LIVRO DE RESUMOS

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Seminário Internacional Alterações Climáticas e suas repercussões sócio-ambientais

São Tomé e Príncipe 20 a 23 de agosto de 2012

necessário responder a uma questão primordial: o que é necessário fazer para que em 2032 hajam motivos para assinalar um Rio+40? A inclusão na mesa das negociações dos contributos positivos na contabilidade das relações entre países, a construção de um suporte jurídico que sustente o interesse de toda a Humanidade, presente e futura, uma métrica comum e um valor comum, para medir e compensar as reais relações globais existentes, é uma tarefa civilizacional que se nos apresenta como herculiana. Se era realista pensarmos que da Rio+20 podia sair uma solução mágica, também não é sério pensarmos que podemos construir sociedades sustentáveis esverdeando procedimentos, sem intervir na estruturas da economia. E para isso ser um dia possível, temos primeiro que construir essas condições estruturais, que permitam a confiança, reciprocidade e previsibilidade para que seja possível alterar comportamentos. As condições estruturais que propomos são um suporte jurídico global e um sistema de contabilidade das relações globais. E se os acordos ainda não surgiram e os números dos limites do planeta continuam a ser pulverizados, é porque esse caminho ainda é apenas penumbra. Com os Congressos Internacionais de Gaia, EcoSaldo e Condomínio da Terra, pretendemos que Rio+20 seja um marco de mudança.

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Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, tem dedicado parte da sua atividade profissional à fotografia. Editou o livro "O Condomínio da Terra - Alterações climáticas e implicações jurídicas" que teve forte impacto a nível internacional, tanto através da Quercus como do canal Odisseia

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