COHOUSING SÊNIOR: UMA ALTERNATIVA DE MORADIA COLETIVA

COHOUSING SÊNIOR: UMA ALTERNATIVA DE MORADIA COLETIVA

ACADÊMICA: BRUNA LOSEKANN ROSA

ORIENTADORA: PROFª MSc RÚBIA CARMINATTI PETERSON TFG I 2021/1

Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC Curso de Arquitetura e Urbanismo Trabalho Final de Graduação I Acadêmica Bruna Losekann Rosa

COHOUSING SÊNIOR: UMA ALTERNATIVA DE MORADIA COLETIVA

Criciúma 2021/1 Orientadora Profª MSc Rúbia Carminatti Peterson

TEMA: Moradia para idosos.

PALAVRAS-CHAVE: Cohousing sênior, idosos, habitação.

4

SUMÁRIO

01 INTRODUÇÃO

03 CONTEXTUALIZAÇÃO

APRESENTAÇÃO......................................................................... 07

ESCALA REGIONAL......................................................... 53

INTRODUÇÃO.............................................................................. 09

ESCALA MUNICIPAL....................................................... 54

PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA...................................... 11

ESCALA DO RECORTE.................................................... 55

OBJETIVO...................................................................................... 17

ESCALA DO TERRENO................................................... 62

METODOLOGIA DE TRABALHO............................................ 19

02 FUNDAMENTAÇÃO

04 PARTIDO

DEFINIÇÃO DO TEMA................................................................ 21

REFERENCIAIS PROJETUAIS....................................... 69

ENVELHECIMENTO.................................................................... 21

DIRETRIZES E INTENÇÕES PROJETUAIS............... 74

IDOSOS........................................................................................... 25

CARACTERIZAÇÃO DO TEMA..................................... 75

IDOSOS E A SOCIEDADE.......................................................... 29

ESTUDO DE CONDICIONANTES................................ 76

ACESSIBILIDADE......................................................................... 31

PROGRAMA DE NECESSIDADES................................ 77

HISTÓRIA DO COHOUSING.................................................... 37

ESTUDOS DE PROJETO................................................. 79

EVOLUÇÃO/ARQUITETURA DE COHOUSING............... 41

IMPLANTAÇÃO.................................................................. 84

A CIDADE DE BALNEÁRIO GAIVOTA.................................. 47

PLANTA BAIXA TÉRREO................................................ 85

5

04 PARTIDO PLANTA BAIXA 2º PAVIMENTO............................................ 86 TIPOLOGIAS.................................................................................. 87

CORTES.......................................................................................... 90 VOLUMETRIA E MATERIALIDADE........................................ 92

05 CONCLUSÃO CONCLUSÃO................................................................................ 97

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................... 99

Fig. 01. Idosos.

Fonte: freepik.com.

INTRODUÇÃO

APRESENTAÇÃO O presente trabalho apresenta um embasamento teórico para o desenvolvimento do

Trabalha Final de Graduação do Curso de Arquitetura e Urbanismo, o qual visa a concepção de um anteprojeto arquitetônico de um cohousing sênior no município de Balneário Gaivota/SC.

7

INTRODUÇÃO

9 Na década de 1970, um grupo de famílias dinamarquesas fundou o sistema de moradia cohousing: uma comunidade que

valoriza o convívio com os vizinhos e pratica a política do compartilhamento. O sistema consiste em casas privadas para as famílias, entretanto, há a partilha de espaços colaborativos, como bibliotecas, lavanderias, hortas, quartos de hóspedes, cozinhas e áreas de lazer.

O primeiro capítulo deste Trabalho de Conclusão, denominado Introdução, apresenta a Problemática e Justifica do tema escolhido, os Objetivos e, por fim, a Metodologia de trabalho. No segundo capítulo, intitulado Fundamentação Teórica expõe-se a “Definição do Tema” e em seguida o tópico “Envelhecimento”, no qual é abordado o envelhecimento da população no Brasil e

em Santa Catarina. Em seguida, introduziu-se os tópicos “Idosos” e “Idosos e a Sociedade”, que apontam, principalmente, as características e necessidades dos idosos. A seguir, o tópico “Acessibilidade” aprofunda-se nas necessidades espaciais da terceira idade e, em continuidade, há os tópicos “Casa Segura” e “ABNT”. Ao pensar no espaço de cohousing, apresenta-se os

tópicos “História do Cohousing” onde é estudada história deste equipamento em âmbito mundial, nacional e estadual, para então ser abordado a “Evolução/Arquitetura de Cohousing”. Por fim, são apresentados dados e estudos do município escolhido para a implantação do equipamento no tópico “A Cidade de Balneário Gaivota”.

O terceiro capítulo trata da Contextualização, onde foram feitas análises em escala municipal e do recorte, explicando e justificando a escolha do recorte. O quarto capítulo nomeado Partido apresenta o partido arquitetônico do presente trabalho. Por fim é feita uma conclusão com as considerações finais e alavancando as expectativas para o Trabalho Final de Graduação II.

A metodologia baseia-se principalmente na leitura de bibliografias a respeito de cohousing, assim como no levantamento de dados sobre a população idosa do município de Balneário Gaivota e em análises urbanas do recorte. O presente Trabalho Final de Graduação I objetiva alcançar o nível de partido arquitetônico para que então, no Trabalho Final de Graduação II, seja

produzido o anteprojeto arquitetônico.

PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA

11 No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE) o declínio da fecundidade nas décadas de 1960, 1970 e 1980 teve impacto sobre a estrutura etária da população. A população de 65 anos ou mais de idade dobrou no total da população

entre os anos de 1950 e 2000. O crescimento desse grupo etário mostra a rapidez no processo de envelhecimento da população. Os fatores mais importantes desse processo são o aumento da

longevidade, principal responsável pelo crescimento da população idosa e a redução dos níveis de fecundidade.

Da mesma maneira, a expectativa de vida da população, que

em 2008 era de 72,86 anos, passou para 76,3 anos em 2018 (IBGE, 2018). Segundo a publicação do IBGE (2018) conforme citado por Silva (2018, p. 8), a população brasileira manteve a tendência de

envelhecimento dos últimos anos e ganhou 4,8 milhões de idosos desde 2012, superando a marca dos 30,2 milhões em 2017. O levantamento do IBGE 2018 estendeu a Projeção da População para

unidades da federação até 2060. Santa Catarina, que hoje tem a maior esperança de vida ao nascer para ambos os sexos (79,7 anos), deverá manter essa liderança até 2060, chegando aos 84,5 anos (IBGE, 2018).

Fig. 02. Idosos.

Fonte: freepik.com.

12 De acordo com os dados apresentados, a longevidade vem

crescendo significativamente nos últimos anos. Essa realidade serve para formar um novo perfil da população, consequentemente a este avanço os idosos estão vivendo mais e melhor. A busca desta

longevidade com qualidade, tem feito mais pessoas buscarem um lugar ideal para morar, mas na maioria das vezes encontram apenas asilos e casas de repouso. Por isso, o desconhecimento sobre a

moradia cohousing, torna comum as pessoas não a enxergarem como a melhor solução para garantir a qualidade de vida na terceira idade.

Em outubro de 2003 foi assinada a Lei nº 10.741, que trata do

Estatuto do Idoso. O artigo 3º dessa lei afirma: É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à

dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

Fig. 03. Idosos.

Fonte: freepik.com.

13 No

Brasil,

atualmente,

existem

poucas

instituições de permanência para idosos, tendo em relação a demanda, e muitas delas não funcionam conforme definido pelo Estatuto do Idoso e a RDC

(Resolução de Diretoria Colegiada) 283/2005, abrindo assim uma lacuna para novos tipos de serviços de atenção a idosos. A falta de acessibilidade na maioria

das casas, que são projetadas não objetivando o dono como idoso, também agrava as condições de vida do morador, necessitando sempre de adaptações para ter

uma vida segura em seu lar, o que se torna oneroso, sendo que o problema poderia ser resolvido na concepção do projeto. Somado a isso ainda tem as

dificuldades da vida urbana para uma pessoa de mais idade, a cidade é um ambiente estressante, contrário a maioria da vontade dos idosos, que buscam a

tranquilidade. Com isto, percebe-se a relevância de propor

um

equipamento

que

atenda

a

estas

necessidades em uma cidade litorânea e tranquila,

como Balneário Gaivota.

Fig. 04. Idosos.

Fonte: freepik.com.

14 Balneário Gaivota é uma das cidades Catarinenses que emerge

como um forte destino turístico no Sul do Brasil, o que vem apresentando grande crescimento do fluxo de visitantes e novos moradores todos os anos. Deste modo, muitos aposentados após

visitarem a cidade, acabam realizando o sonho de ir morar na praia.

Quando o assunto é a busca pela qualidade de vida e envelhecer em um lugar tranquilo, esse é o destino de muitos. Trocam a correria do

dia a dia da cidade grande pela comodidade de viver bem na cidade pequena, uma busca constante por uma vida simples, com mais conexão com a natureza, a nova fase da vida.

Segundo o censo de 2010, feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população de Balneário Gaivota em 2010 era de 8.234 habitantes com uma projeção de crescimento de 36,75% até

2020, com estimativa de 11.260 habitantes para este ano. De acordo com as informações do Sebrae/SC (2019) “a pirâmide etária segue a tendência nacional e estadual, apontando para o envelhecimento da

população local. O número de habitantes com 50 anos ou mais cresceu 119,7% entre 2000 e 2010.” No município, a expectativa de vida ao nascer cresceu 3,08 anos em uma década, passando de 72,54 anos,

em 2000, para 75,62 anos, em 2010.

Fig. 05. Balneário Gaivota.

Fonte: Google Imagens.

15 O

cohousing

sênior

não

é

simplesmente

uma

do Brasil já existe. Segundo o Viva a Longevidade a ideia

habitação ou condomínio, é um sistema de vizinhança. Sua

dessa vila surgiu a partir de uma preocupação dos

principal proposta é retomar as vantagens de viver em vila,

professores aposentados da UNICAMP, que apontaram a

associado às mudanças do século XXI, resultando em uma

habitação como um de seus problemas mais relevantes.

comunidade convidativa ao envelhecimento, cooperação e

Depois de visitar e estudar os modelos de habitação para

amizade. Caracterizam-se por ser pequenas comunidades

idosos no Brasil, eles não encontraram uma saída que

planejadas, possuídas e gerenciadas por seus próprios

satisfizesse suas expectativas. Olhando para os modelos

moradores. As residências privadas são reunidas no entorno

internacionais, eles descobriram o cohousing e decidiram,

do lote, que possui instalações coletivas como cozinha,

então, fazer uma comunidade residencial nesses moldes,

refeitório, jardins, hortas, escritórios e academias. A proposta

voltada para o público sênior.

que norteia esse tipo de comunidade assim como os

Portanto, a proposta da realização deste projeto vem

princípios projetuais são, segundo MacCamant e Durret,

de encontro a motivar a longevidade, desacelerando os

conforme citado por Cavalcanti (2019, p. 64) a promoção de

fatores envelhecimento através da qualidade de vida, fatores

interação entre os seus moradores e o desenvolvimento de

sociais e culturais. É evidente a ausência de residências

um forte senso de comunidade, que devem ser fortalecidos

apropriadas ou políticas sociais para o habitar saudável

desde planejamento inicial do habitat até sua construção

destes idosos, ressaltando a importância de implementar

final.

este novo conceito de moradia coletiva na região, na qual se No cenário nacional, este sistema de moradia ainda

não é popular, entretanto, o primeiro cohousing para idosos

justifica o projeto.

OBJETIVO

17 4.1. OBJETIVO GERAL Desenvolver o anteprojeto arquitetônico de um equipamento de cohousing sênior no município de Balneário Gaivota/SC.

4.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS e estudar bibliografias sobre cohousing sênior, para melhor embasamento teórico acerca de seu 01 Pesquisar conceito e funcionalidade.

Pesquisar sobre políticas públicas voltadas ao idoso, com foco em Balneário Gaivota para potencializar a

02 implantação do equipamento na cidade.

Levantar dados sobre o município de Balneário Gaivota, por meio das Leis Municipais que embasem a

03 concepção do projeto arquitetônico e a melhor localização do equipamento proposto.

04 como referenciar materialidades.

Estudar referenciais de projetos arquitetônicos, afim de compreender a implantação do equipamento, assim

05 Desenvolver o equipamento de cohousing a nível de partido no TFG I e de anteprojeto no TFG II.

METODOLOGIA DE TRABALHO

19

01

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Consiste na leitura e análise de bibliografias como artigos, monografias, teses e dissertações sobre cohousing, envelhecimento, idosos e acessibilidade, assim como no levantamento de dados sobre o município de Balneário Gaivota para melhor compreensão da dimensão da demanda da população idosa.

02

CONTEXTUALIZAÇÃO DO RECORTE O município de Balneário Gaivota não possui plano diretor. Posto isto, será utilizado como parâmetro na concepção do projeto arquitetônico o código de obras do município disponível no site “Leis Municipais”. Será

averiguado por meio de visita a órgãos públicos se há alguma política pública em relação a população idosa.

03

REFERENCIAIS ARQUITETÔNICOS No estudo de referenciais projetuais serão lidos e analisados diferentes projetos que cumpram os

principais fundamentos de cohousing. Após selecionados, pretende-se estudá-los para embasamento na concepção do projeto arquitetônico.

04

PARTIDO ARQUITETÔNICO Definição de conceitos, intenções e diretrizes projetuais, que guiarão o partido arquitetônico e posteriormente o anteprojeto. Elaboração do pré-dimensionamento e do programada de necessidades, assim como de volumetria a nível de partido.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

DEFINIÇÃO DO TEMA

21

De acordo com Trovo e Gomes (2018) “Cohousing é um conceito de moradia compartilhada que proporciona uma moradia sustentável e coletiva que incentiva uma relação mais profunda entre os integrantes da comunidade, sem criar um

tradicional condomínio fechado, resgatando a vida em comunidade e buscando melhor qualidade de vida. Em uma Cohousing as casas são dispostas de maneira a fortalecer a proximidade entre os vizinhos, com jardins e áreas de lazer, cada família possui sua casa, com privacidade, mas dispõem de áreas comuns.”

ENVELHECIMENTO

O envelhecimento é um processo natural da vida, que tem gerado grandes discussões, uma vez que a sociedade está com a expectativa de vida cada vez maior, este envelhecimento demográfico é cada vez mais significativo e visível no mundo atual, ao qual Légaré (2001, pág. 118 apud QUEIRÓS, 2019, p. 18) denomina de “democratização da velhice”, pois é algo que abrange todas as sociedades, independentemente das suas características e contexto.

IMAGEM

Esta alteração populacional confere um desafio incontornável à sociedade em geral, quer pela diversidade que compõe este grupo etário de pessoas mais velhas, quer pelas alterações sentidas na composição familiar e nas estruturas econômicas, o que incita ainda ao surgimento de profissionais direcionados para as questões relacionadas com esta classe social (Fernandes, 1997; 2008 apud QUEIRÓS, 2019, p. 18).

Fig. 06. Idosos.

Fonte: freepik.com.

22 O envelhecimento varia de pessoa para pessoa, mas geralmente é influenciado pelo aumento da fragilidade e instabilidade, devido à influência dos danos à saúde e do estilo de vida (SILVA, 2018, p.13).

Portanto, entende-se que o processo

de envelhecimento, está diretamente ligado

as

respostas

às

rotinas

adotadas, pois direciona o indivíduo para

uma

doentia,

velhice

saudável

determinando

limitações

e

ou

assim

as

potencialidades

do

idoso, do qual acontece de forma gradual ao longo dos anos, não existe idade

determinada

para

ser

considerado velho. A imagem de velhice é vista pelo declínio físico e

pela ausência de papéis sociais, onde não é dado o devido valor ao idoso, e por vez rejeita o próprio processo de envelhecimento.

Fig. 07. Idosos.

Fonte: freepik.com.

23 É comum, no envelhecimento, idosos apresentarem

como evidenciado por Faleiros (2014). Para tanto, há a

dificuldades motoras, gerando assim, uma sensação de

procura por exercícios físicos, festas e encontros sociais e

inutilidade. Sendo assim, Faleiros (2014) contextualiza:

alimentação saudável, hábitos que vem de encontro com o conceito de cohousing sênior.

A perda da capacidade funcional precisa

Entre 2010 e 2050, a expectativa do Instituto Brasileiro

estar articulada ao suporte social e ao

de Geografia e Estatística (IBGE) é de que a população de

autocuidado, pois as trocas sociais são fundamentais para assegurar a qualidade

idosos vai triplicar no Brasil, atingindo o número de mais de

de vida na complexidade das relações

66 milhões de indivíduos. Em 2030, inclusive, o número de

humanas e das relações sociais nas

pessoas acima de 60 anos superará o de crianças brasileiras.

condições objetivas em que se envelhece.

A velhice se apresenta, se representa e se

O envelhecimento da população é um

estrutura nas determinações da economia

fenômeno mundial que, nos anos mais

internacional

pelo

recentes, ganha maior importância nos

enfrentamento de interesses e articulação

países em desenvolvimento. No Brasil, o

das dominações sociopolíticas e pelo

crescimento da população idosa é cada

marco de proteção social existente no

vez mais relevante, tanto em termos

pacto legal estabelecido e efetivado.

absolutos quanto proporcionais. Os efeitos

e

nacional,

do aumento desta população já são

de mudanças no corpo, muitos idosos

percebidos nas demandas sociais, nas

procuram manter ou melhorar sua qualidade, algo necessário

áreas de saúde e na previdência (Estatuto

Apesar

do Idoso, 2013, p. 5).

24 Isso pode ser comprovado a partir dos dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no censo de 2010. As pirâmides etárias a seguir, demonstram as projeções, em porcentagem, de crescimento da população brasileira e do estado do Santa Catarina. Na Figura 08 vê-se que, no ano em que o censo foi realizado, a população brasileira é composta majoritariamente por pessoas em idade ativa, Santa Catarina segue esse padrão. Comparando com a Figura 09, é notável a diminuição de nascimentos, representado pelo estreitamento da base da pirâmide, fazendo com que a faixa de pessoas com mais de 40 anos, tenha uma porcentagem maior. As projeções para 2060, mostradas na Figura 10, expõe a continuidade do processo de diminuição da população mais jovem e aumento da população mais velha.

BRASIL

BRASIL

BRASIL

SANTA CATARINA

SANTA CATARINA

SANTA CATARINA

Fig. 08. Pirâmide Etária 2010.

Fig. 09. Pirâmide Etária 2020.

Fig. 10. Pirâmide Etária 2060.

Fonte: IBGE (2010).

Fonte: IBGE (2010).

Fonte: IBGE (2010).

IDOSOS

25

Classifica-se como idosa a pessoa que compõe a parcela da população com mais de 60 anos, a chamada terceira idade. E com o aumento da expectativa de vida, é comum indivíduos que passem dos 90 anos, classificada como a

quarta idade. Estima-se que em 2050 o ser humano chegue a viver até os 130 anos (BESTETTI, 2006 apud SILVA, 2019, p.

16).

Sabemos que todos temos nossas diferenças, sendo assim Bernardo (2005, p. 53) relata que cada idoso possui suas peculiaridades em relação a velhice.

Existe grande diferença individual entre os idosos, mais que em qualquer outro grupo etário; são características físicas, mentais, psicológicas, condições de saúde e socioeconômicas. Esse envelhecimento heterogêneo leva a

duas situações: muitos idosos podem permanecer bastante saudáveis e com boa habilidade funcional até anos tardios, por outro lado, os que dependem de ajuda de outras pessoas para desempenhar as atividades do dia-adia. Este grau de dependência pode variar de idoso para idoso porque a longevidade depende dos genes.

TERCEIRA IDADE

IDOSO + 60

Existe grande diferença individual entre os idosos: são características físicas, mentais, psicológicas, condições de saúde e socioeconômicas.

26 Posto isto, de acordo com Flores (2010 apud SILVA, 2019, p. 17), as principais características da velhice são: redução da

capacidade de adaptação ambiental, aumento da suscetibilidade de doenças e diminuição da velocidade de desempenho motor e psicológico. A possibilidade de uma pessoa com mais de 60 anos ter alguma deficiência é de 50%, um risco alto, tendo em vista que para crianças de zero a quatro anos o percentual é de menos de 3%. As mudanças biológicas, fisiológicas,

psicossociais, econômicas e políticas cercam esse período da vida, alterando o cotidiano dessas pessoas.

Envelhecimento

ativo

otimização

oportunidades

das

é

o

processo de

de

Deficiência Física

saúde,

participação e segurança, com o objetivo de

melhorar a qualidade de vida à medida que as

60%

pessoas ficam mais velhas. O envelhecimento

50%

ativo aplica-se tanto a indivíduos quanto a

40%

grupos populacionais. Permite que as pessoas percebam o seu potencial para o bem-estar físico, social e mental ao longo do curso da vida, e que essas pessoas participem da sociedade de acordo com suas necessidades, desejos e capacidades; ao mesmo tempo, propicia

proteção,

segurança

e

cuidados

adequados, quando necessários. (World Health

Organization, 2002, p. 13)

30%

20% 10%

0% Idoso (+60 anos)

Crianças (0 a 4 anos)

Deficiência física Fig. 11. Gráfico.

Fonte: Elaborado pela autora.

27 Para se promover o envelhecimento ativo, a Organização

Mundial da Saúde (OMS) definiu os principais fatores que levariam a um caminho saudável à velhice e que exigiriam a contribuição de todos os envolvidos – sociedade, governos e o indivíduo (UJIKAWA,

2010, p. 38).

Dentre estes fatores, destaca-se: Ambiente físico – facilidade nos acessos a lugares públicos, à

movimentação dentro da própria casa, nos transportes públicos. A OMS considera que atualmente grande parte dos idosos viva sozinha, e existe um crescente déficit de moradias adequadas para tal grupo.

(UJIKAWA, 2010, p. 38)

•

AMBIENTE FÍSICO

Fácil acesso a lugares públicos

•

Acessibilidade em ambientes e transportes

Fig. 12. Acessibilidade em banheiros.

Fonte: Google Imagens.

28 Ainda se referindo ao ambiente físico Azevedo (2015 apud

SILVA, 2019, p. 20) complementa que “Esses espaços podem diferenciar as situações de dependência e independência de cada idoso. Quando existem muitas barreiras físicas no local, predispõe para

o surgimento da depressão, isolamento social, redução da resistência física e aumento de problemas de mobilidade”. Por isso, recomendase atenção especial a estes fatores, uma vez que eventuais quedas e

acidentes

domésticos

podem

provocar

lesões

irreversíveis

e

incapacitantes no idoso. Por isso, destaca-se que eles necessitam de um espaço físico que lhe transmita segurança para viver e ajudar no

seu processo de envelhecimento.

Os padrões construtivos devem levar em conta as necessidades de segurança e saúde dos idosos, como os obstáculos nas residências

que aumentam o risco de queda, que precisam ser corrigidos ou removidos (WHO, 2015 apud SILVA, 2019, p. 20). Ainda, segundo Oliveira, Trevizan, Bestetti e Melo (2014) “os obstáculos dos ambientes

que aumentam os riscos de queda incluem pouca iluminação, pisos irregulares ou escorregadios e a falta de corrimão para apoio. Estas quedas ocorrem frequentemente no ambiente da casa e podem ser

evitadas”.

Fig. 13. Idoso.

Fonte: freepik.com.

IDOSOS E A SOCIEDADE

29

Em Souza (1995, p. 85, apud BRACIALI, 2009, p. 29) encontra-se que, segundo Engels, o homem humanizou-se pelo trabalho, isto é,

pela atividade na luta pela sobrevivência, atividade especificamente humana de criação de elementos e de instrumentos de trabalho. Num estágio mais avançado, o que ele produz não mais lhe pertence, ou lhe

pertence só em parte. O produto do trabalho pertence a outro, que lhe dá em troca alguns bens de subsistência ou um salário. Se o que transformou a humanidade foi a possibilidade do trabalho, da escrita e

de transmitir a cultura, por outro lado, com o desenvolvimento da sociedade capitalista, o que o homem produz passa a não mais lhe pertencer e isso, de certa forma, o desumaniza.

Desta maneira leva-se a pensar que, a partir de uma determinada idade, ou quando o indivíduo se aposenta e não é considerado mais produtivo, também se torna incapaz de participar da

sociedade. Tal pensamento leva a uma exclusão do idoso da esfera social. Embora esta seja a realidade em que se vive, é importante lembrar que, na chamada terceira idade, as pessoas continuam em

desenvolvimento. (BRACIALI, 2009, p. 29) Fig. 14. Idoso.

Fonte: freepik.com.

30 Segundo Cordioli (1998, p.485, apud BRACIALI, 2009, p.29)

embora muitas vezes a família tenha dificuldades em aceitar e entender o envelhecimento de um ente, tornando o relacionamento familiar mais difícil. (MENDES, 2004, p. 425)

Menos de 5% das pessoas acima de 65 anos

perdem

a

capacidade

de

se

autodeterminar, necessitando cuidados familiares ou de instituições. Por outro lado,

a

única

estabelecida sistema

alteração

no

claramente

funcionamento

nervoso

central

de

do

idosos

saudáveis é a lentidão dos processos perceptivos, e este declínio não ocorre de maneira

uniforme

de

indivíduo

Ainda de acordo com Mendes (2004, p. 425)

para

indivíduo.

O indivíduo idoso perde a posição de

comando

e

decisão

que

estava

acostumado a exercer e as relações entre pais

e

filhos

modificam-se.

Consequentemente as pessoas idosas tornam-se cada vez mais dependentes e uma reversão de papéis estabelece-se. Os filhos

geralmente

passam

a

ter

responsabilidade pelos pais, mas muitas vezes esquece-se de uma das mais

A

família

também

tem

um

grande

papel

no

importantes necessidades: a de serem

envelhecimento saudável, uma vez que é responsável pela

ouvidos. Os pais, muitas vezes, quando

criação de uma estrutura que estimula novos caminhos para

manifestam a vontade de conversar,

o idoso. Em todas as fases da vida a família exerce uma importância fundamental no fortalecimento das relações,

percebem que os filhos não têm tempo

ACESSIBILIDADE

31

Atualmente, a acessibilidade é para todos, entretanto durante muito tempo os projetos arquitetônicos foram baseados no homem padrão, comumente representado na figura do homem vitruviano de Leonardo Da Vinci, jovem, adulto, saudável e de dimensões e proporções perfeitas. Mas o fato é que apenas uma parcela da população atende a estes requisitos. (OLIVEIRA, 2017, p. 35) Para Brasil (2011, p.13 apud OLIVEIRA, p. 35) “as pessoas são diferentes em suas necessidades físicas e isso deve ser considerado em um projeto arquitetônico”. Desta forma, aplicando a consideração no cohousing sênior entende-se que a residências e espaços compartilhados devem ser pensados para as diferentes dificuldades que podem se apresentar a idosos.

O conceito de acessibilidade é amplo podendo ser aplicado em várias áreas do conhecimento. Nos variados espaços de convívio social podemos encontrar algumas barreiras que dificultam ou impedem a plena acessibilidade. (OLIVEIRA, 2017, p. 35)

Fig. 15. Deficiente.

Fonte: freepik.com.

32 Ao abordar espaços e edificações em áreas externas, deve ser

considerado a habilidade e capacidade de transitar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), no que se refere aos aspectos físicos deste espaços:

• Áreas públicas devem ser limpas e agradáveis.

• Pavimentação com boa manutenção, livre de obstáculos e exclusivo para pedestres.

• Pavimentação antiderrapante, com largura suficiente para passar uma cadeira de rodas e ter meio fio adaptados para acesso à via de rolamento.

• Segurança externa fornecida por uma boa iluminação e educação da comunidade.

• Serviços situados em locais próximos e acessíveis.

• Boa sinalização fora e dentro das edificações com assentos e banheiros

suficientes,

elevadores,

rampas,

e

escadas

acessíveis com piso antiderrapante.

• Banheiros públicos em áreas externas e internas com boa manutenção, número suficiente e acessíveis.

33 Quanto às residências, segundo Ranieri (2020), os espaços devem

ser nivelados, de forma que possibilitem liberdade de movimento em todos os cômodos e passagens. Ranieri (2020) complementa: Uma

moradia

para

um

idoso

completamente

independente é muito diferente de uma moradia para um idoso cheio de limitações. É verdade que algumas perdas são comuns a todos, afetando principalmente os sentidos como o da visão, audição, tato, olfato e paladar.

E é então que tudo se complica. Cada idoso terá uma perda diferente em cada um destes sentidos e sistemas.

Fazer uma moradia que abranja tudo é caro e desnecessário.

Podemos considerar que existem algumas questões que são unânimes para todos os idosos: • Iluminação uniforme sem áreas de sombra.

• Iluminação de reforço nas áreas de trabalho como bancadas de cozinha e banheiros.

• Piso nivelado, uniforme, fosco e antiderrapante.

Fig. 16. Área pública com pavimentação.

Fonte: freepik.com.

34 • Manter as circulações livres de obstáculos

como, fios soltos, brinquedos, móveis e objetos baixos.

• Evitar o uso de tapetes

• Mobiliário e armários em alturas adequadas.

A

abrangência

da

acessibilidade

espacial é

facilitada pela aplicação das diretrizes do desenho

universal, que visa atender ao maior número de pessoas, independente do seu tipo físico, idade, destreza, força ou qualquer outra característica. (OLIVEIRA, 2017, p. 35)

Ao introduzir a acessibilidade às residências voltadas

ao

público

idoso,

deve-se

levar

em

consideração a locomoção e juntamente com esta a

utilização de aparelhos locomotores, como bengalas, muletas, próteses e cadeiras de roda. Por isso, de acordo com

Bernardo

(2005,

p.

18),

a

arquitetura

deve

proporcionar a acessibilidade ao meio físico, prevendo ambientes

adequados

a

esses

aparelhos,

elemento usual e integrante do projeto social.

como

35 CASA SEGURA A Casa Segura, um projeto social da arquiteta Cybele Ferreira Monteiro de Barros e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, surgiu com o intuito de projetar um espaço que seja adaptado para seu morador. Segundo o Portal do Envelhecimento (2014) o projeto pensa o desenho de cada móvel de acordo com a estrutura do corpo que vai usar o espaço. O que inclui aumentar em alguns centímetros a altura das bancadas das cozinhas e dos banheiros para que o usuário não se curve. Assentos sanitários, sofás, poltronas e camas são elevados também, em função das dificuldades

de

articulação.

Assim

como

as

bordas

arredondadas dos móveis amenizam o doloroso impacto de um esbarrão.

De acordo com Simone Muniz (apud Portal do Envelhecimento, 2014) o espaço privilegia o conforto antes de tudo, o projeto mostrou transformações dentro do lar que evitam os riscos de acidentes dentro de casa e garantem mais independência para a terceira idade.

Fig. 17. Idoso.

Fonte: freepik.com.

36 ABNT No presente trabalho, o enfoque é a acessibilidade

hospedagem, de instituições de idosos e de hospitais,

espacial. A NBR 9050/2020 recentemente atualizada, define

devem ser instalados telefones e alarmes de emergência

acessibilidade.

visuais, sonoros e/ou vibratórios.

• Que devem haver vagas reservadas para os veículos que Acessibilidade

é

condição

alcance,

de

entendimento

a

para

possibilidade

e

conduzam ou sejam conduzidos por idosos, sendo estas

percepção

e

posicionadas próximas das entradas, garantindo o menor

utilização,

com

segurança e autonomia, de espaços,

mobiliários,

equipamentos

percurso de deslocamento.

urbanos,

edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa

com deficiência ou mobilidade reduzida.

A NBR 9050/2020 ainda especifica que:

• Nos

quartos,

banheiros

e

sanitários

de

locais

de Fig. 18. Idosa.

Fonte: Google Imagens.

HISTÓRIA DO COHOUSING

37

NO MUNDO Segundo McCamant e Durrett (2011), em 1964, Jan Gudmand Hoyer, insatisfeito com a tipologia de habitação existente e as comunidades que não atendiam às suas

necessidades, reuniu amigos e conhecidos para propor um novo modelo de moradia. A ideia era manter as moradias privadas e compartilhar espaços de convivência

e atividades, como refeições e limpeza de ambientes, a fim de estimular o relacionamento entre os vizinhos.

De acordo com Oliveira (2017), cohousing é um tipo

de comunidade internacional de casas agrupadas em torno de um espaço compartilhado, para pessoas que buscam um estilo de vida alternativo e interação social,

que tem como prioridade resgatar o verdadeiro sentido de bairro e viver em comunidade. O primeiro exemplo desse tipo de moradia surgiu em 1972, em Copenhague,

Dinamarca, construído por um grupo de 27 famílias que queriam proporcionar esse senso de comodidade, que os subúrbios da época não ofereciam.

Fig. 19. Saettedammen, primeiro cohousing em Copenhague.

Fonte: Google Imagens.

38 Ele reconheceu que diferentes gerações

têm necessidades diferentes. As mães estavam trabalhando fora da casa, as famílias tinham menos filhos, e as pessoas estavam vivendo mais tempo. Ele queria

descobrir como seria mais fácil expressar seus valores de vida mais leve no planeta, defendendo a igualdade de gênero e aumentando

a

participação

cívica.

Ele

queria saber o que tornaria o estilo de vida

Acesso à área comum

mais prático e saudável. Foi discutido sobre noções de equilíbrio entre privacidade e

comunidade. Propriedade privada e partilha tornaram-se

temas

recorrentes.

(MCCAMANT E DURRETT, 2017).

Percebe-se que apesar de a primeira cohousing não ter sido pensada para a terceira idade, seu conceito e disposição apresenta grandes benefícios para idosos, uma vez que o sendo de comodidade, a qualidade de vida e o contato social provam-se essenciais para o envelhecimento saudável.

Acesso às unidades Fig. 20. Saettedammen, primeiro cohousing em Copenhague.

Fonte: Google Imagens.

39 NO BRASIL O primeiro cohousing do Brasil começou a tomar forma em 2016, projetado pelo arquiteto Rodrigo Munhoz, do escritório Guaxo Projetos Sustentáveis. O projeto está localizado em Piracicaba/SP, a

sete quilômetros do centro da cidade. O grupo se resume a sete famílias com perfis diferentes, de jovens solteiros a casais com filhos de diferentes idades, entretanto, o número de pessoas interessadas

em ingressar no estilo de vida comunitário do cohousing cresce. A proposta prevê sete apartamentos de 50 metros quadrados cada, além de áreas comuns como a casa comum, piscina, estacionamento

e bicicletário.

Fig. 21. Corte Cohousing Piracicaba.

Fig. 22. Áreas de convivência Cohousing Piracicaba.

Fonte: guaxo.com.br.

Fonte: guaxo.com.br.

40 O segundo cohousing é voltado para a população

22 homens que têm de 47 a 80 anos (a idade média é de 65

idosa. Segundo o site Viva a Longevidade (2018) a ideia dessa

anos). A previsão é a de construir 42 casas com 100 m2 e

vila surgiu a partir de uma preocupação dos professores

outras quatro com 50 m2. Em dezembro de 2017, foi assinada

aposentados da UNICAMP, que apontaram a habitação como

a ata de fundação da Vila ConViver, com a aprovação do

um de seus problemas mais relevantes. Depois de visitar e

estatuto que irá reger a convivência dos futuros moradores.

estudar os modelos de habitação para idosos no Brasil, eles não

encontraram

uma

saída

que

satisfizesse

suas

EM SANTA CATARINA

expectativas. Olhando para os modelos internacionais, eles

Em Santa Catarina ainda não há cohousing em

descobriram o cohousing e decidiram, então, fazer uma

planejamento, contudo, de acordo com a entrevista da

comunidade residencial nesses moldes, voltada para o

arquiteta, urbanista e conselheira do Conselho de Arquitetura

público sênior.

e Urbanismo de Santa Catarina, Silvya Caprario, para o blog

De acordo com o site Viva a Longevidade (2018) o primeiro

projeto

foi apresentado

em 2016 para

210

associados. Hoje, a Vila tem 66 participantes: 44 mulheres e

Pacífica (2019) há grupos interessados nesse tipo de empreendimento em Santa Catarina. “Já recebi solicitações e já fiz estudos dessa maneira diferenciada e social de morar”.

No bairro Ratones, em Florianópolis, por exemplo, há um grupo motivado em implantar uma cohousing voltado à plantação, conta a arquiteta. Com isto, percebe-se que o

cohousing vem se tornando cada vez mais popular, evidenciando sua importância na sociedade atual.

Fig. 23. Moradores Vila ConViver.

Fonte: vilaconviver.org.br.

EVOLUÇÃO/ARQUITETURA DE COHOUSING

41

NO MUNDO Conforme McCamant e Durrett (2011) apud Silva (2016, p.16), comunidades norteadas pelos princípios de cohousing

podem variar em tamanho, localização, programas de necessidades e características dos grupos residentes. Porém, todas elas compartilham de seis princípios fundamentais:

01 PROCESSO PARTICIPATIVO Os futuros residentes participam ativamente em todas as fases do planejamento e do programa de necessidades da comunidade, além de serem responsáveis por todas as decisões finais de forma consensual; (SILVA, 2016, p.16)

02 PROJETO DE VIZINHANÇA O projeto urbano e a disposição das unidades habitacionais devem incentivar a interação social entre seus moradores, a partir de elementos arquitetônicos, espaços verdes, presença de uma rua central destinada ao encontro de moradores, praças, e estacionamentos, que são sempre mantidos na periferia da comunidade, fazendo com que as pessoas andem até as suas casas, aumentando assim a possibilidade destas interagirem com a vizinhança e com o meio ambiente; (SILVA, 2016, p.16)

42

03 INSTALAÇÕES COMUNS A vizinhança é projetada para incluir uma série de elementos comuns e outras instalações em seu planejamento, sendo a casa comum o seu elemento comunitário principal. Na casa comum pode-se encontrar uma cozinha, um refeitório e outras facilidades como lavanderia, sala de jogos, biblioteca, entre outras áreas

com função social. As áreas comuns são consideradas complementos da área privada de seus moradores; (SILVA, 2016, p.16)

04 AUTOGESTÃO Todos devem participar ativamente das decisões de interesse da comunidade; (SILVA, 2016, p.16)

05 AUSÊNCIA DE AUTORIDADE Ausência de hierarquia no grupo de moradores. Todos possuem direitos iguais e seus respectivos deveres e responsabilidades na comunidade. As atividades de manutenção física e social são tarefas divididas entre os

moradores; (SILVA, 2016, p.16)

06 RENDIMENTOS SEPARADOS As famílias possuem suas próprias fontes de renda. (SILVA, 2016, p.16)

43 Segundo Scotthanson (2005 apud SILVA, 2018), para o melhor

funcionamento, a comunidade deve ser composta de 12 a 36 unidades, menores e maiores grupos podem funcionar, porém possuem diferentes desafios. Uma comunidade pequena pode ter

dificuldades financeiras em sua manutenção, por exemplo, já uma grande quantidade de números habitacionais poderá perder o seu senso de comunidade, com moradores que não se conhecem.

Conforme Scotthanson e Scotthanson (2005), a efetivação de uma cohousing pode levar de alguns meses a vários anos. Quando o grupo opta por construir o projeto do início, encontrando um terreno e

projetando a partir de suas necessidades específicas, o projeto pode levar anos para ser concluído. (SILVA, 2018) A forma da habitação que o grupo definir terá um impacto

significante nas relações entre os moradores (MCCAMANT E DURRETT, 2011). Colaborando com McCamant e Durrett (2011), a comunidade pode ser composta por um grupo de casas com poucos

pavimentos ou por edifícios de apartamentos, com as áreas comuns inclusas nos pavimentos.

Fig. 24. Diferentes possibilidades de implantação das unidades de vida privada.

Fonte: McCamant e Durret (2011, p.255).

44 O principal ponto da comunidade é a casa comum. Ela deve estar localizada em um ponto de fácil acesso a todos os

moradores e, além dela, outros espaços externos podem complementar sua função, que é a integração dos moradores. Estes espaços podem ser parques, quadras poliesportivas, piscina e jardins comunitários (MCCAMANT E DURRETT, 2011).

LEGENDA Unidades Habitacionais Casa Comum

Fig. 25. Diferentes tipos de implantações para cohousing.

Fonte: Scotthanson & Scotthanson (2005, p.159).

45 As decisões sobre a disposição de espaços comuns determinarão as condições e os tipos de relações de convivência que

ocorrerão. De acordo com o grau de convivência escolhido pelos moradores, o grupo pode optar por uma tipologia para os espaços comum. Eles podem ser integrados no centro da comunidade, distribuídos centralmente, divididos por grupo ou podem ocupar um ou vários andares em edifícios.

O sistema viário interno deve ser central e destinado a pedestres – concentrando as áreas destinadas ao convívio, geralmente com espaços verdes. Os estacionamentos encontram-se sempre na periferia ou em áreas subterrâneas (MCCAMANT E DURRETT, 2011).

LEGENDA

a

Estacionamento

b

Praça Comunitária

c

Casa Comum Fig. 26. diagrama esquemático apresenta os principais elementos dentro de uma cohousing.

Fonte: McCamant e Durret (2011, p. 260).

46 Segundo Mccamant e Durrett (2011 apud SILVA, 2018, p. 25) ao contrário de condomínios fechados, as comunidades

cohousing nunca são cercadas por muros ou cercas e as residências privadas representam uma unidade, enquanto que nos condomínios fechados cada residência é um lote individual. Além disso, na cohousing o carro fica estacionado na extremidade da comunidade e seu sistema viário interno é composto por uma única via central para pedestres, diferentemente dos

condomínios fechados, onde o sistema viário permite aos automóveis estacionarem junto à residência e possuem circulação interna de veículos. Outro ponto que diferencia as cohousing de loteamentos e condomínios fechados é que as cohousing nascem de uma comunidade e são autogeridas por elas, enquanto os condomínios fechados são empreendimentos onde cada

lote é vendido separadamente.

A Figura 26, ao lado, retrata a implantação de uma cohousing

CASA

ÁREA VERDE

VIA PARA

COMUM

CENTRAL

PEDESTRES

que apresenta características fundamentais do modelo de moradia: casa comum, estacionamento na periferia da comunidade, casas voltadas para um espaço central compartilhado e via interna

destinada a pedestres.

Sênior

cohousing

segue

os

mesmos

conceitos

das

comunidades cohousing e modifica-se de acordo com as

necessidades específicas dos idosos. Em suma, o sênior cohousing é semelhante ao modelo de cohousing intergeracional, com

UNIDADES

modificações nas opções de design a serem tomadas, pois estas

HABITACIONAIS

ESTACIONAMENTO

devem ser apropriadas para os idosos. (MCCAMANT E DURRETT, 2011 apud CAVALCANTI, 2019, p. 71)

Fig. 27. Implantação de cohousing.

Fonte: : Adaptado de McCamant e Durret, 2011 .

A CIDADE DE BALNEÁRIO GAIVOTA

47

Balneário Gaivota é um município do estado de Santa Catarina,

localizado entre os municípios de Sombrio, Passo de Torres e Arroio do Silva. A cidade, situada a 5m de altitude, localiza-se a 8km a sulleste de Sombrio, o maior município dos arredores. A população

estimada pelo IBGE é de 11.260 habitantes (2020), com uma densidade demográfica de 56,49 hab/km². O município litorâneo caracteriza-se principalmente por ser turístico nos meses de verão, em função da

praia, e por possuir uma economia baseada neste turismo e na pesca de peixes marítimos.

IMAGEM

Fig. 28. Vista aérea Balneário Gaivota.

Fig. 29. Praia Balneário Gaivota.

Fonte: Google Imagens.

Fonte: Google Imagens.

48 CONTEXTO HISTÓRICO O território onde localiza-se o município teve os índios Carijós como primeiros habitantes, com natureza dócil e bom relacionamento com os habitantes de Sombrio por volta de 1534, oriundos de Buenos Aires, Argentina. Com a colonização portuguesa em 1830, adquiriram as chamadas “sesmarias”.

Então, iniciou-se o desenvolvimento da cidade, com o aproveitamento da área litorânea para a exploração de pesca e lazer. Após, ocorreu a intensificação destas atividades e a ocupação litorânea foi muito grande, e em 30/08/90 com a promulgação da lei nº 770, criou-se o distrito de Balneário Gaivota. Em 29 de dezembro de 1995, o governador do estado de

Santa Catarina sancionou a lei nº 10.054, criando o município de Balneário Gaivota

ÍNDIOS CARIJÓS

1534

1830

1880

HABITANTES ORIUNDOS

COLONIZAÇÃO

CRIAÇÃO DE ARARANGUÁ

DE BUENOS AIRES

PORTUGUESA

(município ao qual Balneário

Gaivota pertencia como bairro)

1995

1990

1952

EMANCIPAÇÃO DE

DISTRITO DE BALNEÁRIO

EMANCIPAÇÃO DE SOMBRIO

BALNEÁRIO GAIVOTA

GAIVOTA

(Balneário Gaivota passa a ser bairro de Sombrio) Fig. 30. Linha do tempo.

Fonte: Elaborado pela autora.

49 ASPECTOS ECONÔMICOS Um dos municípios integrantes da macrorregião do Sul Catarinense, a economia de Balneário Gaivota tem como base o setor da administração pública. O ápice anual da cidade é no verão,

principalmente nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, onde os trabalhadores locais arrecadam sua renda anual nesta época, principalmente com turismo e pesca. A cidade conta com micro

empresas que fazem girar sua economia.

Em aspectos gerais, o desenvolvimento da região e o aproveitamento da área litorânea, naturalmente para exploração da

IMAGEM

pesca e lazer. O turismo foi crescendo aos poucos, uma vez que Balneário Gaivota possui como atrações turísticas as dunas, praias, lagoas e remanescentes da Mata Atlântica. Com o tempo, o cenário da

cidade começou a alterar-se e acabou se transformando no período do verão pela grande ocupação de pousadas, hotéis e casas de veraneio, alterando toda a rotina do município.

Fig. 31. Turismo nas dunas.

Fonte: Google Imagens.

50 Segundo o valor adicionado bruto por setor do

município de Balneário Gaivota (2016), o segmento da administração, defesa, educação e saúde

pública

muitos aposentados após visitarem a cidade, acabam

realizando o sonho de ir morar na praia.

e

Segundo o censo de 2010, feito pelo IBGE, a

seguridade social são os setores mais significativos na

população de Balneário Gaivota em 2010 era de 8.234

cidade, seguido pelos serviços. Juntos, esses setores

habitantes com uma projeção de crescimento de 36,75% até

somam 73% do valor adicionado total.

2020, com estimativa de 11.260 habitantes para este ano. De

Já o cenário empresarial do município não possui

acordo com as informações do Sebrae/SC (2019) “a

empresas de grande porte, apenas empreendimentos

pirâmide etária segue a tendência nacional e estadual,

pequenos, micro empresas. Os pequenos negócios, apesar

apontando para o envelhecimento da população local. O

de pouca quantidade, participam satisfatoriamente na taxa

número de habitantes com 50 anos ou mais cresceu 119,7%

de

de

entre 2000 e 2010.” No município, a esperança de vida ao

empregabilidade, o setor de indústria é o líder, com 34% da

nascer cresceu 3,08 anos em uma década, passando de

quantidade total em 2016, seguido pelo comércio, que

72,54 anos, em 2000, para 75,62 anos, em 2010.

empregabilidade

do

município.

Em

termos

engloba também boa parte dos empregos da cidade.

POPULAÇÃO IDOSA NO MUNICÍPIO Balneário Gaivota é uma das cidades Catarinenses que emerge como um forte destino turístico no Sul do Brasil, o que vem apresentando grande crescimento do fluxo de visitantes e novos moradores todos os anos. Deste modo, Fig. 32. Praia, Balneário Gaivota.

Fonte: Google Imagens.

51 Ao analisar as pirâmides etárias de Balneário Gaivota, disponibilizadas pelo IBGE, percebe-se que no ano 2000 a

população gaivotense apresentava-se com maioria entre 10 e 19 anos. Em 2010, apesar da população jovem permanecer, houve um grande crescimento de idosos, justificado, principalmente, pelo grande grupo de idosos que se mudou para o município nos últimos 20 anos. Na Figura 34 pode-se comparar com o Brasil, constata-se que Balneário Gaivota não segue o padrão nacional,

concluindo-se assim que a expectativa de vida do município é maior, além deste possuir um número considerável de idosos.

Fig. 33. Pirâmide Etária Balneário Gaivota.

Fig. 34. Pirâmide Etária Balneário Gaivota 2010.

Fonte: IBGE apud SEBRAE/SC.

Fonte: IBGE (2010).

Não há nenhum registro de políticas públicas voltadas aos idosos no município de Balneário Gaivota, evidenciando a necessidade de moradias voltadas a este público.

3

CONTEXTUALIZAÇÃO DO RECORTE

ESCALA REGIONAL

01

53

Mapa do Brasil

02

Fig. 35.

Fonte: Elaborado pela autora.

0

50

Mapa BR101

100km

Mapa de Santa Catarina

03

Fig. 36.

Fonte: Elaborado pela autora.

0

6

Fig. 37.

Fonte: Elaborado pela autora.

12km

Mapa AMESC

04

0

Percebe-se que o Município de Balneário

Gaivota este está localizado no extremo sul catarinense, com fácil acesso à BR 101, entre duas grandes

capitais:

Florianópolis/SC.

Porto

Alegre/RS

e

LEGENDA BR-101 Balneário Gaivota SC - 449

Fig. 38.

Fonte: Elaborado pela autora.

6

12km

54

ESCALA MUNICIPAL Balneário

Gaivota

é

um

LEGENDA

município do estado de Santa Catarina,

Limite do Município

localizado entre os municípios de

Área Urbana

Sombrio, Passo de Torres e Arroio do

SC – 449

Silva. A cidade, situada a 5m de

Passo de Torres

altitude, localiza-se a 8km a sul-leste

Balneário Arroio do Silva

de Sombrio.

Segundo o censo de 2017 do IBGE, Balneário Gaivota conta com um PIB per capita de R$ 13.519,95 e um

percentual das receitas oriundas de fontes externas de 62,8% (IBGE, 2015). O Índice de Desenvolvimento Humano

do município, segundo o censo do IBGE de 2010 é de 0,728.

Município Balneário Gaivota Sem escala.

Fig. 39.

Fonte: Elaborado pela autora.

ESCALA DO RECORTE

O município é organizado predominantemente em

uma faixa paralela ao mar, visto que moradores e turistas, tem a preferência de residências perto deste. Portanto, a cidade possui uma avenida Beira-Mar que a percorre por

toda sua extensão paralelamente ao mar. Pode ser dividido em 3 macrozonas, os bairros ao norte, com população de poder aquisitivo maior, onde é possível

notar melhor infraestrutura urbana. O centro onde encontra-se a grande maioria do comércio e a porção sul, com moradias predominantemente precárias e pouca

infraestrutura.

LEGENDA Zona Norte Zona Central

Zona Sul SC – 449

Mapa de Área Urbana Sem escala.

Avenida Beira-Mar

Fig. 40.

Fonte: Elaborado pela autora.

56 Para a seleção da área de implantação do Cohousing Sênior, foram realizadas duas etapas: a delimitação e a escolha do recorte. A

01

Leva-se em consideração a proximidade com

partir da análise de equipamentos públicos, da infraestrutura urbana,

paradas de ônibus, vias de acesso ao recorte

da topografia e dos vazios urbanos, delimitou-se a zona central para a implantação.

Na

segunda

etapa, a

zona

central foi

analisada

mais

MOBILIDADE URBANA

e à Avenida Beira-Mar.

02

EQUIPAMENTOS INSTITUCIONAIS

profundamente com base em quatro critérios essenciais ao projeto,

Analisa-se se há equipamentos próximos

finalizando na escolha da área do recorte.

como postos de saúde, praças e áreas de

Os quatro critérios definidos para a implantação do cohousing foram: mobilidade urbana, equipamentos institucionais, topografia e infraestrutura urbana. Considerando que o público alvo são idosos

lazer.

03

TOPOGRAFIA

acima de 60 anos, atribui-se como critérios principais a proximidade

Deve-se levar em consideração a topografia

com comércios, equipamentos institucionais e a Avenida Beira-Mar –

plana, uma vez que o espaço projetado visa o

principal local de caminhadas e prática de ciclismo do município. Além

público idoso.

disso, levando em consideração a importância da mobilidade e do transporte público na rotina de idosos, são preferíveis recortes que possuem ponto de ônibus a um raio de até 400m.

04

INFRAESTRUTURA URBANA Observa-se se as vias e calçadas possuem

acessibilidade, se há coleta de lixo e os comércios do entorno.

Zona Norte

1

2 3

4

5

Mapa Zona Central Sem escala.

Fig. 41.

Fonte: Elaborado pela autora.

LEGENDA Possíveis Recortes Parada de ônibus Posto de Saúde

Praças Áreas de lazer Zona Sul

SC - 449

Vias Arteriais Vias Coletoras Vias locais (sem marcação)

58 SISTEMA VIÁRIO ZONA CENTRAL Mapa Sistema Viário Sem escala.

Fig. 42.

Fonte: Elaborado pela autora.

O sistema viário da Zona

Central

é

caracterizado

principalmente pelas avenidas.

Como mostrado nas figuras 43 a

51 ao lado, nesta área existem 1

4

5

2

seis avenidas. A Av. Interpraias e 3

LEGENDA

Av. Beira-Mar caracterizadas por

Zona Norte

serem

Zona Central

restante

Zona Sul

juntamente com a Av. Santa

SC – 449

Catarina formam um eixo de

Av. Santa Catarina

comércios e serviços. Enquanto

Segunda Avenida

que o restante das avenidas

Terceira Avenida

(figuras 43 a 51), como mostrado

Quarta Avenida

nas figuras ao lado, são formadas

Av. Interprais

predominantemente

arteriais, do

conectam município

o e,

de

Avenida Beira-Mar residências, e atuam como vias Possíveis recortes coletoras.

59 AV. BEIRA-MAR

TERCEIRA AV.

QUARTA AV.

Via arterial paralela à Avenida Interpraias,

Atua como via coletora no município.

Atualmente é via coletora, entretanto,

as duas avenidas conectam o município.

Caracteriza-se

percebe-se o crescimento de comércios

São compostas por comércios.

residencial.

e serviços ao longo da avenida.

Fig. 43 a 45. Avenida Beira-mar, Balneário Gaivota.

Fig. 46 a 48. Terceira Av., Balneário Gaivota.

Fig. 49 a 51. Quarta Av., Balneário Gaivota.

Fonte: Acervo da autora.

Fonte: Acervo da autora.

Fonte: Acervo da autora.

por

ser

uma

via

60 DEFINIÇÃO E JUSTIFICATIVA DO RECORTE Após definir quatro critérios gerais, definiu-se sete critérios que especificam detalhadamente as necessidades do recorte,

que foram: distância de caminhada de paradas de ônibus, postos de saúde, praças e áreas de lazer e da Avenida Beira-Mar; ainda foi analisado se a topografia é acentuada, as calçadas e vias de acesso acessíveis e se possui comércios básicos no entorno, como mercados e farmácias.

Uma vez que estes critérios foram definidos e analisados, conclui-se que o melhor recorte para a implantação do cohousing sênior é o RECORTE 2. Este recorte foi escolhido principalmente por estar em uma localização privilegiada, pois em seu entorno há posto de saúde e comércios essenciais do dia-a-dia. Apesar da Avenida Beira-mar estar a 770m, considera-se

mais apropriado priorizar as atividades diárias.

PARADAS DE ÔNIBUS

POSTOS DE SAÚDE

PRAÇAS E ÁREAS DE LAZER

AVENIDA BEIRA-MAR

TOPOGRAFIA

VIAS E CALÇADAS ACESSÍVEIS

COMÉRCIOS NO ENTORNO

RECORTE 1

150m - 2min

590m – 7min

930m - 10min

840m - 9min

ACENTUADA

NÃO POSSUI

POSSUI

RECORTE 2

50m - 1min

440m – 5min

1km - 11min

770m - 8min

PLANA

POSSUI

POSSUI

RECORTE 3

0m – 0min

390m – 4min

1,1km - 12min

650m - 7min

ACENTUADA

POSSUI

POSSUI

RECORTE 4

180m - 2min

490m – 6min

560m - 6min

900m - 10min

PLANA

NÃO POSSUI

POSSUI

RECORTE 5

270m - 3min

730m - 8min

800m - 9min

1,2km - 13min

PLANA

NÃO POSSUI

NÃO POSSUI

61 RECORTE 2 Localizado na área central do município,

no bairro Praia da Gaivota, possui acesso pela Avenida Santa Catarina (via arterial) e pela Rua das Palmeiras (via local). O recorte possui

3.600m². É de fácil acesso a paradas de ônibus, comércios como posto de gasolina, fruteira, mercado, igreja, academia, farmácias, posto de

saúde

e

pontos

de

ônibus,

conforme

As calçadas e vias do entorno estão bem

com

Fig. 52.

Fonte: Elaborado pela autora.

0

200

Raio 400m posto gasolina

de

fruteira

mercado

apresentado na figura 52.

estruturadas

Mapa de Identificação do Recorte

acessibilidade,

proporcionando um bom trajeto de caminha à

igreja academia posto de saúde

Avenida Beira-Mar, que está localizada a 770m.

Além disso, possui topografia plana garantindo melhor acessibilidade aos espaços projetados.

farmácia LEGENDA

Recorte 2 Vias Arteriais Vias Coletoras

Vias Locais

62

ESCALA DO TERRENO EQUIPAMENTOS DO ENTORNO Para levantamento de equipamentos do entorno do

Mapa de Equipamentos Fig. 53.

Fonte: Elaborado pela autora.

0

Raio 400m

200

recorte, estabelece-se um raio de 400m – distância de caminhabilidade indicada para idosos. Sendo assim,

percebe-se que o entorno possui os equipamentos, comércios e serviços essenciais no dia a dia em um raio de caminhabilidade

confortável.

Nas

imagens

ao

lado,

exemplifica-se alguns equipamentos, serviços e comércios que existem

no entorno do

recorte, para

melhor

compreensão da área.

LEGENDA

Supermercado

Pousada

Igreja

Posto de Gasolina

Mecânica de automóveis

Restaurante

Loja de Materiais de Construção

Camping

Dentista

Academia

Farmácia

Despachante

Banco

Salão de Beleza

Lotérica

Fruteira

Posto de Saúde Recorte

63

Fig. 54. Posto de Gasolina.

Fig. 55. Academia.

Fig. 56. Igreja Católica.

Fig. 57. Loja de Construção.

Fig. 58. Banco.

Fonte: acervo da autora.

Fonte: Acervo da autora.

Fonte: Acervo da autora.

Fonte: Acervo da autora.

Fonte: Acervo da autora.

Fig. 59. Camping.

Fig. 60. Supermercado.

Fig. 61. Posto de Saúde.

Fig. 62. Dentista.

Fig. 63. Farmácia.

Fonte: acervo da autora.

Fonte: Acervo da autora.

Fonte: Acervo da autora.

Fonte: Acervo da autora.

Fonte: Acervo da autora.

Nas imagens acima, exemplifica-se alguns equipamentos, serviços e comércios que existem no raio de caminhabilidade de

400m do recorte escolhido. Percebe-se que o recorte possui serviços essenciais para o dia-a-dia dentro deste raio.

64 USO DO SOLO Mapa de Usos Esc: 1/15.000 Fig. 64.

Fonte: Elaborado pela autora.

Apesar de estar localizado na zona central, o recorte é composto

predominantemente

por

residências.

Isto

é

característico do município, uma vez que foi recentemente Raio 800m

emancipado, entretanto, a zona central caracteriza-se por

Raio 400m

estar em transformação, com cada vez mais comércios, serviços e edifícios mistos.

LEGENDA Uso Residencial Uso Misto Vazio Urbano Uso comércio/serviço Uso Institucional Uso Público Recorte

Fig. 65. Camping.

Fonte: Acervo da autora.

do

município, assim como alguns usos institucionais. No raio de 800m podemos notar a presença da prefeitura, postos de saúde, agência de correios, escola de ensino médio e creche. Ainda neste raio,

chega-se

a

Avenida

Beira-Mar,

caracterizada por ser o principal local de caminhadas e ciclismo. Ao sudeste,

AV. BEIRA-MAR

serviços

VAZIOS URBANOS

e

ESCOLA

comércios

PREFEITURA MUNICIPAL

principais

POSTOS DE SAÚDE

No raio de 400m encontram-se os

CRECHE

65

percebe-se um número maior de vazios urbanos,

proveniente

de

um

novo

loteamento no local.

Ao lado exemplifica-se com as figuras 66 a 77, as pré-existências do entorno do recorte.

Fig. 66 a 77. Zona Central.

Fonte: Acervo da autora.

66 CONDICIONANTES O recorte surge do remembramento de 12 lotes, com o

total de 3.600m² de área. O município de Balneário Gaivota não possui Plano Diretor, por isso, utiliza-se do Plano Diretor de Sombrio. A zona escolhida foi a Zona de Médio Densidade 2

(ZMD-2) de Sombrio, que possui os seguintes índices urbanísticos:

2

1

Mapa do Recorte Esc: 1/1.500 Fig. 78.

Fonte: Elaborado pela autora.

Raio 100m

LEGENDA Recorte Edificações existentes

67 CARACTERÍSTICAS DO TERRENO O terreno é caracterizado por ter acesso frontal na Avenida Santa Catarina e dois outros acessos laterais pela Rua das Palmeiras e pela Rua Vidal Ramos, esta última ainda não

pavimentada. Entende-se que a Avenida Santa Catarina, por tratar-se da entrada da cidade, torna-se muito movimentada, por isso considera-se propor os acessos pelas vias laterais.

Quanto

a

topografia,

contatou-se

que

é

2

plana,

propiciando mais acessibilidade ao projeto. No entorno imediato do recorte, encontram-se algumas edificações, como

1

academia, loja de materiais de construção, igreja, cartório e residências.

Mapa do Recorte Esc: 1/1.500 Fig. 81.

Fonte: Elaborado pela autora.

1 Fig. 79 e 80. Imagens do terreno.

Fonte: Google Earth.

2

Raio 100m

LEGENDA Recorte Edificações existentes

4

PARTIDO

CONJUNTO RESIDENCIAL QUARTIER AM WALD

69

DESTAQUE PARA ESCOLHA IMPLANTAÇÃO – MATERIALIDADE - VOLUMETRIA

FICHA TÉCNICA

Foram construídas vinte casas geminadas duas a duas, dois blocos de três

Projeto: Störmer Murphy and Partners

casas geminadas, e cinco edifícios de apartamentos cada um com quatro unidades, organizados em grupos em torno de pátios comunitários. Na parte

central do terreno há um centro comunitário que acomoda um abrigo para

Localização: Worpswede, Alemanha

Ano: 2020 Área: 11.305m²

idosos e uma creche. (ARCHDAILY BRASIL, 2021) O desenho geral do conjunto, com telhados marcantes de uma água e

materialidade uniforme com elementos de madeira aparente na fachada, confere uma identidade inconfundível que é ao mesmo tempo homogênea e distinta.

(ARCHDAILY BRASIL, 2021) Madeira nas fachadas

Telhados marcantes de uma água

Centro comunitário no centro, proporcionando fácil acesso

Passeios acessíveis Disposição das casas de modo a criar pequenos espaços de convivência

Fig. 82. Conjunto Residencial Quartier Am Wald.

Fonte: Archdaily, 2021.

Fig. 83. Conjunto Residencial Quartier Am Wald. Implantação.

Fonte: Archdaily, 2021.

70

CO-RESIDÊNCIA NANTERRE

DESTAQUE PARA ESCOLHA CONEXÃO ENTRE MORADIAS - ÁREAS COMUNS – ESPAÇOS DE CONVIVÊNCIA

FICHA TÉCNICA

O projeto construtivo é composto por dois edifícios conectados por uma

Projeto: MaO architectes, Tectône

ponte pedonal, como mostrado nas figuras abaixo, que serve a todas as moradias

Localização: Nanterre, França

no pavimento superior. Este desenho proporciona moradias com generosa

Ano: 2015

iluminação natural e aumenta o número de aspectos possíveis. (ARCHDAILY

Área: 158m²

BRASIL, 2016) No comuns

térreo, (salão

as

áreas

multiuso,

cozinha, lavanderia, ateliê de bricolagem, bicicletário, etc.) abrem-se a uma horta coletiva.

Aqui, mais do que em outros lugares, os espaços ao ar livre contribuem para a convivência

e interação entre os habitantes.

(ARCHDAILY BRASIL, 2016)

Fig. 84, 85 e 86. Co-residência Nanterre.

Fonte: Archdaily, 2016.

71

O jardim não é somente um jardim de flores visualmente estimulante. É, principalmente, uma área a ser compartilhada, criando a interação social entre os

residentes, um dos diversos espaços comuns localizados no térreo (sala comum com cozinha compartilhada de 60

Bicicletário coberto Área comum

Cozinha, lavanderia e depósito comunitário

Horta comunitária

m2, um ateliê de bricolagem, bicicletário coberto, hortas e um terraço comum). (ARCHDAILY BRASIL, 2016) Bicicletário coberto

Fig. 87. Co-residência Nanterre. Corte.

Fonte: Archdaily, 2016.

Área comum

Jardim

Fig. 88. Co-residência Nanterre. Planta Baixa Térreo.

Fonte: Archdaily, 2016.

72

FAIR OAKS ECOHOUSING

DESTAQUE PARA ESCOLHA IMPLANTAÇÃO – ESPAÇOS COMUNS

FICHA TÉCNICA

A Fair Oaks EcoHousing é composta por cinco plantas baixas, variando em

Projeto: Mccamant & Durrett Architects

tamanho de dois a quatro quartos, incluindo flats e moradias. Além das residências

Localização: Fair Oaks, CA, EUA

particulares, os residentes têm acesso a amplas instalações comuns, incluindo

Ano: 2016

piscina, spa, oficina e o Club House com sala de jantar/reunião, cozinha, lounge, brinquedoteca, lavanderia, sala de ioga/música e dois quartos de hóspedes.

Casa comum

Estacionamento

Fig. 89. Fair Oaks Ecohousing. Implantação.

Fonte: fairoaksecohousing.org.

Acessos pelo centro do lote

SÍNTESE CONJUNTO

73 RESIDENCIAL

CO-RESIDÊNCIA NANTERRE

QUARTIER AM WALD

FAIR OAKS ECOHOUSING

CONEXÃO ENTRE MORADIAS -

IMPLANTAÇÃO

IMPLANTAÇÃO – MATERIALIDADE

ÁREAS COMUNS – ESPAÇOS DE

COMUNS

– VOLUMETRIA

CONVIVÊNCIA A

A

implantação

implantação

–

ESPAÇOS

em

terreno

proporcional do

No térreo, a disposição das áreas

retangular

centro comunitário no centro do

comuns (salão multiuso, cozinha,

interno, com acesso às residências

lote

A

lavanderia, ateliê de bricolagem,

privativas e aos espaços comuns.

disposição das casas cria pequenos

bicicletário, etc.) abrem-se a uma

Possui

espaços de convivência.

horta coletiva.

espaços comuns, assim como o

revestidas

Conexão entre as moradias por

estacionamento é localizado na

madeira.

meio de jardins, espaços verdes e

periferia do terreno, sem fluxo de

uma ponte pedonal.

automóveis no interior do lote.

possibilita

fácil

Fachadas uniformemente Volumetria

com

com

acesso.

destaque

ao

proporciona

grande

variedade

telhado de uma água.

Fig. 90. Conjunto Residencial Quartier Am Wald.

Fig. 91. Co-residência Nanterre.

Fig. 92. Fair Oaks Ecohousing.

Fonte: Archdaily, 2021.

Fonte: Archdaily, 2016.

Fonte: fairoaksecohousing.org.

fluxo

de

74

DIRETRIZES E INTENÇÕES PROJETUAIS

01

INTENÇÃO:

PROMOVER INTEGRAÇÃO ENTRE ESPAÇOS ABERTOS E CONSTRUÍDOS.

DIRETRIZ:

ELABORAR UM PROJETO QUE CONECTE OS ESPAÇOS ABERTOS DE CONVIVÊNCIA, POR MEIO DE TERRAÇOS, TRANSPARÊNCIAS OU ELEMENTOS VAZADOS.

02

INTENÇÃO:

ESTIMULAR A APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO PELOS USUÁRIOS.

DIRETRIZ:

DESENVOLVER

ESPAÇOS

DINÂMICOS

E

FLEXÍVEIS

QUE

OBTENHAM

CONFIGURAÇÕES DIVERSIFICADAS DE ACORDO COM A NECESSIDADE DE SEU USO.

03

INTENÇÃO:

TRABALHAR COM ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS.

DIRETRIZ:

BUSCAR O CONFORTO AMBIENTAL POR MEIO DO APROVEITAMENTO MÁXIMO DA INSOLAÇÃO E VENTILAÇÃO NATURAIS NOS AMBIENTES.

04 Fig. 93 a 96. Esquemas.

INTENÇÃO:

MARCAR A ESQUINA COMO UM PONTO IMPORTANTE PARA O PROJETO, RELACIONANDO O ESPAÇO PÚBLICO E O PRIVADO.

DIRETRIZ:

RELACIONAR A ESQUINA DO LOTE COMO UM ESPAÇO PÚBLICO PARA PEDESTRES.

Fonte: Elaborado pela autora.

CARACTERIZAÇÃO DO TEMA

75

O QUE É?

Cohousing sênior (moradia para idosos).

O QUE POSSUI? Residências privativas, espaços compartilhados como cozinha, lavanderia, hortas e depósitos.

QUEM FINANCIAS? Iniciativa privada.

QUEM SÃO OS USUÁRIOS? Idosos a partir de 60 anos.

O QUE OFERECE? Um sistema de vizinhança que incentiva a interação social entre os

moradores, Proporciona uma rede de auxílio mútuo, de modo a incentivar um envelhecimento mais ativo e saudável.

QUAL A ABRANGÊNCIA?

Municipal.

ESTIMATIVA DE PÚBLICO? 21 habitações, totalizando aproximadamente 77 habitantes.

Fig. 97. Idosos.

Fonte: freepik.com.

76

ESTUDOS DE CONDICIONANTES

CONDICIONANTES FÍSICOS

LEGENDA

Como condicionantes físicos tem-se a insolação,

Área edificável

ventilação e topografia. Adotou-se como diretriz

Área livre

a busca pelo conforto ambiental, por meio do

Fluxo de automóveis

aproveitamento

Vento nordeste

máximo

de

insolação

e

ventilação. Posto isto, propõe-se edificar as

Conexões de espaços

fachadas do lote e criar espaços internos que

O conjunto é implantado de maneira que crie níveis de espaços: os espaços públicos de lazer e os privados (residências).

Possui também uma conectividade entre os espaços externos e internos e conexões entre os edifícios.

Partindo dos estudos de implantação obtém-se o zoneamento e a setorização dos espaços.

Em seguida são feitos os estudos de volumetria.

possibilitem a circulação de ventos.

CONDICIONANTES URBANÍSTICOS Os índices urbanísticos aplicados possibilitam as

seguintes metragens máximas: COEFICIENTE DE APROVEITAMETO

3,5

12.600m²

TAXA DE OCUPAÇÃO

58%

2.088m²

TAXA DE PERMEABILIDADE

25%

900m²

Fig. 98 e 99. Esquemas.

Fonte: Elaborado pela autora.

PROGRAMA DE NECESSIDADES

77 RESIDÊNCIAS

Para a elaboração do programa de

AMBIENTE PRIVADO

necessidades e do pré-dimensionamento, tevese como base os referenciais arquitetônicos e conceituais

analisados,

necessidades projetuais.

assim

levantadas Foi

também,

nos

como

proposto

um

TIPOLOGIA 1

noite. O projeto possui como proposta 3 setores,

1 banheiro

14

36m² - 55m²

TIPOLOGIA 2

1 banheiro

7

59m² - 69m²

455m²

1

60m²

60m²

Copa e sala de estar 2 dormitórios TIPOLOGIA DE HÓSPEDES

2 banheiros Copa

final. com dormitórios, banheiro, sala e copa

(cozinha básica).

• Espaço coliving: ambientes compartilhados destinados a tarefas básicas do dia a dia.

• Espaços sociais: ambientes compartilhados para confraternizações, como sala de jogos e

637m²

2 dormitórios

interdependentes, que compõem o resultado • Residências: ambiente privado que conta

TOTAL

copa e sala de estar

restaurante/café na esquina, com o intuito de

trazer vitalidade para o espaço no período da

METRAGEM

1 dormitório

as

referenciais

QUANTIDADE

AMBIENTE COMPARTILHADO

TOTAL

1152m²

ESPAÇO COLIVING* TOTAL COM PAREDE (25%)

1440m²

QUANTIDADE

METRAGEM

TOTAL

COZINHA

1

35m²

35m²

LAVANDERIA

1

20m²

20m²

DEPÓSITO

1

13m²

13m²

SANITÁRIOS

2

3m²

6m²

HORTA

1

30m²

30m²

6 vagas

15m²

90m²

1

38m²

38m²

ESTACIONAMENTO SALA COMERCIAL

sala de jantar. *espaços de vivência compartilhados.

TOTAL

232m²

TOTAL COM PAREDES (25%)

290m²

78 As residências possuem 2 tipologias, com um e dois dormitórios, com o intuito de abranger as mais diversas

necessidades. Foi proposta uma tipologia destinadas aos quartos de hóspedes compartilhados, destinados para eventuais visitas e

GRÁFICO DE OCUPAÇÃO POR SETOR 55,40%

RESIDÊNCIAS ESPAÇO COLIVING

11,15%

ESPAÇOS SOCIAIS

33,43%

para uso de prestadores de serviços, como enfermeiras ou

auxiliares.

TOTAL

100% = 2.599m²

ESPAÇOS SOCAIS AMBIENTE COMPARTILHADO

QUANTIDADE

METRAGEM

No pátio central propõe-se a criação de um

ACADEMIA

1

80m²

SALA DE IOGA/MEDITAÇÃO

1

30m²

1

350m²

ATELIÊ

1

45m²

outros. Enquanto que o home office e biblioteca é um

SALA DE JANTAR

1

40m²

espaço para o residente que ainda não é aposentado ou

SALA DE ESTAR/TV

1

60m²

que possui alguma atividade que necessite mais

SALA DE JOGOS

1

50m²

HOME OFFICE/BIBLIOTECA

1

40m²

PÁTIO CENTRAL

JARDIM SENSORIAL ESPAÇO PETS

jardim sensorial e de um espaço para pets, visando terapias holísticas. O ateliê é de multiuso, podendo ser

utilizado para marcenaria, jardinagem, artesanato, entre

tranquilidade e privacidade.

TOTAL

695m²

Obs:

TOTAL COM PAREDE (25%)

869m²

desenvolvimento do partido.

o

programa

de

necessidades

pode

variar

com

o

ESTUDOS DE PROJETO

79

HIERARQUIA DOS ESPAÇOS Observa-se que a Avenida Santa Catarina e a esquina são os principais condicionantes para o projeto. Adotou-se como diretriz relacionar a esquina do lote com o entorno, conectando a edificação com o espaço criado. Além disso, visando a insolação e ventilação, define-se uma área livre no centro do lote.

FLUXO DE PEDESTRES E VEÍCULOS Embora a edificação seja facilmente acessada por transporte público, o acesso de veículos faz-se necessário no cotidiano. Após análises, estabelecese a Rua Vidal Ramos como melhor via de acesso de veículos, adotando-se a criação de um estacionamento no fundo do lote, com o fluxo de veículos por uma das laterais.

LEGENDA Residências Espaços sociais

ZONA ARTICULADA

Espaço coliving

Uma das áreas mais importantes do Cohousing são os espaços sociais. Eles estabelecem-se como um espaço de recreação e troca de experiências, tendo caráter articulador. Logo, fica estabelecido que este espaço deve se localizar na área central, onde conecta-se ao restante dos espaços e também à rua.

Estacionamento Pátios Acesso de automóveis Conexões de espaços Acessos Fig. 100 e 101. Esquema de Implantação.

Fonte: Elaborado pela autora.

Edificações existentes

80

O espaço coliving foi proposto na fachada da Avenida Santa Catarina e a maioria das residências para via menos movimentada, Rua Vidal Ramos, promovendo mais privacidade para os moradores. A

insolação

também

foi

fator

determinante no processo de concepção de projeto, e para que os dormitórios fossem voltados para norte e leste, foram propostas diferentes plantas baixas em cada tipologia, assegurando-se que todos os cômodos recebam a insolação necessária.

Foram propostos dois acessos de pedestres, o acesso principal na esquina da Avenida Santa Catarina e o acesso secundário pela esquina da Rua das Palmeira e Rua Vidal Ramos. Ainda na esquina da Avenida Santa Catarina foi proposto um espaço ao ar livre, como mostrado no esquema de implantação (Figura 100). O acesso de veículos ao estacionamento do cohousing foi proposto pela lateral do lote no recuo e pela Rua Vidal Ramos.

Após os estudo de projeto e a planta baixa setorizada e definida, de acordo com

as diretrizes e intensões projetuais, obtém-

Permitido

Utilizado

se a implantação final (Figura 101). A partir

COEFICIENTE DE APROVEITAMETO

3.5

12.600m²

0.50

1.815m²

disto, foram calculadas as taxas atingidas

TAXA DE OCUPAÇÃO

58%

2.088m²

35%

1.284m²

dos Condicionantes Urbanísticos e foi

TAXA DE PERMEABILIDADE

25%

900m²

65%

2.316m²

iniciada a volumetria.

81 EVOLUÇÃO DA FORMA

01

02

Forma inicial resultante do lote.

Área

03

edificável

resultante

dos

Aberturas

para

acesso

de

esquemas de implantação, criando

pedestres e veículos e ventilação

se um espaço central de convívio e

dos espaços.

lazer.

04

05

06

Subtração da área frontal para

Adição do segundo pavimento para

Volumetria final com recortes de

acesso de pedestres. Adição de

aumentar espaço de residências.

ventilação e insolação no volume.

dois

volumes

para

aproveitamento do recorte.

melhor

LEGENDA Subtração

Adição

82 FLUXOS

PÚBLICO X PRIVADO

LEGENDA

LEGENDA

Fluxo de veículos

Público

Semi privado fechado

Fluxo de pedestres

Privado

Semi privado aberto

Fig. 102. Esquema de fluxos. Sem escala.

Fig. 103. Esquema de público e privado. Sem escala.

Fonte: Elaborado pela autora.

Fonte: Elaborado pela autora.

ACESSO DE VEÍCULOS

83 FUNCIONOGRAMA

TIPOLOGIA 2

ATELIÊ TIP. 1

TIP. 1

TIP. 1

TIP. 1

TIP. 1

TIP. 2

ACESSO HOME OFFICE

TIPOLOGIA 2

SECUNDÁRIO

IOGA/ MEDITAÇÃO

CIRC. VERTICAL

SALA DE ESTAR

SALA DE JOGOS

ACADEMIA

ESTACIONAMENTO ACESSO PRINCIPAL

TIPOLOGIA 1

TIPOLOGIA 2

LAV ABO

DEP ÓSI TO

SERVIÇO

TIPOLOGIA 1

ACESSO DE

TIP. DE HÓSPEDES

LAVA NDERI A

COZINHA/ JANTAR

COZINHA /JANTAR

SALA COMERCIAL

ACESSO COMÉRCIO

84

IMPLANTAÇÃO Escala: 1/500 Há dois acessos de pedestres ao

cohousing:

o

principal

localizado

na

esquina juntamente com o espaço público e o comércio e o secundário localizado na

esquina superior.

O acesso de veículos na lateral do lote, pela Rua Vidal Ramos é para o

estacionamento,

destinado

aos

moradores. Enquanto que o acesso pela Avenida Santa Catarina é de serviço,

proporcionando

um

estacionamento

temporário para carga e descarga de suplementos.

LEGENDA Acesso de pedestres ao cohousing Acesso de pedestres ao comércio Acesso de veículos

PLANTA BAIXA TÉRREO LEGENDA

Escala: 1/500

Tipologia 1 Tipologia 2

B

Tipologia de hóspedes

A

A

B

Varal B

Lavanderia B

Sanitário

B

Depósito B

C

Cozinha Sala de Jantar

C

Sala comercial C

Sala de Estar/TV Sala de Jogos Academia Sala de Ioga/Meditação Home Office/Biblioteca Ateliê Estacionamento Horta Circulação Vertical Circulação Horizontal

85

86

PLANTA BAIXA 2º PAVIMENTO Escala: 1/500

B A D E

A B

B B

B B

LEGENDA Tipologia 1 Tipologia 2 Circulação Vertical Circulação Horizontal

TIPOLOGIAS

87

TIPOLOGIA 1 Escala: 1/125

Tipologia 1 A

Tipologia 1 B

Tipologia 1 C

Área: 48m²

Área: 36m²

Área: 53m²

88 TIPOLOGIA 1

TIPOLOGIA DE HÓSPEDES

Escala: 1/125

Escala: 1/125

Tipologia 1 D

Tipologia 1 E

Tipologia de Hóspedes

Área: 45m²

Área: 55m²

Área: 60m²

89 TIPOLOGIA 2 Escala: 1/125

Tipologia 2 A

Tipologia 2 B

Tipologia 2 C

Área: 59m²

Área: 69m²

Área: 68m²

90

CORTES Rua das Palmeiras

Acesso Garagem

CORTE AA Esc: 1/500 Volumetria 2º pav.

Varal

Pré-existência Rua das Palmeiras

CORTE BB Esc: 1/500

LEGENDA Tipologia 1 Tipologia 2

Rua Vidal Ramos

Estacionamento

Av. Santa Catarina

Tipologia de hóspedes Lavanderia Sala Comercial Sala de Jantar/Reunião Ateliê

CORTE CC Esc: 1/500

91 Av. Santa Catarina

Volumetria 2º pav.

CORTE DD

Acesso principal

Rua Vidal Ramos

Volumetria reservatório

Tip. 2

Tip. 2

Tip. 2

Tip. 2

Esc: 1/500

Estacionamento

Tip. 1

LEGENDA Academia Sala de Ioga/Meditação

Acesso Reservatório estacionamento

Av. Santa Catarina

Tip. 1

Tip. de Hóspedes Sala Comercial

Rua Vidal Ramos

Pátio Central

CORTE EE Esc: 1/500

Sala de Ioga/Meditação

Rua das Palmeiras

Home Office/Biblioteca Ateliê CORTE FF Esc: 1/500

92

VOLUMETRIA E MATERIALIDADE Pátio central

Circulação vertical

Acesso principal

Acesso secundário

A forma do equipamento é resultado da ideia de criar um pátio central de convívio aos usuários, estabelecer um espaço público na

esquina do terreno com comércio e da orientação solar, favorecendo os dormitórios

Terraço verde Cobertura com

direcionado para leste e norte. A volumetria

telha sanduíche

chanfrada na esquina destaca o comércio e cria um espaço de refeições externo, assim como o terraço verde. Para atender a

necessidade

de

mais

tipologias

de

residências, foi escolhido criar um contraste de volumes com um segundo pavimento em

forma de L. A materialidade escolhida foi alvenaria comum com lajes de concreto Laje de concreto

armado, juntamente com o uso de vidro e

madeira. Na cobertura optou-se pela telha Cobertura de vidro com estrutura metálica Fig. 104. Perspectiva área.

Fonte: Elaborado pela autora.

sanduíche,

devido

termoacústico.

ao

seu

desempenho

93 O acesso principal ao cohousing (figura 106), localizado

Acesso de serviço

Comércio

Academia

entre a academia e o comércio, foi feito recuado na volumetria e marcado

com

uma

laje

superior,

proporcionando

mais

tranquilidade no acesso.

No espaço público da esquina (figura 105), foram colocados bancos e árvores, visando gerar mais vida e integração à esquina.

No acesso lateral de serviço (figura 107) foi proposto um ripado de madeira na divisa com o varal, que permite ventilação

Fig. 105. Espaço público da esquina.

mas proporciona certa privacidade aos residentes.

Fonte: Elaborado pela autora.

Acesso principal

Academia

Ripado de madeira

Acesso de serviço

Laje

Fig. 106. Acesso principal ao cohousing.

Fig. 107. Acesso lateral de serviço.

Fonte: Elaborado pela autora.

Fonte: Elaborado pela autora.

Comércio

94

Ateliê

Pergolado de madeira

Acesso principal Espaço pets

Fig. 108. Acesso secundário.

Fig. 109. Espaço pets.

Fonte: Elaborado pela autora.

Fonte: Elaborado pela autora.

Área de lazer

Pergolado de madeira

Na esquina da Rua Vidal Ramos e Rua das Palmeiras, foi proposto um acesso secundário (figura 108 e 110) com espaço de lazer ao ar livre.

No pátio central foi proposto um espaço pets (figura 109), jardins com vegetação e bancos (figura 111, 112 e 113) e um deck com pergolado de madeira (figura 114) que gera uma conexão

entre a sala de estar/TV, a cozinha e sala de jantar e o pátio central, configurando-se com um espaço de convívio ao ar livre.

Fig. 110. Acesso secundário.

Fonte: Elaborado pela autora.

95

Horta

Deck

Fig. 111. Pátio central.

Fig. 112. Pátio central.

Fonte: Elaborado pela autora.

Fonte: Elaborado pela autora.

Horta

Deck

Fig. 113. Pátio central.

Fig. 114. Deck.

Fonte: Elaborado pela autora.

Fonte: Elaborado pela autora.

5

CONCLUSÃO

97 O presente Trabalho Final de Graduação I teve como

objetivo estudar e fundamentar uma proposta de moradia coletiva para idosos, o Cohousing Sênior, no município de Balneário Gaivota/SC. Considerando a ausência de moradias

adequadas para idosos no município e na região e a crescente população idosa, justifica-se a inserção da moradia no recorte.

Na fundamentação teórica, estabeleceu-se o embasamento

sobre o que é um cohousing sênior e como ele funciona através de suas características, permitindo melhor entendimento das necessidades do público-alvo.

No partido buscou-se através da linguagem arquitetônica e da materialidade a concepção de espaços compartilhado e privados que se conectassem, priorizando a facilidade de fluxo e

de acessos. Nas residências foram pensadas soluções que abrangessem todas as necessidades físicas dos idosos.

Por fim, as análises e estudos arquitetônicos de partido,

fundamentam a continuidade do desenvolvimento do cohousing no Trabalho Final de Graduação II, com a concepção do anteprojeto arquitetônico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

99 ABNT. ABNT NBR 9050: acessibilidade a edifcações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 2020. Disponível em: https://www.caurn.gov.br/wp-content/uploads/2020/08/ABNT-NBR-9050-15-Acessibilidade-emenda-1_-03-08-2020.pdf.

Acesso

em: 30 nov. 2020.

ANDRADE, Victor; LINKE, Clarisse Cunha. Cidades de pedestres: : a caminhabilidade no brasil e no mundo. : A caminhabilidade no Brasil e no mundo. 2017. Disponível em: http://itdpbrasil.org/wp-content/uploads/2018/12/Cidades-de-pedestres_FINAL_CCS.pdf. Acesso em: 08 abr. 2021.

BEZERRA,

Jessica

Bittencourt.

Cohousing,

uma

alternativa

de

habitat

coletivo.

2015.

Disponível

em:

http://docplayer.com.br/70324466-Projeto-de-pesquisa-cohousing-uma-alternativa-de-habitat-coletivo.html. Acesso em: 16 nov. 2020.

BRASIL, Atlas. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Disponível em: http://www.atlasbrasil.org.br/. Acesso em: 29 nov. 2020.

BERNARDO, Maria Alva. Estudo de tipologias do morar para terceira idade em edifício de apartamentos. 2005. Disponível em: http://repositorio.ufes.br/handle/10/6172. Acesso em: 30 nov. 2020.

BRACIALI, Maria Catarina Lavrador. A reverência que devemos aos nossos ancestrais: o papel do idoso na família e na sociedade.

2009. Disponível em: http://publicacoes.unifran.br/index.php/investigacao/article/view/35. Acesso em: 14 dez. 2020.

CAVALCANTI,

Elora

Ventura

de

Góes.

...Há

jovens

velhos

e

velhos

jovens....

2019.

Disponível

em:

http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/21071. Acesso em: 29 nov. 2020.

Co-Residência

Nanterre

/

MaO

architectes

+

Tectône.

ArchDaily

https://www.archdaily.com.br/br/790510/co-residencia-nanterre-mao-architectes-plustectone?ad_source=search&ad_medium=search_result_projects. Acesso em: 15 abr. 2021.

Brasil,

2016.

Disponível

em:

100 Conjunto

Residencial

Quartier

am

Wald

/

Störmer

Murphy

and

Partners.

ArchDaily

Brasil,

2021.

Disponível

em:

https://www.archdaily.com.br/br/958307/conjunto-residencial-quartier-am-wald-stormer-murphy-andpartners?ad_source=search&ad_medium=search_result_projects. Acesso em: 15 abr. 2021.

FALEIROS, Vicente de Paula. Envelhecimento no Brasil do Século XXI: transições e desafios. transições e desafios. 2014. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/4755/475547142002.pdf. Acesso em: 29 nov. 2020.

Fair Oaks EcoHousing. Disponível em: https://www.fairoaksecohousing.org/. Acesso em: 15 abr. 2021.

HYPENESS, Redação. Cohousing: conheça o modelo de moradia sustentável baseado no compartilhamento. Disponível em: https://www.hypeness.com.br/2015/06/cohousing-conheca-o-modelo-de-moradia-sustentavel-que-chegou-no-brasil-e-tem-feitosucesso-por-aqui-2/. Acesso em: 15 nov. 2020.

IBGE. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/. Acesso em: 29 nov. 2020.

KEMPINSKI,

Carla.

Cohousing:

um

novo

jeito

de

morar.

Disponível

em:

https://condominiosc.com.br/jornal-dos-

condominios/comportamento/3760-cohousing-um-novo-jeito-de-morar. Acesso em: 15 nov. 2020.

MCCAMANT, K.; DURRETT, C. Creating Cohousing: Building sustainable communities. 1ªed. Grabriola Island, Canada: New Society Publishers, 2011.

MCCAMANT, K.; DURRETT, C. The Senior Cohousing Handbook:. New Society Publishers. 2 Edition. 2016, 300 p.

MCCAMANT, K.; DURRETT, C. The Senior Cohousing Handbook: A Community Approach to Independent Living. New Society Publishers. 2 Edition. 2009, 300 p.

101 MENDES, Márcia R.s.s. Barbosa. A situação social do idoso no Brasil: uma breve consideração. 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ape/v18n4/a11v18n4.pdf. Acesso em: 14 dez. 2020.

OKABE, Marcio. COHOUSING – UM CONCEITO INOVADOR DE CASA. Disponível em: http://marciookabe.com.br/economiacompartilhada/cohousing-um-conceito-inovador-de-casa/. Acesso em: 15 nov. 2020.

OLIVEIRA,

Caroline

Chaves

de.

Recanto

bem

viver:

moradia

cohousing

para

idosos.

2017.

Disponível

em:

https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/24102. Acesso em: 30 nov. 2020.

OLIVEIRA, Adriana Sarmento de; TREVIZAN, Patrícia Fernandes; BESTETTI, Maria Luisa Trindade; MELO, Ruth Caldeira de. Fatores ambientais

e

risco

de

quedas

em

idosos:

revisão

sistemática.

2014.

Disponível

em:

https://www.scielo.br/j/rbgg/a/Y3SnRmkjKx8WvvnktTKgzbP/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 20 mar. 2021.

PACÍFICA. COHOUSING: UM NOVO JEITO DE MORAR. 2019. Disponível em: http://pacifica.com.br/blog/2019/04/26/cohousing-umnovo-jeito-de-morar/. Acesso em: 20 mar. 2021.

Portal do Envelhecimento. Casa Segura. 2014. Disponível em: https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/casa-segura/. Acesso em: 04 abr. 2021.

QUEIRÓS, Elisabete Sousa. Empreendedorismo Social – Soluções inovadoras aplicadas às respostas sociais do envelhecimento: sênior cohousing. 2019. Disponível em: https://recipp.ipp.pt/handle/10400.22/15341. Acesso em: 15 nov. 2020.

ROSA, Mayra. Viver perto do mar faz bem à saúde. 2016. Disponível em: https://ciclovivo.com.br/vida-sustentavel/bem-estar/viverna-praia-faz-bem-para-a-saude-comprova-pesquisa/. Acesso em: 29 nov. 2020.

102 ROSA, Bruna Losekann; GOMES, Maria Eduarda Bristot. CONSTRUINDO A SUSTENTABILIDADE DO MUNICÍPIO DE BALNEÁRIO GAIVOTA. 2020. 15 f. Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, 2020.

RANIERI, Flavia. Como projetar para a terceira idade. 2020. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/898313/como-projetarpara-a-terceiraidade#:~:text=O%20arquiteto%20tem%20papel%20fundamental,dos%20espa%C3%A7os%20e%20das%20constru%C3%A7%C3%B5es.

Acesso em: 04 abr. 2021.

SILVA, Isaac Breno

dos

Santos. Cohousing

sênior:

moradia para a

terceira

idade

em Taquaruçu.

Disponível

em:

http://repositorio.uft.edu.br/handle/11612/1682. Acesso em: 15 nov. 2020.

SILVA, Rafaela Ferreira Cassola da. COHOUSING: UMA ALTERNATIVA DE MORADIA COLETIVA PARA TERCEIRA IDADE. 2018. Disponível

em: https://www.riuni.unisul.br/bitstream/handle/12345/7698/TCC-I%20RAFAELA%20CASSOLA.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 16 nov. 2020.

SEBRAE/SC.

Caderno

de

Desenvolvimento:

Balneário

Gaivota.

2019.

Disponível

em:

https://datasebrae.com.br/municipios/sc/m/Balneario%20Gaivota%20-%20Cadernos%20de%20Desenvolvimento.pdf. Acesso em: 29 nov. 2020.

The Cohousing Company. SILVER SAGE VILLAGE. Disponível em: http://www.cohousingco.com/view-communities#/silver-sage/.

Acesso em: 30 nov. 2020.

TROVO, R. T.; GOMES, G. F. M. COHOUSING: UM RESGATE DE CONCEITO DE COLETIVIDADE NA HABITAÇÃO. 2018. Disponível em: https://cic.unifio.edu.br/anaisCIC/anais2018/pdf/02_57.pdf. Acesso em: 02 abr. 2021.

103 UJIKAWA, Camila Mie. Vila dos Anciãos: intervenção urbana em área degradada destinada à habitação de convívio de idosos. 2010.

Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16138/tde-09062010-112012/publico/Vila_dos_Anciaos_Ujikawa_2010.pdf.

Acesso em: 30 nov. 2020.

Viva a Longevidade. O cohousing dos professores da Unicamp. 2018. Disponível em: https://www.vivaalongevidade.com.br/forum-dalongevidade/conheca-o-primeiro-cohousing-para-idosos-do-brasil. Acesso em: 20 mar. 2021.

World Health Organization. Envelhecimento ativo: uma política de saúde / World Health Organization. 2002. Disponível em:

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/envelhecimento_ativo.pdf. Acesso em: 30 nov. 2020.

ACADÊMICA: BRUNA LOSEKANN ROSA ORIENTADORA: PROFª MSc RÚBIA CARMINATTI PETERSON

COHOUSING SÊNIOR: UMA ALTERNATIVA DE MORADIA COLETIVA