhe Típico Cobertura.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 65: Perspectiva Parque das Dunas Guará 05.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 54: Alojamento | Planta Térreo.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 66: Perspectiva Parque das Dunas Guará 06.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 55: Alojamento | Planta Pav. Tipo.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 67: Perspectiva Parque das Dunas Guará 07.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 56: Alojamento | Planta Cobertura.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 68: Perspectiva Parque das Dunas Guará 08.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 57: Alojamento | Cortes.

Fonte: Acervo da Autora.

Figura 69: Dunas Ilha Comprida.

Fonte: Acervo da autora.

Figura 58: CAV| Planta Térreo.

Fonte: Acervo da Autora.

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