Entrevista a Pedro Baltazar

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Entrevista

Tatiana Canas Jornalista tc@briefing.pt

Pedro Baltazar, administrador e proprietário da Nova Expressão

“Este é um ano perfeito para investir nas plataformas digitais”, prevê o dono da Nova Expressão, que espera fechar 2010 com um crescimento de 10% na sua facturação. Pedro Baltazar critica a falta de patriotismo que grassa na nossa economia: “No seu conjunto, as agências de meios portuguesas não ultrapassam os 6% ou 7% de quota de mercado, o que não é muito positivo para o país e deriva da falta de gosto pelo que é português. Das empresas do PSI-20, só quatro têm agências de meios nacionais”

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Julho de 2010

Ramon de Melo

Este é o ano do digital

Briefing | Como surgiu a ideia de montar este projecto, há 16 anos atrás? Pedro Baltazar | A Nova Expressão, que é uma agência de meios, nasceu como agência de comunicação. A ideia veio de uma empresa chamada Expressão, que faria agora 20 anos, resultado de um conjunto de pessoas ligadas à comunicação, que visava comunicar empresas cotadas. A Expressão foi produto de um conjunto de jornalistas maioritariamente oriundos da imprensa económica. Eu vinha da área de management. No meu caso, tratava-se de ser o director-geral de uma operação intitulada Expressão, que seria uma agência de comunicação especia-

lizada para os clientes portugueses que começavam a estar cotados no PSI-20, e com interesse em ter uma comunicação que mais tarde se veio a provar necessária. Briefing | Se o feedback à Expressão foi positivo, porquê criar a Nova Expressão? PB | Antes de chegarmos a este mercado, já havia agências com um modelo semelhante ao que seguimos. Havia muitas relações directas entre os grupos de media e os clientes, e quando a Expressão lançou o primeiro cliente, ao fim de dois ou três anos, descobrimos rapidamente que a nossa vocação era muito mais virada para agência de meios,

para uma relação mais directa com o marketing do que com a comunicação. Entretanto, o projecto Expressão ainda viveu em correlação com a Nova Expressão durante dois anos, depois transformaram-se num só e abandonámos a comunicação centrando-nos exclusivamente na estratégia de publicidade, na compra de espaço e na sua gestão. Briefing | Comparando então o seu sector de negócio, o dos meios, entre a data em que a empresa foi criada e a actualidade. Que leitura faz do mercado português? PB | Hoje, em Portugal, podíamos estar muito mais avançados. Houve uma fase, nos anos 90, em que O novo agregador do marketing.


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