E não havendo dados sobre Portugal há dados reais sobre os cinco países abrangidos por este estudo: Brasil, Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão e Reino Unido. E porquê estes? Porque apresentam diferentes níveis de adopção de smartphones e diferentes atitudes face à tecnologia. E uma conclusão emerge como transversal: é que em todos estes mercados o smartphone é uma default tool, isto é, o aparelho de que os consumidores prescindiriam em último lugar. O que é sintomático. Os números de cada mercado confirmam esta tendência: 57 por cento dos consumidores na Coreia utilizam o telemóvel para comparar preços dentro da loja, 36 por cento fazem-no no Brasil e nos Estados Unidos, 34 por cento no Japão e 29 por cento no Reino Unido. Mais: no Brasil cerca de 43 por cento dos consumidores recorrem ao telemóvel para controlar os gastos: é também este o comportamento de 34 por cento dos coreanos, 25 por cento dos norte-americanos, 23 por cento dos japoneses e 22 por cento dos britânicos. Já o estudo Compete Smartphone Intelligence Survey havia apontado que 36 por cento dos consumidores norte-americanos comparavam o preço do produto na loja com outros preços, via telemóvel. São números que, segundo fonte da OMD, atestam bem a tendência para a procura activa do melhor preço e para o controlo de gastos, revelando, assim, uma racionalização do processo de compra e uma preocupação crescente com o out-of-pocket. Há, portanto, uma racionalização do processo de compra. O que era expectável: o que está a acontecer é um outro fenómeno: o da emergência de um novo consumidor, o smart shopper. Já em 2009, um estudo sobre este tema, efectuado pela OMD em oito países, evidenciava que o consumidor evoluiu como resultado da crise, com um comportamento caracterizado por maior sensibilidade ao preço, mesmo nas compras de rotina e de primeira necessidade. Deste comportamento resulta um processo de decisão prolongado
ESTUDO
O poder do telemóvel O “The Mobile Love Affair” envolveu uma componente quantitativa, através de 2510 entrevistas online repartidas por cinco países, e outra qualitativa, de interacção com 161 consumidores durante seis semanas, tanto pessoalmente como por via digital. Eis duas das principais conclusões:
36% no Brasil e nos EUA
34% no Japão
CONSUMIDORES QUE UTILIZAM O TELEMÓVEL PARA COMPARAR PREÇOS DENTRO DA LOJA
57% na Coreia 29% no Reino Unido
43% no Brasil
23% no Japão
25% nos EUA
CONSUMIDORES QUE UTILIZAM O TELEMÓVEL PARA CONTROLAR OS GASTOS COM AS COMPRAS
34% na Coreia 22% no Reino Unido
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Julho/Agosto de 2012
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