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pensar muito porque era algo que já tinha vontade de experimentar, apesar de nunca ter feito nada nesse sentido”, refere. Desde então já passou por três países e várias agências, mas ainda que diga que cresceu e aprendeu muito a nível profissional no estrangeiro, até porque já é mais o tempo fora do que no país natal, José Filipe sublinha que a sua “formação como profissional foi maioritariamente feita em Lisboa”. Mesmo sem ter o regresso planeado (para já), essa hipótese “existe e existirá sempre. Se houver uma possibilidade interessante”. “Se o Benfica me quisesse contratar para lateral direito, não pensava duas vezes. Ainda vou a tempo de fazer duas ou três épocas ao mais alto nível, sentado no banco de suplentes”, exemplifica com humor. Por enquanto, está na Alemanha a trabalhar em dupla com outro português, o Pedro Lourenço. Para José Filipe Gomes, os alemães são muito organizados, “se não individualmente, pelo menos como grupo de pessoas”. Outra diferença entre esse e outros países por onde passou é o
“O pior criativo do mundo pode ser um excelente diretor criativo, e um criativo genial pode ser um péssimo diretor criativo”
Dupla nacional na Alemanha A liberdade criativa de fazer o que quiser mantem acesa a paixão pelos projetos pessoais. Ainda que separados por fronteiras, José e Pedro, amigos de faculdade e colegas da McCann, sempre se mantiveram em contacto. “Eu estava em Barcelona e ele aqui em Berlim”, diz José Filipe Gomes. O contacto transformou-se depois em projetos, com a competição Young Glory como pontapé de saída, um portefólio conjunto e hoje são uma dupla na DDB Berlim. “Somos apaixonados por ideias e estamos sempre - 31 Briefing 2017 -
a pensar também em projetos pessoais, onde não temos tanto – ou nenhum – dinheiro”. Acrescenta que o mais recente projeto pessoal que lhe deu mais gozo foi feito em conjunto, com o intuito de celebrar o tetra campeonato do Benfica, o “Marquês em todo o lado”. “Em quatro dias chegámos a mais de 1 milhão de pessoas e ajudámos a que milhares de benfiquistas, espalhados pelo mundo, se sentissem um bocadinho mais perto de todos os outros benfiquistas que estavam fisicamente no Marquês”, explica.