Entrevista
Ramon de Melo
Hermínio Santos jornalista hs@briefing.pt
A situação de crise económica que se vive em Portugal “leva a que as marcas tenham de ser um fator positivo do ponto de vista de reanimação do consumo privado”, afirma Luís Mergulhão. Com um mercado publicitário que vale menos do que há 10 anos, o ceo do Omnicom Media Group Portugal acredita que a recuperação passa por uma parceria entre agências de meios e marcas e um aumento do peso da comunicação publicitária
Luís Mergulhão, ceo do Omnicom Media Group Portugal
Marcas têm que ser positivas Briefing | Em setembro do ano passado apontava-se para uma queda de 10 por cento no investimento publicitário em meios de comunicação social em 2012. Mantêm-se estas previsões? Luís Mergulhão | Sim. O ano terá terminado com uma queda já ao nível dos dois dígitos mas o 30
Janeiro de 2012
importante é verificarmos que a evolução desde o início de 2011 em relação ao período homólogo é cada vez mais negativa. Ou seja, nós podíamos estar a cair no final do ano dois dígitos, cerca de 10 por cento em termos de mercado, mas estarmos num momento em que estaríamos a diminuir cada
vez mais essa variação negativa. Não é isso que acontece. Ainda estamos numa fase de queda que eu acredito que vá continuar no próximo ano. Há aqui um ponto importante que vem agravar esta situação: em 2009 tivemos uma queda de 15 por cento do mercado no fim de uma década onde
o mercado não cresceu. Ou seja, uma queda de 10 por cento em 2011, com perspetivas de descida a dois dígitos também em 2012, não é, já de si, uma boa situação mas o grande problema é que não criámos gorduras, o mercado não viveu níveis de crescimentos significativos na primeira década www.briefing.pt